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TÍTULO: A LIBERAÇÃO DAS TRAVAS BANCÁRIAS NA RECUPERAÇÃO JUDICIAL, CERCEAMENTO DOS DIREITOS DOS CREDORES E O PRINCÍPIO DA SUPERAÇÃO DO DUALISMO PENDULAR

TÍTULO:

CATEGORIA: EM ANDAMENTO

CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

ÁREA:

SUBÁREA: DIREITO

SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL

INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): MATHEUS GALVÃO DE SOUSA

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): IVAN DE OLIVEIRA SILVA

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UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL

PROJETO DE INCIAÇÃO CIENTÍFICA

DIREITO EMPRESARIAL

A liberação das Travas Bancárias na Recuperação Judicial,

cerceamento dos direitos dos credores e o princípio da

superação do dualismo pendular

MATHEUS GALVÃO DE SOUSA

Orientador: Prof. Dr. Ivan de Oliveira Silva

Projeto de pesquisa para iniciação científica, da Universidade Cruzeiro do Sul, como atividade complementar da graduação em direito.

SÃO PAULO 2017

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RESUMO

O presente projeto de iniciação científica, visa desenvolver uma análise crítica sobre o instituto da trava bancária, sua correlação no procedimento da ação recuperacional, com vistas à promover reflexões no que toca à liberação das travas bancárias, sob a ótica do princípio da superação do dualismo pendular, ainda prematuro em aplicação e legislação, estando no campo doutrinário e filosófico, mas que já vem sendo utilizado para consubstanciar a validade da liberação do travamento bancário em favor da Recuperanda. Nesse diapasão, o presente trabalho conta com uma interpretação diversa, demonstrando e, sobretudo, comprovando, que à luz do princípio da superação do dualismo pendular, o travamento bancário deve ser mantido. O estudo acompanha, além de breves aclaramentos sobre o instituto da Recuperação Judicial, deixando evidente as consequências do sucesso ou insucesso do procedimento recuperacional, sobre a própria trava bancária, o princípio da superação do dualismo pendular, uma reflexão profunda sobre sua interpretação e aplicação no âmbito da ação em que se prospecta o soerguimento financeiro (e às vezes, econômico) da empresa, colacionando ainda, recentes julgados nos tribunais superiores e, ainda para melhor compreensão do proposto, com o fito de promover uma ampla interpretação sobre o tema, artigos publicados que se mostram contrários à manutenção do travamento bancário.

Palavras-Chave: Direito Bancário – Direito Empresarial – Recuperação Judicial –

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ABSTRACT

The present project of scientific initiation, aims to develop a critical analysis on the work of bankruptcy, its correlation is not a procedure of the recuperational action, with a view to promote reflections not that it touches on the liberation of the bank locks, Of the pendular dualism, although Has not been used for the recovery of a bank in favor of Recuperanda. In this tuning, the work carried out with a different interpretation, demonstrating, above all, proving, that in the light of the principle of overcoming the pendular dualism, bank locking should be maintained. In addition to brief clarifications on the Judicial Recovery Institute, the study also makes clear the consequences of the success or failure of the recuperative procedure, on a fixed bench, the principle of overcoming the pendular dualism, a deep reflection on its interpretation and application. Of the action in which the company's financial (and sometimes economic) financial prospects are prospected, and also those judged in higher courts, and also for a better understanding of the proposal, in order to promote a broad interpretation on the subject, articles Published that are against the maintenance of the bank locking.

Key-words: Business Law – Corporate Law – Business Recovery –Release of bank

locks – Bankruptcy code - Principle of overcoming the pendular dualism.

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SUMÁRIO

RESUMO... 2

Abstract... 3

INTRODUÇÃO E REVISÃO Da Literatura... 5

OBJETIVOS... 8

CRONOGRAMA... 8

MATERIAL E MÉTODOS... 8

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INTRODUÇÃO E REVISÃO DA LITERATURA

O presente projeto científico, conforme já exposto, visa, em suma, combater a possibilidade da liberação das travas bancárias, no âmbito da Recuperação Judicial, à luz do princípio da superação do dualismo pendular e, não só, busca-se fazer uma completa análise ao sistema econômico e financeiro e, todos os aspectos que se façam pertinentes e necessários.

A Recuperação Judicial, foi criada pela Lei 11.101/05 e visa que a empresa chamada de “empresa Recuperanda”, possa reorganizar o seu passivo (credores), a fim de não ser retirada do mercado, cujo qual, em regra, é feito através da falência.

O objetivo central da Recuperação Judicial é fazer com que a empresa Recuperanda, que gera postos de trabalho, circula produtos e serviços (o que traz impulso na economia nacional), recolhe tributos, etc, ou seja, tem-se que a Recuperação Judicial foi criada com o objetivo de fazer a manutenção do serviço público.

Em termos procedimentais, cumpre salientar que a Recuperação Judicial é norteada por princípios considerados “bases”, que servem para melhor interpretação da letra da lei, à rigor, podemos destacar: princípio da divisão equilibrada de ônus, princípio da função social da empresa, princípio da preservação da empresa e, o qual será objeto da nossa análise crítica, o princípio da superação do dualismo pendular.

O dualismo pendular, significa dizer que a lei ora protege os interesses dos credores e, ora protege os interesses do devedor, simbolizando um “pêndulo”. Tal prática, sobretudo, no âmbito da Recuperação Judicial, deve ser superada, pois, muito mais que a proteção dos interesses individuais e egoísticos de credores e devedores, deve se atentar ao interesse social, ou seja, da sociedade. E é, exatamente, com esse pensamento que a Lei 11.101/05 foi constituída, conforme se nota até mesmo do objetivo social da importância da manutenção da Recuperanda no mercado (geração de empregos, impulso da economia, etc), nos termos que foi citado acima.

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De outro prisma, no que concerne às travas bancárias, podemos conceitua-la como sendo o bloqueio bancário de recebíveis, dados como garantia de concessão de mútuo bancário. E, trocando em miúdos, significa que, se uma

instituição financeira concede empréstimo bancária à determinada empresa e, esta última deixa como garantia recebíveis de cartão de crédito/nota promissória (por

exemplo), possibilidade dada pelo artigo 66-B, § 3º da Lei 4.728/95, ao inadimplir o contrato, a instituição bancária, de plano, travará (congelará) os recebíveis dados como garantia, à essa movimentação, dá-se o nome de “trava bancária”.

Nesse passo, tem-se em que pese, quando se fala em Recuperação Judicial que, em tese, os débitos anteriores à propositura da ação, estarão sujeitos aos efeitos do processo recuperacional, o artigo 49, § 3º da Lei 11.101/05 frisa sobre que, em se tratando de propriedade fiduciária (o que inclui a cessão fiduciária de recebíveis), os débitos de não se sujeitam aos efeitos da Recuperação Judicial e, ainda, o § 5º do mesmo dispositivo preceitua que no caso da “trava bancária” deverá permanecer em “conta vinculada” – à ser criada entre Recuperanda e instituição financeira o qual, a quantia permanecerá até o chamado “stay period”. Ademais, o próprio TJSP, através da Súmula 62 do TJSP já determinou a impossibilidade da liberação das travas bancárias, ou seja, totalmente válida a manutenção dos valores bloqueados.

No entanto, infelizmente, a determinação para liberação das travas bancárias tem sido cada vez mais comum, sob o manto decisório dos Tribunais superiores, fazendo com que o entendimento (até então pacífico), caminhe sobre a liberação dos travamentos, ocasião em que, o STJ mantém o seu entendimento.

Para ilustração do exposto acima, de rigor, citarmos os Agravos de

Instrumento nºs. 2081702-75.2016.8.26.0000 e 2077712-76.2016.8.26.0000

(novembro de 2016), em que, o TJSP manteve a liberação dos travamentos bancários em favor da Recuperanda, contrariando o entendimento da Súmula 62 do Tribunal de Justiça e da própria turma julgadora e do próprio Superior Tribunal de Justiça.

A justificativa para liberação das travas bancárias, mesmo considerando a farta legislação demonstrando a impossibilidade, consiste na falsa percepção que, do contrário, o interesse social estaria prejudicado, já que, a Recuperanda seria

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impossibilitada de resgatar os seus recebíveis (dados como garantia) e, poderia

atrapalhar o resultado útil do processo – o soerguimento financeiro da empresa e,

nesse caso, o interesse social não estaria sendo considerado, ou seja, não estaria se cumprindo o chamado “princípio da superação do dualismo pendular”.

No entanto, esquece-se que, as instituições financeiras (e igualmente, os credores, de modo geral) são muito importantes para o crescimento da economia, do país, da geração de empregos (em casos, até mais que a própria Recuperanda), ou seja, do ponto de vista do interesse social, deve-se proteger as instituições financeira da inadimplência em massa.

A título comparativo, podemos destacar que uma das maiores crises que o mundo enfrentou, foi gerada, dentre outras coisas, pelo inadimplemento em massa dos devedores dos bancos, contudo, ainda que tenha sido ocasionada por questões políticas, é clarividente o temor da sociedade sobre a inadimplência em massa dos

bancos (que desestabiliza todo o sistema econômico e financeiro do país – e às

vezes até do mundo), o que deve ser, na medida da proporcionalidade e do princípio da divisão equilibrada de ônus, evitada pelo Poder Judiciário. Em outras palavras, liberar as travas bancárias em favor da Recuperanda seria cercear os direitos dos credores que já impulsionam a economia, geram empregos, recolhem tributos, circulam serviços, etc, sob o argumento de que se protege uma empresa que visa se soerguer financeiramente, o que não pode ser admitido, já que a trava bancária é uma garantia legal.

Por todo exposto, ressalte-se que o objetivo principal desse trabalho é discorrer sobre a liberação das travas bancárias, bem como, expor os motivos pelo qual, ela não deve ocorrer, à luz do princípio da superação do dualismo pendular e, fazendo análise crítica sobre o sistema de normas sobre as travas bancárias, destacando como e onde ocorre o cerceamento dos direitos dos credores, sob um olhar “focado” apenas na Recuperanda e, por óbvio, não deixando de fazer uma comparação com o sistema econômico do Brasil e do mundo, bem como, com todos os assuntos de direito e economia que sejam pertinentes e que trarão um completo uma visão cristalina sobre o tema.

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OBJETIVOS

Expor os motivos pelo qual não se pode haver a liberação das travas bancárias, sob a ótica do princípio da superação do dualismo pendular, fazer uma análise crítica sobre o conjunto de normas em que a figura das travas bancárias está inserida, destacar como e onde ocorre o cerceamento dos direitos dos credores, sob um olhar “focado” apenas na Recuperanda e em sua possibilidade de contribuir, significativamente, com a economia.

E, acima de tudo, convencer o caro leitor sobre a impossibilidade legal da liberação das travas bancárias, à luz de tudo que será minuciosamente exibido.

CRONOGRAMA

Planeja-se organizar o desenvolvimento do estudo nos seguintes termos:

01/02 até 02/04 – Preparação do projeto de pesquisa (alinhar coordenação,

desenvolver exatamente o que será pesquisado, etc);

02/05 até 09/05 – Aplicação do projeto, início dos estudos e conhecimento teórico do tema do projeto, com a devolução dos projetos de iniciação científica, avaliado pelo Comitê Científico interno e externo.

10/05 até 23/06 – Desenvolvimento do projeto em si e, por ventura, perseguição à novas metodologias (novos doutrinadores, novas bibliografias, etc).

MATERIAL E MÉTODOS

Neste ponto, uma vez que, o projeto é inteiramente teórico, será utilizado farta doutrina, julgados recentes (vide citação dos Agravos de Instrumento acima), princípios de direito, etc, não sendo utilizado materiais físicos/científicos.

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BIBLIOGRAFIA

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Referências

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