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Análise da liquidez de uma empresa do setor de transportes: o caso da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, no período de 2006 a 2015.

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Análise da liquidez de uma empresa do setor de transportes: o caso da

Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, no período de 2006 a

2015.

Douglas Klassen (UFPR) douglas.klassen@hotmail.com Ruth M. Hofmann (UFPR) ruthofmann@gmail.com

Resumo:

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, conglomerado logístico nacional, é responsável por grande parte do transporte de cargas e materiais feitos em solo nacional. Com grande crescimento desde os anos 2000, a organização vem sofrendo grave crise financeira, divulgando prejuízo de mais de 2 bilhões de reais em 2015. Este trabalho tem como objetivo primário verificar causas para a crise enfrentada pela companhia, através da análise dos índices de liquidez. Os dados analisados correspondem ao período de 2006 – 2015, em que demonstrou-se uma queda generalizada de todos os índices estudados. Com resultados satisfatórios nos primeiros anos analisados, todos os índices sofreram diminuição, especialmente a partir de 2014. Apesar de manterem índices com queda estável, o aumento das obrigações da empresa ocasionou diminuição da capacidade de solvência dos Correios, contrastando com bons resultados obtidos nos 10 primeiros anos do século vinte e um.

Palavras chave: análise financeira, indicadores de liquidez, setor de transporte, Correios.

Liquidity Analysis of a transport company: the Brazilian Post case,

according to 2006 – 2015 data.

Abstract:

The Brazilian Post, one of the field leaders in Brazil, is responsible for transporting many of materials and products in the national soil. With a large increase in the 2000 years, the organization have been suffering a severe financial crisis, with a 2 Billion financial loss in 2015. This papers goal is to analyze and search for answers to this crisis, by analyzing financial data, from the 2006 – 2015 period. The data showed a general decrease in all of its indicators. With successful results in the first years, all indicators showed decrease, especially since 2014. The debts increase in the last years, have damaged the Brazilian Post capacity and ability to manage with their obligations.

Key-words: Financial analysis, Liquidity indicators, transport sector, Brazilian Post.

1. Introdução

A Confederação Nacional do Transporte (2017) estima que 61% do transporte de cargas e materiais no Brasil é feito através da matriz rodoviária. Segundo a CNT (2017), existem 121.029 empresas listadas para a movimentação nesse modal. Dentre elas, é possível destacar

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a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos como uma organização influente no setor. A eficiência da maior transportadora do Brasil foi comprovada em um artigo do analista André Rocha, em 2013. Segundo o autor - em seu artigo para o jornal Valor - 92,7% das entregas em 2012 foram realizadas dentro da data prevista. Não obstante, os índices financeiros também traziam bons resultados: 27% de retorno sobre o patrimônio líquido, margem líquida de 7,4% e crescimento médio anual da receita de 10% em 3 anos. Números esses equivalentes e até superiores de grandes conglomerados logísticos, como a Fedex e a UPS.

O cenário atual, entretanto, sofreu grandes transformações. Em grave crise financeira desde 2015 – com prejuízo de 2 bilhões – os Correios estudam medidas e ações para serem tomadas (Correios, 2015). Com um quadro de 117.405 funcionários (Correios, 2017), as políticas estudadas por Guilherme Campos – presidente da estatal – referem-se a diminuição de custos, seja em estudos de “megademissões” ou reduções de benefícios aos colaboradores (Rittner, 2017).

O presente trabalho, possui portanto, o objetivo de identificar motivos para a má performance da empresa, analisando seus dados financeiros em termos de liquidez. Dessa maneira, o artigo está estruturado em cinco seções, além dessa divisão introdutória. No segundo segmento serão tratados os conceitos necessários para a análise da transportadora. Na terceira seção serão descritos os métodos e procedimentos metodológicos adotados para o estudo do artigo. Na quarta serão apresentados os cálculos e desenvolvimentos realizados, com as devidas interpretações através dos dados obtidos. Por fim, a quinta seção representa as considerações finais.

2. Revisão de Literatura

O estudo da literatura tem como objetivo fornecer todo o conhecimento necessário para uma análise minuciosa. Dessa forma, conceitos de análise de demonstrações contábeis serão apresentados, bem como definições de índices de comparação, proporcionando o suficiente para a análise a ser realizada.

2.1 Análise de Demonstrações Financeiras

Segundo Silva (2010), a análise financeira tem como objetivo primário fornecer um parecer da organização estudada. Através dos dados de uma empresa, é possível realizar uma avaliação criteriosa, bem como das condições internas e externas que a afetam. Santos (2011) defende, inclusive, que tal procedimento é indispensável para um juízo eficiente.

Brealy et. al. (2008) defendem que a avaliação financeira possui valor para a própria companhia a ser avaliada, pelo fato de que é preciso conhecer a situação atual de um negócio, a fim de projetar crescimento para o futuro.

Assim, existem diversas maneiras com que uma organização pode ser avaliada financeiramente. A análise vertical, horizontal e o uso de índices financeiros podem ser vistos como componentes importantes para um parecer bem fundamentado. (PADOVEZE & BENEDICTO, 2010).

Segundo Padoveze & Benedicto (2010), os indicadores tem o objetivo de captar e apresentar informações que surgem pelas relações existentes entre os dados das demonstrações financeiras – sejam eles oriundos do Balanço Patrimonial, do Demonstrativo de Resultado ou afins. Esses índices são complementares e fornecem – juntos – aprofundamento das informações a respeito da empresa. (SILVA, 2010)

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Os índices de liquidez, indicadores utilizados neste trabalho, relacionam-se com a capacidade da organização de amortizar e pagar suas obrigações. Dessa forma, é possível inferir sobre a lucratividade e as decisões estratégicas da empresa avaliada. De maneira geral, quanto maior o valor dos índices calculados, melhor a situação da empresa. (SANTOS, 2011). Este grupo ainda pode ser dividido em outros subgrupos: Liquidez Corrente, Liquidez Imediata, Liquidez Seca e Liquidez Geral, os quais serão detalhados a seguir. (SILVA, 2010). Um quadro demonstrativo das equações dos índices será apresentado ao final da seção.

2.2.1 Índice de Liquidez Corrente (ILC)

Para Santos (2011), o índice de liquidez corrente representa a capacidade de saldar suas contas e despesas a curto prazo. Nesse caso, ativos como contas a receber e estoques são levados em conta.

O ILC é o mais comum e conhecido dos índices de Liquidez, fornecendo informações importantes ao avaliador. Para alguns autores, um índice maior do que 1 é adequado, outros definem patamares maiores, como 1,5. Entretanto, vale destacar que o resultado não pode ser analisado por si só. Fatores como o setor de atuação e localização geográfica são apenas alguns dos componentes que influenciam o resultado. (SILVA, 2010).

2.2.2 Índice de Liquidez Imediata (ILI)

O ILI mensura a capacidade da organização em arcar com suas obrigações em curto prazo, de imediato. Dessa maneira, diferentemente da Liquidez Corrente, apenas as disponibilidades são levadas em conta. (SANTOS, 2011).

Padoveze e Benedicto (2010) discorrem sobre a Liquidez Imediata, defendendo que o fato desse índice considerar apenas as disponibilidade o representa como o indicador que mensura a liquidez de fato.

2.2.3 Índice de Liquidez Seca (ILS)

Segundo Silva (2010), o mensurador conhecido como Liquidez Seca surgiu da suposição de que as organizações vinham a falência pela dificuldade de venderem seus produtos em estoque. Dessa forma, o indicador objetiva mostrar a capacidade da organização em saldar suas obrigações no curto prazo, incluindo as duplicatas a receber. Retira-se dos ativos os estoques, por ser o componente menos líquido da organização. (SANTOS, 2011). Para Silva (2010), o ILS pressupõe o estoque como vital para o funcionamento da companhia, justificando a ausência desse ativo na composição do cálculo.

2.2.4 Índice de Liquidez Geral (ILS)

Diferentemente dos subgrupos citados, o índice de Liquidez Geral usa todos os ativos e passivos para medir a capacidade de solvência da empresa. Nesse caso, o cálculo desse mensurador está relacionado com o curto e longo prazo da organização, visto que todos os ativos e passivos do Balanço são levados em conta. (SANTOS, 2011).

Pode-se também relacionar o ILS com a imobilização do patrimônio líquido. Se a Liquidez Geral da companha estudada for equivalente a 1, pode-se presumir que o patrimônio líquido da organização está totalmente imobilizado. De forma correlata, um aumento do ILS relaciona-se com uma imobilização menor, e vice-versa. (SILVA, 2010).

A tabela 1 apresenta – de maneira resumida – as equações dos índices apresentados anteriormente.

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ÍNDICE EQUACAO

Índice de Liquidez Corrente (ILC) ILC = Ativo Circulante / Passivo Circulante Índice de Liquidez Imediata (ILI) ILI = Disponibilidades / Passivo Circulante Índice de Liquidez Seca (ILS) ILS = (At. Circulante – Estoques) / Passivo

Circulante

Índice de Liquidez Geral (ILG) ILG = Ativo Total / Passivo Total

Fonte: adaptado de Silva (2010) e Santos (2011)

Tabela 1 – Equações de Liquidez

3. Metodologia

Considerando que este trabalho propõe uma análise financeira da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, pode-se considerar um artigo de cunho quantitativo. Para a análise dos dados, foram calculados os índices financeiros da organização, em um período de 10 anos (2006 – 2015). Tais dados foram obtidos através de consulta em relatórios disponibilizados pela empresa, em seu próprio website, no campo de relação com investidores.

Os dados de 2008 foram apresentados em milhões, enquanto que a estrutura seguida nos outros anos foi de apresentar em milhares. Dessa maneira, os números do Balanço Patrimonial de 2008 foram aproximados para se encaixar no mesmo padrão dos outros dados. Além disso, o estudo considerou os dados do balanço patrimonial tal como apresentados pela companhia, sendo eles descritos abaixo:

a) Ativo Circulante: disponibilidades, caixas e equivalentes de caixa, contas a receber e estoques.

b) Passivo Circulante: contas a pagar, duplicatas, financiamentos e empréstimos. c) Disponibilidades: valor em espécie, em bancos ou similares.

d) Ativo Total: soma dos bens e disponibilidades da organização, sendo eles circulantes e não circulantes.

e) Passivo Total: soma das obrigações da companhia, de curto e longo prazo.

f) Estoques: bens e/ou produtos em estoque. Considerado como o ativo de mesmo nome, apresentado no Balanço Patrimonial.

4. Resultados

Os resultados advindos dos cálculos feitos serão apresentados a seguir, segmentados pelos índices. Juntamente com eles, uma breve análise comenta os valores obtidos e o significado dos números calculados. A combinação desses resultados dá fundamentos para um parecer geral, sendo este descrito na última seção deste trabalho.

4.1 Índice de Liquidez Corrente (ILC)

Como descrito na revisão de literatura, o ILC é composto pela relação do ativo e passivo circulante. Sendo assim, o gráfico 1 demonstra a evolução desses itens, enquanto o gráfico 2 exibe a relação entre eles ao longo do período analisado.

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Fonte: Elaborado a partir dos dados dos Correios (2006 – 2016)

Gráfico 1 – Ativo e Passivo Circulante dos Correios (2006 – 2016), em milhares de reais.

Os índices de liquidez corrente podem ser vistos no gráfico 2.

Fonte: Elaborado a partir dos dados dos Correios (2006 – 2016)

Gráfico 2 – Evolução dos índices de liquidez corrente dos Correios (2006 – 2015).

Com base nos gráficos 1 e 2, é possível perceber um decréscimo do índice de liquidez corrente dos Correios, desde 2006. Mesmo com muitas variações, a queda da ILC é representativa: variação máxima de 65,51%, se comparados os resultados de 2007 e 2009. O resultado de 2009, em particular, se destaca pelo fato do passivo circulante exceder o valor do ativo circulante, como pode ser visto no gráfico 1. Dessa forma, para esse ano, a cada R$1,00 em obrigações, a empresa possuía R$0,87 para saldar suas dívidas.

A partir de 2009, houve uma melhora no índice, o que pode, inclusive, ser comprovado pela matéria do jornalista André Rocha, citado na introdução deste trabalho. Desde então,

R$500,000.00 R$1,000,000.00 R$1,500,000.00 R$2,000,000.00 R$2,500,000.00 R$3,000,000.00 R$3,500,000.00 R$4,000,000.00 R$4,500,000.00 R$5,000,000.00 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Ativo Circulante Passivo Circulante

0.00 0.20 0.40 0.60 0.80 1.00 1.20 1.40 1.60 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Liquidez Corrente

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entretanto, o índice vem caindo, se aproximando de 1,00, o que indica uma proximidade entre os valores do ativo e passivo circulantes.

4.2 Índice de Liquidez Imediata (ILI)

Com a finalidade de avaliar o comportamento do ILI, o gráfico 3 apresenta, por sua vez, a evolução das disponibilidades e do passivo circulante.

Fonte: Elaborado a partir dos dados dos Correios (2006 – 2016)

Gráfico 3 – Disponibilidades e Passivo Circulante dos Correios (2006 – 2016), em milhares de reais.

O gráfico 4, por outro lado, representa a evolução do índice de liquidez imediata.

Fonte: Elaborado a partir dos dados dos Correios (2006 – 2016)

Gráfico 4 – Evolução dos índices de liquidez imediata dos Correios (2006 – 2015).

Como o ILI é calculado por meio da relação entre as disponibilidades e o passivo circulante, é de se esperar que esse indicador possua menor valor se comparado ao ILC. Bem como no gráfico 2, destaca-se uma tendência de queda, com variações, desde o ano de 2007. O gráfico 3 demonstra que as disponibilidades no ano de 2007 foram muito próximas ao passivo circulante, o que demonstra que a empresa tinha a capacidade de saldar suas obrigações de curto prazo quase que somente com o que possuía em caixa.

R$500,000.00 R$1,000,000.00 R$1,500,000.00 R$2,000,000.00 R$2,500,000.00 R$3,000,000.00 R$3,500,000.00 R$4,000,000.00 R$4,500,000.00 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Disponibilidades Passivo Circulante

0.00 0.10 0.20 0.30 0.40 0.50 0.60 0.70 0.80 0.90 1.00 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Liquidez Imediata

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Entretanto, desde 2007 é possível notar uma tendência de queda, chegando a uma variação de aproximadamente 234%, entre 2007 e 2015.

4.3 Índice de Liquidez Seca (ILS)

O índice de liquidez seca objetiva analisar a capacidade de cumprir suas obrigações de curto prazo, sem a presença de ativos como o estoque. A evolução desse indicador pode ser vista no gráfico 5.

Fonte: Elaborado a partir dos dados dos Correios (2006 – 2016)

Gráfico 5 – Evolução dos índices de liquidez seca dos Correios (2006 – 2015).

Por possuir estoques bem baixos, comparados ao valor de seus ativos, nota-se uma similaridade grande da evolução do índice de liquidez seca com o de liquidez corrente. A variação dos índices entre si, não passa de 5%. Portanto, as considerações feitas no ILC também são notadas no ILS: queda em 2009, evolução e tendência de queda desde 2013. 4.4 Índice de Liquidez Geral

O ILG, ao contrário dos outros índices, concentra-se na perspectiva de curto e longo prazo da companhia. O gráfico 6 apresenta os valores dos ativos e passivos ao longo dos anos, e o gráfico 7 representa a relação entre esses valores no mesmo período.

Fonte: Elaborado a partir dos dados dos Correios (2006 – 2016)

0.00 0.20 0.40 0.60 0.80 1.00 1.20 1.40 1.60 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Liquidez Seca

R$2,000,000.00 R$4,000,000.00 R$6,000,000.00 R$8,000,000.00 R$10,000,000.00 R$12,000,000.00 R$14,000,000.00 R$16,000,000.00 R$18,000,000.00 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Ativo Total Passivo Total

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Gráfico 6 – Ativo e Passivo total dos Correios (2006 – 2016), em milhares de reais.

Fonte: Elaborado a partir dos dados dos Correios (2006 – 2016)

Gráfico 7 – Evolução dos índices de liquidez geral dos Correios (2006 – 2015).

A tendência de queda do indicador de liquidez geral é perceptível, desde o ano de 2006. A organização manteve um patamar relativamente estável no período de 2006 – 2013, o que pode ser percebido pelo aumento proporcional das contas do ativo e passivo.

Entretanto, nota-se queda abrupta do ILG em 2014, em que percebe-se que o aumento proporcional das contas não se manteve. A diferença entre o ativo e passivo diminuiu consideravelmente a partir de 2014, indicando um aumento em suas obrigações, ao passo que as receitas e ativos não aumentaram de igual forma. Não obstante, percebe-se que o índice vem se aproximando do valor 1, o que sugere que a empresa possua um patrimônio líquido bem imobilizado, sendo o valor do PL irrisório, se comparado as contas de ativo e passivo. 5. Conclusão

Levando em conta o objetivo deste trabalho, o de verificar motivos para a crise financeira nos Correios, notou-se uma queda gradativa em seus índices, evidenciando um cenário negativo para a empresa. A análise individual de cada índice demonstrou uma convergência e semelhança entre eles. O gráfico 8 evidencia isso, ao mostrar a evolução de todos os índices em um gráfico só. 0.00 0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Liquidez Geral

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Fonte: Elaborado a partir dos dados dos Correios (2006 – 2016)

Gráfico 8 – Evolução dos índices de liquidez dos Correios (2006 – 2015).

A tendência de queda de todos os índices representa, de maneira resumida, um aumento generalizado nas contas dos Correios, ao passo em que a receita não manteve um aumento capaz de suportar as despesas.

Nota-se, ademais, a aproximação das curvas de liquidez corrente e seca, justificadas pelo valor do estoque ser mínimo. Os dois índices mantém, inclusive, uma tendência baixa de queda, quando comparado aos outros dois.

Porém, as quedas gradativas do ILG e ILI justificam a crise enfrentada pela empresa, e corroboram para as justificativas dadas pela alta administração da organização. O inchaço da folha salarial, citado na divisão introdutória deste trabalho, pode ser uma das causas da situação atual.

Não obstante, é valido notar que por se tratar de uma empresa estatal, os Correios ficam frequentemente expostos a decisões tomadas na esfera política. Apesar de todas as companhias serem afetadas pela economia nacional e pelas decisões políticas, a empresa analisada é diretamente afetada. Assim, com a crise econômica dos últimos anos no Brasil, e com as trocas constantes do comando de governo, a empresa acaba por não usufruir de estabilidade, principalmente com a troca constante da alta direção.

Dessa forma, pode-se concluir que os Correios se encontram em um cenário negativo, de queda, nos últimos anos. O aumento crescente das despesas e obrigações diminuiu a capacidade da organização em saldar suas dívidas, diminuindo seus índices de liquidez de uma maneira geral.

Referências

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Liquidez Correios

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____________________________________________. Relatório Anual Correios 2006. Disponível em

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____________________________________________. Relatório Anual Correios 2007. Disponível em

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____________________________________________. Relatório Anual Correios 2010. Disponível em

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____________________________________________. Relatório Anual Correios 2011. Disponível em

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____________________________________________. Relatório Anual Correios 2014. Disponível em

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____________________________________________. Relatório Anual Correios 2015. Disponível em

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