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Academic year: 2021

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MÁRCIA FILIPA FERREIRA AZEVEDO | nº 2013266

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO

Mestrado Integrado em Medicina

NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas

Estágio Profissionalizante 6º ano | Ano Letivo 2018/19

Regente da UC: Prof. Dr. Rui Maio

Orientador: Prof. Dr. Luís Campos

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ÍNDICE

1. Introdução... 3

2. Objetivos... 3

3. Estágios Parcelares... 4

a. Saúde Mental... 4

b. Medicina Geral e Familiar ... 4

c. Pediatria... 5

d. Ginecologia e Obstetrícia... 5

e. Cirurgia Geral... 6

f. Medicina Interna... 7

g. Estágio Opcional - Oncologia Pediátrica... 7

4. Elementos valorativos... 8

5. Reflexão Crítica Final... 9

6. Anexos a. Membro da Comissão Organizadora da XVI Edição do Hospital da Bonecada... 11

b. iMed Conference 10.0... 12

c. Jornadas de Cardiologia de Lisboa Ocidental... 13

d. Curso TEAM... 14

e. Jornadas de Formação da UCF – Vertente Saúde da Criança e do Adolescente “Desafios” 15 f. Curso de Formação em Saúde Infantil... 16

g. 11ªs Jornadas de Pediatria... 17

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1. INTRODUÇÃO

O Mestrado Integrado em Medicina (MIM) na Faculdade de Ciências Médicas | Nova Medical School (NMS| FCM) finda com um 6º ano profissionalizante. Neste, inserem-se estágios parcelares em seis áreas médicas: Saúde Mental, Medicina Geral e Familiar, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Cirurgia Geral e Medicina Interna. No plano curricular do presente ano encontram-se, ainda, uma Unidade Curricular de Integração: Preparação para a Prática Clínica e uma Unidade Curricular Opcional.

Neste relatório irei: enumerar os objetivos gerais deste último ano; sumarizar as atividades realizadas no contexto de cada um dos estágios supracitados; nomear algumas das atividades em que participei, e que considero terem tido bastante importância na minha formação e, por último, refletir acerca do cumprimento dos objetivos definidos e do meu percurso ao longo destes seis anos. No final, encontram-se, em anexo, os certificados das atividades desenvolvidas e formações frequentadas.

2. OBJETIVOS

A educação médica pré-graduada tem como objetivo geral, segundo o documento “O Licenciado Médico em Portugal”, ajudar o estudante médico a adquirir conhecimentos, competências e atributos profissionais. Inclusive no que concerne a atitudes e valores que lhes permitam, posteriormente, exercer Medicina de forma científica e humanamente correta. Assim como, capacitá-los para a aprendizagem contínua ativa, pensamento e raciocínio clínicos e críticos. Perante isto, e assumindo o 6º ano como o ano de transição que efetivamente é, estabeleci como objetivos individuais a cumprir: a sedimentação dos conhecimentos previamente adquiridos, com especial foco na sua aplicação prática (entrevista clínica, exame objetivo, marcha diagnóstica, prescrição terapêutica e gestão do doente); o treino da competência de trabalho em equipa; a aquisição de progressiva autonomia, não descurando mas desafiando as minhas limitações; o reforço da relação médico-doente e o desenvolvimento da relação médico-família. O treino de comunicação oral em Medicina, em forma de apresentações orais formais ou diálogo diário entre profissionais da área da saúde, configura um dos meus objetivos pessoais. O último contacto com algumas das áreas mais abrangentes e importantes para o percurso académico de um aluno de Medicina é fundamental também para definir preferências e estreitar futuras decisões na carreira médica. Espero assim terminar este percurso preparada para o futuro como Médica e para os desafios que virão.

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3. ESTÁGIOS PARCELARES

O Estágio Profissionalizante decorreu entre os dias 10 de setembro de 2018 e 17 de maio de 2019, totalizando trinta e duas semanas de contacto. Incluiu os estágios parcelares das áreas mencionadas com a duração de 4 semanas cada um, à exceção de Cirurgia Geral e Medicina Interna com duração de 8 semanas. De seguida, irei descrever as atividades realizadas em cada um. Mencionarei, também, a Unidade Curricular Opcional frequentada.

a. Saúde Mental

10 de setembro de 2018 a 5 de outubro de 2018

O estágio parcelar de Saúde Mental decorreu na clínica 6 (destinada a doentes com residência fora de Lisboa) do pavilhão 29 do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa (CHPL), sob a tutoria do Dr. Tomás Teodoro. Para estas quatro semanas, estabeleci como objetivos principais: reconhecer as características e abordagem das principais patologias psiquiátricas e consolidar competências de comunicação com os doentes que padecem das mesmas, nomeadamente treinar o exame psiquiátrico do estado mental. Neste estágio, acompanhei o meu tutor na sua atividade diária que compreendeu as várias valências: enfermaria, consulta externa e serviço de urgência. Acompanhei a realização da primeira entrevista clínica, a evolução no internamento e o planeamento da alta médica e social de alguns doentes. Na consulta externa, tive a oportunidade de acompanhar o seguimento de patologia crónica. Por outro lado, o serviço de urgência possibilitou a observação da abordagem inicial ao doente psiquiátrico agudo ou com descompensação da patologia crónica. As patologias mais observadas foram a Perturbação de Ansiedade, Síndrome Depressivo e a Perturbação Bipolar. Realizei uma história clínica de uma doente com Síndrome Depressivo Major, com sintomas psicóticos. Na componente formativa, destaco a presença em reuniões de serviço e aulas do internato médico.

b. Medicina Geral e Familiar

8 de outubro de 2018 a 2 de novembro de 2018

O meu estágio de Medicina Geral e Familiar decorreu na USF Oriente, sob orientação da Drª Ana Filipe Pinheiro. Durante o mês de estágio, participei ativamente em cerca de 180 consultas. Entre as quais, consultas de Saúde de Adultos, Planeamento Familiar, Saúde Materna, Saúde Infantil e Juvenil, de seguimento de Diabetes e Consultas Abertas Diárias. A maioria das consultas foram de Saúde de Adultos,

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com treino de escuta ativa das queixas do doente, formulação de hipóteses diagnósticas, pedido ou não de meios complementares de diagnóstico e definição de um plano, a curto ou longo prazo. As Consultas Abertas Diárias permitiram-me observar vários doentes com patologia aguda ou crónica descompensada e respetivas abordagens clínicas. Tive a oportunidade de orientar algumas das consultas supracitadas. De referir, que acompanhei a minha tutora, pela primeira vez, numa consulta domiciliária. De forma autónoma, realizei procedimentos médicos que incluiram colpocitologias, medição de altura uterina e auscultação fetal. No final do estágio, elaborei um “Diário de Exercício Orientado” com a discussão de alguns dos casos clínicos observados no estágio.

c. Pediatria

5 de novembro de 2018 a 30 de novembro de 2018

Durante quatro semanas, realizei o estágio parcelar de Pediatria no serviço de Infecciologia do Hospital Dona Estefânia, sob tutoria da Dr.ª Catarina Gouveia. Estabeleci como objetivos principais para este estágio: o contacto com as patologias mais comuns desta faixa etária, o treino de competências de comunicação com os doentes mais novos e respetiva família e integração numa equipa de enfermaria de um serviço de Pediatria. A minha atividade centrou-se maioritariamente na enfermaria e consulta externa. Acompanhei ativamente o internamento de 10 doentes com patologia infecciosa, incluindo na investigação etiológica, exame objetivo, abordagem terapêutica e realização de registos clínicos (diários clínicos, notas de entrada e notas de alta). Assisti a consultas de Infecciologia Pediátrica e a consultas da criança viajante. Frequentei, semanalmente, o serviço de urgência, local onde pude treinar a anamnese e exame objetivo dirigidos das patologias agudas mais frequentes em idade pediátrica. Frequentei a consulta de Imunoalergologia, o workshop de Urgências, as reuniões diárias de passagem, as sessões clínicas hospitalares semanais e as sessões formativas do serviço de Infecciologia (temas: “Vacinas Extra-programa” e “Infeções Musculoesqueléticas”). Realizei uma história clínica de um caso de urolitíase e apresentei, juntamente com as colegas Ana Catarina Dias, Ana Filipa Ferreira e Sara Costa, o seminário com o tema “Abordagem da Hipotermia em SU”.

d. Ginecologia e Obstetrícia

3 de dezembro de 2018 a 11 de janeiro de 2019

O estágio de Ginecologia e Obstetrícia teve lugar no Hospital Lusíadas, sob a orientação do Dr. Luís Vicente. Para este estágio, defini como objetivo principal a familiarização com as patologias e os procedimentos mais comuns desta especialidade. Durante as quatro semanas, a minha atividade englobou

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as várias vertentes da especialidade médica incluindo consulta externa, enfermaria, técnicas diagnósticas e bloco operatório. Frequentei consultas de ginecologia, maioritariamente de seguimento das doentes e consultas de obstetrícia, acompanhando a vigilância da gravidez nas suas várias fases. Assisti a ecografias obstétricas e outros meios complementares de diagnóstico e tratamento, como histeroscopias e histerosalpingografias. Estive presente em 34 consultas de procriação medicamente assistida, onde acompanhei todo o processo envolvido desde a primeira consulta do casal, investigação de etiologia, escolha da técnica de procriação e técnicas laboratoriais. No bloco operatório e de partos, assisti a cinco intervenções cirúrgicas (excisão de miomas, excisão de tumor benigno do ovário e de focos de endometriose) e a uma cesariana. A referir, ainda, a participação ativa em duas cirurgias de urgência (por rutura de gravidez ectópica). O estágio foi concluído com a apresentação de um seminário sobre “Síndrome Anticorpo Antifosfolipídico em Obstetrícia”.

e. Cirurgia Geral

21 de janeiro de 2019 a 15 de março de 2019

O estágio de Cirurgia Geral decorreu no Hospital Beatriz Ângelo sob a tutoria do Dr. Paulo Oliveira. Foi subdividido em quatro atividades principais. Entre as quais, uma semana de sessões teóricas e teórico-práticas, com o objetivo de rever conhecimentos teóricos e treinar procedimentos em modelos. Nesta semana, incluiu-se a realização do Curso TEAM. Nas quatro semanas relativas à Cirurgia Geral, defini como objetivos: ter um estágio complementar ao do 3º ano e treinar procedimentos cirúrgicos básicos como sutura de feridas. Assisti a nove intervenções cirúrgicas, maioritariamente do foro hepato-biliar, nomeadamente resseção de metástases hepáticas e colecistectomias. Na semana de serviço de urgência, destaco o treino da anamnese e exame objetivo dirigidos. O estágio opcional inserido nesta rotação foi realizado no serviço de Gastroenterologia. Neste último, frequentei consultas e assisti à realização de exames complementares de diagnóstico específicos da especialidade (entre os quais, colonoscopias, endoscopias digestivas altas e retosigmoidoscopias). Assisti, ainda, a reuniões de serviço de Cirurgia Geral e Gastroenterologia e reuniões multidisciplinares de Oncologia. Juntamente com as minhas colegas Filipa Côrte Real e Inês Caetano, realizei uma história clínica a uma doente com uma neoplasia do processo uncinado do pâncreas. No final do estágio, realizou-se o Mini Congresso de Cirurgia. Neste, tive a oportunidade de apresentar, juntamente com as colegas já mencionadas, um caso clínico: “Colecistectomia... e olha no que deu”, sobre neoplasia da vesícula com apresentação na peça histológica pós-colecistectomia e respetiva revisão teórica.

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f. Medicina Interna

18 de março de 2019 a 17 de maio de 2019

O estágio parcelar de Medicina Interna teve lugar no Hospital de São José, no serviço de Medicina Interna 1.2, coordenado pelo Dr. Júlio Almeida. Estive sob a orientação da Dr.ª Carmen Marques. Para este estágio, para além dos objetivos gerais, estabeleci como metas principais: adquirir maior capacidade de autonomia e familiarizar-me com o trabalho de uma enfermaria; treinar alguns procedimentos e manobras de exame objetivo; aperfeiçoar as aptidões fundamentais da entrevista clínica e estabelecimento de relação médico-doente/família. Ao longo destas 8 semanas, a minha atividade foi centrada na enfermaria. Acompanhei o internamento de 19 doentes, sendo que me eram atribuídos 1 ou 2 desses doentes. A minha atividade consistia no registo das intercorrências e vigilâncias, colheita de anamnese e exame objetivo, elaboração dos diários clínicos, notas de alta e de óbito, interpretação de exames complementares de diagnóstico e discussão do quadro clínico com os elementos mais diferenciados da equipa. Posteriormente, procedia ao ajuste terapêutico, pedido de novos exames complementares e planeamento da alta. Adicionalmente, frequentei o serviço de urgência. Nesse contexto, contactei com uma população mais diversificada e jovem. Tive a oportunidade de complementar experiências anteriores no SU, familiarizando-me com a abordagem do doente numa fase aguda e urgente, nomeadamente no que respeita à colheita de anamnese dirigida, marcha diagnóstica e terapêutica. Do ponto de vista formativo, assisti às sessões clínicas, reuniões e passagens de urgência interna do serviço. Assim, pude entender a dinâmica de um serviço complexo, com patologia variada e profissionais de saúde de diferentes áreas e graus de diferenciação. Inserida nas várias atividades do serviço, apresentei uma sessão clínica sobre o tema “Doença Hepática Crónica e complicações” (juntamente com as minhas colegas de 6º ano: Ana Filipa Ferreira e Filipa Rodrigues).

g. Estágio Opcional em Oncologia Pediátrica

20 de maio de 2019 a 31 de maio de 2019

No momento de escolher a unidade curricular opcional que iria realizar, pesaram o gosto pela Pediatria e a vontade de reforçar a experiência numa área pouco explorada durante o percurso básico de um estudante de Medicina, a Oncologia. O que, aliado à minha passagem de apenas um dia pelo serviço de Oncologia Pediátrica (inserido no estágio de Oncologia, da UC de Especialidades Médico-Cirúrgicas III do 5º ano), culminou numa experiência muito enriquecedora de 2 semanas. Neste período, estive sob a orientação da Drª Ana Teixeira. Apesar da desvantagem de se tratar de um estágio observacional, tive a oportunidade de contactar com a patologia neoplásica mais prevalente em idade pediátrica. Observei a realização de exames

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complementares de diagnóstico e abordagem terapêutica, tendo assistido a punções lombares, colocação de catéteres venosos centrais e administração de quimioterapia intratecal. Para além disto, presenciei o estabelecimento de relação médico-pais (essencial nesta área), a comunicação de más notícias e a tomada de decisões de final de vida (num contexto e idade muito diferentes dos que até aqui tinha vivenciado).

4. ELEMENTOS VALORATIVOS

Ao longo do meu percurso, participei em atividades extracurriculares que contribuíram também para a minha formação pessoal e profissional. Destas, destaco a participação na organização da XVI Edição do Hospital da Bonecada. De referir que já havia participado nas edições anteriores deste projeto como voluntária. Em 2017, fui colaboradora do Departamento Financeiro da edição em causa. Tive como função a angariação de fundos, bens materiais e estabelecimento de parcerias para que o evento principal, as mini-Edições e a Edição de Natal fossem possíveis.

No ano letivo correspondente ao 6º ano, participei no iMed Conference 10.0 e nas Jornadas de Cardiologia de Lisboa Ocidental. Nestas últimas, o destaque foi para a apresentação das novas recomendações para o tratamento da Diabetes da ADA1 – EASD2 e das guidelines para a abordagem da

hipertensão da ESC3 e ESH4. Complementarmente ao plano curricular, estive presente nas “Jornadas de

Formação da UCF – Vertente Saúde da Criança e do Adolescente “Desafios”” (realizado no Centro Hospitalar Lisboa Central), no “Curso de Formação em Saúde Infantil” (organizado semestralmente pelo Núcleo de Formação e Investigação do Departamento de Pediatria do Centro Hospitalar de Lisboa Norte) e nas “11ªs Jornadas de Pediatria” (organizado pelo Hospital da Luz). Estas 3 formações permitiram complementar o estágio de Pediatria uma vez que incidiram em estratégias para lidar com os desafios que esta idade acarreta, no desenvolvimento normal e patológico e na abordagem de algumas das principais urgências em Pediatria. Por último, referir a participação no ciclo de palestras Neuroday que incidiu numa revisão prática da abordagem às principais patologias neurológicas.

1: American Diabetes Association | 2: European. Association for the Study of Diabetes | 3: European Society of Cardiology | 4: European Society of Hypertension

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5. REFLEXÃO CRÍTICA FINAL

Seis anos depois do início, e com todas as mudanças que trouxe, concluo este percurso com o sentimento de dever cumprido. Chega agora o momento de fazer um balanço, focando neste ano letivo. Globalmente, destaco o rácio tutor-aluno de 1:1 em quase todos os estágios e a disponibilidade que fui encontrando por parte dos tutores. Iniciar este ano profissionalizante com o estágio de Saúde Mental foi importante visto que me permitiu observar técnicas de entrevista e de criação de empatia na relação médico-doente. O treino destas competências revelou-se muito útil para o restante ano, principalmente quando treinado num contexto de saúde mental muitas vezes marcado pela maior dificuldade. Dois dos principais pontos positivos do estágio foram a possibilidade de frequentar as várias valências da especialidade e o contacto com as síndromes psiquiátricas mais prevalentes. Medicina Geral e Familiar permitiu o treino constante das capacidades de comunicação com doentes e com outros profissionais. O elevado número de consultas diferentes tornou-me mais capaz de identificar e gerir os problemas de saúde mais frequentes na comunidade. Identifiquei a capacidade de utilização do tempo limitado da consulta como a minha maior dificuldade. Penso que alcançarei mais segurança com a prática clínica vindoura e que, com isso, poderei contornar esta limitação. Assim, este estágio reforçou a ideia de que um especialista de MGF tem de ser capaz de empatizar e encarar o doente como um todo. Adicionalmente, tem o privilégio de acompanhar o doente nas diferentes fases da vida e poder atuar também, com grande ênfase, na prevenção e promoção da sua saúde. O estágio de Pediatria complementou estágios anteriores da mesma especialidade uma vez que se focou noutra subespecialidade. Penso que a componente fortemente prática e a maior autonomia neste estágio foi a mais útil para a minha formação nesta área. A grande variedade de atividades em que pude participar possibilitou que a maioria dos objetivos fossem cumpridos. As diferentes sessões cobriram uma grande variedade de patologias e permitiram complementar o estágio que incidiu principalmente na área da Infecciologia. Quero mencionar, ainda, o Workshop de Urgências que me permitiu treinar situações comuns mas urgentes em ambiente didático. Por sua vez, Ginecologia e Obstetrícia, revelou-se um estágio diferente do que tinha previsto. Assim, os objetivos traçados inicialmente não foram completamente cumpridos. Realizei o estágio num ambiente de hospital privado, pelo que não tive oportunidade de treinar alguns dos procedimentos práticos da especialidade (exame ginecológico e citologia). No entanto, superou as expectativas em relação à minha participação em procedimentos cirúrgicos. Para além disso, embora tenha sido um estágio variado, incidiu maioritariamente em áreas nas quais eu ainda não tinha tido contactado: a vertente da infertilidade e da procriação medicamente assistida. Assim, apesar de ter sido uma experiência diferente da planeada, considero que foi uma experiência que me surpreendeu pela positiva. Em Cirurgia Geral, cumpri um dos meus principais objetivos do estágio uma vez que foi uma experiência complementar à do 3º ano, marcada predominantemente por patologia mamária, colo-retal e esofágica.

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Apesar da área cirúrgica não ser a minha área de eleição, consolidei e adquiri conhecimentos da patologia cirúrgica que serão certamente úteis na minha prática futura, nomeadamente para a sua suspeição clínica/diagnóstico. Como pontos menos positivos, tenho a referir o rácio tutor:aluno de 1:3 e o facto de estar inserido numa rotação com opcional e serviço de urgência. Assim, o estágio cirúrgico, propriamente dito, dura apenas quatro semanas. Isto limita as oportunidades do treino de procedimentos cirúrgicos básicos. A presença durante apenas um dia na Pequena Cirurgia do SU não permitiu, no meu caso, colmatar esta limitação. Terminar o 6º ano com o estágio mais prático, Medicina Interna, deu-me a possibilidade de adquirir autonomia e responsabilidade, de forma progressiva. Estas oito semanas possibilitaram o meu crescimento e capacidade de trabalho na enfermaria, assim como a sedimentação e aquisição de conhecimentos clínicos mais práticos. Considero que este estágio foi dos mais preponderantes para a minha formação e para que, hoje, me sinta capaz de lidar com o dia-a-dia de uma enfermaria. Assim, os meus objetivos principais foram cumpridos. Apesar disso, tenho de referir a minha dificuldade na adequação terapêutica a doentes com diversas comorbilidades. Penso que, durante o estudo para a Prova Nacional de Acesso e no decurso do Ano de Formação Geral, conseguirei colmatar esta dificuldade. Por último, fazer uma menção ao estágio opcional em Oncologia Pediátrica que, pelo já descrito, me permitiu adquirir capacidades emocionais e humanas indispensáveis a qualquer futuro médico.

A minha participação no departamento Financeiro da Comissão Organizadora do XVI Hospital da Bonecada enriqueceu a minha formação uma vez que me ajudou a desenvolver competências como trabalho em equipa, gestão de tempo e, principalmente, a capacidade de comunicação. De referir que estudei 1 ano no curso de Matemática, antes de frequentar o curso de Medicina. Neste evento consegui reunir algumas das áreas que me são mais queridas: a Pediatria, Medicina Geral e Familiar e Matemática e desenvolver estratégias de comunicação num contexto diferente do habitual.

Por fim, tenho de agradecer a todas as pessoas com quem me cruzei ao longo destes anos: aos doentes, tutores e professores, fundamentais para a minha formação; à minha família, o pilar fundamental; aos amigos, por todos estes anos de apoio e carinho e aos colegas, por toda a entreajuda que marca, orgulhosamente, o percurso nesta faculdade.

Termino o Mestrado Integrado em Medicina com a alegria de ter enfrentado os desafios que me foram propostos. Para concluir este relatório, cito parte de um poema conhecido de todos os portugueses: “Para ser grande, sê inteiro: nada / Teu exagera ou exclui. / Sê todo em cada coisa. Põe quanto és / No mínimo que fazes.”5. Sigo feliz para a próxima fase, com o pensamento de que tentarei, com muito trabalho e humildade,

pôr aquilo que sou no mínimo que fizer.

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6. ANEXOS

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Referências

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