XV ERIC – (ISSN 2526-4230)
Eixo Temático – Expressões Artísticas pela Palavra Auditório “João Welter Júnior (RESUMO)
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O BROCK: MOMENTOS DECISIVOS E AUTORES FUNDAMENTAIS
Prof. Dr. Diego Luiz Miiller Fascina (UNICESUMAR/UNISUL) diegomullerfascina@hotmail.com Profa. Dra. Jussara Bittencourt de Sá (UNISUL/SC) jussara_sa@hotmail.com
RESUMO: O presente trabalho, um recorte reflexivo de meu ensaio de pós-doutorado, objetiva refletir acerca dos momentos decisivos do rock brasileiro dos anos 1980. O rock 80 é também conhecido como BRock, termo cunhado por Arthur Dapieve (2007) para se referir, especificamente, ao rock desta década. A brasilidade deste rock curado da purple haze psicodélica-progressiva dos anos 70, e desprendido de letras metafóricas e do instrumental state-of-the-art, fala em português temas comuns àquela geração: amor, ética, sexo, política, polaroides urbanos, dores de crescimento e maturação, mensagens transmitidas pelas brechas do processo de redemocratização – o que justifica a consoante “b” antecedendo o nome e demarcando um produto genuinamente nacional. Para Dapieve (2007), o BRock era personificado na figura de Cazuza, roqueiro que conseguiu captar em sua obra todos os questionamentos de seus contemporâneos. No entanto, traremos para discussão, outras figuras e suas principais características, tais como os trabalhos da Blitz, do Barão Vermelho, do Kid Abelha, dos Titãs, d’Os Paralamas do Sucesso, da Legião Urbana, do Ultraje a rigor, do RPM e dos Engenheiros do Hawaii. Tais bandas, as mais representativas da década, sintetizaram as características expostas por Dapieve (2007), e foram responsáveis por (re)criar esse gênero musical em nosso país.
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ASPECTOS ESTÉTICOS DO CASSINO DO CHACRINHA (1982-1988)
Prof. Dr. Diego Luiz Miiller Fascina (UNICESUMAR/UNISUL) diegomullerfascina@hotmail.com Profa. Dra. Jussara Bittencourt de Sá (UNISUL/SC) jussara_sa@hotmail.com
RESUMO: O presente trabalho, um recorte reflexivo de meu ensaio de pós-doutorado, tem por objetivo analisar aspectos estéticos do Cassino do Chacrinha, programa apresentado por Abelardo Barbosa (1917-1988). Os aspectos analisados centram-se no programa que marca o retorno de Chacrinha à Rede Globo de Televisão, em 1982, finalizado apenas com sua morte. Discutiremos alguns pontos, tais como: o grotesco, o improviso, a liberdade cênica, a influência circense, a parafernália tropicalista, a presença das dançarinas e auxiliares de palco conhecida como chacretes, a plateia e sua reação, o júri e sua configuração múltipla, bem como a análise de alguns quadros que auxiliaram a consagrar o programa, além da presença de cantores, sobretudo os roqueiros dos anos 1980, que consolidaram suas carreiras naquele palco. O referencial teórico que auxiliará na análise crítica dos pontos mencionados conta com os textos de Mello (2008), Mira (1995), Pignatari (1981), Rito & Barbosa (1996), Rohrer (2010), Sodré (1972), Sodré & Paiva (2002), Tilburg (1989) e Veloso (1997).
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A IMPORTÂNCIA DO CASSINO DO CHACRINHA PARA A SOLIDIFICAÇÃO DO ROCK BRASILEIRO DOS ANOS 1980
Prof. Dr. Diego Luiz Miiller Fascina (UNICESUMAR/UNISUL) diegomullerfascina@hotmail.com Profa. Dra. Jussara Bittencourt de Sá (UNISUL/SC) jussara_sa@hotmail.com RESUMO: O presente trabalho, um recorte reflexivo de meu ensaio de pós-doutorado, possui o intuito de analisar alguns pontos que introduziram e, posteriormente, auxiliaram na consolidação do rock brasileiro dos anos 1980, a citar: a criação do Circo Voador, misto de palco para apresentações cênicas e musicais para os roqueiros, dentre outros cantores da música brasileira; a presença da rádio FM, conhecida como A maldita, que divulgou o rock para o território carioca; o filme Menino do rio, de Antonio Calmon, película que retrata a juventude carioca, suas angústias, questionamentos e tentativas de relacionamento amoroso; a primeira edição do faraônico evento Rock in Rio, ocorrido em 1985, polo aglutinador das varias facetas do rock nacional e internacional. No entanto, é com o Cassino do Chacrinha, programa ocorrido aos sábados a tarde, durante os anos 1982-1988, que o rock brasileiro foi solidificado. O programa possuía um alto índice de audiência e uma estética muito peculiar que mesclava elementos sublimes com grotescos, criando um produto genuinamente brasileiro. Foi nesse palco, no meio de distintas atrações, de opiniões de um júri controverso, de uma plateia que reagia instantaneamente aos acontecimentos e de um estilo absolutamente original que Chacrinha possuía ao conduzir o programa, que o rock 80 alcançou os quatro cantos do Brasil.
Palavras-chave: Cassino do Chacrinha; Rock brasileiro dos anos 1980; características fundamentais.
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LÍRICA GREGA ARCAICA E LÍRICA MODERNA: SAFO E HILDA HILST
Estela Pereira dos Santos (UEM) psantosestela@gmail.com Resumo: A poesia lírica passou por inúmeras transformações desde seu surgimento. A lírica arcaica tem suas origens na Grécia e foi produzida a partir do século VII a. C. até a primeira metade do século V a. C; enquanto que a poesia lírica moderna surgiu com o Romantismo Alemão, em meados do século XVIII até a atualidade. No mundo grego, essas produções eram feitas para serem cantadas, acompanhadas de instrumentos como lira ou cítara e geralmente eram alinhadas a danças, tinham nível de pragmatismo, função civilizatória e expressividade. No mundo moderno, a concepção de lírica está associada ao que é subjetivo, sendo suas principais características a despersonalização, a desumanização e a obscuridade. A fim de observaremos produções líricas, tanto arcaicas como modernas, com foco em suas distinções, foram analisados três poemas da poeta Safo e três de Hilda Hist, os quais pertencem a uma mesma temática, o amor – do ponto de vista da mulher. Além disso, a escolha de duas poetas se deu pelo fato de que, em muitos manuais de Teoria da Literatura e artigos científicos sobre poesia lírica, sempre são comentados trabalhos de poetas homens, com pouquíssimas menções a produções poéticas líricas de mulheres.
XV ERIC – (ISSN 2526-4230) O FANTÁSTICO E A ALEGORIA: “O HOMEM CUJA ORELHA CRESCEU”, DE
IGNÁCIO DE LOYOLA BRANDÃO
Estela Pereira dos Santos (UEM) psantosestela@gmail.com Hellyery Agda Gonçalves da Silva (UEM) hellyerya@gmail.com Resumo: “O homem cuja orelha cresceu”, conto do escritor brasileiro Ignácio de Loyola Brandão, apresenta um protagonista cuja orelha começou a crescer de forma monstruosa. Conforme essa problemática surge, o homem vê-se obrigado a sair do trabalho e trancar-se em seu quarto, não havendo para quem pedir socorro. A situação sai do controle, e o fato acaba se tornando objeto de caos e inquietação mundial. É sugerida uma única resolução para o conflito: a violência/morte. Neste estudo, o conto foi analisado mediante pressupostos teóricos da literatura fantástica e da alegoria, apontando tais elementos como ferramentas para trabalhar críticas sociais no âmbito literário: em nossa sociedade, tudo que foge à regra do padrão corporal é visto como monstruosidade, devendo ser aniquilado, levando-nos, assim, ao conceito de Homo Sacer, de Giorgio Agambem, que representa a vida indigna de ser vivida, o limiar além do qual a vida de um sujeito deixa de ser politicamente relevante para o Estado, podendo ser eliminada.
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“GAROTAS PAPO FIRME”: REPRESENTAÇÃO E ATUAÇÃO FEMININA NA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA NOS ANOS 1960
PROGRAMA DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PROBIC DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
Aluno: Igor de Oliveira Brotti Curso: História Orientador (a): Professora Rosi Sena
Categoria do Trabalho: Comunicação Oral Resumo
O artigo cujo título “Garotas papo firme”: representação e atuação feminina na música popular brasileira nos anos 1960’’ parte da apresentação do contexto histórico brasileiro nos anos 60 sobretudo com a ditadura militar, da luta da mulher pelos seus direitos, da representação feminina na música popular brasileira através das cantoras Waldirene, Maria Bethania e Nara Leão, bem como a análise das composições cantadas por elas, Garota do Roberto, Carcará e Como dois e dois são quatro. Com o intuito de refletir sobre as mudanças significativas na sociedade brasileira da época. Para além de tal análise, investiga-se também a participação das mulheres não só como figuras representadas, mas também como sinônimo de crítica social, e, portanto, disseminadoras da identidade feminina. A música popular ganha relevante papel como elemento cultural prenhe de significados não só das melodias e notas musicais, mas também para a política e as relações sociais de uma nação. Nos anos 1960, grandes transformações sócio-políticas e culturais estavam em curso, e a música não deixou de expressá-las. O Brasil vivenciava o início de uma ditadura militar que duraria mais de vinte anos, e as mulheres ressignificavam seus papéis sociais. Por fim, tem por objetivo usar das canções já citadas acima para refletir e apresentar certas representações acerca da mulher nos anos 1960.