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transpondo as De nada tens mister, de nada mais precisas Nas buscas do filão, do veio nas pesquizas, sem o que morte, encarar fronte a rica e sadia

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A CIGARRA,,.

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NON DUCOR DUCO.

*

E

»?» A WAHINGTON LUIS.

S a divisa audaz que, transpondo as divisas,

Da metropole ao valle, á escarpa, ao bosque, ao monte,

De nada tens mister, de nada mais precisas

Para, alargando a terra, affastar o horisonte.

Nas buscas do filão, do veio nas

pesquizas,

Quatridente pendão, sem o que te amedronte.

Braço de bandeirante, a sacudir-te ás brisas,

Lá vaes, a própria morte, encarar fronte a fronte.

E, oh ! alma vegetal,

planta rica e sadia

Oue, do rubi do fructo á esmeralda do galho,

le transformas em ouro, ouro que em ti irradia,

Ahí estás agazalhando o paulista, agazalho

Que é o berço da belleza e a fonte da energia,

Fonte de intrepidez e berço do trabalho.

Devemos n publicação deste bello soneto de Emílio de Mene-zes 6 gentileza dos nossos brilhnntcs colletfas do "Pirralho,,.

EMÍLIO DE MENEZES. ? ? ? S. PAULO, MARÇO DE 1917. AS ARMAS DA CIDADE.

pSTAMPAMOS na capa do pre-sente numero o brasão de ar-mas da Cidade de 5. Paulo, adop-tado por aefo de 8 do corrente, de accordo com o resultado do concur-so mandado abrir pelo dr. Washisgton Luis, honrado e culto prefeito mu-nicipal.

À commissão julgadora, após de-lido exame dos projeefos apresenta-dos escolheu o de n. 7, elaborado pelos srs José Waslh Rodrigues e Guilherme de Almeida, basendo o seu juízo nas seguintes considerações : De todos os trabalhos que figu-raram no concurso, é o projecto n. 7 aquelle que obedece de uma ma-neira mais completa ao antigo e ver-dadeiro preceito heráldico, de que toda a belleza de um brasão de ar-mas reside na simplicidade de sua concepção. O auetor adoptou para a fôrma do escudo a portugueza ou flamenga ; nesse escudo gravou ape-nas um emblema e em toda a sua composição, exceotuando os allribu-tos externos, empregou apenas um esmalte e um só metal.

De todas as fôrmas de escudo, é a das antigas cidades e villas de Portugal a mais singela e,

adoptan-do-a, o artista não só favoreceu o coniuncto como indicou, de relance, a origem porlugueza de São Paulo. Na impossibilidade material He representar dentro dos limites restri-ctos de um brasão toda a historio da cidade, o auetor teve a feliz ins-piração de adoptar o único emblema capaz de resumir de uma fôrma elo-quente toda a historia de seu povo : — o symbolo do Bandeirante, titulo de gloria dos filhos desta terra ! — De um jacto esse symbolo não só evoca as primeiras e arduas lulas dos tempos remotos das conquistas, quando diante da bandeira inlrepida e altiva se dilatavam os limites do Brasil primitivo, como representa, ainda, com o seu braço armado e o seu guanfe de aço, a acção sempre pujante do paulista em todas as pha-ses do Brasil historico.

O auetor adoptou para o emble-ma o metal symbolico da lealdade e da nobreza e para o campo, o es-malte representativo da altivez e da audacia. Emblema, metal e esmalte se complefnm em uma harmonia per-feita, tornando o brasão eminente-mente parlante.

A commissão julga, (odavia, que.

sem alterar a concepção, algumas pe-quenos modificações contribuiriam a dar maior realce ao escudo.

O artista, por exemplo, represen-tou o braço armado movenle do flonco dextro e muito acertadamentc justificou essa disposição por ser esse o lado nobre do brasão. Embo-ra muito generalisada. essa disposi-ção, em hereldica, não é rigorosa-mente correcta. Movente do flanco dextro, deve se mostrar o braço es-querdo do guerreiro Mas, como o braço da acção é o braço direito e o emblema figura a mão empunhan-do não uma simples bandeirola mas uma haste lanceada em acha d'armas. somos de oninião que seria preferi-vel sacnficor a idéa do lado nobre e, invertendo a disposição, mover o braço direito do cavallcro do flanco sinistro, collocondo ainda o emblema em uma posição mais symetrica em relação ao chefe e á ponta do escudo.

À suppressão do espada de có" pos em cruz favorecia, igualmente, o aspecto do conjuncto; obedece esta suggestoo o preoccupoção de não sobrecarregar o brasão de emblemas e de evitar a repetição de symbolos

Sem entrar na discussão do cri-terio a que obedeceu o auetor do projecto para a escolha da cores do corpo e a alma da divisa que. alliás.

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' se afosfa dos limifes a que deve

ficar circumscripfo o brasão de ar-mas de uma cidade, a commissâo opfa pela repetição das cores do escudo nos seus accessorios, como é de boa regra, em heraldica.

Quanto á alma da divisa, a com-missão (eve o ensejo de se pro-nunciar a seu respeifo por occasião do primeiro concurso em que el!a figurou : completa o escudo e traduz de uma maneira vibrante a indole do povo paulista.

De accôrdo com esse parecer, o dr. Washington Luis, prefeito muni-cipal, expediu o seguinte acto :

"ACTO

N. 1057, DE « DE MAR-ÇO DE 1917. —Manr/a publi-car o brasão de armns para a cidade e município de S. Paulo.

O prefeito do Município de S. Pau-lo, usando das atíribuições que lhe são conferidas por lei, resolve man-dar publicar o brasão de armas da cidade de S, Paulo, escolhido nos termos do art. 1 o da ]ej n. 1950, de 3 de Dezembro de 1915 e art. 13 e 14 do acto 867, de 16 de Fe-vereiro de 1916.

Art. único. — O brasão de ar-mas da cidade e município de S. Paulo, consta do seguinte : "Escudo porfuguez de góles com um braço

armado movenfe do flanco sinistro empunhando um pendão de quatro pontas farpadas, ostentando uma cruz de góles, aberta em branco sobre si, da Ordem de Christo, içada em haste lanceada em acha d'armas, tudo de prata. Encima o escudo coroa mural de ouro, de quatro tor-res, com tres ameias e sua Dorta cada uma. Supporfes: dois ramos de café de sua côr. Divisa : "Non Du-cor, Duco,,, de góles em um listão de prata.„

Prefeitura do Município de São Paulo, 8 de Março de 1917, 364.° da fundação de Paulo. — O Prefeito, Washington Luis P. de Sousa. — O Director Geral, Arnaldo Cintra.

?laun Bilac na Escola normal.

Grupo photographado para "A Cigarra,, por occasião da visita de Olavo Bilac á Escola Normal da Praça da Republica, onde o poeta foi enthusiasticamente acclamado pela mocidade.

O Theafro Nacional.

§•

r* STÀ-SE tentando reerguer o thea-tro brasileiro tal qual como se vae agitando a alma forte da raça para a reivindicação dos seus direi-tos e o desempenho da sua augusta missão. São duas tentativas irmans e quasi solidarias, de cuja realidade, já agora a ninguém é licito duvidar. A organisação da Companhia Dramatica de S. Paulo, graças ao

esforço perseverante do dr. Gomes Cardim, veio premcher uma lacuna no programma nacionalista cujo pri-meiro grito aqui nasceu.

Diga-se sem favor que a está preenchendo bem. Os artistas, colli-gidos em tão breve espaço de tempo e arregimentados para essa grandiosa campanha, excederam a expectativa. Com elementos como Lucilia Pe-res, Italia Fausta, Maria de Castro, Luiza de Oliveira, Alves da Cunha, Chaves Florence, Juão Ramos, é possível, effectivamente, rehabilifar o

O

nosso theatro. erguendo-o do seu estado de lastimavel decadencia.

A Companhia estreou em meados deste mez e para logo conquistou o êxito mais lisongeiro. Depois o sue-cesso foi crescendo, e cada um dos artistas se impoz pelo seu esforço.

Ahi está o nosso fheatro. A apre-senfação não podia ser melhor. Mas foi apenas o prologo. A platéia, se não esmorecer no seu enthusiasmo e souber acoroçoar a louvabilissima ini-ciativa, ha de ter occasião de assistir ao mais gloriosos triumphos.

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Àspeclo do mesa que presidiu a sessão inaugural da Caixa Economica do Estado, no moinenlo em que falava o dr. Cardoso de Almeida, seéretario da Fazenda. Vêem-se lombem, sentados, os drs. Altrno Aranfes, presidente do Estado ; Oscar Rodrigues Alves, secretario do Interior; Cândido Motta, secretario da Agricultura ; Washington Luis,

prefeito municipal; capitão Dantas Cortez, representando o dr. Eloy Chaves, secretario da Justiça ; dr. Ramos de

Azevedo e coronel Silvo Tellès.

diato beneficio para a população de S. Paulo.

Esse problema era o da installa-çõo de caixas economicas, cujo obje-ctivo principal seria o de beneficiar as classes menos ricas e dar seguro movimento a uma considerável par-cella de numerário, até agora obede-cendo a destinos vários, inclusive o da emigração.

Para o nosso desenvolvimento eco-nomico, a solução desse problema impunha-se de prompfo e coube ao dr. Cardoso de Almeida, digno se-creíario dn Fazenda, a honrosa tare-fa de o tornar uma realidade pratica. Com effeifo em 22 do corrente,

Entregando á confiança do espi-rito publico do nosso Eslado a Cai-xa Economica, s. exca. estava con-vencido de que o Governo nada mais fizera do que satisfazer uma das mais ardentes aspirações da população de S, Paulo.

Sabe-se, disse o orador, quanto as caixas economicas e os bancos populares hão contribuído para o de-senvolvimento economico. para o bem estar e grandeza de outros povos. Cita o papel benefico que tem de-sempenhado na Àllemanha as caixas Raffersen e Sehulze Dehtych. Allude ás que existem na França, na ltalia e em outros paizes como

importan-é canalisado para o Thesouro Eede-ral, sem que todavia os Estados ha-jam recebido o menor beneficio. E' um regimen cheio de felhas e, tanto isso era verdade, que o seu papel, desde 1860 a esta parte, se tem li-mitado a serem meras agencias de empreslimo ao Thesouro Nacional. Ànte tão defeituoso regimen eco-nomico, viu o sr. presidente do Es-tado a instante necessidade de propor ao Congresso a creação de caixas economicas que, ao lado dos bancos de credito popular, se tornarão ap parelhos que se completam: um re colhendo as economies do povo, o oufro applicando-as e distribuindo-es inaugurava-se á rua Floriano

Peixo-to n. 4, nesta capital, a primeira Caixa Economica do Estado.

Ànte o chefe do governo, seusau-xiliares e avultado numero de convi-dados, o preclaro administrador, to-mando a palavra, pronunciou um dis-curso em que fez resaltar o impor-tante papel dos institutos da natureza daquelle que se estava inaugurando.

(es factores na creação e desenvol-vimento de sua riqueza. Cita as que funccionam no Brasil e affirma que ellas apresentam vários vicios de con-formação, devido aos quaes foram sempre consideradas como inúteis, sem prestimo algum. Para robuste-cer esta asserção, s. exca. demonstra que nunca os depositos tiveram uma applicação reproducfiva. O dinheiro NTE5 de assumir a

presidencia do Estado, o sr. dr. Àltino Àran-tes, estudando detida-mente a nossa orga-nisação financeira, reconheceu a ne-cessidade de se dar solução a um problema que ao seu espirito se afi-gurara de largo alcance e de

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não só pelas classes populares, mas também pela lavoura e industria, con-correndo ambos para o engrandeci-menfo do nosso Estado.

Também o sr. presidente do Es-tado se referiu rapidamente, mas com toda a precisão, ao grande me-lhoramenfo que se inaugurava, mos-trando-se convencido de que as Cai-xas Economicas virão incentivar o nosso desenvolvimento e o nosso pro-gresso.

S. exca. tem (oda a razão. As Caixas Economicas, uma vez garan-tidas, como são, pelo Thesouro do Eslado, vão conquistar, muito mais

no governo do sr. Hermes"" se deu mais que uma corrida á Caixa Eco-nomica de S. Paulo. Os desastres na administração central eram conti-nuos e enormes, reflectindo-se logo nas suas caixas arrecadadores. Na nossa capital a Caixa Economica che-geu a interromper as suas transa-cções e este facto produziu, como era natural, grandíssimo pânico no espirito publico. Muitos depositan-tes chegaram a suppôr que o seu dinheiro nunca mais lhes chegaria ás mãos, e tal supposição ia dando en-sejo a sérios confliclos. Felizmente, um mez depois, a Caixe Economica

veis desejos de ganancia, e a espe-culação menos séria ver-se-é impôs-sibilitada de continuar a locupletar-se ó custa das classes trabalhadoras. Digam o que quizerem : S. Pau-Io caminha, ceda vez mais dilata o raio das suas aspirações, e tendo ti-do administradores de largo descor-tinio e indiscutível capacidade admi-nisfrativa, o âmbito da sua prospe-ridade assume, de anno para anno, proporções gigantescas.

Hontem inauguraram-se as Caixas Economicas do Eslado. Àmanhan ca-berá a vez aos bancos de credito popular. No fim deste governo

po-Aspecto da assistência durante a inauguração da Caixa Economica, garantida pelo Governo do Estado de S.

Paulo, e que está funccfonando á rua Floriano Peixoto n. 4

breve do que se pensa, a inteira con-fiança do publico, entrando desem-baraçadamente num sem numero de transacções e emprehendimenfos. E si se juntarem a estes factores de pou-pança, os baneos de credito popular, aucforisados pela lei n, 1 520 A, de 23 de Dezembro de 1916, teremos duas creações de primeira ordem, a contribuírem para o desenvolvimento da força producfora do Estado.

Além do mais, os novos institutos confam desde já com a confiança do povo, o que nem sempre aconteceu ás caixas economicas íederaes, que por mais de uma vez soffreram se-rios abalos no seu credito.

Devem todos recordar-se de que

Federal reatava o fio das suas tran-sacções, a confiança voltava aos es-pirüos e os depositos foram lenta-mente crescendo até assumirem um caracter de segura normalidade.

Mas, além dos grandes benefícios que as Caixas Economicas do Esta-do, virão prestar á lavoura, á indus-tria, ao commercio, ás classes ope-rarias, emfim, tendo como auxiliares directos os bancos de credito popu-lar, esses novos institutos virão pôr termo a uma série de torpes expio-rações por parte de sociedades que tem representado no nosso meio so-ciai o papel dos "papa-nickeis,,. A usura também encontrará nelles uma forte barreira aos seus

incomporfa-der-se-á fazer o inventario de toda a iniciativa governamental e então o povo, que não é ingrato, saberá fa-zer justiça a todos, destacando comludo dois nomes que lhe são queridos: o do dr. Altino Arantes, estadista de lar-go e brilhante descortino, e odr. Car-doso de Almeida, administrador eus-tero e infelligente, político nobremen-te oriennobremen-tedo e um cerecter cujes que-lidades lhe tem grangeado o respeito e a admireção dos seus concidadãos.

Os dois aspectos photographjcos que ecompanhem estes notes, mos-trem a imporlencie de que se revestiu o acto oíficial de inaugureção dn primeiro Ceixe Econoinice do nosso Estedo.

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