UFPE – ´ AREA II – 2017.1 – Prof. Fernando J. O. Souza MA129 (c´ alculo diferencial e integral 4) – turma q3 SIMULADO DA 1
aUNIDADE v. 1.0 – GABARITO v. 1.0 Orienta¸ c˜ ao: Distribuir a resolu¸c˜ ao das quest˜ oes em sete sess˜oes de 120 minutos cada, sem interrup¸c˜ ao nem distra¸c˜ oes. Dar solu¸c˜oes leg´ıveis e justificadas, escre- vendo os passos, detalhes e propriedades relevantes. S´o ler o gabarito depois.
Para cada item das quest˜ oes 1 e 2, encontrar a solu¸c˜ao completa se o item s´o apresentar a EDO, e resolver o PVI (dando todas as solu¸c˜oes maximais) se o item contiver condi¸c˜ oes iniciais. Em todos, y ´e a fun¸c˜ao (de t ou x, conforme o caso).
Quest˜ ao 1. Apresentar solu¸c˜ oes expl´ıcitas nesta quest˜ao.
1.a. y
′′= 2 sec
2(t) tan (t) 1.b. (1 + e
x) y y
′= e
x; y(0) = 1 1.c. dy
dx = x
2+ y
2xy ; y(1) = −2 1.d. dy
dt + y
t = −t y
21.e. d
2y
dx
2= 2x dy
dx
2; y(0) = 4, y
′(0) = −1 1.f. x dy
dx = y (1 + ln (y) − ln (x)) 1.g. t dy
dt + y = −t
2y
2; y(1) = −1/3 1.h. Calcular o intervalo aberto contendo t
0= 1 no qual a solu¸c˜ao maximal do PVI do Item 1.g est´ a definida.
1.i. dy
dx = e
2x+ y − 1 1.j. d
2y dt
2= 1
t
2, t > 0; y(1) = 0, y
′(1) = 1 1.k. d
2y
dt
2= 1
t
2, t < 0; y(−1) = 0, y
′(−1) = −2 1.l. t dy
dt + y = cos(t), t > 0 1.m. dy
dx + e
x= e
(x−y)Dica para o Item 1.m: Usar a substitui¸c˜ao v = e
y. 1.n. x
2dy
dx + 2xy − y
3= 0, x > 0 1.o. dy
dt = − y ln (y). Obs. y > 0 1.p. dy
dx = x
2e
−2y; y(2) = 0 1.q. dy dx = y
x + e
−y/x, x < 0 1.r. dy
dx = (y + x − 19)
2Dica para o Item 1.r: Usar v = y + x − 19.
1.s. dy dt = y
2t ; y(1) = −12. Dar o intervalo de defini¸c˜ao da solu¸c˜ao maximal.
Quest˜ ao 2. As solu¸c˜ oes podem ser dadas numa forma impl´ıcita nesta quest˜ao.
2.a. y dx + (2xy − e
−2y) dy = 0 2.b. (y
2+ 1) dy dx = y
x , x > 0; y(1) = 1 2.c. x
2+ y
2+ x
dx + xy dy = 0 2.d. x
4y
2− y
dx + x
2y
4− x dy = 0 2.e. dy
dx = − 3x
2y + y
22x
3+ 3xy 2.f. (2x − y)dx + (4x + y − 3)dy = 0 2.g. e
x(1 + x)dx + (y e
y− x e
x)dy = 0 2.h. 3x
2y dx − x
3+ 2y
4dy = 0 2.i. dy
dx = xy
x
2+ y
2; y(1) = −1 2.j. x
3y − 2y
2dx + x
4dy = 0.
Dica para o Item 2.j
1: Usar um fator integrante da forma µ(x, y) = x
ay
b, calculando n´ umeros reais a e b apropriados.
2.k. (4x
2y + 2xy
2) dx + (3xy − 2x
3) dy = 0 2.l. (xy + 4) dx + x
2dy = 0 2.m. dy
dx = (y − 3)(y − 5)(y − 8) 2.n. x
2y
3dx + (x + xy
2) dy = 0 2.o. Resolver a EDO (3xy + y
2) dx + (x
2+ xy) dy = 0 duas vezes: por fa- tor integrante; e como EDO homogˆenea;
2.p. y dx + (x
2+y
2−x) dy = 0 com fator integrante da forma µ(x, y) = h(x
2+ y
2).
Quest˜ ao 3. Consideremos o PVI: (x
2− 1) dy
dx = 2y; y(a) = b.
3.a. Para quais pontos (a, b) do plano ( R
2) o teorema de existˆencia e unicidade estudado garante a existˆencia de solu¸c˜ ao local ´ unica para o PVI?
3.b. Dar, explicitamente, todas as solu¸c˜ oes maximais para o PVI com con- di¸c˜ao inicial y(1) = 0, ou seja, solu¸c˜ oes maximais cujos gr´aficos passam pelo ponto (a, b) = (1, 0).
1A dica tamb´em funciona para alguns outros itens. Pratique! Que condi¸c˜oes no dife- rencial vocˆe antevˆe para valer a pena tentar esta abordagem?
Quest˜ ao 4. Consideremos a EDO abaixo, observando que ela est´a restrita aos pontos de R
2no semiplano y > 0:
dy
dx = 3 y ln 2
y
4.a. Encontrar a solu¸c˜ ao completa expl´ıcita desta EDO;
4.b. O que o teorema de existˆencia e unicidade de solu¸c˜oes estudado diz a respeito dela?
Quest˜ ao 5. A EDO dy
dx = y(3 − y) possui alguma solu¸c˜ao global que muda de sinal
2? Em caso afirmativo, dar tal solu¸c˜ ao explicitamente. Em caso negativo, dar uma justificativa completa.
2Ex.: Uma solu¸c˜ao cujo valor ´e positivo num valor dex, e negativo noutro; ou uma solu¸c˜ao que tem raiz (ou seja, sinal zero) num valor de xmas n˜ao ´e a solu¸c˜ao nula (ou seja, em algum outro valor de x, o valor da solu¸c˜ao ´e positivo ou negativo).
RESPOSTAS, ALGUMAS SOLU ¸ C ˜ OES E COMENT´ ARIOS SUBSCRITOS empregados nas solu¸c˜ oes y: c = completa; g = geral;
s = singular; p = particular.
1.a. A EDO ´e imediatamente integr´ avel. Fa¸camos u = sec (t) ∴ du = sec (t) tan (t) dt. Aplicando ` a EDO: y
′′= 2 sec
2(t) tan (t) ∴ y
′= R
2 sec
2(t) tan (t)dt = R
2u du = u
2+ C
1= sec
2(t) + C
1∴ y = R
(sec
2(t) + C
1) dt ∴ y
c(x) = tan (t) + C
1t + C
2, onde C
1, C
2∈ R .
1.b. Como 1 + e
x> 0, temos que (1 + e
x) y y
′= e
x⇔ e
x1 + e
x= y y
′, uma EDO separ´ avel. Integrando:
Z e
x1 + e
xdx = Z
y dy dx dx =
Z y dy
Com u = 1 + e
x, du = e
xdx tem-se que y
22 + C
1= Z du
u = ln |u| + C
2∴ (como u > 0) y
2= 2 ln (1 + e
x) + C, onde 2(C
2− C
1) = C ∈ R . Mas y(0) = 1
∴ 1 = (y(0))
2= 2 ln (1 + e
0) + C = 2 ln (2) + C = ln (4) + C ∴ y
2= 2 ln (1 + e
x) + 1 − ln (4). Como y(0) = 1 > 0, temos que:
y
p(x) = p
ln ((1 + e
x)
2) + 1 − ln (4) .
1.c. dy
dx = x
2+ y
2xy = x
2xy + y
2xy = 1
y/x + y
x , uma EDO homogˆenea. Logo,
fa¸camos v = y/x ∴ xv = y ∴ v + xv
′= y
′=
1v+ v ∴ xv
′= 1/v ∴ vv
′= 1/x (separ´ avel). Como v
′dx = dv, integremos ambos os membros em x, obtendo:
ln |x| + C
1=
v22+ C
2∴ v
2= 2 ln |x| + C = ln (x
2) + C, onde C = 2(C
1− C
2) ∴ y
2= x
2(ln (x
2) + C), onde C ∈ R .
Mas −2 = y(1) ∴ 4 = (y(1))
2= 1
2(ln (1
2) + C) = C ∴ y
2= x
2(ln (x
2) + 4). Como y(1) = −2, temos que: y
p(x) = − p
x
2(ln (x
2) + 4) .
1.d. Reconhecemos uma EDO de Bernoulli com n = 2. Portanto, ´e conveniente a substitui¸c˜ ao v = y
1−n= y
−1quando
3y 6= 0. Da´ı, y = v
−1∴ y
′= −v
−2v
′pela regra da cadeia. Substituindo isto na EDO em y, e multiplicando por −v
2:
3De fato,y(t) = 0 ´e uma solu¸c˜ao, poisy′(t) = 0, e 0 + 0t =−t02parat6= 0.
−v
−2v
′+ t
−1v
−1= −t v
−2∴ v
′− t
−1v = t, uma EDO linear que admite fator integrante dentro do seguinte formato:
± exp ( R
−t
−1dt) = ± exp (− ln |t| + k) = ±
|t|1e
k(k ∈ R ). Ser´a utilizado µ(t) = t
−1, resultando em: t
−1v = R
t
−1t dt = R
1 dt = t + C ∴ v = t
2+ Ct ∴ y
g(t) = (t
2+ Ct)
−1(C ∈ R ), enquanto y
s(t) = 0 ´e a ´ unica solu¸c˜ao singular.
1.e – S´ o ideias. Como y n˜ ao aparece na EDO, podemos fazer a substitui¸c˜ao v = y
′e resolver a EDO de 1
aordem auxiliar v
′= 2xv
2, que ´e separ´avel. A solu-
¸c˜ ao geral dela ´e v
c(x) = −1
C
1+ x
2onde C
1∈ R , e h´a a solu¸c˜ao singular v
s(x) = 0.
Como h´ a a condi¸c˜ ao inicial v(0) = y
′(0) = −1, segue-se que v
sn˜ao interessa para este problema, e que C
1= 1. Logo, v
p(x) = −1
1 + x
2. Integrando, obtemos que:
y(x) = C
2− arctan (x), onde C
2∈ R . Disto e da condi¸c˜ao inicial y(0) = 4, con- clu´ımos que C
2= 4 ∴ y
p(x) = 4 − arctan (x) .
1.f. A EDO x y
′= y (1 + ln (y) − ln (x)) ´e homogˆenea
4: y
′= y
x
1 + ln y x
Fa¸camos
5v = y/x ∴ y = xv ∴ y
′= v + xv
′. Da´ı, temos a seguinte EDO em v: v + xv
′= v (1 + ln (v)) ∴ xv
′= v ln (v).
Caso ln (v) 6= 0: dx
x = dv
v ln (v) = du
u onde u = ln (v) ∴ du = dv v .
Integrando: ln |x| + C
1= ln |u| = ln |ln |v||, onde C
1∈ R . Como x, v > 0:
ln |ln (y
g/x)| = ln (x) + C
1∴ ln (y
g/x) = Cx, onde C = ±e
C16= 0 ∴ y
g(x) = x e
Cx. Caso ln (v) = 0: 1 = v = y/x ∴ y = x = x e
0que, por inspe¸c˜ao, verifica a EDO.
Tal solu¸c˜ ao corresponde a C = 0 acima ∴ y
c(x) = x e
Cx, onde C ∈ R .
1.g. Como t y
′+ y = −t
2y
2´e uma EDO de Bernoulli com n = 2, ´e conveniente a substitui¸c˜ ao v = y
1−n= y
−1se
6y 6= 0, condi¸c˜ ao que assumimos devido `a condi¸c˜ao inicial y(1) = −1/3 dada. Da´ı, y = v
−1∴ y
′= −v
−2v
′pela regra da cadeia.
Substituindo isto na EDO em y: −tv
−2v
′+ v
−1= −t
2v
−2. Multiplicando por
−v
2/t j´ a que t
0= 1 > 0, obtemos uma EDO linear de 1
aordem em v j´a em formato padr˜ ao: v
′− t
−1v = t. Ela admite fator integrante µ(t) = t
−1porque
74Observemos quex6= 0 j´a vem da presen¸ca de ln (x)∴x >0. Analogamente,y >0.
5Da nota de rodap´e anterior,v >0.
6De fato,y(t) = 0 ´e uma solu¸c˜ao (singular), poisy′(t) = 0, e 0 +0t =−t02parat6= 0.
7µ(t) est´a dentro do formato ±exp (R
−t−1dt) =±exp (−ln|t|+k) =±|t|1ek(k∈R) comk= 0 e sinais + e−parat >0 et <0 respectivamente.
d
dt
ln |µ(t)| = −t
−1= −
dtdln |t| =
dtdln |t|
−1=
dtdln |t
−1|, resultando em:
t
−1v = R
t
−1t dt = R
1 dt = t + C ∴ v = t
2+ Ct ∴ y
g(t) = (t
2+ Ct)
−1para C ∈ R . Mas (−3)
−1= y(1) = (1 + C)
−1∴ C = −3 − 1 = −4 ∴ y
p(t) = (t
2− 4t)
−1.
1.h. O maior intervalo aberto contendo t
0= 1 no qual a solu¸c˜ao do Item 1.g y
p(t) = 1
t(t − 4) pode ser definida ´e (0, 4) devido `as ra´ızes de seu denominador.
Obs. Esta pergunta n˜ ao diz respeito ` a existˆencia ou `a unicidade da solu¸c˜ao!
1.i. y
′= e
2x+y −1 ´e linear de 1
aordem em y. Em formato padr˜ao: y
′−y = e
2x−1.
Ela admite fator integrante µ(x) = e
−xporque
8 dxdln |µ(x)| = −1 =
dxd(−x) =
d
dx
ln (e
−x) =
dxdln |e
−x| (j´ a que e
−x> 0), resultando em:
d
dx
(e
−xy) = e
−xe
2x− 1
∴ e
−xy = R
(e
x− e
−x) dx = e
x+e
−x+C, onde C ∈ R ∴ y
c(x) = e
2x+ 1 + Ce
x, onde C ∈ R .
1.j e 1.k. A EDO ´e imediatamente integr´ avel. Integrando duas vezes, temos que:
y
′′=
t12= t
−2∴ y
′= −t
−1+ C
1∴ y = − ln |t| + C
1t + C
2∴
9y
c= ln |1/t| + C
1t + C
2, onde C
1, C
2∈ R .
Aplicando as condi¸c˜ oes iniciais y(1) = 0 e y
′(1) = 1, obtemos:
1 = y
p′k(1) = −1 + C
1∴ C
1= 2; e
0 = y
pk(1) = ln |1| + C
1+ C
2= 2 + C
2∴ C
2= −2 ∴
y
pk(t) = ln |1/t| + 2(t − 1), t > 0 para o Item 1.j.
Aplicando as condi¸c˜ oes iniciais y(−1) = 0 e y
′(−1) = −2, obtemos:
−2 = y
p′l(−1) = 1 + C
1∴ C
1= −3; e
0 = y
pl(−1) = ln | − 1|) − C
1+ C
2= 3 + C
2∴ C
2= −3 ∴
y
pl(t) = ln |1/t| − 3(t + 1), t < 0 para o Item 1.k.
1.l. Um caminho ´e notarmos que a EDO ´e
dtd(t y) = cos(t), t > 0 e irmos para a
´
ultima linha desta resolu¸c˜ ao. Noutro caminho, observamos que a EDO dada ´e li- near com formato padr˜ ao y
′+ t
−1y = t
−1cos(t), t > 0, que admite fator integrante
8µ(t) est´a dentro do formato ±exp (R
−1dx) = ±exp (−x+k) = ±eke−x (k ∈R) comk= 0 e sinal +.
9Sendo 0< t=|t| no primeiro dos dois itens, podemos escreverln(1/t) nele.
µ tal que
dtdln |µ(t)| = t
−1=
dtdln |t| e, analogamente ao que fizemos no Item 1.h, usaremos µ(t) = t, resultando em:
dtd(t y) = t t
−1cos (t) = cos (t) ∴
t y = R
cos (t) dt = sen(t) + C ∴ y
c(t) = sen(t) + C
t , onde C ∈ R .
1.m. A EDO dada ´e y
′+e
x= e
(x−y). Fazendo a substitui¸c˜ao v = e
y> 0, obtemos y = ln (v), e y
′= v
′/v. Logo, a EDO equivale ` a seguinte EDO em v(x):
v
′v
−1+ e
x= e
xv
−1. Multiplicando por v, obtemos uma EDO linear de 1
aor- dem em v(x) j´ a no formato padr˜ ao: v
′+ e
xv = e
x. Um fator integrante µ(x) satisfaz a EDO auxiliar d
dx ln (µ(x)) = e
x∴ ln |µ(x)| = e
x+ k para algum k real ∴ µ(x) = ±e
(k+ex)= ±e
ke
(ex). Escolhendo a constante +e
0= 1, obtemos µ(x) = e
(ex). Assim: e
(ex)v(x) =
Z
e
(ex)e
xdx = Z
e
wdw = e
w+ C = e
(ex)+ C, onde C ∈ R e w = e
x∴ dw = w dx. Portanto, e
y= 1 + Ce
(−ex)∴
y
c(x) = ln 1 + Ce
(−ex), onde C ∈ R
1.n–o. Vide os itens 1.a e 1.b do gabarito do 1
oExerc´ıcio Escolar de 2015.2.
1.p–s. Vide o arquivo “simulado 1–2017 1–manuscrito.pdf”
2.a. A EDO n˜ ao ´e exata pois, escrevendo N (x, y) = 2xy − e
−2y, e M (x, y) = y, temos que N
x(x, y) = 2y 6= 1 = M
y(x, y). A EDO n˜ao admite fator inte- grante na forma µ(x) porque M
y− N
xN = 1 − 2y
2xy − e
−2yn˜ao ´e uma fun¸c˜ao indepen- dente de y. No entanto, a EDO admite fator integrante na forma µ(y) porque
N
x− M
yM = 2y − 1
y = 2 − y
−1´e uma fun¸c˜ ao independente de x e, portanto, ´e
d
dy
ln |µ(y)|. Da´ı, podemos escolher o fator integrante µ(y) para a EDO dada den- tro do seguinte formato:
± exp ( R
(2 − y
−1) dt) = ± exp (2y − ln |y| + k) = ±
|y|1e
2y+k(k ∈ R ). Aqui
10, µ(y) = y
−1e
2yser´ a utilizado se
11y(t) 6= 0, resultando na seguinte EDO exata:
e
2ydx + (2x e
2y− y
−1) dy = dU = 0. Logo, U (x, y) = Z
U
xdx = Z
e
2ydx ∴ U (x, y) = x e
2y+ g(y). Mas 2x e
2y− y
−1= U
y(x, y) = 2x e
2y+ g
′(y) ∴
10Ou seja, escolheu-seµ(y) = +|y|−1e2y para y >0, e−|y|−1e2y paray <0.
11De fato, convertendo-se diferenciais em derivadas, a EDO ´ey+ (2xy−e−2y)y′ = 0, dondey(t) = 0 ´e uma solu¸c˜ao, poisy′(t) = 0.
g
′(y) = −y
−1∴ g(y) = − ln |y| + C
1(C
1∈ R ). Logo, a solu¸c˜ao geral da EDO pode ser dada implicitamente como x e
2yg− ln |y
g| = C, onde C ∈ R , enquanto y
s(t) = 0 ´e a ´ unica solu¸c˜ ao singular.
2.b. A EDO (y
2+ 1)y
′= y
x , x > 0 ´e separ´ avel. Como y(1) = 1 6= 0, podemos ignorar o caso y = 0 e dividir por y, obtendo:
y + 1
y
dy = 1
x dx. Integrando, chegamos ` a solu¸c˜ ao geral impl´ıcita y
22 + ln |y| = ln |x| + C. Mas y(1) = 1 ∴ C = 1/2. Sendo ln |y| − ln |x| = ln (|y|/|x|), conclu´ımos que: y
2p2 + ln y
px = 1
2 2.c. A EDO n˜ ao ´e exata pois, escrevendo M(x, y) = x
2+ y
2+ x e N (x, y) = xy, temos que M
y(x, y) = 2y 6= y = N
x(x, y). A EDO admite fator integrante na forma µ(x) porque M
y− N
xN = 2y − y xy = 1
x ´e uma fun¸c˜ao de x e, portanto, d
dx ln |µ(x)| = 1 x = d
dx ln |x|. Da´ı, podemos escolher o fator integrante µ(x) = x, resultando na seguinte EDO exata:
x
3+ xy
2+ x
2dx + x
2y dy = 0. Logo, U (x, y) = Z
U
ydy = Z
x
2y dy ∴ U(x, y) = x
2y
22 + f (x). Mas xy
2+ x
3+ x
2= U
x(x, y) = xy
2+ f
′(x) ∴ f
′(x) = x
3+ x
2∴ f (x) = x
44 + x
33 serve. Logo, a solu¸c˜ao completa da EDO pode ser dada implicitamente como x
2y
c22 + x
44 + x
33 = C, onde C ∈ R . Obs. Outra apresenta¸c˜ ao para tal solu¸c˜ ao completa impl´ıcita ´e:
6x
2y
c2+ 3x
4+ 4x
3= K, onde K = 12 C ∈ R .
2.d. M(x, y) = x
4y
2−y e N (x, y) = x
2y
4−x ∴ M
y(x, y) = 2x
4y−1 6= 2xy
4−1 = N
x(x, y) ∴ a EDO n˜ ao ´e exata. Seguindo a dica, procuremos um fator integrante da forma µ(a(x, y)) para a EDO, onde a(x, y) = xy:
d
da ln |µ(a)| = N
x− M
yxM − yN = 2xy(y
3− x
3) x
2y
2(x
3− y
3) = −2
xy = −2
a = −2 d
da ln |a| = d
da ln |a|
−2= d
da ln |a
−2| ∴ µ(a(x, y)) = (a(x, y))
−2= (xy)
−2´e adequado, levando `a an´alise
de uma poss´ıvel solu¸c˜ ao singular y(x) = 0 ` a parte. De fato, y(x) = 0 fornece
y
′(x) = 0 e, na EDO, (x
4y
2− y) + (x
2y
4− x)y
′= (x
40
2− 0) + (x
20
4− x)0 = 0.
Logo, y
s(x) = 0. Multiplicando a EDO original por µ(xy), temos a EDO exata:
x
2− x
−2y
−1dx+ y
2− x
−1y
−2dy = 0 ∴ U (x, y) = Z
x
2− x
−2y
−1dx = x
33 + x
−1y
−1+g(y) ∴ y
2−x
−1y
−2= U
y(x, y) = g
′(y) −x
−1y
−2∴ g
′(y) = y
2∴ g(y) = y
33 serve. Por conseguinte, x
3+ y
g33 + 1
x y
g= C, onde C ∈ R .
Obs. Multiplicando por 3xy
g, a solu¸c˜ ao geral impl´ıcita se torna:
x
4y
g+ xy
g4+ 3 = Kxy
g, onde K = 3 C ∈ R .
2.e
12. y
′= − 3x
2y + y
22x
3+ 3xy A EDO n˜ ao ´e separ´ avel nem linear
13. Escrevendo-a no formato de diferencial:
(3x
2y + y
2)dx + (2x
3+ 3xy)dy = 0 ∴ M (x, y) = 3x
2y + y
2e N (x, y) = 2x
3+ 3xy.
Como M
y(x, y) = 3x
2+ 2y 6= 6x
2+ 3y = N
x(x, y), a EDO n˜ao ´e exata. A EDO n˜ ao admite fator integrante na forma µ(x) porque M
y− N
xN = −3x
2− y
2x
3+ 3xy n˜ao ´e uma fun¸c˜ ao independente
14de y. No entanto, N
x− M
yM = 3x
2+ y 3x
2y + y
2= 1
y ´e independente de x, resultando em
dydln |µ(y)| =
1y=
dydln |y|. Disto, podemos usar
15µ(y) = y, resultando na EDO exata (3x
2y
2+ y
3)dx + (2x
3y + 3xy
2)dy = 0.
Disto, U (x, y) = Z
U
xdx = Z
(3x
2y
2+ y
3) dx ∴ U (x, y) = x
3y
2+ xy
3+g(y). Mas 2x
3y + 3xy
2= U
y(x, y) = 2x
3y + 3xy
2+ g
′(y) ∴ g
′(y) = 0 ∴ g(y) = 0 serve ∴
x
3y
c2+ xy
c3= C, onde C ∈ R .
2.f
16. (2x − y)dx + (4x + y − 3)dy = 0 Fa¸camos a substitui¸c˜ao x = u + h e y = v + k, onde h, k ∈ R satisfazem as equa¸c˜ oes 2h − k = 0 e 4h + k − 3 = 0 ∴
12Fim do Cap. 2 de [Boyce/DiPrima], EDO do Prob. 31 (resp. 32) da 9a (resp. 8a) ed.
13Ali´as, se fosse separ´avel, seria exata, e se fosse linear, admitiria um fator integrante da formaµ(x). De acordo com a solu¸c˜ao acima, ambas as situa¸c˜oes n˜ao ocorrem.
14Basta compararmos seus valores em (x, y) comxfixado. Ex.: em (1,0) e (1,1).
15Observar que, ao multiplicarmos ambos os lados pory, estar´ıamos introduzindo uma solu¸c˜ao adicionaly≡0 se esta fun¸c˜ao constante n˜ao fosse uma solu¸c˜ao da EDO original.
Entretanto, ela o ´e, e corresponde aC= 0 na solu¸c˜ao completa obtida acima.
16Exerc´ıcio 31 da Se¸c. 2.6 do [Nagle/Saff/Snider].
h = 1/2 e k = 1. A EDO original equivale ` a seguinte EDO em formato diferencial em termos de u e v: (2u − v)du + (4u + v)dv = 0.
Dividindo ambos os termos por u, obtemos que a EDO equivale (para u 6= 0) a 2 − v
u + 4 + v
u dv
du = 0, uma EDO homogˆenea. Logo, fa¸camos z = v/u ∴ v = uz ∴ v
′= z + uz
′e a EDO em z correspondente ´e dada por
2 − z + (4 + z)(z + uz
′) = 0 ∴ z
2+ 3z + 2 + (4 + z)uz
′= 0 ∴ no caso 0 6= z
2+3z+2 = (z+1)(z+2), isto ´e, z / ∈ {−1, −2}, temos que − 1
u = 4 + z z
2+ 3z + 2 z
′(uma EDO separ´ avel). Para integrarmos em u, expandamos a fun¸c˜ao racional em fra¸c˜ oes parciais: 4 + z
z
2+ 3z + 2 = A
z + 1 + B
z + 2 ∴ 4 + z = A(z + 2) + B(z + 1).
Substituindo z = −1 e z = −2 nesta igualdade, obtemos A = 3 e −B = 2 ∴ B = −2. Integrando com rela¸c˜ ao a u (lembrar que u 6= 0): − ln |u| + C
1= R 3(z + 1)
−1− 2(z + 2)
−1dz = 3 ln |z + 1| − 2 ln |z + 2| + C
2, onde C
1, C
2∈ R ∴ ln |u
−1| + C = ln
(z + 1)
3(z + 2)
2, onde C = C
1− C
2∈ R . Logo
17, ln |u
−1| + C = ln
(v
g/u + 1)
3(v
g/u + 2)
2onde C ∈ R .
Os casos z(x) = −1 e z(x) = −2, isto ´e, v(x) = −u e v(x) = −2u tˆem deri- vadas −1 e −2, respectivamente. Substituindo a primeira fun¸c˜ao v na EDO, obte- mos: (2u − v) + (4u + v)v
′= (2u + u) + (4u − u)(−1) = 3u − 3u = 0. A segunda resulta em: (2u − v) + (4u + v)v
′= (2u + 2u) + (4u − 2u)(−2) = 4u − 4u = 0.
Logo, ambas s˜ ao solu¸c˜ oes singulares: v
s1(u) = −u e v
s2(u) = −2u.
Finalmente, substituindo u = x − 1/2 e v = y − 1 acima, obtemos:
ln |(x − 1/2)
−1| + C = ln
1 + y
g− 1 x − 1/2
32 + y
g− 1 x − 1/2
−2, onde C ∈ R ; y
s1(x) = 3
2 − x e y
s2(x) = 2 − 2x.
Obs. A solu¸c˜ ao geral pode ser transformada no formato abaixo tomando-se
± exp ( ), somando-se as fra¸c˜ oes, e se cancelando termos (vide a nota de rodap´e):
(2x + 2y − 3)
3= K(2x e + y − 2)
2, onde K e = ±8e
C∈ R
∗.
17Tomando-se exp , e se eliminando o valor absoluto, a solu¸c˜ao geral ´e: K
u =
(vg+u)3
u(vg+ 2u)2 ∴ K(vg+ 2u)2= (vg+u)3 com u ∈ R, onde K = ±C ∈ R∗. J´a vs1 cor- responde aK= 0 na express˜ao anterior, enquantovs2 n˜ao corresponde aK real algum.
2.g – S´ o ideias. e
x(1 + x)dx + (y e
y− x e
x)dy = 0 ∴ M (x, y) = e
x(1 + x) e N (x, y) = y e
y− x e
x∴ N
x− M
yM = −M
M = −1 ∴ a EDO admite um fator in- tegrante µ(y) tal que d
dy ln |µ(y)| = −1 ∴ µ(y) = e
−y> 0 serve, e a EDO original equivale ` a EDO exata e
(x−y)(1 + x)dx + (y − x e
(x−y))dy = 0. Como
d
dx (x e
x) = (x + 1)e
x, integrando em x, obtemos: U (x, y) = x e
(x−y)+ g(y), onde g(y) satisfaz y − x e
(x−y)= U
y(x, y) = −x e
(x−y)+ g
′(y) ∴ g(y) = y
2/2 serve ∴
x e
(x−yc)+ y
c22 = C, onde C ∈ R .
2.h – S´ o ideias. 3x
2y dx − x
3+ 2y
4dy = 0 ∴ N (x, y) = −x
3+ 2y
4e M (x, y) = 3x
2y ∴ N
x− M
yM = −3x
2− 3x
23x
2y = −2
y ∴ a EDO admite um fator in- tegrante µ(y) tal que d
dy ln |µ(y)| = −2/y ∴ µ(y) = y
−2serve. Exceto por sua solu¸c˜ ao singular y
s(x) = 0, a EDO original possui as mesmas solu¸c˜oes que a EDO exata abaixo: 3x
2y
−1dx − x
3y
−2+ 2y
2dy = 0. Integrando em x, ob- temos: U (x, y) = x
3y
−1+ g(y), onde g(y) satisfaz −x
3y
−2− 2y
2= U
y(x, y) =
−x
3y
−2+ g
′(y) ∴ g(y) = −2y
3/3 serve ∴ x
3y
−1g− 2
3 y
3g= C, onde C ∈ R .
2.i. Fazendo v = y/x (para x 6= 0), temos que y = xv ∴ y
′= v + xv
′. Substituindo isto no membro esquerdo da EDO dada, e multiplicando e dividindo o direito por 1/x
2, temos que:
v + xv
′= y
′= xy
x
2+ y
2= y/x
1 + (y/x)
2= v
1 + v
2∴ xv
′= v
1 + v
2− v = − v
31 + v
2Tal EDO ´e separ´ avel. Como y(1) = −1 6= 0, assumamos y 6= 0 ∴ v 6= 0 ∴
− 1
x = 1 + v
2v
3v
′=
1 v
3+ 1
v
v
′Integrando em x, obtemos que:
− ln |x| + C = − 1
2v
2+ ln |v| = ln y
x − x
22y
2= ln |y| − ln |x| − x
22y
2, onde C ∈ R ∴ C = ln |y
g| − x
22y
2g. Mas y
p(1) = −1 ∴ C = −1/2 ∴ ln |y
p| − x
22y
2p= − 1 2
2.j. x
3y − 2y
2dx + x
4dy = 0. Segundo a dica, h´a um fator integrante da forma
µ(x, y) = x
ay
bcom (a, b) ∈ R
2. Assim, (µ(x, y)N (x, y))
x= (µ(x, y)M (x, y))
you
seja, a x
a−1y
bx
4+ x
ay
b4 x
3= b x
ay
b−1(x
3y − 2y
2) + x
ay
b(x
3− 4y), ou seja, a x
a+3y
b+ 4x
a+3y
b= b x
a+3y
b− 2b x
ay
b+1+ x
a+3y
b− 4x
ay
b+1, ou seja,
(a + 3 − b)x
a+3y
b+ (4 + 2b)x
ay
b+1= 0, o que equivale a a + 3 − b = 0 = 4 + 2b ∴ b = −2 e a = −5 ∴ µ(x, y) = x
−5y
−2e, exceto por sua solu¸c˜ao singular y
s(x) = 0, a EDO original tem as mesmas solu¸c˜ oes que a seguinte EDO, que ´e exata como o(a) leitor(a) pode verificar: x
−2y
−1− 2x
−5dx + x
−1y
−2dy = 0. Integrando em y, obtemos a fun¸c˜ ao potencial: U (x, y) = −x
−1y
−1+ f (x), onde f(x) satisfaz x
−2y
−1− 2x
−5= U
x(x, y) = x
−2y
−1+ f
′(x) ∴ f
′(x) = −2x
−5∴ f (x) = x
−4/2 serve ∴ 1
2x
4− 1
xy
g= C onde C ∈ R .
Obs. Esta solu¸c˜ ao geral pode ser dada explicitamente por y
g(x) = 2x
31 + Kx
4onde K = −2C ∈ R .
Obs. Esta EDO tamb´em pode ser resolvida como EDO de Bernoulli. Ideias:
x
3y − 2y
2+ x
4y
′= 0 ⇐⇒ y
s≡ 0 ou x
4y
−2y
′+ x
3y
−1= 2. Fazendo v = y
−1, esta
´
ultima EDO equivale a v
′− x
−1v = −2x
−4, que ´e linear de 1
aordem em formato padr˜ ao, e admite fator integrante µ(x) = x
−1∴ x
−1v = R
−2x
−5dx = K
1+ x
−4/2, onde K
1∈ R ∴ (y
g(x))
−1= v(x) = x K
1+ x
−32 = Kx
4+ 1
2x
3, onde K = 2K
1∈ R . Tomando o inverso multiplicativo desta fra¸c˜ ao, obtemos a solu¸c˜ao geral expl´ıcita da observa¸c˜ ao anterior.
Obs. Esta abordagem na dica, quando aplicada a problemas com M e N po- linomiais, resulta em um sistema de equa¸c˜ oes lineares em a e b (poss´ıvel ou n˜ao).
2.k. (4x
2y + 2xy
2) dx + (3xy − 2x
3) dy = 0. Seguindo a dica para o Item 2.j, tentemos um fator integrante da forma µ(x, y) = x
ay
bcom a, b ∈ R :
(4x
2+ay
1+b+ 2x
1+ay
2+b) dx + (3x
1+ay
1+b− 2x
3+ay
b) dy = 0.
Aplicando o teste de exatid˜ ao (µ(x, y)N (x, y))
x= (µ(x, y)M (x, y))
y, obtemos:
4(1 + b)x
2+ay
b+ 2(2 + b)x
1+ay
1+b= 3(1 + a)x
ay
1+b− 2(3 + a)x
2+ay
b∴
4(1 + b) = −2(3 + a) e 2(2 + b) = 0 = 3(1 + a), sistema que admite a solu-
¸c˜ ao (a, b) = (−1, −2), isto ´e, µ(x, y) = x
−1y
−2e, exceto por sua solu¸c˜ao singular y
s(x) = 0, a EDO original tem as mesmas solu¸c˜oes que a seguinte EDO, que ´e exata como o(a) leitor(a) pode verificar: (4xy
−1+ 2) dx + (3y
−1− 2x
2y
−2) dy = 0.
Integrando em x, obtemos a fun¸c˜ ao potencial U (x, y) = 2x
2y
−1+ 2x + f (y), onde
f (y) satisfaz 3y
−1− 2x
2y
−2= U
y(x, y) = −2x
2y
−2+ f
′(y) ∴ f
′(y) = 3y
−1∴
f (y) = 3 ln |y| = ln |y
3| serve ∴ 2x
2y
−1g+ 2x + ln |y
3g| = C onde C ∈ R .
2.l – ideias. (xy +4) dx+x
2dy = 0 ´e inexata, pois M
y(x, y) −N
x(x, y) = x −2x =
−x 6= 0. Testando para fator integrante da forma µ(x, y) = h(xy), calculamos y N (x, y) − x M(x, y) = x
2y − x(xy + 4) = −4x ∴ para a(x, y) = xy, obtemos:
d
da ln |µ(a)| = M
y− N
xyN − xM = 1
4 . Da´ı, o(a) leitor(a) pode obter que: h(a) = e
a/4, µ(x, y) = e
(xy/4)> 0, e a EDO original tˆem as mesmas solu¸c˜oes que a seguinte EDO exata
18: e
(xy/4)(xy + 4) dx + e
(xy/4)x
2dy = 0. Integrando em y, obtemos:
U (x, y) = 4x e
(xy/4)+ f (x), onde f (x) satisfaz:
e
(xy/4)(xy + 4) = U
x(x, y) = e
(xy/4)(xy + 4) + f
′(x) ∴ f
′(x) = 0 ∴ f (x) = 0 serve
∴ x e
(xy/4)= C onde C ∈ R j´ a absorveu 1/4.
2.m – ideias. dy
dx = (y − 3)(y − 5)(y − 8). A EDO ´e separ´avel, devendo-se obter as solu¸c˜ oes singulares constantes y
s1(x) = 3, y
s2(x) = 5 e y
s3(x) = 8 `a parte.
Para a solu¸c˜ ao geral:
Z dx =
Z dy
(y − 3)(y − 5)(y − 8) =
Z 1/10
y − 3 − 1/6
y − 5 + 1/15 y − 8
dy
onde o ´ ultimo termo foi obtido por expans˜ ao em fra¸c˜oes parciais (Verifique!). Mul- tiplicando o resultado da integra¸c˜ ao por 30 (j´ a absorvido na constante C) e sim- plificando os logaritmos, obtemos: ln
(y − 3)
3(y − 8)
2(y − 5)
5= 30 x + C, onde C ∈ R .
2.n. x
2y
3dx + (x + xy
2) dy = 0. Sendo M(x, y) e N (x, y) polinomiais, tente- mos µ(x, y) = x
ay
b∴ x
2+ay
3+bdx + (x
1+ay
b+ x
1+ay
2+b) dy = 0. O teste de exatid˜ ao nos d´ a: (3 + b)x
2+ay
2+b= (1 + a)x
ay
b+ (1 + a)x
ay
2+b⇐⇒ 3 + b = 1 + a ⇐⇒ (a, b) = (−1, −3), isto ´e, µ(x, y) = x
−1y
−3e, exceto por sua solu¸c˜ao sin- gular y
s(x) = 0, a EDO original tem as mesmas solu¸c˜oes que a seguinte EDO, a qual n˜ ao s´ o ´e exata como ´e separ´ avel: x dx + (y
−3+ y
−1) dy = 0. Integrando em x, obtemos x
22 +
ln |y| − y
−22
= C
1, onde C
1∈ R . Podemos simplificar a solu¸c˜ao geral impl´ıcita multiplicando ambos os termos por 2 e fazendo C = C
1∈ R :
x
2+ ln (y
g2) − y
g−2= C, onde C ∈ R .
2.o. Vide a Quest˜ ao 5 do gabarito do 1
oExerc´ıcio Escolar de 2016.2.
18Sempre verifique a exatid˜ao!
2.p. y dx + (x
2+y
2−x) dy = 0 com fator integrante da forma µ(x, y) = h(x
2+ y
2).
Pelo teste de exatid˜ ao
19, ∂
∂y y · h(x
2+ y
2)
= ∂
∂x (x
2+ y
2− x) · h(x
2+ y
2)
∴
h(x
2+ y
2) + y · h
′(x
2+ y
2) · 2y = (2x − 1) · h(x
2+ y
2) + (x
2+ y
2− x) · h
′(x
2+ y
2) ·2x
∴ (2x − 2) · h(x
2+ y
2) = (2y
2− 2x
3− 2xy
2+ 2x
2) · h
′(x
2+ y
2) ∴ h
′(x
2+ y
2)
h(x
2+ y
2) = x − 1
y
2− x
3− xy
2+ x
2= x − 1
(y
2+ x
2)(1 − x) = −1 x
2+ y
2Denotando por a = a(x, y) = x
2+ y
2, a igualdade acima se reduz a:
h
′(a) h(a) = − 1
a , ou seja, d
da ln |h(a)| = − d
da ln |a| = d
da ln |a
−1| ∴ h(a) = a
−1serve, isto ´e, µ(x, y) = (x
2+ y
2)
−1. Observando que (x, y) s´o fornece x
2+ y
2= 0 quando (x, y) = (0, 0), n˜ ao definindo implicitamente uma fun¸c˜ao y(x) diferenci´avel num intervalo aberto, temos que as solu¸c˜ oes da EDO original coincidem com as solu¸c˜oes da seguinte EDO exata: y
x
2+ y
2dx +
1 − x
x
2+ y
2dy = 0, Integrando em x com a substitui¸c˜ ao w = x/y , obtemos a fun¸c˜ ao potencial:
U (x, y) =
Z y
x
2+ y
2dx = arctan (x/y) + f (y), onde f satisfaz:
1 − x
x
2+ y
2= U
y(x, y) = − x
x
2+ y
2+ f
′(y) ∴ f
′(y) = 1 ∴ f(y) = y serve. Logo:
y + arctan (x/y) = C, onde C ∈ R .
19Poder´ıamos ter descoberto um teste para existˆencia de fatores integrantes da forma dada, assumindo que nos s˜ao dadas fun¸c˜oes M(x, y) e N(x, y) de classeC1numa regi˜ao aberta do plano euclidianoR2conexa e simplesmente conexa. O teste de exatid˜ao nos diz que (µ·M)y= (µ·N)x∴µxN−µyM =µ(My−Nx). Mas µ(x, y) =h(x2+y2)∴pela regra da cadeia,µx(x, y) = 2x·h′(x2+y2) e µy(x, y) = 2y·h′(x2+y2). Combinando as informa¸c˜oes, e denotando por a=a(x, y) =x2+y2, obtemos que:
2h′(a) (x N−y M) =h(a) (My−Nx)∴ d
daln|h(a)|= My−Nx
2(x N−y M) tem que ser fun¸c˜ao de aapenas e, em caso afirmativo, as solu¸c˜oes n˜ao nulas desta EDO separ´avel servem como µ(x, y) =h(a(x, y)) =h(x2+y2). Verifiquemos o teste no Item 1.p:
My−Nx
2(x N−y M) = 1−(2x−1)
2[x(x2+y2−x)−y(y)] = 1−x
(x−1)(x2+y2] = −1
x2+y2 como acima.
3. e 4. Vide o arquivo “simulado 1–2017 1–manuscrito.pdf”
5. A ideia da resolu¸c˜ ao ´e: mostraremos que a fun¸c˜ao nula ´e solu¸c˜ao (maximal), e que todo PVI com a EDO dada admite uma solu¸c˜ao local ´ unica pelo teorema de existˆencia e unicidade (TEU) de solu¸c˜ oes para PVIs de 1
aordem estudado. Da´ı, uma solu¸c˜ ao que possui sinal positivo ou negativo em algum x n˜ao pode atingir valor nulo e, portanto, n˜ ao pode mudar de sinal pelo pelo teorema do valor inter- medi´ ario (TVI). Vamos aos detalhes.
A EDO j´ a ´e dada resolvida algebricamente para y
′como:
y
′= E(x, y) = y(3 − y) ∴ E
y(x, y) = 3 − 2y, ambas fun¸c˜oes polinomiais (de x e y) e, portanto, cont´ınuas em todo o plano R
2. Pelo TEU estudado, cada PVI com esta EDO submetida ` a condi¸c˜ ao inicial y(a) = b tem uma solu¸c˜ao local ´ unica
20, onde (a, b) ∈ R
2´e um ponto fixado. Em particular, o resultado vale para os pontos (0, b) do eixo horizontal (b ∈ R ). Ora, y(x) = 0 ´e solu¸c˜ao (maximal: x ∈ R ), pois, na EDO, y
′(x) = 0 = 0(3 − 0) = y(3 −y). Assim, ela ´e a ´ unica solu¸c˜ao de qualquer PVI desta EDO com condi¸c˜ ao inicial (0, b) no eixo horizontal. Em outras palavras, nenhuma outra solu¸c˜ ao maximal desta EDO (ou seja, nenhuma solu¸c˜ao com valor n˜ ao nulo em algum x
0real) pode ter valor y(x) nulo em algum x de seu intervalo (maximal) de defini¸c˜ ao.
Recordemos que, pelo TVI, se uma fun¸c˜ ao cont´ınua f ´e definida em um in- tervalo real [c, d], ent˜ ao, naquele intervalo, todos os valores entre f (c) e f (d) s˜ao atingidos ao menos uma vez por f . Em particular, se um dos valores f (c) e f (d) ´e positivo, e o outro ´e negativo, ent˜ ao f se anula em algum x ∈ (c, d). Como solu¸c˜oes de EDOs s˜ ao diferenci´ aveis, elas s˜ ao cont´ınuas (em seus intervalos de defini¸c˜ao).
Da´ı, para uma solu¸c˜ ao mudar de valor positivo para negativo ou vice-versa, teria que se anular em algum x. Para esta EDO, isto ´e impossibilitado pelo resultado do par´ agrafo anterior.
Combinando os dois ´ ultimos par´ agrafos, conclu´ımos que a pergunta posta pelo problema tem resposta negativa.
20Num intervalo aberto (a−h, a+h) em torno dex=a, para algum real positivoh.