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(1)

Probabilidade

Os ar J. P. 

Eboli e J. Fernando Perez

Instituto de Fsi a

Universidade de S~ao Paulo

(2)

Breve Introdu ~ao a Teoria da

Probabilidade

A Me ^ani a Qu^anti a traz emsua estrutura objetos que, independente

de qualquer postulado interpretativo, s~ao des ritos em Matemati a no

ontexto da Teoria das Probabilidades. Os postulados interpretativos

tornam-se naturais do ponto de vista on eitual ao onstatarmos esse

fato. Este ap^endi e tem por objetivo sumarizar e familiarizar o leitor

om esse instrumentalmatemati o.

A.1 Con eitos basi os

A teoria da probabilidade e o aptulo da Matemati a que forne e as

ferramentas on eituais para a analise de fen^omenos que em Ci^en ias

Naturaiss~ao lassi ados omoaleatorios. A palavraaleatorioe usada

para ontrastar omapalavradeterminsti o noseguintesentido.

Con-sideremos um onjunto C de ondi ~oes sob as quais um determinado

experimento e realizado. Um determinado evento A e denominado

erto, seguro ou ne essario se ada vez que o experimento for

reali-zado observando-se exatamente as mesmas ondi ~oes C, veri ar-se a

o orr^en ia doevento A. Se ao ontrario sob as mesmas ondi ~oes C o

evento A nun a o orre, elee de larado impossvel. Um sistemafsi oe

dito determinsti o quando ada eventopode ser apenas ne essarioou

(3)

Exemplo: Se um objeto apenas sob a a ~ao da for a da gravidade,

num lo al onde a a elera ~ao da gravidade tem o valor g, for

abando-nado om velo idadeini ial zero ea uma altura h do solo( onjunto C

de ondi ~oes), ent~ao ne essariamente o objeto atingira o solo om

ve-lo idadev = p

2gh (eventoA). De maneirageral, todos osfen^omenos

des ritos no ^ambito da Me ^ani a Classi a, quando o onjunto C de

ondi ~oes forne e om pre is~aoabsolutaasposi ~oesevelo idades

ini i-aisde todas aspart ulas envolvidas bem omo asfor as atuantes, s~ao

determinsti os, istoe, todoevento e ne essario ouimpossvel.

Ha poremfen^omenos para os quais aespe i a ~aode um onjunto

C de ondi ~oes pode ser insu iente para que um determinado evento

Asejaapenas ne essarioouimpossvel,i.e. oeventoAasvezes o orre

eas vezes n~ao. Tais fen^omenos s~aoal unhados de aleatorios.

Exemplo: Osexemplosmaistpi oss~aooslan amentosdeummesmo

dado oude uma mesmamoeda ( onjunto C de ondi ~oes) e os eventos

referem-se aos resultados, por exemplo, A = dar ara no lan amento

da moeda ou dar o numero 4 no lan amento do dado. Note que se

o onjunto C de ondi ~oes forne er exatamente a posi ~ao ini ial e

ve-lo idade ini ial de todos os pontos dos solidos envolvidos ent~ao esses

dois fen^omenoss~aode natureza determinsti a: esoanossa ignor^an ia

sobre as ondi ~oes ini iais bem omo a di uldade de pre isa-las de

forma absoluta que determinam o arater aleatorio desses fen^omenos.

Umades oberta relativamentere entemostra poremque os hamados

sistemas aoti os, embora des ritos no ^ambito da Me ^ani a Classi a e

portanto determinsti os, por apresentarem extrema sensibilidade em

rela ~aoas ondi ~oes ini iais,devemser tratados omoaleatorios jaque

mnimasin ertezas omrela ~aoas ondi ~oesini iaisimpli amnumgrau

imprevisibilidadequase que absoluto.

A.1.1 Espa o amostral

Dado um fen^omeno aleatorio, tal omo o resultado de uma roleta ou

(4)

Exemplos:

 Para des rever o resultado do lan amento de uma moeda temos

um espa o amostral om 2 elementos, a saber, S

0

= f 1; +1g

ondeoponto 1representaC arae+1representaK  oroa.



E laroque o onjuntoS

0

pode ser substitudoporqualquer

on-junto om exatamentedois elementos.

 No aso do lan amento de 1 dado o espa o amostral pode ser

representado pelo onjuntoS

1

=f1;2;3;4;5;6g.

 Para o lan amento de 2 dados o espa o amostral e dado pelo

produto artesianoS 2 =S 1 S 1 =f(1;1);(1;2);(1;3);:::;(6;5); (6;6)g = fx = (x 1 ;x 2 ) j x i 2 S 1 ; i = 1;2g om 36 elementos.

Analogamente o lan amento de N dados pode ser des rito por

S =(S 1 ) N = fx = (x 1 ;x 2 ;:::;x N ) j x i 2 S 1 ; i = 1;2;:::;Ng ou

porqualquer onjunto om 6 N

elementos.

 No lan amento de 3 moedas podemos utilizar

S 3 = f(CCC); (CCK); (CKC); (KCC); (CKK); (KCK); (KKC); (KKK)g = fC;Kg  fC;Kg  fC;Kg ; om2 3 elementos,ousimplesmenteS 3 =(S 0 ) 3 =fx=(x 1 ;x 2 ;x 3 ) jx i 2S 0

; i=1;2;3g. De novo, para olan amentode N moedas

podemos tomar omo espa o amostral o produto artesiano S =

(S 0 ) N =fx=(x 1 ;x 2 ;:::;x N ) jx i 2S 0 ; i=1;2;:::;Ng.

 De maneira geral se S e o espa o amostral que des reve um

de-terminadofen^omenoaleatorio,oespa o adequadopara des rever

N repeti ~oes dependentes ou independentes do experimento e o

produto artesiano (S) N = fx = (x 1 ;x 2 ;:::;x N ) j x i 2 S; i = 1;2;:::;Ng.

(5)

deumapart ulaexe utandomovimentoBrownianopodeser

des- rito porS =R 3

.

 Avidautilde l^ampadasemhorasestaasso iadaaoespa o

amos-tralS =fx2R j 0<x5000 horasg.

A.1.2 Eventos

De nimos um EVENTO (E) omo sendo qualquer sub onjunto do

espa o amostral. Nas apli a ~oes prati as um evento refere-se a algum

aspe toobservavelnumdeterminadoexperimento omespa oamostral

S dado.

Exemplos:

 DadoS

1

a ima, podemos onsiderar osseguintes eventos:

E

1

=f1;3;5g,istoe, oresultado empar.

E

2

=f2;4;6g,istoe, oresultado epar.

E

3

=f1;2;3;5g,istoe,o resultado e primo.

 Para o espa oS

2

a ima, podemoster E

1 =f(2;2); (1;3); (3;1)g = f(x 1 ;x 2 )2S 2 jx 1 +x 2

=4g,istoe,soma4em2lan amentos.

 No lan amento de tr^es moedas S

3 : F

1

= f2 oumais aras g =

f(CCC);(CCK);(CKC);(KCC)g orrespondendo a

proprieda-de de haver pelo menos 2 \ aras " em3 lan amentos da moeda.

Alternativamenteo onjuntoF

1

podeserdes ritoatravesde F

1 = fx=(x 1 ;x 2 ;x 3 )2S 3 jx 1 +x 2 +x 3  1g.

 Duaspessoas ombinamdeseen ontraremumdeterminadolo al

nointervalodetempoquevaidas2ateas3horasdatarde, oma

(6)

min-dentro dointervalode tempo ombinado,o espa oamostral

ade-quado pode ser des rito omo S

4 =[0;60℄ 2 =fx=(x 1 ;x 2 ) j x i 2

[0;60℄; i = 1;2g. O evento E orrespondente a o orr^en ia do

en ontroe dado por

E =fx2S 4 jjx 1 x 2 j<10g: 

E onvenienteintroduzir dois eventos triviais:

E=S  evento erto poissempre o orre;

E=; (vazio) evento impossvelvisto que nun a o orre.

Mais ainda, dados dois ou mais eventos E e F , podemos gerar novos

eventos atraves das opera ~oes usuais de onjuntos: E [F, E \ F,

EnF. Assim, dadoum eventoE,de nimos oseu evento omplementar

E

=SnE:

De ni ~ao: dizemos que dois eventos E e F s~ao eventos

mutua-mente ex lusivosse E\F =;. Exemplos:  EmS 1 oseventosE 1 eE 2

a ima,s~aomutuamenteex lusivosdado

queE 1 \E 2 =;.  Em S 3 de nindo F 2 = fKKKg, segue que F 1 e F 2 s~ao

mutua-mente ex lusivos ja queF

1 \F

2 =;.

A.2 Probabilidades

Existemfen^omenosaleatoriosqueapresentam uma ara tersti anot

a-vel: dado o onjunto C de ondi ~oes, embora elas sejam insu ientes

paraqueum determinadoeventoAseja ertoouimpossvel,

repetindo-seo experimento N vezes observa-se que a fra ~ao

n

A

(7)

onde n

A

e o numero de vezes em que o evento A o orreu, tende a

estabilizar-se quando N res e, onvergindo para um numero que

de-notaremos por p A = lim N!1 n A N :

Quandoumfen^omenoaleatorioapresentaestanotavelpropriedadepara

todoevento A, dizemos queesse sistema e probabilsti o ou esto asti o

equeonumerop

A 

eaprobabilidade doeventoA. Para umtalsistema

onumero p

A

representa a frequ^en ia de o orr^en ia doevento A .

Essas onsidera ~oes juntamente omaspropriedadesde frequ^en ias

motivama introdu ~ao de de ni ~aoabaixo.

De ni ~ao: A adaeventoE deumespa oamostralSasso iamosum

numerorealP(E), hamadoprobabilidade,oqualsatisfaz asseguintes

propriedades:

1. 0P(E)1;

2. P(S)=1;

3. Se os eventos E

i

; i = 1;2;::: s~ao mutuamente ex lusivos ent~ao

P([ i E i )= P i P(E i ). Exemplos:

 Nolan amentodeumdadohonesto, aprobabilidadedeumadada

fa e e 1=6, i.e. para o espa o amostral S

1

se E = fxg e um

onjunto om um uni o elemento x 2 S

1

, ent~ao P(E) = 1

6 . A

probabilidade de um evento qualquer e obtida a partir destas

utilizandoapropriedade (3) a ima. 1

 Uma lasse muito grande de exemplos pode ser des rita atraves

de espa os amostrais nitos, i.e., S e uma ole ~ao nita

S =fx 1 ;:::;x N g 1

(8)

de elementos. Nesse aso a probabilidade P(E) de um evento

qualquer E  S pode, omo no exemplo a ima, ser

ompleta-mentede nidaapartirde uma ole ~aode N numerosfp

1 ;:::;p N g satisfazendo p i 0 , N X i=1 p i =1; onde P(x i )=p i e P(E)= X x i 2E p i :

Por exemplo, se todos os resultados possveis x

i

tem a mesma

frequ^en ia de o orr^en ia temos

p i = 1 N ;

em ujo aso aprobabilidade de um eventoE e dada por

P(E)= n E N ; onde n E

eo numerode elementosno onjunto E.

 Noexemplodas3moedaslan adasindependentemente, i.e. para

oespa o amostralS

3

a probabilidadede uma sequ^en ia x2S

3 e

p

x

=1=8.

 Consideremos o lan amento de dois dados que e des rito pelo

espa o amostral S

2

. A probabilidade de no segundo lan amento

sair2 ou 3,i.e. aprobabilidade doevento E =fx j x

2

2 f2;3gg

e dada por P(E) = 1

3

. Justi que esse resultado intuitivamente



obvioa partir dade ni ~aode P(E).

 Considereoespa oamostralS

4

=[0;60℄ 2

introduzidoa imapara

des rever o problema do en ontro de suas pessoas. A

probabili-dade de um evento qualquer F S

4

e dada pelaraz~ao

P(F)=  area de F  area de S :

(9)

Exer  io: Cal ulea probabilidadeP(E)de o orrer oen ontro.

 Demaneirageral aes olhaaleatoriade um numeroreal no

inter-valoS

5

=[a;b℄, ondea<b, temaprobabilidadedonumeroestar

emE S 5 dada por P(E)= jEj b a ;

onde jEjeo omprimento do onjuntoE.

A.2.1 Propriedades da probabilidade

Pode-se demonstrar 2

queade ni ~aodada para aprobabilidadeP

on-duz as seguintes propriedades:

1. P()=0 (Di a: use S =S[ e oaxioma (3) )

2. P(E

)=1 P(E) (Use que S=E+E

; E\E

=)

3. P(E[F)=P(E)+P(F) P(E\F)

4. P(E[F)=P(E)+P(E

\F)

A.2.2 Distribui ~oes de probabilidade

Para espa os amostrais ontnuos, omo nos dois exemplos anteriores,

a situa ~ao mais tpi a e quando S  R n

e a probabilidade de

even-tos e de nida atraves de uma fun ~ao  : S ! R om as seguintes

propriedades: a) (x)0, para todox=(x 1 ;:::;x n )2S e b) R S (x)d n x=1:

A probabilidadede evento E S e ent~aoexpressa atraves de

P(E)= Z E (x)d n x: 2

(10)

Poressa raz~aoa fun ~aoedenominadade densidadede probabilidade.

Exer  io: Determine asdensidadesde probabilidadenos dois

exem-plos anteriores.

Exemplos:

 Naretareal,S =Ralgumasdensidadesdeprobabilidadefreq

uen-tes s~ao:

1. Distribui ~aogaussiana,de nidaatravesde2par^ametros>

0 e x 0 2R (x)= 1 p 2  exp " (x x 0 ) 2 2 2 # ;

2. Distribui ~aode Cau hy om par^ametro >0

(x)=  1 x 2 + 2 ;

3. Distribui ~aoexponen ial om par^ametro >0

(x)=  e x se x>0 0 sex0 :

Exer  io: Veri que queas3 fun ~oes  a imade nem densidadesde

probabilidade.

 Se uma part ula em R 3

parte daorigem no instante t =0 e

ex-e utaum movimentoBrowniano num meio om onstante de

di-fus~aoD,aprobabilidadedapart ulanoinstantet0

en ontrar-se no onjunto E  R 3

e dada atraves dadensidade de

probabi-lidade  t (~x)= 1 (4tD) 3 2 exp  ~ x 2 4tD  :

Exer  io: Veri que que a fun ~ao 

t

(11)

s-A.2.3 Distribui ~oes mistas

Espa os amostrais ontnuos podem tambema omodar densidades de

probabilidade on entradas em pontos, om isso sendo possvel tratar

espa osamostraisdis retosatravesdedensidadesdeprobabilidade. Por

exemplo, onsideremos o espa o dis retoS

d =fa 1 ;a 2 ;:::;a n j a i 2Rg, om probabilidadesP(a i )=p i 0, quesatisfazem n X i=1 p i =1:

Ent~ao,a fun ~ao generalizadade nida noespa o amostralS =R

(x)= n X i=1 p i Æ(x a i )

pode ser usada para de nir probabilidadesde eventos E  R, atraves

de P(E) = Z E dx (x) = X i2E p i ;

oque esta de a ordo om o que vimosanteriormente. Neste aso

dize-mos que a probabilidadeesta on entrada nos pontos a

i

; i=1;:::;n,

pois P(E) = 0 se o onjunto E n~ao ontiver nenhum dos pontos

a

1 ;:::;a

n .

Exer  io: Veri que que a fun ~ao generalizada  de ne uma

densi-dade de probabilidade e que P(E) tem as propriedades de

probabili-dade.

Em espa os amostrais ontnuos podemos a omodar superposi ~oes

de densidades ontnuas omdensidades on entradasemum onjunto

ontavel de pontos. Vejamos isto atravesde algunsexemplos.

Exemplos:

 Considere S =R e

(12)

onde  0;  0 , + = 1 om 

1 e 

2

sendo densidades de

probabilidade. Ent~ao,  tambem e uma densidade de

probabili-dade;veri que! Se 

1

forporexemplo adensidade

 1 = n X i=1 p i Æ(x a i ) ; omoa imae 2

forumadistribui ~ao ontnua, omoporexemplo

a gaussiana, de Cau hy ou qualquer outra dada por uma fun ~ao

positivaintegravel,tem-se ent~aouma densidade mista

P(E)= X i2E p i + Z E  2 (x)dx:

 NoexemplodomovimentoBrownianoadensidade

t

quee ont

-nua para t >0, entretanto, nolimite t !0, produz a densidade

dis reta  0 (~x)=lim t!0  t =Æ(~x) ;

onsistente om a ondi ~ao de que a part ula estava na origem

em t = 0; justi que esta a rmativa! Sugest~ao: veri que antes

que o mesmo efeito o orre para as distribui ~oes gaussiana e de

Cau hy nos limites !0 e !0, respe tivamente.

A.2.4 Eventos Independentes

Em um fen^omeno aleatorio dois eventos s~ao ditos independentes se

o orr^en ia ou n~ao o orr^en ia de um deles n~ao afetar a o orr^en ia do

outro. Tipi amentetem-seemmenteexemplostais omonolan amento

de 2 dados, onde um dos eventos refere-se somente ao resultado do

primeirodadoeoutrosomenteaoresultadodosegundodado. Doponto

de vista formaltemos

De ni ~ao: Em um espa o de probabilidade om espa o amostral

(13)

Exemplos:

 No lan amento de 3 moedas os eventos E = ara na primeira

=fx2S 3 jx 1 = 1g e F = oroa na segunda =fx 2S 3 jqx 2 =

+1g= s~ao independentes. Por outro lado, os eventos G= fx 2

S 3 jx 1 +x 2 =0geH =fx2S 3 jx 1 x 2 =0gn~aoindependentes.

Veri que estas a rmativas.

 Exemplos tpi os de eventos independentes s~ao produzidos da

seguinte forma:

1. Considere dois espa os amostrais nitos: S = fx

1 ;:::;x n g e R = fy 1 ;:::;y m

g om probabilidades de nidas a partir

dos numeros p i = Pfx i g, i = 1;:::;n e q j = Pfy j g, j =

1;:::;m e formemos o espa o amostral produto T = S 

R = f(x i ;y j );i = 1;:::;n; j = 1;:::;mg om probabilidade de nida atravesde p ij = Pf(x i ;y j )g = p i q j :

Nessas ondi ~oes os eventos E = AR e F = SB s~ao

independentes qualquer quesejam AS eB R .

2. Considere dois espa os amostrais S

1 e S

2

ontnuos, por

exemplo S 1 = S 2 = R e duas densidades  1 e  2 em R. A fun ~ao (x 1 ;x 2 )= 1 (x 1 ) 1 (x 2 )

de ne ent~ao uma densidade de probabilidade emS

1 S 2 = R 2

. Nessas ondi ~oes oseventos E =AS

2

e F = S

1 B

s~ao independentes.

Exer  io. Veri que a independ^en ia dos eventos E e F nos dois

exemplosa ima.

 Menos trivialdo queos asos a ima des ritos e oseguinte

exem-plo. Considere emS =R 2 adensidade gaussiana (x 1 ;x 2 )= 1 exp  x 2 1 +x 2 2 

(14)

e mostre que os eventos E = fx = (x 1 ;x 2 ) j (x 1 +x 2 ) 2 Ag e E = fx = (x 1 ;x 2 ) j (x 1 x 2 ) 2 Bg, onde A;B  R s~ao

onjuntos arbitrarios, s~ao independentes.

A.3 Variaveis Aleatorias

Emfen^omenosaleatoriosenaturalasso iara adaresultadopossvelde

umexperimentoum numeroreal. Istoefeitode nindo-seuma variavel

aleatoriaf,a qualeuma fun ~aono espa oamostral S.

f :S !R;

x2 S!f(x)2R:

Exemplos:

 No aso do lan amento de um dado, i.e. no espa o amostral

S 1 =f1;:::;6g asfun ~oes  f 1 (x)=x; f 2 (x)=x 2 ;

quedes revem respe tivamenteo resultado de um experimentoe

oquadrado doresultado s~ao variaveis aleatorias.

 No lan amento de 3 moedas, i.e. para o espa o amostral S =

(S 0 ) 3 as fun ~oes 8 < : f 1 (x)=x 1 ; f 2 (x)=x 2 ; f 3 (x)=x 3 ; g(x)= 1 3 (x 1 +x 2 +x 3 ) ; h(x)= 1 3 (x 2 1 +x 2 2 +x 2 3 ) ; om x = (x 1 ;x 2 ;x 3

) 2 S, de nem variaveis aleatorias, onde f

i

orresponde ao resultado do i-esimo lan amento, g a media dos

(15)

re- No lan amento de N moedas, S = (S

0 )

N

podemos de nir de

formaanaloga as variaveis aleatorias

8 < : f n (x)=x n ;n=1;:::;N g(x)= 1 N (x 1 +:::+x N )= 1 N P N n=1 x n h(x)= 1 N (x 2 1 +:::+x 2 N )= 1 N P N n=1 x 2 n

om asmesmas interpreta ~oes do aso N =3:

 Umexemplode variavelaleatoriaemumespa odeprobabilidade

ea fun ~aoindi atriz

E

de um eventoE, de nida por

 E (x)=  1se x2E 0se x2= E :

 No aso do movimento Browniano em R 3

podemos de nir por

exemploas seguintes variaveis aleatorias:

f i (~x)=x i para i=1;2;3; r(~x )= p x 2 1 +x 2 2 +x 2 3 ; g(~x )=r(~x) 2 =x 2 1 +x 2 2 +x 2 3 ;

que representam respe tivamente as oordenadas da part ula, a

dist^an ia e oquadrado dadist^an iada part ula aorigem.

A.3.1 Distribui ~ao de probabilidades

Consideremosum espa oamostral nito,i.e. S =fx

i

; i=1;2;:::;Ng

om probabilidades de nidas a partir dos numeros p

i

= Pfx

i

g; i =

1;:::;N e uma variavel aleatoria f om valores no onjunto imagem

f(S)  fa 1 ;a 2 ;:::;a K

g, onde K  N pois podemos ter f(x

i ) = f(x j ) embora x i 6= x j

. Podemos ent~ao de nir probabilidades no onjunto

imagemfa 1 ;a 2 ;:::;a K gatraves de q =Pff 1 (a )g ,j =1;:::;K

(16)

i.e. os numeros q

j

representam as probabilidades dos eventos E

j =

fx 2 S j f(x) = a

j

g, ou seja, a probabilidade da fun ~ao f assumir o

valora

j

. Por issoes revemos tambem

q j =Pff =a j g: A ole ~ao fq 1 ;:::;q K

g e a distribui ~ao de probabilidades da variavel

aleatoriaf. Note que

q j 0 eque X j=1 Kq j =1;

logo,de nindoprobabilidadesno onjuntoimagemf(S)fa

1 ;:::;a K g. Exemplos:  No espa o amostral S 1

, orrespondente a um dado, a variavel

aleatoriaf

2

de nida a ima tem um onjuntoimagem

f 2 (S 1 )=  a 1 = 1 4 ;a 2 = 9 4 ;a 3 = 25 4 

possuindoa seguinte distribui ~ao de probabilidade

q 1 =q 2 =q 3 = 1 3 :

 Para o lan amento de tr^es moedas S = (S

0 ) 3 , e as variaveis aleatorias f 1

e g de nidas a ima temos f

1 (S) = fa 1 = 1;a 2 = +1g; eas probabilidades q 1 =Pff =a 1 g=q 2 =Pff =a 2 g= 1 2 ; eg(S)=fb 1 = 1;b 2 = 1 3 ;b 3 =+ 1 3 ;b 4 =+1g; om q 1 =Pff =a 1 g= 1 8 ; q 2 =Pff =b 2 g= 3 8 ; q 3 =Pff =b 3 g= 3 8 ; q 4 =Pff =b 4 g= 1 :

(17)

Caso ontnuo

Consideremos agora um espa o amostral S ontnuo no qual temos

uma probabilidade P de nida. Dada uma variavel aleatoria f em S,

i.e. uma fun ~ao om imagem A ontida em R, podemos de maneira

analogaaoquefoifeitono asode espa osamostrais nitosde niruma

distribui ~aode probabilidadeP f emR atravesda formula P f (A)=P(f 1 (A))=P(fx2S j f(x)2Ag) ; i.e. P f

(A) e a probabilidade da fun ~ao f tomar valores em A, e por

issoes revemos tambem

P

f

(A)=P(f 2A):

Exemplo: Consideremos em R as variaveis aleatorias f

1 (x) = x e f 2 (x) = x 2

e onsideremos em R a probabilidade P. Podemos ent~ao

al ular P f1 (A)=P(A); e P f2 (A)=P(x 2 2A):

Se por exemplo a probabilidadeP for de nida por uma densidade  e

A=[0;a℄ onde a>0ent~ao

P f1 ([0;a℄)= Z a 0 (x)dx; e P f2 ([0;a℄)= Z p a 0 (x)dx :

De maneira geral a distribui ~ao de probabilidade de uma variavel

aleatoriaf pode ser dada poruma densidade 

f de nida por P f (A)=P(f 2A)= Z A  f (x)dx: A fun ~ao  f

e a densidade de probabilidade da variavel aleatoria f,

sendo

f

(x)dx aprobabilidadede avariavel f tomarvaloresentre x e

(18)

 f (x)  0; e Z  f (x)dx = 1:

Exemplo: Nos dois exemplos a ima podemos al ular 

f 1 e  f 2 , re-sultandoque  f 1 (x)=(x); e  f 2 (x)=  1 2 p x (x) sex0 0se x<0 :

De ni ~ao: Dizemos que uma variavelaleatoriaf e dis reta se o

on-juntof(S)de valoresqueelapodetomarforum onjunto enumeravel.

Quando os valores assumidos por uma variavel aleatoria f formam

um onjunto n~ao enumeravel dizemos que f e uma variavel aleatoria

ontnua.

No asode uma variavelaleatoriaf dis retatemos aop ~ao de

on-siderar o onjunto imagem f(S) = fa

i

; i = 1;2;:::g omo feito no

aso de um espa o nito e de nir uma distribui ~ao de probabilidade

q

i

=P(f =a

i

),ouent~ao onsideraro onjuntoimagemf(S) omoum

sub onjuntode Rede nirasuadensidadede probabilidadeutilizando

 f (x)= X i q i Æ(x a i ) :

Exemplo: Considere a variavelaleatoria

f :S !R;

que assume somente os valores inteiros n~ao negativos k = 0;1;:::. f

des reve,porexemplo,onumerodevezesqueo orre determinadofato.

Caso fa amos aes olha

q k =P(f =k)= e   k

(19)

onde  > 0, dizemos que a variavel aleatoria f tem uma distribui ~ao

de Poisson omdensidade . 3

Estavariavelaleatoriatambempode ser

ara terizadapor  f (x)= 1 X k=1 e   k k! Æ(x k):

Consideremossimultaneamenteduasvariaveisaleatoriasf

1 ef

2 num

espa oamostral, ouseja, onsideremos aprobabilidadede

simultanea-mentef

1 ef

2

assumiremvaloresem onjuntosA

1 eA

2

respe tivamente.

Essas probabilidades determinam probabilidadesP

f 1 ;f 2 em R 2 atraves daseguinteformula. P f 1 ;f 2 (A 1 A 2 )=P f 1 1 (A 1 )\f 1 2 (A 2 )  =P(f 1 2(A 1 );f 2 2(A 2 ))

Analogamenteobtemos adistribui ~ao(

f1;f2 (x 1 ;x 2 )) de probabilidade

onjunta de nida pelarela ~ao

P f1;f2 (B)= Z Z B  f1;f2 (x 1 ;x 2 )dx 1 dx 2 : Afun ~ao f 1 ;f 2

temaspropriedadesdeumadensidadedeprobabilidade

em R 2 , e  f 1 ;f 2 (x 1 ;x 2 )dx 1 dx 2 e a probabilidade de f 1 estar entre x 1 e x 1 +dx 1 e de f 2 estar entre x 2 e x 2 +dx 2 .

De ni ~ao: Em um espa o de probabilidade om espa o amostral S

eprobabilidadeP,duas variaveisaleatoriasf

1 ef 2 s~aoditas indepen-dentesseoseventos E 1 =f 1 1 (A 1 )eE 2 =f 1 2 (A 2 )s~aoindependentes, i.e. P(E 1 \E 2 ) = P(E 1 ) P(E 2

), qualquer que seja a es olha dos

onjuntos A 1 e A 2 R. Em outras palavrasse P(f 1 2(A 1 );f 2 2(A 2 ))=P(f 1 2A 1 )P(f 2 2(A 2 ));

ouainda, todos os eventos que se referem somente avariavelaleatoria

f

1

s~aoindependentesdetodososeventosquereferemsomenteavariavel

3

Veri quequea ole ~aode numerosq

k

(20)

aleatoriaf 2 . Se f 1 ef 2

s~aoindependentesent~aoadistribui ~ao onjunta



f1;f2

satisfaz apropriedade de fatoriza ~ao

 f 1 ;f 2 (x 1 ;x 2 )= f 1 (x 1 ) f 2 (x 2 ) :

Exemplo: Consideremosoespa oamostralS =R 2 omadistribui ~ao gaussiana de probabilidade (x 1 ;x 2 )= 1 2 exp  x 2 1 +x 2 2 2  :

As variaveis aleatorias f

1 = x 1 e f 2 = x 2 s~ao independentes. Mais

ainda,asvariaveisaleatoriasf

3 =x 1 +x 2 ef 4 =x 1 x 2 tambemos~ao.

Veri que estas a rmativas!

A.4 Momentos

De niremosalgunspar^ametros, hamados momentos, queservem para

ara terizaruma distribui ~aode probabilidadedis retaou ontnuade

uma variavel aleatoria.

A.4.1 Media

A media, ou esperan a matemati a, denotada por hfi, da variavel

aleatoriaf, de nida emumespa oamostralS om probabilidadeP,e

de nida daseguintemaneira:

a) Se S for um onjunto enumeravel, nito ou in nito, S = fx

1 ; x 2 ;:::g om P(x i )=p i , ent~ao hfi= X i1 f(x i )p i :

De um ponto de vista heursti o, e razoavel esperar que este par^

a-metro estime a media dos valores obtidos para a variavel aleatoriaem

(21)

Umamaneiraalternativapara al ularesomando-sesobre osposs

-veisvaloresfen~aosobreospontosnoespa oamostral. Assimsuponha

quevariavelaleatoriaf possa assumirosvalores no onjunto( nitoou

in nito) fy k ; k = 1;2;:::g om probabilidades q k = P(f = y k ). A

express~ao a imapode ent~aoser es rita daseguinte forma:

hfi= X i1 f(x i )p i = X k1 2 4 y k X ijf(x i )=y k p i 3 5 : Ora X ijf(xi)=y k p i =q k ; eportanto hfi= X i1 f(x i )p i = X k1 y k q k : Exemplos:

 Consideremosolan amentodeumdado,i.e. S

1 =f1;:::;6g; p i = 1 6

easvariaveisaleatoriasf

1 =ief 2 =(i hf 1 i) 2 . Podemosent~ao al ular hf 1 i= 6 X i=1 i 1 6 = 1 6 (1+2+3+4+5+6)= 7 2 ; e hf 2 i= 6 X i=1 1 6  i 7 2  2 = 1 3  1 2  2 + 1 3  3 2  2 + 1 3  5 2  2 : No al ulodehf 2

iasduasformulas orrespondemasduasmaneiras

possveis de al ularo valormedio, omo des ritoa ima.

 No lan amentode 3 moedas, i.e. S =(S

0 ) 3 om p x = 1 2  3 para

(22)

fun ~oes f i , g e h de nidas anteriormente: hf i i= P x2S 1 2  3 x i = 1 2  (+1)+ 1 2  ( 1)=0; hgi=0; hhi=1:

b) Se a variavel aleatoria estiver de nida num espa o amostral S

ontnuo, omo por exemplo S = R n (x= (x 1 ;:::;x n )), e se a

proba-bilidadefor de nida atraves de uma densidade de probabilidade(x),

ent~ao o valormedio davariavelaleatoriaf :S !R e dado por

hfi= Z S=R n f(x)(x)d n x:

A exemplo do que foi feito no aso de um espa o dis reto, a media da

variavelaleatoriaf pode tambemser al ulada atravesdadistribui ~ao

de probabilidades dos valores da fun ~ao f, integrando-se sobre o

on-junto (H) dos valores possveis de f ponderado adequadamente pela

densidade de probabilidade f (y): hfi= Z S=R n f(x)(x) d n x= Z H y f (y)dy :

Essa formula pode ser trivialmenteveri ada para fun ~oes dotipo

f = N X i=1 i  E i ;

i.e., ombina ~oes lineares de fun ~oes indi atrizes de eventos E

i , i =

1;:::;N. O aso geral e obtidopassando-se ao limiteN !1.

Exemplos:

 Se uma variavel aleatoriaf tem uma distribui ~ao uniforme

on- entrada no intervalo[0;1℄,i.e.



f (x)=



(23)

ent~ao hfi= Z 1 0 dxx f (x)= Z 1 0 dxx= 1 2 :

 Se uma variavel aleatoriatem uma distribui ~ao gaussiana, 

f (x) = 1 p 2 e (x x 0 ) 2 2 2

, e fa ilverque

hfi= Z +1 1 dxx f (x)=x 0 : De maneirageral,se  f

(x) foruma fun ~aosimetri apor re ex~ao

emtorno doponto x 0 , ouseja,  f (x)= f ( x+2x 0 ) ent~ao hfi=x 0 . Justi que!

 Se f exibiruma distribui ~ao exponen ial

 f (x)=  e x , sex0 0, se x<0 onde >0,ent~ao hfi= 1  : Propriedades da media 4

Se k euma onstante e f e g s~ao variaveisaleatorias ent~aotemos que

1. hkfi=khfi;

2. hf+gi=hfi+hgi;

3. Se f eg s~aovariaveisaleatoriasindependentesent~ao

hfgi=hfihgi;

(24)

ouseja,amediadoprodutodevariaveisaleatoriasindependenteseigual

aoproduto das medias. Veri quemos essa propriedade no aso emque

f eg s~aovariaveisdis retas, onde f admitevalores fx

i ; i=1;:::g om probabilidades fp i ; i = 1;:::g e g admite valores fy i ; i = 1;:::g om probabilidadesfq j

; j =1;:::g, respe tivamente. Assim

hfgi= X i1 X j1 (x i y j )P(f =x i ;g =y j );

omo f e g s~ao variaveis aleatorias independentes temos que

P(f =x i ;g =y j )=P(f =x i )P(g=y j )=q i p j : Portanto, hfgi= X i1 X j1 (x i q i )(y j p j )= X i1 x i q i ! X j1 y j p j ! =hfihgi:

Para o aso de variaveis om distribui ~oes ontnuas use ofato de que

se f e g s~ao variaveis aleatorias independentes, ent~ao a fun ~ao de

dis-tribui ~ao onjunta  f;g (x;y)e dadaatraves de  f;g (x;y)= f (x) g (y). A.4.2 Moda

Amodaede nida omosendoopontodemaiorprobabilidade,no aso

dis reto, ou de maior densidade de probabilidade,no aso ontnuo.

Exemplos:

 Para a distribui ~ao Gaussiana 

f (x) = 1 p 2 e (x x 0 ) 2 2 2 a moda assumeo valorx 0 .

 Para a distribui ~ao exponen ialf(x)=e x

amodavalezero.

(25)

A.4.3 Vari^an ia

Umbomindi adorde omoumavariavelaleatoriaf \ utua"emtorno

desuamediahfieoseu desviopadr~ao

f , ujoquadrado 2 f  e hamado

de vari^an ia de f, a quale de nida atraves de

 2 f = (f hfi) 2 :

Maisexpli itamente, paravariaveis ontnuas suaexpress~aoedadapor

 2 f = Z dx f (x)(x hfi) 2 ;

enquanto que para variaveisdis retas elatoma aforma

 2 f = X i1 (x i hfi) 2 p i :

Podemos aindautilizar aspropriedadesdamedia(hfi)para rees rever

 2 f , obtendo que 5  2 f = f 2 2fhfi+hfi 2 = f 2 hfi 2 : Exemplos:

 No aso dolan amentode um dado e davariavelaleatoriaf =i

temos que  2 f = 6 X i=1 1 6 (i hxi) 2 = 6 X i=1 1 6 i 2 1 6 6 X i=1 i ! 2 = 91 6  21 6  2 = 35 12 : 5

(26)

 Paraumavariavel ontnua omdistribui ~aouniformeentre(0;1),

sua vari^an iaedada por

 2 f = Z 1 0 dx  x 1 2  2 = 1 3 1 4 = 1 12 :

 Para uma variavel om distribui ~aoexponen ial

 2 f = Z 1 0 dx  x 1   2  e x = 1  2 :

 No aso de uma variavel ontnua om distribui ~ao Gaussiana

 f (x)= 1 p 2 e (x x 0 ) 2 2 2

, a vari^an iae dada por

 2 f = Z +1 1 dx (x x 0 ) 2 p 2 e (x x 0 ) 2 2 2 = : 

Einteressantenotar que

P(  x)= Z   dx 1 p 2 e x 2 2 2 =0:6826:

De maneiramais geral, podemosestimar para a>0 a

probabili-dade P(x>a) atravesde P(x>a) = 1 p 2  Z x>a dx e x 2 2 2  1 p 2  Z x>a dx x a e x 2 2 2 =  p 2 a e a 2 2 2 :

Propriedades da vari^an ia

Partindo da de ni ~ao da vari^an ia podemos demonstrar as seguintes

propriedades. Se k e uma onstante e f e g s~ao variaveis aleatorias

independentes, ent~ao

1.  2

(27)

2.  2 fg = 2 f + 2 g ; 3.  2 kf =k 2  2 f ; 4.  2 (fk) = 2 f .

Uma onsequ^en ianotaveldaspropriedadesdavari^an iaeofatode

que se onsiderarmos uma ole ~ao ff

1; ;f

2

;:::g variaveis aleatorias

in-dependenteseigualmentedistribudas,emparti ular ommediasiguais

ahf

i

i=m evari^an ias iguais a  2

f

i =

2

, ent~ao avari^an ia dasoma

S N = N X i=1 f i ; edada por  2 S N = N X i=1  2 f i =N 2 ;

ouseja,odesviopadr~ao

S

N =

p

N. Istomostraqueembora amedia

hS N i= N X i=1 hf i i=Nm ;

res apropor ionalmenteaN,as utua ~oes omomedidaspelodesvio

padr~ao

S

N

res em apenas propor ionalmentea p

N!

Momentos de uma distribui ~ao

Ainforma ~aosobreamediaeavari^an iadeumavariavelaleatoriae,em

geral,depou avalia omoingredientepara ara terizar ompletamente

asuadistribui ~aodeprobabilidade,poishain nidadesde distribui ~oes

de probabilidade om mesmasmedias evari^an ias.

A media hfi e amedia doquadrado hf 2

i de uma variavelaleatoria

f s~ao apenas asos parti ulares dos hamados momentos de f: para

n = 1;2;:::, o n-esimo momento de f e o valor medio de f n

, i.e.

hf n

i. O onhe imento de todos os momentos hf n

(28)

permite al ular o valor medio de qualquer fun ~ao F(f) que admita

uma expans~ao onvergente serie de pot^en ias. De fato, se

F (f)= X n f n ; ent~ao hF (f)i= X n hf n i= X n a n :

Exemplo: Considere uma variavel aleatoria f om uma distribui ~ao

uniforme nointervalo[0;1℄:Neste aso

hf n i= Z 1 0 x n dx= 1 n+1 :

Maisainda, se porexemplo F (f)=e f ent~ao hF (f)i= 1 X n=0 1 n! 1 n+1 = Z 1 0 e x dx=e 1:

O onhe imento de todos os momentos de uma variavel aleatoria

possibilitauma ompletare onstru ~aodesta,i.e. podemosn~aosoobter

as probabilidades, mas tambem os valores que a variavel aleatoria

as-sume! Para entendermos isso, onsideremos o aso de uma variavel

aleatoriaque assume um onjunto nito de valores distintos fx

k ; k =

1;:::;Ng om probabilidades p

k

. Podemos determinar as respe tivas

probabilidadesp k =P(f =x k )eosvaloresx k apartirdo onhe imento dos momentos hf n i=a n

uma vez que asigualdades

a n = N X k=1 x n k p k

podem ser onsideradas omoum sistemade equa ~oes paradeterminar

osvaloresde p

k e x

k

, para k =1;:::;N.

A.5 Fun ~ao Cara tersti a de uma Variavel Aleatoria

Podemos determinar todos os momentos hf n

i e a propria distribui ~ao

(29)

ara tersti a da variavelaleatoriaf de nida por C f (t) e itf ;

ondeteuma variavelreal. Caso f sejauma variavelaleatoria ontnua

temos que C f (t)= Z e itx  f (x)dx;

enquanto que para variaveisdis retas

C f (t)= X k p k e itx k : A fun ~ao C f

tambeme hamada de fun ~ao geratrizdos momentos

davariavelaleatoriajaquepodemos al ularon-esimo momentode f

atravesda derivada n-esima de C

f (t) pontot =0 hf n i= 1 i n  n C f t n t=0 :

Exemplo: Considere a distribui ~aogaussiana

(x)= 1 p 2 e (x x 0 ) 2 2 2 :

Sua fun ~ao ara tersti a C

f (t) e dada por C f (t)=e itx0 e 1 2  2 t 2 :

Teorema Importante: A fun ~ao ara tersti a C

f

(t) determina

ompletamenteadistribui ~aode probabilidade

f

davariavelaleatoria

atravesda express~ao  f (x)= Z e itx 2 C f (t)dt ;

(30)

A.5.1 Propriedades da fun ~ao ara tersti a

A fun ~ao ara tersti a C

f

(t) possui as seguintes propriedades:

1. Sek euma onstanteefeumavariavelaleatoria,ent~aoafun ~ao

ara tersti a da variavelaleatoriakf edada por

C

kf

(t)=C

f (kt):

2. Se f eg, s~aovariaveisaleatorias independentesent~ao

C f+g (t)= C f (t)C g (t) : Em parti ular, se ff 1 ;:::;f N

g s~ao variaveis aleatorias

indepen-dentes e igualmentedistribudas, i.e. 

f1 == f N , ent~ao C f1+:::+f N (t)=[C f1 (t)℄ N :

A.6 A Lei dos Grandes N umeros

Um fen^omeno aleatorio foi de nido omo sendo de natureza

proba-bilsti a se ao serem efetuadas N ensaios om o mesmo onjunto C

de ondi ~oes, a frequ^en ia relativa de o orr^en ia de um determinado

evento E, n

E

=N tende a estabilizar-se para grandes valores de N em

um valor P(E), ouseja,

n

E

N

!P(E);

eesse valore identi ado om a probabilidadedoevento.

Ateoriadaprobabilidadee apazdeadequadamenteexpressaressa

propriedade. De fato, onsideremoso espa o amostralS

0

quedes reve

um determinadofen^omeno. Para sermosmais on retos podemos

on-siderar, por exemplo, o lan amento de um dado S

0

= f 1;+1g. Se

onsiderarmos N repeti ~oes independentes do lan amento, o espa o

amostralrelevanteedadoporS =(S

0 ) N =fx=(x 1 ;:::;x N ); x i 2S 0 g omprobabilidadep x = 1 2 N

. Intuitivamenteesperamosqueafrequ^en ia

relativa de o orr^en ia de \ aras" i.e. x

i

= 1 estabilize-se em 1

(31)

esse foiovaloradotadopara de nirp x = 1 2 N

! Para investigaresse fato,

onsideremosa variavel aleatoria

f N (x)= 1 N N X i=1  i (x) ; onde  i (x)=  1 se x i = 1 0 se x i =+1 :

A variavel aleatoria representa exatamente a frequ^en ia relativa de

o orr^en ia de \ aras" em N tentativas. O que esperamos, de a ordo

om o que foi dito a ima, e que f

N

(x) ! 1

2

, em palavras, a variavel

aleatoriadeve onvergir para uma onstante! Note ini ialmente que a

media de f N edada por hf N i= 1 2 ;

eque a sua vari^an iaedada por 6  2 f N = N N 2  2 i = 1 2N :

O fato relevante e que a vari^an ia  2

f

N

! 0 quando N ! 1, o que

signi aque a variavel f

N

esta onvergindopara uma onstante! Para

fazer uma a rmativa ainda mais pre isa vamos ini ialmente deduzir

uma importante, pelonumero de apli a ~oes prati as, desigualdade

de-vidaa Chebys hev. Se f e uma variavel aleatoriaent~ao,se a>0:

f 2 = Z x 2  f (x)dx Z x 2 >a 2 x 2  f (x)dx  a 2 Z x 2 >a 2  f (x)dx=a 2 P(jfja); ouseja, P(jfja) hf 2 i a 2 : 6

Veri que essas a rmativas, notando que as variaveis 

i

(32)

Emparti ular para uma variavelf de media zero, P(jfja)   2 f a 2 :

Retornando ent~ao a nossa variavel f

N

, podemos apli ar a ultima

de-sigualdade a variavel g

N  f

N hf

N

i, que tem media zero e om

vari^an ia 2 g N = 2 f N , para obter P(jf N hf N ija)  2 f N a 2 = 1 2a 2 N !0 quando N ! 1:

Esse limitemostra exatamentea onsist^en ia interna dateoriada

pro-babilidadenosseusaspe tosinterpretativos: ealeidosgrandesnumeros

em a ~ao.

Repetindo todos os passos da dis uss~ao a ima podemos apresenta

vers~ao muito mais geral dolimite a ima obtido.

Teorema: Sejam

i

(i1)variaveisaleatoriasindependentesemum

espa o amostralS om medias e vari^an iasiguais h

i i=m e  2  i = 2 eseja tambem f N = 1 N P N i=1  i . Ent~ao, P(jf N mja)  2 f N a 2 =  2 a 2 N !0 quando N !1;

o que signi a que para grandes valores de N os desvios da media

tornam-se ada vez mais improvaveis.

A.7 Teorema Central do Limite ou Import^an ia da

Gaussiana

Da se ~ao anterior on lumos que a variavel aleatoria

f N = 1 N N X i=1  i ; onde  i

(i  1) s~ao variaveis aleatorias independentes e igualmente

(33)

 2

i =

2

, onverge \ em probabilidade"para ovalormedio omum m,

istoe

P(jf

N

mja)!0 quando N !1:

Queremos agora obter uma estimativa mais pre isa de omo a

va-riavel f

N

utua em torno do seu valor medio, para N grande. Essa

informa ~aonos e forne ida pelo hamado Teorema Central do Limite,

quedizqueparaN grandeessas utua ~oes tem umadistribui ~ao

gaus-siana om vari^an ia 2 . f N m= 1 N N X i=1  i Nm ! ' 1 p N G; ouequivalentemente, g N  p N(f N m)= 1 p N N X i=1  i Nm ! !G quando N !1;

onde Geuma variavel aleatoria om uma distribui ~aoGaussiana om

media zero evari^an ia igual avari^an ia omum  2 = 2  i .

Uma forma matemati amente pre isa de se enun iar e demonstrar

esse resultado `gravissimum" da teoria da probabilidade e atraves do

al ulodafun ~ao ara tersti aC

g

N

(t) davariavelg

N

. Porsimpli idade

apenas, suponhamos que amedia omum m seja nula, m=0. Usando

aspropriedades das fun ~oes ara tersti as podemos al ular:

C g N (t) =C p Nf N (t)= h C  1 p N (t) i N =  C( t p N )  N ; onde C(t)  C 1 (t) =  = C  N

(t) e a fun ~ao ara tersti a omum



as variaveis aleatorias 

i

;i = 1;:::;N. O lado direito pode ser ent~ao

al ulado. C g N (t)=  C( t p N )  N = D e i t p N  1 E N :

Para N grande, podemos expandir aexponen ial

e i t p N  1 =1+i t p  1 t 2 2N  2 1 +O  1 N 2  ;

(34)

eportanto D e i t p N 1 E N =  1 t 2 2N  2 +O  1 N 2  N ;

onde usamos o fato de que h

i i = 0 e  2  i =  2 . Tomando agora o limite N !1, obtemos lim N!1 C g N (t)= lim N!1  1 t 2  2 2N +O  1 N 2  N =e t 2  2 2 ; ;

empalavras: afun ~ao ara tersti a C

g

N

(t) onverge paraa fun ~ao

a-ra tersti adeumagaussianademediazeroevari^an iaigualavari^an ia

omum  2

. Isto impli a para a distribui ~ao de probabilidade 

g N a propriedade lim N!1 Z E  g N (x)dx = Z E e x 2 2 2 p 2 dx:

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