• Nenhum resultado encontrado

UFPE – ´AREA II – Prof. Fernando J. O. Souza MA129 (c´alculo 4) – 2012.2 – turmas Q3 e Q6 SIMULADO DA 1

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "UFPE – ´AREA II – Prof. Fernando J. O. Souza MA129 (c´alculo 4) – 2012.2 – turmas Q3 e Q6 SIMULADO DA 1"

Copied!
9
0
0

Texto

(1)

UFPE – ´ AREA II – Prof. Fernando J. O. Souza MA129 (c´ alculo 4) – 2012.2 – turmas Q3 e Q6

SIMULADO DA 1

a

UNIDADE v. 1.0

Orienta¸ c˜ ao: Resolver as quest˜ oes em trˆes sess˜ oes de 120 minutos cada sem inter- rup¸c˜ ao nem distra¸c˜ oes. Dar solu¸c˜ oes leg´ıveis e justificadas, escrevendo os passos, detalhes e propriedades relevantes. Ler as solu¸c˜oes de uma sess˜ao s´o depois dela.

Para cada item das quest˜ oes 1 e 2, encontrar a solu¸c˜ao completa se o item s´o apresentar a EDO, e resolver o PVI (dando todas as solu¸c˜oes globais) se o item contiver condi¸c˜ oes iniciais. Em todos, y ´e a fun¸c˜ao (de t ou x, conforme o caso).

Quest˜ ao 1. As solu¸c˜ oes podem ser dadas numa forma impl´ıcita nesta quest˜ao.

1.a. y

′′

= 2 sec

2

(t) tan (t)

1.b.

(1 + e

x

) y y

= e

x

y(0) = 1

1.d. y dx + (2xy − e

2y

) dy = 0

1.c.

 

 

 dy

dx = x

2

+ y

2

xy y(1) = − 2 1.e. dy

dt + y

t = − t y

2

1.f.

 

 

(y

2

+ 1) dy dx = y

x , x > 0 y(1) = 1

1.g. x dy

dx = y (1 + ln (y) − ln (x))

1.h.

 

  t dy

dt + y = − t

2

y

2

y(1) = − 1/3 1.j dy

dx = e

2x

+ y − 1

1.i. Calcular o intervalo aberto contendo t

0

= 1 no qual a solu¸c˜ao (global) do PVI do Item 1.h est´ a definida.

1.k.

 

 

 d

2

y dt

2

= 1

t

2

, t > 0 y(1) = 0, y

(1) = 1 1.l. dy

dx = − 3x

2

y + y

2

2x

3

+ 3xy

1.m.

 

 

 dy

dx = xy x

2

+ y

2

y(1) = − 1 1.n. t dy

dt + y = cos(t), t > 0

(2)

Quest˜ ao 2. Apresentar solu¸c˜ oes expl´ıcitas nesta quest˜ao.

2.a. y = xy

+ (y

)

2

2.b. y = x dy dx + 1 +

dy dx

2

, y(2) = 0

2.c. y = x 2

dy dx + 4

dy dx

!

, y(1) = 2

Quest˜ ao 3 para a Turma Q3. Seja a fam´ılia de curvas definidas para x 6 = 0 e dadas por xy = C, onde C ∈ R parametriza a fam´ılia. Encontrar a fam´ılia de curvas ortogonais ` as curvas dada. A resposta pode ser dada no formato impl´ıcito.

Quest˜ ao 3 para a Turma Q6. Encontrar uma EDO cuja solu¸c˜ao completa seja dada pela fam´ılia de fun¸c˜ oes xy = C parametrizada por C ∈ R . Ent˜ao, resolver a EDO para confirmar a resposta.

Quest˜ ao 4. Recordar a lei de Torricelli-Borda: dado um tanque de altura H com um orif´ıcio (ralo) embaixo, sejam h ∈ [0, H] a coordenada vertical (altura) medida a partir do orif´ıcio, A(h) a ´ area da se¸c˜ ao transversal do tanque na altura h, t o tempo medido a partir do instante t

0

= 0 de in´ıcio do esvaziamento do tanque cheio, e k = ba √

2g uma constante, onde b ∈ (0, 1] ´e a constante de Borda do l´ıquido, a ´e a ´ area do orif´ıcio, e g ´e a acelera¸c˜ao da gravidade. Ent˜ao:

− A(h) dh dt = k √

h

4.a. Calcular a fun¸c˜ ao h(t) que descreve o escoamento de um tanque cˆonico de raio R e altura H (posicionada verticalmente) apoiado sobre seu v´ertice em h = 0 (informalmente, um ”cone de cabe¸ca para baixo”);

4.b. Calcular o tempo de escoamento t

F

para o tanque cheio.

(3)

RESOLU ¸ C ˜ AO COMENTADA

SUBSCRITOS empregados nas solu¸c˜ oes y: c = completa; g = geral;

s = singular; p = particular; gh = geral da EDO homogˆenea (sol. complementar).

1.a. A EDO ´e imediatamente integr´ avel. Fa¸camos u = sec (t) ∴ du = sec (t) tan (t) dt. Aplicando ` a EDO: y

′′

= 2 sec

2

(t) tan (t) ∴ y

= R

2 sec

2

(t) tan (t)dt = R

2u du = u

2

+ C

1

= sec

2

(t) + C

1

∴ y = R

(sec

2

(t) + C

1

) dt ∴ y = tan (t) + C

1

t + C

2

, onde C

1

, C

2

∈ R .

1.b. Como 1 + e

x

> 0, temos que (1 + e

x

) y y

= e

x

⇔ e

x

1 + e

x

= y y

, uma EDO separ´ avel. Integrando:

Z e

x

1 + e

x

dx = Z

y dy dx dx =

Z y dy

Com u = 1 + e

x

, du = e

x

dx tem-se que y

2

2 + C

1

= Z du

u = ln | u | + C

2

∴ (como u > 0) y

2

= 2 ln (1 + e

x

) + C, onde 2(C

2

− C

1

) = C ∈ R . Mas y(0) = 1

∴ 1 = (y(0))

2

= 2 ln (1 + e

0

) + C = 2 ln (2) + C = ln (4) + C ∴ y

2

= 2 ln (1 + e

x

) + 1 − ln (4).

Obs. Como y(0) = 1, temos que y = p

ln ((1 + e

x

)

2

) + 1 − ln (4).

1.c. dy

dx = x

2

+ y

2

xy = x

2

xy + y

2

xy = 1

y/x + y

x , uma EDO homogˆenea. Logo,

fa¸ca-se v = y/x ∴ xv = y ∴ v + xv

= y

=

1v

+ v ∴ xv

= 1/v ∴ vv

= 1/x (separ´ avel). Como v

dx = dv, integremos ambos os membros em x, obtendo:

ln | x | + C

1

=

v22

+ C

2

∴ v

2

= 2 ln | x | + C = ln (x

2

) + C, onde C = 2(C

1

− C

2

) ∴ y

2

= x

2

(ln (x

2

) + C), onde C ∈ R .

Mas − 2 = y(1) ∴ 4 = (y(1))

2

= 1

2

(ln (1

2

) + C) = C ∴ y

2

= x

2

(ln (x

2

) + 4).

Obs. y = − p

x

2

(ln (x

2

) + 4) porque y(1) = − 2.

1.d. A EDO n˜ ao ´e exata pois, escrevendo N (x, y) = 2xy − e

2y

, e

M (x, y) = y, temos que N

x

(x, y) = 2y 6 = 1 = M

y

(x, y). A EDO n˜ao admite fator integrante na forma µ(x) porque M

y

− N

x

N = 1 − 2y

2xy − e

2y

n˜ao ´e uma fun¸c˜ao

(4)

independente de y. No entanto, a EDO admite fator integrante na forma µ(y) por- que N

x

− M

y

M = 2y − 1

y = 2 − y

1

´e uma fun¸c˜ ao independente de x e, portanto,

´e

dyd

ln | µ(y) | . Da´ı, podemos escolher o fator integrante µ(y) para a EDO dada dentro do seguinte formato:

± exp ( R

(2 − y

1

) dt) = ± exp (2y − ln | y | + k) = ±

|y|1

e

2y+k

(k ∈ R ). Aqui

1

, µ(y) = y

1

e

2y

ser´ a utilizado se

2

y(t) 6 = 0, resultando na seguinte EDO exata:

e

2y

dx + (2x e

2y

− y

1

) dy = dψ = 0. Logo, ψ(x, y) = Z

ψ

x

dx = Z

e

2y

dx ∴ ψ(x, y) = x e

2y

+ g(y). Mas 2x e

2y

− y

1

= ψ

y

(x, y) = 2x e

2y

+ g

(y) ∴

g

(y) = − y

1

∴ g(y) = − ln | y | + C

1

(C

1

∈ R ). Logo, a solu¸c˜ao geral da EDO pode ser dada implicitamente como x e

2y

− ln | y | = C, onde C ∈ R , enquanto y(t) = 0 ´e a ´ unica solu¸c˜ ao singular.

1.e. Reconhecemos uma EDO de Bernoulli com n = 2. Portanto, ´e conveniente a substitui¸c˜ ao v = y

1−n

= y

1

quando

3

y 6 = 0. Da´ı, y = v

1

y

= − v

2

v

pela regra da cadeia. Substituindo isto na EDO em y, e multiplicando por − v

2

: − v

2

v

+ t

1

v

1

= − t v

2

∴ v

− t

1

v = t, uma EDO linear que admite fator integrante dentro do seguinte formato:

± exp ( R

− t

1

dt) = ± exp ( − ln | t | + k) = ±

|t|1

e

k

(k ∈ R ). Ser´a utilizado µ(t) = t

1

, resultando em: t

1

v = R

t

1

t dt = R

1 dt = t + C ∴ v = t

2

+ Ct ∴ A solu¸c˜ ao geral ´e y(t) = (t

2

+ Ct)

1

(C ∈ R ), enquanto y(t) = 0 ´e a ´ unica solu¸c˜ao singular.

1.f. A EDO (y

2

+ 1)y

= y

x , x > 0 ´e separ´ avel. Como y(1) = 1 6 = 0, podemos ignorar o caso y = 0 e dividir por y, obtendo:

y + 1

y

dy = 1

x dx. Integrando, chegamos ` a solu¸c˜ ao geral impl´ıcita y

2

2 + ln | y | = ln | x | + C. Mas y(1) = 1 ∴ C = 1/2. Sendo ln | y | − ln | x | = ln ( | y | / | x | ), conclu´ımos que: y

2

2 + ln y x = 1

2

1Ou seja, escolheu-seµ(y) = +|y|1e2y para y >0, e−|y|1e2y paray <0.

2De fato, convertendo-se diferenciais em derivadas, a EDO ´ey+ (2xy−e2y)y = 0, dondey(t) = 0 ´e uma solu¸c˜ao, poisy(t) = 0.

3De fato,y(t) = 0 ´e uma solu¸c˜ao, poisy(t) = 0, e 0 + 0t =−t02parat6= 0.

(5)

1.g. A EDO x y

= y (1 + ln (y) − ln (x)) ´e homogˆenea

4

: y

= y x

1 + ln y x

Fa¸camos

5

v = y/x ∴ y = xv ∴ y

= v + xv

. Da´ı, temos a seguinte EDO em v:

v + xv

= v (1 + ln (v)) ∴ xv

= v ln (v).

Caso ln (v) 6 = 0: dx

x = dv

v ln (v) = du

u onde u = ln (v) ∴ du = dv v .

Integrando: ln | x | + C

1

= ln | u | = ln | ln | v || , onde C

1

∈ R . Como x, v > 0:

ln | ln (y

g

/x) | = ln (x) + C

1

∴ ln (y

g

/x) = Cx, onde C = ± e

C1

6 = 0 ∴ y

g

(x) = x e

Cx

. Caso ln (v) = 0: 1 = v = y/x ∴ y = x = x e

0

que, por inspe¸c˜ao, verifica a EDO.

Tal solu¸c˜ ao corresponde a C = 0 ∴ y

c

(x) = x e

Cx

, onde C ∈ R .

1.h. Como t y

+ y = − t

2

y

2

´e uma EDO de Bernoulli com n = 2, ´e conveni- ente a substitui¸c˜ ao v = y

1−n

= y

1

para o caso

6

y 6 = 0, no qual estamos devido `a condi¸c˜ ao inicial y(1) = − 1/3 dada. Da´ı, y = v

1

∴ y

= − v

2

v

pela regra da cadeia. Substituindo isto na EDO em y: − tv

2

v

+ v

1

= − t

2

v

2

. Multiplicando por − v

2

/t j´ a que t

0

= 1 > 0, obtemos uma EDO linear de 1

a

ordem em v j´a em formato padr˜ ao: v

− t

1

v = t. Ela admite fator integrante µ(t) = t

1

porque

7

d

dt

ln | µ(t) | = − t

1

= −

dtd

ln | t | =

dtd

ln | t |

1

=

dtd

ln | t

1

| , resultando em:

t

1

v = R

t

1

t dt = R

1 dt = t + C ∴ v = t

2

+ Ct ∴ y

g

(t) = (t

2

+ Ct)

1

para C ∈ R . Mas ( − 3)

1

= y(1) = (1 + C)

1

∴ C = − 3 − 1 = − 4 ∴ y

p

(t) = (t

2

− 4t)

1

. 1.i. O maior intervalo aberto contendo t

0

= 1 no qual a solu¸c˜ao do Item 1.h y

p

= 1

t(t − 4) pode ser definida ´e (0, 4) devido ao seu denominador.

1.j. y

= e

2x

+y − 1 ´e linear de 1

a

ordem em y. Em formato padr˜ao: y

− y = e

2x

− 1.

Ela admite fator integrante µ(x) = e

−x

porque

8 dxd

ln | µ(x) | = − 1 =

dxd

( − x) =

d

dx

ln (e

−x

) =

dxd

ln | e

−x

| (j´ a que e

−x

> 0), resultando em:

d

dx

(e

−x

y) = e

−x

e

2x

− 1

∴ e

−x

y = R

(e

x

− e

−x

) dx = e

x

+e

−x

+C, onde C ∈ R ∴ y

c

(x) = e

2x

+ 1 + Ce

x

, onde C ∈ R .

4Observemos quex6= 0 j´a vem da presen¸ca de ln (x)∴x >0. Analogamente,y >0.

5Da nota de rodap´e anterior,v >0.

6De fato,y(t) = 0 ´e uma solu¸c˜ao (singular), poisy(t) = 0, e 0 +0t =−t02parat6= 0.

7µ(t) est´a dentro do formato ±exp (R

−t1dt) =±exp (−ln|t|+k) =±|t|1ek(k∈R) comk= 0 e sinais + e−parat >0 et <0 respectivamente.

8µ(t) est´a dentro do formato ±exp (R

−1dx) = ±exp (−x+k) = ±eke−x (k ∈R) comk= 0 e sinal +.

(6)

1.k. A EDO ´e imediatamente integr´ avel. Integrando duas vezes, temos que:

y

′′

=

t12

= t

2

∴ y

= − t

1

+ C

1

∴ y = − ln | t | + C

1

t + C

2

∴ (sendo 0 < t = | t | ) y

c

= ln (1/t) + C

1

t+ C

2

, onde C

1

, C

2

∈ R . Aplicando as condi¸c˜oes iniciais y(1) = 0 e y

(1) = 1 `a solu¸c˜ ao particular y

p

, temos:

1 = y

p

(1) = − 1 + C

1

∴ C

1

= 2; e

0 = y

p

(1) = ln (1) + C

1

+ C

2

= 2 + C

2

∴ C

2

= − 2 ∴ y

p

= ln (1/t) + 2(t − 1).

1.l

9

. y

= − 3x

2

y + y

2

2x

3

+ 3xy A EDO n˜ ao ´e separ´ avel nem linear

10

. Escrevendo-a no formato de diferencial:

(3x

2

y + y

2

)dx + (2x

3

+ 3xy)dy = 0 ∴ M (x, y) = 3x

2

y + y

2

e N (x, y) = 2x

3

+ 3xy.

Como M

y

(x, y) = 3x

2

+2y 6 = 6x

2

+3y = N

x

(x, y), a EDO n˜ao ´e exata. A EDO n˜ao admite fator integrante na forma µ(x) porque M

y

− N

x

N = − 3x

2

− y

2x

3

+ 3xy n˜ao ´e uma fun¸c˜ ao independente

11

de y. No entanto:

Caso M = 0. 0 = 3x

2

y + y

2

= y(3x

2

+ y) ∴ y = 0 ou y = − 3x

2

. Verificando na EDO dada, apenas y

p

(t) = 0 ´e solu¸c˜ ao dentre estas duas fun¸c˜oes.

Caso M 6 = 0. A EDO admite fator integrante na forma µ(y) porque a fun¸c˜ao N

x

− M

y

M = 3x

2

+ y 3x

2

y + y

2

= 1

y ´e independente de x, resultando em

d

dy

ln | µ(y) | =

1y

=

dyd

ln | y | . Disto, podemos usar

12

µ(y) = y 6 = 0 (pois 0 6 = M), resultando na EDO exata (3x

2

y

2

+ y

3

)dx + (2x

3

y + 3xy

2

)dy = 0 Logo:

ψ(x, y) = Z

ψ

x

dx = Z

(3x

2

y

2

+ y

3

) dx ∴ ψ(x, y) = x

3

y

2

+ xy

3

+ g(y). Mas 2x

3

y + 3xy

2

= ψ

y

(x, y) = 2x

3

y + 3xy

2

+ g

(y) ∴ g

(y) = 0 ∴ g(y) = 0 serve. Logo, a solu¸c˜ ao geral da EDO pode ser dada implicitamente como x

3

y

2

+ xy

3

= C, onde C ∈ R , na qual inclu´ımos (quando C = 0) a solu¸c˜ao y

p

≡ 0 do caso M = 0 (ou seja, obtemos y

c

sem precisamos excluir tal y

p

).

1.m. Fazendo v = y/x (para x 6 = 0), temos que y = xv ∴ y

= v + xv

. Subs- tituindo isto no membro esquerdo da EDO dada, e multiplicando e dividindo o direito por 1/x

2

, temos que:

9Fim do Cap. 2 de [Boyce/DiPrima], EDO do Prob. 31 (resp. 32) da 9a (resp. 8a) ed.

10Ali´as, se fosse separ´avel, seria exata, e se fosse linear, admitiria um fator integrante da formaµ(x). De acordo com a solu¸c˜ao acima, ambas as situa¸c˜oes n˜ao ocorrem.

11Basta compararmos seus valores em (x, y) comxfixado. Ex.: em (1,0) e (1,1).

12Passo a passo,µ(y) est´a dentro do seguinte formato:

±exp (R

(1/y)dt) = ±exp (ln|y|+k) = ±ek|y| = ˜k|y| (k,˜k ∈ R, k˜ 6= 0). Escolhemos µ(y) = +|y|para y >0, e−|y|paray <0.

(7)

v + xv

= y

= xy

x

2

+ y

2

= y/x

1 + (y/x)

2

= v

1 + v

2

∴ xv

= v

1 + v

2

− v = − v

3

1 + v

2

Tal EDO ´e separ´ avel. Como y(1) = − 1 6 = 0, assumamos y 6 = 0 ∴ v 6 = 0 ∴

− 1

x = 1 + v

2

v

3

v

=

1 v

3

+ 1

v

v

Integrando em x, obtemos que:

− ln | x | + C = − 1

2v

2

+ ln | v | = ln y x − x

2

2y

2

= ln | y | − ln | x | − x

2

2y

2

, onde C ∈ R . Logo, temos a solu¸c˜ ao geral C = ln | y | − x

2

2y

2

. Mas y(1) = − 1 ∴ C = − 1/2.

Logo, o PVI tem ln | y | − x

2

2y

2

= − 1

2 por solu¸c˜ ao impl´ıcita.

1.n. Um caminho ´e notarmos que a EDO ´e

dtd

(t y) = cos(t), t > 0 e irmos para a ´ ultima linha desta resolu¸c˜ ao. Noutro caminho, observamos que a EDO dada ´e linear com formato padr˜ ao y

+ t

1

y = t

1

cos(t), t > 0, que admite fator inte- grante µ tal que

dtd

ln | µ(t) | = t

1

=

dtd

ln | t | e, analogamente ao Item 1.b, usaremos µ(t) = t, resultando em:

dtd

(t y) = t t

1

cos (t) = cos (t) ∴

t y = R

cos (t) dt = sen(t) + C ∴ y

c

(t) = sen(t) + C

t , onde C ∈ R .

2.a. Tratando-se de uma EDO de Clairaut, diferenciem-se os seus membros:

y

= y

+ xy

′′

+ 2y

y

′′

∴ 0 = y

′′

(x + 2y

). Fazendo v = y

:

0 = v

(x + 2v) ∴ v

= 0 ou x + 2v = 0, e a EDO se lˆe y = xv + v

2

. Caso v

= 0: v = C ∈ R ∴ y = Cx + C

2

, onde C ∈ R (solu¸c˜ao geral).

Caso x + 2v = 0: x = − 2v ∴ v = −

x2

. Da EDO: y = −

x22

+ −

x2

2

y = − x

2

4 (solu¸c˜ ao singular).

2.b. Tratando-se de uma EDO de Clairaut, fa¸camos v = y

e diferenciemos os membros da EDO: y = xv + 1 + v

2

∴ v = y

= v + xv

+ 2vv

∴ 0 = (x + 2v)v

. Caso v

= 0. v = C ∈ R ∴ y

g

= Cx + 1 + C

2

, onde C ∈ R . Mas a condi¸c˜ao inicial fornece 0 = y(2) = 2C + 1 + C

2

= (C + 1)

2

∴ C = − 1. Logo, uma solu¸c˜ao do PVI ´e y

p1

(x) = 2 − x.

Caso x + 2v = 0. x = − 2v ∴ v = − x

2 . Da EDO: y

s

(x) = −

x22

+ 1 + −

x2

2

= 1 −

x42

, que tamb´em satisfaz a condi¸c˜ ao inicial. Portanto, outra solu¸c˜ao do PVI ´e:

y

p2

(x) = y

s

(x) = 1 − x

2

4

(8)

2.c. y = x 2

y

+ 4

y

´e uma EDO de d’Alembert (EDO de Lagrange). Fazendo v = y

, temos y em fun¸c˜ ao de x e v: 2y = x v + 4v

1

. Diferenciando com rela¸c˜ao a x, obtemos: 2v = 2y

= v + 4v

1

+ x 1 − 4v

2

v

∴ v = 4v

1

+ x 1 − 4v

2

v

. Multiplicando por v

2

: v

3

= 4v+x v

2

− 4

v

∴ v v

2

− 4

= v

3

− 4v = v

2

− 4 xv

. Caso v

2

− 4 6 = 0. v = xv

∴ dv

v = dx

x ∴ ln | v | = ln | x | + C

1

, onde C

1

∈ R ∴ v = C

2

x, onde C

2

= ± e

C1

6 = 0. Substituindo este v na EDO dada, temos que:

y = x C

2

2 x + 4 2 C

2

x

∴ y

g

(x) = x

Cx + 1 Cx

, onde C = C

2

/2 ∈ R

. Mas 2 = y(1) = C + 1

C = C

2

+ 1

C ∴ 2C = C

2

+ 1 ∴ 0 = C

2

− 2C + 1 = (C − 1)

2

∴ C = 1 ∴ y

p1

(x) = x

x + 1

x

∴ y

p1

(x) = x

2

+ 1 ´e uma solu¸c˜ao para o PVI.

Caso v

2

− 4 = 0. y

= v = ± 2 ∴ y

s

= ± 2x. Mas y(1) = 2 ∴ y

p2

(x) = 2x ´e outra solu¸c˜ ao para o PVI.

3 - Q3. Como as curvas s˜ ao dadas como f (x, y) = C, onde f (x, y) = xy ´e uma fun-

¸c˜ ao diferenci´ avel, temos que elas satisfazem 0 = df = f

x

dx + f

y

dy ∴ y

= − f

x

/f

y

As curvas ortogonais ` as curvas dadas tˆem declividade igual ao inverso do oposto da declividade das curvas originais nos pontos de interse¸c˜ao (quando nenhuma destas declividades ´e nula) e, portanto, satisfazem a EDO y

= f

y

/f

x

= x/y ∴ yy

= x (separ´ avel). Como y

dx = dy, integremos ambos os membros em x, obtendo

y2

2

+ C

1

=

x22

+ C

2

. Com C = 2(C

2

− C

1

), temos que as curvas s˜ao dadas implici- tamente por y

2

− x

2

= C, onde C ∈ R (podemos, igualmente, assumir que x 6 = 0).

3 - Q6. Como todas as fun¸c˜ oes da fam´ılia satisfazem xy = C para x 6 = 0 com C constante, diferenciando com rela¸c˜ ao a x, temos que y + xy

= 0 ∴ y

= − y/x para x 6 = 0. Tal EDO ´e separ´ avel. Para y 6 = 0, temos que 1

y dy dx = − 1

x . Integrando em x e usando que dy

dx dx = dy, obtemos ln | y | = − ln | x | + C

1

= ln | x |

1

+ C

1

, onde C

1

∈ R , Tomando a exponencial e eliminando os m´odulos, obtemos y = C/x, onde C = ± e

C1

6 = 0. Caso y(x) = 0, temos uma solu¸c˜ao singular, pois y

(x) = 0 = 0

x = y(x)

x . Mas tal solu¸c˜ ao corresponde a C = 0. Assim, a fam´ılia de

fun¸c˜ oes dada no problema ´e, de fato, a solu¸c˜ ao completa da EDO obtida acima.

(9)

4.a. No arquivo tanques torricelli-borda.pdf, deduzimos a fun¸c˜ao A(h) para este tanque: A(h) = π R

2

H

2

h

2

∴ k √

h = − A(h) dh

dt = − π R

2

H

2

h

2

dh

dt · Denotando por

 = k H

2

π R

2

> 0, temos que −  = h

2

h

1/2

dh

dt = h

3/2

dh

dt , uma EDO separ´avel.

Integrando em t: −  Z

dt = Z

h

3/2

dh ∴ C

1

−  t = 2

5 h

5/2

. Mas h(0) = H ∴ C

1

− 0 = 2

5 H

5/2

∴ h(t) =

5

s

H

5/2

− 5

2 t

2

=

5

s

H

2

H − 5k H

2

2π R

2

t

2

h(t) =

5

s

H

4

H − 5k 2π R

2

t

2

4.b. O tanque se esvazia no instante t

F

, pois a varia¸c˜ao total de tempo (instante final menos instante inicial) ´e dada por t

F

= t

F

− 0. Assim, 0 − h(t

F

) ∴

0 =

5

s

H

4

H − 5k 2π R

2

t

F

2

∴ √

H − 5k

2π R

2

t

F

= 0 ∴ t

F

= 2π R

2

H

5k

Referências

Documentos relacionados

2 Ex.: Uma solu¸c˜ ao cujo valor ´e positivo num valor de x, e negativo noutro; ou uma solu¸c˜ao que tem raiz (ou seja, sinal zero) num valor de x mas n˜ao ´e a solu¸c˜ao nula

Da´ı, uma solu¸c˜ ao que possui sinal positivo ou negativo em algum x n˜ao pode atingir valor nulo e, portanto, n˜ ao pode mudar de sinal pelo pelo teorema do valor inter- medi´

Ao usar a tabela de transformadas de Laplace, indicar os parˆametros e o n´ umero de cada regra no passo em que ´e utilizada.. Respostas memorizadas mas sem justificativas n˜

Dar solu¸c˜ oes leg´ıveis e justificadas, escrevendo os passos, detalhes e propriedades relevantes. Ler as solu¸c˜oes de uma sess˜ao s´o depois dela... Quest˜ ao 1.. Calcular

Tamb´em n˜ao conferiremos, na parte (i), que as curvas da fam´ılia dada formam uma solu¸c˜ao geral da EDO obtida, mas pressupomos que os leitores o

Dar solu¸c˜ oes leg´ıveis e justificadas, escrevendo os passos, detalhes e propriedades relevantes. Ler as solu¸c˜oes de uma sess˜ao s´o depois dela... Quest˜ ao 1.. Calcular

Uma tabela de transformadas de Laplace simples (de uma folha) pode ser empre- gada, indicando-se o n´ umero ou r´ otulo de cada regra no passo em que ´e utilizada.. H´ a uma

Tamb´em n˜ao conferiremos, na parte (i), que as curvas da fam´ılia dada formam uma solu¸c˜ao geral da EDO obtida, mas pressupomos que os leitores o