• Nenhum resultado encontrado

Relatório estágio profissional

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Relatório estágio profissional"

Copied!
23
0
0

Texto

(1)

Relatório Final de Estágio

6º Ano | Estágio Profissionalizante

Ano Letivo 2017/2018

20

Catarina Bragança de Miranda Adão

Aluna nº 2012200 | Turma 3

NOVA MEDICAL SCHOOL|FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS

MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA

(2)

“(…) a Sociedade espera e exige do Médico, competência e actualização permanente dos

conhecimentos, isto é, aprendizagem contínua, para a vida. (…)”

in O Licenciado Médico em Portugal, 2005

SIGLAS

BO – Bloco Operatório

CHLC – Centro Hospitalar de Lisboa Central DEO – Diário de Exercício Orientado

ECD – Exames Complementares de Diagnóstico ECT – Eletroconvulsivoterapia

GO – Ginecologia e Obstetrícia HBA – Hospital Beatriz Ângelo HC – História Clínica

HCC – Hospital Curry Cabral HDE – Hospital Dona Estefânia

HFF – Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca HSJ – Hospital de São José

HSM – Hospital de Santa Marta

IFMSA – International Federation of Medical Students’ Association MAC – Maternidade Dr. Alfredo da Costa

MGF – Medicina Geral e Familiar

MIM – Mestrado Integrado em Medicina NMS – Nova Medical School

PMA – Procriação Medicamente Assistida

SCORE – Standing Committee on Research Exchange SO – Serviço de Observação

SU – Serviço de Urgência

UCI – Unidade de Cuidados Intensivos USF – Unidade de Saúde Familiar

(3)

Índice

I. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS ... 4

II. ESTÁGIOS PARCELARES ... 5

A. Cirurgia Geral ... 5

B. Medicina Interna ... 5

C. Saúde Mental ... 6

D. Medicina Geral e Familiar ... 7

E. Pediatria ... 7

F. Ginecologia e Obstetrícia ... 8

III. OUTROS ESTÁGIOS ... 9

A. Intercâmbio Científico (IFMSA’s SCORE) ... 9

IV. ELEMENTOS VALORATIVOS ... 9

V. REFLEXÃO CRÍTICA ... 10

VI. ANEXOS ... 12

A. Certificado IFMSA’s SCORE ... 12

B. Case Report: Invaginação Intestinal no Adulto ... 13

C. Declaração de Estágio de Investigação ... 14

D. Participação em Angelini University Award! 2017/2018 ... 15

E. Formação Profissional “Curso Intensivo em Neuropsicofarmacologia” ... 16

F. Formação Profissional “Instrumentos de Rastreio” ... 18

G. Jornadas de Pedopsiquiatria do CHLC 2017 ... 20

H. Conferência “Onde Começa a Doença Mental?” ... 21

I. Sessão “O Futuro da Saúde Mental no Mundo” ... 22

(4)

I. Introdução e Objetivos

O Estágio Profissionalizante representa o culminar dos 6 anos de aprendizagem e trabalho do MIM. Neste, o estudante de Medicina depara-se com o ambiente hospitalar por si já conhecido, com uma abordagem renovada – a de participante ativo e progressivamente mais independente na prática clínica diária, como preparação para a prática plenamente autónoma exigida a um médico.

Por forma a analisar este passo final e fulcral do percurso de um aspirante a médico, surge o Relatório Final de Estágio. Este encontra-se dividido em três diferentes partes: a atual introdução, à qual acresce a definição dos objetivos pessoais gerais para o Estágio Profissionalizante; um corpo de trabalho, em que é feita a descrição sucinta das atividades desenvolvidas nos diferentes estágios parcelares, bem como explicitado um estágio opcional realizado e enunciadas atividades complementares de índole científica e formativa, representando estes, na sua globalidade, os elementos contributivos para a formação profissional individual; por último, uma reflexão crítica, que pretende avaliar o caminho percorrido durante este ano, tendo como horizonte o futuro próximo de profissional de saúde. Os comprovativos dos elementos valorativos encontram-se em anexo.

Como objetivos pessoais gerais para o Estágio Profissionalizante, visando o objetivo primordial de ganho de autonomia clínica, defini os seguintes: consolidar conhecimentos teóricos das ciências básicas e clínicas, previamente adquiridos, integrando-os na prática clínica corrente; aperfeiçoar a técnica de colheita de dados anamnésticos e realização de exame objetivo; exercitar o raciocínio clínico ao integrar os dados da história médica no contexto clínico e formular hipóteses diagnósticas; pedir exames auxiliares ao diagnóstico de forma justificada e saber interpretá-los; conhecer as linhas gerais do diagnóstico e terapêutica dos problemas clínicos mais comuns, por forma a elaborar um plano de gestão eficaz; sedimentar conhecimentos fundamentais da promoção de saúde e prevenção de doença; desenvolver a capacidade de estabelecer uma adequada relação médico-doente, integrando fatores físicos, psicológicos, sociais e culturais; integrar de forma dinâmica a equipa médica; desenvolver capacidade de exposição pública de situações clínicas complexas e de trabalho científico; e por fim, desenvolver a compreensão do que significa ser médico, da identidade e responsabilidade profissional e dos valores e atitudes que os médicos devem cultivar.

(5)

II. Estágios Parcelares

A.

Estágio Parcelar de Cirurgia Geral

(11/09/17 – 03/11/17)

O estágio de Cirurgia Geral, coordenado pelo Prof. Doutor Rui Maio, decorreu no HBA, sob orientação da Dra. Rita Roque. Na primeira semana foram lecionadas aulas teóricas e teórico-práticas, com o intuito de rever conceitos base, prática essencial para um início em pleno do estágio.

Nas restantes semanas, as atividades clínicas tiveram lugar no BO, Enfermaria e Consulta Externa. Tendo em conta a subespecialidade da Dra. Rita Roque, a maioria da patologia observada foi do foro endocrinológico, com uma elevada prevalência de patologia tiroideia. Observei também múltipla patologia cirúrgica do trato gastrointestinal, dada a sua elevada prevalência.

No BO, tive oportunidade de participar em duas cirurgias na qualidade de 2ª ajudante e observar múltiplas outras. Na Enfermaria, destaco um caso particular observado, de Invaginação Intestinal num homem de 37 anos, entidade clínica rara no adulto. Este caso motivou, primeiramente, a elaboração de uma história clínica e, posteriormente, a realização da apresentação para o Seminário Final. Dada a raridade do caso clínico, o meu grupo de estágio elaborou ainda um artigo Case report, que aguarda publicação na Revista de Casos Clínicos do HBA (Abstract em anexo B).

Para além das 5 semanas exclusivamente dedicadas à Cirurgia Geral, houve ainda lugar a uma passagem de uma semana pelas diferentes valências cirúrgicas e médicas do SU, e outra de duas semanas pela UCI, ao abrigo da Medicina Intensiva, de forma a complementar a formação.

B.

Estágio Parcelar de Medicina Interna

(06/11/17 – 12/01/18)

O estágio de Medicina Interna, coordenado pelo Prof. Doutor Fernando Nolasco, teve lugar no Serviço de Medicina 2 do HCC, sob orientação da Dra. Ana Lladó. As atividades desenvolveram-se maioritariamente na Enfermaria, com participação ocasional na Consulta Externa e no SU.

Na Enfermaria, foram-me atribuídas diariamente tarefas clínicas, que consistiram na gestão diária de doentes. Esta gestão incluiu a sua observação e examinação clínica; interpretação dos seus ECD, com ponderação no diagnóstico e terapêutica; redação dos diários clínicos; requisição de novos ECD quando necessários e justificados; eventuais ajustes terapêuticos consoante a evolução clínica; realização de pedidos de observação por outras especialidades; e ainda comunicação com os

(6)

doentes acerca das suas situações clínicas, bem como com os seus familiares. Na Consulta Externa, observei tendencialmente patologia do espectro autoimune, dada a subespecialidade da Dra. Ana Lladó. A atividade no SU decorreu semanalmente, no HSJ, nomeadamente no SO e Balcão de Amarelos/Laranjas. Houve ainda uma passagem pela Urgência Interna do HCC.

Assisti a diversas sessões clínicas no Serviço e na NMS e elaborei, em conjunto com outros colegas do 6º ano, uma revisão bibliográfica sobre Pneumonia. O tema foi eleito pela sua importância epidemiológica particular no período em que decorreu o estágio. Outro momento avaliativo foi a elaboração de uma HC com posterior discussão com júri, segundo o modelo vigente no Internato.

C.

Estágio Parcelar de Saúde Mental

(22/01/18 – 16/02/18)

O estágio de Saúde Mental, coordenado pelo Prof. Doutor Miguel Talina, decorreu no Internamento do Serviço de Psiquiatria do HFF, sob orientação do Dr. Bruno Trancas. Os primeiros dois dias de estágio foram marcados por aulas teóricas na NMS, que abordaram diferentes casos clínicos no âmbito da Psiquiatria e o tema do estigma da doença mental.

No restante período do estágio, as atividades consistiram maioritariamente na observação e acompanhamento clínico dos doentes internados no Serviço, a cargo do Dr. Bruno Trancas. Este acompanhamento incluía entrevista clínica com aferição das queixas principais, antecedentes pessoais e familiares e avaliação do estado mental; pedido de ECD; pedidos de colaboração de outras especialidades; e revisão terapêutica. Pude participar ativamente na discussão clínica dos vários doentes e suas intercorrências, com propostas quer para terapêutica, quer para ECD. Os diagnósticos mais observados no internamento foram Episódio Depressivo Grave com Sintomas Psicóticos e Perturbação Bipolar tipo I, tendo inclusive realizado uma entrevista clínica de forma autónoma e elaborado uma vinheta clínica, de uma doente com este último diagnóstico. Tive igualmente oportunidade de observar sessões de ECT, como modalidade terapêutica. Assisti adicionalmente a sessões clínicas do Serviço, reuniões do Internamento e reuniões de equipa.

A passagem pelo SU foi pontual, acompanhando o Dr. Bruno Trancas e outros elementos do Serviço, sendo que os principais diagnósticos observados foram Episódio Depressivo Major e Psicose Esquizofrénica. Fiz ainda uma curta mas proveitosa passagem pelo Hospital de Dia, com observação de uma sessão de Grupoterapia, orientada pelo Dr. João Melo.

(7)

D.

Estágio Parcelar de Medicina Geral e Familiar

(19/02/18 – 16/03/18)

O estágio de Medicina Geral e Familiar, coordenado pela Prof. Doutora Isabel Santos, realizou-se na USF São Julião, com tutoria da Dra. Teresa Libório. Nos primeiros três dias de estágio, assisti às consultas da Dra. Teresa Libório – que incluíram Consulta de Adultos, Consulta de Diabetes, Consulta de Saúde Infantil e Juvenil, Consulta de Saúde Materna, Consulta de Planeamento Familiar e Consulta Aberta/Intersubstituição – tendo observado como conduzir uma consulta e recebido formação de como trabalhar com o programa SClínico. A partir do quarto dia de estágio, por incitação da orientadora, passei a dar consultas autonomamente e paralelamente à Dra. Teresa Libório, que entrevia sempre que surgisse alguma dúvida ou que fosse necessário fazer uma prescrição terapêutica, ação que estava impossibilitada de realizar enquanto estudante de Medicina. Desta forma, a minha atuação consistiu na execução de todos os restantes passos da consulta, desde a aferição das queixas subjetivas, execução do exame objetivo dirigido, prescrição de ECD e vigilância dos rastreios contemplados pela Medicina Preventiva.

Complementarmente à condução de consultas, participei em outras atividades na USF, nomeadamente reuniões gerais de equipa, visitas domiciliárias e visita a um bairro social, tendo participado na prestação de cuidados de saúde a uma população carenciada. Apresentei ainda, em reunião geral da USF, um Journal club com base no artigo “Using Motivational Interviewing to

Promote a Healthy Weight”, que explorava competências retiradas da Entrevista Motivacional, que

podem ser aplicadas à perda de peso, e como estas podem ser integradas numa consulta de MGF.

E.

Estágio Parcelar de Pediatria

(19/03/18 – 20/04/18)

O estágio de Pediatria, coordenado pelo Prof. Doutor Luís Varandas, decorreu no HDE, sob orientação da Dra. Catarina Diamantino. Sendo a subespecialidade da Dra. Catarina Diamantino a Endocrinologia Pediátrica, as principais atividades realizadas ao longo do estágio decorreram nas Consultas Externas de Endocrinologia Pediátrica e Diabetes, acompanhando a atividade clínica da orientadora. Observei a colheita de anamnese específica para este espectro de patologias e treinei o exame objetivo específico e dirigido. Outra parcela significativa do estágio foi passada no SU. Esta atividade decorreu uma vez por semana, totalizando cerca de 20 horas de contacto. Neste âmbito,

(8)

pude observar e realizar a anamnese e o exame objetivo dirigido, assim como o pedido e interpretação de ECD e a elaboração de propostas diagnósticas e terapêuticas. Tive, desta forma, contacto com as patologias agudas mais incidentes em idade pediátrica.

O estágio foi bastante variado, tendo frequentado a Consulta de Imunoalergologia, participado na visita opcional ao Serviço de Cardiologia Pediátrica do HSM e feito passagens por outros Serviços do HDE, particularmente a Enfermaria de Adolescentes, a Enfermaria 5.1 (destinada exclusivamente à 1ª infância, onde decorreu elaboração de uma HC) e a Consulta Externa de Pediatria Geral.

Assisti ainda a reuniões de passagem de doentes, sessões clínicas e à aula teórica de Imunoalergologia, sobre “Anafilaxia na Criança”. No Seminário Final, o meu grupo apresentou o tema “O Sono em Pediatria”, uma breve revisão sobre a fisiologia e função do sono em idade pediátrica, apresentação de indicações relativas ao número de horas de sono adequado em cada idade, avaliação clínica do sono em Pediatria, necessidade de sestas e técnicas de higiene do sono.

F.

Estágio Parcelar de Ginecologia e Obstetrícia

(23/04/18 – 18/05/18)

O estágio de Ginecologia e Obstetrícia, coordenado pela Prof. Doutora Teresa Ventura, teve lugar na MAC, com tutela, na Ginecologia, da Dra. Maria Carmo Silva e, na Obstetrícia, da Dra. Marta Brito. Na Ginecologia (primeiras duas semanas de estágio), as atividades compreenderam Consulta Externa de Ginecologia Geral e Menopausa; Bloco Operatório; ECD, com observação de Histeroscopias e Ecografias Ginecológicas; e ainda, uma passagem pelas diferentes valências do Serviço de Infertilidade, incluindo observação de técnicas de Medicina Reprodutiva, Consulta de Infertilidade e Ecografia Ginecológica para monitorização do processo de PMA.

Na Obstetrícia (duas últimas semanas), pude assistir às Consultas Externas de Alto Risco e de Imunodepressão/Patologia Aditiva; Ecografia Obstétrica; tendo o restante da atividade decorrido na Enfermaria do Serviço de Medicina Materno-Fetal e no Bloco de Partos.

Semanalmente, efetuei uma passagem pelo SU, com observação de casos urgentes quer de Ginecologia, quer de Obstetrícia. Em todas as diferentes valências enunciadas, houve ampla oportunidade de participação ativa, da qual destaco a prática do exame ginecológico e obstétrico, incluindo técnicas diagnósticas específicas de GO. Observei partos eutócicos, distócicos e cesarianas transversais eletivas, tendo inclusive participado em duas, na qualidade de 2ª ajudante.

(9)

No Seminário Final, o meu grupo apresentou o tema “Perturbações Psiquiátricas na Gravidez e Puerpério”, que incluiu a apresentação de um caso clínico de Psicose Puerperal e uma breve revisão bibliográfica sobre as principais alterações psiquiátricas que surgem neste período da vida da mulher, bem como as alterações emocionais normais decorrentes da gravidez e do puerpério.

III. Outros Estágios

A.

Intercâmbio Científico – IFMSA’s SCORE

Por sentir necessidade e interesse em complementar a minha formação clínica com maior exposição ao meio científico, optei por realizar um intercâmbio científico no verão que antecedeu o início do 6º ano. Este intercâmbio, inserido no programa SCORE da IFMSA, teve a duração de 4 semanas, com 140 horas de contacto, e realizou-se em Banguecoque, na Tailândia. Colaborei num projeto abrangente intitulado “Neurodegenerative Diseases: Animal Models”, que decorreu no Anatomy Department do Siriraj Hospital, Mahidol University, sob supervisão da Prof. Doutora Supin Chompoopong. Ao integrar a equipa de investigação, o meu trabalho incidiu mais particularmente num subprojecto que estudava oclusão arterial como um modelo de demência vascular. Neste, pude executar todos os diferentes passos incluídos no protocolo, desde realização de cirurgia no ratinho para oclusão bilateral da artéria carótida comum; execução do Morris Water Maze para avaliação dos efeitos cognitivos da oclusão; sacrifício; preparação, coloração e observação dos slides obtidos a partir do cérebro do roedor; e ainda, execução de técnicas bioquímicas, Sandwich Elisa e Lowry

Protein Assay, para quantificação dos níveis de TNF-α, como marcador inflamatório.

Este intercâmbio foi-me creditado no lugar do estágio opcional e representou a minha primeira introdução à investigação científica biomédica (certificado em Anexo A).

IV. Elementos Valorativos

No seguimento da realização do intercâmbio científico, desejei continuar o contacto com a investigação científica, pelo que me propus a realizar um estágio de investigação, durante o presente ano letivo, na Unidade de Neuropsiquiatria da Fundação Champalimaud, sob supervisão do Prof. Doutor Albino Oliveira-Maia. A declaração de estágio, com descrição das atividades realizadas,

(10)

encontra-se no anexo C. Neste contexto, tive possibilidade de integrar um grupo candidato ao

Angelini University Award! 2017/2018 – Viver com Doença Mental Grave (anexo D).

Ao longo do presente ano letivo e nos anteriores, procurei sempre aprofundar a minha formação médica, de forma extracurricular, com particular foco na área da Saúde Mental, minha área de eleição. Participei em formações profissionais (anexos E e F) e assisti a diversos congressos e conferências (anexos G a I). Integro também um projeto de voluntariado, de forma continuada, ligado à promoção de saúde e redução de riscos em contextos recreativos (anexo J).

V. Reflexão Crítica

Passo à revisão crítica do Estágio Profissionalizante, assente nos objetivos pessoais propostos. Considero que, na globalidade, todos os estágios parcelares foram bem-sucedidos e os objetivos atingidos com sucesso. Em Cirurgia Geral tive oportunidade de rever as principais patologias cirúrgicas, treinar a colheita de história clínica e participar em cirurgias, revendo conceitos de assepsia, oportunidade que não tinha surgido anteriormente na faculdade – apenas tinha participado em cirurgias ao abrigo do programa Erasmus+. Em Medicina Interna, o trabalho na Enfermaria foi conduzido de forma bastante autónoma, tendo executado tarefas da mesma responsabilidade exigida a um médico graduado. O excelente acompanhamento que tive por parte de todos os membros da equipa, e em particular pela minha orientadora, serviu para garantir que todos os conceitos eram apreendidos e executados de forma correta. Aprofundei o meu conhecimento sobre as principais patologias crónicas que afetam a população portuguesa adulta. Em Saúde Mental pude contactar pela primeira vez com a realidade de um internamento psiquiátrico e com a estruturação atual dos serviços de saúde mental, com ênfase numa atuação mais próxima da comunidade. Pude consciencializar-me da habilidade necessária à condução de uma entrevista clínica psiquiátrica e sedimentar o meu gosto pela especialidade. Em MGF, o estágio foi extremamente prático, através da condução autónoma de consultas. Comprovei a abrangência imensa da especialidade, o acompanhamento vitalício dos utentes e suas famílias, com o estabelecimento de uma relação de confiança com o médico sem precedente à de qualquer outra especialidade, e revi conceitos da Medicina Baseada na Evidência. A principal aprendizagem foi o ganho de confiança e consolidação

(11)

da empatia no contacto com o utente. Em Pediatria revi as principais patologias da faixa etária pediátrica e o acompanhamento regular que está estabelecido para uma criança. O estágio foi bastante abrangente, permitindo-me contactar com diferentes subespecialidades e abordagens, embora tenha sido menos prático que os restantes estágios parcelares. Em Ginecologia e Obstetrícia, tive o meu primeiro contacto com esta especialidade em Portugal, por ter realizado o estágio do 4º ano em Tartu, Estónia, ao abrigo do programa Erasmus+. Tendo em conta esta particularidade, o estágio foi excelente, tanto em termos teóricos, como práticos, permitindo-me ganhar novos conhecimentos e aplicá-los, colmatando essa lacuna.

Iniciei o 6º ano com grande motivação para perseguir uma carreira científica. No entanto, a experiência que adquiri durante este ano, permitiu-me ver de forma mais clara que a conjugação da atividade clínica e científica constitui a opção com que mais me identifico. O sucesso do Estágio Profissionalizante foi fundamental para esta conclusão. A experiência de estágio no 6º ano, mais madura e autónoma que nos anos anteriores, estimula o gosto pela Medicina e pelo seu objetivo final – cuidar de pessoas, com base nos melhores conhecimentos disponíveis no momento. O contacto com as pessoas, particularmente em momentos de fragilidade, é algo inigualável em outras profissões e é imensamente gratificante saber que damos o melhor que temos e sabemos para as ajudar. Para a prestação dos melhores cuidados possíveis é essencial a atualização constante do conhecimento científico que se procura incansavelmente atingir através da investigação científica. Chegar ao final deste percurso e ter estas duas perspetivas futuras deixa-me extremamente feliz, agora com a certeza que tomei a decisão certa, há 6 anos, quando decidi entrar em Medicina na Nova Medical School. Foram 6 anos de intensa aprendizagem e crescimento pessoal e profissional, sentindo-me neste momento preparada para poder começar a exercer esta profissão.

Considero que o Estágio Profissionalizante está excecionalmente bem organizado e que oferece ao estudante de Medicina todas as ferramentas necessárias para o ganho de autonomia clínica e para a conclusão bem-sucedida do MIM. Como aspeto a melhorar, sugeria um método de avaliação mais objetivo, uniformizado e com diretrizes bem definidas para todos os estágios parcelares, à semelhança do DEO em MGF e do presente Relatório. Termino esta etapa da minha formação satisfeita com os conhecimentos e experiência ganhos ao longo do MIM e particularmente motivada para prosseguir este percurso de aprendizagem vitalícia que é a carreira médica.

(12)

VI. Anexos

(13)
(14)
(15)

D.

Participação em Angelini University Award! 2017/2018 – Viver com Doença

Mental Grave

(16)
(17)
(18)
(19)
(20)
(21)
(22)
(23)

Referências

Documentos relacionados

A saúde mental de todos os indivíduos avaliados foi classificada como abaixo da média, não havendo diferença entre os grupos de indivíduos fisicamente ativos e tampouco entre

Or (2000b) numa investigação que explora o efeito das variações no volume de cuidados de saúde e em determinadas características dos sistemas de saúde sobre a mortalidade em

Durante o processo tradutório, existem necessidades de se retirar determinadas palavras ou até mesmo expressões do texto de partida para o texto de chegada: a este processo damos

Para a implementa¸c˜ ao deste projecto, foram escolhidas as tecnologias ASP.Net para o desenvolvimento das p´ aginas do portal, o LINQ - Language Integrated Query - como

Em relação ao conhecimento sobre culturas probióticas, verificou-se um nível satisfatório; já que 78% dos entrevistados concordaram que ―os probióticos exercem um impacto

Muitos rituais, a nível familiar, são dedicados a estes mesmos kami, no entanto, ao contrário da maior parte, Amaterasu Ōmikami não só é considerada uma

Quando se observa o aparato legal, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9.394/96, a Resolução CNE/CEB nº 2/2001, a Política Nacional de

Os valores entre os sólidos solúveis totais (ºBrix) da bebida fermentada de manga e outras bebidas fermentadas podem ser observados a partir da Tabela 5.. A Tabela 6 apresenta