PRODU
PRODU Ç Ç ÃO E ÃO QUALIDADE DE BIODIESEL QUALIDADE DE BIODIESEL
Alexandre Ricardo Pereira Schuler
Universidade Federal de Pernambuco Centro de Tecnologia e Geociências Departamento de Engenharia Química
III ESCOLA DE ENGENHARIA QUÍMICA E PROCESSO
17 a 21 de agosto de 2009
Programação
DATA ASSUNTO
17/08 Introdução, histórico, definições 18/08 Descrição do processo
19/08 Estudos das variáveis do processo 20/08 Preparação de biodiesel
21/08 Análise de biodiesel
Parte 1: Introdução, histórico, definições
Combustíveis
Madeira
Carvão
Gasolina
Querosene
Óleo Vegetal (Rudolph Diesel)
Óleo Diesel (a partir de 1920)
Álcool Etílico
Álcool Metílico
GLP
GNV
Hidrogênio
Biodiesel
O que é biodiesel ?
Definição química: Biodiesel é uma mistura de ésteres resultante de um processo de transformação química de óleos e gorduras de origem vegetal ou animal.
Definição técnica: Biodiesel é um combustível obtido de
fontes renováveis (óleos e gorduras de origem vegetal
e animal) com propriedades equivalentes às do óleo
Diesel, podendo ser utilizado puro ou em misturas com
o óleo Diesel, em motores do ciclo Diesel.
Datas importantes sobre o Biodiesel
1937 Patente Belga 422,877 concedida em 31/08/1937 a G. Chavanne (Universidade de Bruxelas, Bélgica), primeiro registro de Biodiesel. Nela registra-se o uso de ésteres etílicos de óleo de palma (dendê) como combustível.
1942 Artigo relatando as experiências do uso de BD de palma num ônibus que fazia a linha Bruxelas–Louvain em 1938, com um índice de Cetano de 83.
1980 Primeira patente brasileira - Dr. Expedito Parente (CE).
1987 – 1990 Biodiesel de óleo de palma (dendê) foi utilizado em ônibus público da Mercedes-Benz, em Kuala Lumpur – Malásia.
1991 Biodiesel foi produzido numa planta piloto em Leer, Alemanha.
Datas importantes sobre o Biodiesel
1998 Projetos de P&D são relançados no Brasil.
1999 Alta produção de biodiesel começa na Alemanha usando canola (colza).
2002 A Alemanha alcança a produção de 1 milhão de ton/ano. Hoje tem mais de 16.000 postos com Biodiesel.
2004 É lançado o programa brasileiro de Biodiesel.
2005 É inaugurada a primeira usina de Biodiesel (soja) no Brasil – MG.
Fonte: TORRES, 2006; UFOP, 2005.
País Tipo Produção
(ton/ano) Óleo Álcool
França B5 366.000 Colza Metanol
Alemanha (*) B100 1.500.000 Colza Metanol Itália BXX 320.000 Colza e
girassol Metanol
USA B20 105.000 Soja Metanol
Produção Mundial de Biodiesel
Algumas oleaginosas brasileiras e seu potencial de produção de óleo.
Fonte: CONAB (Abril/2004)
Tipo de Oleaginosa Teor de Óleo (%, m/m)
Produção de Óleo (kg/ha.ano)
Pinhão Manso 38 2.200
Mamona 50 750
Girassol 42 672
Amendoim 39 702
Gergelim 39 390
Canola 38 684
Dendê 20 2.000
Soja 18 396
Algodão 15 270
Babaçu 6 900
Mês Produção Mês/Ano em Toneladas (*)
2005 2006 2007 2008 2009
Janeiro - 967,8 15397,9 69106,0 80538,7
Fevereiro - 938,9 15239,5 69376,5 71692,4
Março 7,0 1552,4 20373,2 57311,7 -
Abril 11,8 1607,0 16895,5 57914,8 -
Maio 23,2 2319,8 23404,2 68399,0 -
Junho 20,5 5841,3 24442,1 92490,0 -
Julho 6,5 2997,7 24046,5 97007,6 -
Agosto 51,4 4591,4 39563,0 98581,0 -
Setembro 1,8 6061,8 41412,0 119032,6 -
Outubro 30,5 7723,3 48247,7 114135,5 -
Novembro 253,2 14422,4 50760,5 106213,0 - Dezembro 256,6 13078,0 44114,2 100821,1 - Total do Ano 662,5 62101,8 363896,3 1050389,0 152231,1 (*) Adaptado de ANP, 2009, considerando uma densidade de 0,9.
Evolução da produção de Biodiesel no Brasil
Dados Agrícolas de Oleaginosas Brasileiras
Oleaginosa % de Óleo
Produtividade (kg/ha.ano)
Produção de Óleo (kg/ha.ano)
Produção em 2007
(kg)
Contrib.
(%)
Rend. Médio (kg/ha)
Área Plantada (ha)
Mamona 38-48 1.500 720 88.574 0,14 576 153.850
Girassol 35-42 1.600 672 101.178 0,16 945 96.119.100
Amendoim 39 1.800 702 227.249 0,36 2.216 102.557
Gergelim 39 1.000 390 NI - NI NI
Canola 38 1.800 684 NI - NI NI
Dendê 20 20.000 4.000 155.651 0,25 41.151 3.782
Soja 18 2.200 396 57.952.011 92,54 2.816 20.581.334
Algodão 15 1.800 270 4.096.410 6,54 3.652 1.121.288
Babaçu 6 12.000 720 NI - NI NI
P. Manso 35-45 1.000-6.000 500-2.000 NI - NI NI
Obs.: NI = Não Informado.
Fonte: Adaptado de Quintella (2009).
Composição em ácidos graxos de algumas fontes de triacilgliceróis
FAME SOJA MAMONA PINHÃO
MANSO ALGODÃO SEBO DE BOI
Mirístico ( 14:0) (*) (*) (*) (*) 5,0
Palmítico (16:0) 23,2 2,3 17,9 17,9 29,1
Palmitoleico (16:1) (*) (*) 1,0 (*) 3,2
Esteárico (18:0) 5,1 3,0 6,4 3,5 25,3
Oleico (18:1) 29,2 9,9 42,8 24,6 35,8
Ricinoleico (18:1-OH) (*) 80,3 (*) (*) (*)
Linoleico (18:2) 41,0 4,5 31,9 51,6 1,5
Linolênico (18:3) 1,6 (*) (*) 2,4 (*)
(*) Não detectado.
Algumas propriedades do biodiesel produzido a partir de várias fontes comparadas com o óleo Diesel
Propriedade Mamona Soja Frango Sebo Pinhão
Especificação ANP Biodiesel Diesel
N
ode Cetano 53 52 59 69 55 45 42
Poder Calorífico 39 40 40 39 39 não tem 50
Viscosidade 37 5 5 5 5 não tem 2,5-5,5
% Insaturados 94 67 69 40 78 não tem não tem
Boa Noite !
Parte 2: Descrição do processo
Produção de Biodiesel
Tratamento da Matéria Prima
Transesterificação
Purificação
Tratame nto da Matéria Prima
Filtração
Remoção de gomas, etc.
Desodorização
Redução dos ácidos livres
branqueamento
Transesterificação
Transesterificação ácida
Transesterificação básica (alcalina)
OH R
R CO
R OH
R R
CO
R − 2 1 + 2 → − 2 2 + 1
Transesterificação ácida
Transesterificação alcalina
A reação ocorre em três etapas:
1) Substituição do primeiro grupo acila 2) Substituição do segundo grupo acila 3) Substituição do terceiro grupo acila
Transesterificação alcalina
Simplificando as três etapas:
Transesterificação alcalina
1)
2)
3)
Resumindo:
Transesterificação alcalina
Purificação
• Decantação/centrifugação
• Lavagem
• Filtração
• Secagem
• Destilação (opcional)
Decanta
Decanta ç ç ão da Gli ceri na ão da Gli ceri na
Lavagem do Biodiesel
Lavagem do Biodiesel
Filtra
Filtra ç ç ão do Biodiesel ão do Biodiesel
Matéria-prima
Preparação da Matéria-prima Transesterificação
Separação de Fases
Desidratação do Álcool
Tanque de Álcool Recuperado
Recuperação do Álcool Recuperação do Álcool
Destilação
da Glicerina Purificação
Resíduo glicérico
(mono-, di- e tri-acilgliceróis)
Glicerol
(glicerina pura) Biodiesel
Glicerina bruta
Óleo ou gordura
Catalisador (NaOH ou KOH) Álcool
(metanol ou etanol)
Fase Leve Fase Pesada
Fluxograma
Principais pontos críticos
Proporção óleo/catalisador
Proporção óleo/álcool
Temperatura
Tempo de reação
Agitação/decantação da glicerina
Teor de água (no álcool ou no óleo)
Teor de ácidos graxos livres (AGL)
Problemas ...
Remoção do glicerol
Remoção e recuperação do álcool excedente
Remoção do óleo não esterificado
Conservação do Biodiesel
Conservação do Biodiesel
Controle do Processo e da Qualidade
a) Rendimento
b) Pureza do Biodiesel (total de monoésteres) 1. Teor de álcool residual
2. Teor de água
3. Teor de glicerol (glicerina livre)
4. Teor de mono-; di- e triacilgliceróis (glicerina ligada) 5. Teor de sódio
6. Medida das propriedades físicas.
Determinação do Teor de Ésteres
Biodiesel de Óleo de Algodão
Pureza do Biodiesel
No caso específico da determinação do total de ésteres, é empregada a relação abaixo (Norma EN14103):
W 100 C
A
C A padrão interno
interno padrão
ésteres
× Σ ×
=
Controle de Qua lidade
Métodos indiretos
Pureza do Biodiesel:
b) Pelo índice de refração do produto:
75 80 85 90 95 100 105
1,455 1,456 1,457 1,458 1,459
r = - 0,86
ín di ce d e re fr aç ão
% ésteres metílicos totais
r crítico = 0,58
Fonte: Felizardo
Pureza do Biodiesel:
c) Pela viscosidade do produto:
r crítico = 0,88
80 85 90 95 100
90 92 94 96 98 100
r = 0,91
V is co si da de
% ésteres metílicos totais
Fonte: Felizardo
Controle de Qua lidade
Medida das propriedades físicas
Propriedades físicas
• Viscosidade
• Número de cetano
Boa Noite !
Parte 3 : E studo das variáveis do processo.
Matérias-primas
• Óleo de mamona;
• Óleo de soja;
• Óleo de algodão;
•Óleo de girassol;
• Óleo de pinhão manso;
• Sebo de boi;
• Óleo utilizado em frituras;
• Misturas sintéticas dessas matérias-primas.
Determinação do Poder Calorífico do Biodiesel
Usando Cromatografia a Gás.
FAME
(*)PCS (MJ/kg) PCI (MJ/kg)
Cáprico (10:0) 36,25 36,03
Láurico (12:0) 37,06 36,78
Mirístico ( 14:0) 38,48 38,25
Palmítico (16:0) 39,57 39,41
Palmitoleico (16:1) 39,05 38,70
Esteárico (18:0) 39,78 39,61
Oleico (18:1) 39,47 39,22
Ricinoleico (18:1-OH) 38,01 37,85
Linoleico (18:2) 38,85 38,56
Linolênico (18:3) 38,68 38,50
Araquídico (20:0) 36,85 36,57
Determinação do Poder Calorífico de FAMES’s
(*) FAME = Fatty Acid Methyl Ester (éster metílico de ácido graxo)
Composição Centesimal das Matérias-primas
FAME SOJA MAMONA PINHÃO
MANSO ALGODÃO SEBO DE BOI
Mirístico ( 14:0) (*) (*) (*) (*) 5,0
Palmítico (16:0) 23,2 2,3 17,9 17,9 29,1
Palmitoleico (16:1) (*) (*) 1,0 (*) 3,2
Esteárico (18:0) 5,1 3,0 6,4 3,5 25,3
Oleico (18:1) 29,2 9,9 42,8 24,6 35,8
Ricinoleico (18:1-OH) (*) 80,3 (*) (*) (*)
Linoleico (18:2) 41,0 4,5 31,9 51,6 1,5
Linolênico (18:3) 1,6 (*) (*) 2,4 (*)
(*) Não encontrado.
Comparação entre PC
crome PC
calPODER CALORÍFICO SOJA MAMONA PINHÃO
MANSO ALGODÃO SEBO DE BOI
PCS (CG) 39,28 38,28 39,31 39,16 39,59
PCS (Calorimetria) 39,59 38,01 39,60 39,62 39,95
Desvio (%) 0,31 0,27 0,29 0,46 0,36
PCI (CG) 39,04 38,11 39,06 38,91 39,38
PCI (Calorimetria) 39,37 37,85 39,40 39,44 39,68
Desvio (%) 0,33 0,26 0,34 0,53 0,30
Comparação entre PC
crome PC
cal(Gráfico)
Poder Calorífico
y = 1,5198x - 20,108 r = 0,987
y = 1,506x - 19,435 r = 0,971
37,5 38 38,5 39 39,5 40 40,5
38 38,5 39 39,5 40
PC por Cromatografia
P C p o r C a lo ri m e tr ia
PCS PCI
Linear (PCS) Linear (PCI)
Determinação do número de cetano do
biodiesel através da cromatografia.
Ácidos PM NC Caprílico (8:0)
Éster metílico
144,213 158,240
33,6
Cáprico (10:0) Éster metílico
172,268 186,295
47,6 47,2 Láurico (12:0)
Éster metílico
200,322 214,349
61,4
Mirístico (14:0) Éster metílico
228,376 242,403
66,2
Palmítico (16:0) Éster metílico
256,430 270,457
74,5
Palmitoléico (16:1) Éster metílico
254,412 268,439
51,0
Esteárico (18:0) Éster metílico
284,484 298,511
61,7 86,9 Oléico (18:1)
Éster metílico
282,468 296,495
46,1 55 Ricinoléico (18:1 OH)
Éster metílico*
298,461 313,282
43,4
Linoléico (18:2) Éster metílico
280,452 294,479
31,4 42,2 Linolênico (18:3)
Éster metílico
278,436 292,463
22,7 26,7
Número de Cetano (NC) de Ácidos Graxos e seus Ésteres Metílicos
Exemplo: Cálculo do Número de Cetano (NC) do Biodiesel de Óleo de Mamona
ÉSTER COEFICIENTE TEOR (%) CONTRIB.
C8:0 33,6 (*) 0,0
C10:0 47,2 (*) 0,0
C12:0 61,4 (*) 0,0
C14:0 66,2 (*) 0,0
C16:0 74,5 2,3 1,7
C16:1 51,0 (*) 0,0
C18:0 86,9 3,0 2,6
C18:1 55,0 9,9 5,4
C18:1(OH) 43,4 80,3 34,9
C18:2 42,2 4,5 1,9
C18:3 26,7 (*) 0,0
NC = 46,5
Número de Cetano (NC) das Amostras de Biodiesel Estudadas.
Éster Soja Mamona Pinhão
manso
Óleo de Frango
Sebo de Boi
Cáprico 13,41 - - - -
Mirístico - - - - 5,03
Palmítico 14,43 2,3 16,4 23,48 29,09
Palmitoléico - - 0,9 7,48 3,22
Esteárico 5,24 3,0 5,4 7,57 25,33
Oléico 21,35 9,9 40,3 39,62 35,85
Linoléico 42,63 4,5 37,0 20,58 1,48
Linolênico 2,94 - - 1,28 -
Ricinoléico - 80,3 - - -
Número de Cetano* 52,15 46,50 55,15 58,7 69,00
PCS teórico (MJ/kg)* 39,9 39,04 39,42 39,4 39,44 PCS experimental (MJ/kg)** 39,11 39,0 39,08 40,1 39,33
Erro (%) 1,98 0,096 0,87 1,77 0,29
Para se ter uma idéia da exatidão do cálculo do NC, Gerpen[2004], em um levantamento na Literatura, encontrou nove referências, com valores de NC para o biodiesel de soja entre 45,0 e 60,0 (52,6 ±7,5), que corrobora o valor 52,15 encontrado neste trabalho.
Determinação do Metanol Residual por
Cromatografia a Gás através da Técnica
de Headspace (Norma EN 14110).
Aparelho d e Head space (d esenvolvid o no LCI).
Detalhe d o amostrad or.
Posição Vaporização Posição Injeção
Esquema d a Válvula d e Injeção
Comparação entre o métod o proposto e o métod o oficial para solvente resid ual em embalagem flexível
Característica Norma NBR
13058 Proposta
Erro analítico global 21% 5%
Resolução 2,03 1,24
Limite de Detecção (Relativo) 20 1
Precisão (teste F) menos preciso F
calc= 69; F
tab= 6,4
Número ideal de repetições 4 3
Tempo de vaporização 30 min 1 min
Duração da análise (cromatografia) 5 min 5 min
Número de amostras em 140 min 1 7
Avaliação estatística do método EN 14103:2001
para determinação da pureza do biodiesel.
Leitura Resultado (Pureza; %)
01 95,17
02 95,54
03 94,83
04 95,43
05 95,28
Média 95,25
Desv. Pad. 0,28
0,34 Incerteza (%) 0,36
n s
t . /
Cálculo d a incerteza
Cálculo d o número id eal d e repetições
n
n t ∆ L Dif.
2 1,414 12,706 2,49 2,61 -
3 1,732 4,303 0,69 0,72 1,89
4 2,000 3,182 0,44 0,46 0,26
5 2,236 2,776 0,34 0,36 0,10
6 2,449 2,571 0,29 0,31 0,05
Cálculo d a pureza d as amostras
Amostra Massa (mg) Pureza (%, m/ m)
1 250 95,2 ± 0,7
2 250 87,6 ± 0,6
3 250 80,4 ± 0,6
4 250 73,4 ± 0,5
5 250 75,6 ± 0,5
6 250 80,2 ± 0,6
7 250 75,7 ± 0,5
Viscosidade do biodiesel.
Éster (v) mm 2 /s a 40 o C
C16:0 4,37
C18:0 5,79
C18:1 4,47
C18:2 3,68
C18:3 3,09
C18:1(OH) 15,29
Viscosid ad e cinemática d e alguns ésteres metílicos
Composição em ésteres metílicos d as amostras
Éster Mamona Soja Girassol
C16:0 1,49 ± 0,09 12,98 ± 0,78 7,27 ± 0,44 C18:0 0,85 ± 0,05 2,53 ± 0,15 3,30 ± 0,20 C18:1 4,47 ± 0,27 21,86 ± 1,30 26,21 ± 1,60 C18:2 6,15 ± 0,37 56,23 ± 3,40 63,22 ± 3,80 C18:3 0,63 ± 0,04 6,40 ± 0,40 nd
C18:1(OH) 86,40 ± 5,20 nd nd
nd = não detectado.
Composição d o biod iesel a partir d e misturas
nd = não detectado.
Ácido M+S(t) M+S(O) S+G(t) S+G(O) G+M(t) G+M(O) S+G+M(t) S+G+M(O) C16:0 7,2 ± 0,4 7,6 ± 0,4 10,1 ± 0,6 11,5 ±0,7 4,4 ±0,3 4,5 ±0,3 7,2 ± 0,4 8,8 ±0,5 C18:0 1,7 ± 0,1 1,9 ± 0,1 2,9 ± 0,2 3,1 ±0,2 2,1 ±0,1 2,2 ±0,1 2,2 ± 0,1 1,9 ±0,1 C18:1 13,2 ± 0,8 17,4 ± 1,0 24,0 ± 1,4 25,7 ±1,5 15,3 ±0,9 16,6 ±1,0 17,5 ± 1,0 19,1 ±1,1 C18:2 31,2 ± 1,9 31,9 ± 1,9 59,7 ± 3,6 55,7 ±3,3 34,7 ±2,1 40,9 ±2,4 41,9 ± 2,5 46,0 ±2,8 C18:3 3,5 ± 0,2 3,3 ± 0,2 3,2 ± 0,2 4,0 ±0,2 0,3 ±0,1 nd 2,3 ± 0,1 3,5 ±0,2 C18:1(OH) 43,2 ± 2,6 37,9 ± 2,3 nd nd 43,2 ±2,6 35,8 ±2,2 28,8 ± 1,7 20,6 ±1,2
Biod iesel Viscosid ad e Cinemática (v) mm
2/s (40
oC)
Soja 3,93
S+G(t) 3,95
S+G (Óleo) 3,97
Girassol 3,98
S+G+M (Óleo) 5,21
S+G+M(t) 5,84
G+M (Óleo) 6,44
M+S (Óleo) 6,64
S+M(t) 7,08
G+M(t) 7,13
Mamona 12,77
Viscosid ad e cinemática d o biod iesel prod uzid o
calculad a com a equação d e Krisnangkura
Viscosid ad e cinemática d o biod iesel prod uzid o d eterminad a experimentalmente (LAC/DEQ-UFPE)
Biod iesel Viscosid ad e Cinemática (v) mm
2/s (40
oC)
Soja 6,82
S+G (t) 7,18
S+G (Óleo) 8,01
Girassol 7,35
S+G+M (Óleo) 10,91
S+G+M (t) 11,32
G+M (Óleo) 13,28
M+S (Óleo) 13,09
S+M (t) 14,32
G+M (t) 15,50
Mamona 35,60
Viscosid ad e cinemática calculad a versus experimental
y = 3,1094x - 5,8866 R = 0,9878
0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0
0 2 4 6 8 10 12 14
Viscosidade Calculada
V is co si da de E xp er im en ta l
Efeito da estrutura do triacilglicerol
sobre a reatividade.
BD
mamona= Biodiesel de óleo de mamona BD
girassol= Biodiesel de óleo de girassol BD
soja= Biodiesel de óleo de soja
2. Foram preparadas as seguintes misturas de óleos:
1. Foi preparado o biodiesel dos seguintes óleos:
Mix 1 = Óleo de soja e óleo de mamona (1:1) Mix 2 = Óleo de girassol e óleo de mamona (1:1) Mix 3 = Óleo de soja e óleo de girassol (1:1)
Mix 4 = Óleo de soja, óleo de girassol e óleo de mamona (1:1:1)
a) Preparação d os experimentos
3. Foi preparado o biodiesel das misturas de óleos:
BD 1 = Biodiesel do Mix 1 BD 2 = Biodiesel do Mix 2 BD 3 = Biodiesel do Mix 3 BD 4 = Biodiesel do Mix 4
BD 5 = BD
mamona+ BD
soja(1:1) BD 6 = BD
mamona+ BD
girassol(1:1) BD 7 = BD
soja+ BD
girassol(1:1)
BD 8 = BD
mamona+ BD
soja+ BD
girassol(1:1:1)
4. Foram preparadas as seguintes misturas de biodiesel:
a) Preparação d os experimentos (cont.)
Ácido/Éster Mamona Soja Girassol C16:0 1,5 ± 0,1 13,0 ± 0,8 7,3 ± 0,4 C18:0 0,8 ± 0,1 2,5 ± 0,2 3,3 ± 0,2 C18:1 4,5 ± 0,3 21,9 ± 1,3 26,2 ± 1,6 C18:2 6,1 ± 0,4 56,2 ± 3,4 63,2 ± 3,8 C18:3 0,7 ± 0,1 6,4 ± 0,4 nd
C18:1(OH) 86,4 ± 5,2 nd nd
b) Determinação d a composição em ácid os graxos d as amostras
originais d e óleo (Hartman & Lago).
Éster BD Mamona BD Soja BD Girassol C16:0 1,6 ± 0,1 13,2 ± 0,8 7,1 ± 0,4 C18:0 0,8 ± 0,1 2,6 ± 0,2 3,4 ± 0,2 C18:1 4,4 ± 0,3 21,7 ± 1,3 26,4 ± 1,6 C18:2 6,2 ± 0,4 56,4 ± 3,4 63,1 ± 3,8 C18:3 0,7 ± 0,1 6,1 ± 0,4 nd
C18:1(OH) 86,3 ± 5,2 nd nd
c) Determinação d a composição em ácid os graxos d o biod iesel
d e cad a óleo ind ivid ual (Hartman & Lago).
Éster BD 1 BD 2 BD 3 BD 4
C16:0 7,6 ± 0,4 4,5 ± 0,3 11,5 ± 0,7 8,8 ± 0,5 C18:0 1,9 ± 0,1 2,2 ± 0,1 3,1 ± 0,2 1,9 ± 0,1 C18:1 17,4 ± 1,0 16,6 ± 1,0 25,7 ± 1,5 19,1 ± 1,1 C18:2 31,9 ± 1,9 40,9 ± 2,4 55,7 ± 3,3 46,0 ± 2,8
C18:3 3,3 ± 0,2 nd 4,0 ± 0,2 3,5 ± 0,2
C18:1(OH) 37,9 ± 2,3 35,7 ± 2,2 nd 20,6 ± 1,2
Éster BD 5 BD 6 BD 7 BD 8
C16:0 7,2 ± 0,4 4,4 ± 0,3 10,1 ± 0,6 7,2 ± 0,4 C18:0 1,7 ± 0,1 2,1 ± 0,1 2,9 ± 0,2 2,2 ± 0,1 C18:1 13,2 ± 0,8 15,3 ± 0,9 24,0 ± 1,4 17,5 ± 1,0 C18:2 31,2 ± 1,9 34,7 ± 2,1 59,7 ± 3,6 41,9 ± 2,5 C18:3 3,5 ± 0,2 0,3 ± 0,1 3,2 ± 0,2 2,3 ± 0,1 C18:1(OH) 43,2 ± 2,6 43,2 ± 2,6 nd 28,8 ± 1,7
d ) Determinação d a composição em ácid os graxos d e cad a mistura
(Hartman & Lago).
Éster BD 1/BD 5 BD 2/BD 6 BD 3/BD 7 BD 4/BD 8
C16:0 7,3 4,4 10,2 7,3
C18:0 1,7 2,1 2,9 2,2
C18:1 13,2 15,4 24,1 17,5
C18:2 31,2 34,7 59,7 41,8
C18:3 3,6 0,4 3,2 2,4
C18:1(OH) 43,2 43,2 0,0 28,8
e) Cálculo d os teores esperad os com base na composição real d e cad a óleo.
Observa-se que os valores em vermelho estão fora dos limites de confiança, indicando que os teores encontrados estão abaixo dos esperados. Logo, houve uma redução real na
formação do ricinoleato de metila. Uma possível explicação seria uma menor reatividade
de seu triacilglicerol. A solução seria aumentar o tempo de reação, acarretando um maior
custo de produção, sob pena de deixar o produto mais contaminado com óleo que não
reagiu. Uma outra explicação seria o arraste seletivo desse triacilglicerol pela glicerina
decantada.
% Mamona Esperado Encontrado Queda (%)
33 28,8 20,6 28,5
50 43,2 36,4 15,7
100 84,6 84,6 0,0
f) Avaliação d a red ução na prod ução d e ricinoleato de metila.
y = 1,1508x - 12,871 r = 0,9999
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
0 20 40 60 80 100
Teor esperado
Teor esperado