UFPE – ´ AREA II – Prof. Fernando J. O. Souza MA129 (c´ alculo 4) – 2012.2 – turmas Q3 e Q6
SIMULADO DA 1
aUNIDADE v. 1.0
Orienta¸ c˜ ao: Resolver as quest˜ oes em trˆes sess˜ oes de 120 minutos cada sem inter- rup¸c˜ ao nem distra¸c˜ oes. Dar solu¸c˜ oes leg´ıveis e justificadas, escrevendo os passos, detalhes e propriedades relevantes. Ler as solu¸c˜oes de uma sess˜ao s´o depois dela.
Para cada item das quest˜ oes 1 e 2, encontrar a solu¸c˜ao completa se o item s´o apresentar a EDO, e resolver o PVI (dando todas as solu¸c˜oes globais) se o item contiver condi¸c˜ oes iniciais. Em todos, y ´e a fun¸c˜ao (de t ou x, conforme o caso).
Quest˜ ao 1. As solu¸c˜ oes podem ser dadas numa forma impl´ıcita nesta quest˜ao.
1.a. y
′′= 2 sec
2(t) tan (t)
1.b.
(1 + e
x) y y
′= e
xy(0) = 1
1.d. y dx + (2xy − e
−2y) dy = 0
1.c.
dy
dx = x
2+ y
2xy y(1) = − 2 1.e. dy
dt + y
t = − t y
21.f.
(y
2+ 1) dy dx = y
x , x > 0 y(1) = 1
1.g. x dy
dx = y (1 + ln (y) − ln (x))
1.h.
t dy
dt + y = − t
2y
2y(1) = − 1/3 1.j dy
dx = e
2x+ y − 1
1.i. Calcular o intervalo aberto contendo t
0= 1 no qual a solu¸c˜ao (global) do PVI do Item 1.h est´ a definida.
1.k.
d
2y dt
2= 1
t
2, t > 0 y(1) = 0, y
′(1) = 1 1.l. dy
dx = − 3x
2y + y
22x
3+ 3xy
1.m.
dy
dx = xy x
2+ y
2y(1) = − 1 1.n. t dy
dt + y = cos(t), t > 0
Quest˜ ao 2. Apresentar solu¸c˜ oes expl´ıcitas nesta quest˜ao.
2.a. y = xy
′+ (y
′)
22.b. y = x dy dx + 1 +
dy dx
2, y(2) = 0
2.c. y = x 2
dy dx + 4
dy dx
!
, y(1) = 2
Quest˜ ao 3 para a Turma Q3. Seja a fam´ılia de curvas definidas para x 6 = 0 e dadas por xy = C, onde C ∈ R parametriza a fam´ılia. Encontrar a fam´ılia de curvas ortogonais ` as curvas dada. A resposta pode ser dada no formato impl´ıcito.
Quest˜ ao 3 para a Turma Q6. Encontrar uma EDO cuja solu¸c˜ao completa seja dada pela fam´ılia de fun¸c˜ oes xy = C parametrizada por C ∈ R . Ent˜ao, resolver a EDO para confirmar a resposta.
Quest˜ ao 4. Recordar a lei de Torricelli-Borda: dado um tanque de altura H com um orif´ıcio (ralo) embaixo, sejam h ∈ [0, H] a coordenada vertical (altura) medida a partir do orif´ıcio, A(h) a ´ area da se¸c˜ ao transversal do tanque na altura h, t o tempo medido a partir do instante t
0= 0 de in´ıcio do esvaziamento do tanque cheio, e k = ba √
2g uma constante, onde b ∈ (0, 1] ´e a constante de Borda do l´ıquido, a ´e a ´ area do orif´ıcio, e g ´e a acelera¸c˜ao da gravidade. Ent˜ao:
− A(h) dh dt = k √
h
4.a. Calcular a fun¸c˜ ao h(t) que descreve o escoamento de um tanque cˆonico de raio R e altura H (posicionada verticalmente) apoiado sobre seu v´ertice em h = 0 (informalmente, um ”cone de cabe¸ca para baixo”);
4.b. Calcular o tempo de escoamento t
Fpara o tanque cheio.
RESOLU ¸ C ˜ AO COMENTADA
SUBSCRITOS empregados nas solu¸c˜ oes y: c = completa; g = geral;
s = singular; p = particular; gh = geral da EDO homogˆenea (sol. complementar).
1.a. A EDO ´e imediatamente integr´ avel. Fa¸camos u = sec (t) ∴ du = sec (t) tan (t) dt. Aplicando ` a EDO: y
′′= 2 sec
2(t) tan (t) ∴ y
′= R
2 sec
2(t) tan (t)dt = R
2u du = u
2+ C
1= sec
2(t) + C
1∴ y = R
(sec
2(t) + C
1) dt ∴ y = tan (t) + C
1t + C
2, onde C
1, C
2∈ R .
1.b. Como 1 + e
x> 0, temos que (1 + e
x) y y
′= e
x⇔ e
x1 + e
x= y y
′, uma EDO separ´ avel. Integrando:
Z e
x1 + e
xdx = Z
y dy dx dx =
Z y dy
Com u = 1 + e
x, du = e
xdx tem-se que y
22 + C
1= Z du
u = ln | u | + C
2∴ (como u > 0) y
2= 2 ln (1 + e
x) + C, onde 2(C
2− C
1) = C ∈ R . Mas y(0) = 1
∴ 1 = (y(0))
2= 2 ln (1 + e
0) + C = 2 ln (2) + C = ln (4) + C ∴ y
2= 2 ln (1 + e
x) + 1 − ln (4).
Obs. Como y(0) = 1, temos que y = p
ln ((1 + e
x)
2) + 1 − ln (4).
1.c. dy
dx = x
2+ y
2xy = x
2xy + y
2xy = 1
y/x + y
x , uma EDO homogˆenea. Logo,
fa¸ca-se v = y/x ∴ xv = y ∴ v + xv
′= y
′=
1v+ v ∴ xv
′= 1/v ∴ vv
′= 1/x (separ´ avel). Como v
′dx = dv, integremos ambos os membros em x, obtendo:
ln | x | + C
1=
v22+ C
2∴ v
2= 2 ln | x | + C = ln (x
2) + C, onde C = 2(C
1− C
2) ∴ y
2= x
2(ln (x
2) + C), onde C ∈ R .
Mas − 2 = y(1) ∴ 4 = (y(1))
2= 1
2(ln (1
2) + C) = C ∴ y
2= x
2(ln (x
2) + 4).
Obs. y = − p
x
2(ln (x
2) + 4) porque y(1) = − 2.
1.d. A EDO n˜ ao ´e exata pois, escrevendo N (x, y) = 2xy − e
−2y, e
M (x, y) = y, temos que N
x(x, y) = 2y 6 = 1 = M
y(x, y). A EDO n˜ao admite fator integrante na forma µ(x) porque M
y− N
xN = 1 − 2y
2xy − e
−2yn˜ao ´e uma fun¸c˜ao
independente de y. No entanto, a EDO admite fator integrante na forma µ(y) por- que N
x− M
yM = 2y − 1
y = 2 − y
−1´e uma fun¸c˜ ao independente de x e, portanto,
´e
dydln | µ(y) | . Da´ı, podemos escolher o fator integrante µ(y) para a EDO dada dentro do seguinte formato:
± exp ( R
(2 − y
−1) dt) = ± exp (2y − ln | y | + k) = ±
|y|1e
2y+k(k ∈ R ). Aqui
1, µ(y) = y
−1e
2yser´ a utilizado se
2y(t) 6 = 0, resultando na seguinte EDO exata:
e
2ydx + (2x e
2y− y
−1) dy = dψ = 0. Logo, ψ(x, y) = Z
ψ
xdx = Z
e
2ydx ∴ ψ(x, y) = x e
2y+ g(y). Mas 2x e
2y− y
−1= ψ
y(x, y) = 2x e
2y+ g
′(y) ∴
g
′(y) = − y
−1∴ g(y) = − ln | y | + C
1(C
1∈ R ). Logo, a solu¸c˜ao geral da EDO pode ser dada implicitamente como x e
2y− ln | y | = C, onde C ∈ R , enquanto y(t) = 0 ´e a ´ unica solu¸c˜ ao singular.
1.e. Reconhecemos uma EDO de Bernoulli com n = 2. Portanto, ´e conveniente a substitui¸c˜ ao v = y
1−n= y
−1quando
3y 6 = 0. Da´ı, y = v
−1∴
y
′= − v
−2v
′pela regra da cadeia. Substituindo isto na EDO em y, e multiplicando por − v
2: − v
−2v
′+ t
−1v
−1= − t v
−2∴ v
′− t
−1v = t, uma EDO linear que admite fator integrante dentro do seguinte formato:
± exp ( R
− t
−1dt) = ± exp ( − ln | t | + k) = ±
|t|1e
k(k ∈ R ). Ser´a utilizado µ(t) = t
−1, resultando em: t
−1v = R
t
−1t dt = R
1 dt = t + C ∴ v = t
2+ Ct ∴ A solu¸c˜ ao geral ´e y(t) = (t
2+ Ct)
−1(C ∈ R ), enquanto y(t) = 0 ´e a ´ unica solu¸c˜ao singular.
1.f. A EDO (y
2+ 1)y
′= y
x , x > 0 ´e separ´ avel. Como y(1) = 1 6 = 0, podemos ignorar o caso y = 0 e dividir por y, obtendo:
y + 1
y
dy = 1
x dx. Integrando, chegamos ` a solu¸c˜ ao geral impl´ıcita y
22 + ln | y | = ln | x | + C. Mas y(1) = 1 ∴ C = 1/2. Sendo ln | y | − ln | x | = ln ( | y | / | x | ), conclu´ımos que: y
22 + ln y x = 1
2
1Ou seja, escolheu-seµ(y) = +|y|−1e2y para y >0, e−|y|−1e2y paray <0.
2De fato, convertendo-se diferenciais em derivadas, a EDO ´ey+ (2xy−e−2y)y′ = 0, dondey(t) = 0 ´e uma solu¸c˜ao, poisy′(t) = 0.
3De fato,y(t) = 0 ´e uma solu¸c˜ao, poisy′(t) = 0, e 0 + 0t =−t02parat6= 0.
1.g. A EDO x y
′= y (1 + ln (y) − ln (x)) ´e homogˆenea
4: y
′= y x
1 + ln y x
Fa¸camos
5v = y/x ∴ y = xv ∴ y
′= v + xv
′. Da´ı, temos a seguinte EDO em v:
v + xv
′= v (1 + ln (v)) ∴ xv
′= v ln (v).
Caso ln (v) 6 = 0: dx
x = dv
v ln (v) = du
u onde u = ln (v) ∴ du = dv v .
Integrando: ln | x | + C
1= ln | u | = ln | ln | v || , onde C
1∈ R . Como x, v > 0:
ln | ln (y
g/x) | = ln (x) + C
1∴ ln (y
g/x) = Cx, onde C = ± e
C16 = 0 ∴ y
g(x) = x e
Cx. Caso ln (v) = 0: 1 = v = y/x ∴ y = x = x e
0que, por inspe¸c˜ao, verifica a EDO.
Tal solu¸c˜ ao corresponde a C = 0 ∴ y
c(x) = x e
Cx, onde C ∈ R .
1.h. Como t y
′+ y = − t
2y
2´e uma EDO de Bernoulli com n = 2, ´e conveni- ente a substitui¸c˜ ao v = y
1−n= y
−1para o caso
6y 6 = 0, no qual estamos devido `a condi¸c˜ ao inicial y(1) = − 1/3 dada. Da´ı, y = v
−1∴ y
′= − v
−2v
′pela regra da cadeia. Substituindo isto na EDO em y: − tv
−2v
′+ v
−1= − t
2v
−2. Multiplicando por − v
2/t j´ a que t
0= 1 > 0, obtemos uma EDO linear de 1
aordem em v j´a em formato padr˜ ao: v
′− t
−1v = t. Ela admite fator integrante µ(t) = t
−1porque
7d
dt
ln | µ(t) | = − t
−1= −
dtdln | t | =
dtdln | t |
−1=
dtdln | t
−1| , resultando em:
t
−1v = R
t
−1t dt = R
1 dt = t + C ∴ v = t
2+ Ct ∴ y
g(t) = (t
2+ Ct)
−1para C ∈ R . Mas ( − 3)
−1= y(1) = (1 + C)
−1∴ C = − 3 − 1 = − 4 ∴ y
p(t) = (t
2− 4t)
−1. 1.i. O maior intervalo aberto contendo t
0= 1 no qual a solu¸c˜ao do Item 1.h y
p= 1
t(t − 4) pode ser definida ´e (0, 4) devido ao seu denominador.
1.j. y
′= e
2x+y − 1 ´e linear de 1
aordem em y. Em formato padr˜ao: y
′− y = e
2x− 1.
Ela admite fator integrante µ(x) = e
−xporque
8 dxdln | µ(x) | = − 1 =
dxd( − x) =
d
dx
ln (e
−x) =
dxdln | e
−x| (j´ a que e
−x> 0), resultando em:
d
dx
(e
−xy) = e
−xe
2x− 1
∴ e
−xy = R
(e
x− e
−x) dx = e
x+e
−x+C, onde C ∈ R ∴ y
c(x) = e
2x+ 1 + Ce
x, onde C ∈ R .
4Observemos quex6= 0 j´a vem da presen¸ca de ln (x)∴x >0. Analogamente,y >0.
5Da nota de rodap´e anterior,v >0.
6De fato,y(t) = 0 ´e uma solu¸c˜ao (singular), poisy′(t) = 0, e 0 +0t =−t02parat6= 0.
7µ(t) est´a dentro do formato ±exp (R
−t−1dt) =±exp (−ln|t|+k) =±|t|1ek(k∈R) comk= 0 e sinais + e−parat >0 et <0 respectivamente.
8µ(t) est´a dentro do formato ±exp (R
−1dx) = ±exp (−x+k) = ±eke−x (k ∈R) comk= 0 e sinal +.
1.k. A EDO ´e imediatamente integr´ avel. Integrando duas vezes, temos que:
y
′′=
t12= t
−2∴ y
′= − t
−1+ C
1∴ y = − ln | t | + C
1t + C
2∴ (sendo 0 < t = | t | ) y
c= ln (1/t) + C
1t+ C
2, onde C
1, C
2∈ R . Aplicando as condi¸c˜oes iniciais y(1) = 0 e y
′(1) = 1 `a solu¸c˜ ao particular y
p, temos:
1 = y
p′(1) = − 1 + C
1∴ C
1= 2; e
0 = y
p(1) = ln (1) + C
1+ C
2= 2 + C
2∴ C
2= − 2 ∴ y
p= ln (1/t) + 2(t − 1).
1.l
9. y
′= − 3x
2y + y
22x
3+ 3xy A EDO n˜ ao ´e separ´ avel nem linear
10. Escrevendo-a no formato de diferencial:
(3x
2y + y
2)dx + (2x
3+ 3xy)dy = 0 ∴ M (x, y) = 3x
2y + y
2e N (x, y) = 2x
3+ 3xy.
Como M
y(x, y) = 3x
2+2y 6 = 6x
2+3y = N
x(x, y), a EDO n˜ao ´e exata. A EDO n˜ao admite fator integrante na forma µ(x) porque M
y− N
xN = − 3x
2− y
2x
3+ 3xy n˜ao ´e uma fun¸c˜ ao independente
11de y. No entanto:
Caso M = 0. 0 = 3x
2y + y
2= y(3x
2+ y) ∴ y = 0 ou y = − 3x
2. Verificando na EDO dada, apenas y
p(t) = 0 ´e solu¸c˜ ao dentre estas duas fun¸c˜oes.
Caso M 6 = 0. A EDO admite fator integrante na forma µ(y) porque a fun¸c˜ao N
x− M
yM = 3x
2+ y 3x
2y + y
2= 1
y ´e independente de x, resultando em
d
dy
ln | µ(y) | =
1y=
dydln | y | . Disto, podemos usar
12µ(y) = y 6 = 0 (pois 0 6 = M), resultando na EDO exata (3x
2y
2+ y
3)dx + (2x
3y + 3xy
2)dy = 0 Logo:
ψ(x, y) = Z
ψ
xdx = Z
(3x
2y
2+ y
3) dx ∴ ψ(x, y) = x
3y
2+ xy
3+ g(y). Mas 2x
3y + 3xy
2= ψ
y(x, y) = 2x
3y + 3xy
2+ g
′(y) ∴ g
′(y) = 0 ∴ g(y) = 0 serve. Logo, a solu¸c˜ ao geral da EDO pode ser dada implicitamente como x
3y
2+ xy
3= C, onde C ∈ R , na qual inclu´ımos (quando C = 0) a solu¸c˜ao y
p≡ 0 do caso M = 0 (ou seja, obtemos y
csem precisamos excluir tal y
p).
1.m. Fazendo v = y/x (para x 6 = 0), temos que y = xv ∴ y
′= v + xv
′. Subs- tituindo isto no membro esquerdo da EDO dada, e multiplicando e dividindo o direito por 1/x
2, temos que:
9Fim do Cap. 2 de [Boyce/DiPrima], EDO do Prob. 31 (resp. 32) da 9a (resp. 8a) ed.
10Ali´as, se fosse separ´avel, seria exata, e se fosse linear, admitiria um fator integrante da formaµ(x). De acordo com a solu¸c˜ao acima, ambas as situa¸c˜oes n˜ao ocorrem.
11Basta compararmos seus valores em (x, y) comxfixado. Ex.: em (1,0) e (1,1).
12Passo a passo,µ(y) est´a dentro do seguinte formato:
±exp (R
(1/y)dt) = ±exp (ln|y|+k) = ±ek|y| = ˜k|y| (k,˜k ∈ R, k˜ 6= 0). Escolhemos µ(y) = +|y|para y >0, e−|y|paray <0.
v + xv
′= y
′= xy
x
2+ y
2= y/x
1 + (y/x)
2= v
1 + v
2∴ xv
′= v
1 + v
2− v = − v
31 + v
2Tal EDO ´e separ´ avel. Como y(1) = − 1 6 = 0, assumamos y 6 = 0 ∴ v 6 = 0 ∴
− 1
x = 1 + v
2v
3v
′=
1 v
3+ 1
v
v
′Integrando em x, obtemos que:
− ln | x | + C = − 1
2v
2+ ln | v | = ln y x − x
22y
2= ln | y | − ln | x | − x
22y
2, onde C ∈ R . Logo, temos a solu¸c˜ ao geral C = ln | y | − x
22y
2. Mas y(1) = − 1 ∴ C = − 1/2.
Logo, o PVI tem ln | y | − x
22y
2= − 1
2 por solu¸c˜ ao impl´ıcita.
1.n. Um caminho ´e notarmos que a EDO ´e
dtd(t y) = cos(t), t > 0 e irmos para a ´ ultima linha desta resolu¸c˜ ao. Noutro caminho, observamos que a EDO dada ´e linear com formato padr˜ ao y
′+ t
−1y = t
−1cos(t), t > 0, que admite fator inte- grante µ tal que
dtdln | µ(t) | = t
−1=
dtdln | t | e, analogamente ao Item 1.b, usaremos µ(t) = t, resultando em:
dtd(t y) = t t
−1cos (t) = cos (t) ∴
t y = R
cos (t) dt = sen(t) + C ∴ y
c(t) = sen(t) + C
t , onde C ∈ R .
2.a. Tratando-se de uma EDO de Clairaut, diferenciem-se os seus membros:
y
′= y
′+ xy
′′+ 2y
′y
′′∴ 0 = y
′′(x + 2y
′). Fazendo v = y
′:
0 = v
′(x + 2v) ∴ v
′= 0 ou x + 2v = 0, e a EDO se lˆe y = xv + v
2. Caso v
′= 0: v = C ∈ R ∴ y = Cx + C
2, onde C ∈ R (solu¸c˜ao geral).
Caso x + 2v = 0: x = − 2v ∴ v = −
x2. Da EDO: y = −
x22+ −
x2 2∴
y = − x
24 (solu¸c˜ ao singular).
2.b. Tratando-se de uma EDO de Clairaut, fa¸camos v = y
′e diferenciemos os membros da EDO: y = xv + 1 + v
2∴ v = y
′= v + xv
′+ 2vv
′∴ 0 = (x + 2v)v
′. Caso v
′= 0. v = C ∈ R ∴ y
g= Cx + 1 + C
2, onde C ∈ R . Mas a condi¸c˜ao inicial fornece 0 = y(2) = 2C + 1 + C
2= (C + 1)
2∴ C = − 1. Logo, uma solu¸c˜ao do PVI ´e y
p1(x) = 2 − x.
Caso x + 2v = 0. x = − 2v ∴ v = − x
2 . Da EDO: y
s(x) = −
x22+ 1 + −
x2 2= 1 −
x42, que tamb´em satisfaz a condi¸c˜ ao inicial. Portanto, outra solu¸c˜ao do PVI ´e:
y
p2(x) = y
s(x) = 1 − x
24
2.c. y = x 2
y
′+ 4
y
′´e uma EDO de d’Alembert (EDO de Lagrange). Fazendo v = y
′, temos y em fun¸c˜ ao de x e v: 2y = x v + 4v
−1. Diferenciando com rela¸c˜ao a x, obtemos: 2v = 2y
′= v + 4v
−1+ x 1 − 4v
−2v
′∴ v = 4v
−1+ x 1 − 4v
−2v
′. Multiplicando por v
2: v
3= 4v+x v
2− 4
v
′∴ v v
2− 4
= v
3− 4v = v
2− 4 xv
′. Caso v
2− 4 6 = 0. v = xv
′∴ dv
v = dx
x ∴ ln | v | = ln | x | + C
1, onde C
1∈ R ∴ v = C
2x, onde C
2= ± e
C16 = 0. Substituindo este v na EDO dada, temos que:
y = x C
22 x + 4 2 C
2x
∴ y
g(x) = x
Cx + 1 Cx
, onde C = C
2/2 ∈ R
∗. Mas 2 = y(1) = C + 1
C = C
2+ 1
C ∴ 2C = C
2+ 1 ∴ 0 = C
2− 2C + 1 = (C − 1)
2∴ C = 1 ∴ y
p1(x) = x
x + 1
x
∴ y
p1(x) = x
2+ 1 ´e uma solu¸c˜ao para o PVI.
Caso v
2− 4 = 0. y
′= v = ± 2 ∴ y
s= ± 2x. Mas y(1) = 2 ∴ y
p2(x) = 2x ´e outra solu¸c˜ ao para o PVI.
3 - Q3. Como as curvas s˜ ao dadas como f (x, y) = C, onde f (x, y) = xy ´e uma fun-
¸c˜ ao diferenci´ avel, temos que elas satisfazem 0 = df = f
xdx + f
ydy ∴ y
′= − f
x/f
yAs curvas ortogonais ` as curvas dadas tˆem declividade igual ao inverso do oposto da declividade das curvas originais nos pontos de interse¸c˜ao (quando nenhuma destas declividades ´e nula) e, portanto, satisfazem a EDO y
′= f
y/f
x= x/y ∴ yy
′= x (separ´ avel). Como y
′dx = dy, integremos ambos os membros em x, obtendo
y2
2