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Fundação de Seguridade Social

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POLÍTICA DE INVESTIMENTOS Vigência: 2017

Aprovada pelo Conselho Deliberativo em sua 207ª Reunião Ordinária, realizada em 14 de dezembro de 2016.

Brasília-DF, 14 de dezembro de 2016

Fundação de Seguridade Social

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 3

CAPÍTULO I - OBJETIVOS DA POLÍTICA DE INVESTIMENTOS ... 4

CAPÍTULO II – GOVERNANÇA, NORMAS E PROCEDIMENTOS ... 5

1. REQUISITOS DOS DIRIGENTES DA FUNDAÇÃO ... 5

2. ÓRGÃOS ESTATUTÁRIOS E CONSULTIVOS ... 6

3. CONTROLES INTERNOS E GESTÃO DE RISCOS ... 6

4. AUDITORIAS EXTERNAS ... 6

5. GESTÃO DOS INVESTIMENTOS... 7

6. AGENTE CUSTODIANTE E DE CONTROLADORIA ... 7

7. CONSULTORIAS ... 8

8. ADMINISTRADOR ESTATUTÁRIO TECNICAMENTE QUALIFICADO (AETQ) ... 8

9. ADMINISTRADOR RESPONSÁVEL PELOS PLANOS DE BENEFÍCIOS (ARPB) ... 8

10. CRITÉRIOS DE REGISTROS E AVALIAÇÃO CONTÁBIL DOS ATIVOS ... 9

CAPÍTULO III - ALOCAÇÃO DE RECURSOS ... 10

1. SETORES SELECIONADOS PARA INVESTIMENTO ...11

2. DIRETRIZES PARA OS SEGMENTOS DE APLICAÇÃO ...12

3. ESTRUTURA DE GESTÃO DOS INVESTIMENTOS ...14

4. ESTRATÉGIAS DE INVESTIMENTOS ...18

5. MACROALOCAÇÃO E RESULTADOS ESPERADOS POR PLANO ...20

6. PROJEÇÕES DE RESULTADOS PARA 2017 ...35

7. RESULTADOS CONSOLIDADOS ESPERADOS PARA 2017 ...38

CAPÍTULO IV - AVALIAÇÃO E CONTROLE DE RISCOS ... 39

1. RISCO DE MERCADO ...39 2. RISCO DE CRÉDITO ...41 3. RISCO LEGAL ...43 4. RISCO DE LIQUIDEZ ...44 5. RISCO OPERACIONAL ...44 6. RISCO SISTÊMICO ...44 CAPÍTULO V - CONCLUSÃO ... 46

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I

NTRODUÇÃO

A Política de Investimentos é planejada com visão de curto, médio e longo prazos tendo em vista cenários de referências, básico, otimista e pessimista, feitos por empresas qualificadas, de modo que eventuais choques na economia possam ser contemplados em cenários alternativos de stress. Na sua execução procura-se ajustar as necessidades de rentabilidade e fluxo financeiro com o pagamento dos benefícios previdenciários, com investimentos em negócios sustentáveis e rentáveis cujos ativos se perpetuem por longos períodos. Pode ser alterada em função de mudanças no cenário macroeconômico e não incide sobre exercícios anteriores nem sobre ativos adquiridos antes de sua vigência.

É elaborada anualmente, discutida nos Comitês Consultivos de Planos dos patrocinadores e discutida e aprovada no Comitê de Investimentos (CI). Após discussão e aprovação pela Diretoria Executiva, é apresentada, discutida e aprovada pelo Conselho Deliberativo. A base legal para a sua formulação é a Resolução CMN nº 3.792/09 e suas atualizações, que dispõe sobre as diretrizes de aplicação dos recursos garantidores dos planos administrados por Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC). A Política é consistente com o conceito do homem prudente, com investimentos diversificados, com limites claramente definidos para cada segmento de aplicação, com estratégias de alocação específicas para cada conjunto de planos de benefícios.

No capítulo I, Objetivos da Política de Investimentos, destaca-se o compromisso com a segurança, a prudência, as decisões colegiadas, a transparência e a ética no processo de administração dos ativos, observando-se as orientações dos órgãos reguladores, especialmente aqueles do GUIA PREVIC - Melhores Práticas de Investimentos.

No capítulo II, Governança, Normas e Procedimentos, são apresentados os critérios, normas e procedimentos de governança, os requisitos para os dirigentes, os órgãos estatutários, os controles internos e gestão de riscos, os colegiados consultivos, auditoria externa, agente custodiante e de controladoria, o Administrador Estatutário Tecnicamente Qualificado (AETQ), o Administrador Responsável pelos Planos de Benefícios (ARPB) e os critérios para a marcação dos ativos da Fundação.

No capítulo III, Alocação de Recursos, são apresentados os diferentes planos de benefícios e os cenários de longo prazo para a economia brasileira, pessimista, básico e otimista, os setores selecionados para investimentos, a alocação-objetivo dos recursos, as diretrizes para os segmentos de aplicação, os ativos elegíveis, as restrições para a gestão interna e externa, as estratégias de gestão em função do cenário estabelecido e descrição do processo de enquadramento dos planos.

No capítulo IV, Avaliação e Controle de Riscos, são elencados os limites definidos para investimentos em títulos emitidos por uma mesma pessoa jurídica, os critérios para operações com derivativos e os parâmetros para determinação dos riscos de mercado, de crédito, de liquidez, legal, operacional e sistêmico, em consonância com a legislação e com as recomendações constantes do GUIA PREVIC - Melhores Práticas em Fundos de Pensão.

Na estruturação desta Política foram considerados os critérios e preceitos do Manual de Governança Corporativa e do Código de Ética da Ceres, as recomendações da Associação Brasileira das Entidades de Previdência Privada (ABRAPP) e da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (ANBIMA), além de princípios e critérios de investimentos socialmente responsáveis. Os administradores zelam por elevados padrões éticos, exercem suas funções com boa fé, lealdade e diligência e adotam práticas de gestão com base nos princípios de segurança, rentabilidade, solvência, liquidez e transparência, visando garantir o cumprimento do seu dever fiduciário em relação aos participantes dos planos de benefícios.

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C

APÍTULO

I

-

O

BJETIVOS DA

P

OLÍTICA DE

I

NVESTIMENTOS

Na Política de Investimentos para 2017, tendo por base um processo de investimento prudente e consistente com os objetivos e estratégias com visão de longo prazo, incluindo questões ambientais, sociais e de governança corporativa, foram estabelecidos os seguintes objetivos:

a. Assegurar que os recursos garantidores dos planos administrados sejam aplicados de modo a obter, no mínimo, a rentabilidade equivalente à meta atuarial para os planos de Benefício Definido (BD) e ao Índice de Referência para os planos de Contribuição Variável (CV) e Contribuição Definida (CD), de modo a garantir o pagamento dos benefícios de cada um dos participantes, considerando os princípios de segurança, rentabilidade, solvência, liquidez e transparência;

b. Identificar e definir claramente as necessidades de rentabilidade e os requisitos de segurança, solvência, liquidez e transparência de cada classe de ativos administrado, por meio de objetivos de retorno, tolerâncias a risco e restrições de investimento. c. Estabelecer diretrizes para que os gestores conduzam o processo de investimento em

conformidade com os objetivos e restrições legais na aplicação dos recursos garantidores dos planos de benefícios complementares administrados;

d. Assegurar que o processo de investimento dos ativos seja independente da vontade de um gestor específico, posto que a decisão sobre investimentos dependerá de prévia análise do Grupo de Análise Preliminar de Investimentos (GAPI), das avaliações feitas pelo Comitê de Investimentos (CI) e da aprovação da Diretoria Executiva;

e. Garantir a transparência e a ética no processo de investimento segundo diretrizes, normas e critérios bem definidos, que possibilitem a avaliação dos riscos de cada operação de modo a garantir segurança, rentabilidade, solvência, liquidez e transparência ao patrimônio administrado;

f. Investir os recursos garantidores dos planos de benefícios administrados em projetos ou empresas socialmente responsáveis, sempre que possível, desde que atendidos os requisitos de segurança, rentabilidade, solvência, liquidez e transparência;

g. Garantir que os gestores, empregados, participantes, beneficiários, provedores externos de serviços e órgãos reguladores tenham o claro entendimento dos objetivos e restrições relativas à administração dos recursos garantidores dos planos de benefícios complementares.

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C

APÍTULO

II

G

OVERNANÇA

,

N

ORMAS E

P

ROCEDIMENTOS

Com as práticas de governança corporativa em uso procura-se converter princípios em ações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e aperfeiçoar valores, incorporando considerações de ordem social e ambiental na definição dos negócios e operações de investimentos. As estruturas colegiadas em vigor, com representantes dos patrocinadores, participantes e assistidos, têm sido relevantes neste processo.

A transparência na gestão tem gerado um clima de confiança, tanto internamente quanto nas relações com terceiros. Não é restrita à gestão dos investimentos, pois contempla também outros fatores que norteiam a ação gerencial e que conduzem à criação de valor. Mais do que a obrigação de informar seguindo preceitos normativos previsto na legislação, são disponibilizadas para as partes interessadas as informações de interesse através de diferentes veículos de comunicação e via os programas de educação financeira e previdenciária. A prestação de contas, no sentido de accountability, é uma rotina da gestão, com disponibilização de informações tempestivas e adequadas a todos os integrantes do sistema, além das que são obrigatórias por lei ou regulamento, tão logo estejam disponíveis. As informações são rotineiras, equilibradas e de qualidade, em linguagem acessível e clara, com prevalência da substância sobre a forma, abordando tanto os aspectos positivos quanto os negativos, de modo a oferecer aos interessados uma visão adequada e a correta compreensão sobre a gestão dos recursos pela Fundação. O princípio da equidade tem sido caracterizado pelo tratamento justo de todos os atores partícipes, sem atitudes ou políticas discriminatórias.

O risco de governança, comum em qualquer instituição, perpassa todas as áreas de gestão da entidade. Os agentes de governança zelam e praticam princípios de sustentabilidade, incorporando às estratégias de gestão considerações de ordem econômica, social e ambiental. Além disso, procura-se mitigar este risco com uma estrutura adequada de governança e de gestão na qual se considera as características dos diferentes planos de benefícios, o número de participantes ativos e assistidos e o atendimento aos marcos regulatórios, garantindo a segregação de funções e privilegiando as decisões colegiadas visando evitar e/ou reduzir os riscos relacionados à concentração de poderes.

1. REQUISITOS DOS DIRIGENTES DA FUNDAÇÃO

A partir da vigência das Leis Complementares nº 108/2001 e nº 109/2001, as responsabilidades dos diretores e conselheiros das EFPC, agentes responsáveis pela gestão, pelas diretrizes administrativas e pela definição das políticas e estratégias, foram definitivamente incorporadas aos planos de trabalhos. Os dirigentes e gestores tem o compromisso de:

a. Atuar com boa fé, zelo, diligência e lealdade, pautando-se por elevado padrão de conduta ética e evitando conflitos de interesse;

b. Agir de forma consensual, estimulando o trabalho em equipes competentes, com especialistas nas diversas áreas de atuação;

c. Inteirar-se constantemente sobre os aspectos legais que envolvem a previdência complementar;

d. Ser transparentes e precisos nas informações prestadas aos participantes, aos órgãos reguladores e fiscalizadores e demais parceiros;

e. Buscar constante profissionalização e atualização técnica gerencial, compatível com a exigência legal e estatutária e com a complexidade das funções exercidas.

Os membros dos órgãos estatutários são profissionais experientes em matérias relacionadas à previdência complementar, são signatários do Código de Ética da Fundação, possuem formação superior e cursos de pós-graduação em diferentes áreas e têm tido forte atuação

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colegiada, fato que tem fortalecido a sustentabilidade na gestão dos investimentos. A maioria dos gestores estatutários são certificados pelo Instituto de Certificação dos Profissionais de Seguridade Social (ICSS) e os analistas de investimentos e de riscos são certificados pelo ICSS ou pela ANBIMA. Além destes, a maioria dos gerentes também é certificada pelo ICSS, todos membros dos comitês consultivos de planos nos patrocinadores possuem curso superior e muitos são detentores de títulos de pós-graduação.

2. ÓRGÃOS ESTATUTÁRIOS E CONSULTIVOS

Os órgãos estatutários são o Conselho Deliberativo, o Conselho Fiscal e a Diretoria Executiva. Os órgãos consultivos relacionados à área de investimentos são o Grupo de Avaliação Preliminar de Investimentos (GAPI) e o Comitê de Investimentos (CI). Os órgãos consultivos relacionados à área de benefícios são o Grupo de Avaliação Preliminar de Seguridade (GAPS) e o Comitê de Seguridade (CS). Os Comitês Consultivos de Planos (CCP), colegiados subordinados à diretoria dos patrocinadores, são órgãos auxiliares dos patrocinadores em ambas as áreas.

3. CONTROLES INTERNOS E GESTÃO DE RISCOS

Os riscos que possam comprometer a realização dos objetivos dessa Política de Investimentos são continuamente identificados, avaliados, controlados e monitorados, atribuições realizadas por todas as áreas operacionais e, especificamente pelo Conselho Fiscal, que tem a responsabilidade pelo efetivo controle sobre a gestão, alertando, sugerindo e emitindo pareceres sobre os atos de gestão. Internamente, a responsabilidade pelo controle interno e gestão dos riscos é de responsabilidade específica da Gerência de Controles Internos e Gestão de Riscos (Gecor), que pode utilizar consultoria externa para este fim.

A utilização de matriz de risco e controle permite a mensuração dos riscos pelo grau de impacto e ocorrência e a geração de relatórios de monitoramento, utilizados pela Diretoria Executiva, pelos Conselhos, por auditorias externas, auditorias internas, auditorias dos patrocinadores e área de compliance. Os mecanismos de controles internos foram reforçados para o fiel cumprimento das determinações emanadas da Resolução CMN nº 3.792/09 e suas atualizações. A Gecor é responsável pelo planejamento e coordenação das atividades de controles internos e gestão de riscos, visando garantir a proteção dos ativos e passivos da Fundação, a promoção da eficiência operacional, a obtenção de informação precisa e confiável e a obediência e respeito às políticas da administração. Para tanto, cumpre e faz cumprir a legislação previdenciária, de investimentos e contábil, e acompanha os resultados, zelando pela perfeita adequação às normas e resoluções vigentes, fazendo o acompanhamento e controle do orçamento, das informações gerenciais e dos custos.

4. AUDITORIAS EXTERNAS

São mantidos contratos de auditoria independente para avaliação da legalidade e pertinência dos procedimentos técnicos, operacionais e de controle realizados, envolvendo os aspectos contábeis, de governança e de gestão, conforme previsto na Resolução MPS/CNPC nº 08/2011 e suas atualizações e na Instrução Normativa MPS/SPC nº 34/2009 e suas atualizações. Existe também a auditoria sistemática realizada pelo patrocinador Embrapa, que examina os aspectos contábeis, financeiros, as concessões de benefícios e suas atualizações, e as operações com participantes.

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7 5. GESTÃO DOS INVESTIMENTOS

Para garantir o permanente equilíbrio econômico-financeiro entre o ativo e o passivo atuarial de cada plano, são utilizadas regras, procedimentos e mecanismos de controles internos e de avaliação de riscos, observados o porte, a complexidade, a modalidade e a forma de gestão de cada um dos planos de benefícios administrados. Na gestão dos investimentos são realizados acompanhamentos contínuos e sistemáticos que visam reduzir riscos e maximizar a rentabilidade. A Fundação possui uma estrutura de governança corporativa para assegurar que o processo de gestão dos investimentos seja seguro, transparente, participativo e independente de decisões individualizadas, com o máximo de representatividade em todas as instâncias, garantindo a participação de representantes de todos os planos administrados, de seus patrocinadores, participantes e assistidos. As decisões relevantes e que causam impacto na gestão da entidade ou dos planos de benefícios são tomadas, prioritariamente, por órgãos colegiados, formados pelo Grupo de Análise Preliminar de Investimentos (GAPI), pelo Comitê de Investimentos (CI) e pela Diretoria Executiva. Os Comitês Consultivos de Planos atuam como órgãos auxiliares na discussão e elaboração da Política de Investimentos.

5.1. Grupo de Análise Preliminar de Investimentos (GAPI)

As propostas de negócios encaminhadas à Ceres são registradas em protocolo específico. Sob a supervisão do Diretor de Investimentos, resumos de cada proposta são preparados e submetidos à análise do Grupo de Análise Preliminar de Investimentos. Esse grupo técnico é responsável pela análise preliminar e pelo acompanhamento de todas as propostas de negócios submetidas à Ceres quanto à sua adequação à Política de Investimentos e à legislação pertinente. As propostas recomendadas pelo GAPI são encaminhadas à Gerência de Investimentos (Geinv), Gerência de Controles Internos e Gestão de Riscos (Gecor) e Gerência Jurídica (Gejur) para a análise e preparo de relatório técnico detalhado, a ser submetido à análise do Comitê de Investimentos. Os investimentos realizados no período que antecede a reunião e os investimentos possíveis de serem realizados no período posterior à reunião, são apresentados para conhecimento e discussão neste colegiado.

5.2. Comitê de Investimentos (CI)

Parte fundamental da estratégia de governança, o Comitê de Investimentos é um colegiado consultivo, responsável pela análise dos relatórios técnicos das propostas de negócios. É constituído pelos diretores, pelos gerentes de controles internos e gestão de riscos e de investimentos e representantes dos participantes, dos assistidos, dos patrocinadores e do Conselho Deliberativo. As decisões são tomadas por maioria simples de votos, registrados individualmente, e comunicadas à Diretoria Executiva, a quem cabe a decisão final sobre o investimento.

5.3. Comitê Consultivo de Planos (CCP)

São colegiados consultivos internos em cada patrocinador, subordinados diretamente à alta administração, que têm por objetivo o assessoramento nos assuntos relacionados aos planos de previdência complementar.

6. AGENTE CUSTODIANTE E DE CONTROLADORIA

O Banco Bradesco S.A. é o agente custodiante, responsável pela consolidação e efetivo acompanhamento das movimentações dos títulos e valores mobiliários integrantes das diversas

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carteiras que compõem os segmentos de aplicação. Cabe ao custodiante executar as liquidações física e financeira das operações, realizar o apreçamento dos ativos e valores mobiliários nas carteiras de investimentos dos planos, observando os critérios de precificação estabelecidos pela Ceres e, como agente de controladoria, verificar se as operações estão em consonância com a legislação e a Política de Investimentos, podendo impedir a concretização daquelas que considerar incoerentes ou que estejam em desacordo com a legislação vigente.

7. CONSULTORIAS

A consultoria referente ao acompanhamento da Política de Investimentos e à análise de desempenho, bem como ao gerenciamento de riscos e controles internos, incluindo a identificação e análise de todos os dados necessários para a sustentação dos estudos e dos pareceres sobre gestão de riscos e controles internos emitidos pelo Conselho Fiscal, e se necessário, a implementação de novos controles associados às boas práticas de mercado, é prestada pela empresa RiskOffice. O estudo de macroalocação de ativos, realizado em 2016, e utilizado nesta Política de Investimentos foi elaborado pela Luz Engenharia Financeira Ltda. Os os estudos de aderência das premissas atuariais dos planos de benefícios é realizado pela Vesting Consultoria Financeira e Atuarial Ltda.

8. ADMINISTRADOR ESTATUTÁRIO TECNICAMENTE QUALIFICADO (AETQ)

O Administrador Estatutário Tecnicamente Qualificado (AETQ) para todos os segmentos de aplicação, responsável pela gestão, alocação, supervisão, controle de risco e acompanhamento dos recursos garantidores de seus planos e pela prestação de informações relativas à aplicação desses recursos é o Diretor de Investimentos, Economista Dante Daniel Giacomelli Scolari, profissional certificado pelo Instituto de Certificação dos Profissionais de Seguridade Social (ICSS), pelo Conselho Regional de Economia (Corecon) e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a seguir qualificado:

9. ADMINISTRADOR RESPONSÁVEL PELOS PLANOS DE BENEFÍCIOS (ARPB)

O Administrador Responsável pelos Planos de Benefícios, responsável pela adoção e aplicação das hipóteses biométricas, demográficas, econômicas e financeiras, é o Diretor de Seguridade, Bacharel em Direito, José João Reis, profissional certificado pelo Instituto de Certificação dos Profissionais de Seguridade Social (ICSS), a seguir qualificado:

Nome: José João Reis CPF: 179.074.541-15

Cargo: Diretor de Seguridade

Telefone para contato: (61) 2106-0217 E-mail para contato: jreis@ceres.org.br

Nome: Dante Daniel Giacomelli Scolari CPF: 161.825.610-68

Cargo: Diretor de Investimentos

Telefone para contato: (61) 2106-0203; (61) 2106-0223 E-mail para contato: dante@ceres.org.br

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A avaliação atuarial dos planos de benefícios, fundamental para a política de investimentos, é feita com base em hipóteses biométricas, demográficas, econômicas e financeiras adequadas às características de cada plano, da sua massa de participantes, assistidos e beneficiários, ao ambiente econômico, à legislação em vigor e à atividade desenvolvida por cada patrocinador. Estas hipóteses representam expectativas de longo prazo, pois se destinam a prever os compromissos futuros até o encerramento dos planos de benefícios. Nas avaliações são consideradas as tendências futuras nos procedimentos atuariais, principalmente no que diz respeito a variações esperadas nas taxas de juros e expectativas atuais de mortalidade e longevidade do conjunto dos participantes e assistidos, bem como as tendências de aumento da expectativa de vida de participantes, assistidos e pensionistas de cada plano de benefícios administrado.

10. CRITÉRIOS DE REGISTROS E AVALIAÇÃO CONTÁBIL DOS ATIVOS

Os ativos são registrados pelos valores efetivamente pagos e classificados de acordo com a Resolução CGPC n° 04/2002 em Títulos para Negociação e Títulos Mantidos até o Vencimento.

10.1. Títulos e Valores Mobiliários

10.1.1. Títulos para Negociação

São os títulos e valores mobiliários adquiridos com o propósito de serem negociados, independentemente do prazo a decorrer da data de aquisição, em carteira própria ou em fundos exclusivos. São ajustados pelo valor de mercado, no mínimo por ocasião dos balancetes mensais, balanços e demonstrativos de investimentos. Os ativos sob custódia da instituição contratada pela Ceres são precificados de acordo com Manual de Precificação próprio.O apreçamento é estabelecido em consonância com as normas baixada pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários, com base em critérios consitentes e passíveis de verificação, que servem como parâmetros. Para os títulos e valores mobiliários que possuem divulgação diária de preços, o apreçamento utiliza as fontes de referência: Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA); o site www.debentures.com.br; Balcão Organizado de Ativos e Derivativos (CETIP); Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC); Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (BMF&BOVESPA); Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC); e outras fontes reconhecidas pelo Banco Central do Brasil (Bacen) e Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Para aqueles que não possuem divulgação diária de preços, o apreçamento é realizado pelo custo de aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos.

10.1.2. Títulos Mantidos até o Vencimento

São registrados os títulos e valores mobiliários de baixo risco de crédito, exceto as ações não resgatáveis, com a intenção de manutenção em carteira até o vencimento, desde que tenham prazo mínimo a decorrer de 12 (doze) meses da data de aquisição, independentemente se alocados na carteira própria ou nos fundos exclusivos. Estes ativos são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos. A alienação de títulos públicos federais classificados nessa categoria atenderá aos critérios estabelecidos na Resolução CGPC nº 15, de 23 de agosto de 2005.

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APÍTULO

III

-

A

LOCAÇÃO DE

R

ECURSOS

A Resolução CMN nº 3.792/09 e suas atualizações estabelecem a aplicação de recursos entre os diversos segmentos e a definição de limites, com base em uma estratégia de alocação de ativos, parametrizada de acordo com os compromissos atuariais. Uma das ferramentas utilizadas para a gestão de ativos com foco nos compromissos atuariais é o Estudo de Macroalocação de Ativos que utiliza modelos matemáticos como o Asset Liability Management (ALM) e a Fronteira Eficiente. O seu uso tem como objetivo principal indicar os riscos dos passivos atuariais dos planos de benefícios comparativamente à gestão dos investimentos, de forma a atender não somente à solvência para pagamento do fluxo previdencial, mas também à rentabilidade exigida. É uma importante ferramenta que auxilia a alocação estratégica de recursos, a prospecção de cenários macroeconômicos e financeiros e a identificação dos fluxos de pagamentos de benefícios e respectivos riscos atuariais, com a finalidade de propiciar a melhor alocação dos ativos de investimento para a cobertura dos passivos atuariais dos planos, com base nos cenários esperados e diretrizes estabelecidas.

A Ceres é uma fundação multipatrocinada, gestora de dezessete planos de benefícios e um Plano Geral de Administração (PGA), detalhados a seguir:

a. Três planos de benefício definido (básicos) fechados, dos patrocinadores Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (EMATER-MG) e Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), nos quais todos os participantes são assistidos;

b. Três planos saldados, dos patrocinadores Epagri, EMATER-MG e EPAMIG, com participantes ativos e assistidos.

c. Dois planos de benefício definido (básicos) fechados, dos patrocinadores Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Ceres – Fundação de Seguridade Social, com participantes ativos e assistidos.

d. Sete planos de Contribuição Variável (CV) dos patrocinadores Embrapa, Ceres, Epagri, EMATER-MG, EPAMIG, CIDASC e EMATER-DF, com participantes ativos na sua grande maioria.

e. Um plano de Contribuição Definida (CD) do patrocinador Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), com participantes ativos.

f. Um plano de benefício definido (básico), da extinta patrocinadora Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMBRATER), constituído somente de assistidos, que continua na gestão da Fundação Ceres por decisão judicial.

No decorrer do ano de 2017, a gestão dos recursos dos planos administrados pela Ceres será realizada em função da nova estrutura, definida em 2016. A nova estrutura compreende a constituição de diversos veículos de investimentos sob o formato de fundos de investimentos exclusivos, destinados à alocação dos recursos do segmento da renda fixa. Esses fundos, originados da cisão dos fundos exclusivos Eros e Tranquilidade, proporcionarão uma maior segregação real de ativos, permitindo maior aderência da gestão dos recursos às características dos passivos de cada plano. O Eros e o Tranquilidade permanecerão, sob o formato de fundos ou carteiras administradas, com os ativos indivisíveis ou com as frações dos ativos não cindidas. No segmento da renda variável, os recursos dos planos continuarão sendo alocados no Fundo Exclusivo Agrociência. Além dos fundos exclusivos com gestão própria, parte dos recursos aplicados nos segmentos de renda fixa, renda variável e investimentos estruturados é terceirizada.

Nas carteiras próprias de cada plano, além das quotas de fundos de investimentos, podem ser realizados investimentos com base em estratégias específicas, gestão segregada e

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individualizada, tendo em vista a realidade de cada um dos planos de benefícios. Esta sistemática significa que os planos podem apresentar diferentes rentabilidades.

Os recursos são alocados, sempre que possível, em segmentos de aplicação e em empresas ou projetos que sejam socialmente responsáveis, assim entendidos aqueles que criam valor para todos os envolvidos, de modo a garantir segurança, rentabilidade, solvência, liquidez e transparência. Os critérios, limites e parâmetros para a gestão dos recursos administrados foram definidos em estrita observância à legislação vigente, em especial à Resolução CMN nº 3.792/09 e suas atualizações.

1. SETORES SELECIONADOS PARA INVESTIMENTO

Os setores considerados prioritários para investimentos a partir de 2017 são:

a. Finanças e bens de capital: o aumento do emprego e da renda tem estimulado a demanda por bens de capital e a oferta de financiamentos, incrementando as receitas das instituições financeiras provenientes dessa linha de negócios, com destaque para construção civil e automóveis, além de crédito direto ao consumidor via empréstimos consignados.

b. Infraestrutura, logística e transportes: o país precisa urgentemente de fortes investimentos em logística e transportes (terrestre, marítimo e aéreo), para atender a demanda dos consumidores internos e as exportações de produtos metálicos e agropecuários. Há a necessidade, também, de fortes investimentos, tanto públicos como privados, em energia elétrica, saneamento e serviços portuários. O setor de infraestrutura pode significar oportunidades atrativas de investimentos específicos. c. Varejo e consumo: em que pese a redução do nível de emprego, ainda existe

crescimento do consumo no mercado interno, com destaque para os setores de serviços (saúde, educação e lazer), telecomunicações, alimentos e comércio de bens duráveis e semi-duráveis.

d. Papel e celulose: o crescimento do mercado interno, com aumento real de salários e entrada de milhões de novos consumidores, tem aumentado significativamente o consumo de papel e celulose. Os fundamentos econômicos, inclusive para o mercado internacional, continuam favoráveis.

e. Títulos públicos de crédito: no segmento de crédito, existe uma expectativa de que os títulos públicos federais continuarão a pagar taxas de mercado acima das taxas de juros das metas estabelecidas para os diferentes planos de benefícios.

Independente de setor da economia, empresas sólidas, com grande potencial de geração de caixa, bom histórico de pagamento de dividendos e bom ranking de crédito e de riscos, podem ser consideradas como alvo de investimento.

Na gestão dos investimentos em 2017 permanece a estratégia de monitoramento constante e permanente da carteira de ações e dos demais ativos dos planos, visando à adequação da gestão se ocorrerem mudanças significativas. Tais adequações serão realizadas de forma pontual dentro dos segmentos de aplicação. Assim, uma deterioração significativa do cenário básico pode implicar em uma redução da exposição aos riscos da renda variável e de ativos de crédito, fortalecendo posições mais conservadoras em aplicações mais tradicionais, como os títulos públicos, se as taxas forem suficientes para alcançar a meta atuarial de cada plano. Por outro lado, uma melhoria desse cenário, pode significar novas oportunidades, respeitando-se os limites superior e inferior de macroalocação dos recursos estabelecidos na legislação e nesta Política de Investimentos.

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12 2. DIRETRIZES PARA OS SEGMENTOS DE APLICAÇÃO

2.1. Gestão Própria

2.1.1. Segmento de Renda Fixa.

A meta de rentabilidade proposta para o segmento é superar as Metas Atuariais dos planos de Benefício Definido (BD) e dos planos Saldados (SD) e os Índices de Referência dos planos de Contribuição Variável (CV), Contribuição Definida (CD) e PGA. Os ativos e operações elegíveis, assim como seus limites de aplicação, para o segmento de Renda Fixa dos planos de Benefício Definido (BD), Contribuição Variável (CV) e Contribuição Definida (CD) são aqueles definidos na Resolução CMN nº 3.792/09 e suas atualizações. As restrições para a gestão interna são aquelas abaixo listadas:

a. Não são permitidas operações indexadas à Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) e à Taxa Básica Financeira (TBF);

b. Títulos privados e seus emissores devem estar em conformidade com a política de risco de crédito definida neste documento;

c. Só podem ser adquiridos papéis bancários e não bancários classificados como de baixo risco de crédito na data de sua aquisição, de acordo com os parâmetros de classificação estabelecidos nesta Política de Investimentos e Instruções Normativas.

2.1.2. Segmento de Renda Variável

O benchmark do segmento é IBrX – 100, buscando rentabilidade compatível com as Metas Atuariais vigentes para cada plano de Benefício Definido (BD) e plano Saldado (SD) e com os Índices de Referência para cada plano de Contribuição Variável (CV) e Contribuição Definida (CD). Os ativos e operações elegíveis, assim como seus limites de aplicação, para o segmento de Renda Variável dos planos de Benefício Definido (BD), planos Saldados (SD), Contribuição Variável (CV) e Contribuição Definida (CD) são aqueles definidos na Resolução CMN nº 3.792/09 e suas atualizações. As restrições para a gestão interna são aquelas abaixo listadas:

a. Operações de venda de opções de compra a descoberto e venda de opções de venda envolvendo ações. No entanto, será permitida a venda de opções do Índice Bovespa à vista ou no futuro, em volume menor ou igual ao patrimônio da carteira de ações da Fundação com o objetivo específico de hedge.

b. É vedada a realização de operação de Day-trade.

2.1.3. Segmento de Investimentos Estruturados

A meta de rentabilidade para o segmento é superar as Metas Atuariais dos planos de Benefício Definido (BD) e dos planos Saldados (SD) e os Índices de Referência dos planos de Contribuição Variável (CV). Para os Fundos de Investimento em Participações (FIP), Fundos Mútuos de Investimento em Empresas Emergentes (FMIEE) e Fundos de Investimento Imobiliário (FII), a comparação entre o retorno do investimento e a meta de rentabilidade será apurada no término dos respectivos períodos de desinvestimento, tendo em vista a peculiaridade desses fundos que geralmente não apresentam evolução do valor de suas cotas durante o período de investimento.

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Os ativos e operações elegíveis, assim como seus limites de aplicação, para o segmento de Investimentos Estruturados dos planos de Benefício Definido (BD), planos Saldados (SD), Contribuição Variável (CV) e Contribuição Definida (CD) são aqueles definidos na Resolução CMN nº 3.792/09 e suas atualizações. As restrições para a gestão interna, excetuando os investimentos já realizados, são:

a. O limite máximo de aplicação em um mesmo FIP e FMIEE será de 3% do total dos recursos dos planos administrados; e

b. Os FIP’s e FMIEE’s que possuam como cotistas, individualmente ou em conjunto, pelo menos um dos agentes da operação (gestor, administrador, consultor, etc) com participação mínima de 5% (cinco por cento) do capital comprometido e onde a Ceres participe, direta ou indiretamente, do respectivo comitê de investimentos terão prioridade de investimento. Estas restrições não se aplicam aos FIP´s que investem no setor imobiliário.

2.1.4. Segmento de Imóveis

A meta de rentabilidade estimada para o segmento é superar as Metas Atuariais dos planos de Benefício Definido (BD) e dos planos Saldados (SD). Os ativos e operações elegíveis, assim como seus limites de aplicação, para o segmento de Imóveis dos planos de Benefício Definido (BD) e planos Saldados (SD) são aqueles definidos na Resolução CMN nº 3.792/09 e suas atualizações.

2.1.5. Segmento de Operações com Participantes

A meta de rentabilidade para o segmento é superar as Metas Atuariais dos planos de Benefício Definido (BD) e dos planos Saldados (SD) e os Índices de Referência dos planos de Contribuição Variável (CV) e Contribuição Definida (CD). A alocação será feita em estreita observância a Resolução CMN nº 3.792/09 e suas atualizações. As taxas de juros, de administração e de seguro utilizadas na concessão de empréstimos aos participantes serão analisadas anualmente, de modo a compatibilizar os ditames daquela Resolução com os interesses dos participantes, assistidos e pensionistas. Essas alocações são regidas por normas internas específicas. Os financiamentos imobiliários estão suspensos.

2.2. Diretrizes para os Segmentos de Aplicação – Gestão Externa

São permitidos investimentos nos diferentes segmentos de aplicação através de fundos de investimentos. As aplicações em fundos pertencentes ao segmento de Investimentos Estruturados atenderão somente às restrições do item 3.1.3. A gestão dos recursos pode ser delegada a terceiros mediante a aquisição de cotas de fundos de investimentos, seja através dos fundos exclusivos ou diretamente na carteira dos planos. Serão permitidas aplicações em investimentos no exterior em 2017, observando a estratégia de investimento de cada plano.

2.2.1. Fundos e Carteiras Exclusivos Discricionários

Na gestão destes fundos e carteiras serão rigorosamente obedecidas as determinações da Resolução CMN nº 3.792/09 e suas atualizações. Os ativos e operações elegíveis, seus limites e a escolha de gestores serão definidos em regulamentos específicos. Esses fundos serão analisados no Comitê de Investimentos e aprovados pela Diretoria Executiva.

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Na gestão destes fundos serão rigorosamente obedecidas as determinações da Resolução CMN nº 3.792/09 e suas atualizações. As restrições impostas nessa Política de Investimentos não se aplicam a esses fundos, que serão analisados pelo GAPI e Comitê de Investimentos e aprovados pela Diretoria Executiva. A escolha dos fundos é baseada em critérios técnicos e objetivos.

3. ESTRUTURA DE GESTÃO DOS INVESTIMENTOS

No decorrer do ano de 2016, a Ceres deu continuidadade aos os estudos iniciados em 2014, para implementar uma estrutura de gestão dos recursos dos planos administrados mais adequada aos planos administrados, visando promover maior aderência da gestão dos investimentos às características dos passivos atuariais, agregando valor através da transparência do patrimônio, da apresentação dos resultados e da mensuração das despesas dos planos e melhorando a segregação real dos ativos administrados. Inicialmente, o projeto de segregação envolve as aplicações no segmento da renda fixa e, ao longo do tempo, poderá ser estendido aos ativos de outros segmentos.

Atualmente, os investimentos dos planos na renda fixa estão segregados de forma virtual, ou seja, a segregação se dá pela aquisição das cotas dos fundos de investimentos em renda fixa exclusivos Eros e Tranquilidade. A utilização de apenas esses dois veículos de gestão das aplicações traz limitações quanto à adequação do vencimento dos investimentos ao perfil do passivo de cada plano. Nem sempre a data de vencimento de um ativo é adequada ao pagamento dos benefícios futuros de todos os planos. Além disso, sómente com esses dois fundos não é possível identificar claramente os ativos pertencentes a cada plano, uma vez que tais ativos estão alocados nas carteiras dos fundos, cujas cotas são adquiridas pelos planos.

A estrutura almejada consiste na constituição de diversos fundos de investimentos, exclusivos para cada plano ou conjunto de planos, originados da cisão dos atuais fundos Eros e Tranquilidade, respeitando a proporcionalidade da participação dos planos como cotistas desses fundos.

Para auxiliar na elaboração desses estudos, foi contratado os serviços da consultoria Luz Engenharia Financeira Ltda, que avaliou a estrutura de gestão dos investimentos em vigor,

vis-a-vis os perfis dos passivos e ativos, a duration dos planos, seus patrimônios e as respectivas

taxas de juros das metas atuariais dos planos BD ou índices de referências dos planos CV e CD, e os custos adicionais envolvidos com a criação de novos fundos de investimentos de renda fixa exclusivos. Foi considerado também a real possibilidade da consolidação dos atuais planos básicos e saldados das patrocinadoras Epamig, EMATER-MG e Epagri em apenas um plano para cada patrocinador. Esse agrupamento já ocorreu com o patrocinador Ceres e, não se pode descartar que tal movimento possa acontecer futuramente com esses patrocinadores Epagri, Emater/MG e Epamig. Caso isso ocorra, haveria a necessidade de agrupar os fundos que seriam criados de forma independente para os planos básicos e saldados. Esse aspecto contribuiu para o entendimento de agrupar os planos básico e saldado em um único fundo, para cada patrocinador.

O resultado foi uma estrutura de gestão mais adequada com a criação de seis fundos, mantendo, da melhor forma possível, os recursos dos patrocinadores dos planos básico e saldados em veículos distintos. Essa nova estrutura é a seguinte:

• Criação de quatro fundos de investimento para a gestão dos cinco planos da modalidade benefício definido (básicos e saldados), sendo:

o Um fundo exclusivo para alocar os recursos do plano Embrapa Básico;

o Um fundo exclusivo para alocar os recursos dos planos Epagri Básico e Epagri Saldado;

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15 o Um fundo exclusivo para alocar, em conjunto, os recursos dos planos da

EMATER-MG Básico, EMATER-EMATER-MG Saldado e Ceres Básico; e

o Um fundo exclusivo para alocar os recursos dos planos EPAMIG Básico e EPAMIG Saldado.

• Criação de dois fundos de investimento para a gestão dos recursos garantidores dos planos na modalidade de contribuição variável (CD) e contribuição definida (CV), sendo:

o Um fundo para as parcelas BD dos planos de Contribuição Variável (CV) da Embrapa, Epagri, EMATER-MG, EPAMIG, Ceres, CIDASC e EMATER-DF (somente com assistidos)

o Um fundo de investimento para as parcelas CV dos planos de Contribuição Variável (CV) da Embrapa, Epagri, EMATER-MG, EPAMIG, Ceres, EMATER-DF, CIDASC (participantes ativos), ABDI e PGA.

Após a cisão dos fundos Eros e Tranquilidade, as carteiras dos novos fundos serão, gradativamente, adequadas ao perfil dos passivos dos planos detentores de suas cotas, tendo como parâmetros de alocação os estudos de macroalocação dos ativos. Os ativos indivisíveis e as frações não cindidas permanecerão na carteira do Eros e do Tranquilidade até os respectivos vencimentos.

Na renda variável, os recursos dos planos continuam sendo aplicados no fundo Agrociência, mantendo a segregação por cotas. A estratégia do Agrociência é superar o índice IBrX Índice Brasil (IBrX 100), que mede o retorno de uma carteira teórica composta por 100 ações selecionadas entre as mais negociadas na BM&FBOVESPA, inclusive com a possibilidade de operações de hedge para proteção da carteira.

No segmento de investimentos estruturados, permanece a segregação dos ativos por cotas, sendo as posições detidas pelos planos nos diversos fundos registradas diretamente na carteira própria.

No segmento de imóveis, a segregação será mantida de forma virtual, contemplando a participação proporcional que os planos detêm nos imóveis para renda e participação em shoppings centers.

No segmento de operações com participantes, a segregação por planos é real, pois demonstra os saldos individualizados de cada plano referentes aos empréstimos simples e financiamentos imobiliários, registrados em seus balanços.

3.1 Cenários macroeconômicos e Macroalocação dos Ativos

Na formulação da política de investimentos de 2017, foi contratada a empresa Luz Engenharia Financeira Ltda., para elaborar os estudos de macroalocação e adequação de ativos dos planos de beneficios administrados pela Ceres.

Os estudos de macroalocação de ativos contemplam a aplicação de modelos matemáticos distintos, conforme as características dos planos, considerados os fluxos atuariais dos planos de benefícios e a definição de um cenário macroeconomico esperado, de forma a gerar as expectativas de retornos e riscos esperados para cada classe de ativos. Com base nos retornos projetados por classes de ativos, o modelo realiza a alocação intertemporal ótima dos ativos, considerando o pagamento dos fluxos de passivos.

O cenário utilizado no estudo foi estimado mediante as projeções dos vértices dos segmentos de aplicação, contemplando as expectativas de mercado para as taxas de juros e de inflação, influenciado os retornos para os ativos pós-fixados (CDI/SELIC), pré-fixados (PRE1- e PRE1+) e indexados à índices de preços (IPCA5- e IPCA5+). Foram realizadas estimativas

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para a bolsa de valores, fundos multimercados livres (estruturados) e investimentos no exterior. Essas duas últimas categorias de aplicação, embora consideradas no cenário para a montagem do modelo de ALM, não são prioridades da estratégia de gestão dos recursos dos planos para o exercício de 2017.

As classes de ativos consideradas foram:

• Títulos pós-fixados: CDI - taxas de juros a termo com vencimento em 1 dia útil, calculadas pela Curva SWAP CDI x IPCA.

• Títulos prefixados de curto prazo (vencimento em 1 ano) e de médio prazo (vencimento em 5 anos):

o PRE 1-: taxas de juros a termo com vencimento em 252 dias úteis, calculadas a partir do desconto das taxas de juros da curva NTN-F pela curva de inflação implícita para os mesmos prazos;

o PRE 1+: taxas de juros a termo com vencimento em 1260 dias úteis, calculadas a partir do desconto das taxas de juros da curva NTN-F pela curva de inflação implícita para os mesmos prazos.

• Títulos indexados à inflação IPCA de médio prazo (vencimento em 2 anos) e de longo prazo (vencimento em 10 anos):

o IPCA 5-: taxas de cupons de juros reais a termo com vencimento em 504 dias úteis, calculadas pela Curva NTN-B;

o IPCA 5+: taxas de cupons de juros reais a termo com vencimento em 2520 dias úteis, calculadas pela Curva NTN-B.

• Renda Variável, calculado com prêmios acima do CDI.

• Títulos mantidos até o vencimento, marcados na curva: média ponderada dos cupons de juros pelo volume investido em cada um dos títulos mantidos na carteira do plano de benefícios.

o Curva (até 2021) e Curva 2021 (a partir de 2021).

• Investimentos Estruturados, calculado com prêmios acima do CDI, tendo como base o Índice de Hedge Funds ANBIMA – IHFA.

• As taxas utilizadas no cenário econômico são taxas de juros reais, calculadas em relação ao IPCA.

Para as classes de ativos pós-Fixados (CDI/SELIC), prefixados de curto e longo prazos (PRE 1- e PRE 1+) e indexados à inflação de curto e longo prazos (IPCA 5- e 5+) foram utilizadas curvas de taxas de juros e de inflação negociadas no mercado nacional, divulgadas pela BM&FBovespa no Boletim Diário, em Taxas Referenciais BM&F, e nas curvas do MITRA, software financeiro da Luz Engenharia Financeria Ltda.

De forma específica, as taxas prospectivas são derivadas das seguintes curvas:

• Curva de Juros Prefixada: taxas de juros nominais negociadas nos contratos futuros de DI da BM&F;

• Curva NTN-F: taxas de juros nominais negociadas nas Notas no Tesouro Nacional Série F (títulos prefixados);

• Curva Swap CDI x IPCA: taxas de juros reais do CDI em relação ao IPCA; e

• Curva NTN-B: taxas de cupons de juros negociados nas Notas do Tesouro Nacional Série B em relação ao IPCA.

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A taxa de inflação IPCA implícita prospectiva é calculada a partir do desconto das taxas de juros nominais da curva de juros prefixada pelas taxas de juros reais extraídas da curva de SWAP CDI x IPCA, para os mesmos prazos.

Os dados utilizados no modelo a partir de 2017 estão apresentados na Tabela 1.

Tabela 1: Cenário Macroeconômico projetado

Fonte: Luz Engenharia Financeira Ltda.

Na tabela 2 estão apresentados os prêmios esperados nas alocações previstas no segmento de aplicação renda variável e nos investimentos estruturados, como um percentual esperado sobre o indicador CDI do período.

Tabela 2: Prêmios projetados (% sobre o CDI)

Fonte: Luz Engenharia Financeira Ltda.

A escolha do modelo matemático a ser aplicado depende da modalidade de cada plano – Benefício Definido (BD), Contribuição Variável (CV) ou Contribuição Definida (CD).

Para planos BD e para a parcela BD dos planos CV, utiliza-se o estudo de ALM (Asset and Libility Management). Para o plano ABDI CD e para a parcela CD dos demais planos CV, aplica-se o modelo de ARM (Asaplica-set and Risk Management) ou Fronteira Eficiente (com baaplica-se no modelo de Markowitz).

O método de ALM tem como objetivo avaliar de forma estratégica os investimentos, visando a busca por eficiência na alocação dos recursos referente ao Plano BD (ou a parte BD do CV), com base no fluxo atuarial e no cenário básico através dos indexadores de mercado.

O estudo de ALM para os planos básicos (BD) foi elaborado mediante a utilização de metodologia definida em função das características da massa dos participantes que integram os referidos planos. Nesses casos, o modelo de macroalocação estabelece uma composição ótima de ativos de forma a maximizar a razão de solvência, quando comparada ao fluxo do passivo.

O método ARM ou Fronteira Eficiente tem como objetivo avaliar de forma estratégica os investimentos, visando a busca por eficiência na alocação dos recursos do Plano CD e a parte CV dos planos CV), para os quais não há fluxo atuarial. O modelo considera, portanto, o cenário econômico previsto para diferentes classes de ativos, juntamente com seu risco associado, para definir a alocação ótima dos recursos, dado o limite de risco desejado.

Para a parcela dos recursos referentes aos benefícios a conceder, o modelo de ARM estabelece uma composição ótima de carteira, objetivando a maximização dos retornos mediante a aplicação dos recursos na fronteira eficiente.

O estudo de ALM foi realizado para cada plano de benefício e, para sua elaboração, foram consideradas as características do ativo e do passivo desses planos, considerando as durations de cada plano e os fluxos de pagamentos das obrigações previdenciárias. Posteriormente, os

Projeções CDI/SELIC PRE 1- PRE 1+ IPCA 5- IPCA 5+ Bolsa Estruturados Inv. Exterior 2017 6,53% 6,07% 5,84% 5,93% 5,80% 8,49% 7,84% 6,53% 2018 6,40% 5,64% 5,66% 5,93% 5,73% 7,68% 7,68% 6,40% 2019 6,27% 5,52% 5,66% 5,94% 5,69% 7,52% 7,21% 6,27% 2020 5,93% 5,40% 5,69% 6,03% 5,65% 6,82% 6,82% 5,93% 2021 5,92% 5,48% 5,65% 5,85% 5,60% 6,81% 6,51% 5,92% Longo Prazo 5,82% 5,41% 5,39% 5,68% 5,66% 6,70% 6,40% 5,82% Prêmios 2016 2017 2018 2019 2020 em diante Bolsa 132% 130% 120% 120% 115% Estruturados 120% 120% 120% 115% 115%

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resultados dos estudos por plano foram agrupados de acordo com a nova estrutura de gestão, nos seis fundos exclusivos a serem constituídos para a gestão dos recursos dos planos de benefícios.

Os percentuais de alocação gerados para esta Política de Investimentos servem como uma orientação para identificar expectativas dos retornos entre as classes dos ativos diante das expectativas de mercado.

A partir da constituição dos novos fundos, será realizada a adequação da carteira de ativos desses fundos, observando a estratégia de investimentos, a duração média do passivo (duration), o fluxo líquido do passivo atuarial e os resultados do estudo de ALM.

4. ESTRATÉGIAS DE INVESTIMENTOS

4.1 Estratégia de investimentos para os planos BD

Para os planos de benefícios definidos básicos e saldados, a estratégia de aplicação dos recursos nos segmentos de aplicação é a seguinte:

a. Renda Fixa (RF):

Será priorizada alocação em Renda Fixa devido à expectativa de taxas de juros dos títulos e valores mobiliários acima da meta atuarial em 2017 e à maturidade dos planos. As aquisições de títulos públicos federais devem prevalecer em relação às operações de crédito privado. Porém, diante de um cenário de queda da taxa básica de juros e de uma melhora da atividade econômica, poderá ocorrer uma retomada gradual das operações de crédito privado, em papéis de primeira linha.

b. Renda Variável (RV):

Planos Embrapa Básico, Ceres Básico, Epagri Saldado, EMATER-MG Saldado e EPAMIG Saldado: Manter o investimento no segmento, observando a Alocação Objetivo e os limites inferior e superior. Não estão descartadas alterações do percentual investido dentro dos limites, em função de mudanças no cenário.

Planos Epagri Básico, EMATER-MG Básico e EPAMIG Básico: Não haverá aplicações desses planos no segmento da Renda Variável. As posições atuais em cotas de fundos de investimentos em ações fechados para resgate serão mantidas até o vencimento desses fundos. Essa medida visa eliminar o risco de mercado da Renda Variável, compatibilizando a composição da carteira do plano com o perfil de seus participantes, que encontram-se na condição de assistidos.

c. Investimentos Estruturados (IE):

Não há a intenção de novos investimentos neste segmento. Excetuam-se os termos de compromissos já assinados nos exercícios anteriores para os Fundos de Investimentos em Participação (FIP), Fundos Mútuos de Investimento em Empresas Emergentes (FMIEE) e Fundos de Investimento Imobiliário (FII). No entanto, diante do cenário adverso para a economia e dos riscos associados às condições de investimentos desses fundos, a decisão para novos aportes pela Ceres nos comitês de investimentos de FIP e FII será preterida por opções de investimentos mais seguras e rentáveis.

d. Investimentos no Exterior:

Embora não exista impedimentos para aplicações no segmento, a aquisição de cotas de fundos de investimento no exterior não está contemplada na estratégia de gestão dos recursos para 2017.

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19 e. Imóveis:

Planos Embrapa Básico, Ceres Básico, Epagri Saldado, EMATER-MG Saldado e EPAMIG Saldado: Devido à deterioração do mercado imobiliário, novos investimentos no segmento dependem de condições oportunas para a aquisição, conciliando preços atrativos, qualidade do imóvel, aspectos favoráveis de mercado e locação.

Planos Epagri Básico, EMATER-MG Básico e EPAMIG Básico: Não há a intenção de novos investimentos no segmento, em função da maturidade do plano,da reduzida liquidez do segmento e da proximidade entre os atuais percentuais de alocação e o limite legal, notadamente para os planos EMATER-MG Básico e EPAMIG Básico.

f. Operações com Participantes (OP):

Serão realizados investimentos em consonância com Instrução Normativa da Ceres referente ao segmento, visando atender a demanda dos participantes.

4.2 Estratégia de investimentos para os planos CV e CD

Para os planos de contribuição variável (CV) e para o plano de contribuição definida (CD) a estratégia para a aplicação dos recursos nos segmentos de aplicação é a seguinte:

a. Renda Fixa (RF):

Será priorizada alocação em Renda Fixa devido à expectativa de taxas de juros dos títulos e valores mobiliários acima índice de referência em 2017. As aquisições de títulos públicos federais devem prevalecer em relação às operações de crédito privado. Porém, diante de um cenário de queda da taxa básica de juros e de uma melhora da atividade econômica, poderá ocorrer uma retomada gradual das operações de crédito privado b. Renda Variável (RV):

Manter o investimento no segmento, observando a Alocação Objetivo e os limites inferior e superior. Não estão descartadas alterações do percentual investido dentro dos limites, em função de mudanças no cenário. Aplicações no segmento como estratégia de diversificação não estão descartadas para o plano EMATER-DF FlexCeres, que até então não possui recursos alocados em Renda Variável.

c. Investimentos Estruturados (IE):

Não há a intenção de novos investimentos neste segmento. Excetuam-se os termos de compromissos já assinados nos exercícios anteriores para os Fundos de Investimentos em Participação (FIP), Fundos Mútuos de Investimento em Empresas Emergentes (FMIEE) e Fundos de Investimento Imobiliário (FII). No entanto, diante do cenário adverso para a economia e dos riscos associados às condições de investimentos desses fundos, a decisão para novos aportes pela Ceres nos comitês de investimentos de FIP e FII será preterida por opções de investimentos mais seguras e rentáveis.

d. Investimentos no Exterior:

A aquisição de cotas de fundos de investimento no exterior vai depender de uma análise criteriosa dessa estratégia no decorrer de 2017.

e. Imóveis: Não serão realizados investimentos neste segmento

f. Operações com Participantes (OP):

Serão realizados investimentos em consonância com Instrução Normativa da Ceres referente ao segmento, visando atender a demanda dos participantes.

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20 5. MACROALOCAÇÃO E RESULTADOS ESPERADOS POR PLANO

Em 2017, a estratégia de investimentos dos planos administrados pela Ceres está orientada para a adequação da composição dos ativos, observando a Alocação Objetivo para cada segmento de aplicação. As informações referentes à Alocação Objetivo e os limites inferior e superior por segmento de aplicação e por plano serão apresentadas a seguir. Os percentuais de alocação de cada plano nos diferentes segmentos de aplicação podem sofrer alterações em função da nova composição das carteiras de ativos, como decorrência da utilização dos novos fundos de investimentos em processo de implantação.

Os resultados esperados são apresentados, com base nas premissas de rentabilidade para os diversos segmentos de aplicação e para os orçamentos previdencial e administrativo.

As premissas da projeção e as taxas de juros dos planos, referentes às metas atuariais e os índices de referência são apresentadas na Tabela 53.

5.1 Alocações de investimentos no Plano Embrapa Básico

Em 31 de agosto de 2016, os ativos de investimentos desse plano totalizaram R$3.554,2 milhões, alocados nos segmentos da Renda Fixa (RF), Renda Variável (RV), Investimentos Estruturados (IE), Imóveis e Operações com Participantes (OP) como pode ser visto na Tabela 3.

Tabela 3. Alocação de Investimentos do Plano Embrapa Básico por Segmento de Aplicação em agosto de 2016 (R$ mil).

Fonte: CERES - Gerência de Contabilidade (Gcont) – Elaboração: Gerência de Investimentos (Geinv), 2016

Para o ano de 2017, em função da atual composição dos investimentos, a macroalocação dos ativos nos segmentos de aplicação, que considera a Alocação Objetivo e os limites inferiores e superiores, está apresentada na Tabela 4.

Tabela 4. Macroalocação dos investimento do Plano Embrapa Básico.

Fonte: Gerência de Investimentos (Geinv), 2016

Em função das premissas adotadas na projeção para os investimentos e para os orçamentos previdencial e administrativo, espera-se que os ativos de investimentos do plano alcancem R$3.991,8 milhões ao final de 2017 (Tabela 5).

Tabela 5. Resultados Esperados para o Plano Embrapa Básico em 2017 (R$ mil).

Fonte: Gerência de Investimentos (Geinv), 2016

Plano RF % RV % Inv.

Estrut. % Imóveis %

Op.

Partic. % Total Embrapa Básico 2.936.729 82,63% 298.220 8,39% 121.961 3,43% 154.096 4,34% 43.170 1,21% 3.554.176

Limite Inferior Limite Superior

Renda Fixa 100,00% 82,63% 83,00% 60,00% 100,00%

Renda Variável 70,00% 8,41% 8,00% 0,00% 20,00%

Investimentos Estruturados 20,00% 3,43% 3,00% 0,00% 10,00%

Investimentos no Exterior 10,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

Imóveis 8,00% 4,34% 4,00% 0,00% 8,00%

Operações com Participantes 15,00% 1,19% 2,00% 0,00% 5,00%

Segmento de Aplicação Limite Legal Alocação Ago/2016 2017 Alocação Objetivo Limites

Plano RF RV I. E. Imóveis O. P. Total Cresc. Rentab. Embrapa Básico 3.295.291 380.404 113.842 150.000 52.248 3.991.784 8,19% 11,79%

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A rentabilidade esperada para o plano, de 11,79% ao ano, é superior ao crescimento esperado, tendo em vista a saída líquida de recursos prevista no orçamento previdencial e o pagamento das despesas administrativas.

5.2 Alocações de investimentos no Plano Epagri Básico

Em 31 de agosto de 2016, os ativos de investimentos desse plano totalizaram R$93,3 milhões, alocados nos segmentos da Renda Fixa (RF), Renda Variável (RV), Investimentos Estruturados (IE), Imóveis e Operações com Participantes (OP) como pode ser visto na Tabela 6.

Tabela 6. Alocação de Investimentos do Plano Epagri Básico por Segmento de Aplicação em agosto de 2016 (R$ mil).

Fonte: CERES - Gerência de Contabilidade (Gcont) – Elaboração: Gerência de Investimentos (Geinv), 2016

Para o ano de 2017, em função da atual composição dos investimentos, a macroalocação dos ativos nos segmentos de aplicação, que considera a Alocação Objetivo e os limites inferiores e superiores, está apresentada na Tabela 7.

Tabela 7. Macroalocação dos investimento do Plano Epagri Básico.

Fonte: Gerência de Investimentos (Geinv), 2016

Em função das premissas adotadas na projeção para os investimentos e para os orçamentos previdencial e administrativo, espera-se que os ativos de investimentos do plano alcancem R$105 milhões ao final de 2017 (Tabela 8).

Tabela 8. Resultados Esperados para o Plano Epagri Básico em 2017 (R$ mil).

Fonte: Gerência de Investimentos (Geinv), 2016

A rentabilidade esperada para o plano, de 11,71% ao ano, é superior ao crescimento esperado, tendo em vista a saída líquida de recursos prevista no orçamento previdencial e o pagamento das despesas administrativas.

5.3 Alocações de investimentos no Plano Emater Básico

Em 31 de agosto de 2016, os ativos de investimentos desse plano totalizaram R$139,5 milhões, alocados nos segmentos da Renda Fixa (RF), Renda Variável (RV), Investimentos

Planos RF % RV % Inv.

Estrut. % Imóveis %

Op.

Partic. % Total Epagri Básico 83.873 89,86% 264 0,28% 3.288 3,52% 4.200 4,50% 1.710 1,83% 93.336

Limite Inferior Limite Superior

Renda Fixa 100,00% 89,86% 90,00% 60,00% 100,00%

Renda Variável 70,00% 0,29% 0,50% 0,00% 20,00%

Investimentos Estruturados 20,00% 3,52% 3,50% 0,00% 10,00%

Investimentos no Exterior 10,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

Imóveis 8,00% 4,50% 4,00% 0,00% 8,00%

Operações com Participantes 15,00% 1,83% 2,00% 0,00% 5,00%

Segmento de Aplicação Limite Legal Alocação Ago/2016 2017 Alocação Objetivo Limites

Plano RF RV I. E. Imóveis O. P. Total Cresc. Rentab. Epagri Básico 95.415 337 3.069 4.088 2.069 104.979 9,53% 11,71%

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Estruturados (IE), Imóveis e Operações com Participantes (OP) como pode ser visto na Tabela 9.

Tabela 9. Alocação de Investimentos do Plano Emater Básico por Segmento de Aplicação em agosto de 2016 (R$ mil).

Fonte: CERES - Gerência de Contabilidade (Gcont) – Elaboração: Gerência de Investimentos (Geinv), 2016

Para o ano de 2017, em função da atual composição dos investimentos, a macroalocação dos ativos nos segmentos de aplicação, que considera a Alocação Objetivo e os limites inferiores e superiores, está apresentada na Tabela 10.

Tabela 10. Macroalocação dos investimento do Plano Emater Básico.

Fonte: Gerência de Investimentos (Geinv), 2016

Em função das premissas adotadas na projeção para os investimentos e para os orçamentos previdencial e administrativo, espera-se que os ativos de investimentos do plano alcancem R$139,5 milhões ao final de 2017 (Tabela 11).

Tabela 11. Resultados Esperados para o Plano Emater Básico em 2017 (R$ mil).

Fonte: Gerência de Investimentos (Geinv), 2016

A rentabilidade esperada para o plano, de 11,24% ao ano, é superior ao crescimento esperado, tendo em vista a saída líquida de recursos prevista no orçamento previdencial e o pagamento das despesas administrativas. Devido ao volume de saídas líquidas, a projeção sinaliza um estabilidade do saldo dos investimentos.

5.4 Alocações de investimentos no Plano Epamig Básico

Em 31 de agosto de 2016, os ativos de investimentos desse plano totalizaram R$12,7 milhões, alocados nos segmentos da Renda Fixa (RF), Renda Variável (RV), Investimentos Estruturados (IE), Imóveis e Operações com Participantes (OP) como pode ser visto na Tabela 12. Planos RF % RV % Inv. Estrut. % Imóveis % Op. Partic. % Total Emater Básico 118.804 85,15% 572 0,41% 8.115 5,82% 9.992 7,16% 2.038 1,46% 139.521

Limite Inferior Limite Superior

Renda Fixa 100,00% 85,15% 85,50% 60,00% 100,00%

Renda Variável 70,00% 0,41% 0,50% 0,00% 20,00%

Investimentos Estruturados 20,00% 5,82% 5,00% 0,00% 10,00%

Investimentos no Exterior 10,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

Imóveis 8,00% 7,16% 7,00% 0,00% 8,00%

Operações com Participantes 15,00% 1,46% 2,00% 0,00% 5,00%

Segmento de Aplicação Limite Legal Alocação Ago/2016 2017 Alocação Objetivo Limites

Plano RF RV I. E. Imóveis O. P. Total Cresc. Rentab. Emater Básico 118.992 729 7.575 9.726 2.466 139.489 0,00% 11,24%

(23)

23 Tabela 12. Alocação de Investimentos do Plano Epamig Básico por Segmento de Aplicação em agosto de 2016 (R$ mil).

Fonte: CERES - Gerência de Contabilidade (Gcont) – Elaboração: Gerência de Investimentos (Geinv), 2016

Para o ano de 2017, em função da atual composição dos investimentos, a macroalocação dos ativos nos segmentos de aplicação, que considera a Alocação Objetivo e os limites inferiores e superiores, está apresentada na Tabela 13.

Tabela 13. Macroalocação dos investimento do Plano Epamig Básico.

Fonte: Gerência de Investimentos (Geinv), 2016

Em função das premissas adotadas na projeção para os investimentos e para os orçamentos previdencial e administrativo, espera-se que os ativos de investimentos do plano alcancem R$12,6 milhões ao final de 2017 (Tabela 14).

Tabela 14. Resultados Esperados para o Plano Epamig Básico em 2017 (R$ mil).

Fonte: Gerência de Investimentos (Geinv), 2016

A rentabilidade esperada para o plano, de 11,26% ao ano, é superior ao crescimento esperado, tendo em vista a saída líquida de recursos prevista no orçamento previdencial e o pagamento das despesas administrativas. Devido ao volume de saídas líquidas, a projeção sinaliza um decréscimo de 2,11% do saldo dos investimentos.

5.5 Alocações de investimentos no Plano Ceres Básico

Em 31 de agosto de 2016, os ativos de investimentos desse plano totalizaram R$19,8 milhões, alocados nos segmentos da Renda Fixa (RF), Renda Variável (RV), Investimentos Estruturados (IE), Imóveis e Operações com Participantes (OP) como pode ser visto na Tabela 15.

Tabela 15. Alocação de Investimentos do Plano Ceres Básico por Segmento de Aplicação em agosto de 2016 (R$ mil).

Fonte: CERES - Gerência de Contabilidade (Gcont) – Elaboração: Gerência de Investimentos (Geinv), 2016

Para o ano de 2017, em função da atual composição dos investimentos, a macroalocação dos ativos nos segmentos de aplicação, que considera a Alocação Objetivo e os limites inferiores e superiores, está apresentada na Tabela 16.

Planos RF % RV % Inv.

Estrut. % Imóveis %

Op.

Partic. % Total Epamig Básico 10.909 85,68% 47 0,37% 717 5,63% 902 7,09% 156 1,22% 12.732

Limite Inferior Limite Superior

Renda Fixa 100,00% 85,69% 85,50% 60,00% 100,00%

Renda Variável 70,00% 0,37% 0,50% 0,00% 20,00%

Investimentos Estruturados 20,00% 5,63% 5,00% 0,00% 10,00%

Investimentos no Exterior 10,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

Imóveis 8,00% 7,09% 7,00% 0,00% 8,00%

Operações com Participantes 15,00% 1,22% 2,00% 0,00% 5,00%

Segmento de Aplicação Limite Legal Alocação Ago/2016 2017 Alocação Objetivo Limites

Plano RF RV I. E. Imóveis O. P. Total Cresc. Rentab. Epamig Básico 10.787 60 670 878 189 12.584 -2,11% 11,26% Planos RF % RV % Inv. Estrut. % Imóveis % Op. Partic. % Total Ceres Básico 15.200 76,83% 1.662 8,40% 644 3,25% 801 4,05% 1.477 7,47% 19.784

Referências

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