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Recupere_e_conserve_os_SEUS_OLHOS

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Academic year: 2021

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RECUPERE E CONSERVE SEUS OLHOS

Mário Sanchcz

Os olhos representam menos de 2% do volume de nosso corpo, entretanto 1/3 de toda a energia usada pelos sentidos é consumida pela Visão!

Se qualquer ser humano for perguntado sobre qual dos 5 sentidos considera prioritário todos dirão: AVISTA!

Entretanto, devido ao mau uso que lhes impomos dentro do Sistema Estafante e sombrio de nossos hábitos ditos civilizados, os olhos são os órgãos que mais cedo acusam o desgaste.

É URGENTE que todos se conscientizem desse problema.

É URGENTE que todos sai bam o que podem c DEVEM fazer para VER MELHOR.

É URGENTE que os próprios médicos despertem da letargia académica e abram SEUS OLHOS para os proces sos rAlternativos Milenares que existem.

0 Professor Sanchez, cam peão de edições Naturistas (Saúde pela Alimentação Correta, O Jejum Curativo. Receitas e Pratos Vegetarianos, Fruticultura Mágica, A-picultura em caixa Cúbica com Abelhas Mansas, Unidades

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RECUPERE

E

CONSERVE

supomos

(3)

P/of. Mflrio S*nch« Goiânia, novembro de 1982 Cx. Postal: 1057 - CEP 74000 ■ Goiania-GO.

J E J U M P E L A PAZ

JEJUM SUPERIOR — Temos a incumbência de comunicar a iodos os homens e mulheres de BOA VONTADE, que estamos programando uma Campanha de Jejum Superior, con-forme segue:

1. A época atual de fome, ameaças de guerras, distúrbios económicos, angústias e neuroses, armas he-catòmbicas, perseguiçõese ódios, é uma ÉPOCA PASSAGEIRA e que se aproxima de seu FINAL. 2. Entretanto, é visível para todos que se avizinha um período muito PERIGOSO PARA A PAZ e PARA

A SOBREVIVÊNCIA HUMANA, pois existem ódios e armas acumulados suficientes para exterminar o planeta Terra 15 vezes1

3. Na falta de uma liderança espiritual como foi MAHATMA GANDHI, o professor e escritor MÁRIO SANCHEZ, nos propõe réuniSo em pensamento nos dias 12 e 28 de cada més, em uníssono, todos os homens e mulheres de BOA VONTADE, para cumprir juntos ONDE QUER OUE ESTE JAM, um JEJUM PELA PAZ.

4. COMO PROCEDER:

a) No dia anterior — PREPARO - comer só alimentos leves (frutas, legumes, verduras)

b) No dia do jejum (12 e 28) — tomar somente AGUA - n3o suspender nenhuma atividade normal. Em cada horário de refeição, ao levantar e ao deitar, recolher se por 5 minutos em silencio e fazer a emissSo de pensamento pela paz, mais ou menos nestes terrnos:

0 GRANDE FORÇA QUE COMANDA 0 UNIVERSO'

UNIDO COM TODOS OS SERES DE BOA VONTADE, SINCERAMENTE EMPENHADO EM CONSEGUIR A PAZ PARA TODOS, DEPONHO HOJE O MEU ALIMENTO EM FAVOR DA-QUELES QUE SOFREM FOME, PERSEGUIÇÃO, OPRESSÃO E INCERTEZAS. QUE O NOSSO DESEJO SE INTEGRE EM VOSSOS DESÍGNIOS PARA MINORAR A DOR NO MUNDO, NA GRANDE CRISE DOS ANOS VINDOUROS, E QUE NOSSOS FILHOS CONSIGAM ALCANÇAR A HARMONIA E A PAZ.

c) No dia seguinte, para evitar choques alimentares, repetir as refeições leves de água, frutas, verdu ras e legumes do dia anterior ao jejum.

5. O QUE VAMOS CONSEGUI R:

a) Para quem Jejua — SAÚDE (o jejum é processo para curar doenças, deixando que o corpo elimine muitos venenos alimentares); HARMONIA (a mentalizacão nos irmana com todos); ECONOMIA (sSo dois dias por mês que nos libertamos da escravidão da gula e nada nos custa); REFORÇO DA VONTADE (provamos a nós mesmos que mandamos nos nossos hábitos e dominamos nosso corpo); SUCESSO EM SEUS TRABALHOS (exaremos de agora em diante protegidos pela Grande Força Universal, com a qual entramos em profundo contato'através do jejum).

b) Para nossos familiares — mais harmonia, felicidade, compreensão.

c} Para o BRASIL — soluções pacíficas internas e externas, crescimento harmónico rumo aos se us destinos, sobrevivência às crises.

d) Para os AGRESSORES — volta à consciência do bom senso, maior propensão para a paz, dificul dades cada vez maiores para manter conflitos ou, derrota fragorosa.

6. SOLICITAMOS DIVULGAR ESTA CAMPANHA:

a) A v. que recebeu esta carta, pedimos comunicar a seus amigos o teor de nossa campanha. b) Favor encaminhar a um amigo EM SUA CIDADE, a Ia cópia anexa

c) Favor encaminhar a um amigo EM OUTRA CIDADE, a 2a cópia.

d) Se possível, confirme-nos sua participação do JEJUM PELA PAZ, mediante remessa do cupom abaixo, preenchendo frente e verso, para que saibamos quantos somos

7. TERMINO DA CAMPANHA - somente quando terminar a crise que desencadeará a guerra em

bre-A

Comiss3o "Jejum'' Cx Postal, 1057 74000 - Goiânia GO.

CONFIRMO MINHA ADESÃO AO "JEJUM PELA PAZ' N orne_________________ ____- ___________________ Endereço _______________ _ _________________________ CEP____________ „_Cidade ___________________ ....

Está muito longe de nosso propósito en-sinar aos leitores algum método mágico, novo ou milagroso de curar defeitos da visão.

Este livro é um depoimento do autor que utilizou métodos velhos como o tempo e também inteiramente ignorados por serem tão antigos. Como o autor verificou por si mesmo, ter uma boa visão não depende de esforços e sim de sistema de repouso visual. E isto a Yoga e as filosofias orientais nos dizem há quatro mil anos, os rosacruzes há outro tanto de tempo e o Dr. Bates veio a redescobri-los experimentalmente neste século, século das luzes segundo uns, século do terror segundo outros, para mim, ainda a meia noite de urna idade negra e tenebrosa e ainda há de custar muito para amanhecer.

Mas, como o autor verificou, também é método desconhecido do público em geral, apesar dos múltiplos livros já editados sobre o assunto.

É com o objetivo de repisar no assunto, fazer um depoimento, divulgar o maravilhoso método de recuperação visual, enfim, ser útil aos muitos sofredores de óculos cada vez mais grossos, caros e incómodos, com os mais humanos propósitos, que venho a público com este trabalhinho.

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Prefácio à 2a Edição Não me estendo mais neste prefácio para que

o leitor possa entrar logo no assunto.

Apenas direi duas palavrinhas de advertência: 1C— Este método de exercícios visuais não exige esforço dos músculos visuais, portanto não pode acarretar qualquer defeito visual pelo seu uso normal, e mesmo em excesso.

2o — Embora seja método de repouso e relaxamento visual, como todo exercício, exige vontade humana, dedicação e persistência. E estas qualidades são as decisivas para descobrir a América, pisar a Lua, inventar a bomba H, descobrir o método de adaptação visual e... também para usá-lo.

Avante, caro leitor!

Se eu consegui libertar-me dos óculos e outros amigos meus já o conseguiram também, você não é menos do que nós!

Boa leitura e. .. Boa visão!

Goiânia 1982 Mário Sanchez

Há apenas 2 anos lançamos a 1a edição deste trabalho despretensioso de divulgação. Logo a seguir tivemos que reimprimir o 'ivreto devido aos pedidos se avolumarem. Não pudemos nessa ocasião rever os textos e atender reclamação referente a alguns pontos em que os leitores sentem mais dificuldades para aplicar os exercícios.

Ao ensejo, pois, da 2a edição, aproveitamos para sanar as falhas, ampliar um pouco os materiais para exercícios e atender perguntas que nos foram feitas.

Agradecemos a todos os que enviaram perguntas, aos que deram sugestões e críticas, pois é com isso que podemos melhorar nosso trabalho e favorecer mais gentes.

Sentimo-nos muito felizes pelas cartas de estímulo e pelos que nos informaram ter obtido melhoras ou dispensaram os óculos.

Repetimos agora o que sempre dissemos a nossos amigos: AS TERAPIAS ALTERNATIVAS APRESENTAM SOLUÇÕES PRÁTICAS MUITAS VEZES MAIS RÁPIDAS, BARATAS, EF ETIV AS, SEM EFEITOS MALÉFICOS RESIDUAIS, POIS TODAS NOS LEVAM DEVOLTA AO NATURAL.

Nossa obra, nossa luta, continua sendo a mesma — mostrar ao povo as soluções naturais, os processos auto-suficientes, os sistemas de vida e saúde mais simples.

Com a "Yoga Mínima" pretendemos dar um último retoque na série que começou com "Saúde Pela Ali-mentação Correta", e teve sequência em "O Jejum Cu-rativo", "Receitas e Pratos Vegetarianos", "Apicultura No Cerrado", "Fruticultura Mágica" e "Tratado Geral dos Tóxicos".

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Nesta sequência apresentamos como base de nos so trabalho uma NOVA DIETÉTICA, a alimentação natural, aquela que Deus definiu como a da Natureza Humana, a Fruta.

Muitos nos alegam que não têm paciência nem tempo para fazer exercícios... Ora, meus leitores! Esses que contem outra piada! DEZ MINUTOS POR DIA! Cada um que veja quantos DEZ MINUTOS POR DIA está jogando no lixo e entenda RÁPIDO (ANTES DO SEU FIM) que a NOVA ERA pertence aos HOMENS DE BOA VONTADE...

Outros alegam que não têm renda para viver de frutas, pois se forem comprar frutas, todos em casa querem também! Essa é a VERDADE das frutas — TODOS GOSTARIAM DE VIVER A FRUTAS! Mas, a mentira mais deslavada é dizer que o regime sai caro! Quem come enlatados, carnes, cereais, etc, que faça as con tas e veja! Depois que compare os custos, some na conta os custos de "corretivos" farmacêuticos, contas médico-hospitalares, receitas, medicamentos, o tempo perdido sem produzir, as indisposições, as perdas de dias úteis, as dores, as perturbações mil que sofre com comidas erradas e CONCLUA QUAL É O REGIME MAIS CARO (QUATRO VEZES MAIS CARO!).

Jesus Cristo dizia dos Fariseus: "Apossaram-se das chaves do Conhecimento e não entram nem deixam entrar — São como os cães deitados no comedouro dos bois: não comem nem deixam o boi comer".

Se alguns que lêem nossa obra despertarem graças a nossas explicações, colaborem conoscc repassando as informações aos que precisam.

O AUTOR

OS DEFEITOS DOS OLHOS

Salvo lesões anatómicas ocorrentes nos componentes do globo ocular, no nervo ótico ou nos centros cerebrais, os principais defeitos dos olhos, segundo a ciência médica são:

1 — Miopia 2 — Hipermetropia 3 — Astigmatismo 4 — Vista Cansada 5 — Estrabismo 6 — Glaucoma 7 — Cegueira Parcial 8 — Catarata 9 — Cegueira mental

A visão ocorre quando os raios luminosos do exterior, penetrando pela córnea transparente e pelo orifício da íris, são concentrados pelo cristalino sobre o «ponto amarelo», ou «mácula lútea» que fica ao centro posterior da retina. O ajuste desse sistema é obtido automaticamente pelas manobras reflexas de oito músculos que envolvem o globo ocular em diversos sentidos ■— comprimem o globo ou repuxam, ou apertam ou esticam o cristalino.

Desse conhecimento resulta a certeza de que, sendo elementos biológicos, órgãos vivos, estão sujeitos a modificações oriundas dos meios externos e internos, jamais devendo ser considerados como coisas estáticas. Devem

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tar-se às mesmas leis do resto do corpo — treina-mento, adaptação, degeneração, traumas, recu-peração, repouso, etc.

A teoria de que é preciso usar óculos, ao contrário, considera o olho um órgão diferente do resto do organismo — não recuperável!

Nós acreditamos na recuperação. E já sabemos, pelos mestres yogues e pelo Dr. Bates e seus seguidores, que a vista pode ser recuperada em qualquer caso, seguindo uma só filosofia que é o uso correto dos olhos.

A medicina catalogou muitos nomes de defeitos dos olhos e é bom passarmos em revista alguns deles:

1 — Miopia — Ocorre quando os raios luminosos do exterior, devido a uma deformação de alongamento do globo, formam o seu foco de incidência antes da mancha amarela, obrigando a olhar as coisas desde bem perto, sob pena de nada enxergar. Resulta normalmente de falta de iluminação no uso dos olhos.

Melhora a nossa vista da miopia se melhorarmos a iluminação de nosso ambiente.

2 — Hipermetropia — Ocorre quando os

raios luminosos vão convergir atrás da retina, fora do globo ocular e por isso a pessoa vê melhor de longe. O globo ocular sofreu uma redução no diâmetro antero-posterior — encurtou o eixo. Resulta da persistente falta de mobilidade do

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ente de que resulta permanente tensão dos músculos orbiculares antero-posteriores. A cura se obtêm por «relax», distensão dos nervos, repouso e boa iluminação no trabalho.

Alimentação excessiva também acentua o defeito. Jejum também pode curar hiperme-tropia.

3 — Astigmatismo — É o defeito da vi são em que se acentuam ora as linhas verticais, ora as linhas horizontais das imagens, ora em conjugação com miopia, ora com outros defeitos. É o resultado de achatamento do eixo vertical ou do horizontal no globo ocular em virtude de per manente contração dos respectivos feixes mus culares.

O tratamento correto é o repouso, a boa iluminação, o «relax» dos músculos orbiculares.

4 — Vista Cansada — Não confundir com ofuscação, que "resulta de excesso de cla ridade e falta de vitamina «A» e que pode evoluir para a «cegueira noturna» muito comuns nos de sertos de areia ou de neve.

A vista cansada pode doer, ou não, formar nuvem ou não , o que ocorre é a persistente perda de nitidez das imagens, geralmente com idade avançada e com doenças debilitantes. Tão logo o corpo se recupera, a vista o acompanha. É claro que, sabendo repousar a vista, haverá também a recuperação. Os exercícios deste resumo

servem bem para esse repouso e recuperam se-guramente os olhos cansados.

5 — Estrabismo — Ocorre estrabismo quando as imagens dos dois olhos não se super põem na imagem única menta! em virtude de foca lização díspar dos globos oculares. Geralmente o mecanismo cerebral faz a imagem mais fraca, anular-se mediante desvio de um dos globos e aí

podem os olhos divergir ou convergir,

ficando aquele aspecto estranho do rosto do paci ente com um olho voltado para um lado e outro fora do paralelo.

A correção é algo mais difícil pois exige que se faça uma bandagem, cobrindo um dos olhos de cada vez, até conseguir que ambos sejam usados. A seguir vai ser feito o uso dos dois, com esforço consciente para fazer as duas imagens coincidirem. O repouso, o jejum e a alimentação frugívora ou crudívora ajudam e muito!

6 -— Glaucoma — Os médicos dão o nome de glaucoma à doença em que aumenta a pressão interna do líquido do globo ocular. Com isso ha distorções, degenerações, dores, etc. As vezes decorre de infecção, outras vezes peio excesso alimentar; de qualquer forma, o repou so, o jejum, os regimes frugívoros e crudívoros, com os exercícios deste manual, liquidam até o glaucoma degenerativo e infeccioso.

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exceto a de supressão do globo ou do nervo ótico, tem dois elementos — um desfoque do globo e um bloqueio mental-cerebral inconsciente.

Quando a cegueira parcial envolve a inutilização da imagem de um dos olhos, temos o estrabismo mais extremado, com a cura prevista nesse tópico. No caso, porém, de cegueira por sucessiva diluição da imagem de ambos os olhos, a recuperação ocorre com persistência, exercícios deste manual, repouso, alimentos crus, frugivo-rismo, boa iluminação e controle da mente.

É possível com este processo recuperar casos de cegueira quase total, conforme depoimentos de médicos que usam estes processos.

8 — Catarata — Ocorre a catarata quan do o cálcio em excesso nos líquidos do paciente, devido à pro-vitamina «A» também em excesso, este cálcio produz uma deposição nas camadas

■ do cristalino que é a «lente» interna do olho.

Po-de tal Po-depósito Po-de cálcio tornar leitosa uma ou duas camadas do cristalino, que é composto de folhas como se fosse uma cebola. Os médicos recorrem a uma cirurgia retirando as camadas que-ratinizadas do cristalino ou todo o cristalino, receitando óculos em substituição do órgão mutilado. O certo, é evidente que seria — conseguir que o cálcio seja eliminado, não acham?

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I

os nervos. E a catarata desaparece.

9 — Cegueira Mental — Como último tipo de defeito visual devemos citar o que resulta de traumas, complexos, distúrbios mentais, neuroses e fenómenos conexos. Pior cego é o que não quer ver. . .

A correção destes casos dispensa exer-cícios, pois são inúteis, porem, regimes alimentares, muitos cuidados e atenções ao doente, levam á cura, se a seguir ensinarmos o uso correto dos olhos.

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a

Um Depoimento

A) Experiência nova

Corria o ano de 1961. Trabalhava em serviços de mecanografia e estudava nas horas vagas para complementar as aulas que frequentava pela noite. Um certo dia comecei a constatar que estava precisando de muito esforço para ler o que estava fazendo. Em menos de um mês, apavorado, percebi que não conseguia reconhecer uma pessoa a cinco metros!

Quando falei do caso aos chefes do se-tor, recebi a clássica resposta:

— Vá a um oculista! Consulte-se e volte com um par de óculos!

Foi o que fiz.

Bati à porta do primeiro que me indicaram e em breve ele medizia:

—- É simples. Você veio logo no começo. Um grau e meio numa vista e um grau e setenta e cinco na outra. Miopia com astigmatismo. Estes óculos vão descansar seus olhos e daqui a seis meses ou um ano você volta para rever a receita.

— Rever a receita? É possível que sare com os óculos?

— Não, não é isso. Deve precisar de mais alguns graus e nós vamos dar nova receita.

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Apanhei a receita, paguei a consulta e voltei ao serviço.

Quando passei ao lado de um colega que sempre usou óculos, vi-o fazendo um esforço para trabalhar sem óculos e sorri pensando no médico: «está perdendo tempo».

Entretanto, não pude resistir. Voltei e perguntei:

— Esqueceu os óculos, Carlos?

— Não! Estou treinando para deixá-los. — Pois eu vou começar a usá-los. Estou com um grau e meio de miopia eastigmatismo.

— Não faça essa asneira.

— É necessário. O médico disse e avisou que ainda deve piorar.

— É um médico antiquado, provavelmente. Se você quiser experimentar eu lhe mostro os exercícios que estou fazendo.

— Qual o médico que lhe deu esse mé-todo?

— Dr. Harold M. Peppard. — Sério? Medico americano? — Sim, americano.

— E onde você o achou?

— Na livraria. É autor de um livro com o nome «Veja melhor sem óculos». São exercícios para deixar os óculos.

— Acho que você é louco. Primeiro você me diz que está seguindo conselhos de um livro,

depois me diz que são exercícios. Acho que você corre perigo de ficar cego pois se a vista tem de-feitos, com exercício você vai é cansar os olhos ainda mais.

— Ao contrário. É para repousar, relaxar e aprender a usar os olhos corretamente. Eu tinha três graus e meio de miopia e já fui ao oculista depois de três meses e tenho apenas dois graus agora.

— Está bem. Não custa ver os exercícios. Lá fui eu ao apartamento do Carlos e voltei com o livro do Dr. Peppard sob o braço.

Li o livro do começo ao fim com curio-sidade, esperança, vontade de ficar livre dos óculos e descobri um mundo novo de conhecimentos úteis e práticos.

Fiz um resumo dos exercícios a usar. Hoje pouco lembro da leitura, dos textos do autor, porém os resumos dos exercícios que usei, continuam vivos na minha memória, especialmente pelas experiências novas que me trouxeram.

B) Nossa obrigação de

aperfeiçoamento

Todos nós temos o dom maravilhoso da vida. É fundamental e original dever e direito de que resultam todos os direitos e deveres posteriores. Se hoje me perguntassem quais são os cinco primeiros deveres de um homem eu diria:

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1o) Conservar ávida;

2o) Compreender o mundo e a si próprio;

3o) Aperfeiçoar-se;

4o) Ajudar os outros a conservar a vida,

compreender o mundo e a si próprios; e

5o) Ajudar os outros a aperfeiçoar-se.

À medida que observo a humanidade, percebo quantos e quantos não conseguem sair do primeiro item acima e percebo que é devido a que os

que podem não cumprem com o 5o (quinto) dever.

Deixarei as observações filosóficas para meu livro sobre a sexta dimensão, porém, as ob-servações práticas ficam logo aqui.

E é simples de compreender: ninguém que seja racional duvida da primeira obrigação apontada e que no fundo é o nosso próprio instinto de conservação.

É a lei da sobrevivência. É preciso ali-mentar-se, vestir-se, habitar, cuidar da saúde e da segurança. Trabalha-se em função disso. Ga-nha-se dinheiro, acumula-se e gasta-se, para conservar a vida plena.

O segundo dever apontado, individual e claro, o dever de conhecer o mundo e a si próprio, tem ainda a evidência de sua utilidade para apoiar o primeiro dever.

Já o terceiro dever para consigo mesmo, o dever de aperfeiçoar-se, é um pouco mais complicado e exige que a pessoa já tenha cumprido com as necessidades básicas e esteja razoavel-mente conhecendo o mundo, o seu corpo e a sua mente. Será o momento oportuno aquele em que o homem compreende que não é perfeito e que tem meios para melhorar. Nesse momento vai aprender um ramo de atividade, vai fazer exercícios físicos para manter os músculos em forma, vai praticar jogos para arejar a mente. Porém, com os olhos defeituosos pelo mau uso, míopes, hipermétropes, cansados, astigmáticos, etc, nada há a fazer — receitar lentes e esconder o defeito atrás das muletas oculares! Não tem conserto edeve piorar!

Foi aí que entrou o Dr. Bates e seus se-guidores, com o peso de um estudo de trinta anos. Comprovaram que os ajustes do globo ocular são obtidos pelo movimento de oito músculos orbiculares que trabalham automaticamente para ajustar o formato do globo ocular às condições nem sempre boas em que exigimos que ele trabalhe. Para completar nossa ignorância, comprovado o resultado desastroso do mau uso, fixamos esse resultado com os óculos! Se as condições de mau uso prosseguirem, os óculos ficam obsoletos pois eles não são flexíveis — eles não

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dem ajustar-se ao olho! E o olho continua defor-mando-se e exigindo óculos mais fortes.

Nosso quarto dever é ajudar os outros a cumprir o primeiro e segundo deveres e vem logo no ponto em que nós conseguimos um grau qualquer de

aperfeiçoamento. Segue-se claramente o

ensinamento de Cristo — «dá aos outros o que te sobeja». Entendamos bem claro: Cristo manda dar o que nos sobra — o dever para com os outros está condicionado a que tenhamos antes cumprido os deveres relativos a nós mesmos.

Já o quinto dever, um dever social muito elevado, só se pode cumprir quando se está cumprindo com o quarto dever e é o de convencer à prática dos conhecimentos obtidos.

Dr. Bates e seus seguidores cumpriram com os cinco deveres e por isso escrevo este livro que serve para atestar o fato: no segundo item estudaram o globo ocular, seus músculos de manobras, os impulsos nervosos que os movem, seus ajustes e desajustes, até compreender o funcionamento correto. No terceiro item, praticaram e puseram em ação o resultado da pesquisa. No quarto dever ensinaram aos alunos e publicaram suas

conclusões. De suas exposições práticas

corretamente ensinadas levaram seus leitores à prática e ao aperfeiçoamento pessoal de sua visão.

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C) Como entendi Peppard.

Hoje não seria capaz de resumir de me-mória os exercícios ensinados por Peppard. Os nomes dos principais e o sistema que usei, entre-tanto, ficaram bem nítidos na minha lembrança: Grande Volteio, Pequeno Volteio, Piscar, Abandonar os óculos, Quadro de Snellen, Fitar a lua, Ler com os olhos a 30 ou 40 cm do papel, Usar boa iluminação, Empalmar, Relaxar os nervos.

Grande Volteio é um exercício em que a pessoa fica em pé, de frente para uma parede iluminada e faz um quarto de volta, bem firme, porém natural, sem sair do lugar ou balançar o corpo, para a esquerda e direita, procurando manter os olhos fitos na altura horizontal, vendo o aposento girar sem se fixar em nada, podendo conjugar este exercício com a leitura do quadro de Snellen e com o exercício de piscar.

O Pequeno Volteio é semelhante, porém nele giramos só a cabeça.

O Grande Volteio eu não cheguei a praticar nem 10% das receitas de Peppard e o Pequeno Volteio nem 20%. Para cada defeito este Médico apresenta um certo número de vezes que deve ser praticado o exercício. Creio que é mais para que o praticante sinta uma necessidade de ser sistemático e organizado.

O exercício de Piscar conjugado com a leitura ou com trabalhos de escrita e cálculo foi o

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que mais usei, por ficar inteiramente dentro do meu sistema de trabalho.

O princípio deste exercício é o de que só lemos ou vemos por blocos de coisas, letras ou palavras e que todo tempo que usamos para mover a focalização do olho de um a outro grupp, deve ser usado para repousar os cones e bastone-tes da nossa retina (na mancha amarela), piscando durante o trajeto. Eu comecei piscando nos retornos de fim de linha ao começo de outra leitura e no intervalo entre ler um número e transpô-lo para o teclado.

Abandonar os óculos foi a primeira coisa que fiz — nem mandei aviar a receita e até hoje considero a despesa mais absurda e inútil que fiz a da consulta ao oculista para ter receita de óculos. (Os oculistas que não se sintam deprimidos com isto, pois o que estou falando também é ensinado pelos oculistas mais avançados do mundo e há muito mais que os oculistas podem fazer e fazem, além de receitar óculos).

O quadro de Snellen é um quadro de letras em diversos tamanhos, cada linha mais miúda que a anterior e que serve de teste para comprovar se estamos melhorando.

Cada linha que deixamos para trás e po-demos ler a seguinte, nos deixa mais certos da vi-tória. Eu não cheguei a usá-lo, pois o livro era emprestado e só havia um quadro. Para

substi-tuí-lo, arrumei uma fol hi nha colorida com uma linda garota e coloquei-a na parede para servir de quadro de Snellen. Foi, acreditem-me, muito mais sugestiva e o exercício mais fácil: a cada prática era preciso achar mais detalhes na gravura, ler os textos menores, distinguir traços mais diticilmente perceptíveis e conseguir nitidez

sem esforço.

Com este tipo de quadro aprendi bem depressa que não são os olhos que vêem e sim a mente!

Fitar a lua, é o teste de fogo para a boa visão — sempre a gente vê duas luas! Uma, é claro, sobre a outra e é bem difícil fazê-las coincidir. Pegar a lua cheia e fitá-la mudando o foco de um ponto a outro, retornando de um lado ao outro, piscando nos intervalos, é exercício que não deixa de ter seus atrativos, inclusive pelo ensinamento prático da nossa clara percepção de que cada olho faz uma imagem e a mente precisa fazê-las superporem-se para a visão perfeita.

A distância correta dos olhos ao papel para leitura também é muito importante, porém, o mais importante é que a iluminação seja boa e que estejamos com os nervos relaxados para melhor ver. Colocando o livro entre 30 e 40 cm de distância dos olhos, o corpo deve ficar em posição reta, confortável e sem esforço.

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O exercício de Empalmar, recomendado a todos os casos de defeitos visuais, consiste em cobrir os olhos com as palmas das mãos em concha, de forma que rjão^faça pressão sobre o globo ocular e não deixe passar luz por nenhum lado. É exercício de repouso a ser usado sempre que esteja a «arder os olhos». Aqui cabe mais um conselho: não esfregue os olhos — use água à temperatura ambiente; Molhe a região dos olhos uma ou duas vezes sem esfregar ou apertar a região. Depois olhe ao longe sem fazer força para distinguir os objetos. Só depois de uns minutos desta variação é que deve retornar ao que estava fazendo. Verá que tem muito menos esforço e menor margem de erro no que vai fazer.

Exercícios Segundo H. Peppard

1 - PISCAR

A piscadela é um abrir e fechar rápido, ligeiro e fácil dos olhos e é feita intermitentemente por todos os olhos normais. A média de piscadelas varia de pessoa para pessoa e varia também, de acordo com o uso que se dá à vista. Você pisca mais, por exemplo, quando fita alguma coisa brilhante do que quando olha para algo de cor suave.

Com frequência o ponto divisório entre olhos normais e anormais é sua tendência para piscar sob uma situação dada. Se os olhos são perfeitamente normais, hão de piscar; a supressão do ato de piscar denota a tendência a tornar-se anormais.

A ação das pálpebras na piscadela é essencial nos olhos e à visão normais. O líquido que mantém os olhos lubrificados é produzido por uma pequena glândula chamada glândula lacrimal, localizada sob a parte exterior da pálpebra de cima. Quando alguém pisca, a lágrima desce, envolve o globo ocular e mantém o olho molhado.

Esta lavagem tem muitas funções:

1 — Este líquido é um antisséptico definido com ação higienizante.

2 — 0 brilho dos olhos e sua capacidade de refletir a luz são amplamente devidos a este líquido sobre sua superfície. 3 — A lágrima é essencial à córnea, que é a pequena porção

translúcida da frente do olho. Como a córnea não é dotada de vasos sanguíneos, precisa deste líquido para manter-se úmida ou então surgirão as úlceras da córnea.

4 — Quando partículas de matéria estranha caem no olho, o fluído lacrimal mantém-nas flutuantes até sua eliminação, ao passo que sobre um olho seco as partículas se acamam e aderem.

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5 — Nos dias frios, o piscar frequente tende a manter os olhos quentes. Os olhos podem sofrer muito com o frio.

6 — Sob vento forte ou quando o ar está muito seco, o piscar conforta e defende os olhos. Em tais condições, pisca-se frequentemente, quase continuamente, porque o líquido se perde com muita rapidez.

7 — No curto intervalo de duas piscadelas, os músculos da pupila têm a possibilidade momentânea de relaxar sua tensão.

8 — 0 piscar também permite ao olho mover-se levemente e assim consente aos músculos retos fazerem o pouco de movimento à sua saúde, de vez que o movimento é ne-

cessário à saúde de todo o músculo.

9 — A circulação do fluído linfático em torno do olho é

auxi-liada pela piscadela e o olho fortalecido por essa boa circulação, tal como qualquer parte do corpo se beneficia com a ativa circulação do sangue. Piscar não é uma interrupção à visão contínua. A visão contínua é ilusão produzida pelo olhar normal, autêntica com efeito mas, não obstante, uma ilusão. Quando uma imagem cai na retina, produz-se uma outra dentro da vista, com algum atraso, ou noutras palavras, a imagem permanece na retina por mais algum tempo do que fica a imagem de origem diante dos olhos. É como se a sua imagem, num espelho, durasse ali um momento após você ter-se ido embora. Portanto, não é preciso que o olho esteja vendo ativa-mente todo o tempo, para produzir a ilusão de ver constantemente. De fato, nada no corpo trabalha mais do que metade do tempo ou tanto como a metade do tempo. Mais de 50% do tempo é consumido por cada órgão no reparo e substituição de seus próprios tecidos e na excreção de seus produtos estragados. A frequência das impressões visuais é entre trinta e quarenta imagens por segundo em média, por pessoa. Logo você pode ver facilmente que o piscar não atrapalha a visão. É possível piscar tão frequentemente que o olho se mantém

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fechado a metade do tempo e ainda há de ver tanto como se estivesse aberto todo o tempo.

De fato, o piscar aumenta o real espaço de tempo em que você pode ver ativamente, já que deixar de piscar redunda em cansaço da vista e pode reduzir o número de imagens de trinta ou quarenta para vinte ou menos imagens por segundo. Não há um só exemplo de que o piscar interfira no olhar. Ê um movimento bonito, natural e construtivo e mantém em boas condições o olho e a visão. Não confunda o pestanejar contínuo (pisca-pisca) ou um espasmo das pálpebras com o piscar. O espasmo das pálpebras é uma constrição forçada, involuntária e geralmente envolve os músculos em torno do olho e os das pálpebras e frequentemente, está associado a alguma doença nervosa. A piscadela é um movimento ligeiro, fácil, macio, quase imperceptível das pálpebras.

Se você adquirir o hábito de olhar fixamente demais os objetos, começará a piscar. Pisque, conscientemente e repetidas vezes até readquirir o hábito de piscar inconscientemente.

2 - FIXAÇÃO CENTRAL

O segundo hábito de uma visão normal é ter os olhos e o espírito tão bem coordenados que se fixam sobre uma pequena área a um só e mesmo tempo. Em outras palavras, quando você olhar para um objeto deverá localizar com atenção, circunscrevendo-a a uma pequena área e não a dispersando.

Por exemplo, olhando para uma página impressa, você não conseguirá ver claramente toda essa página. Se, no entanto, fixar os olhos no canto superior direito, você o verá, com a máxima clareza, mas o restante da página, embora dentro de seu campo de visão, estará menos claro. Para ver claramente a última palavra de uma página, você terá que desviar os olhos, de forma a aplicá-los diretamente em tal palavra.

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O mesmo se dá quando se quer ler palavras próximas umas das outras. Para ver com clareza, a primeira palavra de uma linha, você deve olhar diretamente para ela, e para ver a última palavra da mesma linha é necessário desviar a vista. A mesma coisa acontece se você quer ver claramente a segunda palavra dessa linha: poderá vê-la bastante bem para a ler, mas não a enxergar perfeitamente clara se está olhando para a primeira. Se você insistir em ver desta maneira, a consequência é declarado cansaço. E o fato se verifica mesmo com os mínimos espaços.

Há uma razão básica, intrínseca para isto. A única parte do olho que vê perfeitamente claro, é o centro da retina e não é maior do que a cabeça de um alfinete comum. Esse ponto de visão perfeita é colocado no olho como um pingo deitado exatamente no fundo de uma tijela cujas bordas decaem suavemente para o centro — como uma arena. Só este pontinho tem visão clara, forte. Imediatamente fora deste ponto, a visão sofre tremenda redução em sua clareza. Há, ao invés, uma visão confusa, colateral. E esta imprecisão aumentará à proporção que se continuar a fugir do centro — até que, atingindo-se a borda externa, haverá apenas a percepção confusa de forma, cor e movimento. Não se terá mais visão direta, e sim um borrão colateral.

Uma vez que só este ponto, denominado Mácula Lútea, tem visão perfeitamente nítida, apenas uma pequena área pode ser vista claramente em dado tempo. Mas o movimento de desvio é tão rápido que temos a ilusão de ver uma vasta área. As imagens caindo na Mácula Lútea, são transportadas rapidamente para os centros visuais do cérebro, umas se sucedendo a outras com tal ligeireza que se somam trinta ou quarenta e às vezes mais imagens por segundo, formando um quadro completo dentro do cérebro.

Esta possibilidade de acumular no cérebro sucessivas imagens e produzir assim a ilusão de ver claramente um objeto inteiro ou uma área considerável é um fato impressionante e belo, mas é também a carga de .grande número de

contrariedades. Uma se origina na crença de que os próprios olhos podem ver claramente uma área, donde se passa sem se sentir para o uso vicioso de se aplicar a vista sem a focar.

Por "grande área" quero dizer tentar ver duas ou mais palavras ao mesmo tempo. O olhar sadio e normal vê habi-tualmente só uma pequena área em dado tempo, com o espírito e os olhos coordenando-se perfeitamente sobre cada palavra ou ponto de observação, sem esforço ou impulso para ver mais, tal como se faz quando se está escrevendo.

Na prática de ver uma vasta área ao mesmo tempo, con-some-se mais do que o tempo suficiente, perde-se a capacidade de focar perfeitamente e uma visão imprecisa natural à área colateral é a única visão possível; torna-se então necessário reexercitar a vista e o espírito para fixar apenas uma pequena área e assim conseguir-se de novo a fixação central sem a qual nenhum olhar pode ser claro e normal.

A gente pode ler indefinidamente sem cansar ou prejudicar os olhos em absoluto, se os olhos se mantiverem relaxados e a visão bem localizada. Mas, se o poder visual do campo colateral da visão for usado, a vista estará se cansando e disso resultará fadiga e perda de eficiência.

O fato de que os olhos só vêem claramente uma área muito pequena num tempo dado, não pode ser desprezado. Na observância deste fato reside a coordenação do espírito com as limitações estruturais do olho, sem o que não pode haver visão normal.

Se você se aferra a este fato de visão focada e mentalmente fecha a vista a uma grande área, há de chegar ao valioso hábito da fixação central e achar crescente eficiência em seus olhos.

3 - MOBILIDADE

O terceiro hábito benéfico de uma vista normal é a mo-bilidade. Parece antagónico ao segundo hábito que é

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lizar seu olhar, mas na realidade não o é. Você deve dirigir o olhar para um determinado ponto, mas deve, também, constantemente mover seu ponto de visão.

Se não o mover, você fixará a vista, e, como eu já disse, é isso a pior e a mais comum das modalidades de fatigá-la.

A mobilidade dos olhos é uma função e por via de regra se faz inconscientemente. À frequência com que seus olhos se movem varia de acordo com o tipo de serviço que se lhes exige; por exemplo, olhar um livro ou assistir a um jogo de ténis. O livro é estacionário e os olhos não tendem a rnover-se, ao passo que a bola e os tenistas estão em constante mo-vimento, obrigando os olhos a se moverem continuamente para os acompanhar.

Mas, em qualquer caso, a mobilidade dos olhos deve ser o mais frequente possível. O tempo requerido para a imagem gravar-se na retina ~- cerca de 1/150 de um segundo, permite uma grande frequência de mobilidade sem perda ou interrupção de visão.

As pessoas inclinadas a olhar uma área demasiado grande - e os olhos muito anormais assim procedem —, beneficiariam a visão e proporcionariam conforto aos olhos se praticassem conscientemente o movimento em apreço.

Sem os óculos, olhe uma palavra, depois olhe outra palavra três palavras distante da primeira, então volte atrás, e re-pita o exercício. Faça isto até que as duas palavras se tor-nem claras. Relaxação de músculos durante esta prática.

Ou, se a sua visão é boa, fite a lua e, piscando frequen-temente, mova a vista de um ponto a outro da lua. Faça assim diversas vezes e a lua lhe parecerá muito mais nítida e aparecerá em sua verdadeira forma, como um corpo sólido em vez de um disco achatado.

A mobilidade faz-se voluntária e involuntariamente. A mobilidade voluntária é o movimento dos olhos de um ponto a outro executado por força da vontade. A involuntária é contínua, automática e muito de leve. Tal movimento não é

visível e julga-se que corresponde em frequência ao número de imagens produzidas pela retina.

Quando a mobilidade voluntária é fácil e frequente, a in-voluntária é normal, mas se um certo cansaço é produzido pela mobilidade voluntária, a involuntária torna-se anormal também e aumenta o já existente cansaço da vista.

Em cada músculo há sempre um leve tremor, por isso que a têmpera muscular não é um fator constante mas uma rápida sucessão de contrações produzindo a tensão muscular relativamente firme. E, uma vez que os olhos são mantidos em posição pelos músculos e o foco é obtido por meio desses músculos, os olhos estão naturalmente sujeitos a todas as condições que as funções musculares lhes impuserem.

Portanto, os músculos visuais têm esse leve tremor que é inerente ao funcionamento normal de todo músculo.

Você pode tornar-se cônscio desse movimento, olhando para as estrelas, que parecem tremeluzir, o que verdadei-ramente não se dá, sendo a sua Suz, de natureza constante. A ilusão da cintilação existe porque o leve tremor do olho ao percorrer tão grande distância é de suficiente amplitude a deslocar o ponto de visão clara da estrela, e a cintilação é, na realidade, raios visuais provocados por esse passeio do olho dum ponto a outro; em outras palavras, as pulsações do tremor.

Quando os olhos estão relaxados, a mobilidade volun-tária é frequente, e o movimento curto; o olho mais tenso po-de executar um movimento amplo, mas requer-se relaxação e normalidade para um olho ter mobilidade, em estado de relaxação, em uma área muito pequena. Isto se aplica a to-dos os músculos — quanto mais sutil o movimento, mais bem adestrado e mais relaxado deve ser o músculo. Quando um olhar está cansado e a visão é anormal, o exercício de frequente mobilidade produzirá infalível alívio e melhorará a visão.

Um exercício que consiga focalizar definitivamente

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da palavra e, propositadamente, mover a vista até a próxi-ma. Poucos minutos desta prática por dia, transformá-!a-á num hábito inconsciente.

A mobilidade normal é absolutamente essencial à vista normal. A perda da visão com frequência se acha em proporção direta com a perda de movimento.

4 - OS OLHOS E A LUZ

Uma palavra a respeito dos olhos e da luz antes de entrarmos nos distúrbios específicos da vista. Quando há quantidade suficiente de luz, os olhos normais podem ver sem esforço. Sem luz. são incapazes de ver e deveriam ficar em repouso.

Quando a luz é pouca, a pupila cresce a fim de permitir a entrada de mais luz. como a abertura de uma câmera; quando a luz é muito viva, a pupila diminui para barrar o excesso. Vemos portanto que o olho é capaz de adaptar-se aos mais variados tipos de luz.

A atividade da íris mudando e mantendo o tamanho da pupila e o estímulo dos elementos visíveis na retina, dependem da luz, de forma que é naturalmente importante sejam favoráveis os arranjos de luz.

A luz solar é bastante benéfica aos olhos. Repousa os músculos e os estimula ao mesmo tempo. As pessoas que vivem portas a dentro toda a vida e não expõem os olhos à luz do sol. verificam que sua vista se torna gradualmente mais fraca. Os animais que vivem na escuridão ou na semi-obscuridade são quase cegos ou, pelo menos, tem visão paupérrima se comparada aos que vivem à luz solar. Conhece-se bem o fato de que os burros empregados nas minas profundas do país de Gales ficam cegos, vivendo debaixo da terra, com luz artificial; ao passo que os pássaros que despertam com o sol e se recolhem quando o astro-rei se vai, possuem visão notavelmente aguda.

É necessário porém, saber-se como usar a luz do sol. a

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fim de se lhe tirar o maior proveito. O abuso do sol nos olhos pode causar sérios danos.

Talvez seus olhos estranhem quando enfrentam pela primeira vez a luz forte do sol, saindo, por exemplo, de um teatro sombriamente iluminado para a claridade ofuscante da rua, numa tarde ensolarada. Isto não significa olhos fracos. Você sente certo incómodo ou uma sensação de esforço porque a diminuição da pupila, o fechamento da abertura em sua tentativa de proteger o olho contra o súbito brilho, requer tempo considerável. Frequentemente dois ou três minutos são necessários para a mudança de uma luz forte para uma escassa iluminação, ou vice-versa. A brusca contração do músculo da íris é penosa. Mas se você, chegando à luz demasiado forte, mantiver os olhos baixos por dois ou três minutos, enquanto se altera o tamanho da pupila, as pálpebras e as pestanas protegerão seus olhos da luz excessiva, até compíetar-se a adaptação e você poderá sair de relativa obscuridade para a luz fulgurante, sem o mínimo desconforto.

Por outro lado, o alargamento da íris, o relaxamento do músculo, não é absolutamente penoso. Pouco importa que você mergulhe subitamente na escuridão — não há o menor incómodo Por exemplo, quando você entra num salão de espetáculos às escuras, à princípio você não pode ver porque o tamanco da pupila é demasiado pequeno para tão pouca luz e se requer tempo até que a pupila tome dimensões suficientes a permitir que maior quantidade de luz entre no olho. Mas não há desconforto. E, feito isso, você estará apto a ver com bastante clareza.

Os olhos podem ter aumentada sua tolerância de luz por judiciosas exposições à claridade. Um dos mais eficientes e simples processos de aumentar a capacidade de tolerância é expor os olhos aos raios do sol da seguinte maneira:

Feche os olhos ligeiramente enquanto o rosto estiver virado diretannente para o soi. Mantendo os olhos cerrados, vire a cabeça lentamente de um para outro lado. Proceda

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assim durante quatro ou cinco minutos. Então, quando os olhos estiverem bem relaxados com o calor do sol e o movimento da cabeça, podem abrir-se, mas apenas momentaneamente, e quando a cabeça estiver voltada para o lado. Os olhos não devem fitar diretamente o sol mas podem fixar-se em suas proximidades. Não faça esforço para enxergar e abra os olhos somente em curtos lapsos. Com a continuação deste exercício e habituando-se a vista à luz mais forte, os olhos podem ser dirigidos mais e mais para o sol.

Fazendo isto regularmente em dias seguidos e ern tempo cada vez maior, os olhos hão de se tornar mais fortes e qualquer vista experimentará melhoras.

Os olhos são admiravelmente equipados para se protegerem a si próprios e funcionam sob condições luminosas as mais variadas. Quando se usa o natural mecanismo de pro-teção que acabamos de resumir, a luz causará prazer e não incómodo.

5 - 0 GRANDE VOLTEIO

Ponha-se de pé com os pés afastados cerca de seis polegadas. Vire o corpo para a direita, levantando ao mesmo tempo o calcanhar do pé esquerdo. Deve-se deixar à cabe ça, aos olhos e aos braços liberdade de acompanhar como quiserem o movimento do corpo. Coloque, agora, de novo, o calcanhar esquerdo no chão. volte o corpo para a esquerda, erguendo o calcanhar direito. Alternando este movimento dos pés, o corpo e a cabeça executarão um arco de 180°. O movimento é realizado suave e facilmente. Não preste atenção alguma à mobilidade aparente dos objetos da sala. Dezesseis voltas completas por minuto é a velocidade mais benéfica.

6 - QUADRO DE SNELLEN

Coloque um quadro-teste de Snellen de dez a vinte pés de você, e sem óculos, leia cada letra fácil e rapidamente.

Pisque depois de cada letra. Leia as quatro linhas de menor tipo possíveis à sua vista. Faça isto pelo menos cinco minutos.

Leia o quadro com uma vista de cada vez, cobrindo a outra sem tocar nela, lendo também as quatro últimas linhas que puder ler.

Mantenha-se de pé durante a leitura e incline se deva gar, suavemente, de um lado para outro. (Veja ilustração). Continue a piscar após cada letra. Cinco minutos.

Cubra uma vista com uma venda e repita a leitura e o balanço do corpo, usando um olho de cada vez. (Cinco minutos). A venda deve ser curva, d*> forma não tocar no olho, pois ambos os olhos precisam ficar abertos para que possam piscar juntos

TRATAMENTOS

CANSAÇO SIMPLES DA VISTA 1 — Piscar frequentemente.

2 — mobilidade contínua. O item 3, dos exercícios explica como piscar e mover os olhos.

3 — Coloque um quadro-teste de Snellen de dez a vinte pés diante de você, e sem óculos, leia-o durante dez minutos, da seguinte maneira:

Leia deliberadamente uma letra de cada vez. Pisque após cada letra. Leia as linhas de menor tipo que puder ver, sem fazer mais esforço do que o dispendido para ler as letras maiores. Não deixe de piscar após a leitura de cada uma das letras.

Leia o quadro com ambos os olhos abertos. Depois repita o processo com um dos olhos tapados. Não toque na vista tapada; interrompa-lhe simplesmente a visão com uma venda côncava ou com a palma de sua mão em concha. Se uma das vistas, for mais fraca do que a outra, exercite aquela mais do que esta

4 — Leia sem óculos, mantendo o livro a quatorze

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gadas dos olhos. Pisque uma vez ou duas em cada linha. Leve cinco minutos por dia a piscar duas vezes em cada linha enquanto lê.

5 — Pratique o "Grande Volteio" pelo menos cinco minutos cada dia.

Poucas semanas de prática, durante quinze minutos diários, usualmente são quanto basta para o alívio permanente a um cansaço simples de vista.

PRESBIOPIA 1 — Piscar frequentemente.

2 — Localizar e focalizar a atenção dos olhos num ponto, especificamente. (Ver exercício 2: "focalização central").

3 — Mover os olhos com frequência. (Ver exercício 3: "mobilidade").

4 — Se usar óculos de ver ao longe, deixá-los imediatamente. 5 — Ler o quadro-teste de Snellen.

6 — Fazer o "Grande Volteio". O Grande Volteio é mais precioso no restabelecimento de maior índice de ativi-dade muscular nos músculos dos olhos. Enquanto fizer es te exercício os olhos devem mover-se continuamente e assim estimular-se sua mobilidade. É um bom exercício para induzir ao sono. Faça-o antes de deitar-se de modo que seus olhos fiquem relaxados e livres durante o sono Pra-tique-o em períodos de cinco minutos, e volte ao exercício n° 5. Alternadamente.

7 — Após aperfeiçoar o movimento de Volteio praticam do-o todos os dias durante uma semana, poderá agora ser feito enquanto ler o quadro-teste de Snellen. Faça-o confor me segue: Fique de pé, dando o lado para o quadro de Snellen, que deverá estar a dez ou mais pés de distância de você. Pratique então o Grande Volteio e, quando seus olhos incidirem sobre o quadro-teste, no fim de cada volteio, leia uma letra. Não pare para ler essa letra, mas sustente um

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movimento contínuo, simplesmente retendo a letra no curto intervalo em que sua cabeça estiver voltada naquela direção. Este exercício é tão bom auxiliar para a fixação central corno para a mobilidade. Volte ao exercício 5.

8 — Se usar óculos para a leitura, devem agora ser postos de lado Se seguir os exercícios acima uma semana ou duas, há de melhorar a vista o suficiente para poder faze lo. Sob circunstâncias difíceis, tais como trabalhos mal impressos, luz artificiai, cansaço demasiado, caso você deva usar os olhos, ponha seus óculos. Se puder aumentar sua possibilidade de ver ao perto, deixe os óculos o maior tempo possível, e exercite-se em acomodar sua visão às coisas próximas sem qualquer auxílio a r t i f i c i a l .

9 — As funções de piscar, fixação central e mobilidade são igualmente importantes para a visão próxima e distante.

10 — Olhar tipo de imprensa miúdo com olhos relaxados e piscar e movê-los frequentemente são o processo de de senvolver o poder de focalizar as coisas próximas. Comece a ler tipo miúdo, mantenuo-o .. se-te polegadas da vista. Me ça a distância até tê-la firmemente gravada no espírito. Pis-. que com frequência (Veja ilustração do tipo microscópico, anexa). Olhe para o tipo microscópico durante três minu tos. Descanse um minuto, cie pé. iendo o quadro de Snellen. balançando-se lenta e suavemente de um lado para outro Continue a piscar após a l e i t u r a de cada letra. Então torne a olhar o tipo miúdo por outro- i r e s minutos. Condições mais adiantadas requerem o uso do T ip o "diarnond" nos primei ros tempos, e depois gradualmente, à proporção que se for tornando mais clara a visão, o do tipo microscópico. Não se apressar: pois deve-se gastar tempo na contemplação desses minúsculos tipos de imprensa até tornar-se a vista capaz de focalizar, suficientemente bem, para poder lê- los. É absolutamente essência! que você relaxe os músculos, pisque e mova oc olhos frequentemente enquanto pratica estes exercícios. Os olhos que tenham usado óculos dema siado fortes por m u i t o tempo, não melhorarão rapidamente.

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mas perceber-se-ãc progressos corn a continuação dos exer-cícios. Quando se é capaz de ler o tipo microscópico, consi-dera-se norma! a visão. Olhe para o tipo "diamond" um minuto, depois olhe para o microscópico outro minuto, Repita-c três vezes, em seguida repouse os olhos balançando ou rodando o corpo e lendo o quadro de Snellen durante três minutos. Alterne a leitura do tipo miúdo com a leituia do quadro-teste de Snelíen.

11 — Corno um exercício de caráter prático., a leitura de cima para baixo, desenvolve o hábito de mover os olhos e dar-lhes fixação central. Segure o livro de cabeça para baixo a quatorze polegadas de distância. Começando do canto direito em baixo, leia da direita para a esquerda Seia cada palavra individualmente e, as palavras extesssas que nSo possam ser lidas de um relance, leia-as sí!ab& por sílaba. Cada palavra deve ser lida com os olhos e não adivinhada pelo sentido. Por esta forma, cada palavra é visí-a. separadamente e a mobilidade é contínua.. Tal exercício podaria ser feito durante semanas ou meses até a leitura de baixo para cima se fazer tão facilmente como a leitura peio p.ocesso ordinário. Quando você puder íaze-la com tanta facilidade que se torna confortável ler curtas histórias dessa maneira, poderá deduzir que seus olhos funcionam perfeitamente.

12 — Toda leitura e trabalho manual devem ser mantidos a quatorze polegadas. Lernbre-se de piscar frequentemente e focalizar diretamente cada palavra lida.

13 -~ As pessoas que tenham usado lentes fortes, anos e anos requerem gradual redução das mesmas à proporção que seus olhos experimentem melhoras. O uso dos mesmos óculos obstarão a que os olhos retornem à normalidade. Lentes fracas podem ser abandonadas de uma vez e para sempre. O exercício por umas poucas semanas será suficiente nos casos de pequena gravidade, ao passo que diversos meses se exigem para os casos adiantados. Prática e paciência, eis tudo de que se precisa para a restauração da viste..

14 — Levar um quarto de hora diário nestes exercícios.

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TRATAMENTO PARA MIOPIA

1 — Piscar frequentemente.

2 — Focalizar os olhos especificamente para um ponto.

3 — Mover os olhos com frequência. Ler o item 3, para de-talhes.

4 —- Ler o quadro-teste de Snellen, como se recomenda no item 6.

5 — Praticar o Grande Volteio (item 5). Este é um dos mais valiosos exercícios para a miopia, visto como os olhos míopes não têm mobilidade fácil e o Grande Volteio desenvolve mais rapidamente a mobilidade do que qualquer outro exercício. 6 — Exercício de fixação central: praticar ver melhor certa parte da letra. Por exemplo, olhe para o canto diagonalmente oposto Olhe os outros cantos da letra de maneira idêntica Procure olhar para letras cada vez menores, pelo mesmo sistema. Pisque após cada ponto de fixação. Desta forma a vista e o espírito são educados para uma mais alta apreciação de fixação central. Exercite se assim por períodos de um minuto, repita em seguida o Exercício V durante três minutos.

7 — A pupila do olho míope encontra-se constantemente dilatada e demasiado grande. Ajuda-se a visão se se diminuir a pupila. O uso da luz solar é muito útil para esse fim. Leia o item "Os olhos e a luz" e pratique regularmente a tonificação dos olhos pelo sol.

8 — Na miopia a maior dificuldade é a falta de fixação central, que a seu turno provoca excessiva fixidez. Para dominar estes dois defeitos, requer-se permanente atenção para o detalhe e exercícios que promovam a fixação central e a mobilidade. O ténis é um excelente exercício já que por sua própria natureza exige o uso preciso da vista. Pelo mesmo motivo o handball e c badmínton são bons.

9 — Limitar a leitura das crianças míopes ao que for absolu-

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tamente necessário na escola. Nunca é demais sobrestimar a importância deste item.

10 — Executar o Grande Volteio durante três minutos e meio (100 torsões na velocidade adequada) antes de ir para a cama. Isto assegura olhos móveis e relaxados durante a noite e proporciona o máximo de ajuda com o mínimo de esforço de vez que seus efeitos perduram por muito tempo após cafr no sono.

11 — Levar meia hora diária balançando o corpo, enquanto ler o quadro-teste de Snellen, fazendo o Grande Volteio e praticando o exercício de Fixação Central. Os exercícios podem ser feitos num período de meia hora ou em dois de quinze minutos cada um. Se os olhos estiverem em muito mau estado ou se se desejai resultados especialmente rápidos, será melhor uma hora de exercício.

12 — Após dois meses de prática, como ficou acima resumido, para aumentar a visão à distância, deveriam começar se os exercícios para a visão ao perto. A leitura de baixo para cima é o exercício mais valioso. Deveria ser praticado me ses a fio nos casos adiantados de miopia. Segure o livro de cabeça para baixo a quatorze polegadas dos olhos, co meçando a ler do canto direito em baixo e subindo da direi ta para a esquerda. Leia cada palavra separadamente e as palavras compridas que não puder ler de uma assentada leia sílaba por sílaba. Cada palavra deve ser lida com os olhos e não adivinhada pelo seu sentido. Desta forma, cada palavra é vista em separado e a

mobilidade é contínua. Man-tenha-se este exercício por semanas ou meses até que a leitura às avessas seja feita tão facilmente como a leitura usual. Quando você fizer isto tão comodamente que não lhe seja aborrecido ler uma historieta desta maneira pode con cluir que sua vista está funcionando perfeitamente.

TRATAMENTO DO ASTIGMATISMO 1 — Para o astigmatismo ao longe (hiperópico) seguir tratamento da hiperopia:

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a) Piscar frequentemente.

b) Mover com frequência os olhos. (Ver item 3)

c) Colocar o quadro-teste de Snellen de dez a vinte pés e sem óculos, ler fácil e rapidamente cada letra.

Piscar depois de cada letra. Ler as quatro linhas menores que puder ver. Fazer isto no mínimo cinco minutos.

d) Ler o quadro com cada um dos olhos, tapando o outro sem tocar nele, lendo igualmente as últimas quatro linhas que puder.

e) Ficar de pé durante a leitura do quadro e balançar lenta e suavemente de um lado para outro. (Ver ilustração). Continuar a piscar depois de cada letra. Cinco minutos.

f) Repetir a leitura e o balanceio, usando uma vista de cada vez. Cinco minutos.

g) Para melhorar a visão ao perto, na leitura, por exemplo, segurar seu livro a quatorze polegadas dos olhos. Piscar duas vezes em cada linha e ler sem óculos, deliberada mente, sem ter pressa. Tomar uma régua e medir quator ze polegadas para ter ideia mais clara da distância a que deve manter o livro da vista. Ler assim de cinco a dez minu tos. Ler como se escreve — uma palavra de cada vez, sem olhar para diante.

h) Para enxergar claramente todo trabalho próximo, tal como leitura, costura, desenho, é preciso que os olhos convirjam para um ponto. Para ver claramente, a quatorze polegadas, a vista normal deve poder convergir a sete polegadas durante curtos períodos. Esta função é melhorada e reforçada pela prática da leitura do tipo microscópico, mantido a sete polegadas dos olhos. Medir a distância até tê-la firmemente gravajda no espírito. Piscar com frequência. (Ver ilustração do tipo miaroscópico). Olhar para o tipo microscópico durante três minutos.

Descansar um minuto fazendo o exercício e, olhar então novamente para o tipo miúdo por outros três minutos, i) Casos severos de astigmatismo hiperópico podem

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reque-rer auxílio adicional. O Grande Volteio é bastante benéfico (Item õ).

Estes exercícios podem ser praticados durante um mês pelo menos, e mais tempo se for necessário para os olhos se tornarem perfeitamente curados.

Lembrese de que os exercícios de piscar e mover os oihos não feitos diante do quadro-teste são pura e simplesmente treinos para ajudá-lo a usar os olhos corretarnente, pouco importando o que devem eles fazer. Não há trabalho que se imponha à vista que não demande estas funções. Quando são executados contínua, fácil e normalmente, os olhos relaxam-se e a visão está normal.

Quanto maior o grau do defeito, mais necessário se torna você fazer exercícios todos os dias, o mais tempo deverá praticá-los antes que se tornem um hábito automático.

Quinze minutos diários são suficientes para produzir bons resultados em casos de pouca gravidade. Urna hora por dia, é conveniente nos casos graves.

Um mês de exercícios curará um caso simples, ao passo que vários meses se fazem precisos para condições muito adiantadas.

2 — Para o astigmatismo miópico, leia o item sobre Miopia, e siga os exercícios:

a) Piscar frequentemente.

b) Focar os olhos especificamente para um ponto.

c) Movê-los com frequência. Ler o item 3, para detalhes. d) Ler o quadro-teste de Snellen (Item 6).

e) Praticar o Grande Volteio (item 5). Este é um dos mais va-liosos exercícios para. esta sorte de astigmatismo, porque os olhos míopes piscam muito pouco e o Grande Volteio desen-volve a mobilidade mais rapidamente do que qualquer outro exercício.

f) O exercício de Fixação Central. Praticá-lo procurando ver parte de uma letra melhor do que outra. Por exemplo, olhar o canto da primeira letra no quadro-teste. Mova agora sua atenção para o canto diagonalmente oposto. Olhar os outros 46

cantos de idêntica maneira. Ponha-se a ler da mesma forma as letras cada vez menores. Piscar depois de cada ponto de fixação. Deste modo, o olhar e o espírito educam-se para uma apreciação melhor de Fixação Central. Praticar o exer-cfcio por períodos de um minuto, e repetir o exercício durante três minutos

g) Leia o item 4, "Qihos e Luz" e pratique regularmente os exercícios de sol.

h) A grande ci'ficuidade, corno na miopia, é a falta de fixação central que a seu turno causa excessivo esgotamento. Para vencer estes dois defeitos de íuncionarnento é preciso constante atenção aos detaíhes & aos exercícios promotores da fixação central e da mobilidade. O ténis é um excelente exercício já que por sua natureza requer o uso corneto da vista. Pela mesma i azão o handbaii e o badroínton são bons. i) A iesíara deve-ser pouca para es crianças mibpes-astig-niáocas, estritamente limitada ao que for em absoluto necessário na escola. Hunca se poderá sobrestimar a importância de assim procedei.

j) Fazer o Grande Volteio por três minutos e meio (100 tor-sões na velocidade apropriada) imediatamente antes de ir para a cama. isto assegura olhos com músculos frouxos durante o sono e fornece o máximo de benefício com um mínimo de esforço, de vez que seus efeitos perduram muito tempo depois de você estar dormindo.

k) Levar meia hora por dia lendo o quadro-teste de Snellen com o corpo em oscilação de um para outro lado, fazendo o Grande Volteio e praticando o exercício de Fixação Central. Os exercícios podem ser feitos em períodos de meia hora ou em períodos dobrados de quinze minutos cada um. Se os olhos estiverem em muito mau estado ou se se desejarem resultados mais rápidos, será melhor exercícios de uma hora.

í) Depois de dois meses de prática, conforme ficou resumido acima, para aumentar a visão à distância, podem-se começar os exercícios para a visão ao perto. A leitura com o

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livro virado às avessas é o mais proveitoso exercício. Deverá ser praticada meses, nos casos adiantados de astigmatismo miópico.

Segure o livro ao contrário, a quatorze polegadas dos olhos, começando a ler do canto direito em baixo e lendo da direita para a esquerda. Leia cada palavra separadamente e as palavras demasiado longas, que não puder ler de um relance leia sílaba por sílaba. Cada palavra deve ser lida com os olhos e não adivinhada pelo sentido. Desta forma, vê-se cada palavra isoladamente e a mobilidade é contínua. Este exercício deve ser feito semanas ou meses, até a leitura de cabeça para baixo, ser feita tão facilmente como a leitura usual- Quando conseguir ler confortavelmente uma historieta nessas condições, pode concluir que sua vista está funcionando com perfeição.

3 — Se apenas um dos olhos estiver afetado, tape a vista boa com uma venda e exercite a vista afetada.

4 — Se as l i n ha s verticais são as mais difíceis de se ver, pra t i q u e a Fixação Central (descrita no Tratamento da Miopia, exercício n° 6) com a mobilidade apenas no sentido das linhas verticais. Desta forma a focalização é estimulada nesse meridiano. Se as linhas horizontais ou oblíquas são as mais obliteradas, praticar nesse sentido de idêntica maneira.

TRATAMENTO DA CATARATA

1. A extrema tensão da catarata requer frequentes períodos curtos de repousos. A "empalmação" é o meio mais eficiente para a relaxação dos olhos durante o seu descanso. Ponha-se em posição confortável com algum anteparo onde possa apoiar os cotovelos. Cubra os olhos com a palma de suas mãos. Essas devem ficar em concha e não tocar na vista, assentando-se as palmas nas maçãs do rosto e os dedos de uma das mãos cruzando sobre os dedos da outra, interceptando completamente a luz sem exercer a mínima pressão contra os olhos (Veja ilustração para a posição das mãos 48

sobre os olhos). Os olhos mantêm-se suavemente fechados. Quando estiverem inteiramente relaxados, o fundo da vista é preto. O tempo requerido para isto se realizar varia de dois a dez minutos, e, em alguns casos, algumas semanas de prática são necessárias antes de atingir a uma clara percepção de negror absoluto.

Nenhuma tentativa se pode fazer para se ver o negror. Não dê atenção à vista mas ocupe seu espírito em pensamentos agradáveis, tranquilos e a vista se encarregará de si mesma. O negror aparecerá automaticamente quando o olhar e o espírito se relaxarem.

A empalmação é benéfica em qualquer caso de cansaço de vista como meio de repousar os olhos o mais possível no menor lapso de tempo. Uma pessoa com catarata deveria praticá-la alguns minutos de hora em hora.

2. O tratamento ativo e os exercícios para a catarata são os mesmos da presbiopia. Siga-os rigorosamente. Os primeiros sete itens devem ser feitos pelo menos durante um mês antes de tentar os exercícios de visão ao perto.

3. O Grande Volteio ( It em 5) é o melhor exercício para esta condição e pode ser feito pelo menos uma hora por dia. Os exercícios podem ser praticados em curtos períodos ou em um ou dois períodos maiores. Os óculos devem ser abandonados ou fortemente diminuídos. Como eles não ajudam muito a visão neste caso. deixá-los não é nenhuma impru-dência.

4. A visão continuará a melhorar se você insistir nos exercícios de seis meses a um ano, ou mais.

5. É melhor a quem-quer que esteja nestas condições procurar o auxílio de'um médico familiarizado com este método.

TRATAMENTO DO GLAUCOMA

O tratamento do glaucoma é o mesmo da catarata. Uma vez que em muitos casos de glaucoma os olhos fixam-se mais à noite do que em outras horas, é essencial o Grande

Referências

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