FABIO
ANTUNES
NEWTON
EPILEPSIA
SECUNDÁRIA
A
NEUROCISTICERCOSE:
NÚMERO
DE
CALCIFICAÇÕES
X
TIPOS
DE
CRISES
Trabalho apresentado à Universidade
Federal de Santa Catarina, para a conclusão
do Curso de Graduação
em
Medicina.FLORIANÓPOLIS
-SANTA
CATARINA
A
FÁBIO
ANTUNES
NEWTON
EPILEPSIA
SECUNDÁRIA
A
NEUROc1ST1cERcOSEz
NÚMERO
DE
CALCIEICAÇOES
X
TIPOS
DE
CRISES
Trabalho apresentado à Universidade
Federal de Santa Catarina, para a conclusão
do Curso de Graduação
em
Medicina.Coordenador:
Prof. Dr.Edson
JoséCardoso
Orientador:
Prof. Dr.Paulo
César
Trevisol BittencourtFLORIANÓPOLIS
-
SANTA
CATARINA
Florianópolis, 2001.
19p.
Trabalho apresentado à Universidade Federal de Sama Catarina, para a conclusão do Curso de Graduação em Medicina - UFSC.
AGRADECIMENTOS
Agradeço
primeiramente aosmeus
pais,ADAMOR MACHADO
NEWTON
JR.
E
IVETE
AP.
ANTUNES
NEWTON
(in memorzfan), por tudoque
fizeram
efazem
pormim
até hoje,me
incentivando, educando, acreditandoe
mostrando
que
com
dedicação e vontade tudopode
ser realizado.Agradeço
aminha
irmãLUCIANA
ANTUNES
NEWTON
pelaamizade, carinho e
amor
demonstrado
a cada dia.Agradeço
aminha namorada
THÁIS
MARTINS
WALTRICK,
pela sua cooperação, carinho,amor
e incentivo durante todos esses anos juntos.Agradeço
a todos osmeus
amigos,em
especial,ALAN
L.ECKELI,
AILTON
R.PETTERMAN,
FELIPE
E.BROERING,
JORGE
L.W.
MORITZ,
por estaremsempre
aomeu
ladoem
todos osmomento
que
precisei.Agradeço
aminha
amiga
e dupla de intematoSIMONE
DENISE
DAVID,
pelaamizade
ecompanheirismo
ao longo dessa jornada.Agfaodoço
aomou
oúootaaorPROF.
DR.
PAULO CÉSAR
TREVISOL BITTENCOURT,
pela paciência e auxílio dedicado a realizaçãodeste trabalho.
Agradeço
aoPROF.
DR.
ROGÉRIO
PAULO
MORITZ,
paraamizaao
e por ter
me
incentivado e mostrado oscaminhos da
pesquisa científica.Agradeço
a todosque
diretaou
indiretamenteme
ajudaram na realização1.
INTRODUÇÃO
... .. 2.OBJETIVO
... ._ 3.MÉTODO
... .. 4.RESULTADOS
... _. 5.DIscUssÃo
... .. 6.CONCLUSÃO
... .. 7.REFERÊNCIAS
... ..NORMAS
ADOTADAS
... ..RESUMO
... _.SUMMARY
..._1.
rNTRoDUÇÃo
Neurocisticercose
(NC)
é onome
usado para designaro
comprometimento
do
encéfalo, de seus nervos e/ou envoltórios, pelo Cysticercus cellulosae,
forma
larváriada
T
aenía solium; sendo esta a parasitose maiscomum
do
SistemaNervoso
Central (SNC)l”2.
A
espéciehumana
pode
sercontaminada
pelo cisticerco atravésda
autoou
hetero-infestação.
A
auto-infestação ocorreem
indivíduosque
játem
teníase,quando
a seuestômago
chegam
anéismaduros
deT
aenía solíum; seja pelorefluxo
do
conteúdo intestinal (auto-infestação intema), seja pela ingestão acidentalou
voluntária de proglotes eliminados
em
suas fezes (auto-infestação extema).A
hetero-infestação decorre da ingestão de
água
ou
alimentoscontaminados
com
ovos
liberados pelos proglotes
no
meio ambiente”. Muito
provavelmente, esta é aforma
mais
freqüente de contaminaçãos.O
número
de cisticercospode
variar de l a500 ou
mais, assimcomo
o
tamanho
dos parasitas, que
podem
medir
delcm
até6-7cm
ou mais
de diâmetro (cistos gigantes).Sintomas neurológicos poderão advir
em
conseqüência de: efeitomecânico de
pressão dos cisticercos sobre as estruturas nervosas; bloqueio
da
circulaçãoliquórica
por
oclusãodo
sistema ventricular pelos cistosou
por reação inflamatóriarneníngea; destruição
do
tecido nervoso por reação parenquimatosaou por
infartoisquêmico secundário à vasculites.
Após
um
período variável, provavelmentemais
de 5 anos, os cistosmorrem
eOs
sítios deNC
mais freqüentemente encontrados são córtex e leptomeninge,mais
raramente cerebelo emedula
espinhal.Um
estudo realizado pelaUNESP
mostrou que
a prevalência deNC
em
autópsias varia de
0,12%
a 0,9%.Sendo que
estadoença
corresponde a0,08-2,5%
das admissões
no
hospital geral7.A NC
constituiuma
enfennidadecom
múltiplas formas de manifestaçõesclínicas.
Essa
variabilidade deve-se a diferenças individuaisna
resposta a infecção,número
e localização dos parasitos; entretanto, epilepsia é sua manifestação clínicamais
frequentel°2°8, observando-seem
50-80%
dos casos, sobretudoem
pacientescom
comprometimento
do
córtex cerebral.Nosso
país possui várias áreas potencialmente endêmicas, a região sulsendo
considerada
uma
área de alto risco.Aliás,
em
nosso estado, particularmenteda
região oeste, quetem
como
uma
dasbases
econômicas
a suinocultura, verifica-seuma
alta prevalência dessaenfennidadeã.
Concernente epilepsia estima-se que
em
países desenvolvidos sua incidência éem
tomo
de 20/ 100000
a 70/100000
habitante/ano9,comuma
prevalência estimadaem
0,5%
da
populaçãoem
geralm.Entretanto,
no
Brasil, apesar da inexistência de estudos epidemiológicosadequados envolvendo
diferentes regiões sócio-econômicas, supõe-seque
algoem
tomo
de 1 a2%
da
população esteja sendoacometida
poralgumas
dasformas de
epilepsia”.
Além
deNC,
epilepsiapode
ser causada por praticamente qualquer condiçãoque
acometa
o cérebro.Anomalias
congênitas, infecções, tumores,doenças
vasculares, doenças degenerativas
ou
lesões traumáticas estão entre elasg. Contudo,3
Epilepsia pressupõe crises epilépticas repetidas e estas são classificadas de acordo
com
sua manifestação clínica e eletroencefalográfica.Crises parciais
ou
focais são crises nas quais a manifestação clínica eeletroencefalográfica inicial indicam alteração de
uma
região delimitadado
córtex.Dependendo
da
áreacomprometida
surgirão sintomas positivosou
negativosrelacionados a fisiologia
da
regiãocomprometida.
Quando
a crise focal envolveestruturas
do
lobo temporal (hipocampo, córtex entorrinal, córtex perirrinal)ou
frontal associado a processos dememória, pode
ocorrer diminuição qualitativada
consciência.
Assim
dividimos as crises parciaisem:
parciais simples (nas quaisnão
ocorre perda
da
consciência) ecomplexas
(aquelasem
que
vai ocorrer turvaçãoda
consciência). Essas,
não
raroevoluem
parauma
crise generalizada tônico-clônica,nestes casos
denominada
de crise parcial (simplesou complexa)
secundariamentegeneralizada.
Crises generalizadas são aquelas
que
iniciam simultaneamenteem
ambos
os hemisférios cerebrais e manifestam-se eletroencefalograficamenteem
toda asuperficie cortical.
São
divididas basicamenteem
convulsivas (tônicas, clônicas,tônico-clônicas) e
não
convulsivas (do tipo ausência e mioclônicas)'2.Quanto
às manifestações eletroencefalográficasna
epilepsia secundária àNC,
existem estudos
mostrando que
o foco epiléptico muitas vezes não correspondecom
a topografiada
lesão, sendo que a correlação é negativaem
até64%
dos casos.Por outro lado, a patogênese das crises devido a neurocisticercose é
bem
variada.Medina
e cols., referiuque
a intensa glioseque
se desenvolveem
voltado
parasita
morto
ou
em
processo de degeneração éo
principal fator desencadeanteda
atividade epileptogênica
do
cisticerco localizadono parênquima
cerebral.Em
razão disso, é atraente supor
que
pacientescom
epilepsia secundária àNC
Este estudo investiga se o
número
de calcificações interferecom
o
tipo de crise5
2.
OBJETIVO
~
Determinar a correlaçao entre o
número
de calcificações intracranianas devida a neurocisticercosecom
o tipo de crise epiléptica.3.
MÉTODO
l.
Delineamento
Estudo retrospectivo e descritivo.
2.
Amostra
O
presente estudo foi realizadocom
pacientesem
seguimento
ambulatorialna
Clínica Multidisciplinar de Epilepsia
(CME)
da
Policlínica Regional I/SUS,Florianópolis-SC,
no
período de 1990 a 2000.Esta clínica é a única
do
gênerono
estado e presta assistência à pacientesencaminhados
das mais diversas regiões.O
estudo contoucom
um
total de50
pacientescom
epilepsia secundária aneurocisticercose.
Sendo
esse diagnóstico estabelecido apósuma
avaliação pelaequipe multidisciplinar
da
CME/SUS,
liderada porum
neurologistacom
especializaçãoem
epileptologia, juntamentecom
osexames
de
neuroimagem
(Tomografia
Computadorizada).Foi considerada para critério de avaliação, a primeira crise de cada paciente,
sendo a
contagem
de calcificações intracranianas feita atravésda
verificação dastomografias
computadorizadas de crânio.Alguns
estudos correlacionam os tipos de crisecom
calcificações intracranianas únicas e múltiplas.No
entanto nesse estudo resolvemos modificar aforma
de7
avaliação, para
que
esse possa servir de baseou
mesmo
ajudarem
pesquisasfuturas.
Dividimos
os pacienteem
três grandes grupos de acordocom
o
número
de
calcificações que cada
um
apresentava:0
Grupo
I (GI): calcificação única.0
Grupo
II (GII): pacientescom
2 a 5 calcificações.0
Gmpo
III (GIII):acima
de 5 calcificações.Sendo que
omaior
emenor número
de calcificações será posteriormentecorrelacionado
com
o tipo de crise (parcial simples, parcialcomplexa
egeneralizada).
Foram
analisadas nesse,além do
número
de calcificações e tipos de crise; sexo,idade, procedência, alteração eletroencefalográfica, localização das lesões e
tempo
4.
RESULTADOS
Na
Clínica Multidisciplinar de Epilepsiaforam
pesquisados80
prontuários,de
pacientes
com
epilepsia devido a neurocisticercose. Deste totalforam
separadosaqueles
em
que
astomografias
computadorizadas de crânio estavam disponíveispara a avaliação, resultando
em uma
amostra de 50 pacientes.Destes
50
pacientes, 18(36%) eram
do
sexo masculino e 32(64%)
do
sexofeminino.
A
idade variou de 16 a66
anos,com
média
de 37
anos.Quanto
a naturalidade dividimoso
estadoem
3 grandes regiões: centro-sul,ficando
estecom
22
(44%)
dos pacientes, região leste 17(34%)
e oestecom
ll(22%),
conforme
ográfico
1.1 l _
1
2
9
O
número
de calcificações intracranianas variou de l a 48,com
uma
média
de
quase 5 calcificações por paciente.
O
tempo
deacompanhamento ficou
entre 2 e 10 anos,com uma
média de 6
anos de seguimento ambulatorial.
Dos
50 pacientes estudados 31 (62%), tinham oEEG
normal, eo
restante 19 (38%),com
algum
tipo de alteração.Quanto
a localização das calcificações, essas estiveram presentes(uma
ou mais
lesões)
no
lobo parietal de26
pacientes, correspondendo a52%,
o
lobo temporalcom
19 (3 8%), o fiontal 13 (26%), occipital 4 (8%),conforme gráfico
2.4
Relacionando
o
número
de calcificações intracranianascom
o
tipode
crise e alteraçõesou não
aoEEG,
dividimos os pacientesem
três grupos.No
Grupo
I26,3%
do
pacientes apresentaram crises parciais simples,10,5%
parciaiscomplexas
e63,1%
generalizadas tônico-clônicas, desses pacientes68,4%
apresentavaEEG
normal.
No
Grupo
II30%
dos pacientesdesenvolveram
crises parciais simples,15%
parciaiscomplexas
e55%
generalizadas tônico-clônicas; sendoo
EEG
sem
alterações
em
65%
dos casos. Por último,no
Grupo
III27,2%
apresentaram crises parciais simples,9%
parciaiscomplexas
e63,6%
generalizadas tônico-clônicas; eo
EEG
estavanonnal
em
54,5%
dos pacientes (tabela I).Não
foi observadoem
nenhum
dos grupos estudados a presença de crises tipo ausênciaou
mioclônicas.Tabela I - Tipo de crise epiléptica relacionada por grupo.
Tipo
de crise epiléptica_ \ _
_
GRUPOS
GTC
EEG
Hflfmfll
Gmpoi
5 (2ó,3°/0) 2 (io,s°/›) 12 (ó3,1°/0) 13 (ós,4)Grupo
II 6(30%)
3(15%)
ll(55%)
13(65%)
Grupo
in
3(212%)
1(9%)
7 (ó3,ó%) ó(54,5%)
Fonte: CME/SUS - Florianópolis.11
5.
DISCUSSÃO
~
A
associaçao de crises, assimcomo
outras manifestações neurológicasda
NC,
depende do
número
e topografia das calcificações intracranianas,bem como
da
resposta
imune
contra o parasital.Del
Brutto e cols., correlacionou os tipos de crisecom
o
número
decalcificações,
não observando
diferença significativana
prevalência de crises parciais simples naqueles pacientes que apresentavam lesões únicasem
contrastecom
aquelesque
tinham múltiplas calcificações devidas àNC.
Verificou-se
também
que
48%
dos pacientescom
calcificação única, e70%
daqueles
com
múltiplas lesões, apresentavamEEG
nonnal.Em
nosso estudo,68,4%
dos pacientesque tinham
calcificação única apresentaramEEG
normal,65%
dos pacientesdo
GII e54,5%
do
GIIItambém
seobservou
mn
EEG
sem
alterações.Evidencia-se
uma
diferençanão
significativa entre aqueles pacientesque
apresentaram lesão única, e os
que
possuíam
várias calcificações quanto aos achados eletroencefalográficosl°2°M.No
entanto,como
já foidemonstrado
por Cukiert e cols.,em
muitos casosnão
há
uma
correlação significativa entre a topografiado
focono
EEG
e das calcificações à tomografia.Na
verdade,uma
correlação negativaem
64%
dospacientes
que
apresentavam lesão únicana
tomografia relacionada ao focoepiléptico foi observada por esses autores.
Enfocando
os tipos de crise relacionadoscom
onúmero
de calcificações,significativamente nos tipos de crise,
conforme
já relatado por outrospesquisadoresl'2”I4.
Além
disso,podemos
notarque
nos três grupos estudadospredominam
as crisesgeneralizadas tônico-clônicas, resultado similar ao encontrado
em
outros estudosl.Em
contrapartida, crises parciais,com
ou
sem
generalização secundária,ocorreram
em
dois terços dos casos estudadosem
recente investigaçãoms, sóque
nesse,
foram
levadasem
conta lesõesna
fase ativa, enão
aquelasem
fase crônica.Essa diferença
com
o nosso estudopode
ser explicada pela dificuldade, muitasvezes,
em
identificarmos a crise parcialque
ocorreu antesda
generalização (porexemplo,
em
pacientes nas quais estasocorrem
durante o sono).Mesmo
com
uma
boa anamnese,
pacientes e familiaresacabam
valorizandomuito
mais os sintomas da crise generalizada,esquecendo
emenosprezando
o "aviso prévio",que
caracteriza a crise parcial secundariamente generalizada.
O
EEG
realizado porum
períodomais
longoque
o convencional, teriamaior
probabilidade de exibir alterações focais e desta
forma
contribuir parauma
classificação
adequada
daqueles que apresentam crises generalizadas tônico-clônicas.
Com
relação ao lobo, as calcificaçõespredominaram no
lobo parietal,sendo
que
52%
dos pacientes tinhamuma
ou mais
lesões nesse lobo. Análise semelhantefeita
no
estadodo Ceará mostrou
também
o maior
acometimento
desse lobo,chegando
ao índice de85%”.
Não
há
aindauma
justificativa convincente para estaaparente
maior
predileção.A
nossamédia
de idadeficou
em
37 anos,mostrando
diferença significativacom
outros estudos,em
que
prevaleceu a faixa dos28
a29
anos2°5°ló.13
Essa diferença
pode
ser explicada porque, ao colhermos os dados,colocamos
a idade atual enão
a de início dos sintomas.O
tempo médio
deacompanhamento
foide 6 anos.
A
região oeste de Santa Catarina é consideradauma
áreaendêmica
paraneurocisticercoses.
Ao
levantarmos osdados
provenientes dasmais
diversas regiõesdo
estado,notamos que
a porção centro-sulficou
na
frente dasdemais
com
44%
dos pacientes, sendoque
grande parte deste contingente foi provenientedo
Planalto Serrano.
No
entanto, óbvia limitação metodológica,não
nos permiteuma
correlação epidemiológica adequada.
A
despeito disso, a região leste consideradauma
áreanão
endêmica, contribuiucom
um
número
bastante expressivode
pacientes. Tal fato,
pode
ser o indicativo deque
não
só as áreascom
suinoculturadisseminada estão sujeitas a cisticercose, enfermidade geralmente benigna;
contudo
frequentemente associada
com
sintomas neurológicos diversosquando
assume
a6.
CONCLUSÃO
Verificamos através desse estudo,
que
pacientescom
epilepsia secundária àNC,
apresentam crises parciais simples,complexas
e generalizadas tônico-clônicase que o
número
de calcificações intracranianas, assimcomo
sua localização,não
vai nos ditarum
tipo específico de crise.Crises generalizadas tipo ausência
ou
mioclônicasnão
são encontradas nessa15
7.
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38
(2000) 91-104.Gonçalves-Coelho
TD,
Coelho
MD.
Neurocysticercosis in Paraiba, Northeast17
NORMAS
ADOTADAS
1.
Nonnatização
dos trabalhos científicosdo
curso de graduaçãoem
medicina.Resolução no. 001 /
99 do
colegiadodo
curso de graduaçãoem
medicina
da
Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 1999.2. International
Committee
ofMedical
Journal Editors.Uniform
requirementsfor manuscripts submitted to biomedical journal.
Ann
Intem
Med
1997;126: 36-47.
3.
Comitê
Intemacional de Editores de Revistas Médicas. Requisitos uniformespara originais submetidos a revistas biomédicas. J Pediatr 1997; 73: 213- 24.
RESUMO
O
objetivo desse foi verificar se onúmero
de calcificações intracranianas relacionadas àNC,
tem
relaçãocom
o
tipo de crise epiléptica. Foi realizadoum
estudo retrospectivo e descritivona
CME/SUS
de Florianópolis-SCde
1990
a2000, avaliando 50 prontuários de pacientes
com
epilepsia secundária aneurocisticercose.
Foram
analisadas as seguintes variáveis: idade, sexo,naturalidade, tipo de crise,
número
de calcificações intracranianas (pelatomografia), alteração
EEG
e localização das lesões. Parauma
melhor
avaliação os pacientesforam
divididosem
três grandes grupos.Grupo
I (GI): calcificação única;Grupo
II (GII): de 2 a 5 lesões;Grupo
III (GIII):acima
de 5 calcificações.No
GI,26,3%
dos pacientes apresentaram crises parciais simples,10,5%
parciaiscomplexas
e63,1%
generalizadas tônico-clônicas; desse todo68,4%
apresentaramEEG
normal.No
GII,25%
crises parciais simples,15%
parciaiscomplexas
e55%
generalizadas tônico-clônicas; nesse grupo65%
dosEEG
eram
normais.Por
últimono
GIII,27,2%
apresentaram crises parciais simples,9%
parciaiscomplexas
e63,6%
generalizadas tônico-clônicas; oEEG
eranormal
em
54,5%
dos casos.Observou-se
que
onúmero
de calcificações intracranianasnão
está relacionadocom
o
tipo de crise apresentada por pacientescom
epilepsias secundárias aNC.
Ataques
tônico-clônicos são predominantes,independendo do
número
eda
19
SUMMARY
The
objectivewas
study the relationshipbetween
brain calcifications related toNC
and
seizure type.A
retrospectiveand
descriptive study in theCME/
SUS
of
Florianópolis of 1990 to 2000, evaluating 50
handbooks
of patients with epilepsydue to neurocysticercosis.
The
collected variable were: age, gender, naturality,type of seizure,
number
of calcifications (bycomputed
tomography), locationand
EEG
findings. Patientswere
divide in threemain
groups, to better evaluated:Group
I (GI): single calcification;
Group
II (GII): 2 to 5 lesionsand
Group
III (GIII):more
than 5 calcifications. In the GI,
26,3%
of patients developing simple partial seizures,10,5%
complex
paitialand
63,1%
generalized tonic-clonic; these, theEEG
findingswere normal
in 68,4%. In the GII,25%
simple partial seizures,15%
complex
partialand
55%
generalized tonic-clonic; in this group65%
of
EEG
were
normal. Finally in the GIII,
27,2%
developing simple partial seizures,9%
complex
partialand
63,6%
generalized tonic-clonic; theEEG
was
normal
in54,5%
of
patients. There isn't a relationshipbetween
number
of brain calcificationsand
typeof seizures. Tonic-clonic fits are
predominant
does not matter thenumber
and
location ofNC
lesions.0451
Ex.l
|I||I III III II IIIIIIIII I
972809672 Ac. 253600