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AVALIAÇÃO DE DIFERENTES TECNOLOGIAS PARA PRODUÇÃO DE QUEIJO PRATO A PARTIR DE LEITE CONCENTRADO POR EVAPORAÇÃO A VÁCUO

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Academic year: 2021

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AVALIAÇÃO DE DIFERENTES TECNOLOGIAS PARA

PRODUÇÃO DE QUEIJO PRATO A PARTIR DE LEITE

CONCENTRADO POR EVAPORAÇÃO A VÁCUO

Evaluation of different technologies for production of “cheese type Prato”

from concentrate milk by vaccum evaporation

Fernando Antônio Resplande Magalhães1

Ítalo Tuler Perrone2

Adbeel de Lima Santos3

Renata Golin Bueno Costa4

João Pablo Fortes Pereira5*

Paula Isabelita Reis Vargas6

SUMÁR IO

O objetivo deste trabalho foi avaliar cinco diferentes tecnologias para a fabricação de queijo prato a partir de leite concentrado por evaporação a vácuo. A concentração do leite, as fabricações do queijo prato e as análises sensoriais foram realizadas nos laboratórios de tecnologia e de análise sensorial do CEPE/ILCT da EPAMIG, Juiz de Fora, MG. As relações lineares estabelecidas entre o teor de sólidos láticos e graus Baumé, para leite integral e desnatado apresentaram ajuste satisfatório, o que pode s er verif icado pelos valores dos coeficientes ao ajuste linear. As equações podem ser aplicadas na tecnologia de produção de queijo prato a partir leite concentrado com grande confiabilidade. A pequena quantidade de soro formada após o corte, dificultando a primeira mexedura, e, o maior teor de lactose no grã o, causando uma acidif ica ção intensa e indesejável, fora m os princ ipais problemas tecnológicos encontrados durante a realização dos testes. Minimizaram-se estes problemas com a adição de 10%m/m de água a 35ºC du rante a primeir a mexedur a, a o proce der a lavagem da massa com água a 35ºC, com posterior aquecimento indireto e ao diminuir a dosagem de fermento.

Termos para indexação: leite concentrado; queijo prato; tecnologia de queijos.

1 I NT RO DU ÇÃ O

A produção de queijo é um dos exemplos clássicos de conservação de alimentos. Anteceden-do, provavelmente, a era cristã. Na conservação dos constituintes do leite mais importantes, como gordura e as proteínas, na forma de queijo, dois princípios clássicos de conservação de alimentos, são explorados, ou seja, a fermentação lática e a

redução da atividade de água por meio da redução do teor de água e adição de sal (FOX, 1993).

Embora o processo básico de fabricação de queijos seja comum a quase todos, variações na origem do leite, nas técnicas de processamento e no tempo de maturação criam a imensa variedade conhecida – cerca de 1.000 tipos, sendo que só na França fabricam-se 400 deles (PERRY, 2004). O queijo prato é um queijo gordo, de média umidade,

1 Agrônomo, Doutor em Ciência dos Alimentos, Pesquisa dor e Professor da EPAMIG/ILCT. Rua Tenente Freitas,

116, Juiz de Fora – MG. Tel: 32-32243116. fernando.magalhaes@epamig.br.

2 Químico, Mestre em Ciência dos Alimentos, Pesquisador e Professor da EPAMIG/ILCT. Rua Tenente Freitas,

116, Juiz de Fora – MG. Tel: 32-32243116. italo.perrone@epamig.br.

3 Tecnólogo em Laticínios, Mestre em Ciência e Tecnologia do Leite.

4 Engenheira de Alimentos, Doutoura em Ciência dos Alimentos. Pesquisadora e Professora da EPAMIG/ILCT.

Rua Tenente Freitas, 116, Juiz de Fora – MG. Tel: 32-32243116. renata.costa@epamig.br.

5 Estudante de Farmácia da UFJF e Bolsista BIC pela FAPEMIG na EPAMIG/CEPE/ILCT. joaopablo_fp @yahoo.com.br.

6 Estudante de Farmácia na Faculdade de C iências médicas e da Saúde de J uiz de Fora – SUPREMA. paulaisabelita@hotmail.com.

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massa semi-cozida de consistência semi-dura e t e x t u r a h o m o g ê n e a , c o m p o u c a s e p e q u e n a s olhaduras lisas e brilhantes, seu sabor é suave, levemente adocicado e sua cor é amarelo-ouro, pode ter formato cilíndrico, retangular ou esfé-ric o; antes de ser cons umido deve matur ar por um pe ríod o de 45 a 60 d ia s ( B RA SI L, 1 997 ). Feito exclusivamente de leite de vaca pasteuri-zado, este produto popularizou-se no Brasil co-mo uma co-modificação dos queijos Danbo (dina-ma rq uê s) e G ou da ( ho lan dê s ); a lgu ns a uto r es c ons ide ra m- no co mo de riv ado dos ho land es es Gouda e Edam (PERRY, 2004).

No Brasil, o queijo prato é um dos queijos mais produzidos, sendo considerado um queijo semiduro que apresenta etapas distintas do pro-cesso de elaboração de queijos: obtenção de uma massa semicozida, com remoção parcial do soro, lavagem por adição de água quente, pré-prensa-ge m, mold ag em so b s or o, pr en sa g em, s alg a e maturação pelo tempo necessário para conseguir suas características específicas (pelo menos 25 dias) ( SPA D OTI e t al., 20 03 ). A s pr in cip ais tr an s-formações bioquímicas ocorrem nos carboidratos, lipídios e proteínas, e são decisivas junto às carac-terísticas físico-químicas, ao teor de água (consis-tência) e textura do produto (WOLFSCH OON-POMB O, 1983).

A diluição da fase aquosa, acompanhada de aquecimento moderado dos grãos da coalhada é im-portante para a obtenção das propriedades senso-riais do produto final, uma vez que a adição de água quente e a retirada parcial do soro alteram conside-ravelmente o teor de lactose nos grãos da coalhada, resultando em um queijo com menor conteúdo de ácido lático e pH mais elevado (SPADOTI et al., 2003). As transformações sofridas pelos consti-tuintes são resultado da ação de enzimas presentes no leite ou adicionadas na fabricação, e também pela ação de enzimas microbianas, da flora natu-ralmente presente, pela adição de fermentos ou da presença de contaminantes. Dois substantivos empregados para designar as mudanças na proteó-lise do queijo e, consequentemente sua maturação, são os termos “extensão” e “prof undidade” . A “extensão” da proteólise se caracteriza pela quan-tidade de substâncias nitrogenadas solúveis acumu-ladas durante o processo, expressas como porcen-tagens do nitrogênio total. A “profundidade” da proteólise abrange substâncias nitrogenadas de baixo peso molecular, acumuladas durante o pro-cesso, tais como aminoácidos, oligo-peptídeos e aminas (WO LFSCHOO N-POMBO, 1983).

Segundo Fox et al. (2000) a def inição do rendimento na produção de queijos é importante na determinação da eficiência e determinação da viabilidade econômica da fabricação de queijos, assim como é essencial para avaliar o emprego de novos

processos produtivos e mudanças na tecnologia. O crescimento esperado na produção de leite e de queijos nos próximos anos implica na necessidade de técnicas de fabricação mais eficientes, que pro-duzam menor volume de efluentes, com elevado rendimento industrial e maior aproveitamento dos sólidos láticos. Segundo Foster et al. (1990), a uti-lização de leite concentrado para a produção de queijo Cheddar acarretou em maior transição da gordura do leite para o queijo, diminuindo a perda de g ordu ra n o sor o, des ta fo rma a prov eitando melhor os sólidos láticos do leite. Anderson et al. (1993), trabalhou com quatro diferentes concen-trações do leite para a produção de queijos, 10,3% m/m, 15,4%m/m, 18,3% m/m e 22,2%m/m, obser-va nd o a u me nto sig nif ic ativ o n o r en dime nto à medida que eleva-se o extrato seco do leite. Obser-vou, também, por meio de painel sensorial, melho-rias no flavor, corpo e textura dos queijos com a umen to n o ex tra to se co. O p ro ce ss o d e c on-centração e evaporação do leite, por aplicação do calor, iniciou-se em 1856, por Gail Borden (HALL & HEDRICK, 1971).

2 MATERIAL E MÉTODOS

A concentração do leite, as fabricações do queijo prato e as análises sensoriais foram realizadas nos laboratórios de tecnologia e de análise sensorial do CEPE/ILCT da EPAMIG, Juiz de Fora, MG. Em-pregou-se para a concentração do leite um evapo-rador a vácuo de único efeito modelo Júnior fabri-cado pela empresa APV. Os parâmetros padroniza-dos durante a concentração do leite foram: 18%m/m de sólidos láticos no leite concentrado, 68-69oC de

temperatura de pré-aquecimento do leite, 50ºC a 54ºC de temperatura de ebulição, redução da pressão no evaporador entre 580 mmHg a 600 mmH g e 25ºC de temperatura da água de condensação.

F o i e s t a b e le c id a a r e la ç ã o m a te má t i c a linear entre o teor de sólidos totais e graus Baumé para três distintas temperaturas em leite integral e desnatado a partir de dados da literatura (HAAL & H ED RIC K, 1971) , no intuito de es tabelecer um método rápido para determinação do teor de sólidos láticos durante a etapa de concentração do leite. Utilizou-se tanques de aço inoxidável com parede dupla, com capacidade para até 200 L de leite, para a fabricação dos queijos prato. Rea-liz aram-s e ens aios par a a def inição da melhor te cn olog ia p ar a a p ro du çã o d os q ue ijos pr a to empregando-se os parâmetros de tecnologia apre-sentados na Tabela 1.

O fermento utilizado foi cultura mesofílica tipo O, composta por Lactococcus lactis subsp. lactis e Lactococcus lactis subsp. cremoris, carac-terizando o tipo de fermento mais utilizado pelas indústrias de queijo prato. A tecnologia empregada

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foi à proposta por Furtado e Lourenço (1994). Rea-lizaram-se avaliações sensoriais, testes de prefe-rência e de aceitação do queijo obtido através da melhor tecnologia empregada. Para o teste de pre-ferência, foi empregado o Teste Bilateral baseado no modelo binomial, com um total de 20 provado-res que avaliaram as amostras e marcaram o código daquela que mais lhes agradou.

Para análise de aceitação foi recrutado um grupo de 50 consumidores por tratamento analisado. As amostras foram avaliadas quanto à aceitação de modo global por meio de escala hedônica de 9 pontos (9 = gostei extremamente, 5 = indiferente e 1 = desgostei extremamente).

3 RESULTADOS E D ISCUSSÃO

O processo de evaporação a vácuo do leite, realizado durante os ensaios foi conduzido até a concentração de s ólidos láticos de 18%m/m. O término da concentração foi determinado por meio do emprego de um areômetro e pela utilização da relação entre a leitura em graus Baumé e o teor de sólidos láticos do leite. As equações matemáticas que estabeleceram a relação entre o teor de sólidos láticos do leite integral e a leitura do areômetro em graus Baumé (oBe) encontradas por meio da

regressão linear foram as seguintes: SL = 2,53 BE + 6,61 (37,7ºC) R2= 0,9999; SL = 2,53 BE + 7,35

(43,3ºC) R2= 0,9999; SL = 2,55 BE + 7,59 (48,8ºC)

R2= 0,9989. Para leite desnatado foram estabelecidas

as seguintes relações: SL = 1,92 BE + 2,93 (54,4ºC) R2= 0,9984; SL = 1,91 BE + 2,60 (48,8ºC) R2=

0,9998; SL = 1,92 BE + 1,95 (43,3ºC) R2= 0,9997.

Onde SL representa o teor de sólidos láticos (m/m) e BE representa a leitura do areômetro em graus Baumé.

Nas Figuras 1 e 2 são apresentadas as res-pectivas curvas ajustadas.

Figura 1 – Relação linear estabelecida entre o

teor de sólidos láticos (%m/m) e a leitura do areômetro em graus Baumé ( ºBe ) par a o le ite integr al em tr ês distintas temperaturas.

Figura 2 – Relação linear estabelecida entre o

teor de sólidos láticos (%m/m) e a leitura do areômetro em graus Baumé (ºBe) para o leite desnatado em três distintas temperaturas.

Tabela 1 – Parâmetros tecnológicos para a produção de queijo prato a partir de leite concentrado.

Etapa tecnológica Tecnologias adotadas

E 1 E 2 E 3 E 4 E 5

Dosagem de fermento (DRF) 1 0 ,7 5 0 ,5 0 0 , 5 0 0 , 3 7

Dosagem de cloreto de cálcio (mL/100L de leite) 1 0 1 0 1 0 1 0 1 0 Dosagem de corante de urucum (mL/100L de leite) 1 3 1 3 1 3 1 3 1 3 Dosagem de coalho de origem animal (mL/100L de leite) 2 0 2 0 2 0 2 0 2 0

Temperatura de coagulação (oC) 3 2 3 2 3 2 3 2 3 2

Teor de adição de água a 35oC durante a 1a mexedura 0 0 0 1 0 1 0

Teor de soro retirado durante dessoragem (%) 3 0 3 0 3 0 3 0 3 0

Teor de água a 35oC adicionado (%) 0 3 0 3 0 3 0 3 0

Teor de água a 42-45oC adicionado (%) 3 0 0 0 0 0

Aquecimento indireto para atingir 42-45oC n ã o Sim s im s im s im

Tempo de maturação (dias) 3 0 3 0 3 0 3 0 3 0

Onde: E1 configurou o primeiro ensaio; E2 o segundo ensaio; E3 o terceiro ensaio; E4 o quarto ensaio e E5 o quinto ensaio; DRF = dosagem de fermento recomendada pelo fabricante, sendo que 1 corresponde a 100 % da dosagem, 0,75 corresponde a 75 % da dosagem, 0,5 corresponde a 50 % da dosagem e 0,37 % corresponde a 37 % da dosagem.

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Os parâmetros adotados no primeiro ensaio ( E1 ) f o r am d e te r mi n ad o s a pa r t ir d e es t u do s preliminares (FOSTER et al., 1990; ANDERSON et al., 1993), e das considerações de que o processo de concentração acarreta maior proximidade das estruturas protéicas e salinas, bem como diminui-ção do pH, o que em conjunto favorecem o pro-cesso de coagulação do leite. Desta forma, houve redução nos teores de adição de cloreto de cálcio (redução de 75%) e coalho (redução de 33,3%), quando comparados ao processo tradicional de fa-bricação realizado com leite não concentrado.

A dos agem de fe rme nto e o pr oces so de dessoragem s eguiram os valores recomendados para a tecnologia tradicional segundo Furtado e Lourenço (1994). Neste ensaio observou-se a re-dução no tempo de coagulação para 25 minutos e a formação de uma quantidade muito pequena de s oro após o cor te, o que dificultou a p rime ir a mexedura do processo, assim como a uniformidade dos grãos. Após o período de 15 dias de maturação, os queijos apresentavam-se com manchas internas (aspecto marmorizado) e sabor ácido pronunciado com textura quebradiça. Atribui-se ao aquecimento com a água, durante a lavagem da massa, o apare-cimento das manchas no queijo, pelo fato de quan-do se adiciona água quente para lavagem, como não existe quantidade suficiente de soro no tanque, a água troca calor direto com a massa, desidra-tando excessivamente o grão na superfície e con-ferindo o aspecto marmorizado ao queijo. O sabor ácido pronunciado, assim como a textura quebra-diça foram atribuídos a uma atuação intensa do fermento, justificada pela maior concentração de lactose no grão e no queijo ao final do processo, já que o processo de coagulação do leite concen-trado carreia maior quantidade destes constituintes para o queijo (FOSTER et al., 1990; ANDERSON et al., 1993).

Com o intuito de prevenir o aparecimento de manchas no Qu eijo Prato e reduz ir o sabor ácido n o pr oduto f inal, r ealizo u-s e o s egun do en saio (E2) , c om r edu ção na d osag em de f e r-mento (7,5 U/100L de leite) e com aquecir-mento indireto durante a etapa de lavagem da mas sa. Adicionou-se toda a água de lavagem a 35ºC e fez-se o aquecimento indireto até 43ºC de forma mais gradativa. Deste ensaio, obteve-se um queijo sem o aspecto marmorizado, porém após 15 dias d e ma t u r a ç ã o o p r o d u to a p r e s e n ta v a te x t u r a quebradiça e sabor ácido pronunciado para queijo prato. Observou-s e ainda dif iculdade para rea-lização da primeira mexedura devido à pequena quantidade de soro presente no tanque de queijo a pó s o c o r te . Pa r a o te r c e ir o e ns a io f e z - se a redução da dosagem de fermento para a concen-tração de 5 U/100 L de leite. Os queijos obtidos de s te e ns a io a p r es e nta r a m s a bor á c ido p ou c o

pronunciado, porém acima do esperado para quei-jo p r ato . N o q u ar to e ns a io , c om o intu ito d e facilitar a mexedura e lavar mais a massa, para intensificar a retirada da lactose do grão e conse-qüentemente a diminuição da fermentação, adi-cionou- se 10%m/m de água na primeira mexe-du ra , mante nd o- se a d os age m de f er men to d o E3. As medidas tecnológicas adotadas facilitaram consideravelmente o processo de mexedura e re-duziram o sabor ácido do produto. Definiu-se um quinto ensaio E5 com uma dosagem de fermento alterada para 3,7 U/100 L de leite na expectativa de maior suavização do sabor ácido do queijo. O produto após 15 dias de maturação apr esentou características de sabor e textura dentro do espe-rado pela equipe de provadores.

Realizaram-se os testes de preferência e de aceitação do queijo prato obtido no quinto ensaio (E5) em comparação com uma amostra de queijo prato comercial, onde ambos apresentavam trinta dias de maturação. No teste de preferência, por meio da tabela do Teste Bilateral baseado no mo-delo binomial, os resultados mostraram maior pre-ferência ao produto comercial, ao nível de 1% de probabilidade. No teste de aceitação, analisado por meio de análise de variância, verificou-se que não existiu diferença significativa ( = 1 %) entre os queijos avaliados.

4 C O N C L U SÕ E S

A partir dos resultados apresentados neste trabalho pode-se concluir que:

– As relações estabelecidas entre teor de sólidos láticos e graus Baumé, nas tem-peraturas determinadas, para leite inte-gr al e des na tad o ap re s enta ra m ajus te satisfatório, o que pode ser verif icado pelos valores dos coeficientes ao ajuste linear. As equações podem ser aplicadas na tecnologia de produção de queijo a p a r ti r l e it e c o n c e n tr a d o c om g r a n d e confiabilidade.

– O s princ ipais pr oblema s te cnoló gico s en con tr ado s du ra nte a r ealiza ção dos testes for am a pequena quantidade de soro formada após o corte, o que dificul-tou a primeira mexedura, deixando maior teor de lactose no grão, e por conseqüên-cia ocorreu uma acidificação intensa e indesejável. Minimizaram-se estes pro-blemas ao incluir uma adição de 10%m/m de água a 35ºC durante a primeira mexe-dura, ao proceder a lavagem da massa com água a 35ºC, com posterior aqueci-mento indireto e ao diminuir a dosagem de fer mento.

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SUMMAR Y

The objective of this study was to evaluate five diff er ent manufacturing technologies of the p r a to c he e s e f r o m p o w d e r e d mil k b y v a cu u m evapor ation. The concentration of the milk, the prato cheese fabrications and sensory analysis were conducted in laboratory technology and se ns or y analysis of CEPE/ILC T of the EPAMIG, Juiz de Fo ra , MG. The lin ea r r ela tions hip s es tab lish ed between the tenor of the lactic solids and degrees Baume, for whole milk and skimmed milk showed s atis f ac tor y f it, w ha t ca n be co mple ted by th e co eff icients of lin ear fit. The e qua tions c an be applied in the production technology of cheese from po w er ed milk w ith gr ea t re liab ility. The s mall amount of serum formed after the cutting, which makes the first mixing difficult, and, the highest content of the lactose in the grain, which enables intense and undesirable acidification, comprised the hi ghe s t tec hn olo gy p r obl ems f ou nd du rin g th e testing. These problems were minimized including addition of 10% m/m of water at 35ºC during the first mixing, to proceed the washing of the mass with water at 35ºC, with subsequent indirect heating and reduction of dosage.

I n de x Te r ms : mi lk c o nc e n tr a te d ; p r a to

cheese; technology of cheese.

AGRADECIMENTOS

À FAPEMIG pelo financiamento do projeto CVZ-APQ-1524-5.05/07, pela concessão da Bolsa de In ce ntivo à Pe sq uis a e ao De se nvo lv imento Tecnológico concedida aos quatro primeiros autores e da B olsa de Iniciação Científica concedida ao quinto e sexto autores.

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Imagem

Figura  2  – Relação  linear  estabelecida  entre  o teor  de  sólidos  láticos  (%m/m)   e  a leitura  do  areômetro  em  graus  Baumé (ºBe)  para  o  leite  desnatado  em  três distintas  temperaturas.

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