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Srs. Des. José Eugênio Tedesco e Osvaldo Stefanello. Infringência de normas DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA. Advertência.

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Processo nº 5568-02.00/05-0 Natureza:

Origem: Tribunal de Justiça

Administradores: Srs. Des. José Eugênio Tedesco e Osvaldo Stefanello Exercício/Período: 2004

Data da Sessão: 05.04.2006

Relator: Cons. HELIO SAUL MILESKI

Infringência de normas DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA. Advertência.

Falhas que indicam deficiências no controle interno mantido pela auditada, bem como infringência de normas de administração financeira e orçamentária, ensejando advertência à origem.

O processo acima mencionado versa sobre a Tomada de Contas dos Senhores

Desembargadores José Eugênio Tedesco e Osvaldo Stefanello, Presidentes do Tribunal de Justiça, no exercício de 2004, período de 01.01 a 02.02 e de 03.02 a 31.12, respectivamente.

A Supervisão de Instrução de Contas Estaduais informou que, em análise ao conteúdo da documentação apresentada, foram constatadas falhas que justificaram sua inclusão no relatório.

Aquela Supervisão informou, ainda, que cópias dos relatórios com a matéria constante no procedimento de Auditoria nº 9440-02.00/04-8 e da CAGE foram juntadas ao processo conforme prévia determinação superior.

O relatório da CAGE emitiu o seguinte parecer:

“ressalvados os itens constantes no relatório que acompanha este parecer e que, para todos os efeitos, dele faz parte integrante, a presente Tomada de Contas representa adequadamente

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a execução orçamentária e o resultado das operações referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2004.”

Consta também no presente processo que este Egrégio Tribunal Pleno, em sessão de 07 de abril de 2005, emitiu o Parecer nº 4.030 pelo atendimento da Lei Complementar Federal nº 101/2000, sobre as contas de Gestão Fiscal do exercício em exame de responsabilidade dos Presidentes inicialmente nominados.

Determinei a intimação dos responsáveis, para que, no prazo de trinta dias, prestassem esclarecimentos sobre o destacado na instrução técnica e no relatório da CAGE, bem como juntassem a documentação comprobatória que entendessem pertinente. Sobreveio resposta, dentro do prazo regimental, do Exmo. Sr. Desembargador Osvaldo Stefanello.

Realizada a análise das justificativas e da documentação apresentada pelo administrador, a Supervisão entende como remanescentes as seguintes deficiências:

Da DOCUMENTAÇÃO:

Item 1 (fl. 118) – Ausência de cópia da ata de encerramento do inventário dos bens móveis em uso, o que desatente aoart. 115, inciso II, alínea “c”, do RITCE.

Da CAGE:

Item 1 (fl. 49) –Despesa sem cobertura contratual – Descum primento do parágrafo único do artigo 60 da Lei Federal n.º 8666/93.

Item 3 (fl. 46 a 48 e 51) – Prestações de contas ressalvadas, devido ao atraso na entrega. Infringência ao Ato nº 17/2000-P, do Presidente do Tribunal de Justiça, que regulamenta a disponibilização de numerário ao Foros do Interior do Estado.

Item 4 (fl. 51)–Não realização de inventário dos bens móveis em uso, o que d esatende a IN da CAGE n.º 01/95,

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Da Auditoria do TCE:

Expediente de Auditoria nº 9440-02.00/04-8

Item 1.1 (fls. 83 a 85, 95 a 96, e, 120 a 121) –Pagamento de auxílio crechea cri anças com mais de seis anos de idade. Infringência do artigo 1º da Lei Estadual nº 11.242/98.

Item 1.2 (fls. 86 a 87, 96 e 97) –Descumprimento de cláusula contratual, relativ a ao regime de execução, consubstanciado na falta de registro, no relatório de controle de abastecimento de veículos, dos nomes e matrícula dos servidores e identificação do combustível consumido. Veículos conduzidos por servidores terceirizados.

Item 1.3(fls. 87 a 89, 97 a 98, e, 120 a 121) –Controle deficiente de ligações telefônicas fora do horário do expediente e internacionais.

Item 3.1 (fls. 98 a 116) – Pagamento indevido acumulado de gratificação de permanência e abono de permanência. Infringência aos artigos 86 da Lei Complementar n° 10.098/94 e artigo 37, inciso XIV, da Constituição Federal.

Manifestou-se o douto Ministério Público Especial, através do Parecer MPE/TCE nº 1976/2005, da lavra do Dr. Geraldo Costa da Camino, Adjunto de Procurador, opinando nos seguintes termos:

“1º) Multa aos Administradores, por infringência de normas de administração financeira e orçamentária, com fulcro nos artigos 67 da Lei nº 11.424, de 06 de janeiro de 2000, e 132 do RITCE.

2º)Fixação de débito da despesa impugnada no subitem 3.1 da auditoria (acúmulo de vantagens de mesma natureza, vedado no texto constitucional, em valor a ser quantificado pelo Órgão Técnico) de responsabilidade dos Administradores, segundo seus respectivos períodos de gestão.

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3º) Baixa de responsabilidade, com ressalvas, dos Senhores José Eugênio Tedesco e Osvaldo Stefanello, Administradores do Tribunal de Justiça no exercício de 2004, nos termos do inciso II do artigo 99 do RITCE.

4º) Recomendação ao atual Administrador para que corrija os apontes, bem como verificação, em futura auditoria, das medidas adotadas em tal sentido.

Este é o relatório.

Passo ao voto.

Pelo exame das falhas apontadas, observa-se que o item 1.1 trata do pagamento de auxílio-creche instituído pela Lei Estadual nº 11.242/98, nos seguintes termos:

“Fica instituído o auxílio-creche para os servidores ativos do Poder Judiciário que tenham filhos ou dependentes com idade igual ou inferior a 6 (seis) anos”

Anuo às conclusões do representante do Ministério Público Especial, Dr. Geraldo Costa da Camino, quando entende adequada a interpretação dada pelo Administrador ao referido dispositivo legal, eis que o §1º da Ordem de Serviço n° 06/00-P, ao considerar idade igual a 6 anos o tempo de vida até um dia antes da criança completar sete anos não amplia a norma mas lhe dá interpretação lógica segundo a finalidade que esta pretende atingir, uma vez que mesmo após completar 6 anos muitas crianças continuam freqüentando creches.

Já o item 3.1 trata de acúmulo de vantagens, eis que verificada a percepção de gratificação de permanência instituída pelo artigo 114 da Lei Complementar Estadual nº 10098/94 com a redação da LC Estadual n° 11.942/2003 e o abono de permanência estabelecido pelo artigo 3º, § 1º da Emenda Constitucional n° 41/03.

Em que pese os respeitáveis argumentos de que o abono de permanência, que consiste na isenção da contribuição previdenciária dos servidores que, tendo cumpridos os requisitos para a aposentadoria, continuam no serviço ativo, ser direito subjetivo do servidor, enquanto na gratificação de permanência o valor resguardado é o interesse da Administração na

manutenção do servidor em atividade, o certo é que ambas consistem em vantagens financeiras com idêntico fundamento, a manutenção do servidor na ativa, e sua percepção

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acumulada desatende o estabelecido no artigo 86 da Lei Estatutária e artigo 37, inciso XIV, da Constituição Federal.

Todavia, tão logo o Tribunal de Justiça tomou conhecimento dessa postura do órgão controlador, adotou medidas de sustação dos pagamentos acumulados, pelo que deixo de glosar tais valores por ter sido atendida a orientação desta Corte.

As demais falhas, consubstanciadas no item 1 da documentação, itens 1, 3 e 4 da CAGE e itens 1.2, e 1.3 da Auditoria revelam descumprimento a normas de administração financeira e orçamentária as quais ensejariam aplicação de multa, contudo, por serem de pouca monta, prefiro advertir à Origem para que provid encie o saneamento das falhas passíveis de regularização.

Assim, acolho parcialmente o Parecer MPE/TCE nº 1976/2005, da lavra do Exmo. Sr. Adjunto de Procurador, e voto:

pela baixa de responsabilidade dos Senhores Desembargadores José Eugênio Tedesco e Osvaldo Stefanello, Presidentes do Tribunal de Justiça no exercício de 2004, com fulcro no artigo 99, inciso II, do RITCE;

por advertir o atual administrador, para que providencie a correção e prevenção dos apontes, a ser verificado em futura Auditoria;

após o trânsito em julgado, pelo arquivamento do presente processo.

HELIO SAUL MILESKI,

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Relator: Conselheiro Helio Saul Mileski

Processo nº 005568-02.00/05-0-

Anexo: 009440-02.00/04-8 (II Volumes) -

Decisão nº TP-0342/2006

– Tomada de Contas dos Administradores do Tribunal de Justiça, referente ao exercício de 2004.

A Secretária do Tribunal Pleno, nos termos da Resolução nº 582/2001, com as alterações introduzidas pela Resolução nº 654/2003, certifica que, apresentado o Relatório da matéria, o Senhor Conselheiro-Relator prolatou seu Voto, constante nos autos, o qual foi acolhido pelo Plenário.

Certifica, outrossim, que foi proferida a seguinte decisão:

O Tribunal Pleno, à unanimidade, acolhendo o Voto do Senhor Conselheiro-Relator, por seus jurídicos fundamentos, decide:

a) determinar a baixa da responsabilidade dos Senhores Desembargadores José Eugênio Tedesco (período de 1º-01 a 02-02) e Osvaldo Stefanello (período de 03-02 a 31-12),

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Administradores do Tribunal de Justiça, no exercício de 2004, com fulcro no inciso II do artigo 99 do Regimento Interno deste Tribunal;

b) advertir o atual Administrador, para que providencie a correção e prevenção dos apontes, o que será verificado em futura Auditoria;

c) após o trânsito em julgado, seja arquivado o presente Processo.

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