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Base de dados e suas vertentes: uma organização das emissoras de rádio da região de Campinas.

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Academic year: 2021

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Base de dados e suas vertentes: uma organização das emissoras de

rádio da região de Campinas.

Erenice Dias de Oliveira (PUC- Campinas) - erenicedias91@gmail.com Jose Alves Vanderley junior (PUCCAMP) - josealvesj969@gmail.com Pietra Lessa Paulo Colasanto (PUCCAMP) - pietralessa@hotmail.com Regina Guimaraes Dionisio (PUC-Campinas) - reguimaraes48@gmail.com Resumo:

No mundo globalizado, onde diversas ofertas de serviços informacionais são oferecidas e disponibilizadas de formas variadas, existe, sobretudo na área de comunicação, a necessidade de levar informações úteis à sociedade. A informação, no contexto das rádios, assim como em outros meios de comunicação, visa atender a população, oferecendo uma variedade de conteúdo, desde notícias a entretenimento. Por meio de uma base de dados referencial construída com auxílio do programa gerenciador Microsoft Access 2016, que permitiu uma recuperação assertiva e de fácil navegabilidade. Nesse sentido, esse trabalho tem como propósito reunir e organizar dados atualizados e confiáveis sobre as emissoras de rádio da região metropolitana de Campinas, interior do Estado de São Paulo. Buscou-se também a interdisciplinaridade entre as áreas de Biblioteconomia e Jornalismo. A justificativa do trabalho se deu pelo resultado da pesquisa exploratória que constatou a inexistência de recursos informacionais de acesso aberto sobre esta temática na região, dando ensejo para a sua criação.

Palavras-chave: Base de dados. Rádio. Comunicação. Eixo temático: Eixo 8: Ciência da Informação

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INTRODUÇÃO

O uso da internet para propagação da informação se tornou mais popular após a Segunda Guerra Mundial, onde o volume de dados gerados era exponencialmente maior do que a tecnologia conseguia processar. Na sociedade da informação são amplos os caminhos para a produção, organização e comunicação da informação.

Um dos meios de comunicação que surgiu e evoluiu rapidamente foi a base de dados. Desta forma, tornou-se valioso um local que reunisse informações de qualidade e de uma mesma temática, sendo bem popular o seu uso. (CUNHA, 1989).

A importância da informação existente em um meio de comunicação como o rádio e a forma como essa comunicação é feita através de uma base de dados é de suma importância para as áreas da Biblioteconomia, Ciência da Informação e Jornalismo, dada a sua interdisciplinaridade (LE COADIC, 2004).

O conceito de base de dados passou por um período de confusão na literatura da área da Ciência da Informação, antes confundida com banco de dados. (ALBRECHT; OHIRA, 2000). Hoje, segundo Cunha (1989) é considerado como fontes de informação computadorizadas que através de um computador, telex ou microcomputador podem ser acessadas.

Um dos meios mais populares de comunicação é o rádio, tendo uma disputa acirrada para o seu principal inventor. Segundo Ferreira (2013), o primeiro a desenvolver a comunicação via rádio foi o brasileiro Padre Landell de Moura entre 1893 e 1894, seguido do italiano Guglielmo Marconi com suas primeiras transmissões em 1895.

O rádio, mesmo com o advento da internet e com o avanço das tecnologias, é uma grande fonte de informação, tendo enorme expressão perante a população como veículo de comunicação. A elaboração da base de dados das emissoras de rádio também tem um papel importante no acesso democrático e social da informação, disponibilizando-as de forma estruturada em uma plataforma de fácil navegabilidade com os conteúdos históricos e relevantes para a população.

Na pesquisa exploratória encontraram-se apenas sites com informações das emissoras, mas nenhuma base de dados das rádios brasileiras. Portanto, o planejamento e elaboração de uma base de dados das emissoras de rádio da região metropolitana de Campinas são de fundamental importância para a sociedade, sendo a pioneira no segmento.

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REVISÃO DE LITERATURA

O presente trabalho buscou na literatura, a história do rádio no mundo, no Brasil e principalmente em Campinas, de forma macro e sintetizada.

A invenção do rádio tem sido disputada dentro da literatura mundial quanto a sua autoria, tendo o brasileiro Padre Landell de Moura como um dos pais do rádio, que entre 1893 e 1894, no Brasil, conforme Ferreira (2013). Porém o mais famoso é o italiano Guglielmo Marconi, operava testes e em 1895 transformou as ondas eletromagnéticas. (FERREIRA, 2013).

No Brasil, a primeira transmissão via rádio ocorre em 07 de setembro de 1922, com o discurso do então Presidente do Brasil, Epitácio Pessoa na capital do Rio de Janeiro. A radiodifusão começa a funcionar plenamente no Brasil somente em 1923, com a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. (ORTRIWANO, 2002). Em 1932, a tecnologia impulsionou as emissoras de rádio com o surgimento do transistor1, sendo

possível a transformação em aparelhos de rádios portáteis ou acoplados em automóveis. Outro fator que revolucionou as rádios foi o sinal FM (frequência modulado) levando melhor qualidade dos sons aos aparelhos. (HAUSSEN, 2004).

Em Campinas, no interior do estado de São Paulo, a primeira emissora de rádio chega em 1930, a Rádio Clube de Campinas. Em 2002, foi vendida e adotou o nome de Rádio Bandeirantes (117,0 kHz AM), com mais noticiários e de cunho mais jornalístico. (ROLDÃO, 2007).

A cidade de Campinas, que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2018 possui mais de um milhão de habitantes, sendo a maior metrópole do interior de São Paulo. A cidade tem uma variedade de emissoras de rádio, confirmando assim que o rádio ainda é um canal de comunicação da informação bem popular para os campineiros na atualidade, daí a importância da construção de uma base de dados.

METODOLOGIA

Para a elaboração da base de dados alguns procedimentos estabeleceram-se antes da sua criação definitiva, como a definição da temática, definição de nome e

1Eletrônica: dispositivo semicondutor us. para controlar o fluxo de eletricidade em um equipamento

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uma pesquisa de mercado. Para, assim então, pensar-se quanto à estrutura dessa base de dados.

A definição da temática ocorreu após um brainstorm entre os integrantes do grupo, dessa mesma forma estabeleceu-se o nome da base de dados, RadioCamp na Base.

Na pesquisa de mercado encontraram-se duas opções: a Mundo Rádio2 e a

Radio Garden3. Vale realçar que o layout apresentado pelo grupo foi baseado em

ambas as iniciativas.

A estruturação da base de dados baseou-se em Rowley (2002), onde se

encontram as definições básicas dos tipos de base de dados, registros, campos, tipos de campos: tamanho variável ou fixo, chave de recuperação primária ou secundária. Na estrutura da base de dados definiu-se como uma base de referencial bibliográfica, sendo que esta remete ou encaminha o usuário a outra fonte. O registro é inserido ao se estruturar uma base e na definição de Rowley é “[...] a informação contida na base de dados e que diz respeito a um documento ou item. ” (2002, p. 107).

O registro do trabalho foi definido como emissoras de rádios de Campinas e contém 9 campos a serem informados: logo, slogan, tipologia, frequência, mantenedora, curiosidades, contatos e conteúdo histórico.

Com os campos já estabelecidos evidenciou a necessidade de detalhar as definições desses campos, como textos curtos, textos longos, imagens, instituição, frequência estruturada AM e FM.

Para melhor acondicionar e armazenar os campos foi definido os tipos de campos, que seriam de tamanho fixo, contendo os mesmos números. E caracteres do registro (ou tamanho variável contendo diferentes tamanhos em diferentes registros). A fim da recuperação dos registros no modo pesquisa, definiu duas chaves de recuperação: primária e secundária.

Na construção da base de dados em si, utilizou-se o Microsoft Access versão 2016, um sistema de gerenciamento de base de dados (SGBD), mas para estruturar

2 Uma iniciativa do português Luis Carvalho, com atualizações semestrais e de cunho não-oficial com

cobertura em todo o território de Portugal, disponível em:

http://www.mundodaradio.com/frequencias/bd/bd.html

3 O streamming holandês denominado Radio Garden estreou no mercado em 2016, porém vinha sendo

desenvolvido desde 2013, como iniciativa do https://www.beeldengeluid.nl/en e pelo Transnational

Radio Knowledge Platform com apoio de outras 5 universidades europeias é atualmente financiado

pelo Humanities in theEuropeanResearchArea (HERA) e encontra-se disponível para acesso em:

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as informações que entrariam na base muniu-se de outras ferramentas do Pacote Office, como o Word para as abas de “home” e “história da rádio” e o Excel para compilar e organizar os dados das emissoras.

Na RadioCamp na Base foi utilizada cinco tabelas, sendo que duas possuem relacionamento entre si, a de tipologia com a de inserção dos dados de cada emissora.

(CENTRO DE FORMAÇÃO DOS SERVIDORES E EMPREGADOS PÚBLICOS DO

ESTADO DE PERNAMBUCO, 2017). A base conta com seis formulários, que são

campos pré-determinados, utilizados para a arrecadação e armazenamento dos dados, sendo possível a inclusão de botões, tornando-a mais dinâmica. (CENTRO DE FORMAÇÃO DOS SERVIDORES E EMPREGADOS PÚBLICOS DO ESTADO DE

PERNAMBUCO, 2017).

Nesse trabalho utilizou somente duas micros, uma de maximizar e outra de um novo registro que, por sua vez, ao abrir os formulários, surgirão em branco, prontos para inserir um novo registro. O usuário ao clicar no modo design, ou seja, o formato que a base será visualizada pelos usuários, aparecerá em tela cheia. Essas opções foram pautadas na questão estética visual da base de dados.

CONCLUSÃO

A partir da proposta de planejamento e elaboração de uma base de dados, foi realizada uma pesquisa de mercado sobre a temática emissoras de rádio, sendo constatada a inexistência da mesma em Campinas. A partir disso, foram colocadas em prática todas as etapas para a construção da base de dados, sendo uma delas o nome: RadioCamp na Base. Após a escolha do nome, realizou pesquisas sobre o assunto para encontrar subsídios para construção da mesma.

Após o entendimento sobre a estrutura buscou-se estabelecer a construção da base, com pesquisas sobre softwares e o escolhido foi o programa gerenciador Microsoft Access (2016). Com a parte do planejamento já estabelecido e o conhecimento prévio do sistema, assim que os registros foram inseridos, a base de dados RadioCamp na Base ganhou vida.

Um olhar mais aprofundado e consistente da temática abordada foi gerado em cada integrante do grupo, com as discussões ao longo de todo o processo, constatando desta forma, a contribuição da base de dados no acesso democrático da informação na cidade de Campinas e região.

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REFERÊNCIAS

ALBRECHT, Rogéria Fernandes; OHIRA, Maria Lourdes Blatt. Bases de dados: metodologia para seleção e coleta de documentos. Revista ACB, [S.l.], v. 5, n. 5, p. 131-144, ago. 2000. ISSN 1414-0594. Disponível em:

https://revista.acbsc.org.br/racb/article/view/347. Acesso em: 25 maio 2019. CUNHA, Murilo Bastos da. Bases de dados no Brasil: um potencial inexplorado.

IBICT, 1989. Disponível em: http://revista.ibict.br/ciinf/article/view/322/322. Acesso em: 20 de abr. 2019.

FERREIRA, A. P. A invenção do rádio: um importante instrumento no contexto da disseminação da informação e do entretenimento. Múltiplos Olhares em Ciência

da Informação, v. 3, n. 1, 2013. Disponível em:

http://hdl.handle.net/20.500.11959/brapci/68493. Acesso em: 25 maio 2019. HAUSSEN, Doris Fagundes. Rádio brasileiro: uma história de cultura, política e integração. In: ______. Rádio – sintonia do futuro. São Paulo, Paulinas, 2004, p:51-62.

IBGE. Panorama de Campinas. 2019. Disponível em:

https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/campinas/panorama. Acesso em: 19 abr. 2019.

LE COADIC, Yves-françois .A ciência da informação. Brasília: Briquet de Lemos, 2004. 124 p.

ORTRIWANO, G. Radiojornalismo no Brasil: fragmentos de história. Revista USP, n. 56, p. 66-85, 28 fev. 2002. Disponível em:

http://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/33808. Acesso em: 26 maio 2019. REIS, Isabela Oliveira dos; ZANOTTI, Carlos Alberto. A emissoras de rádio online da cidade de Campinas: implantação, financiamento e modelos de produção e

linguagem. São Paulo :Anagrama, v.6, n.2, p. 1-14, 2013. Disponível em:

http://www.revistas.usp.br/anagrama/article/view/48178. Acesso em: 26 maio 2019. ROLDÃO, Ivete Cardoso do Carmo. Rádio e Política em Campinas: a trajetória do rádio AM. In: INTERCOM – SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESTUDOS

INTERDISCIPLINARES DA COMUNICAÇÃO V CONGRESSO NACIONAL DE HISTÓRIA DA MÍDIA, 5., 2007, São Paulo. Congresso. São Paulo: São Paulo, 2007. p. 1 - 15. Disponível em: http://www.ufrgs.br/alcar/encontros-nacionais-

1/encontros-nacionais/5o-encontro-2007-1/Radio%20e%20Politica%20em%20Campinas%20a%20trajetoria%20do%20radio %20AM.pdf. Acesso em: 26 maio 2019.

ROWLEY, Jennifer. Base de dados. In: ______. A biblioteca eletrônica: segunda edição de informática para bibliotecas. Brasília: Briquet de Lemos, 2002.

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Base de dados e suas vertentes: uma organização das emissoras de rádio da região de Campinas. Campinas, 2019. Trabalho da disciplina Planejamento e Elaboração de base de dados da professora doutora Cleonice Souza do curso da Faculdade de Biblioteconomia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCC).

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