Estrutura da Matéria
Prof. Fanny Nascimento Costa
(fanny.costa@ufabc.edu.br)
Aula 05
• Modelos Atômicos
• Espectros Atômicos
• Radiação de corpo negro
O átomo de Dalton
“Bola de bilhar”
Menor constituinte
Esfera maciça, indivisível e indestrutível (embora à época não
houvesse possibilidade de estudar o átomo individualmente)
Átomos de massas iguais >>>> pertencem ao mesmo elemento químico
O átomo de Thomson
“Pudim de passas”
Descobriu a existência de partículas
menores que o átomo, que podiam ser arrancadas deste em determinadas condições >>>> elétron!
O elétron era muito mais leve do que o
átomo em si.
O átomo seria uma esfera uniforme de
carga positiva repleta de pequenas partículas negativas
A interação entre essas cargas, garantia
O átomo de Rutherford
“Modelo planetário”
Como o átomo como um todo é neutro, este núcleo teria que ser
positivo
A composição exata do núcleo atômico só foi estabelecida na década
de 30 após a descoberta do neutron
http://ed.ted.com/lessons/just-how-small-is-an-atom Rutherford descobriu que a maior
parte da massa do átomo tinha que estar concentrada num “caroço”, ou
núcleo, que seria muito menor que o átomo como um todo.
Núcleo pequeno e extremamente
denso onde se concentrava praticamente toda massa do átomo
O átomo de Rutherford
“Modelo planetário”
O modelo de Rutherford parecia consistente do
ponto de vista clássico: o núcleo era positivo, os elétrons eram negativos, logo a força elétrica de atração resultante seria o similar à força gravitacional, que garante que os planeta girem ao redor do Sol. Daí o nome de modelo planetário para o modelo de Rutherford.
Segundo as leis de Newton, essa órbita poderia ser
circular ou elíptica. Vamos considerar a órbita como circular por simplicidade. A órbita elíptica complicaria as contas, e não modificaria as conclusões.
O essencial é perceber que o movimento do elétron
é acelerado. Isso terá consequências dramáticas!
sites.google.com/site/alyssonferrari
+e
r
F v
m
e -e
O átomo de Rutherford
“Modelo planetário”
sites.google.com/site/alyssonferrari
+e
r
F v
m
e -e
𝑭 =
𝒌𝒁𝒆
𝒓
𝟐 𝟐= 𝒎𝒂
𝒄𝒂 =
𝒗
𝒓
𝟐𝒗 =
𝒌𝒁𝒆
𝒓𝒎
𝟐𝒇 =
𝟐π𝒓 =
𝒗
𝒌𝒁𝒆
𝒓𝒎
𝟐𝟏
𝟐
𝟏
𝟐π𝒓 =
𝒌𝒁𝒆
𝟐𝟒π
𝟐𝒎
𝟏
𝟐
𝟏
𝒓
𝟑 𝟐 Um elétron a uma distância r do núcleo atômico giraao redor do núcleo com uma certa frequência que depende da sua velocidade e do raio r
A energia desse elétron é a soma de sua energia cinética e potencial
𝑬 =
𝟏
𝟐 𝒎𝒗
𝟐+ −
𝒌𝒁𝒆
𝒓
𝟐𝑬 = −
𝒌𝒁𝒆
𝟐𝟐𝒓 −
𝒌𝒁𝒆
𝟐𝒓 = −
𝒌𝒁𝒆
𝟐 A falha do modelo de Rutherford pode ser confirmada através da
teoria do eletromagnetismo (construída por Maxwell), pois toda
partícula com carga elétrica submetida a uma aceleração origina a emissão de ondas eletromagnéticas, ou seja, esse fenômeno seria sofrido pelo elétron e que se isso fosse verdade, o elétron perderia energia cinética e espiralaria em direção ao núcleo
O átomo de Rutherford
“Modelo planetário”
Isso significa que o átomo de Rutherford não é
Onda Eletromagnética
Propriedades
comprimento de onda: é a distância na qual a onda se repete (m)
c velocidade (m/s)
f frequência: número de ciclos por segundo (s-1 = Hz – Hertz)
período: tempo que dura uma oscilação (s)
A amplitude
ω frequência angular
k número de onda
Digite a equação aqui.
𝒙 = 𝒗𝒕
𝝀 = 𝒄𝒕
𝒇 =
𝟏
𝒕
𝒄 = 𝝀𝒇
2
2
x
t
A
sen
t
kx
y
,
.
Função de onda
ft
x
sen
A
t
x
y
,
.
2
Propriedades comuns a todas as ondas eletromagnéticas:
São transversais: E e B são perpendiculares entre si e à
direção do movimento
A razão entre os campos elétrico e magnético tem uma grandeza
fixa dada por:
A propagação da onda ocorre mesmo no vácuo
A onda se movimenta com velocidade fixa no vácuo dada por
𝒄 = 𝟑. 𝟏𝟎
𝟖𝒎/𝒔
c
B
E
As ondas eletromagnéticas se propagam no vácuo com uma velocidade
c
Frente de onda: lugar geométrico de todos os pontos adjacentes que possuem a mesma fase da vibração de uma grandeza física associada com a onda.
Descobertas todas essas
propriedades, conseguiu-se uma explicação muito simples para a existência de diferentes cores: o comprimento de onda.
Propriedades
𝒄 = 𝝀𝒇
𝒄 ≈ 𝟑𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎 𝒌𝒎/𝒔
Cor Comprimento de onda (nm) Frequência (THz)
Newton foi o primeiro a perceber que a “luz branca” é uma
mistura de todas as cores, usando um prisma
O mesmo efeito é responsável polo surgimento do arco-íris
O que curva a luz ao passar de um meio para outro é um fenômeno
chamado refração, que você estudará mais adiante
O ângulo de refração depende do comprimento de onda, por isso
cores diferentes refratam por ângulos diferentes, e o prisma consegue separar as cores da luz branca.
http://www.youtube.com/watch?v=b3NXsgjPSQo
Espectro eletromagnético
Newton descobriu uma forma de “enganar” o olho humano, provando
que efetivamente o cérebro interpreta a combinação das cores como a cor branca!
Não há nada de fisicamente diferente ou especial nas frequências que
denominamos “vermelho”, “verde” ou “azul”. O que elas tem de especial é principalmente que nossos olhos conseguem detectá-las!
Pergunta: é possível produzir tinta branca misturando tintas de cores
Ondas eletromagnéticas
Resumo
A luz é uma onda eletromagnética.
As características essenciais de uma onda que precisamos manter
em mente são:
Ondas são extensas, ao contrário de partículas que são
localizadas
Ondas são caracterizadas por amplitude, frequência,
comprimento de onda e velocidade da onda
Ondas interferem entre si (veremos mais sobre isso adiante)
Espectroscopia
Estudo da emissão ou absorção de luz pelos vários materiais (gases, líquidos, sólidos). Permite responder perguntas interessantes como por exemplo: Qual é a constituição química do sol?
No séc. XIX as técnicas foram sendo cada vez mais
apuradas; material para dispersão (prismas) e emulsões fotográficas
fonte fenda
prisma
Lente para focagem
Emulsão em
placa de vidro
Câmara escura para revelação
Espectros de emissão e absorção
Os cientistas passaram a fazer a seguinte experiência: passavam a
Espectros de emissão e absorção
Gases puros de um determinado elemento, quando queimadosliberam luz que é uma mistura de algumas cores (frequências) específicas.
O conjunto de frequências emitidas por um determinado elemento
é chamado de espectro de emissão deste elemento.
O espectro de emissão é diferente para diferentes elementos. Ele
é como uma “impressão digital” daquele elemento.
Gases puros frios, ao serem atravessados por luz, absorvem luz de
algumas frequências específicas. O conjunto destas frequências é o espectro de absorção.
Para cada elemento, o espectro de emissão é igual ao espectro de
Espectros de emissão e absorção
Qual seria então a constituição
química do Sol?
Conclusão: o Sol é constituído basicamente de Hidrogênio e Hélio!
Tubo de descarga de
gás preenchido
com H2
Fenda
Prisma
Tela Tela
Cada átomo, quando submetido a altas temperaturas ou a uma
descarga elétrica, emite radiação eletromagnética em frequências características. Cada átomo apresenta um espectro característico
Tubo de descarga de
gás preenchido
com Na
Fenda
Prisma
Tela Tela
Emissão atômica
Cada átomo, quando submetido a altas temperaturas ou a uma
Leis de Kirchhoff
1) Um corpo opaco quente, sólido, líquido ou gasoso, emite um espectro contínuo. 2) Um gás transparente produz um espectro de linhas de emissão. O número e a
posição das linhas depende dos elementos químicos presentes no gás.
O espectro atômico é característico dos átomos envolvidos. Dessa
forma, é razoável suspeitar que o espectro atômico depende da distribuição eletrônica do átomo.
Cientistas buscavam encontrar um padrão nos comprimento de onda
(ou frequência) das linhas atômicas no espectro do hidrogênio.
Espectro de emissão do átomo de hidrogênio na região do visível e ultravioleta próximo. A letra Hx representa a posição da radiação.
Mostrou que a frequência da radiação emitida pelo átomo de
hidrogênio na região do visível / ultravioleta-próximo depende de 1/n2.
Balmer (1885)
Gráfico da freqüência da radiação emitida pelo átomo de hidrogênio versus 1/n2 (n = 3,4,5,..).
Hz
n
x
8
,
2202
10
141
4
21
(Número de onda)
14
2
4
8, 2202 10
x
1
Hz
n
1 2 2
1
1
1
109680
2
n
cm
1 1 21
1
109680
2,742
2
3647
cm
cm
Para valor de n muito altos,
Å
Limite da SérieSéries de
Lyman
(1906) e
Paschen
(1908)
Entretanto, existem outras linhas no espectro do átomo de
hidrogênio em outras regiões (Ultravioleta e Infravermelho)
Johannes Rydberg (1888)
Generalizou a fórmula de Balmer para levar em consideração todas
as linhas observadas no espectro do hidrogênio pelos outros pesquisadores. 1 2 2 1 2 1 109680 1 cm n
Balmer 1 2 2 1 21
1
1
109680
cm
n
n
(n
2> n
1)
1
2 2
1 2
1
1
1
H
R
cm
n
n
Nome Lyman Balmer Paschen Bracket Pfund Humphreys n2
n = 2,3,4,…
n = 3,4,5,…
n = 4,5,6,…
n = 5,6,7,…
n = 6,7,8,…
n = 7,8,9,…
n1 1 2 3 4 5 6
Região do espectro eletromagnético Ultravioleta Visível Infravermelho Infravermelho Infravermelho Infravermelho 1 2 2 1 2
1
1
1
H
R
cm
n
n
Regra da combinação de Rydberg-Ritz (1908)
- E os espectros dos outros átomos?????
- Lei empírica:
2)
,
,
(
A
m
R
m
H(m, , ) é o nome do termo espectral. O número de onda de qualquer espectro atômico pode ser obtido pela diferença entre os dois termos espectrais. e são constantes características de cada espectro.
2 3 2
...
2
)
,
,
(
m
R
m
R
m
R
m
H H H
Lei de Mosley (NP em Química, 1915)
Röntgen (1895): Descoberta dos raios X.
Mosley (1913): Descobre relação entre o número atômico (Z) e o
inverso do comprimento de onda (raio X emitido de átomos).
2
2 2
1
1
1
(
)
H
i f
R
R Z
n
n
ni e nf são número quânticos.
é uma constante que depende da linha espectral.
Mediu mais de 38 elementos
Eliminou inconsistência na Tabela periódica de Mendeleev (por
exemplo, Argônio Z = 18 ao invés de Z = 19).
Previu a existência de 92 elementos do H ao U.
Papel importante na consolidação e aceitação do modelo
O corpo negro
A radiação emitida por um corpo devido à sua temperatura é
chamada radiação térmica;
Se um corpo tiver temperatura maior que a ambiente, ele irradia,
caso contrário ele absorve
Corpo negro absorve toda a radiação incidente sobre ele; também
emite qualquer radiação
De acordo com a teoria clássica, todo objeto aquecido deveria
O que realmente ocorre quando um objeto é aquecido a
temperaturas cada vez mais altas é que, em princípio, a maior parte da energia é irradiada como infravermelho, em comprimentos de onda demasiadamente longos para que possamos enxergar. Após um determinado aquecimento, o corpo começa a brilhar em vermelho visível incandescente e se o aquecimento continuar, teremos laranja, e azul esbranquiçado. Quanto mais quente o corpo, menor é o comprimento de onda que a maior parte de sua energia é irradiada
Ainda que um pouquinho da energia seja irradiada em comprimentos
de onda maiores e menores, o pico de emissão de um corpo negro é centrado em uma faixa estreita de comprimento de onda, que depende apenas da temperatura
Absorção e irradiação de energia
Todo corpo irradia e absorve energia em várias frequências. No
• Muitos pesquisadores dedicaram-se a medir e descrever a distribuição de energia emitida por corpos negros em diferentes temperaturas
• Primeiras medidas precisas: Lummer e Pringshein em 1899
• Embora as principais propriedades destas curvas fossem conhecidas, a física clássica não oferece meios de descrever a distribuição por inteiro
O corpo negro e a história da
Física
Alguns dos principais intervenientes: Joseph Stephan, Ludwig
Boltzmann, Wilhelm Wein, Lord Rayleigh, James Jeans, Max Planck
Fatos que a Física Clássica não podia explicar:
O espectro do corpo negro
Os espectros atômicos de linhas
A estabilidade do átomo
Outros (capacidade térmica de sólidos a baixas
Corpos negros interessam à Astronomia porque as estrelas podem ser aproximadas como tais. Uma pequena parte da radiação
emitida pela estrela escapa ao espaço circunstelar, de forma que o astro fica próximo ao equilíbrio termodinâmico.
Representação de um corpo negro usualmente usado em laboratório, que consiste de uma caixa de paredes adiabáticas numa das quais há um orifício estreito.
Catástrofe do ultravioleta
Fórmula de Rayleigh-Jeans
Tanto os teóricos quanto os experimentais concordavam com um fato extraordinário: o espectro de radiação do corpo-negro não dependia do material ou do formato do corpo negro. Era uma propriedade universal, que deveria ser consequência direta das leis da física.
A fórmula para o espectro foi deduzida por Rayleigh e Jeans baseado nos
princípios da termodinâmica, do
eletromagnetismo e das leis de Newton.
A equação deduzida era da forma
2
4ckT
I =
λ
Para comprimentos de ondas grandes esta equação se ajusta aos resultados experimentais, mas para os comprimentos de onda curtos há uma discordância
muito grande entre esta teoria e a experiência. Esta discordância é chamada de
catástrofe do ultravioleta.
Catástrofe do ultravioleta
Significa que a emissão de energia por radiação de um corpo negro seria infinita!
Novamente, as leis da física clássica produziam um resultado claramente errado.
Lei de Stefan-Boltzmann
A potência total da radiação emitida (a área da curva ) aumenta com a temperatura
I=Potência/Área (W/m2)
Emitância espectral
8
2 4
5.67 10
.
W
x
m K
4
T
I
Lei dos deslocamentos de Wien
Wien (1864-1928) descobriu que a intensidade máxima da radiação de corpo negro desloca-se para comprimentos de onda menores (e frequências maiores) à medida que o corpo é aquecido. Essa lei pode ser expressa matematicamente como:
K
m
x
T
2
.
9
10
3.
max
1- Descobriu-se, em 1965, que o universo é atravessado por radiação eletromagnética com o máximo em 1.05 mm (na região das microondas).
Qual é a temperatura do universo no “vácuo”?
2- Uma Gigante vermelha é uma estrela que está nos estágios finais de evolução. O comprimento de onda máximo médio da radiação é 700 nm, o que mostra que estão esfriando quando estão morrendo. Qual é a
temperatura média da superfície das gigantes vermelhas?
A resposta a esse problema foi dada por Max Planck, em 1900. Planck
percebeu que o problema poderia ser resolvido se os objetos radiantes (átomos) só pudessem emitir (ou absorver) energia em determinadas quantidades fixas, que ele chamou de quanta (plural de
quantum)
A teoria de Planck resolveu o problema. Objetos frios não têm
energia suficiente para produzir muitos quanta de alta frequência. Eles só conseguem irradiar energia na faixa de frequência em que a energia disponível em cada átomo seja comparável à dos quanta envolvidos na radiação
Ele utilizou a estatística de Boltzmann para obter uma equação
teórica que concordava com os resultados experimentais para todos os comprimentos de onda
Se sentiu mal, pois utilizou apenas um artifício para resolver o
problema! Mas sem embasamento físico!
2 5 /
2
1
1
hc kTc h
I
e
Lei da Radiação de Planck
Os osciladores (de origem eletromagnética) podem ter apenas
certas energias discretas:
n
E
nhf
Os osciladores podem absorver ou emitir energia em múltiplos
discretos de um quantum fundamental de energia dada por:
Planck fez duas modificações na teoria clássica:
onde n é um número inteiro, f é a frequência, e h é chamada
de constante de Planck: 34
6.6261 10
.
h
J s
E hf
A energia de um sistema não é uma variável contínua. A energia somente pode assumir alguns valores específicos, ou seja, ela é discreta ou quantizada
CONTÍNUO DISCRETO
2 5 /
2
1
1
hc kTc h
I
e
Através da Lei da Radiação de Planck pôde-se chegar a Lei de Stefan e Wien!
( )
1
0
4.965
mdI
hc
d
k T
5 4 4 4 2 32
( )
15
k
I
I
d
T
T
c h
Problemas com a Física Clássica
Fatos que a Física Clássica não podia explicar
Espectro do corpo negro;
Efeito fotoelétrico;
Observação de linhas nos espectros atômicos;
A estrutura nuclear do átomo;
Modelo atômico de Rutherford
• Voltemos à experiência de Rutherford
• Experimento onde analizou-se a existência do núcleo atômico
• O núcleo era muito massivo e sua massa muito maior do que a massa eletrônica
Inconsistência com a teoria
eletromagnética
• Elétrons em órbita circular deveriam irradiar continuamente ondas eletromagnéticas até cair no núcleo
• Colapso atômico
• A física clássica não conseguia explicar este fenômeno
• Era necessário uma nova teoria
O modelo quântico de Bohr
Em 1913, o dinamarquês Niels Bohr propôs um modelo para o átomo
de hidrogênio que se inspirava na solução encontrada por Planck para o problema do corpo negro. Este modelo solucionava os problemas do modelo de Rutherford, e explicava os resultados de espectroscopia do Hidrogênio e de outros elementos leves.
Para resolver o problema da instabilidade elétrica do modelo
atômico, Bohr utilizou os seguintes postulados:
Os elétrons se movem apenas sobre certas órbitas
permitidas, e ao fazê-lo não irradiam energia
Os átomos irradiam quando um elétron sofre uma transição
de uma órbita para outra e a frequência f da radiação emitida está relacionada às energias das órbitas através da equação:
O modelo quântico de Bohr
O elétron só pode girar em
determinadas órbitas ao redor do núcleo, marcadas pelos círculos vermelhos da figura.
Para resolver o problema da
irradiação eletromagnética que deveria acontecer com o elétron acelerado, Bohr decretou que isso não acontecia quando o elétron estava sobre uma dessas órbitas.
Num átomo de Hidrogênio em
condições normais, o elétron está na órbita mais baixa, mais próxima do núcleo, como na figura.
O modelo quântico de Bohr
Segundo o postulado de Bohr, isso
significa que ele absorve luz com uma frequência específica:
𝑓 = ∆𝐸ℎ
O elétron só pode absorver a energia
exata para pular para um dos níveis permitidos.
Ao receber radiação eletromagnética, o elétron absorve energia e
pula para uma órbita mais alta.
Neste processo, ele absorve a seguinte quantidade de energia:
O modelo quântico de Bohr
No experimento de espectroscopia, isso aparece como uma linha
negra no espectro, correspondendo à luz que foi absorvida pelo Hidrogênio para que o elétron fizesse seu “pulo”.
sites.google.com/site/alyssonferrari
O modelo quântico de Bohr
Por outro lado, se o elétron está numa órbita mais alta, ele vai
naturalmente “pular” para uma órbita mais baixa, e ao fazer isso vai liberar energia eletromagnética com frequência igual a:
sites.google.com/site/alyssonferrari
O modelo quântico de Bohr
No experimento de espectroscopia, isso acontece quando o
Hidrogênio é aquecido, o que faz os elétrons subirem para níveis mais altos de energia. Quando eles caem, liberam luz com frequência correspondente a:
sites.google.com/site/alyssonferrari
Transições para o nível mais baixo
emitem fótons com maior energia, logo com menor comprimento de onda.
Estas transições são equivalentes à séries de Lyman.
Transições para o segundo nível
emitem fótons com energia menor, logo com maior comprimento de onda.
Estas transições são equivalentes à
série de Balmer, que inclui radiação visível.
O modelo quântico de Bohr
O modelo quântico de Bohr
A condição de quantização de Bohr refere-se à quantização do momento angular:
Isto resulta na seguinte expressão para os raios das órbitas permitidas:
As energia associada a cada uma dessas órbitas é:
𝐿 = 𝑚𝑣𝑟 =
𝑛ℎ
2π
𝑛 = 1,2,3, . . .
𝑟
𝑛= 𝑎
0𝑛
2𝑍
𝑎
0=
ℎ
24π
2𝑚𝑘𝑒
2= 0,529 × 10
−10𝑚
𝐸
𝑛= −𝐸
0𝑍
𝑛
22𝐸
0=
2𝑚𝑘
2𝑍
2𝑒
4ℎ
2= 2,19 × 10
−18𝐽 = 13,6𝑒𝑉
O modelo quântico de Bohr
Os comprimentos de onda associados a estas transições permitidas são:
Esta expressão, para Z = 1, concorda com a fórmula que havia sido descoberta por Rydberg. A teoria de Bohr consegue prever as propriedades dos espectros dos elementos, pelo menos dos primeiros elementos da tabela periódica (pequeno Z).
1
λ = 𝑅𝑍
21
𝑛
𝑓2−
1
𝑛
𝑖2𝑅 =
𝐸
0ℎ𝑐 = 1,09 × 10
7𝑚
−11
2 2
1 2
1
1
1
H
R
cm
n
n
Bibliografia
Moore, W.J., Physical Chemistry, 4ª Edição, Longmans, página 469,
1962.
Typler, P.A., Física Moderna, Guanabara Dois, 1981.
Russel, J.B., Química Geral, 2a Edição, Volume 1, Makron Bools,
1994.
Brown, T. , Química a Ciência Central, Pearson Education Brasil, 9ª
Edição, 2005.
Eisberg, R., Resnick, R., Física Quântica, Editora Campus, 1ª Edição,
1979
Eisberg, R., Fundamentals of Modern Physics, John Wiley & Sons,1ª