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2 Caderno de Monitores - Referencial Teórico-Prático para Monitores e Pastoralistas

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Academic year: 2021

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Gratidão aos jovens, pastoralistas, monitores e Irmãos que, um dia, não mediram esforços para tornar a PJM um sonho possível.

Gratidão à Comissão Provincial de Juventude (2010-2012), que cola-borou com sugestões para a cons-trução desse subsídio.

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Grupo Marista 5 4 Caderno de Monitores - Referencial Teórico-Prático para Monitores e Pastoralistas

Produção:

Grupo Marista | Setor de Pastoral Coordenação:

Ir. Adriano Brollo

Redação e Elaboração do material: Ir. Adriano Brollo

Bruno Manoel Socher César Leandro Ribeiro

Daiane Meger Diogo Luiz Santana Galline Dyogenes Phillipsen Araujo

Ir. João Batista Pereira Marilúcia Antonia de Resende

Revisão: Ir. Lauro Daros

Projeto Gráfico e Diagramação: Rodolfo Ribeiro Hermano Pellegrini

Apoio Técnico: Patrícia Fatuch Pollyana Devides Nabarro

Fotografias: Bruno Nagalli Acervo Setor de Pastoral

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Caderno de monitores da PJM : referencial teórico-prático para monitores e pastoralistas / Grupo Marista. Setor de Pastoral . -- 1. ed. -- São Paulo : FTD, 2011.

ISBN 978-85-322-8031-2

1. Igreja - Trabalho com jovens 2. Irmãos Maristas - Educação 3. Jovens - Vida religiosa 4. Pastoral Juvenil Marista (PJM) - História 5. Teologia pastoral I. Grupo Marista. Setor de Pastoral.

Índices para catálogo sistemático:

1. Caderno de monitores : Pastoral Juvenil Marista : Cristianismo 259.2 11-10523 CDD-259.2

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“A maneira como olhamos determina a maneira como caminhamos.”

Robson Santarém

Certo dia, à beira de um lago, um jovem teve a coragem de propor ao mundo uma nova forma de olhar. Olhar poético, político e profé-tico que fez alvorecer nas sendas do mundo possibilidades encan-tadoras de ser e de agir. Com jeito simples e terno, convidou outros a serem seus seguidores, capacitou-os, os fez verdadeiros líderes e revolucionários e os tornou plenamente humanos.

Sentimos hoje o eco de sua voz clamando por jovens disponíveis para doarem seu tempo e talentos à promoção da vida plena das crianças, adolescentes e jovens. Precisamos de jovens profetas ca-pazes de romper os corações endurecidos pela rotina e pelo confor-mismo; necessitamos de jovens políticos capazes de se posicionar diante das injustiças de um mundo que, muitas vezes, desconsidera seus filhos fragilizados; desejamos jovens poetas que saibam cantar as belezas da vida e encantar as multidões de homens e mulheres desiludidos com os desafios cotidianos.

Inspirados pelo Jovem de Nazaré, os monitores são chamados a exercer este ministério junto aos grupos de PJM como forma de

fa-zer acontecer a “civilização do amor”1. São capazes assim de manter

viva e atualizada na história a mensagem de Jesus.

Ser monitor é honra e responsabilidade, que pede paixão e capa-citação. Este subsídio quer ser inspirador e orientador para a qua-lificação do processo de monitoria na PMBCS. Sabe-se que as re-alidades da PJM são diversas (Centros Sociais Maristas, Colégios

1 - CELAM. A Evangelização no presente e no futuro da América Latina. Conclusões de Puebla. São Paulo: Loyola, 1979. Nº 1192.

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Grupo Marista 9 8 Caderno de Monitores - Referencial Teórico-Prático para Monitores e Pastoralistas

Maristas, Escolas Públicas, PUCPR, TECPUC, Paróquias etc). Na diversidade, criam-se possibilidades para a PJM, adaptando a pro-posta a cada realidade, sem perder a essência e os princípios. Apos-tamos nos jovens que dedicam seu tempo em prol da evangelização da juventude, acreditando que eles são a “carta de Deus às juventu-des” (João Paulo II).

De acordo com Abraham Maslow, psicólogo americano, a pessoa melhor tende a fazer com que o grupo se torne melhor. E quanto melhor o grupo, mais tende a melhorar a pessoa que dele faz par-te. Com esse pensamento, ressaltamos a importância do processo de interatividade entre monitores, Irmãos, Responsáveis Adultos e pejoteiros. Temos um objetivo comum: a evangelização das juven-tudes. Quanto mais próximos, mais eficientes somos. Caminhamos junto, pois assim somos mais!

Monitores, Irmãos, Responsáveis Adultos e pejoteiros, “não

dei-xemos cair a profecia!”2, isto é, não deixemos que o sonho de uma

sociedade justa morra diante da ganância! Façamos da PJM uma paixão e tenhamos coragem e sabedoria para compartilhá-la com os jovens de nossas Unidades de forma criativa e audaciosa.

Na mesa da Eucaristia, nos encontramos para aprofundar a ca-minhada. Sucesso no peregrinar cotidiano. Que o Pão da Vida nos anime a olhar diariamente de um jeito novo para a vida e para o contexto onde pisam nossos pés.

Abraço fraterno,

Ir. Adriano Brollo

2 - A frase é um trecho do lema da XII – Romaria da juventude, que aconteceu no dia 16 de julho de 2006, em Barretos, onde foi celebrado o tema: “Juventude e Evangelização” e o lema: “Jovem, nos passos de Maria, não deixemos cair a profecia”. (site PJ Aparecida São Paulo < http://www. pjaparecida.com/conteudo.php?contCod=24> Acesso em janeiro 2011).

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Todo grande projeto traz em si uma grande história, construída e vivida por muitas pessoas. A Pastoral Juvenil Marista também tem a sua história, formada a partir dos sonhos e desejos de jovens, leigos, leigas e Irmãos Maris-tas. Quanto mais a conhecemos, mais nos apaixonamos e desejamos que outros jovens façam parte.

Assim, neste primeiro capítulo, trazemos informações que o ajudarão a aprofundar o conhecimento da PJM: a história, a estrutura, os objetivos e dimensões e a orga-nização. É importante que você se perceba na caminhada e que viva na prática a experiência de construí-la.

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Grupo Marista 13 12 Caderno de Monitores - Referencial Teórico-Prático para Monitores e Pastoralistas

“Um povo sem memória histórica é um povo sem coluna vertebral”

Che Guevara

O atual modelo da PJM inspirou-se em outras iniciativas de

evan-gelização da juventude no Brasil Marista, tais como o Movimento

Eda/REMAR4 e o Projeto Gamar5. Destacamos alguns

momen-tos importantes da trajetória:

Em 2003, o Brasil Marista iniciou um movimento de reorganização.

Constituiu-se a Província Marista do Brasil Centro Sul, unindo

as antigas Províncias de São Paulo e Santa Catarina. Com o tempo, percebeu-se a existência de diferentes iniciativas de evangelização. Por isso, detectou-se a necessidade de consolidar um processo uni-ficado de pastoral juvenil. Criou-se, em 2004, em nível nacional, um

Grupo de Estudos da Pastoral Juvenil Marista (GEPJM)6, para

organizar as Diretrizes Nacionais da atual Pastoral Juvenil Marista.

3 - O Capítulo 2 das Diretrizes Nacionais da PJM faz memória detalhada da presença Marista junto às juventudes. Outra fonte sobre esse histórico está na Revista do 1º Congresso Nacional da PJM 4 - Iniciado na Colômbia, em 1977, e trazido para a Província Marista de Santa Catarina, em 1983. 5 - Grupo de Alunos Maristas (GAMAR) – Projeto fundado na Província Marista do Rio de Janeiro em 1992 e iniciado em 1997 na Província Marista de São Paulo.

6 - Grupo de estudos proposto pelo SIMAR (Secretariado Interprovincial Marista) que fez a pro-posta preliminar da PJM, apresentada no 1º Encontro Nacional de Assessores e Jovens da Pasto-ral Juvenil Marista.

Fundação da PJM, agosto de 2005.

I Congresso Provincial da PJM, outubro de 2006.

1. HISTóRIA DA PJM

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O projeto da PJM foi apresentado aos responsáveis pelos

movi-mentos juvenis das Províncias, em janeiro de 2005, na

Assem-bleia Nacional de Assessores, em Florianópolis – SC, com o

objetivo de socializar as discussões do Grupo de Estudos (GE) e validar as Diretrizes Nacionais da PJM.

A Província propôs como primeira atividade da PJM a realização

da experiência de Missão Solidária Marista (MSM), que

aconte-ceu em janeiro de 2005, em Londrina. Durante a MSM, os

partici-pantes solicitaram o envolvimento também dos jovens no processo de construção da pastoral juvenil. Atendendo à sugestão, realizou-se o Encontro de Representantes Jovens, em Curitiba, com

repre-sentatividade de cada Unidade da Província. O envolvimento juvenil possibilitou à PJM assumir um caráter mais dinâmico e ousado.

De 24 a 26 de agosto de 2005, em Curitiba, realizou-se a III Assembleia Provincial de Pastoral, com a presença de Irmãos,

pastoralistas, diretores e jovens das Unidades, para apresentar e

es-tudar a nova proposta de evangelização juvenil Marista. No dia 25

de agosto, houve o lançamento da PJM na PMBCS, com

celebra-ção eucarística e grande festa.

A partir de 2006, a PJM começou a se consolidar e,

gradati-vamente, os antigos movimentos Maristas foram se incorporando à PJM. Em nossa Província, pensou-se em uma estrutura que fa-vorecesse a comunicação, a integração e a troca de experiências:

surgiram os Regionais7 da PJM, coordenados por pastoralistas,

eleitos pelas Unidades.

A fim de fortalecer a implementação, realizou-se, em outubro de

2006, no Colégio Marista Santa Maria, Curitiba/PR, o I Congresso Provincial da PJM, com o tema “No Coração uma escolha que me

faz feliz”.

Entre 2006 e 2007, aconteceram vários encontros formativos,

em nível Provincial e em nível Nacional, com os assessores de pas-toral, para apresentar e estudar as Diretrizes Nacionais da PJM. Os encontros foram essenciais no processo de fundamentar as ações nas Unidades Maristas do Brasil.

Em 2008, realizaram-se, em Sydney/Austrália, a Jornada Mun-dial da Juventude (JMJ) e o I Festival Internacional Marista.

Nossa Província esteve representada por cerca de 20 jovens de Cen-tros Sociais, Colégios e Universidade.

Em abril de 2009, publicou-se o Documento da Mística da PJM8 – “Caminho da Educação e Amadurecimento na Fé”. A

apre-sentação foi em Curitiba, no Encontro de Formação para

Adul-tos e Jovens Representantes, quando se lançou a proposta do

estudo do Documento como preparação para o I Congresso

Na-cional de PJM, em Curitiba, de 25 a 29 de janeiro de 2010.

foto durex

7 - Até o ano de 2010, a Pastoral Juvenil Marista estava dividida e organizada provincialmente em quatro Regionais, compostos por Unidades territorialmente próximas, ligados diretamente à Coordenação Provincial da PJM, sendo representados por um coordenador adulto e um repre-sentante jovem (aluno ou ex-aluno), escolhidos pelas Unidades. A partir de 2011, a Província

adotou uma nova estrutura de animação, apresentada posteriormente neste documento. I Congresso Nacional da PJM, Janeiro de 2010

8 - UMBRASIL, Caminho da educação e amadurecimento na fé: a mística da Pastoral Juvenil Marista. São Paulo: FTD, 2008

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Grupo Marista 17 16 Caderno de Monitores - Referencial Teórico-Prático para Monitores e Pastoralistas

O I Congresso Nacional da PJM, com grande sucesso,

objeti-vou celebrar e reunir a PJM do Brasil, sob o tema “Corações Conec-tados”, cujo debate central foi a participação dos jovens na trans-formação social. Participaram aproximadamente 500 jovens das três Províncias do Brasil, evidenciando que “... qualquer que seja a nossa cultura, a nossa idade ou a nossa história, temos em comum uma espera, uma sede de vida em plenitude.”9

Em 2010, a PMBCS comemorou os 5 anos de caminhada da PJM.

Como parte da celebração, o Setor de Pastoral discutiu com Irmãos, pastoralistas e jovens uma nova estrutura de organização e anima-ção. Marcando o momento, a Província organizou, em Curitiba, nos

dias 18 e 19 de setembro, a Assembleia Provincial de Jovens. O

encontro contou com representantes de todas as Unidades da Pro-víncia e ex-alunos. Os jovens puderam celebrar, conhecer e contri-buir com a nova proposta de articulação da PJM, bem como escolher

os membros da Comissão Provincial de Juventude. A Comissão

foi sugerida no Congresso Nacional da PJM e passou a integrar a nova estrutura de animação da PJM da PMBCS.

De 1º a 3 de março de 2011, aconteceu a Assembleia de Pastoral da PMBCS, com o propósito de reposicionar a ação pastoral e

atuali-zar as diretrizes para a evangelização. Foi significativa a participação da Comissão Provincial de Juventude.

Em junho de 2011, realizou-se a Jornada Provincial Marista das Juventudes, no Colégio Marista Santa Maria, em Curitiba, com

a participação de 650 jovens das Unidades Maristas. Foram 24 horas

ininterruptas de atividades nos dias 4 e 5 de junho. O evento teve

como objetivos celebrar o Dia de São Marcelino Champagnat e conhe-cer as expressões juvenis da Província. Parte significativa da Jornada

9 - Ir. Emili Turú, Superior Geral dos Irmãos Maristas

foi a preparação para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), de

16 a 21 de agosto, em Madri. Antes disso, entre os dias 10 e 14, a

delegação Marista do Brasil (aproximadamente 80 jovens) participou do Encontro Internacional de Jovens Maristas (EIJM) –

prepa-ratório à Jornada e realizado em quatro distintas regiões da Espanha. Em março de 2012, em meio às preparações dos próximos EIJM e JMJ - Rio de Janeiro 2013, a PMBCS passa a ser comunicada como Grupo Marista, de maneira a integrar pessoas e fortalecer a própria

identidade.

A PJM é um processo no qual o jovem busca crescimento espiritual e se torna protagonista onde está inserido. A história não termina aqui!! Você também é convidado a deixar as suas marcas neste caminho!

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Grupo Marista 21 20 Caderno de Monitores - Referencial Teórico-Prático para Monitores e Pastoralistas

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Partindo da leitura da realidade e animado pela energia que fluiu do I Congresso Nacional da PJM, o Setor de Pastoral propôs, em 2010, a reestruturação da PJM. Após sugestões, construiu-se a nova estrutura de animação, implementada a partir de 2011:

• O Setor de Pastoral do Grupo Marista, à luz das diretrizes

do Instituto e observando sua realidade, elabora propostas de ações para a PJM e as discute com os Irmãos, jovens, pastoralis-tas e demais interessados. O Setor é responsável por organizar e acompanhar as Experiências Formativas e Encontros de Forma-ção para pastoralistas e Comissões Locais, elaborar subsídios e promover eventos relacionados à juventude em nível Provincial.

• Ao lado do Setor de Pastoral, está a Comissão Provincial de

Juventude, porta voz dos jovens, que contribui na construção

de subsídios e assessoramento das Experiências Formativas.

• Com a intenção de acompanhar e capacitar tecnicamente as

equipes de pastoral das Unidades, as frentes apostólicas

(negócios) dispõem de um assessor de pastoral que, por

meio de assessorias às Unidades, contribui para a efetivação das propostas pastorais, incluindo a PJM.

• Nas Unidades, existe também a estrutura de PJM: o

Respon-sável Adulto e os Irmãos, que elaboram e propõem a

forma-ção para os monitores e os acompanham no planejamento de encontros dos grupos, além de participarem na elaboração e realização das Experiências Formativas, acampamentos,

cele-brações; a Comissão Local de Juventude, formada e eleita

pelos jovens da PJM, que representa os anseios e as demandas dos grupos e encaminha propostas à Comissão Provincial de

Juventude e ao Setor de Pastoral; os monitores, jovens

apai-xonados pela PJM e dispostos a doar seu tempo para

partici-par ativamente da ação evangelizadora na PJM; os

pejotei-ros, jovens que participam do processo de formação proposto

pela PJM, podendo assumir o serviço de monitoria e, por elei-ção, o de Comissão Local.

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Grupo Marista 25 24 Caderno de Monitores - Referencial Teórico-Prático para Monitores e Pastoralistas Grupo Marista 25

3.1 os Responsáveis Adultos

Acreditamos na força do protagonismo juvenil e desenvolvemos estratégias para que os jovens tenham espaço, voz e vez em nossas estruturas e na sociedade. Porém, sabemos que eles não caminham sozinhos. Assim, reconhecemos a importância daqueles que os ca-pacitam, acompanham e contribuem em sua caminhada de conhe-cimento, fé e cidadania. Na estrutura de animação Pastoral, destaca-mos o papel do Responsável Adulto, pessoa que busca identificar-se com o universo juvenil, tornando-se referência no acompanhamento das atividades e da caminhada dos jovens da PJM.

O acompanhamento dos jovens pode ser feito de forma pessoal e grupal. O acompanhamento pessoal ajuda o adolescente/jovem a li-dar com suas perguntas, crises, dúvidas, inseguranças, projetos. Já a proposta grupal contribui na superação de problemas e conflitos, trabalhando a organização interna e a articulação com outros gru-pos, ajudando a crescer na vida de comunidade e a buscar inserção em outras realidades. Toda a atividade do Adulto Responsável deve levar em consideração a dimensão ética da formação, que se revela no testemunho de vida, na abertura e acolhida aos jovens, no afeto e no cuidado por meio de atitudes cotidianas.

Ser pessoa de referência para os jovens exige a compreensão da evangelização a partir das culturas juvenis, adaptando toda a men-sagem a uma nova linguagem. Para tanto, não basta ter boa vonta-de, mas também desejo de conhecer e de estudar a juventuvonta-de, de es-tar no meio dos jovens, perceber seus sonhos e desafios, esperanças e dificuldades. Tudo isso é essencial para quem deseja assumir a

causa juvenil como campo preferencial de evangelização.10

Atribuições do Responsável Adulto da PJM

• Fazer de seu trabalho uma opção efetiva pelos jovens e serviço à juventude, como fez São Marcelino Champagnat em sua vida. • Desenvolver e promover reflexões sobre o processo de evan-gelização de jovens, abrindo possibilidades para que possam se manifestar e ser ouvidos.

• Planejar e viabilizar ações que contribuam com a caminhada de fé dos jovens, fazendo do acompanhamento meio privile-giado de promover o crescimento, como Jesus com os discípu-los de Emaús.

• Abrir-se às juventudes, caminhar ao lado dos jovens, com-preender seu grande potencial na evangelização dos de-mais jovens.

• Ser testemunho de fé e de prática cristã, vivenciando os valo-res e virtudes Maristas.

• Participar de cursos e formação oferecidos pelo Setor de Pas-toral e pela Unidade, cultivando também a busca pessoal pelo estudo e aprimoramento profissional.

• Participar ativamente no planejamento, organização, avalia-ção e registros das Experiências Formativas oferecidas aos jovens da PJM.

• Organizar momentos de planejamento e formação dos moni-tores, oferecendo-lhes subsídios e orientações que contribu-am com sua atuação na dincontribu-amização dos grupos de PJM. •

Desenvolver ações que contribuam com a inserção e partici-pação juvenil junto às diversas instâncias eclesiais e sociais. • Colaborar na organização das Experiências Formativas.

10 - Sobre os saberes necessários aos assessores da PJM, ler as “Diretrizes Nacionais da Pastoral Juvenil Marista”, p. 133.

3. REPRESEnTATIvIDADE

DA PJM no GRuPo MARISTA

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3.2 Comissões Locais de Juventude

Diante da necessidade, evidenciada pelos participantes do I Con-gresso Nacional da PJM, em janeiro de 2010, de envolver mais os jo-vens nas decisões da PJM, o Setor de Pastoral propôs a organização de pequenos grupos representativos em nível local. A proposta é formar, em cada Unidade, uma comissão juvenil eleita com a parti-cipação direta dos pejoteiros e legitimada pela Equipe de Pastoral e Equipe Diretiva/Equipe de Trabalho local.

A Comissão deve ser formada por um número significativo de adolescentes/jovens (3 a 7 membros), levando sempre em consi-deração o número de pejoteiros da Unidade. Esta Comissão deve ser acompanhada pelo Adulto Responsável da PJM e reformulada anualmente, tomando-se o devido cuidado de não mudar todos os membros de uma só vez. É importante que a renovação dos repre-sentantes ocorra gradativamente e que os mais experientes auxi-liem na integração dos mais novos.

Para ser eleito e participar da Comissão, o jovem deve estar em busca das seguintes virtudes:

• Participação em grupos de PJM • Vivência cristã • Apoio familiar • Esforço nos estudos • Autonomia e gosto pelo estudo pessoal • Trabalho em equipe • Espírito de serviço • Gratuidade • Responsabilidade • Boa comunicação • Iniciativa • Ousadia • Criatividade • Visão crítica

Espera-se desses jovens ótimo relacionamento interpessoal com os participantes da PJM e os demais alunos da Instituição. Espera--se ainda disponibilidade para reuniões em todos os âmbitos do Grupo Marista. Para tais eventos, a Comissão necessita discutir e eleger os representantes, de acordo com o número de vagas e o or-çamento da Unidade.

Atribuições da Comissão Local de Juventude:

• Ter comprometimento com a PJM.

• Fazer da missão de responsáveis locais um serviço à juventude. • Auxiliar nas reflexões sobre o processo de evangelização da

juventude na Unidade.

• Manter comunicação com os grupos de PJM da Unidade e com a Comissão Provincial de Juventude.

• Ser protagonista juvenil de acordo com o carisma Marista e testemunho dos valores Cristãos.

• Participar das reuniões de planejamento da PJM na Unidade. •

Motivar os monitores a criarem meios que favoreçam a parti-cipação dos adolescentes e jovens na PJM.

• Apontar meios para que todos os participantes da PJM te-nham acesso a experiências de formação.

• Incentivar a participação eclesial dos grupos.

• Dar feedback ao Responsável Adulto sobre o processo da PJM. • Ser porta-voz dos anseios dos jovens junto ao Responsável

Adulto da Unidade e à Comissão Provincial de Juventude. •

Participar das Experiências Formativas – de acordo com a fai-xa etária do representante.

• Participar de espaços de representação junto à Igreja local e organizações sociais.

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Grupo Marista 29 28 Caderno de Monitores - Referencial Teórico-Prático para Monitores e Pastoralistas

3.3 Comissão Provincial de Juventude

Em 2010, a Província Marista do Brasil Centro Sul, atenta aos apelos expressos pelo XXI Capítulo Geral e pelos jovens no “I Con-gresso Nacional da PJM”, criou a Comissão Provincial de Juventu-de. Ela foi eleita por jovens das Unidades da Província – Centros Sociais,Colégios e Universidade – na Assembleia de Juventude, nos

dias 18 e 19 de setembro, passo essencial para fortalecer a

partici-pação e o protagonismo juvenil.

A Comissão de Juventude é o órgão ao lado do Setor de Pastoral que fortalece o processo de evangelização juvenil, com três

caracte-rísticas básicas: representativa, pois se torna porta-voz de todos

os jovens do Grupo Marista e representa-os nos diversos espaços;

consultiva, porque está próxima do Setor na construção de

subsí-dios ao apontar as linhas de ação e Experiências Formativas das

di-ferentes realidades das juventudes; propositiva, uma vez que pode

sugerir ações que atendam às demandas juvenis.

Como órgão representativo, a Comissão pode ser grande aliada das Comissões Locais e dos monitores, pois se coloca à disposição dos jovens, ouve seus anseios e sugestões e os discute com o Setor de Pastoral. Pode-se entrar em contato pelo e-mail:

comissaojuventude@marista.org.br.

A composição da Comissão Provincial de Juventude, eleita a

cada 2 anos, realiza-se em Assembleia com representantes das Co-missões Locais das Unidades e com os integrantes da Comissão de Juventude vigente. A convocação da Assembleia é responsabilidade do Setor de Pastoral.

Atribuições da Comissão Provincial de Juventude

• Ter comprometimento com a PJM.

• Fazer da missão de representante um compromisso e um ser-viço às juventudes.

• Ser protagonista e dar testemunho dos valores Cristãos e Maristas.

• Ser porta-voz dos anseios dos jovens junto ao Setor de Pastoral. • Auxiliar nas reflexões sobre o processo de evangelização da

juventude.

• Manter comunicação com os jovens do Grupo Marista e, de ma-neira mais próxima, com as Comissões Locais de Juventude. • Incentivar a participação eclesial e social das juventudes. • Promover espaços de escuta das Comissões Locais.

• Participar das reuniões da Comissão agendadas pelo Setor de Pastoral, dos fóruns de discussão e dos espaços de represen-tação eclesial e social.

• Dar retorno à Comissão e ao Setor de Pastoral quanto às parti-cipações realizadas em nome da juventude do Grupo Marista e quanto às observações feitas nas Experiências Formativas e nas Unidades.

• Contribuir no processo de qualificação, assessoramento e acompanhamento das Experiências Formativas.

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4. oBJETIvoS DA PJM

O objetivo da PJM é desenvolver a evangelização e o protagonis-mo juvenil, favorecendo a formação integral dos jovens, por meio do processo de amadurecimento na fé. Para ser efetiva, a PJM deve favorecer o protagonismo em diferentes âmbitos:

Participação grupal como espaço prioritário de

desenvolvi-mento da socialização e da espiritualidade.

Participação eclesial como espaço de vivência comunitária

da fé.

Participação político-social por meio da inserção em

espa-ços nos quais tenha a possibilidade de exercer a cidadania ple-na, reconhecendo-se como sujeito de direitos e sendo agente de transformação social.

Seu objetivo é estabelecer um processo de formação in-tegral, no qual o jovem desenvolva aspectos da espiritu-alidade, do seu papel ativo na Igreja, da autonomia, do aprofundamento no carisma marista, do protagonismo juvenil e da intervenção eficaz na sociedade. É uma pro-posta educativo-evangelizadora que almeja, por meio da escuta e participação dos jovens, capacitá-los para encontrar respostas autênticas aos anseios e necessida-des fundamentais da juventude e da evangelização. (Direcionamentos Pastorais para as Mantenedoras e Ne-gócios da Província Marista do Brasil Centro Sul, p. 27) Assim, a PJM promove a participação do jovem e do adulto como corresponsáveis de um processo pastoral, com a cara do jovem, sua linguagem e seu jeito de ser.

5. PILARES

Todo o trabalho da PJM, desde os encontros semanais até as Experiências Formativas, deve ter como base elementos funda-mentais:

a) Mística

A mística que sustenta e anima a PJM pode ser vivenciada à me-dida que os adolescentes e jovens fazem a experiência de grupo. Cada Momento é permeado de valores, símbolos, reflexões e ritos que ajudam a dar sentido à busca de aprofundamento e amadureci-mento na fé.

O processo é descrito no Documento da Mística, que aponta dois caminhos de reflexão: os lugares cristãos, que contemplam a vida de Jesus; os lugares maristas, que olham o contexto histórico e hu-mano da vida de São Marcelino Champagnat.

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Grupo Marista 33 32 Caderno de Monitores - Referencial Teórico-Prático para Monitores e Pastoralistas Grupo Marista 33

b) Protagonismo Juvenil

Uma das linhas de ação da PJM é promover o protagonismo juvenil por meio da participação do jovem no processo de evangelização de ou-tros jovens, em espaços grupais, eclesiais e sócio-políticos. No Grupo Marista, promovemos o protagonismo por meio de algumas ações:

• Constituição das Comissões Locais de Jovens e Comissão Pro-vincial de Juventude.

• Processo de monitoria dos grupos feita por jovens que fazem parte da PJM.

• Incentivo à participação social nos Conselhos e Fóruns de Ado-lescentes e jovens, Conferências Municipais, Estaduais e Nacio-nal de Juventude, atividades solidárias etc.

• Sensibilização dos gestores e adultos das Unidades para a va-lorização e promoção de espaços para escuta e participação juvenil.

• Envolvimento dos jovens na organização de Experiências Formativas, na animação dos grupos e na mobilização juvenil em suas Unidades.

c) Formação integral

A PJM é organizada de maneira a dialogar com a dinâmica do desenvolvimento dos adolescentes e jovens e com as dimensões da vida. Sua proposta dá suporte aos grupos, para que os jovens pos-sam trilhar uma caminhada de vida pautada nas descobertas e nas relações consigo, com os outros, com Deus, com a sociedade e com a natureza. A metodologia busca contribuir para o desenvolvimento do protagonismo dos jovens por meio de formação transformadora, libertadora e comunitária.

A caminhada se faz pela participação dos jovens nos grupos de PJM das Unidades, pelas Experiências Formativas (DJM, CLIMA, RPV, MSM etc.), pelos Encontros de Formação de Monitores, pelos Con-gressos, acantonamentos e acampamentos, pelos encontros, entre ou-tras atividades desenvolvidas.

d) opções Pedagógico-pastorais da PJM

Para que a PJM assuma identidade comum nos diferentes espaços (Colégios, Centros Sociais, PUC, TECPUC etc.), existem algumas características chamadas de opções pedagógico-pastorais:

• o grupo: constitui-se enquanto espaço propício para o ama-durecimento na fé, a vivência pessoal e comunitária, na qual os jovens constroem conceitos, partilham ideias, lidam com as diferenças e a diversidade, superam limites, criam possibi-lidades etc. Sugestões: que os grupos tenham um número de participantes que facilite a criação de laços e a partilha de vida; que adolescentes e jovens tenham idades próximas (expressas no item que apresenta os Momentos da PJM); que os grupos sejam compostos por ambos os sexos; que os jovens se encon-trem periodicamente (semanalmente, quinzenalmente).

• As dimensões da Formação integral: como nos recordam as

Dire-trizes Nacionais da Pastoral Juvenil Marista, “o carisma marista, voltado para uma educação integral, quer ser norteador do cuidado com a formação dos adolescentes e jovens, para que sejam sujeitos e construam relações consigo, com a sociedade

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e com Deus, e que essas os tornem felizes (...)”11. Nesse senti-do, a PJM se integra à proposta pedagógica do Brasil Marista, que almeja a formação de um jovem pesquisador, solidário e aberto ao transcendente. A formação integral deve considerar o desenvolvimento biológico, sociológico, antropológico,

cul-tural, psicológico e teológico do jovem. O CELAM12, em seu

documento Civilização do Amor: Tarefa e Esperança13 propõe

sete dimensões da formação integral, com as quais comunga-mos: a relação do jovem consigo mesmo; com o grupo; com a sociedade; com Deus, Pai e Libertador; com a Igreja; com a

natureza e a ecologia; com o meio educacional.14

• o acompanhamento: pressupõe a oportunidade de ter pessoas com experiência de vida e de grupo, abertas ao diálogo com as juventudes, que possam contribuir na formação pessoal e grupal dos jovens. Salientamos que é papel do Responsável Adulto acompanhar a formação dos monitores na Unidade e o processo de crescimento e amadurecimento dos jovens que se dispõem a coordenar os grupos de PJM.

• A organização: possibilita gerar um processo dinâmico de comu-nhão, animação e acompanhamento, permitindo o intercâmbio de experiências dos diferentes níveis do Instituto. Para tanto, a PJM é acompanhada e discutida em diferentes instâncias:

> Local: na Unidade, a PJM acontece por meio dos grupos de

pejoteiros, da ação dos monitores, da representação da Co-missão Local de Juventude, do acompanhamento do Res-ponsável Adulto e do comprometimento dos gestores da Unidade com a PJM;

> Regional /microrregional: para proporcionar espaços

for-mativos conjuntos, são propostos encontros regionali-zados ou Microrregionaliregionali-zados. Estes espaços visam ao contato dos jovens entre si, às trocas de experiência e à per-cepção da amplitude e alcance da PJM no Grupo Marista.

> Provincial: o Setor de Pastoral do Grupo Marista integra

e acompanha todos os processos e iniciativas com a PJM, dando organicidade ao trabalho com a juventude. Ao lado do Setor de Pastoral, existe a Comissão Provincial de Ju-ventude, para garantir que as vozes, sonhos e demandas das juventudes sejam ouvidas e que as atividades desenvol-vidas estejam alinhadas às necessidades juvenis.

> nacional: a PJM está vinculada à Comissão de

Evangeliza-ção da UMBRASIL – União Marista do Brasil, que garante sua unidade e identidade em nível de Brasil Marista.

> Instituto: uma Comissão Internacional constituída de

Ir-mãos e Leigos Maristas é responsável por elaborar diretri-zes comuns para a evangelização das juventudes maristas.

> A participação: a formação de líderes ativos, serviçais e

con-templativos nas diferentes realidades.15

• o método: As Diretrizes Nacionais da PJM retomam o

méto-do ver-julgar-agir-avaliar-celebrar16, e, em comunhão com a

Igreja, o define como meio para a compreensão da realidade, à luz da Palavra de Deus com vistas à assumir um compromis-so de transformação compromis-social.

11 - DNPJM – parágrafo 374. Toda a formação marista quer ajudar os jovens a terem uma ação cada vez mais refletida, intencional, consciente, contextualizada e organizada, visando promo-ver uma renovação na igreja e uma transformação da sociedade.

12 - Conferência Episcopal Latino Americana.

13 - CELAM, Seção Juventude. Civilização do Amor: Tarefa e Esperança, op.cit., p.203.

14 - As dimensões da formação integral encontram-se no parágrafo 336 das DNPJM, p119. O em-basamento e aprofundamento das dimensões da formação integral também poderão ser feito a partir do CELAM, p. 203ss e do DOC. 85 da CNBB, p. 65ss.

15 - Esta opção pedagógico-pastoral foi apresentada no documento internacional da PJM – “Evan-gelizadores entre os jovens: documento de referência para o Instituto Marista” – produzido pela Comissão Internacional da Pastoral Juvenil Marista e publicado em 2011.

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Grupo Marista 37 36 Caderno de Monitores - Referencial Teórico-Prático para Monitores e Pastoralistas Grupo Marista 37

7. DoCuMEnToS

Com a finalidade de contribuir com a sistematização do processo de evangelização das juventudes e com o aprofundamento da dis-cussão das temáticas juvenis, diversos materiais referentes à PJM foram publicados. Por estarem em profunda sintonia com os prin-cípios da Igreja, alguns destes documentos tornaram-se relevantes além dos muros da Instituição, passando a ser referência na Igreja.

Diretrizes nacionais da Pastoral Juvenil Marista, 2006 - é um marco na comunhão e articulação das diferentes expressões da PJM, integran-do as riquezas culturais e as inúmeras experiências evangelizaintegran-doras do Brasil Marista. Este documento aponta para um protagonismo ju-venil de cunho eclesial e social mais eficaz.

Caminho da Educação e Amadurecimento na Fé: a Mística da Pasto-ral Juvenil Marista, 2008 - carinhosamente chamado de “Mística da PJM”, o documento apresenta a proposta sistemática de amadure-cimento na fé dos jovens da Pastoral Juvenil Marista. Ele é instru-mento de animação dos grupos. O texto foi construído coletivamen-te pelo Brasil Marista.

Evangelizadores entre os jovens, 2011 - O documento internacional

da PJM visa favorecer a sua realização em todas as Províncias e Dis-tritos do Instituto e colocar a evangelização no coração da missão Marista. Como “documento de referência”, ele é de caráter geral, amplo e de orientação. Servirá de base às Províncias com pouca ou nenhuma experiência em PJM e, ao mesmo tempo, possibilitará a revisão, revitalização e fortalecimento da PJM nas Províncias e Dis-tritos com experiência.

6. A MARCA

A marca da PJM traz muitos elementos que re-tratam seu dinamismo, processo e identidade ju-venil, e também elemen-tos que fundamentam o projeto de evangelização da juventude Marista. As cores representam a diversidade das juventudes, cujo dinamis-mo e vitalidade são manifestados pela alegria do amarelo, a energia do laranja, a esperança do verde, a paixão pela vida do vermelho, o vinho da festa de Caná e o azul do Marista.

A composição das letras com as bordas inacabadas dá a impres-são de algo a ser lapidado e expressa que o processo da PJM é dinâ-mico e em contínua construção na caminhada rumo ao Reino anun-ciado por Jesus Cristo.

As doze estrelas, referência bíblica a Maria e às doze tribos de Is-rael, lembram também as tribos urbanas nas quais as juventudes mostram seu rosto. Foram sugeridas pelos próprios jovens, uma vez que no projeto inicial não havia a referência.

A Marca PJM:

O processo criativo é muito importante para a PJM e para as pesso-as, porém, precisamos estar atentos às produções feitas nas Unida-des. A criação é livre, desde que seja respeitada a forma e as cores de

aplicação de cada logo, ao Manual de Identidade Visual da PJM17, para

que, além do bom trabalho com os jovens, na Unidade, a PJM também fique visualmente marcante, bonita e alinhada aos demais locais, for-talecendo a sua identidade.

17 - Lançado em fevereiro de 2012, em parceria do Setor de Pastoral com o Departamento do Marketing.

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8. MoMEnToS DA PJM

Os Momentos18 da PJM são compreendidos como espaços de

tem-po que fazem parte de uma longa caminhada, à qual damos o nome de Processo de Educação na Fé. Eles são organizados de maneira a acompanhar o processo de desenvolvimento dos jovens em suas necessidades e possibilidades, de acordo com a faixa etária, a partir da adolescência.

Os cinco Momentos da PJM, como fio condutor, trazem a forma-ção integral de jovens e adolescentes, rumo à construforma-ção de um pro-jeto de vida coerente com os valores do Reino e a partir do Carisma Marista. Assim, a cada Momento, encontramos símbolos, valores e lugares cristãos e Maristas que ajudam a pensar a realidade juvenil naquele determinado estágio.

(6º e 7º ano – 11 e 12 anos) Obs.: 4º e 5º ano – 9 e 10 anos (opcional) É o passo inicial no caminho de amadurecimento humano e da fé. Fazer parte de um grupo é importante para o jovem construir sua identidade, afirmar valores e desenvolver-se no processo de sociali-zação. O convite à participação é para todos os jovens, mas a resposta ao chamado é pessoal. Assim, as reflexões com o Primeiro Momento devem tomar como motivação o “sim” de Maria e a ação do Espíri-to SanEspíri-to. Neste MomenEspíri-to, o jovem vive a experiência da descoberta, do encantamento, do sentimento de pertença, da perseverança e da convivência no grupo da PJM, pois ele é o lugar da acolhida da di-versidade e também da construção da confiança. Nesta etapa, é fun-damental estar atento à dimensão lúdica, à fantasia e ao simbólico.

Símbolo: Estrela, Valores: Acolhida e Confiança; Lugares:

Belém e Rosey

(8º e 9º ano – 13 e 14 anos)

Em continuidade à caminhada pessoal no amadurecimento huma-no e da fé, o jovem se descobre e se integra na relação com os outros, em plena abertura para a vida, para os amigos, para a natureza e para Deus. Esta vivência saudável contribui para a descoberta e o apro-fundamento de relacionamentos, sentimentos e afetos. É um tempo oportuno para se dedicar ao estudo e à convivência, bem como para a descoberta da missão e experiência do protagonismo. O grupo torna-se, por excelência, um lugar de aprendizagem e formação, de desenvolvimento da autonomia e superação diante dos desafios que os jovens enfrentam. A fé e a perseverança geram transformação in-terior e fortalecem a construção do projeto de vida.

Símbolo: Coração Acolhedor; Valores: Amizade e Partilha; Lugares: Nazaré e Verrières

18 - Para saber mais sobre os Momentos da PJM, conferir Documento da Mística – “Cami-nho da educação e amadurecimento na fé, pag. 29 a 32.

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Grupo Marista 41 40 Caderno de Monitores - Referencial Teórico-Prático para Monitores e Pastoralistas

(1º e 2º ano EM – 15 e 16 anos)

Os jovens vivem a experiência de olharem para a comunidade, assu-mindo o compromisso e a missão nos diversos meios que freqüentam. O grupo de adolescentes aos poucos se transforma em grupo de jo-vens e aprofunda sua identidade. O amadurecimento traz tanto a ale-gria com as descobertas quanto os desafios de assumir sua identidade e a responsabilidade de intervir em sua realidade. Neste momento, é importante que o jovem vislumbre a comunidade como espaço de vida e assuma a corresponsabilidade para com o bem estar de todos.

Símbolo: Boa Mãe; Valores: Sensibilidade, Determinação e

Alegria; Lugares: Caná e La Valla

(3º EM, ex-alunos, ex-educandos e universitários – a partir de 17 anos)

O jovem vive a descoberta da questão social, encontrando meios de participação na sociedade e viver os valores do Reino em vista da vivência da “Civilização do Amor”. Alimentados pelo espírito mis-sionário, descobrem maneiras concretas de intervir socialmente inserindo-se nos espaços legítimos de participação e representação social. Como Jesus, assumem a radicalidade do serviço aos outros, optando por estar ao lado daqueles que têm seus direitos negados. Os jovens são os profetas que gritam com voz forte as dores e injus-tiças que afligem a muitos, atuando como agentes sociotransforma-dores e promovendo a emancipação dos sujeitos oprimidos.

Símbolo: Cruz; valores: Despojamento e Compromisso; Lugares: Cafarnaum e Le Palais

Os jovens são chamados a ser sal e luz. Ser casa que se constrói em cima do rochedo. O espírito de compromisso leva à busca da ação refletida, da consciência crítica e da opção pela vida. Nesse Momen-to, cada um é convidado a reafirmar-se como sujeito histórico e a comprometer-se com a humanidade na construção de um mundo justo e livre. Portanto, este não deve ser considerado o ponto de che-gada do processo de educação na fé, mas um tempo em que a vivên-cia grupal desenvolvida gera uma profunda vivênvivên-cia comunitária. O jovem é convidado a exercer sua cidadania plena e a vivenciar seus valores a partir do lugar que ocupa na sociedade, no seu em-prego, na sua família etc.

Símbolo: As Três Violetas; Valores: Humildade,

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Retiro de Projeto de vida (RPv) – A partir do 2º Ano EM, 15/16 anos - Atividade com o objetivo de proporcionar momentos de reflexão e vivência pessoal e comunitária, aprofundando as relações, poten-cialidades e limites, a fim de construir um projeto de vida consciente e coerente, baseado em valores cristãos e no protagonismo juvenil. A proposta favorece a reflexão sobre a própria vocação e a percep-ção de alguns elementos que possam contribuir para o desenvolvi-mento desse projeto de vida.

Missão Solidária Marista (MSM) – A partir do 3º Ano EM, 16/17 anos e também ex-aluno/ex-educandos - Experiência que propõe a imersão dos jovens, durante uma semana, em comunidades que estejam em situação de vulnerabilidade social. Realizam-se atividades socioedu-cativas, visitas missionárias e gestos concretos que colocam o jovem frente a pessoas e realidades empobrecidas. Tem como objetivo de-senvolver em todos os participantes a sensibilidade solidária e a es-piritualidade sociotransformadora, a partir da análise de conjuntura, bem como promover a emancipação e a união que acolhe os jovens. Encontro Marista do Quarto Momento – A partir do 3º Ano EM, 16/17 anos e também ex-aluno/ex-educandos e universitários - É um en-contro com a intenção de celebrar e partilhar a vida, fortalecendo a identidade constituída na história de participação na PJM, bem como permitir a consolidação de uma rede de jovens que possuem um carisma e uma mística marista. No encontro, almeja-se des-pertar os jovens para a questão social, a fim de que se percebam como agente de transformação nos diferentes espaços dos quais participam.

Além destas atividades e experiências, são realizados diversos encon-tros (locais/microrregionais), com o objetivo de proporcionar a divul-gação da PJM, o desenvolvimento de partilha,a celebração e a formação para os adolescentes e jovens. Citamos como exemplo: Páscoa Juvenil, Luz na Floresta, Raio de Luz, Acampamento Militar, entre outros.

9. ExPERIênCIAS FoRMATIvAS

Durante o tempo de participação na PJM, os adolescentes e jovens en-gajados têm a oportunidade de vivenciar algumas experiências de forma-ção definidas em nível Provincial ou regional e que variam por Província.

No Grupo Marista, proporcionamos as seguintes Experiências Forma-tivas:

Acampamento Marista (ACAMPA) – 7 Ano EF, 11/12 anos - Atividade opcional para ser realizada a nível local, com a intenção de se pro-mover os valores de acolhida e confiança por meio de atividades lúdicas em meio a natureza. Todo o acampamento é permeado por um clima educativo de confraternização e mística.

Amizade Marista (AMAR) – 8 ano EF, 12/13 anos - Primeiro encontro inter-unidades, realizado a nível microrregional. Objetiva-se esti-mular laços significativos de amizade e partilha, com momentos de oficinas temáticas, espiritualidade e dinâmicas, todas adaptadas a faixa etária dos participantes. Espera-se garantir entrosamento en-tre os jovens, para que se sintam motivados a continuarem partici-pando ativamente da PJM.

Desafio Juvenil Marista (DJM) – 9º Ano EF, 13/14 anos - Tem por obje-tivo despertar o adolescente para a superação de desafios, por meio da vivência dos valores de amizade e partilha. O DJM se difere do Acampa PJM por desenvolver atividades que proporcionam uma reflexão mais profunda sobre os limites e possibilidades pessoais e grupais, a sensibilidade ecológica, além de contribuir para que os jovens aprofundem o conhecimento de si e do outro, a partir da busca coletiva e cooperativa de soluções para desafios propostos. Curso de Liderança Marista (CLIMA) – A partir do 1º Ano EM, 14 /15 anos - Formação realizada com os jovens do Ensino Médio, com o objetivo de aprofundar conhecimentos relacionados à liderança juvenil, moti-vando-os a assumir o protagonismo nos diferentes espaços dos quais participam. Aprofundam-se a vivência da espiritualidade cristã e Ma-rista, a relação entre juventude e Igreja e os conceitos básicos da PJM.

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Grupo Marista 45 44 Caderno de Monitores - Referencial Teórico-Pratico para Monitores e Pastoralistas

Os monitores assumem, na Instituição Ma-rista, significância especial, pois a eles são confiados os preferidos de Champagnat: as crianças, adolescentes e jovens. A eles tam-bém é estendido o convite de viverem os va-lores fundamentais para todo Marista. São formas peculiares de tornar Champagnat e seu carisma presentes em nossos dias.

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1. vALoRES MARISTAS

Amor ao trabalho. Como São Marcelino

Champag-nat, somos chamados a ser perseverantes nas ati-vidades que realizamos diariamente. O monitor é convidado a realizar o serviço da monitoria com disposição, generosidade e cooperação, além de promover a própria formação e fornecer respostas criativas aos desafios que a realidade apresenta.

Simplicidade. Esse valor pressupõe a busca da in-tegridade, da autenticidade e da transparência. Assim, a simplicidade é fruto da unidade entre ser e agir e se expressa no trato com as pessoas. Está ligada à humildade e à modéstia, que nos ajudam a compreender melhor nossas potencialidades e limitações, e nos fazem aptos a aceitar os outros, respeitando-os em sua dignidade e liberdade.

Justiça. Requer que façamos o bom uso de todos os bens e recursos em vista da formação integral do ser humano. Pressupõe ser justo nos julga-mentos, não se deixando levar pelas aparências, sendo ético nas relações com os outros monito-res, adultos e pejoteiros. O monitor posiciona-se de maneira imparcial em situações conflituosas tornando-se o ponto de equilíbrio do grupo.

Presença significativa. Acreditamos que o exem-plo de vida é o meio mais eficaz na construção de um ser humano pleno. Por isso, o monitor bus-ca estar próximo dos pejoteiros, sendo presença em suas realidades, valorizando e cultivando os laços de cuidado e ternura e construindo uma só-lida relação de confiança marcada por uma pre-sença atenta e acolhedora.

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Grupo Marista 49 Grupo Marista 49

2. vIRTuDES Do MonIToR

Ser monitor é por em prática a liderança aprendida no grupo. Ao longo do serviço de monitoria na PJM, o jovem líder precisa desen-volver, gradativamente, algumas virtudes que lhe permitirão um crescimento pessoal e uma atuação cada vez mais efetiva junto aos grupos. As pequenas virtudes compõem um conjunto de ensinamentos deixados por Marcelino Champagnat e pelos primeiros Irmãos. Elas nos ajudam a viver de maneira harmônica com nossos “maravilhosos

companheiros”19 de caminhada e nos desenvolver como líderes,

dan-do testemunho de vida coerente com os valores cristãos e Maristas. Assim, acreditamos que, aos poucos e com o acompanhamento do Adulto Responsável, o monitor vai desenvolvendo:

A Compreensão: relaciona-se à virtude de descul-par as falhas do outro, perdoar sem ressentimento e reconhecer que o erro é condição humana. Como Jesus, aprender a perdoar e agir com misericórdia diante daqueles que erram, ajudando-os a reco-nhecer as conseqüências de seu erro.

A discrição: pressupõe agir com reserva. Às vezes, parecer não perceber as mancadas do outro é im-portante para evitar constrangimentos públicos e, se necessário, repreender com fraternidade e em momento oportuno. Desenvolvendo esta vir-tude, o monitor aprende a suportar e suavizar as adversidades.

19 - Termo pertencente à circular “Maravilhosos Companheiros: A vida comunitária dos Irmãozi-nhos de Maria”, do Ir. Seán Sammon (25/03/2005)

Espiritualidade. Diz respeito ao nosso jeito de ser

e de agir que se reflete em nossas escolhas e ati-tudes cotidianas. Nossa espiritualidade cristã é fundamentada no evangelho e se concretiza na prática, na relação e no afeto. Como Marista, o monitor tem Maria como inspiradora e a partir do seu modelo vai construindo o modo como compreende e se relaciona com o mundo, a natu-reza, as pessoas e Deus.

Espírito de família. O monitor vive este valor ao construir uma relação de parceria entre as pesso-as, acolhendo-as e compreendendo a todos como diferentes e complementares. Também pressupõe o zelo pelas coisas, tais como o espaço, os objetos, os recursos. Assim, faz-se necessário valorizar a cons-trução coletiva, a autonomia responsável, a flexibi-lidade, a ajuda mútua e o perdão, a fim de construir comunidade, com alegria, e fazer dela fonte de vida.

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A compaixão: esta virtude diz respeito ao ato de colocar-se em comunhão com o sofrimento do ser humano. Refere-se à atitude de não ficar alheio à dor ou ao fracasso do outro, mas sentir o desejo de diminuir sua infelicidade e se desdobrar para ali-viá-la. Um coração que sente compaixão sai da in-diferença e se oferece para promover os excluídos.

A alegria: é a força que contagia as pessoas e melhora o ambiente de convivência. O bom humor valoriza as maravilhas da criação e da cultura humana, exal-ta os acontecimentos que aquecem o coração e con-duzem à paz. A alegria torna o ambiente comparti-lhado em lugar de aconchego, ternura e carinho.

A flexibilidade: ser flexível é não impor suas razões sem antes ouvir e compreender as razões dos ou-tros, acolhendo a diversidade, promovendo a alte-ridade20 e estimulando a liberdade.

A solicitude: ser solícito é desenvolver a capacidade de prever as necessidades do outro, oferecendo aju-da antes que as pessoas tenham que pedir. É uma bondade desinteressada, colocando-se sempre aten-to e prestativo. É interessar-se e dedicar-se ao volun-tariado na promoção da dignidade humana.

A afabilidade: pressupõe colocar-se em estado de es-cuta sem demonstrar cansaço, tornando-se um om-bro amigo nos momentos mais difíceis. É permitir que as pessoas se aproximem sem medo e colocar--se sempre pronto para ir ao encontro do outro. É instruir com paciência os que buscam o conheci-mento, demonstrando-se atencioso com todos.

A polidez: esta virtude é demonstrada no tratamen-to educado e delicado com as pessoas. É expressa nas palavras e ações, tais como: cumprimentar, desculpar-se e agradecer, prestigiar o que há de positivo nos outros, não se ocupar com fofocas, nem falar mal das pessoas.

o poder-serviço: o monitor deve ser altruísta21 na medida em que se presta às necessidades dos ou-tros e da comunidade. Pressupõe que não seja arro-gante e prepotente, mas atencioso e modesto. Usa a autoridade do poder para servir e não em proveito próprio. Tem como exemplo Jesus, que “Lava os pés

dos discípulos”22. Aproxima-se dos pejoteiros com

simplicidade. É amigo, confia nos outros e dá opor-tunidade para que os outros possam crescer.

A solidariedade: o monitor solidário acredita nos sonhos coletivos e esforça-se para edificá-los. Age em prol do bem e felicidade de todos, proporcio-nando benefícios sociais e planetários. Coloca-se contrário ao individualismo e ao egoísmo.

A paciência: é ser capaz de persistir mesmo diante

das dificuldades, mantendo a calma diante de si-tuações adversas, aceitando adiar algumas ações em vista do bem maior. Ama sem esperar nada em troca e nunca deixa de fazer o bem, mesmo para os que não correspondem às suas expectativas. Tem esperança no ser humano e enfatiza as soluções diante de posicionamentos negativistas.

o caráter: consiste nos aspectos particulares de cada pessoa, que remetem à sua forma de agir consigo, com os outros e com o mundo. Ter caráter é ser autêntico em seus posicionamentos. Pressupõe agir com ética e justiça, tornando-se referência para todos.

20 - Segundo o “Dicionário Larousse Cultural da Língua Portuguesa”, alteridade é qualidade da-quilo que é do outro, distinto. Significa perceber o outro como ele realmente é, com considera-ção, valorização e identificação.

21 - De acordo com o “Dicionário Larousse Cultural da Língua Portuguesa”, o altruísmo é o amor desinteressado ao próximo, bondade, caridade.

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Grupo Marista 53 52 Caderno de Monitores - Referencial Teórico-Prático para Monitores e Pastoralistas Grupo Marista 53

3. ESPIRITuALIDADE Do MonIToR

Compreendemos que a espiritualidade está relacionada ao ato de mover-se por uma causa além do plano material e do limite cotidia-no. Espiritualidade é característica do gênero humano, notada em diferentes religiões e culturas. Assim, entendemos que ela se reflete em nossas escolhas e atitudes do dia-a-dia.

O teólogo Ronald Rolheiser nos dá nova visão de espiritualidade, quando afirma que ela “tem mais a ver com o fogo que arde dentro

de cada um de nós do que com as práticas de piedade”23. É algo que

perpassa todas as esferas da vida: política, sociocultural, profissio-nal, econômica e relacional; ela não pode resumir-se a momentos de intimidade com Deus e práticas religiosas.

Como cristãos, desenvolvemos uma espiritualidade fundamenta-da e inspirafundamenta-da no Projeto de Jesus, em seus ensinamentos, em sua forma de agir na transformação da realidade do povo, fazendo a vontade do Pai. Assim, somos chamados a inspirar outros jovens a viverem em sua realidade este projeto, desenvolvendo uma espiri-tualidade baseada na prática dos valores.

O monitor, entendendo seu papel no processo de amadurecimen-to humano e da fé de outros adolescentes e jovens, é convidado a dar testemunho de sua espiritualidade e, com o tempo, vai se tornando:

a) Jovem de oração – faz da sua vida uma oração, por meio de sua postura pessoal. Dedica um tempo para reflexão, meditação e oração pessoal. Reza pelo grupo e o ajuda a rezar. Sua oração é expressão daquilo que acredita, pas-sando a ser testemunho para os outros.

23 - Trecho retirado do texto “A vida de castidade, uma questão do coração”, de autoria do Ir. Seán Sammon

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b) Jovem de participação eclesial e social – está em comu-nhão com a Igreja, conhecendo e contribuindo com as pastorais e os movimentos. Mantém diálogo com a co-munidade eclesial (padres, bispos, catequistas, Setor Juventude etc.) e conhece a organização e a vida da pa-róquia em que participa. Envolve-se com as causas so-ciais, reconhecendo-se como agente sociotranformador da própria realidade e da comunidade à sua volta.

c) Jovem de testemunho – faz com que suas ações sejam testemunho de uma espiritualidade prática, sociotrans-formadora e de uma fé verdadeira no Cristo. Desta for-ma, deve assumir uma postura autêntica, fazendo com que os outros jovens percebam a coerência entre o que diz e o que faz.

4. vIvEnDo o MInISTéRIo DE MonIToRES DA PJM

E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a orar e passou a noite em oração a Deus. E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos: Simão, ao qual também chamou Pedro, e André, seu irmão; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelote; E Judas, irmão de Tiago, e Judas Iscariotes, que foi o traidor. E, descendo com eles, parou num lugar plano, e também um grande número de seus discípulos, e grande multidão de povo de toda a Judéia, e de Jerusalém, e da costa marítima de Tiro e de Sidom; os quais tinham vindo para o ouvir, e serem curados das suas enfermidades. (Lc 6,12-16)

Os monitores dos grupos são líderes reconhecidos como aqueles que a Bíblia chama de “escolhidos de Deus”. Ser monitor de grupo é um ministério que Deus confia àqueles que se colocam a serviço de outros jovens, capacitando-os para bem exercê-lo. Para que os mo-nitores desenvolvam o ministério com êxito, é preciso que demons-trem boa vontade e intenção de servir o grupo, buscando formação e aprimoramento, cultivando a sabedoria e fortalecendo-se na fé e na oração.

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Grupo Marista 57 56 Caderno de Monitores - Referencial Teórico-Prático para Monitores e Pastoralistas Grupo Marista 57

Destacamos 10 requisitos essenciais para o exercício do

Minis-tério de Monitoria na PJM:

1. Amar e vivenciar o projeto de Jesus24 - Para amar e viver, é necessá-rio conhecer. No processo de formação de monitores, os jovens têm a possibilidade de conhecer Jesus e seu projeto, aderindo com sinceridade a ele e inspirando outros jovens a segui-lo. Para que os pejoteiros se encantem pelo projeto de Jesus, é importan-te que seja apresentado um Cristo jovem, que sofre com os jo-vens, mas que também celebra, se alegra e caminha a seu lado, em todos os momentos. Um Cristo que acolhe e desafia para o amadurecimento; um Cristo próximo, indignado com o contex-to em que vivia. Assim é fundamental, numa atitude de respeicontex-to e reverência, tornar Deus mais próximo e acessível, presente e desejoso de estar com a juventude.

2. Admirar as virtudes de Champagnat - Ele é o modelo de monitor: constituiu um grupo e dele cuidou com ternura; foi uma pre-sença significativa junto aos Irmãos, despertando a reverência dos demais, atraindo para seu grupo uma multidão de jovens; teve em Maria, a Boa Mãe, o refúgio nos momentos de dificul-dade, pedindo seus conselhos e confiando seus passos e a vida do Instituto a ela.

3. Ter a Bíblia como fonte de sabedoria - A Bíblia é a carta de amor

do “amante” (Deus) à sua “amada” (humanidade). Ela é a bús-sola que direciona a vida e o peregrinar do grupo. É preciso ter respeito pela palavra de Deus, ser criativo na sua utiliza-ção e transposiutiliza-ção para a realidade pessoal e grupal. Há que se cuidar para não fazer da Bíblia um livro de moralismos e culpabilização nem usá-la para impor as próprias verdades.

4. viver o carisma Marista - Trata-se do nosso jeito de viver,

reali-zando o sonho de Champagnat - “Tornar Jesus Cristo Conhe-cido e amado”. É aquilo que nos marca e nos diferencia. Viver o carisma Marista pressupõe que o jovem seja: testemunha e protagonista, com posicionamento de injustiça frente às

rea-lidades; criativo e empreendedor, com capacidade de cativar outros jovens; audacioso para denunciar as injustiças deste mundo e anunciar uma nova realidade para as infâncias, ado-lescências e juventudes.

5. Conhecer e apaixonar-se pela PJM - Amar a PJM, conhecer sua história e compreender sua organização, reconhecendo--a como oportunidade de desenvolvimento pessoal e espaço para contribuir com o processo de formação e amadureci-mento na fé de outros jovens.

6. Conceber a PJM como espaço de diversidade e de conexão juvenil-

Desenvolver o sentimento de pertença à PJM ampliando a rede de pejoteiros espalhados por todo o Brasil. Conectar--se a outros grupos juvenis, favorecendo as trocas de expe-riências, partilhas de vida e ampliação de conhecimentos. Estar aberto às diferenças e manter um diálogo ecumênico – com outras Igrejas Cristãs – e inter-religioso – com outras denominações religiosas. É manter a PJM conectada com as causas, as dores, os sonhos e as esperanças das infâncias, adolescências e juventudes.

7. Ter uma postura que revele força e ternura - O desafio do monitor é fazer nascer o que há de melhor em cada jovem. Para tanto, é importante cobrar quando necessário, desafiar os pejoteiros a darem o melhor de si em tudo que fazem e, se preciso, des-pertar os participantes de sua acomodação e egoísmo. É funda-mental fazer-se próximo de seus monitorados, conhecer e res-peitar as suas realidades pessoais e envolvê-los na preparação das atividades.

8. organizar com zelo as atividades - O planejamento e a

organiza-ção são imprescindíveis para a realizaorganiza-ção de toda e qualquer atividade. Na preparação dos encontros e demais ações da PJM, o monitor deve estar atento desde a ambientação e pla-nejamento até a acolhida dos participantes e desenvolvimento do que foi proposto. Lembre-se: só permanecemos em um lugar se nos sentirmos acolhidos e importantes.

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9. Ser liderança – Liderar é uma arte que exige a capacidade de or-questrar as diferenças e talentos dos sujeitos. Ser líder é adotar uma postura de adesão a uma causa, ter sensibilidade para traçar com outras pessoas o caminho em direção a objetivos comuns, reconhecendo e potencializando as diferenças individuais. É im-portante ajudar o grupo a compreender que o erro é parte inte-grante do processo de aprendizagem e que juntos são capazes de partilhar a vida e transformar a realidade. Para desenvolvê-la, é necessário esforço pessoal, estudo e pesquisa como formação contínua e acompanhamento por parte do Responsável Adulto.

10. Entender o processo de amadurecimento do grupo – Enquanto mo-nitor, é preciso compreender que o grupo se constrói gradativa-mente. No processo de maturação, é de grande valia salientar a importância das relações de amizade, a acolhida mútua, o en-trosamento, o conhecimento interpessoal e as especificidades de cada faixa etária, uma vez que cada etapa da vida guarda ca-racterísticas peculiares.

Para que esses requisitos sejam plenamente desenvolvidos no exercício do Ministério de Monitoria, é necessário que venham acompanhados do testemunho do monitor. Como já foi dito sabia-mente, “as palavras convencem, mas os exemplos arrastam”.

5. CoDIGo DE ConDuTA Do MonIToR

Para melhor atuação dos monitores, elencamos posturas que de-verão ser observadas a fim de que possam vivenciar, de maneira éti-ca, o Ministério de Monitoria:

Desenvolver relação próxima com Deus e com a Igreja,

ali-mentando a espiritualidade e integrando-a na vida do jovem

Ter clareza de que fala em nome de um grande projeto e

que deve se portar de modo a não expor a PJM a situações embaraçosas por meio de ações equivocadas.

Cuidar da apresentação e da higiene pessoal, usando

roupas adequadas aos ambientes que freqüenta. Lembre--se: você é o cartão de visitas da PJM!

Temos muitos instrumentos que nos possibilitam expli-citar as atividades da PJM e conectar-nos com uma infi-nidade de pessoas. Porém, as mensagens podem conter palavras e pensamentos mal formulados que acabam ge-rando constrangimentos e erros de compreensão. Os ví-deos postados na internet podem ser acessados por pesso-as que podem interpretá-los de maneira equivocada. Por

isso, deve-se ter cuidado ao usar o nome da PJM em

e-mail, ao postar vídeos ou ao enviar recados nas redes sociais. O monitor, assim, mantém preservada a própria imagem, dos pejoteiros e da PJM.

Zelar pelas pessoas com as quais convive,

demonstran-do respeito pelos outros monitores e responsáveis adultos – pastoralistas, educadores, equipe diretiva, outros profis-sionais da Unidade etc – fortalecendo o sentido de corres-ponsabilidade no processo de planejamento, organização e participação nas atividades da PJM.

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Grupo Marista 61 60 Caderno de Monitores - Referencial Teórico-Prático para Monitores e Pastoralistas

Garantir a própria formação, buscando estudar, participar

dos cursos oferecidos na Unidade e no Grupo Marista, tro-car experiências com os monitores que estão a mais tempo na PJM e solicitar ajuda dos Reponsáveis Adultos.

Comunicar ao responsável pela PJM na Unidade e às

fa-mílias dos monitorados todas as atividades externas

(saídas, passeios, etc.) que fará com o grupo. Como com-promisso, deve também comunicar com antecedência a sua ausência de algum encontro do grupo.

Zelar por uma comunicação e relação respeitosa para

com as familiares dos monitorados.

61 O diálogo é a ferramenta primordial na consolidação de

relacionamentos saudáveis e duradouros. É por meio dele que somos capazes de resolver situações de conflitos.

Ser monitor não tira a necessidade de também ter

partici-pação no grupo de PJM relacionado ao Momento ao qual

pertence. É pelo testemunho de sua participação e compro-metimento que o monitor vai provocar a adesão dos jovens ao grupo que coordena.

Ter cuidado para não se colocar acima dos demais. O

Mi-nistério da Monitoria não é privilégio ou status, mas

servi-ço e doação.

O monitor exerce seu ministério dentro e fora do grupo. É

importante manter um clima de amizade e zelo para com

os jovens que participam do seu grupo, demonstrando inte-resse, cuidado e atenção. Espera-se que monitores e pejotei-ros estejam juntos em todas as atividades, tais como acam-pamentos/acantonamentos, celebrações, encontros, etc.

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Alice está perdida, andando naquele lugar e, de repente, vê no alto da árvore o gato. Só o rabão do gato e aquele sorriso. Ela olha para ele lá em cima e diz assim: “Você pode me ajudar?” Ele falou: “Sim, pois não.” “Para onde vai essa estrada?”, pergunta ela. Ele respondeu com outra pergunta (que sempre devemos nos fazer): “Para onde você quer ir?”. Ela disse: “Eu não sei, estou perdida.” Ele, então, diz assim: “Para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve.” (o irônico sorriso do gato, Mario Sergio Cortella). Iniciamos esse capítulo com um trecho da história de “Alice no País das Maravilhas”, de Lewis Carroll, nar-rado por Mario Sergio Cortella, em revista online. Ele nos ajuda a pensar que o planejamento contribui de maneira significativa para aqueles que acompanham e lideram as ações de PJM nas Unidades.

O sucesso da PJM depende diretamente da postura e da formação dos monitores, bem como do acompanha-mento dos Responsáveis Adultos. Porém, existe algo que muito influencia a adesão e a permanência dos jo-vens no projeto: o planejamento. É a partir do planeja-mento bem feito e do compromisso assumido pelo mo-nitor que o grupo cresce e se fortalece.

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Grupo Marista 65 64 Caderno de Monitores - Referencial Teórico-Prático para Monitores e Pastoralistas Grupo Marista 65 64 Diretrizes para Comunicação da Província Marista Brasil Centro-Sul – N.1.

1. PLAnEJAMEnTo

o planejamento da PJM se dá em várias instâncias:

Provincial. O Grupo Marista é responsável por elaborar um plano

para a evangelização da juventude expresso nos documentos que publica, na formação que oferece e no calendário de ativi-dades que propõe a cada ano. O Setor de Pastoral organiza as Experiências Formativas, propõe a formação para os Respon-sáveis Adultos, realiza grandes encontros em nível Provincial e acompanha, por meio de seus assessores, as ações que ocor-rem nas Unidades.

unidade. O Núcleo de Pastoral (ou o pastoralista), juntamente com a equipe pedagógica, é responsável por organizar todas as ações de evangelização no âmbito da Unidade. Dentre as ações está a PJM: formação e acompanhamento dos moni-tores e grupos, celebrações, momentos de espiritualidade, ritos de passagem, acampamentos, divulgação, preparação e acompanhamento dos jovens que participam das Experiên-cias Formativas.

Grupos. As ações nos grupos de PJM não podem ser aleatórias ou sem intenção. Os monitores, juntamente com o adulto de referência, são responsáveis por preparar os encontros. É no grupo que o projeto para a juventude se torna realidade.

Referências

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