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Votorantim Cimentos S.A.

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Academic year: 2021

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As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

Ativo Nota 31/12/2010 31/12/2009 1/1/2009 31/12/2010 31/12/2009 1/1/2009 Passivo e patrimônio líquido Nota 31/12/2010 31/12/2009 1/1/2009 31/12/2010 31/12/2009 1/1/2009

Circulante Circulante

Caixa e equivalentes de caixa 4.215 598 759 22.061 14.007 16.128 Empréstimos e financiamentos 16 139.226 13.716 27.560 220.679 329.483 713.649

Aplicações financeiras 8 878.631 686.297 833.966 1.177.872 2.542.458 1.068.510 Fornecedores 324.464 14.927 10.859 638.528 456.185 501.546

Contas a receber de clientes 9 328.284 679.562 666.855 905.718 Salários e encargos sociais 95.293 15.049 12.456 111.386 96.709 82.373

Estoques 10 318.667 796.836 702.719 836.190 Tributos a recolher 156.460 7.906 7.989 357.279 396.772 250.442

Tributos a recuperar 11 52.414 104.851 117.532 97.254 304.736 180.922 Dividendos a pagar 12 650.101 140.107 135.850 668.990 164.810 217.859

Adiantamentos a fornecedores 52.821 73.199 49.706 87.357 Adiantamentos de clientes 13.828 833 26.288 27.175

Dividendos a receber 12 110.477 156.398 325.195 5.543 24.443 10.000 Contas a pagar - Trading 17 100.769 187.735 88.367

Outros ativos 57.907 11.404 6.759 191.929 92.216 160.224 Outros passivos 94.844 4.783 16.808 194.694 116.914 167.073

1.803.416 959.548 1.284.211 3.044.256 4.397.140 3.265.049 1.574.985 197.321 211.522 2.405.579 1.676.415 1.932.942

Não circulante Não circulante

Realizável a longo prazo Empréstimos e financiamentosNC 16 4.171.267 89.584 110.206 5.027.644 2.632.895 2.094.353

Partes relacionadas 12 328.377 4.280.557 4.436.605 257.081 3.569.437 3.020.126 Partes relacionadasPasNC 12 4.546.172 3.304.714 3.814.672 1.748.042 6.301.141 5.949.871

Tributos diferidos 18 (b) 353.836 266.573 150.126 479.765 477.287 300.880 Provisão para contingências e

Tributos a recuperarNC 11 18.369 22.967 24.563 25.900 obrigações tributárias 19 (a) 458.897 371.989 366.557 691.376 682.254 506.872

Outros ativosNC 48.105 19.144 19.694 226.306 146.444 134.041 Tributos diferidosPasNC 18 (b) 873.922 55.600 1.068.156 478.466 285.439

Outros passivosNC 188.008 35.615 41.822 467.770 380.955 398.465 Investimentos 13 11.066.862 3.419.461 2.986.523 3.318.656 488.870 461.918 Imobilizado 14 2.436.103 18.067 14.314 5.768.321 5.148.345 5.347.977 10.238.266 3.857.502 4.333.257 9.002.988 10.475.711 9.235.000 Intangível 15 137.308 43.286 49.449 2.862.490 3.029.711 3.181.287 Patrimônio líquido 21 14.388.960 8.047.088 7.656.711 12.935.586 12.884.657 12.472.129 Capital social 2.327.212 1.889.722 1.889.722 2.327.212 1.889.722 1.889.722

Reserva para incentivos fiscais 220.813 139.768 78.492 220.813 139.768 78.492

Reservas de lucros 1.983.031 2.708.351 1.572.174 1.983.031 2.708.351 1.572.174

Ajuste de avaliação patrimonial (151.931) 213.972 855.755 (151.931) 213.972 855.755

Total do patrimonio líquido dos

acionistas controladores 4.379.125 4.951.813 4.396.143 4.379.125 4.951.813 4.396.143

Participação dos acionistas não controladores 192.150 177.858 173.093

Total do patrimonio líquido 4.379.125 4.951.813 4.396.143 4.571.275 5.129.671 4.569.236

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As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

Consolidado

Nota 2010 2009 2010 2009

Receita líquida 22 2.124.198 8.047.081 7.247.424

Custo dos produtos vendidos e dos serviços prestados (1.262.656) (4.794.488) (4.383.710)

Lucro bruto 861.542 3.252.593 2.863.714

Receitas (despesas) operacionais

Com vendas (162.867) (32.230) (500.731) (321.007)

Gerais e administrativas (195.329) (65.372) (413.144) (600.381)

Outras receitas operacionais, líquidas 23 1.830.833 135.949 1.659.540 (27.114) 1.472.637 38.347 745.665 (948.502) Lucro operacional antes das participações

societárias e do resultado financeiro 2.334.179 38.347 3.998.258 1.915.212

Resultado de participações societárias

Equivalência patrimonial 13 1.139.038 1.421.292 197.263 67.758

Resultado financeiro líquido 26

Receitas financeiras 256.309 300.992 425.759 668.392

Despesas financeiras (362.728) (102.968) (867.590) (668.700)

Variações cambiais, líquidas 79.328 133.941 97.227 475.830

(27.091) 331.965 (344.604) 475.522 Lucro antes do imposto de renda e da

contribuição social 3.446.126 1.791.604 3.850.917 2.458.492

Imposto de renda e contribuição social 18

Correntes (109.861) (41.485) (582.398) (562.868)

Diferidos (665.817) 60.848 (566.060) (46.106)

Lucro líquido do exercício 2.670.448 1.810.967 2.702.459 1.849.518

Lucro líquido atribuído aos acionistas controladores 2.670.448 1.810.967 2.670.448 1.810.967

Lucro líquido atribuído aos acionistas não controladores 32.011 38.551

Lucro líquido do exercício 2.670.448 1.810.967 2.702.459 1.849.518

Lucro líquido por ações do capital social no fim do

exercício - R$ 24,24 17,30

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As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

Nota 2010 2009 2010 2009

Lucro líquido do exercício 2.670.448 1.810.967 2.702.459 1.849.518

Outros componentes do resultado abrangente

Aquisição de participação de não controladores 1 (b) (124.525) (124.525) Participação no resultado abrangente das coligadas 13 (b) 74.458 74.458 Ganhos e perdas atuariais com benefícios de aposentadoria 27 (19.216) (3.258)

Hedge de investimento líquido 2.6 103.953 103.953

Hedge de fluxo de caixa 2.6 21.806 21.806

Variação cambial de investidas localizadas no exterior 13 (b) (422.379) (638.525) (354.578)

Outros componentes do resultado abrangente do exercício (365.903) (641.783) (278.886)

Total do resultado abrangente do exercício 2.304.545 1.169.184 2.423.573 1.849.518

Atribuível

Lucro líquido atribuído aos acionistas controladores 2.394.865 1.810.967

Lucro líquido atribuído aos acionistas não controladores 28.708 38.551

2.423.573 1.849.518

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As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. Ajuste de

Capital Reservas de lucros Lucros avaliação Patrimônio

Nota social Legal Retenção acumulados patrimonial Total líquido

Em 31 de dezembro de 2008 1.889.722 78.492 1.595.783 855.755 4.419.752 4.419.752

Ajustes de adoção de novas práticas 3.2.1 (23.609) (23.609) 173.093 149.484

Em 1º de janeiro de 2009 1.889.722 78.492 1.572.174 855.755 4.396.143 173.093 4.569.236

Total do resultado abrangente do exercício

Lucro líquido do exercício

Originalmente apresentado 1.829.288 1.829.288 38.551 1.867.839

Ajustes de adoção de novas práticas 3.2.2 (18.321) (18.321) (18.321)

Variação cambial de investimento no exterior 21 (d) (638.525) (638.525) (638.525) Ganhos e perdas atuariais com

benefícios de aposentadoria 27 (3.258) (3.258) (3.258)

Total do resultado abrangente do exercício 1.810.967 (641.783) 1.169.184 38.551 1.207.735

Total de contribuições dos acionistas e distribuições aos acionistas

Destinação do lucro líquido do exercício

Acionistas não controladores (33.786) (33.786)

Constituição de reserva para incentivos fiscais 21 (c) 61.276 (61.276) Constituição de reserva legal 21 (b) 91.803 (91.803)

Dividendos (R$ 5,86 por ação) 21 (e) (613.514) (613.514) (613.514)

Retenção de lucros 21 (b) 1.044.374 (1.044.374) Total de contribuições dos acionistas e

distribuições aos acionistas 61.276 91.803 1.044.374 (1.810.967) (613.514) (33.786) (647.300)

Em 31 de dezembro de 2009 1.889.722 139.768 91.803 2.616.548 213.972 4.951.813 177.858 5.129.671

Total do resultado abrangente do exercício

Lucro líquido do exercício 2.670.448 2.670.448 32.011 2.702.459

Aquisição de participação de não controladores 1 (b) (124.525) (124.525) (8.635) (133.160) Variação cambial de investimento no exterior (422.379) (422.379) (422.379) Ganhos e perdas atuariais com

benefícios de aposentadoria 27 (19.216) (19.216) (19.216)

Hedge de investimento líquido 2.6 103.953 103.953 103.953

Hedge de fluxo de caixa 21.806 21.806 21.806

Reflexos de coligadas 21 (d) 74.458 74.458 74.458

Total do resultado abrangente do exercício 2.670.448 (365.903) 2.304.545 23.376 2.327.921

Total de contribuições dos acionistas e distribuições aos acionistas

Aumento de capital social 21 (a) 437.490 (200.000) 237.490 237.490

Destinação do lucro líquido do exercício

Acionistas não controladores (9.084) (9.084)

Constituição de reserva para incentivos fiscais 21 (c) 81.045 (81.045) Constituição de reserva legal 21 (b) 133.522 (133.522)

Dividendos (R$ 28,27 por ação) 21 (e) (2.086.718) (1.028.005) (3.114.723) (3.114.723) Retenção de lucros 21 (b) 1.427.876 (1.427.876)

Total de contribuições dos acionistas e

distribuições aos acionistas 81.045 133.522 (658.842) (2.670.448) (3.114.723) (9.084) (3.123.807)

Em 31 de dezembro de 2010 2.327.212 220.813 225.325 1.757.706 (151.931) 4.379.125 192.150 4.571.275 Participação dos acionistas não controladores Reserva para incentivos fiscais

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As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

Nota 2010 2009 2010 2009

Fluxo de caixa das atividades operacionais Lucro antes do imposto de renda e da

contribuição social 3.446.126 1.791.604 3.850.917 2.458.492

Ajustes para reconciliar o lucro ao caixa gerado pelas atividades operacionais

Depreciação, amortização e exaustão 14 e 15 68.854 13.476 414.266 445.955

Resultado da venda de ativo não circulante 280.370 33.351 671 84.548

Equivalência patrimonial 13 (b) (1.139.038) (1.421.292) (197.263) (67.758) Ganho na permuta de ativos - Cimpor 1 (b) (1.672.980) (1.672.980)

Juros, variações monetárias e cambiais 147.277 (3.256) 283.564 (177.384) Provisão para contingências e obrigações tributárias 19 (b) (27.184) 6.331 55.850 209.560

1.103.425 420.214 2.735.025 2.953.413 Variações nos ativos e passivos

Aplicações financeiras (187.088) 147.669 1.364.586 (1.473.948)

Contas a receber de clientes 86.249 (12.707) 238.863

Estoques 31.250 (94.117) 133.471 Tributos a recuperar 242.807 12.681 209.078 (122.477) Partes relacionadas (693.859) (353.910) (1.116.422) (198.041) Outros ativos 11.925 (4.994) (236.406) 78.876 Fornecedores (23.852) 4.068 182.343 (45.361) Tributos a recolher (185.852) (83) (39.493) 146.330

Salários e encargos sociais 16.242 2.593 14.677 14.336

Adiantamento de clientes (340) 833 (887) 27.175

Contas a pagar e outros passivos 122.564 (18.232) 250.573 900

Acionistas não controladores (17.719) (33.786)

Caixa proveniente das operações 523.471 210.839 3.238.531 1.719.751

Juros pagos 16 (c) (82.999) (8.728) (280.176) (164.089)

Imposto de renda e contribuição social pagos (106.309) (41.484) (561.246) (592.354)

Caixa líquido proveniente das atividades operacionais 334.163 160.627 2.397.109 963.308

Fluxo de caixa das atividades de investimento

Aquisição de investimento 13 (b) (1.638.633) (25.900) (1.382.122) (28.122) Aquisição de imobilizado 14 (b) (520.772) (5.626) (1.074.035) (767.224)

Aumento do intangível 15 (c) (48.304) (5.444) (31.944) (185.181)

Caixa na incorporação da VCB 7.177

Recebimento pela venda de imobilizado 13.637 18.456 77

Recebimento de dividendos 1.455.129 507.921 51.895 (14.443)

Caixa líquido proveniente das (usado nas) atividades de investimento (731.766) 470.951 (2.417.750) (994.893)

Fluxo de caixa das atividades de financiamento

Captações de recursos 16 (c) 2.963.722 13.202 2.976.719 1.796.106

Liquidação de empréstimos e financiamentos 16 (c) (195.263) (35.684) (574.971) (1.100.079)

Aumento de capital 21 (a) 237.490 237.490

Dividendos pagos antecipados (2.604.729) (609.257) (2.610.543) (666.563)

Caixa líquido proveniente das (usado nas) atividades de financiamentos 401.220 (631.739) 28.695 29.464 Acréscimo (decréscimo) em caixa e equivalentes de caixa 3.617 (161) 8.054 (2.121) Caixa e equivalentes de caixa no início do período 598 759 14.007 16.128 Caixa e equivalentes de caixa no fim do período 4.215 598 22.061 14.007

Transações que não afetam o caixa

Permuta de ativos 202.748 124.321

Aquisição de participação de não controladores (124.525) (124.525)

78.223 (204)

(10)

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

Nota 2010 2009 2010 2009

Receita Bruta

Vendas de produtos e serviços 22 2.823.890 10.323.662 9.299.649

Outras receitas 1.870.509 157.646 2.061.524 623.791

Provisão (reversão) para créditos de liquidação duvidosa 28.882 (2.409) 5.387

4.723.281 157.646 12.382.777 9.928.827

Insumos adquiridos de terceiros

Custos dos produtos e serviços vendidos (1.159.471) (4.264.893) (3.878.596)

Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (194.475) (52.830) (662.961) (939.653)

(1.353.946) (52.830) (4.927.854) (4.818.249)

Valor adicionado bruto 3.369.335 104.816 7.454.923 5.110.578

Retenções

Depreciação, amortização e exaustão 14 e 15 (68.854) (13.476) (414.266) (445.955)

Valor adicionado líquido produzido 3.300.481 91.340 7.040.657 4.664.623

Valor adicionado recebido em transferência

Resultado de equivalência patrimonial 13 1.139.038 1.421.292 197.263 67.758

Receitas financeiras 26 335.637 434.933 522.986 1.144.222

1.474.675 1.856.225 720.249 1.211.980

Valor adicionado total a distribuir 4.775.156 1.947.565 7.760.906 5.876.603

Distribuição do valor adicionado

Pessoal e encargos

Remuneração direta 140.843 29.504 393.713 369.786

Benefícios 40.082 5.100 121.327 98.364

Impostos, taxas e contribuições

Federais 425.837 57.471 1.583.213 1.503.640

Estaduais 442.411 1.452.182 1.265.625

Municipais 10.914 26.616 23.539

Diferidos 665.818 (60.848) 566.061 34.254

Renumeração de capitais de terceiros

Despesas financeiras 26 362.728 102.968 867.590 668.700

Aluguéis 16.075 2.403 47.745 63.177

Remuneração de capitais próprios

Participação dos acionistas não controladores 32.011 38.551

Dividendos 1.028.005 613.514 1.028.005 613.514

Lucros retidos 1.642.443 1.197.453 1.642.443 1.197.453

Valor adicionado distribuído 4.775.156 1.947.565 7.760.906 5.876.603

(11)

1 Contexto operacional (a) Considerações gerais

A Votorantim Cimentos S.A. ("Companhia", "Controladora" ou "VCSA") e suas controladas têm como objeto social e atividade preponderante a participação em sociedades do segmento de cimentos do Grupo Votorantim, investimentos em geração de energia destinados a suprir as necessidades desse segmento e a produção e o comércio de cimento, agregados e complementares, bem como de matérias-primas e produtos derivados, afins ou correlatos; a prestação de serviços na aplicação de concretos; a pesquisa, a lavra e o aproveitamento de jazidas minerais; o transporte, a distribuição e a importação; e a participação em outras sociedades. A Companhia é uma sociedade anônima com sede em São Paulo – SP. A atuação de suas controladas abrange as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste do Brasil, Estados Unidos da América e Canadá. Por meio de suas investidas, possui também operações na America Latina e Portugal.

A Companhia e suas controladas pertencem ao Grupo Votorantim e têm estruturas e custos administrativos, gerenciais e operacionais compartilhados.

(b) Participações societárias e principais eventos ocorridos

(i) Votorantim Cimentos N/NE S.A. ("VCNNE")

A controlada VCNNE atua nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, com fábricas em Laranjeiras (SE), Poty Paulista (PE), Baraúna (RN), Sobral (CE), Pecém (CE), Xambioá (TO) e Barcarena (PA).

A controlada possui também os ativos da Usina Hidrelétrica Pedra do Cavalo, operação aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) mediante a Resolução Autorizativa nº 752, de

28 de novembro de 2006.

Possui também contrato de concessão de um terminal portuário localizado em Barra dos Coqueiros (SE), por onde direciona parte de sua produção ao mercado externo. A concessão tem duração de 15 anos, contados desde 1ode setembro de 1999 e renováveis por prazo indeterminado.

(ii) Votorantim Cement North America Inc. ("VCNA")

A controlada VCNA atua no Canadá e nos Estados Unidos da América como subsidiária da VCSA, cujas principais entidades operacionais estão relacionadas abaixo:

St. Marys Cement Inc. (Canadá) St. Marys Cement Inc. (U.S.A) St. Barbara Cement Inc.

Suwannee American Cement LLC. Trinity Materials LLC.

Sumter Cement Co. LLC.

VCNA Prestige Gunite Holdings, Inc. VCNA Prestige Materials Holdings, Inc. VCNA Prairie, Inc.

(12)

Superior Materials LLC.

(iii) Aquisição de participação na Votorantim

Investimentos Latino-Americanos S.A. ("VILA")

Em 24 de novembro de 2010, a Companhia assinou contrato de compra ações com a Bradesplan Participações Ltda. ("Bradesplan"), segundo o qual a Bradesplan transferiu à VCSA 54 ações ordinárias nominativas sem valor nominal da VILA, representativas de 6,55% do capital social votante, adquiridas pelo valor de R$ 416.251.

Essa transação foi reconhecida contabilmente considerando o valor justo do ativo adquirido, a diferença entre o valor pago e o valor justo, R$ 115.660 foi registrada diretamente no patrimônio líquido na rubrica "Ajuste de avaliação patrimonial" por se tratar da aquisição de Companhia controlada pelo Grupo Votorantim (Nota 2.2 (b)).

(iv) Incorporação da Cal Itaú Participações S.A. ("Cal Itaú")

Em 31 de outubro de 2010, a Companhia realizou a incorporação do acervo líquido contábil da

subsidiária Cal Itaú. Considerando que a Companhia era titular da totalidade do capital da Cal Itaú, não houve aumento de capital social da incorporadora.

Apresentamos abaixo, na forma sumarizada, os principais grupos de contas do balanço patrimonial da Cal Itaú em 31 de outubro de 2010.

Não circulante Não circulante

Investimentos 433.923 Partes relacionadasPasNC 226.771

Outros ativosNC 13 Outros passivosNC 30.575

257.346 433.936

Patrimônio líquido 176.590

Total do ativo 433.936 Total do passivo e patrimônio líquido 433.936

(v) Incorporação da Votorantim Cimentos Brasil S.A. ("VCB")

Em 31 de julho de 2010, a Companhia realizou a incorporação do acervo líquido contábil da subsidiária VCB. Considerando que a Companhia era titular da totalidade do capital da VCB, não houve aumento de capital social da incorporadora.

Devido a incorporação os saldos da controladora de 31 de dezembro de 2010 não servem como base de comparação com os saldos de 31 de dezembro de 2009.

Apresentamos abaixo, na forma sumarizada, os principais grupos de contas do balanço patrimonial da VCB em 31 de julho de 2010.

(13)

Ativo Passivo e patrimônio líquido

Circulante Circulante

Caixa e equivalentes de caixa 7.177 Empréstimos e financiamentos 189.477

Aplicações financeiras 5.246 Fornecedores 333.389

Contas a receber de clientes 414.533 Salários e encargos sociais 64.002

Estoques 349.918 Tributos a recolher 334.406

Outros ativos 275.961 Outros passivos 78.500

1.052.835 999.774

Não circulante Não circulante

Partes relacionadas 3.807.885 Empréstimos e financiamentosNC 1.269.716

Outros ativosNC 259.942 Partes relacionadasPasNC 9.671.359

Investimentos 7.726.255 Outros passivosNC 487.669

Imobilizado 1.951.585 11.428.744

Intangível 60.386

13.806.053 Patrimônio líquido 2.430.370

Total do ativo 14.858.888 Total do passivo e patrimônio líquido 14.858.888

(vi) Aquisição de participação na Companhia de Cimento Ribeirão Grande ("CCRG")

Em 29 de junho de 2010, a Companhia por meio de sua controlada Cal Itaú, assinou contrato de compra de ações com o Banco Santander S.A. ("Santander"), segundo o qual o Santander transferiu à Cal Itaú 1.354.326 ações ordinárias e 5.417.306 ações preferências, todas nominativas, sem valor nominal da CCGR, representativas de 4,34% do capital social votante, adquiridas pelo valor de R$ 17.500. Após esta negociação, a Cal Itaú passou a controlar 100% do capital social da CCRG.

Essa transação foi reconhecida contabilmente considerando o valor justo do ativo adquirido, a diferença entre o valor pago e o valor justo, R$ 8.865 foi registrada diretamente no patrimônio líquido na rubrica "Ajuste de avaliação patrimonial" por se tratar da aquisição da participação de acionistas não

controladores.

(vii) Aquisição de participação na Cimpor

Em 3 de fevereiro de 2010, a Companhia assinou Contrato de Permuta de Ações com a Companhia Nacional de Cimento Portland (Lafarge Brasil), segundo o qual a Lafarge Brasil transferiu para a VCSA ações de emissão da Cimpor Cimentos de Portugal SGPS S.A. ("Cimpor"), representativas de 17,28% do capital social de companhia portuguesa, em troca da totalidade das ações de uma Sociedade de Propósito Específico ("SPE"), constituída pela Companhia, que detém negócios de cimento nas regiões Centro-Norte e Nordeste do Brasil. Os ativos, direitos e obrigações detidos pela SPE incluem uma moagem de cimento, transferida da VCB – uma fábrica e uma moagem de cimento transferidas da VCNNE, ambas sociedades controladas direta e indiretamente, respectivamente, pela Companhia.

Essa transação foi reconhecida contabilmente considerando os valores justos dos ativos transacionados, o que resultou em ganho no montante de R$1.672.980 registrado na rubrica "Outras receitas

operacionais, líquidas" e correspondentes tributos diferidos passivos no montante de R$ 568.626. Adicionalmente, em 11 de fevereiro de 2010, a Companhia adquiriu de terceiros 3,93% de participação na Cimpor, pelo valor de R$ 390.000.

(14)

(viii) Aquisição do controle na CJ Mineração Ltda. e Santa Ana Participações Ltda.

Em 5 de janeiro de 2009, a controlada CCGR efetuou aquisição do controle das empresas CJ Mineração Ltda. e Santa Ana Participações Ltda. pelo montante de R$ 131.237, apurado em conformidade com o CPC 15 – Combinação de negócios.

(ix) Outras participações

Além das participações mencionadas em (b), compõem o segmento de cimentos do Grupo Votorantim as seguintes principais empresas, que não possuem saldos significativos no consolidado da VCSA:

Companhia de Cimento Pinheiro Machado ("Pinheiro Machado") e Cimento Itaú do Paraná Ltda. com operações no Brasil. Para atuação no exterior, são mantidos investimentos nas empresas Eromar S.A. ("Eromar"), no Uruguai, Itacamba Cemento S.A. ("Itacamba"), na Bolívia, Yguazú Cementos S.A. ("Yguazú"), no Paraguai, Cementos Bio Bio S.A. ("Bio Bio"), no Chile e Cemento Itaú da Argentina S.A. ("Cemento Argentina"), na Argentina, que operam depósitos de revenda.

2 Apresentação das demonstrações financeiras e resumo das principais políticas contábeis

A emissão dessas demonstrações financeiras foi aprovada pela Administração da Companhia em 1º de março de 2011, considerando os eventos subsequentes ocorridos até essa data, que tiveram efeito sobre as divulgações das referidas demonstrações.

2.1 Base de apresentação

As demonstrações financeiras foram preparadas tendo o custo histórico como base de valor e foram ajustadas para refletir, na data de transição para a adoção integral dos pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, certos ativos e passivos financeiros (inclusive instrumentos derivativos) mensurados ao valor justo contra o resultado do exercício.

A preparação das demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e também o exercício de julgamento por parte da Administração da Companhia no processo de aplicação das políticas contábeis da Companhia. As áreas que requerem maior nível de julgamento e apresentam maior complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativas para as demonstrações financeiras consolidadas, estão descritas na Nota 4.

(a) Demonstrações financeiras consolidadas

As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas e estão sendo apresentadas conforme as práticas contábeis emitidas pelo CPC e pelo IFRS.

Estas são as primeiras demonstrações financeiras apresentadas de acordo com CPCs e IFRS pela Companhia. As principais diferenças entre as práticas contábeis adotadas anteriormente no Brasil (BR GAAP antigo) e CPCs, incluindo as reconciliações do patrimônio líquido e do resultado, estão descritas na Nota 3.

(15)

(b) Demonstrações financeiras individuais

As demonstrações financeiras individuais da controladora também foram elaboradas com base nas práticas contábeis adotadas no Brasil emitidas pelo CPC e normas internacionais de contabilidade, exceção feita ao descrito no parágrafo a seguir, e são publicadas em conjunto com as demonstrações financeiras consolidadas.

As normas internacionais de contabilidade admitem demonstrações da controladora com investimentos em controladas, mas desde que estes investimentos sejam avaliados pelo valor justo ou mesmo pelo custo, e dá o nome a essas demonstrações de demonstrações separadas, tornando-as diferentes das demonstrações individuais. A legislação societária brasileira, todavia, exige a apresentação dessas demonstrações individuais e, que os investimentos em controladas incluídos nestas demonstrações sejam avaliados pelo método de equivalência patrimonial.

O fato de existir exclusivamente essa exceção, faz com que os resultados e o patrimônio líquido atribuíveis aos acionistas da Companhia obtidos nas demonstrações individuais não sejam diferentes daqueles obtidos nas demonstrações consolidadas.

2.2 Consolidação

As seguintes políticas contábeis são aplicadas na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas.

(a) Controladas

São todas as entidades nas quais a Companhia tem o poder de determinar as políticas financeiras e operacionais, geralmente acompanhada de uma participação de mais do que metade dos direitos a voto (capital votante). A existência e o efeito de possíveis direitos a voto atualmente exercíveis ou conversíveis são levados em consideração para avaliar se a Companhia controla outra entidade. As controladas são totalmente consolidadas a partir da data em que o controle é transferido para a Companhia. A

consolidação é interrompida na data em que o controle termina.

A Companhia usa o método de contabilização da aquisição para contabilizar as combinações de negócios. A contraprestação transferida para a aquisição de uma controlada é o valor justo dos ativos transferidos, passivos incorridos e instrumentos patrimoniais emitidos pela Companhia. A

contraprestação transferida inclui o valor justo de algum ativo ou passivo resultante de um contrato de contraprestação contingente quando aplicável. Custos relacionados com aquisição são contabilizados no resultado do exercício conforme incorridos. Os ativos identificáveis adquiridos e os passivos e passivos contingentes assumidos em uma combinação de negócios são mensurados inicialmente pelos valores justos na data da aquisição. A Companhia reconhece a participação não controladora na adquirida, tanto pelo seu valor justo como pela parcela proporcional da participação não controlada no valor justo de ativos líquidos da adquirida. A mensuração da participação não controladora a ser reconhecida é determinada em cada aquisição realizada.

O excesso da contraprestação transferida e do valor justo na data da aquisição de qualquer participação patrimonial anterior na adquirida em relação ao valor justo da participação do grupo de ativos líquidos identificáveis adquiridos é registrado como ágio (goodwill). Nas aquisições em que a Companhia atribui valor justo aos não controladores, à determinação do ágio inclui também o valor de qualquer

participação não controladora na adquirida, e o ágio é determinado considerando a participação da Companhia e dos não controladores. Quando a contraprestação transferida for menor que o valor justo

(16)

dos ativos líquidos da controlada adquirida, a diferença é reconhecida diretamente na demonstração do resultado do exercício.

Transações entre companhias, saldos e ganhos não realizados em transações entre empresas da

Companhia são eliminados. Os prejuízos não realizados também são eliminados a menos que a operação forneça evidências de uma perda (impairment) do ativo transferido. As políticas contábeis das

controladas são alteradas quando necessário para assegurar a consistência com as políticas adotadas pela Companhia.

(b) Transações e participações não controladoras

A Companhia trata as transações com participações não controladoras como transações com

proprietários de ativos da Companhia. Para as compras de participações não controladoras, a diferença entre qualquer contraprestação paga e a parcela adquirida do valor contábil dos ativos líquidos da controlada é registrada no patrimônio líquido. Os ganhos ou perdas sobre alienações para participações não controladoras também são registrados no patrimônio líquido.

Quando a Companhia deixa de ter controle, qualquer participação retida na entidade é recalculada ao seu valor justo, sendo a mudança no valor contábil reconhecida no resultado. O valor justo é o valor contábil inicial para subsequente contabilização da participação retida em uma coligada, uma joint venture ou um ativo financeiro. Além disso, quaisquer valores previamente reconhecidos em ajuste de avaliação patrimonial relativos àquela entidade são contabilizados como se a Companhia tivesse alienado diretamente os ativos ou passivos relacionados. Isso significa que os valores reconhecidos previamente em ajuste de avaliação patrimonial são reclassificados no resultado.

(c) Coligadas

Coligadas são todas as entidades sobre as quais a Companhia tem influência significativa, mas não o controle, com participação acionária de até 50% dos direitos de voto. Os investimentos em coligadas são contabilizados pelo método de equivalência patrimonial e são, inicialmente, reconhecidos pelo seu valor de custo. O investimento da Companhia em coligadas inclui o ágio identificado na aquisição, líquido de qualquer perda acumulada por impairment.

A participação da Companhia nos lucros ou prejuízos de suas coligadas é reconhecida na demonstração do resultado e sua participação na movimentação nas contas de patrimônio líquido dessas coligadas é reconhecida de forma reflexa em seu patrimônio líquido. As movimentações cumulativas pós-aquisição são ajustadas contra o valor contábil do investimento. Quando a participação da Companhia nas perdas de uma coligada for igual ou superior a sua participação na coligada, incluindo quaisquer outros recebíveis, a Companhia não reconhece perdas adicionais, a menos que tenha incorrido em obrigações ou efetuado pagamentos em nome da coligada.

Os ganhos não realizados das operações entre a Companhia e suas coligadas são eliminados na proporção da participação da Companhia nas coligadas. As perdas não realizadas também são eliminadas, a menos que a operação forneça evidências de uma perda (impairment) do ativo transferido. As políticas contábeis das coligadas são alteradas, quando necessário, para assegurar consistência com as políticas adotadas pela Companhia.

(17)

(d) Empresas incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas

As principais empresas controladas incluídas na consolidação estão são apresentadas abaixo: 31 de dezembro de 2010 31 de dezembro de 2009

A21 Mineração Ltda. (Brasil) 85,00 85,00

Cal Itaú Participações S.A. (Brasil) - Incorporada em 31/10/2010 (Nota 1 (b)) 100,00

Companhia de Cimento Ribeirão Grande (Brasil) 100,00 95,66

Interávia Transportes Ltda. (Brasil) 88,41 88,41

Pedreira Pedra Negra Ltda. (Brasil) 100,00 100,00

Seacrown do Brasil, Com.Import.e Part. S.A. (Brasil) 99,99 99,99

Silcar Empreendimentos Comércio e Participações Ltda. (Brasil) 100,00 100,00

Votorantim Cement North America Inc. (Canadá) 100,00 100,00

Votorantim Cimentos América S.A. (Brasil) 94,54 94,54

Votorantim Cimentos Brasil S.A. (Brasil) - Incorporada em 31/07/2010 (Nota 1 (b)) 100,00

Votorantim Cimentos N/NE S.A. (Brasil) 95,23 95,40

Percentual do capital total

2.3 Conversão em moeda estrangeira (a) Moeda funcional e moeda de

apresentação das demonstrações financeiras

A Administração, após análise das operações e negócios, concluiu que o Real ("R$") é a moeda funcional e de apresentação da Companhia. Esta conclusão baseia-se na análise dos seguintes indicadores:

Moeda que mais influencia os preços de bens e serviços;

Moeda do país cujas forças competitivas e regulamentos mais influenciam na determinação do preço de venda de seus produtos e serviços;

Moeda que mais influencia mão de obra, material e outros custos para fornecimento de produtos ou serviços;

Moeda na qual são obtidos, substancialmente, os recursos das atividades financeiras; e Moeda na qual são normalmente acumulados os valores recebidos de atividades operacionais. A moeda funcional da VCNA, principal controlada da Companhia no exterior, é o Dólar canadense. (b) Transações e saldos

As operações com moedas estrangeiras são convertidas em Reais, na qual os itens são remensurados. Para essa conversão, são utilizadas as taxas de câmbio vigentes nas datas das transações ou da avaliação. Os ganhos e as perdas cambiais resultantes da liquidação dessas transações e da conversão pelas taxas de câmbio do fim do exercício, referentes a ativos e passivos monetários em moedas estrangeiras, são reconhecidos na demonstração do resultado, exceto quando diferidos no patrimônio como operações qualificadas de hedge de investimento líquido.

Todos os ganhos e perdas cambiais são apresentados na demonstração do resultado como receita ou despesa financeira.

(18)

(c) Empresas do Grupo

Os resultados e a posição financeira de todas as entidades da Companhia (nenhuma das quais opera moeda de economia hiperinflacionária), cuja moeda funcional é diferente da moeda de apresentação, são convertidos na moeda de apresentação, como segue:

(i)

os ativos e passivos de cada balanço patrimonial apresentado são convertidos pela taxa de fechamento da data do balanço;

(ii)

as receitas e despesas de cada demonstração do resultado são convertidas pelas taxas de câmbio médias (a menos que essa média não seja uma aproximação razoável do efeito cumulativo das taxas vigentes nas datas das operações, e, nesse caso, as receitas e despesas são convertidas pela taxa das datas das operações); e

(iii)

todas as diferenças de câmbio resultantes são reconhecidas como um componente separado no

patrimônio líquido.

Na consolidação, as diferenças de câmbio decorrentes da conversão do investimento líquido em

operações no exterior e de empréstimos e outros instrumentos de moeda designados como hedge desses investimentos são reconhecidas no patrimônio líquido. Quando uma operação no exterior é

parcialmente alienada ou vendida, as diferenças de câmbio que foram registradas no patrimônio são reconhecidas na demonstração do resultado como parte de ganho ou perda sobre a venda.

Os ajustes no ágio e no valor justo, decorrentes da aquisição de uma entidade no exterior são tratados como ativos e passivos da entidade no exterior e convertidos pela taxa de fechamento.

2.4 Caixa e equivalentes de caixa

Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, os depósitos bancários, outros investimentos de curto prazo de alta liquidez, que são prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor, bem como as contas garantidas. As contas garantidas são demonstradas como "Empréstimos e financiamentos", no passivo circulante, quando aplicável.

2.5 Ativos financeiros 2.5.1 Classificação

A Companhia e suas controladas classificam seus ativos financeiros nas seguintes categorias: mantidos para negociação e empréstimos e recebíveis. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A Administração determina a classificação de seus ativos financeiros no seu reconhecimento inicial.

(19)

(a) Mantidos para negociação

Os ativos financeiros mantidos para negociação têm como característica a sua negociação ativa e frequente nos mercados financeiros. Esses ativos são mensurados por seu valor justo, e suas variações são reconhecidas no resultado do exercício, na rubrica "Resultado financeiro líquido". Os ativos dessa categoria são classificados como ativos circulantes.

(b) Empréstimos e recebíveis

Os empréstimos e recebíveis são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou

determináveis não cotados em mercado ativo. São incluídos como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data de emissão do balanço (estes são classificados como ativos não circulantes). Os empréstimos e os recebíveis são atualizados de acordo com a taxa efetiva da respectiva transação. Compreende-se como taxa efetiva aquela fixada nos contratos e ajustada pelos respectivos custos de cada transação. Os empréstimos e recebíveis da Companhia compreendem principalmente "contas a receber de clientes e demais contas a receber" e "caixa e equivalentes de caixa". 2.5.2 Reconhecimento e mensuração

As compras e as vendas regulares de ativos financeiros são reconhecidas na data de negociação - data na qual a Companhia se compromete a comprar ou vender o ativo. Os ativo financeiros classificados como mantidos até o vencimento, quando existentes, são, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo, acrescidos dos custos da transação. Os ativos financeiros mantidos para negociação são, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo, e os custos da transação são debitados à demonstração do resultado. Os ativos financeiros mantidos para negociação são, subsequentemente, contabilizados pelo valor justo. Os empréstimos e recebíveis são contabilizados pelo custo amortizado, usando o método da taxa de juros efetiva.

Os ativos financeiros são baixados quando os direitos de receber fluxos de caixa dos investimentos tenham vencido ou tenham sido transferidos; neste último caso, desde que a Companhia tenha transferido, significativamente, todos os riscos e os benefícios da propriedade.

Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no valor justo de ativos financeiros mantidos para negociação são apresentados na demonstração do resultado em "Resultado financeiro líquido" no exercício em que ocorrem.

Os valores justos dos investimentos com cotação pública são baseados nos preços atuais de compra. Se o mercado de um ativo financeiro (e de títulos não registrados em Bolsa) não estiver ativo, a Companhia estabelece o valor justo através de técnicas de avaliação. Essas técnicas incluem o uso de operações recentes contratadas com terceiros, a referência a outros instrumentos que são substancialmente similares, a análise de fluxos de caixa descontados e os modelos de precificação de opções que fazem o maior uso possível de informações geradas pelo mercado e contam o mínimo possível com informações geradas pela administração da própria entidade.

2.5.3 Compensação de instrumentos financeiros

Ativos e passivos financeiros somente são compensados, e o valor líquido reportado no balanço patrimonial, quando há um direito legalmente aplicável de compensar os valores reconhecidos e há intenção de liquidá-los numa base líquida, ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente.

(20)

2.5.4 Impairment de ativos financeiros mensurados ao custo amortizado

A Companhia avalia no fim de cada período do relatório se há evidência objetiva de que o ativo financeiro ou o grupo de ativos financeiros está deteriorado. Um ativo ou grupo de ativos financeiros está deteriorado e os prejuízos de impairment são incorridos somente se há evidência objetiva de impairment como resultado de um ou mais eventos ocorridos após o reconhecimento inicial dos ativos (um "evento de perda") e se esse evento (ou eventos) de perda tem impacto nos fluxos de caixa futuros estimados do ativo financeiro ou do grupo de ativos financeiros que pode ser estimado de maneira confiável.

Os critérios que a Companhia usa para determinar se há evidência objetiva de uma perda por impairment incluem:

Dificuldade financeira relevante do emitente ou tomador;

Uma quebra de contrato, como inadimplência ou mora no pagamento dos juros ou principal; Garantia da Companhia ao tomador do empréstimo, por razões econômicas ou jurídicas relativas à dificuldade financeira do tomador de uma concessão que o credor não consideraria;

A probabilidade de o tomador declarar falência ou outra reorganização financeira;

O desaparecimento de um mercado ativo para aquele ativo financeiro devido às dificuldades financeiras; ou

Dados observáveis indicando que há uma redução mensurável nos futuros fluxos de caixa estimados a partir de uma carteira de ativos financeiros desde o reconhecimento inicial daqueles ativos, embora a diminuição não possa ainda ser identificada com os ativos financeiros individuais na carteira, incluindo:

(i) mudanças adversas na situação do pagamento dos tomadores de empréstimo na carteira; (ii) condições econômicas nacionais ou locais que se correlacionam com as inadimplências

sobre os ativos na carteira.

A Companhia avalia em primeiro lugar se existe evidência objetiva de impairment.

O montante do prejuízo é mensurado como a diferença entre o valor contábil dos ativos e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo-se os prejuízos de crédito futuro que não foram incorridos) descontados à taxa de juros em vigor original dos ativos financeiros. O valor contábil do ativo é reduzido e o valor do prejuízo é reconhecido na demonstração do resultado. Se um

empréstimo ou investimento mantido até o vencimento tiver uma taxa de juros variável, a taxa de desconto para medir uma perda por impairment será a atual taxa de juros efetiva determinada de acordo com o contrato. Como um expediente prático, a Companhia pode calcular o impairment com base no valor justo de um instrumento utilizando um preço de mercado observável.

Se, num período subsequente, o valor da perda por impairment diminuir e a diminuição puder ser relacionada objetivamente com um evento ocorrido após o reconhecimento do impairment (como uma melhoria na classificação de crédito do devedor), a reversão da perda por impairment reconhecida anteriormente será reconhecida na demonstração do resultado.

(21)

2.6 Instrumentos financeiros

derivativos e atividades de hedge

Inicialmente, os derivativos são reconhecidos pelo valor justo na data em que um contrato de derivativos é celebrado e são subsequentemente, reavaliados ao seu valor justo. O método para reconhecer o ganho ou a perda resultante depende do fato do derivativo ser designado ou não como um instrumento de hedge. Em caso afirmativo, o método depende da natureza do item que está sendo protegido por hedge. A Companhia designa certos derivativos como:

(a) hedge de um risco específico associado a um ativo ou passivo reconhecido ou de uma operação prevista altamente provável (hedge de fluxo de caixa);

(b) hedge de risco de moeda de um investimento líquido em uma operação no exterior (hedge de investimento líquido).

A Companhia documenta, no início da operação, a relação entre os instrumentos de hedge e os itens protegidos por hedge, assim como os objetivos da gestão de risco e a estratégia para a realização de várias operações de hedge. A Companhia também documenta sua avaliação, no início do hedge e de forma contínua, de que os derivativos usados nas operações de hedge são altamente eficazes na compensação de variações no valor justo ou nos fluxos de caixa dos itens protegidos por hedge. Os valores justos de instrumentos derivativos usados para fins de hedge estão divulgados na Nota 7. O valor justo total de um derivativo de hedge é classificado como ativo ou passivo não circulante, quando o vencimento remanescente do item protegido por hedge é superior a 12 meses.

(a) Hedge de fluxo de caixa

A Companhia contrata derivativos para proteger o risco de juros relacionado a alguns empréstimos remunerados em taxa Libor. A Companhia adota a contabilidade de hedge para os instrumentos derivativos contratados com essa finalidade. A parcela efetiva das variações no valor justo dos

derivativos designados e qualificados como hedge de fluxo de caixa é reconhecida no patrimônio líquido na rubrica "Ajuste de avaliação patrimonial". Ganhos ou perdas relacionados à parcela não efetiva são imediatamente reconhecidos no resultado, em "Resultado financeiro líquido".

Os valores acumulados no patrimônio líquido são levados ao resultado (na mesma linha de resultado impactada pela operação originalmente protegida) nos períodos em que se realiza a amortização dos empréstimos.

Quando um instrumento de hedge prescreve ou é vendido, ou quando um hedge não atende mais aos critérios de contabilização de hedge, todo ganho ou toda perda cumulativa existente no patrimônio naquele momento permanece no patrimônio e é reconhecida quando a operação prevista é finalmente reconhecida na demonstração do resultado. Quando não se espera a ocorrência de mais que uma operação prevista, o ganho ou a perda cumulativa que havia sido apresentada no patrimônio é imediatamente transferida para a demonstração do resultado em "Resultado financeiro líquido". (b) Hedge de investimento líquido

A Companhia designa o bônus de 9 anos emitido em euro como hedge de seu investimentos na empresa portuguesa CIMPOR, cuja moeda funcional é o Euro. O objetivo desse procedimento é atenuar os impactos da volatilidade cambial nos resultados da Companhia. Periodicamente comprova-se a

(22)

efetividade da política de hedge. Nesse contexto, a parcela de variação cambial sobre os referidos

contratos de empréstimo e financiamentos é acumulada no patrimônio líquido da Companhia na rubrica "Ajuste de avaliação patrimonial".

As operações de hedge de investimentos líquidos em operações no exterior são contabilizadas de modo semelhante às de hedge de fluxo de caixa.

Qualquer ganho ou perda do instrumento de hedge relacionado com a parcela efetiva do hedge é reconhecido no patrimônio líquido. O ganho ou perda relacionado com a parcela não efetiva é imediatamente reconhecido na demonstração do resultado em "Resultado financeiro líquido". Ganhos e perdas acumulados no patrimônio são incluídos na demonstração do resultado quando a operação no exterior é parcialmente alienada ou vendida.

2.7 Contas a receber de clientes

As contas a receber de clientes correspondem aos valores a receber de clientes pela venda de

mercadorias ou prestação de serviços no decurso normal das atividades da Companhia. Se o prazo de recebimento é equivalente a um ano ou menos, as contas a receber são classificadas no ativo circulante. Caso contrário, são apresentadas no ativo não circulante.

As contas a receber são inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método da taxa de juros efetiva menos a provisão de para créditos de liquidação duvidosa (impairment). Normalmente são reconhecidas ao valor faturado, ajustado pela provisão para impairment, quando necessário. As contas a receber de clientes no mercado externo são atualizadas com base nas taxas de câmbio vigentes na data do balanço. A provisão para perdas é

estabelecida quando existe uma evidência objetiva de que as empresas da Companhia não serão capazes de cobrar todos os valores devidos de acordo com os prazos originais das contas a receber. O cálculo da provisão é baseado em estimativa suficiente para cobrir prováveis perdas na realização das contas a receber, considerando a situação de cada cliente e respectivas garantias oferecidas de modo, consistente com a política de impairment de ativos financeiros ao custo amortizado.

2.8 Estoques

Os estoques são apresentados pelo menor valor entre o custo e o valor líquido realizável. O custo é determinado pelo método do custo médio ponderado. O custo dos produtos acabados e dos produtos em elaboração compreende matérias-primas, mão de obra direta, outros custos diretos e indiretos de produção. O valor líquido realizável é o preço de venda estimado para o curso normal dos negócios, deduzidos os custos de execução e as despesas de venda. As importações em andamento são demonstradas ao custo acumulado de cada importação.

2.9 Imposto de renda e contribuição social

São calculados com base nas alíquotas vigentes de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido e consideram a compensação de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social, para fins de determinação de exigibilidade. Portanto, as inclusões ao lucro contábil de despesas, temporariamente não dedutíveis, ou as exclusões de receitas, temporariamente não tributáveis, para apuração do lucro tributável corrente, geram créditos ou débitos tributários diferidos. As alíquotas desses impostos são de 25% para o imposto de renda e de 9% para a contribuição social.

(23)

Os créditos tributários diferidos decorrentes de prejuízo fiscal ou base negativa da contribuição social e adições temporárias são reconhecidos somente na extensão em que sua realização seja provável, tendo como base o histórico de rentabilidade e as projeções de resultados futuros.

As despesas fiscais do exercício compreendem o imposto de renda corrente e diferido. O imposto é reconhecido na demonstração do resultado, exceto na proporção em que estiver relacionado com itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquido. Nesse caso, o imposto também é reconhecido no patrimônio líquido.

2.10 Imobilizado

O imobilizado é demonstrado pelo custo histórico de aquisição ou de construção menos depreciação acumulada. O custo histórico também inclui os custos de financiamento relacionados com a aquisição / construção de ativos qualificados.

Os custos subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos como um ativo

separado, conforme apropriado, somente quando for provável que fluam benefícios econômicos futuros associados ao item e que o custo do item possa ser mensurado com segurança. O valor contábil de itens ou peças substituídos é baixado.

Os terrenos não são depreciados. A depreciação de outros ativos é calculada usando-se o método linear para alocar seus custos ou valores reavaliados aos valores residuais durante a vida útil estimada, como segue:

- Edificações 36-54 anos

- Máquinas 16-20 anos

- Veículos 3-5 anos

- Móveis, utensílios e equipamentos 10 anos

Os valores residuais e a vida útil dos ativos são revisados e ajustados, se apropriado, ao fim de cada exercício.

O valor contábil de um ativo é imediatamente baixado para seu valor recuperável quando o valor contábil do ativo é maior do que seu valor recuperável estimado.

Os ganhos e as perdas de alienações são determinados pela comparação dos resultados com o valor contábil e são reconhecidos em "Outras receitas operacionais, líquidas" na demonstração do resultado. A Companhia não tem ativos de longo prazo que espera abandonar ou alienar e que exigiriam a constituição de provisão para obrigações por descontinuação de ativos.

2.11 Arrendamento mercantil

Os arrendamentos nos quais uma parcela significativa dos riscos e benefícios da propriedade é retida pelo arrendador são classificados como arrendamentos operacionais. Os pagamentos efetuados para arrendamentos operacionais (líquidos de quaisquer incentivos recebidos do arrendador) são debitados à demonstração do resultado pelo método linear, durante o período do arrendamento.

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A Companhia arrenda certos bens do imobilizado. Os arrendamentos do imobilizado, nos quais a Companhia detém, substancialmente, os riscos e benefícios da propriedade, são classificados como arrendamentos financeiros. Estes são capitalizados no início do arrendamento pelo menor valor entre o valor justo do bem arrendado e o valor presente dos pagamentos mínimos do arrendamento.

Cada parcela paga do arrendamento é alocada, parte ao passivo e parte aos encargos financeiros, para que, dessa forma, seja obtida uma taxa constante sobre o saldo da dívida em aberto. As obrigações correspondentes, líquidas dos encargos financeiros, são incluídas em outros passivos.

Os juros das despesas financeiras são debitados à demonstração do resultado durante o período do arrendamento, para produzir uma taxa periódica constante de juros sobre o saldo remanescente do passivo para cada período. O imobilizado adquirido por meio de arrendamentos financeiros é depreciado durante a vida útil do ativo.

2.12 Ativos intangíveis (a) Ágio

O ágio (goodwill) é representado pela diferença positiva entre o valor pago ou a pagar e o montante líquido do valor justo dos ativos e passivos da entidade adquirida. O ágio de aquisições de controladas é registrado como "ativo intangível" no consolidado. Na controladora, é apresentado na conta de

"Investimentos". Se a adquirente apurar deságio, deverá registrar o montante como ganho no resultado do período, na data da aquisição. O ágio é testado anualmente para verificar prováveis perdas

(impairment) e contabilizado pelo seu valor de custo menos as perdas acumuladas por impairment, que não são revertidas. Os ganhos e as perdas da alienação de uma entidade incluem o valor contábil do ágio relacionado com a entidade vendida.

O ágio é alocado às Unidades Geradoras de Caixa (UGCs) para fins de teste de impairment. A alocação é feita para as Unidades Geradoras de Caixa ou para os grupos de Unidades Geradoras de Caixa que devem se beneficiar da combinação de negócios da qual o ágio se originou.

(b) Direitos sobre recursos naturais

Quando da comprovação efetiva da viabilidade econômica da exploração comercial de determinada jazida, os correspondentes gastos com estudos e pesquisas minerais e os gastos de remoção de estéril incorridos, a partir dessa comprovação, são capitalizados como custo de formação da mina.

Os custos com a aquisição de direitos de exploração de minas são capitalizados e amortizados usando-se o método linear ao longo das vidas úteis, ou, quando aplicável, com base na exaustão de minas.

Após o início da fase produtiva da mina, esses gastos são amortizados e tratados como custo de produção.

A exaustão de recursos minerais é calculada com base na extração, considerando-se as vidas úteis estimadas das reservas.

(25)

2.13 Combinação de negócios e ágio fundamentado pela expectativa de rentabilidade futura ("Goodwill")

A Companhia utiliza o método de aquisição para contabilização de transações classificadas como combinações de negócios. O custo de aquisição é mensurado pelo valor justo dos ativos entregues, dos instrumentos de capital emitidos e dos passivos incorridos ou assumidos na data de aquisição.

Os ativos identificáveis adquiridos e passivos assumidos são mensurados ao valor justo na data de aquisição. A participação de não controladores na adquirida é avaliada ao valor justo dessa participação ou pela parte que lhes cabe no valor justo dos ativos identificáveis líquidos da adquirida.

O excesso do custo de aquisição relativamente ao valor justo dos ativos identificáveis adquiridos e passivos assumidos é registrado como goodwill e, caso seja inferior, é registrado como ganho por compra vantajosa no resultado do exercício na data de aquisição.

Em transações nas quais a Companhia adquire o controle da empresa em que mantinha uma

participação de capital imediatamente antes da data da aquisição, essa participação inicial é avaliada pelo valor justo na data da aquisição e, caso haja ganho, ele é reconhecido no resultado do período. O goodwill é apresentado no subgrupo Intangível nas demonstrações consolidadas, não sofre

amortização e é submetido anualmente ao teste anual de avaliação do valor recuperável (impairment). 2.14 Impairment de ativos não financeiros

Os ativos que têm vida útil indefinida, como o ágio, não estão sujeitos à amortização e são testados anualmente para a verificação de impairment. Os ativos que estão sujeitos à depreciação/amortização são revisados para a verificação de impairment sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indiquem que o valor contábil pode não ser recuperável. Uma perda por impairment é reconhecida pelo valor em que o valor contábil do ativo excede seu valor recuperável. Este último é o valor mais alto entre o valor justo de um ativo menos os custos de venda e o valor em uso. Para fins de avaliação do

impairment, os ativos são agrupados nos níveis mais baixos para os quais existam fluxos de caixa identificáveis separadamente (Unidades Geradoras de Caixa - UGC). Os ativos não financeiros, exceto o ágio, que tenham sofrido impairment, são revisados para a análise de uma possível reversão do

impairment.

2.15 Contas a pagar aos fornecedores

As contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos de fornecedores no curso normal dos negócios, sendo classificadas como passivos circulantes quando o pagamento é devido no período de até um ano. Caso contrário, as contas a pagar são apresentadas como passivo não circulante.

Elas são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método de taxa de juros efetiva. Na prática, são normalmente reconhecidas ao valor da fatura correspondente.

(26)

2.16 Empréstimos e financiamentos

Os empréstimos e financiamentos são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, líquido dos custos da transação incorridos e são, subsequentemente, demonstrados pelo custo amortizado. Qualquer diferença entre os valores captados (líquidos dos custos da transação) e o valor de resgate é reconhecida na

demonstração do resultado durante o período em que os empréstimos estejam em aberto, utilizando-se o método da taxa de juros efetiva.

As taxas pagas na contratação do empréstimo são reconhecidas como custos da transação do

empréstimo, quando há probabilidade que uma parte ou todo o empréstimo seja sacado. Nesse caso, a taxa é diferida até que o saque ocorra. Quando não houver evidências da probabilidade de saque de parte ou da totalidade do empréstimo, a taxa será capitalizada como um pagamento antecipado de serviços de liquidez e amortizada durante o período do empréstimo ao qual se relaciona.

Os empréstimos e financiamentos são classificados como passivo circulante, a menos que a Companhia tenha um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do balanço.

2.17 Provisões

As provisões para custos de reestruturação e ações judiciais são reconhecidas quando: (i) a Companhia tem uma obrigação presente ou não formalizada como resultado de eventos passados; (ii) é provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação; e (iii) o valor foi estimado com

segurança. As provisões não são reconhecidas com relação às perdas operacionais futuras.

Quando houver uma série de obrigações similares, a probabilidade de a Companhia liquidá-las será determinada, levando-se em consideração a classe de obrigações como um todo. Uma provisão é reconhecida mesmo que seja pequena a probabilidade de liquidação relacionada com qualquer item individual incluído na mesma classe de obrigações.

As provisões são mensuradas pelo valor presente dos gastos que devem ser necessários para liquidar a obrigação, usando uma taxa antes do imposto, a qual reflete as avaliações atuais do mercado do valor temporal do dinheiro e dos riscos específicos da obrigação. O aumento da obrigação em decorrência da passagem do tempo é reconhecido como despesa financeira.

2.18 Passivos ambientais

Os gastos representativos de fechamento de mina decorrentes do encerramento das atividades estão registrados como obrigação com desmobilização de ativo. As obrigações consistem principalmente em custos associados com encerramento de atividades. O custo de desmobilização de ativo, equivalente ao valor presente da obrigação (passivo), está capitalizado como parte do valor contábil ao ativo sendo depreciado pelo período de vida útil do ativo.

A parcela do passivo está registrada pelo valor presente pelo mesmo prazo da desmobilização. Esses passivos estão contabilizados em outras contas a pagar.

2.19 Ajuste a valor presente de ativos e passivos

Quando relevantes ativos e passivos foram ajustados a valor presente. O valor presente é calculado com base na taxa efetiva de juros aplicável. A referida taxa é compatível com a natureza, o prazo e os riscos de transações similares em condições de mercado.

(27)

2.20 Benefícios a funcionários (a) Obrigações de aposentadoria

A Companhia e suas controladas participam de planos de pensão, administrados por entidade fechada de previdência privada, que provêm a seus empregados benefícios pós-emprego.

A Companhia tem planos de benefício definido e, também, de contribuição definida. Um plano de contribuição definida é um plano de pensão segundo o qual a Companhia paga contribuições a entidades fechadas de previdência privada, em bases compulsórias, contratuais ou voluntárias. As contribuições regulares são reconhecidas como despesas operacionais. A Companhia não tem obrigações legais nem construtivas de fazer contribuições se o fundo não tiver ativos suficientes para pagar a todos os

empregados os benefícios relacionados com o serviço do empregado no período corrente e anterior. Um plano de benefício definido é diferente de um plano de contribuição definida. Em geral, os planos de benefício definido estabelecem um valor de benefício de aposentadoria que um empregado receberá em sua aposentadoria, normalmente dependente de um ou mais fatores, como idade, tempo de serviço e remuneração.

O passivo reconhecido no balanço patrimonial com relação aos planos de pensão de benefício definido é o valor presente da obrigação de benefício definido na data do balanço, menos o valor justo dos ativos do plano, com os ajustes de custos de serviços passados não reconhecidos. A obrigação de benefício definido é calculada anualmente por atuários independentes, com o método da unidade de crédito projetada. O valor presente da obrigação de benefício definido é determinado mediante o desconto das saídas futuras estimadas de caixa, usando-se taxas de juros condizentes com os rendimentos de mercado, as quais são denominadas na moeda em que os benefícios serão pagos e têm prazos de vencimento próximos daqueles da respectiva obrigação do plano de pensão.

Os ganhos e as perdas atuariais decorrentes de mudanças nas premissas atuariais e nos planos de pensão são reconhecidos em "Ajuste de avaliação patrimonial".

Os custos de serviços passados são imediatamente reconhecidos no resultado, a menos que as mudanças do plano de pensão estejam condicionadas à permanência do empregado no emprego, por um período de tempo específico (o período no qual o direito é adquirido). Nesse caso, os custos de serviços passados são amortizados pelo método linear durante o período em que o direito foi adquirido.

(b) Assistência médica (pós-aposentadoria)

Algumas empresas da Companhia oferecem benefício de assistência médica pós-aposentadoria a seus empregados. O benefício de assistência médica para aposentados é oferecido pela Companhia de acordo com uma política existente no passado. Essa política estabelecia a concessão vitalícia do benefício a um grupo predeterminado de empregados. Esse benefício está fechado para novos participantes e não existem empregados ativos elegíveis a ele.

O passivo relacionado ao plano de assistência médica aos aposentados é registrado pelo valor presente da obrigação, menos o valor de mercado dos ativos do plano, ajustado por ganhos e perdas atuariais e custos de serviços passados. A obrigação de benefício definido é calculada anualmente por atuários independentes. O valor presente da obrigação de benefício definido é determinado pela estimativa de saída futura de caixa.

(28)

(c) Participação dos empregados nos resultados

São registradas provisões para reconhecer a despesa referente à participação dos empregados nos resultados. Essas provisões são calculadas com base em metas qualitativas e quantitativas definidas pela Administração e contabilizadas no resultado como "Benefício para empregados".

2.21 Capital social

As ações ordinárias são classificadas no patrimônio líquido.

Os custos incrementais diretamente atribuíveis à emissão de novas ações ou opções são demonstrados no patrimônio líquido como uma dedução do valor captado, líquida de impostos.

Quando qualquer empresa do Grupo compra ações do capital da Companhia (ações em tesouraria), o valor pago, incluindo todos os custos adicionais diretamente atribuíveis (líquidos do imposto de renda), é deduzido do patrimônio atribuível aos acionistas da Companhia até que as ações sejam canceladas ou reemitidas. Quando essas ações são, subsequentemente, reemitidas, qualquer valor recebido, líquido de todos os custos adicionais da transação, diretamente atribuíveis e dos respectivos efeitos do imposto de renda e da contribuição social, é incluído no capital atribuível aos acionistas da Companhia.

2.22 Reconhecimento da receita

A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela comercialização de produtos e serviços no curso normal das atividades da Companhia. A receita é apresentada líquida dos impostos, das devoluções, dos abatimentos e dos descontos, e também após a eliminação das vendas entre empresas consolidadas.

A Companhia reconhece a receita quando: (i) o valor da receita pode ser mensurado com segurança; (ii) há probabilidade de benefícios econômicos futuros fluírem para a entidade e (iii) critérios específicos tenham sido atendidos para cada uma das atividades a Companhia, conforme descrição a seguir. O valor da receita não será considerado mensurável com segurança até que todas as condições relacionadas com a venda tenham sido resolvidas. A Companhia baseia suas estimativas em resultados históricos, levando em consideração o tipo de cliente, o tipo de transação e as especificações de cada venda.

(a) Venda de produtos e serviços

O reconhecimento da receita baseia-se nos princípios a seguir:

(i) Venda de produtos: As vendas são feitas à vista ou a prazo, em períodos de, no máximo, 30 dias. Essas vendas são reconhecidas, em geral, quando os produtos são entregues ao transportador e a propriedade da carga, bem como seus riscos são transferidos ao cliente.

(ii) Venda de serviços: a Companhia vende serviços de concretagem, co-processamento e transporte de cargas. Esses serviços são prestados com base no tempo e no material ou, como um contrato de preço fixo, e os termos do contrato, geralmente, variam entre menos de um e três anos. A receita de contratos de prestação de serviços de transporte por preço fixo é, em geral, reconhecida no período em que os serviços são prestados, usando o método linear de reconhecimento de receita conforme o período do contrato.

(29)

Se surgirem circunstâncias que possam alterar as estimativas originais de receitas, custos ou extensão do prazo para conclusão, as estimativas iniciais serão revisadas. Essas revisões podem resultar em

aumentos ou reduções das receitas ou custos estimados e estão refletidas no resultado no período em que a Administração tomou conhecimento das circunstâncias que originaram a revisão.

(b) Receita financeira

A receita financeira é reconhecida conforme o prazo decorrido, usando o método da taxa de juros efetiva. Quando uma perda (impairment) é identificada em relação a uma conta a receber (Outros valores a receber/ ativos financeiros), a Companhia reduz o valor contábil para seu valor recuperável, que corresponde ao fluxo de caixa futuro estimado, descontado à taxa de juros efetiva original do

instrumento. Subsequentemente, à medida que o tempo passa, os juros são incorporados às contas a receber, em contrapartida de receita financeira. Essa receita financeira é calculada pela mesma taxa de juros efetiva utilizada para apurar o valor recuperável, ou seja, a taxa original do contas a receber. 2.23 Distribuição de dividendos

A distribuição de dividendos para os acionistas da Companhia é reconhecida como um passivo nas demonstrações financeiras ao fim do exercício, com base no estatuto social. Qualquer valor acima do mínimo obrigatório somente é provisionado quando for aprovado pelos acionistas, em Assembléia Geral. 3 Adoção integral dos CPCs e

das IFRSs pela primeira vez

3.1 Base da transição para os CPCs / IFRSs 3.1.1 Aplicação do CPC 37 e 43 / IFRS 1

O processo de convergência das normas brasileiras de contabilidade, que teve como objetivo principal o alinhamento pleno das práticas contábeis adotadas no Brasil com as IFRSs abrangeu duas etapas: (i) a primeira, desenvolvida em 2008, com a emissão dos pronunciamentos contábeis CPC 01 ao CPC 14, que foram aplicados pela Companhia em suas demonstrações financeiras consolidadas encerradas em 31 de dezembro de 2008; (ii) a segunda, desenvolvida em 2009, com a edição dos pronunciamentos contábeis CPC 15 ao CPC 40 e 43 (exceto o CPC 34 - ainda não emitido), cuja adoção obrigatória ocorre em 2010, com efeito retroativo para o ano de 2009 apenas para fins comparativos.

As demonstrações financeiras individuais e consolidadas da Companhia para o exercício findo em 31 de dezembro de 2010 são as primeiras demonstrações financeiras anuais em conformidade com os CPCs e IFRSs.

A data de transição da Companhia é 1ode janeiro de 2009. A Companhia preparou seu balanço patrimonial de abertura segundo os CPCs e IFRSs nessa data.

Na preparação destas demonstrações financeiras de acordo com o IFRS 1/CPC 37, a Companhia aplicou as exceções obrigatórias relevantes e certas isenções opcionais em relação à aplicação completa

Referências

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