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FRIGIDEZ NA MULHER Tudo sobre as mulheres Vizente Besteirol FRIGIDEZ NA MULHER

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Academic year: 2018

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FRIGIDEZ NA MULHER(CAUSAS E TRATAMENTO)

Apesar de toda transformação cultural e social do século vinte, determinadas questões sexuais permanecem como um tabu; sendo que seu aspecto mais grave e doloroso é a pessoa achar que seu sofrimento é único ou absolutamente solitário. A culpa, vergonha e remorso ainda permeiam por completo as disfunções sexuais. O problema da frigidez sexual traduz a própria história das teorias psicológicas e de personalidade. Os três maiores psicólogos da história imprimiram aspectos distintos para o problema.

SIGMUND FREUD acentuou que uma das principais zonas erógenas da mulher seria o clitóris. O mesmo seria uma espécie de micro pênis, sendo que no inconsciente, a menina ainda acreditava que o mesmo se transformaria num pênis igual ao dos meninos. Teoricamente denominou a condição feminina como uma absoluta inveja do pênis e horror de ter sido "castrada", por alguma conduta imoral ou concupiscente no nível inconsciente. Para FREUD, a insistência no desejo de masturbação do clitóris

acarretaria o desligamento da excitação da vagina. Na fase adulta tal processo mental se traduziria em total frigidez ou bloqueio sexual; cada ato sexual representaria a volta de todo o tormento citado. Havia ainda o ódio contra a mãe, a culpando pela perda do falo, por conta dos desejos incestuosos da menina perante o pai; o famoso complexo de Édipo. Obviamente podemos deduzir que seguindo os conceitos de FREUD o prazer sexual seria algo quase que exclusivamente masculino.

ALFRED ADLER tipificou o problema sexual feminino à luz da repressão social contra a mulher. A conseqüência deste processo de dominação sociológica seria o

desenvolvimento de um mecanismo de defesa que denominou de "protesto másculo"; denegrir toda conduta feminina sexual e afetiva, pois representaria submissão a

autoridade do ser masculino. CARL GUSTAV JUNG traçou um paralelo entre eventos fisiológicos e psicológicos. Para o mesmo, além da herança genética, possuímos dois tipos de energias ou conteúdos sexuais; a "anima", que representaria a energia feminina no homem (traduzida em comportamentos: carinho, compreensão e atenção); e o "animus", que seria o lado masculino na mulher (determinação, cooperação e

objetividade). A descompensação entre essas duas forças acarretaria um prejuízo na auto imagem sexual e pessoal.

Em nossos dias assistimos a supremacia da medicação nos problemas sexuais. Haja vista, os recentes medicamentos para impotência sexual masculina. Isto se torna lamentável, pois fica a mensagem de que o direito ao prazer sexual está ligado à

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A mulher que sofre de frigidez deve refletir sobre o que historicamente acabou por substituir seu prazer sexual: desejo do poder masculino, como assinalava ADLER, sendo um protesto contra a submissão; ampliar a importância de suas obrigações como mãe em detrimento de seu papel de mulher com direito e dever à satisfação. A fobia do homem em relação ao tamanho do pênis possui atualmente o correlato da busca de muitas mulheres pela descoberta do que seria realmente o orgasmo feminino. A conclusão de todo este processo é a de que a inveja ou comparação é o fator que mais admoestará a tranqüilidade para a obtenção do prazer. A competição ou desejo de prova é a maior contra indicação em todo caso de problema sexual. O próprio inconsciente da pessoa está exprimindo uma opinião e busca peculiar pela satisfação, condenando muitos dos modelos vigentes. Toda disfunção sexual em um dos parceiros é de responsabilidade total de ambos ou do casal; embora muitos relutem pesadamente contra tal fato. A frigidez também não deixa de ser uma defesa psíquica da mulher contra a falta da certeza do amor e real envolvimento do homem em alguns casos. Alguns podem até achar tal conceito surrealista; mas a observação clínica prova que determinada "trava" só pode espelhar uma outra oculta. A frigidez seguindo a idéia apresentada é o medo da mulher perante a falta de admiração de seu companheiro pela mesma, assim como, seu temor de ser abandonada ou rejeitada a qualquer momento; como conseqüência, se recusaria a dar o "melhor de si própria", como protesto perante uma pessoa titubeante na arte do amor e companheirismo.

A frigidez contém também todas as pendências afetivas no tocante a relação da mulher perante seus pais. Seria uma espera de um reconhecimento de seu mais profundo íntimo para que pudesse então "gastar" seu lado afetivo ou sexual. Historicamente o homem teve ao seu alcance todos os recursos ou treinos para uma performance sexual (literatura ou filmes pornográficos), por piores que fossem tais recursos. Para a mulher apenas sobrava o relato isolado de alguém que tivesse tido uma experiência sexual; ou então contar com a boa vontade de sua mãe, que quase nunca ocorria para o diálogo. Nos dias atuais de internet, apesar da acessibilidade fácil a qualquer site pornô, o treino ainda é predominantemente masculino, embora muitas garotas percebam tal evento e adotem uma postura de vingança contra o homem, apenas seduzindo e não consumando uma relação; ou cometendo o chamado "ficar", embora tal fenômeno esteja disseminado entre ambos os sexos.

Seguindo as crenças populares será que realmente é a mulher que quase sempre simulou determinado orgasmo? Não será o homem que sempre disfarçou a não continuidade de um relacionamento durante uma ereção ou ejaculação histérica? Não é o homem que sempre se recusou a sentir profundamente apenas se atendo a performance sexual, fazendo o ato com mulheres que nunca gostou realmente? O que é vital refletir é para qual dos dois o impacto é maior quando ocorre uma desastrosa experiência sexual. Alguns homens até relatam o início de uma impotência sexual psicológica quando isto ocorre, devido ao fator da cobrança. Para a mulher sem dúvida alguma o fardo é mais pesado, pois não se trata da falha do desempenho do órgão, mas a reprovação completa de seu ser.

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o feminismo e outros fenômenos sociais produziram uma mulher aparentemente combatente e exigente do ponto de vista sexual e social, mas que têm renegado a questão familiar. É só olharmos para o enorme número de mulheres independentes economicamente e que se encontram sozinhas ou com receio a assumirem o papel de mãe. Tal fenômeno há um bom tempo já se transformou numa regra dependendo da classe econômica oriunda da mulher. É aterrorizante pensarmos como algo natural como a atração sexual e convivência com o parceiro, pode se transformar num campo de batalha devido ao medo. Muitas mulheres independentes vivem a "frigidez de

relacionamentos", fazendo uma espécie de transposição do sexual para a relação a dois. O leitor mais atento descobrirá que o sentimento de revanche infelizmente nunca saiu de cena dos aspectos pessoais do ser humano.

A mulher frígida vive numa espécie de "prisão", aguardando que seu parceiro muitas vezes abra sua cela. Este conceito é totalmente ingênuo; para a mulher a solução não passa por alguma experiência sexual diferenciada, mas a mensagem clara é ter de mudar realmente, abandonando anos de construção de um modelo psicológico. Qualquer conselho ou idéia mirabolante para vencer a frigidez estará fadado ao fracasso, pois há um vazio absoluto na mulher perante tal tarefa. A primeira missão na conduta

terapêutica é se dedicar plenamente a questão, pois logo se descobrirá como a mesma nunca se permitiu um tempo para tal aspecto de sua sexualidade ou pessoalidade. O desafio é o envolvimento pleno numa tarefa onde dita mulher sabe que não têm nenhum poder ou habilidade, sendo uma coisa que jamais ousou fazer. Se a mesma refletir intimamente, irá perceber como sempre deu um jeito para que o problema sexual nunca fosse a prioridade. Seja a mulher casada ou namorando, seu parceiro deverá participar ativamente do processo como foi dito acima, inclusive também se submetendo à psicoterapia, para que se possa verificar prováveis junções entre a frigidez e

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