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Academic year: 2021

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;01 ago 2011

Processo do Trabalho Professora Priscila. Avaliações:

1. Escrita individual de 25 ptos. 13/09 2. Escrita individual de 25 ptos. 18/10

3. E. Dirigido (dupla). 10 ptos texto disp no SGA. Trazer resenha do texto (5pts) resolução de problemas em sala 5 pts. 03/10.

4. E. D indiv 10 ptos. 31/10. 5. Global 30 ptos. 22/11.

Reavaliação: vale 100 ptos. 28/11. Bibliografia:

Curso de D Processual do Trabalho. Carlos Henrique Bezerra Leite Direito proc do trabalho. Sérgio Pinto Martins. Curso de D Proc do Tr. Amaurí Mascaro Nascimento. Iniciação ao Proc do trabalho Amaurí Mascaro Nascimento. Manual de DPT

Mauro Skiavi.

Ementa: plano de ensino. Pegar no SGA.

Não faremos estudo de caso.

Estudaremos a pricipiologia processual trabalhista. Não há a terminologia "desembargador do trabalho".

Na época de Getúlio Vargas a justiça do trabalho era ligada ao executivo. Era exercida por pessoas que não eram juízes de direito. Eram juntas de conciliação.

A competência da justiça do trabalho, que outrora era só para lidar com relação de emprego, agora é para relação de trabalho, em geral, art.114 e incisos.

Ou seja, cuida de trabalhadores avulso, temporário, os que não tenham os 5 elementos da relação de emprego.

O direito do trabalho é apenas uma faceta do processo do trabalho. Hoje, a JT julga danos morais, direito de greve, reintegração de posse de áreas tomadas durante greve, Ação de responsabilidade civil, critério de fixação de indenização, questões previdenciárias, etc. A EC45 de 2004 ampliou a competência do juiz do trabalho.

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O PT é autônomo diante do Proc Civil?

Era pois tinha institutos particulares. Após EC45 o PT sofre cargas do Proc civil e essa autonomia já não é absoluta.

proc trab I 2 ago AUTONOMIA

A primeira noção é de que o direito é uno.

Autonomia aqui é do ponto de vista didático pedagógica. O PT não é autônomo em relação aos outros ramos processuais.

Falamos de autonomia porque existe uma subdivisão para oportunizar um acompanhamento teórico. O que está por trás dessa autonomia é a separação dos ramos do direito para que possam ser estudados. Há a teoria monista e a dualista.

- Na TEORIA MONISTA, o processo do trabalho não e autônomo em relação ao direito processual como um todo. Porque os princípios e institutos são os mesmos a todo o processo. A coluna vertebral do processo do trabalho é a teoria geral do processo. É um só eixo, é uma coluna vertebral e por isso é que é uma teoria monista.

Portanto, para a teoria monista, o PT não é autônomo em relação ao direito processual porque ele parte de um eixo central que é a teoria geral do processo.

- Na TEORIA DUALISTA, que é a teoria majoritária, diz-se que não é verdade falar que o processo do trabalho não é autônomo. Ele é autônomo porque há peculiaridades que são próprias do PT. Há, portanto, princípios e institutos próprios do PT, como a proteção da parte hipossuficiente. Institutos como o jus postulandi que é a possibilidade da parte litigar sem a presença do advogado. Esse princípio nasceu no PT. O PT é tão autônomo que há regras para usar o cpc subsidiariamente.

Art 769 CLT diz que na omissão da lei pode ser usado o CPC. - Omissão (lacuna na CLT)

- recorre-se ao CPC (mas não pode ser conflitante com a CLT)

Este artigo surgiu numa época em que se procurava conter a influência no PT.

Hoje, a EC45 prega que a jurisdição trabalhista deve ser ampla, com execução fiscal, responsabilidade civil, danos morais. Então, após essa EC45/2004 essa autonomia é relativizada.

Hoje, a 769 não pode mais ser interpretada com cláusula de contenção.

Portanto, a teoria dualista prega que o PT é autônomo porém possui regras para ser integrado pelo CPC em razão da ampliação de competência trazida pela EC45/2004.

PT I 8 ago

Critérios Imprescindíveis para o PT ser autônomo:

- Ter princípios próprios. Ele comporta uma principiologia especializada e isso o faz autônomo diante do PC, PP.

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Essa discussão de se o PT é ou não autônomo não reflete na prática do PT. Essa discussão é acadêmica mas é importante na prática porque podemos pedir para o juiz aplicar o PC no PT.

Veremos a principiologia que lhe dá autonomia mas que lhe aproxima do PC: veremos:

Princípios Constitucionais. princípios comuns ao PT e ao PC Princípios específicos do PT.

1 . PRINCÍPIOS INSTITUTIVOS DO PROCESSO: 1.1 - PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS:

1.1.1 - Devido Processo Legal.

A ausência do DPL faz com que o processo sequer seja constituido.

O DPL compõe-se de Contraditótio, Ampla defesa e Isonomia. E ainda assistência por advogado e assitência judiciária gratuita.

Sem esses elementos constitutivos não há processo. Aqui temos os principais problemas no processo trabalhista.

Contraditório: não é só o dizer e o contradizer no processo. É também o tratamento equânime das partes.

Contraditório é oportunidade. O juiz deve oportunizar para ambas as partes a participação no procedimento. O juiz também se submete ao contraditório não prolatando decisões surpresa.

O juiz tem de submeter sua tese ao contraditório das partes. Soma-se ao contraditório a Motivação das decisões.

No âmbito do PT o contraditório se torna mitigado em razão do jus postulandi. O juiz pode cortar as ações da parte com a intenção de já ter uma decisão na sua cabeça.

Ampla Defesa - está ligada ao contraditório. A ausência de assistência técnica prejudica a ampla defesa.

O jus postulandi foi bom para o Estado Social. E a competência da justiça do trabalho era só de relação de emprego.

Depois que a EC45 ampliou as funções da justiça do trabalho o jus postulandi da parte às vezes precisa ter assistência técnica.

Existe nova tese que não permite que a parte vá sozinha externar seus problemas.

O jus postulandi precisa ser reinterpretado para não continuar ferindo a ampla defesa e o contraditório.

Isonomia ou igualdade: tratar os iguais de forma igual e os desiguais de forma desigual na medida de sua

desigualdade.

Precisa ser lida com sob uma outra ótica.

CLT e o CDC conferem proteção aos hipossuficientes. Isonomia não é sinônimo de igualdade.

Igualdade é um princípio do direito material e a isonomia é do direito processual. Tratamento isonômico é um tratamento equânime, equivalente a ambas as partes.

Os prazos, as oportunidades na distribuição do ônus de prova, devem ser equivalentes para ambas as partes.

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Ver livro "teoria processual da decisão jurídica" do Rosemiro Pereira Leal. Sem esse tratamento equânime não há processo.

1.2 - Princípios Informativos do Processo: informam o processo que já está instituído.

1.2.1 - Princípio da Imparcialidade:

Imparcialidade é um atributo do juiz e não do processo. Essa garantia permite a validação de uma decisão.

Uma decisão judicial não afronta o princípio da imparcialidade porque ele, o juiz, tem de fundamentar a sua decisão e refutar os argumentos contrários. Ele tem de justificar uma tese que não foi seguida. Mas na prática isso não ocorre.

A imparcialidade é verificada na sentença.

O juiz deve ser imparcial, mas não neutro, ele deve ter suas convicções pessoais, sua religião, et.

A imparcialidade convive bem com a neutralidade quando o juiz sabe separar suas convicções pessoais do problema que lhe é posto.

1.2.2 - Princípio da Motivação das Decisões Jurisdicionais. Hoje a motivação é feita de qualquer jeito.

Motivar decisão é analisar teses e antítese e decidir de forma fundamentada. A fórmula de se motivar uma sentença é usar o contraditório.

PT I 9 ago

1.3 - Princípios Comuns (informativos). São previstos na esfera infraconstitucional.

1.3.1 - Princípio da Oralidade:

Quando foi previsto, o processo não era como é hoje, cheio de procedimento. Hoje, no processo cível, tal princípio perdeu força com o julgamento antecipado da lide, que é feito quando não precisa de audiência. No processo trabalhista é muito usado. Na audiência Una a oralidade é muito importante. Nessa, a audiência é realizada em um único ato.

A Petição Inicial para inaugurar o procedimento pode ser feita pela via oral. A defesa do réu, pela CLT deveria ser oral.

Tudo para oportunizar o debate.

A oralidade é empurrada pela Imediação. É o juiz que se imedia com as partes para adquirir uma ciência mais real do conflito. Isso permite um melhor contato do juiz com as partes e deste com as provas, com os peritos, etc.

O princípio que fundamenta a irrecorribilidade das decisões interlocutórias é o da Oralidade. É por isso que não há agravo no PT.

O silêncio no PT pode ser interpretado como presunção de permissividade.

Essa irrecorribilidade não é absoluta. Pode-se ter agravo de instrumento para destrancar a subida de recurso.

1.3.2 - Princípio da Eventualidade.

Preconiza que todas as teses devem ser ventiladas no momento oportuno. Todas as teses de defesa devem ser apresentadas no momento certo.

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Há uma polêmica:

O jus postulandi como é feito por qq pessoa, como vou contestar?

Aplica-se o princípio da eventualidade ou não em razão desse jus postulandi?

Defesa genérica por negativa geral não pode, pois se não for impugnado ponto por ponto da Inicial, todos os fatos não impugnados serão tidos como incontroversos. Ou seja, este princípio é usado sim no PT.

1.3.3 - Princípio da Estabilização da Lide.

Estabilizar é não poder mais alterar o pedido e a causa de pedir. No PC é no saneamento do processo na audiência.

No PT não há fase de saneamento. Então se pode mudar o pedido?

A informalidade do PT diz q mesmo sem a fase de saneamento o autor pode mudar o pedido até a audiência, desde que assinale um prazo pr o réu apresentar nova defesa senão prejudica o contraditório.

1.3.4 - Princípio do Ônus da Prova.

- O art 333 do CPC. Autor prova fato Constitutivo de seu direito. O réu prova fato Impeditivo, Modificativo, Extintivo.

- O art 818 CLT - A prova dos fatos incumbe à parte que as fizer.

Mas, aplica-se o artigo 333 do CPC? Alguns autores dizem que não se aplica o artigo 333 CPC porque a CLT não é omissa nesse assunto.

Mas, quem tem que provar o que no Processo do Trabalho?

O artigo 333 do CPC não é tão simplista como o 818 da CLT, pois tem distribuição de ônus da prova. Ou seja, o autor deve provar fato constituivo de direito e o réu prova fatos modificativos, extintivos e impeditivos de direito. E, também, que a inversão desse ônus pode ser aplicada diante da hipossuficiência do reclamante. Essa inversão é faculdade do julgador. Ele não é obrigado a promover tal inversão.

- Portanto, conclui-se que:

1. Admite-se, sim, a distribuição do ônus de prova no processo trabalhista por interpretação extensiva das normas do CPC (art. 333).

2. Diante dessa afirmativa de que se admite a distribuição do ônus da prova no processo trabalhista, quando, no caso concreto, e em razão dessa interpretação extensiva do artigo 333 do CPC, se verificar que a hipossuficiência da parte vai acarretar a impossibilidade de provar as suas alegações, o julgador tem a faculdade (e não é obrigação) de inverter o ônus da prova. Então, fica a reclamada obrigada de provar o que o autor está alegando e não o autor.

- o juiz, para realizar a inversão do ônus da prova verificará: a) a hipossuficiência da parte.

b) a valoração das provas.

Essa inversão do ônus da prova, como a CLT é omissa, é tirada do CDC, artigo 6, VIII, em razão do CDC ter o mesmo espírito da CLT que é proteger a parte hipossuficiente.

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A dificuldade é que existem juízes que invertem o ônus da prova por ocasião da sentença porque eles entendem que essa questão de inversão do ônus da prova é um critério de valoração de provas (sentença). Agora, imagine o empregado que ajuizou uma ação, participou da audiência, arrolou testemunha, tudo certinho. E fica achando que o juiz vai inverter o ônus da prova. Chega na sentença o juiz não inverte e julga improcedente porque o autor não se desincumbiu do ônus da prova, ou seja, não agiu pr provar o que alegou. Isso não pode acontecer.

Inversão de ônus de prova não pode ser técnica de valoração de prova a ser externada na sentença. O juiz deve dizer se vai inverter ou não o ônus da prova na audiência porque é lá que se produzem as provas. No processo civil essa inversão ocorre após a audiência de conciliação.

A Inversão do ônus da prova deve ocorrer após o saneamento do feito e antes de inaugurar a fase de instrução do processo.

Proc Trab I 16 ago

Vimos, na aula passada, o problema da inversão do ônus da prova e podemos afirmar que o maior problema desse princípio, hoje, no âmbito da jurisdição trabalhista é saber se o juiz vai ou não inverter o ônus da prova. Ônus de provar é uma obrigação, é uma incumbência, é um encargo de provar, ou seja, o autor tem o encargo de provar o que alega e o réu tem o encargo de provar o que alega.

A CLT enfatiza que a parte que alega o fato tem o ônus de provar.

Vimos que o CPC traz uma regra diferenciada, na qual há uma distribuição do ônus da prova. O autor tem a incumbência de provar os fatos constitutivos do seu direito e o réu a incumbência de provar os fatos extintivos, modificativos e impeditivos do direito do autor.

Porém, o argumento utilizado pelos juízes do trabalho para justificar a não aplicação da distribuição do ônus da prova do CPC no processo do trabalho, é o fato de a CLT não ser omissa, dizendo que a parte que alega o fato tem o ônus de provar.

Porém, esse argumento é extremamente frágil, pois já vimos que hoje, a melhor interpretação que se consegue no caso de contenção, ou seja, de aplicar o CPC subsidiariamente, é histórica. Então, quando nos deparamos com essa distribuição de ônus que foi feita pelo legislador em 1976, com o Código Buzaidi, podemos categoricamente afirmar que esse dispositivo (artigo 333 CPC) se aplica ao processo do trabalho. Diante dessa realidade, o próximo passo que temos que dominar é que há um instituto chamado de Inversão

do ônus da Prova no Código de Defesa do Consumidor que originariamente preconiza a defesa do

hiposuficiente. Então, por analogia, eu trago essa idéia da inversão do ônus da prova da legislação consumerista para o processo do trabalho, em razão da confluência de interesses do legislador quando codifica no artigo 6º, VIII do CDC que diz é facultado ao juiz inverter o ônus da prova . O porquê da vontade da lei em conceder essa faculdade ao juiz é em razão da hipossuficiência da parte.

Então, diante da hipossuficiência da parte podemos aplicar essa norma no processo do trabalho, pois, o empregado é hipossuficiente não apenas economicamente, mas também nos mecanismos de defesa, principalmente na questão do jus postulandi.

Então, não podemos fechar os olhos para a possibilidade do juiz inverter o ônus da prova, no processo do trabalho.

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- Na audiência. Antes de começar a ouvir as testemunhas, ele poderia inverter o ônus da prova. Isso seria bom, pois, antes de instruir o feito, tanto o empregado com o empregador saberiam que provas teriam que produzir.

- Na sentença. É muito comum os juízes entenderem que a inversão do ônus da prova é uma técnica de decisão. Porém essa postura entra no campo da valoração da prova e não é como uma decisão interlocutória proferida antes da instrução do feito.

Essa circunstância é extremamente problemática porque pode levar a uma decisão surpresa na qual o juiz, sozinho, chegou a uma decisão sem oportunizar o contraditório e a ampla defesa.

Se a decisão, de inverter ou não o ônus da prova, acorre na audiência, dá tempo das partes protestarem na hora.

A gestão das provas no processo do trabalho é do empregador. Então, para que o juiz decida se deve ou não inverter o ônus da prova, ele deve verificar quem está na gestão das provas. Como, geralmente, é o empregador, o juiz deve inverter o ônus, caso contrário ele inviabiliza a produção da prova por parte do empregado, ou seja, a defesa da parte hiposuficente.

1.4 PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DO PROCESSO DO TRABALHO.

Estes princípios são vistos a partir da premissa de que há autonomia do processo do trabalho. 1.4.1 - Princípio da proteção:

Parte-se de uma presunção relativa de que o empregado é a parte hipossuficiente. - Quem confere proteção ao empregado não é juiz e sim a lei.

Como equilibrar a equidistância do julgador com o princípio da proteção?

Existem mecanismos dentro do procedimento que é bom pr o empregado e ruim pr o empregador.

- art 844 CLT: audiência é una, mas se o empregado não comparecer ele pode ir depois. O empregador corre a revelia.

- depósitos recursais exorbitante só o empregador paga. - gratuidade só é concedida ao empregado.

Então o equilíbrio da equidistância é dado pela lei. O limite do princípio da proteção é a lei. O juiz não pode fazer o que quiser, mesmo se for pr advogar pr o reclamante.

1.4.2 - Princípio da Finalidade Social:

Fins sociais da lei. Essa corrente é perigosa, pois confere poderes exacerbados ao juiz na interpretação da norma.

Essa finalidade social da lei está na exposição de motivos da lei.

A lei de tráfico de drogas, o legislador diz q quer coibir o tráfico, pois é uma questão de saúde pública.

Esse princípio quando confrontado com a Constituição ele não passa porque traz uma carga grande de subjetivismo.

Princípio da Verdade Real. (supremacia da realidade sobre a forma do direito material). Mesmo em decisões sobre procedimento utiliza-se o princípio material daí a prevalência dele.

É no sistema probatório que ele está em evidência: mecanismos que falseiam as provas documentais. Ainda existe resquício da tarifação de provas. E o documento tem menos importância no PT. A prova testemunhal é mais valiosa no PT, pois ele tem de priorizar a realidade sobre a forma.

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O problema desse princípio é q muitos o interpretam pensando q o juiz vai julgar com base na realidade. Mas essa realidade deve ser formalizada nos autos devendo ser provada e submetida ao contraditório.

1.4.3 - Princípio da Indisponibilidade:

Tem a ver com poder ou não dispor do direito material. Há um hibridismo da indisponibilidade.

Os direitos trabalhistas são indisponíveis, pois tem caráter alimentar. Mas como negociar valores numa audiência?

Essa indisponibilidade seria:

- Absoluta: não se pode abrir mão de férias, 13ro sal, das horas extras. Mas no âmbito da discussão do contrato de trabalho.

- Relativa: é no momento da percepção efetiva desses direitos.

Quem limita essa disponibilidade é o julgador. É ele quem verifica o limite do razoável. 1.4.4 - Princípio da Conciliação:

Preconiza que o juiz tem que necessariamente oportunizar duas ocasiões pr um acordo. Historicamente, a justiça do trabalho é vista como a justiça do acordo, da conciliação. Esses dois momentos são obrigatórios, sob pena de nulidade da sentença.

- após a abertura da audiência. Art 846 CLT. - antes de instruir o feito. Art 850 CLT.

Agora, esse é um acordo em que a parte pode dispor do bem jurídico? O juiz tem de verificar se o acordo é bom pr o empregado.

Então, a própria lei concede momentos pr a conciliação.

O juízo conciliatório pode ocorrer até no cumprimento de sentença. PT I 22 ago

2 Formas Alternativas de Solucionar Conflitos.( FASC )

2.1 - Autotutela - não existe no nosso OJ. Hoje, é crime.

Quando o particular tenta solucionar o conflito sozinho ele pratica o crime de exercício arbitrário das próprias razões.

No âmbito público: quando o Estado age sem estar amparado na norma, também ocorre autotutela. É o abuso de poder.

Há circunstâncias em que o particular pode agir sem acionar o Estado, como desforço imediato, a legítima defesa, etc. Tanto no penal qto no cível. Isso não é autotutela e sim auto defesa.

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O exercício do direito de greve é uma espécie de autodefesa. A greve só exerce uma pressão para que o conflito se resolva.

Locaute - é o antagonismo da greve onde o empregador fecha as portas. É vedado pelo nosso OJ. Só é

utilizado no direito comparado. 2.2 - Auto Composição.

Parte do pressuposto de que as partes solucionarão o conflito, sem a interveniência de um terceiro.

2.2.1 - Renúncia - é deixar de praticar o ato no exercício do seu direito. A pessoa se abstém do exercício do direito

Pode-se nunca cobrar o direito, mas nunca renunciar. 2.2.2 - Desistência - desiste-se de algo já iniciado.

Pressupõe que o exercício do direito já foi iniciado e é interrompido.

2.2.3 - Transação - para que haja o exrcício de uma transação válida tenho que ter igualdade de concessões. Isonomia.

São concessões recíprocas para efetivar a solução do conflito. É o acordo.

2.2.4 - Submissão - muitas vezes alguns acordos são meramente formais, pois qdo a pessoa se submete às condições do empregador, não há um transação, mas sim uma submissão à essas condições.

Na prática, está havendo muito mais submissões do que transações.

2.3 - Hetero composição. Há um terceiro que auxilia as partes a solucionar o conflito.

2.3.1 - Mediação - soluciona-se o conflito com a interveniência de terceiro. Ele não interfere no objeto da lide. Esse terceiro só facilita o diálogo entre as partes. É uma forma primitiva de solucionar o conflito.

A presença do mediador é crucial pq as partes estão desgastadas. O mediador não pode indicar o direito, dizer que a parte não está pedindo alguns direitos se não ele vira conciliador.

2.3.2 - Conciliação - intervém no objeto da demanda de forma mais ativa.

São oportunizados 2 momentos: quando o juiz abre a audiência e após as razões orais finais.

Até 2004 a JT era vista como conciliadora e julgadora e não processar e julgar q veio após a Emenda 45. A conciliação é mais usada no processo do trabalho. O papael do juiz é de ponderador.

2.3.3 – Arbitragem.

Lei 9307/1196 (lei da arbitragem). Essa lei tem contexto político. Na época das privatizações os processo eram muito lentos. A lei foi uma tentativa de não perder os investimentos que estavam sendo feitos no país em detrimento da flexibilização das normas do trabalho. Foi a época do Fernando Henrique Cardoso, época do Neo Liberalismo Econômico. Vários institutos foram criados pr benfiicar quem tem dinheiro.

- Só serve para ações de grande vulto. - Somente direitos patrimoniais disponíveis.

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- A sentençã é irrecorrível.

- Prazo máximo de resolução do conflito é de 6 meses. - O direito pode ser do Brasil ou de fora dele.

- Pode ser considerada de direito (normas) ou de equidade (bom senso).

- O juiz de direito não tem como rever a decisão do árbitro. Só quando for sucitado vício de vontade ele tem como rever a decisão.

- Ausência de poderes executórios do árbitro. O juiz pode analisar os vícios de consentimento e reconhecidos os vícios de consentimento, o juiz pode anular a arbitragem porém, não definirá o mérito da questão, a não ser se o vício disser respeito ao cerne do contrato, aí ele pode julgar o mérito. A sentença arbitral tem força de título executivo judicial, mas quem executa é o juiz e não o árbitro.

Aplica-se a arbitragem no processo do trabalho?

A priori Não pois os direitos aqui vistos não são patrimoniais disponíveis. Mas, como não são disponíveis se numa demanda de 20 mil a parte faz acordo de 1 mil?

Como a doutrina e a jurisprudência têm resolvido a questão de se pode ou não aplicar a arbitragem no processo trabalhista?

A Doutrina tem entendido que: 1. Conflito Individual:

No conflito individual, ou seja, entre o empregado e o empregador, e nas ações plúrimas, onde tem-se alguns empregados e a empresa, não seria possível usar-se a arbitragem, sendo ela afastada, portanto do conflito individual por uma série de circunstâncias:

a) os altos custos da arbitragem

b) falta de conhecimento do empregado de quem pode ser o árbitro.

c) adotando a arbitragem, pela cláusula arbitral, as partes estão afastando a questão da jurisdição. E o juiz não poderá julgar.

Na arbitragem ocorre o afastamento do juiz de direito. Isso é inconstitucional pois fere o princípio da inafastabilidade da jurisdição.

Então, no conflito individual a arbitragem está afastada. 2. Conflito Coletivo:

No âmbito coletivo é onde reside a polêmica. A Constituição autoriza a arbitragem no âmbito coletivo.

A arbitragem só é permitida no âmbito coletivo se a negociação coletiva não resolveu o conflito. Se a negociação coletiva não deu certo, escolhe-se a arbitragem.

A Negociação Coletiva de trabalho é a primeira instância de negociação no âmbito coletivo. Se ela é frustrada, parte-se para a arbitragem.

Se a arbitragem, também, é frustrada, pode-se ir ao Poder Judiciário e ajuizar um Dissídio Coletivo, que hoje, após a reforma do judiciário tem sido chamado de Arbitragem Judicial Facultativa. É a sentença arbitral porém expedida pelo juiz de direito. É o juiz funcionando como árbitro e a sua sentença não é passível de recursos.

A polêmica está no fato de que a solução do conflito no dissídio coletivo, ou seja, no âmbito do judiciário, está eivada de algo que se chama Poder Normativo da jurisdição trabalhista.

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Poder normativo da jurisdição trabalhista significa que o juiz do trabalho está legislando, criando normas. A sentença de um dissídio coletivo é chamada de Sentença Normativa e é assim chamada pois representa a edição de uma norma nova.

O juiz cria norma ao invés de aplicar o direito.

Antes da EC45 existia no artigo 114 da Constituição, determinação expressa de que o juiz poderia criar normas. Essa criatividade é que se traduz no poder normativo.

Isso foi muito criticado porque o juiz não cria norma, ele aplica normas e quem as cria é o legislador.

A partir do momento que a Constituição Federal diz que o juiz pode criar normas, ela está dando poderes ilimitados ao juiz, podendo ele criar um novo teto salarial, por exemplo e isso criou muitos problemas econômicos para o empregador.

A doutrina pedia um limite a esse poder normativo do juiz.

Hoje, acabou essa amplidão do poder normativo no PT. A constituição limitou a atuação do juiz diante do poder normativo.

2.3.4 - Jurisdição – PT I 23 ago

ver o artigo no SGA.

PODER NORMATIVO DENTRO DE ARBITRAGEM. Lei 9307.

Arbitragem privada. Os procedimento arbitrais são escassos considerando os altos custos. Só se pode adotar a arbitragem se houver um acordo prévio.

Abriremos um parênteses no poder normativo que é o poder do juiz de criar norma na sentença

Sentença normativa é o ato do julgador em proferir uma decisão, em dissídio coletivo, em que ele poderia

extrapolar a sua função típica que é de julgar. Poderia, porque essa era a redação antiga do Art 114, 2do da CR88.

Ver redação antes da emenda 45 e agora.

A dicção era similar à atual, mas existia uma determinação chave, dizendo que ele podia criar novas normas, tinha o poder criativo do juiz. Ou seja, antes da EC45 havia uma disposição expressa do legislador no sentido de autorizar o juiz a legislar.

Existiram e ainda existem sérias críticas a esse poder normativo do juiz para, no caso concreto, extrapolar a sua função típica que é a de interpretar e aplicar a norma, e criar norma nova. Essa abertura dada a um julgador não é típicade sistemas civilistas como o nosso e sim de sistemas consuetudinários como os EUA, Inglaterra.

Hoje esse poder infringe a CR88.

Temos que entender o porquê das críticas, primeiramente, para depois entender porque houve a reforma e porque a reforma trouxe outro sentido ao artigo 114 da CR88.

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Poder Normativo, características: - Sentença sem fundamentação.

A sentença normativa não carece de fundamentação jurídica porque não é um ato típico do juiz.

Mas, isso é uma incongruência porque o fato de o juiz estar extrapolando sua função típica retira a principal garantia do jurisdicionado que é o fundamento jurídico da decisão jurisdicional e portanto ele transgredia a própria CR88. Alegava-se que legislar não é ato decisório e pr isso não precisa fundamentar

- Não abria o contraditório (portanto não é processo).

- Não há o duplo grau de jurisdição, e portanto a decisão era irrecorrível.

É por isso que esse sistema se aproximava mais da arbitragem do que da jurisdição. Era o que se chamava de Arbitragem judicial. Porque o juiz age mais como um árbitro do que como um juiz.

Art 114, 2do CR88 após a EC45

O mesmo artigo, agora passa a valer com outro texto e isso mudou substancialmente o poder normativo, porque o legislador suprimiu a expressão "criar normas".

Então, de 2004 para 2005 houve uma reviravolta no chamado poder normativo no processo trabalhista. Se entendermos que o poder normativo ainda vigora temos que admitir que a reforma trazida pela EC não foi eficaz.

- art 114, 2º, “havendo recusa da Negociação coletiva e recusa de arbitragem privada vai-se pr o dissídio judicial "em comum acordo". Com isso torna-se uma Arbitragem Judicial Facultativa.

O dissídio coletivo é a eterna briga do capital contra o trabalho. O comum acordo é difícil de conseguir. O texto constitucional não traz mais o termo “poder normativo”.

Estamos focando no termo “poder normativo” porque, hoje, existe um conflito entre doutrina e jurisprudência, existem duas correntes opostas, sendo que a doutrina fala que acabou o poder normativo, ou seja, o juiz do trabalho não pode mais criar norma no âmbito do dissídio coletivo e a jurisprudência diz que a supressão do termo “poder normativo” do texto constitucional não retira do judiciário o poder de normatizar o caso concreto. O doutrinador mais acadêmico interpreta o aspecto teleológico dizendo que se o legislador quisesse manter o poder normativo na prática, no teria excluido o termo do texto constitucional. O legislador não fala em de mais e nem de menos e não se pode fazer uma interpretação extensiva na Constituição.

A premissa para que haja um dissídio coletivo é a: - recusa da negociação coletiva no âmbito dos sindicatos. - recusa de uma arbitragem privada.

Ou seja, não se chegou a um senso comum.

De ‘comum acordo”, as partes devem decidir pelo dissídio coletivo. Então, é facultativa porque é uma faculdade das partes.

- aqui a função do juiz ainda é de árbitro e por isso é uma arbitragem judicial facultativa. Mas, esse “comum acordo” gera um problema jurídico:

- os balancetes das empresas publicados sempre mostram valores positivos e records de faturamento e sempre existe a alegação de que não se consegue pagar o que está sendo solicitado pelos empregados.

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- por outro lado o trabalhador analisa o que a empresa oferecia antes e o que oferece hoje e vê uma grande discrepância de direitos.

Vista por essa perspectiva, é criticável essa expressão constitucional “comum acordo”, porque, com se pode exigir um comum acordo diante desse cenário?

Dessa leitura, surgiram dois entendimentos.

1- quando o constituinte coloca a expressão “comum acordo”, ele está dando uma condição de procedimentalidade, ou seja, se não houver o comum acordo, o juiz não poderá apreciar o dissídio coletivo. Sendo assim, há a geração de antinomia, porque a Constituição fala que o poder jurisdicional é inafastável e ao mesmo tempo condiciona a busca da jurisdição a um “comum acordo”. É uma briga constitucional.

2- o próprio TST entende que não é preciso o “comum acordo” pois isso criaria uma nova condição da ação e o legislador não poderia fazer isso no âmbito constitucional, tendo que, por ser assunto processual, ser criado no âmbito processual

Na prática é bom que tenha o comum acordo, e caso não tenha, temos que contar com o entendimento do juiz.

Na doutrina, tem sido majoritário o entendimento de que a Constituição traz sim uma condição de procedimentalidade e esse comum acordo tem de ser ultrapassado pelas partes, senão seria como seu eu tivesse transformando a jurisdição arbitral facultativa em obrigatória. Mas por que obrigatória? Porque dependeria da vontade de uma só das partes.

A razão de ser da norma é:

Quando o juiz atua no dissídio coletivo ele não atua como juiz de direito e sim como árbitro e essa arbitragem do juiz é a última possibilidade, e o que não queremos é que o judiciário intervenha no conflito. Diante disso, sabemos que a arbitragem é uma faculdade das partes. A partir do momento em que o termo “comum acordo”, é suprimido, é como se, em outras palavras, a Constituição nos dissesse que a arbitragem se tornou obrigatória. Uma coisa é as partes quererem o dissídio e outra coisa é as partes acatarem a decisão daquele juiz mesmo não tendo concordado com a submissão do conflito perante aquele órgão.

Em outras palavras, o que a Constituição quis quando tirou a expressão “comum acordo de seu texto” foi filtrar ao máximo as demandas para o judiciário e tentar esgotar a questão nas duas alternativas prévias ao dissídio coletivo (Negociação coletiva e arbitragem privada).

Na prática, é muito difícil para um juiz ter que arbitrar uma decisão sem ao certo saber qual será a repercussão dela na empresa. Porque, como não é um processo, o juiz não pode mandar fazer uma perícia na contabilidade da empresa. Ele só pode decidir.

A Constituição quando retirou o “comum acordo”, ela não estava pensando em condicionar a ação, está querendo dizer que é muito grave condicionar a resolução de um dissídio coletivo, justamente pela distância do juiz da realidade do conflito.

O juiz, antes da reforma, tinha amplos poderes para criar norma. após a EC45, o legislador impôs dois limites à sua criação, um mínimo e um máximo.

- limite mínimo: hoje é expresso no texto constitucional. E o juiz tem de: a) respeitar os limites mínimos da lei.

b) respeitar o que foi convencionado nas Acordo Coletivo de Trabalho e Convenções Coletivas de Trabalho. c) o conflito deve ser de natureza econômica.

- limite máximo: é ainda muito questionado pq vai depender da corrente que nos posicionarmos. Se acreditarmos que o juiz pode criar normas, esse limite é infinito.

(14)

Mesmo pra aqueles que entendem que o juiz ainda pode legislar, ele está adstrito ao que a lei minimamente garante. Para os que acreditam que ele não pode criar norma, após a EC45 ele, no máximo pode fazer é interpretar um norma pré existente.

- há o mandado de injunção pr fazer o legislador legislar e não deixar pr o juiz legislar. ou seja, para que o juiz aprecie o conflito em dissídio coletivo, o juiz deve:

- tem de ter natureza pecuniária (diferença de valores). - garantia em lei.

- garantido na CCT e ACT, se não não é dissídio coletivo.

- o que tem de estar em jogo é o valor e não se o valor é devido. Ou seja o valor conferido ao direito e não a existência do direito.

- inafastabilidade da jurisdição. Art 5to XXXV. 2.4 Comissões de Conciliação Prévia.

- tem sido encaradas como forma alternativa de solução de conflito extrajudicialmente. O legislador quis desafogar o judiciário.

Art 625-A CLT e seguintes.

- Gozam da representação paritária. Possuem representantes do empregador e do empregado. - 2 a 10 membros.

art 625-D traz caráter de Obrigatoriedade. Ou seja. Se a empresa tem essa comissão, se se quer pleitear verbas, não pode ir direto no judiciário. Tem que passar na comissão e se for frustrada a negociação é que se busca o judiciário.

Essa obrigatoriedade é inconstitucional pois o trabalhador pode entender que aquele não é o melhor âmbito. Viola a inafastabilidade da jurisdição, art 5to, XXXV. O judiciário não pode repelir a demanda.

- tem uma Adin no stf sobre esse assunto.

PT I 29 ago

3 ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO. É uma organização piramidal.

TST TRTs

Varas do Trabalho.

Originalmente a justiça do trabalho não se fez pelo viez jurisdicional. Era ligada ao Ministério do trabalho. CF de 1934 era ligada ao Poder Executivo - Ministério do Trabalho e Emprego. Era só conciliação. Existiam as Jutas de Conciliação.

Os acordos não cumpridos eram executados na justiça comum estadual. Essa sim, tem o poder de mandar cumprir.

(15)

Em 1939 houve uma decisão de criar o Conselho Nacional do Trabalho conferindo poder jurisdicional. Em 1946 a Constituição colocou a justiça do trabalho como Órgão do Poder Judiciário e assim o é até hoje. Depois q a justiça do trab veio pr o poder judiciário, foi feita a organização interna dela.

EC 24/99 - Extingue-se a representação paritária que nada mais é do que os juízes classistas. De 27 juizes ficaram apenas 17 que não eram classistas.

Esses estavam ligados ao antigo conceito das juntas de conciliação.

As decisões, desde a primeira instância eram colegiadas. Havia o juiz togado e dois classistas, um representando o empregador e outro o empregado.

Hoje, as comissões de conciliação prévia fazem a conciliação antes de o juiz decidir. Ainda é um vínculo ao modelo antigo. É facultativa às partes.

EC 45/2004- reforma do judiciário, restabeleceu o número de juizes do TST, para 27, sem a representação classista.

TST tem a função de processar e julgar, também os Recursos de Revista, vindos dos TRTs em única ou última instância.

São nomeados pelo Presidente da República. Há o 5to constitucional (OAB e MMT).

São 24 regiões que possuem TRTs. Essas regiões não correspondem aos limites territoriais. Hoje, a CR88 estabelece

TRTs processam e julgam recursos ordinários originários das Varas do Trabalho. Gozam de competências originárias pr dirimir conflitos acerca de:

- competência entre as varas. - dissídios coletivos.

As Varas do Trabalho tem os juizes do trabalho em caráter monocrático. Ele possui a jurisdição para dirimir conflitos nessa primeira instância trabalhista.

O art 112 da CF e 668 da CLT - nas localidades sem abrangência das Varas do trabalho, o juiz de direito comum tem competência pr dirimir as demandas trabalhistas. O recurso dela vai pr o TRT.

Se houver uma comarca sem vara do trabalho, aí sim, vai pr a justiça comum.

Há o juiz do trabalho itinerante que vai pela comarca fazendo homologando acordos. Essa é a justificativa para que seja o juiz do trabalho q julgue uma causa trabalhista então um juiz de direito da justiça comum. Pois a decisão é mais técnica.

É o mesmo q acontece com a justiça Federal. Estamos tendo uma interiorização da justiça federal. Há a figura do MP do Trabalho.

o MPT -- MPUnião x MPEstadual.

o MP Estadual está mais ligado à jurisdição penal.

O MPT está vinculado ao MP União pq a lei orgânica LOMPU/LC75/93 revogou dois dispositivos da CLT que falam sobre o MPT.

Antes de 88, o MP estava ligado ao Executivo. Antes o MPT atuava nos TRTs e TST.

Hoje, ele pode funcionar:

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- sempre oficia nas ações em que haja interesse de menor e incapaz. - interesse público relevante.

1ra instância = procurador do trabalho 2da e 3ra = subprocuradorias do trabalho.

Na cúpula do MPT é o Procurador Geral do Trabalho. PT I 30 ago

Ministério Público do Trabalho atua: - nos dissídios coletivos.

- na Ação Civil Pública, principalmente quando há interesse da coletividade de trabalhadores. - Litispendência (individual).= identidade de partes, causa de pedir e pedido.

- coisa julgada (individual).

Quando falamos em tutela coletiva, devemos discutir mais os assuntos pois tem muitas ainda que não foram esclarecidos.

O processo no Brasil foi pensado para o conflito individual e existe dificuldade em adaptar os institutos típicos à tutela individual à questão coletiva. Inclusive a CLT que foi feita para o conflito individual.

O que ocorre quando há uma ação individual tramitando com mesmo objeto, mesma causa de pedir e mesmo pedido, ou seja ações idênticas, concomitantemente à uma coletiva? O juiz suspende a ação individual ou não?

Na prática ele suspende para que não haja conflito de decisões.

Mas isso é contraditório porque como se submeter à uma decisão coletiva se vc não foi parte atuante? Existe um anteprojeto de um código de processo de trabalho coletivo.

Existe a tese de que dependendo da causa de pedir e do pedido, deve haver uma desvinculação da demanda coletiva.

art 104 CPC - decisões coletivas afetam terceiros.

O DT deve criar um Código de processo e institutos de processo coletivo separados do processo individual.

4 COMPETÊNCIA.

Para Liebman, competência é a medida da jurisdição de um juiz. É o quanto de jurisdição o juiz possui. Para entender competência tenho que verificar a quantidade de jurisdição que aquele julgador possui. Para isso precisamos de princípios.

Há o princípio da Investidura que é quando o juiz passa no concurso de provas e títulos ele é investido na função.

Há também, o princípio da Aderência ao Território, no qual um juiz é investido na função jurisdicional para atuar em um território específico e não em todo o território nacional. Isso justifica as cartas precatórias entre um juiz e outro dentro do país e as rogatórias utilizada em outros países.

O Art 114, CF. É um problema.

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Antes da EC45/2004, a dicção do art 114 era de que a JT conciliava e julgava, apenas. E pouco havia de conflito de competências. A CF restringia a competência da jurisdição trabalhistas, basicamente às ações, ou conflitos provenientes da relação de emprego (5 elementos que o caracterizam). As relações de trabalho ficavam fora da competência da jurisdição trabalhista.

Dessa forma, a jurisdição trabalhista, nessa época, afastava da relação de emprego relações de trabalho avulso e eventual.

Relação de emprego é competência material originária. É material porque tem de haver a relação de emprego.

É uma competência absoluta porque é material. Mas tem doutrinador que entende que é absoluta também por ser em razão da pessoa (empregador e empregado) e pode ser arguida de ofício pelo juiz e não cabe prorrogação.

Após a EC45/2004, ampliou-se o rol de funções da justiça trabalhista.

A JT passou a julgar, além das relações de emprego, as relações de Trabalho e essa competência passou a ser entendida como competência material derivada, é derivada porque não parte do contrato típico de emprego e abarca o trabalhador avulso e o eventual.

Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho

Demandas de trabalhadores avulsos e eventuais trouxe uma perspectiva nova para a JT e o juiz tem de ter muita cautela para decidir, porque existe muita confusão de doutrinadores que de maneira extensiva desejam atrair a competência das relações de consumo para a JT.

Eventualmente, pessoas se confundem e ajuizam ações de relação de consumo no âmbito da JT. E aí o juiz se declara absolutamente incompetente pr resolver o problema.

Quando se fala em relações de trabalho temos de tomar cuidado para não confundir com relação de consumo.

Relação de Trabalho X Relações de Consumo.

É comum o advogado cobrar seus honorários na JT. Se ele conseguir provar que seus honorários advém de uma relação de trabalho, pode ser cobrado na JT. Há situações em que ele deve ir à justiça comum.

Como saber se a questão é de relação de consumo ou de trabalho?

Se a pessoa é usuária final, ou seja, se é a última pessoa que vai receber a prestação do serviço, é uma relação de consumo.

Ou seja, se o advogado fornece um serviço para um consumidor final, que é o cliente, esta será uma relação de consumo e não de trabalho. Mas porque?

Se o advogado, no fornecimento de serviço a um consumidor final, ajuizar ação na justiça trabalhista, quem se beneficiará é o trabalhador, ou seja, o advogado. O consumidor, que é a parte hipossuficiente fica preterido. Isso é completamente antagônico ao sistema consumerista.

Mas, nem sempre o advogado presta serviço para o consumidor final. Às vezes existe uma empresa, na qual esse advogado trabalha. Aí sim, a demanda será ajuizada na JT.

(18)

A chave para dirimir, no caso concreto, dúvidas o fato de ser o consumidor final ou não. Se a prestação do serviço for feita para uma pessoa e fica nela, configura uma relação de consumo e é a justiça comum a competente. Se o tomador não é o consumidor final do meu serviço, a JT é competente.

Danos Morais e patrimoniais provenientes da relação de trabalho. Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho.

Por que, hoje, tem de conviver o âmbito penal em conjunto com a JT? É porque a JT não tem competência penal.

Um acidente do trabalho afeta vários ramos do direito. Quando há morte proveniente de um acidente do trabalho, esse fato afeta o âmbito cível, no que se refere a danos morais e materiais provenientes dos danos e na esfera penal a responsabilidade penal da empresa, na pessoa do engenheiro de segurança do trabalho. O pleiteio de benefícios previdenciários decorrentes de acidente do trabalho também é feito na esfera cível, da Justiça Federal.

Súmula 392 TST preconiza a competência definitiva da JT pr dirimir controvérsia de indenização de danos morais.

Estamos falando isso tudo porque na prática, todas as vezes que estivermos advogando para ou contra a empresa, a primeira tese que levantaremos ou impugnaremos é a questão da competência da jurisdição. Isso porque ainda há discussão jurisprudencial.

Quando o empregado sofrer um dano qualquer, a competência será da Justiça do Trabalho. Quando há óbito e os sucessores buscam o judiciário, há polêmica se a competência é da JT. A competência , conforme súmula é da justiça comum.

PT I 5 set

4.1 - COMPETÊNCIA MATERIAL DERIVADA - art 114 CF

É derivada porque não está dentro do conceito típico de competência trabalhista pura e simples.

Vimos que a competência da jurisdição trabalhista foi bem alargada e já vimos que toda essa competência está disciplinada no artigo 114 da CF.

Aula passada vimos a polêmica sobre a competência da jurisdição trabalhista para processar e julgar as demanda advindas da relação de trabalho ou mesmo demandas que venham a gerar responsabilidade civil do empregador, no aspecto de danos materiais e morais. Percebemos que essa competência foi descomplicada.

Hoje, é pacífico que é a JT competente par dirimir esses conflitos

Havia muita discussão quando o trabalhador falecia, seus direitos passavam para os herdeiros e a pergunta polêmica era sobre a legitimação desses herdeiros, dessa viúva demandarem na JT se jamais tiveram vínculo empregatício com a empresa e que portanto não teriam legitimidade originária.

Vimos que há entendimento pacificado, e agora de maneira vinculante.

Então, se formos advogar nessa área e pedir danos morais e materiais perante à JT, temos de considerar a SV 22 do STF que diz que não há mais discussão acerca de danos morais e materiais provenientes de acidentes do trabalho ou de qq outra relação de trabalho.

(19)

Questão não menos importante, porém muito polêmica é acerca do inciso I do art 114.

Vimos que o primeiro ponto de alargamento da competência foi que deixou-se uma competência tratada penas numa relação de emprego e houve uma ampliação, abarcando toda a relação trabalhista.

Nesse mesmo inciso I, após a vírgula, o legislador coloca uma expressão que é : Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

Administração pública - direta e Indireta de todos os entes federados, U, E, M. A partir da dicção desse inciso 1º, houve polêmicas na prática porque:

- A JT nunca teve competência para processar e julgar demanda de funcionário público, porque a relação que se forma entre o servidor e o Estado não é similar às especificidades trazidas pela CLT, tanto que o regime jurídico que disciplina tais relações é de caráter estatutário e não contempla as mesmas garantias existentes na CLT.

Historicamente, o constituinte deixou de fora essa lide da AP pela peculiaridade e distinção pois tem garantias distintas como estabilidade, quinquênio

O constituinte então, vira o jogo e coloca todos dentro dessa dimensão macro que é o âmbito da JT.

Isso nos dá a certeza q qualquer funcionário público não titubiaria em bater às portas da JT para resolver seu conflito mesmo que o empregador seja o Estado.

Com a EC45 houve grande migração da competência da Justiça Federal para a JT em nome da celeridade e isso gerou muita briga de gente grande. A justiça federal estava travada porque o Estado é o maior demandante.

Diante disso a Associação dos Juízes Federais não ficou silente. Quando a fatia do bolo, que representa o funcionalismo passou para a JT.

Mos por que isso foi tão importante para o Estado? por que existe uma ADin no STF questionando a inconstitucionalidade desse inciso I, após a vírgula da primeira parte?

ADin 3395 quer a inconstitucionalidade do art 114, I, após a vírgula, para que a Justiça Federal volte a ser competente para processar e julgar essas demandas quando a União for parte.

O pano de fundo da inconstitucionalidade está no fato de que quando uma demanda sai da esfera federal e vai para a esfera trabalhista, ela vai ser regida pelos princípios formadores do processo do trabalho e nele há princípios como o da proteção e isso não interessa ao Estado.

O juiz do trabalho vai interpretar a norma em prol do servidor e não mais em função do Estado. Em sede de liminar houve a suspensão de qualquer interpretação do 114, inciso 1ro, após a vírgula. Agora a ADin está demorando julgar e nesse ínterim percebemos que:

- Hoje não é mais assim, mas logo que essa liminar foi concedida, a própria JT começou a interpretar que o que essa liminar abarcava seriam os servidores estatutários. A liminar retirava da JT a competência para julgar conflitos de servidores públicos concursados. Ou seja, Celetista continuava ajuizando ações na JT. Os estatutários, após a liminar iriam à Justiça Federal, se de estado ou município recorreria à Justiça estadual. Hoje, o STF tem ratificado o entendimento de que quando a liminar diz que foi suspensa toda e qualquer interpretação desse inciso I. Essa interpretação do “todo e qualquer” tem abrangido também os contratados temporários, os que tem contratos nulos e estão nesse regime celetista mas não seria mais competência da JT e deveriam ser remetidos para a JComum e Federal.

Vamos esperar, então a ADin ser votada. Por hora vamos ter de acatar a decisão da liminar. Artigo 114, II.

(20)

Ações que envolvam exercício de direito de greve.

Logo após a EC45 verificou-se que houve um entendimento restrito sobre o que significa direito de greve. O Direito do Trabalho regulamenta a parte técnica acerca da garantia constitucional do direito de greve mas pune os excessos.

Verificou-se, na prática, uma dificuldade pra limitar as ações de competência da JT porque quando uma greve é deflagrada, muitos outros conflitos surgem provenientes desse ato. Os funcionários se rebelam e quebram tudo, ocupam as empresas, etc.

Então, o que é hoje, competência da JT? Apenas analisar se a greve é lícita ou ilícita.

E o problema ficou com as ações secundárias, como uma reintegração de posse em razão da ocupação da fábrica.

Não tem nada sobre reintegração de posse na CLT e isso acabava indo parar na justiça comum, federal. A competência da JT examinaria apenas a legalidade do exercício do direito de greve e não as demandas secundárias.

Porém começou-se a ver que essa postura era ilógica.

Hoje, além da legitimidade para verificar a legalidade do direito de greve, o juiz do trabalho tem de dirimir ações possessórias provenientes do direito de greve. A súmula vinculante 23 do STF pacifica essa questão, restrita apenas às ações possessórias..

A doutrina, de posse dessa SV está achando que até ações penais decorrentes de greve devem ser dirimidas na JT. Isso é temerário pq a JT não exerce jurisdição penal.

Artigo 114, III. Ações sobre representação sindical

Quando a briga era entre trabalhador e sindicato, a competência poderia ser da JT. Cobrar contribuições sindicais pelo sindicato era na JT.

Novidade:

Os conflitos entre os sindicatos X empregadores e sindicatos X trabalhadores.

Temos pessoa jurídica e pessoa jurídica litigando na JT. A competência ampliou-se de tal modo que há briga de pessoa jurídica. Agora, como se aplicam os princípios do PT? Quem é o hipossuficiente?

Artigo 114, IV. Mandado segurança, hab corpus e hab data qdo envolver matérias de sua jurisdição. MS e Habeas Data é da Justiça do trabalho.

Havia entendimento q o MS tinha de ser apreciado na Just Federal.

Apolêmica é no HC. Tem a ver com liberdade. A jurisd penal é muito incisiva. Por hora, HC não será apreciado pela JT e sim pela JF e JE. ADIN 3684-0 agora, qdo não há risco de ser preso, aplica-se o MS.

Prova: - Dsiciplina. - Autonomia.

(21)

- FASC

- Organização da JT e do MPT. - Competência.

Contexto do estudo dirigido no dia 3 de outubro.

É um texto fácil. A autora aprofunda sobre o princípio da conciliação, onde há polêmicas sobre a indisponibilidade dos direitos trabalhistas (como faço acordo abrindo mão de direitos que supostamente são irrenunciáveis?). dissemos que essa irrenunciabilidade em caráter absoluto seria aferida no momento do contrato laboral e não no momento de um eventual conflito individual perante a JT.

Nesse texto a professora Elaine Nassif detalha as questões para que tenhamos melhor entendimento acerca dessa polêmica de fazer ou não fazer acordo e o que eu posso efetivamente abrir mão na JT, quando o conflito está instaurado, na audiência, que em tese eu não porderia dispor por estar gravado com essa cláusula de irrenunciabilidade absoluta.

Esse é o contexto do nosso estudo dirigido. Devemos levar um resumo do estudo e responderemos 5 questões em sala de aula

PT I 12 set

Processo do Trabalho prova art 114, I, II, III, IV e VI. COMPETÊNCIA.

V - Conflitos de Competência:

art 102, "o" da CF. --- STF e 105 -- STJ.

O q está excepcionada é a competência do STF.

compete ao STF - originariamente julgar conflitos de competência entre: 1. sTJ e outros tribunais

2. Entre os Tribunais superiores. 3. Entre os trib super e outros. art 808 CLT.

a) qdo o conflito existe entre as varas do trabalho e juizes comuns a serv da jurisd trabalhista. quem resolve esse conflito é o TRT.

Deve ser um conflito instaurado dentro da jurisdição (região).

Se sair da esfera da jurisdição será o TST. De acordo com súmula 180 e 236 do STJ. b) TST é pr quando extrapola a região.

fazer o conflronto do 808 com o q dispõe o art 105 da CF. revisão de conflito de competência:

Quem tem legitimidade pr suscitar conflito de competência: 1. Juízo.

2. M.P.T 3. Partes.

(22)

Exceção é um incidente processual. É dirimido pelo próprio juizo.

Conflito de competência são dois juizos dizendo que são ou q não são competentes. (positivo/negativo). A parte q argui a exceção não pode arguir o conflito. São momentos diferente de suscitação.

Recorrer sempre ao regimento interno dos tribunais pq trazem alguns detalahmentos dessas atribuições. 114, VII - Penalidade administrativa impostas pelos órgãos ligados ao MTEmprego. --- DRTs.

são ações de natureza: - cautelar.

- cognitiva. - Executiva.

deve ser depositado valor integral da penalidade para exercer a defesa. art 114, VII - execuções de ofício de Contribuições Sociais.

Ou seja, não precisa provocação. Art 114, XIX - É uma cláusula aberta.

Compete à JT julgar e processar outros conflitos provenientes da relação de trabalho. PT I 20 set

Competência Territorial.

No cível é o domicílio do réu no penal é o local da consumação.

A regra geral na JT é o local da prestação do serviço. Pode ser tanto do empregado quanto do trabalhador genérico.

A doutrina e a jurisprudência acham que deve ser ajuizado no último local da prestação do serviço. Art 651. Escrito antes da ampliação de atribuição da JT.

Mas pode ser q a prestação não coincida com o local do registro.

Art. 651. A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.

§ 1º Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. § 2º A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário.

§ 3º Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços

pr 1ro.

Pessoas q trabalham viajando ou representantes comerciais: serviço em caráter contínuo porém em local indeterminado.

(23)

1. O foro competente é o local da sede ou filial q o trabalhador está vinculado.

Aqui o que manda é a subordinação. É na filial que o empregado é subordinado. Esse será o for competente. 2. Se ele for autônomo será no domicílio do empregado.

não há faculdade no pr 1ro. pr 2ro.

- competência Internacional da JT. Regra geral:

Todas as vezes q o trabalhador for brasileiro e não houver convenção ou tratado estabelecendo de modo diverso, a pessoa vai ajuizar a ação.

Regra da lei processual. Brasileira. O processo tramita aqui no Brasil. Regra da lei material. A lei é a do país q o trabalhador prestou serviço. Há entendimento sumulado. Súmula 207 TST.

pr 3do.

Contrato num lugar e serviço em outro. Como construtoras.

Há uma faculdade: o empregado escolhe se vai ajuizar no local da prestação do serviço ou onde celebrou o contrato.

Ou mesmo onde ocorreu o dano.

É uma faculdade para beneficiar o hipossuficiente. O juiz não pode reconhecer a incompetência de ofício. OJ 149 SDI-II.

149. Conflito de competência. Incompetência territorial. Hipótese do art. 651, § 3º, da CLT. Impossibilidade de declaração de ofício de incompetência relativa. Não cabe declaração de ofício de incompetência territorial no caso do uso, pelo trabalhador, da faculdade prevista no art. 651, § 3º, da CLT. Nessa hipótese, resolve-se o conflito pelo reconhecimento da competência do juízo do local onde a ação foi proposta.

Já vimos a cláusula de eleição de foro.

Art 111 CPC. Sempre q a competência é relativa as partes podem eleger o foro.

Na JT há um percalço porque o trabalhador que precisa trabalhar não pode se sujeitar a um foro em outro estado pr exemplo.

Então, na JT a eleição de foro é nula de pleno direito pela hipossuficiência do trabalhador. Essa vedação impera.

CAPACIDADE DAS PARTES: Tem nuances diferenciadas.

1. Capacidade de ser parte. É a que adquirimos quando nascemos com vida. É a cap. plena.

2. Capacidade processual "ad processo". Depende de representação e assistência. Para a CLT, menor de 18 anos é menor de idade. Entre 14 e 16 só pode ser aprendiz. De 16 a 18 pode prestar o serviço mas, tem q ser representado. Pais ou MP, eventualmente o sindicato o representa, ou um curador.

(24)

3. Capacidade postulatória. É a de postular em juizo. Quem a detém plenamente é o advogado.

* Emancipação: se o menor é emancipado civilmente ele não pode trabalhar pq a CLT é especial em relação ao CCivil.

Há o princípio da proteção.

A segunda corrente diz q o menor emancipado pode ajuizar reclamação trabalhista, mas depende do mérito discutido. Só que o prejuízo efetivo do menor emancipado é na segunda opção pq se corre a prescrição ele nunca vai entender, saber e correr atrás.

Jus Postulandi é a exceção da capacidade postulatória plena ser apenas do advogado.

Jus postulandi há nos Juizados Especiais, e na JT. A regra é só adv. Mas pr quem não é adv pode pr HC e JT.

Há uma Adin pq a CF diz q o advogado é indispensável à administração da justiça. O Ius postulandi permanece no nosso Ordenamento jurídico.

A CLT (791) diz q o trabalhador vai acompanhar o feito até o final. Mas onde é o final.

Art. 791. Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.

§ 1º nos dissídios individuais os empregados e empregadores poderão fazer-se representar por intermédio do sindicato, advogado, solicitador, ou provisionado, inscrito na Ordem dos Advogados do brasil.

§ 2º nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência por advogado.

1. No STF não cabe ius postulandi pq não faz parte da jurisdição do Supremo. E no STF só se discute matéria de direito e como a parte sem advogado vai discutir seu direito? Ele só sabe de fatos.

2. Acerca do TST.

Do mm modo q no STF não se discute fatos, no TST também. É vedado o ius postulandi. Recurso de revista que é o que cabe no TST só pode ser feito por advogado.

3. Ius postulandi vale nas varas do trabalho e nos TRTs. Súmula 425 do TST. O 791 tem duas interpretações.

Vale só pr relações de emprego (empregado e empregador) = interpretação gramatical. Então Ius post só nas relações d emprego.

Porém, há muita dificuldade. A reforma judicial teve como objetivo ampliar as relações de trabalho. Esse alargamento não pode tratar litigantes de forma diferente.

A IN27/2005. Diz: “Todas as regras da CLT aplicáveis aos empregados serão aplicados aos trabalhadores”. Por interpretação analógica pode-se aplicar o ius post tb nas relações do trabalho.

A isonomia justifica a analogia mas não justifica no processo pq o empregador se apresenta com advogado e o trabalhador não.

Essa IN tem q ser revista pois prejudica o trabalhador pq não vai ser tratado de maneira isonômica e tb não é lei.

PT I 26 set

MANDATO TÁCITO.

Discutíamos a possibilidade das partes não precisarem de advogado pra defender seus interesses em juízo. Não é comum o mandato tácito. É uma particularidade do PT em decorrência do Ius postulandi.

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Mandato tácito é a forma de interpretar tacitamente aquela delegação de poderes.

A procuração dá poderes para o representante. No PT a parte procura o judiciário sozinha, mas na hora da audiência ela arruma um advogado sem procuração mesmo. Só o fato de ele ter ido na audiência configura um mandato tácito.

Mandato Tácito é uma consequência positiva do ius postulandi. Só tem validade para conferir poderes em geral, foro em geral, ou seja, atribuições em geral. Art 38 CPC fala do que o patrono não pode fazer - foro especial. Não há que se falar em poderes especiais em mandato tácito.

Art. 38. A procuração geral para o foro, conferida por instrumento público, ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, salvo para receber citação inicial, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre que se funda a ação, receber, dar quitação e firmar compromisso.

Parágrafo único. A procuração pode ser assinada digitalmente com base em certificado emitido por Autoridade Certificadora credenciada, na forma da lei específica.

Não cabe subestabelecimento no mandato tácito.

Súmula 164 TST. Concede a validade do mandato tácito.

O grande problema desse mandatos tácitos é que: se a parte vai lá na JT sozinha e reclama seu direitos; depois chega no dia da audiência ela chama um advogado pr acompanhá-la. O advogado pega uma bomba pq tem de corrigir aditando o pedido, na audiência, toda a atecnia causada pela parte na inicial. As vezes ele tem até de alterar o pedido causando prejuízo ao cliente.

Quando são verbas objetivas, não há problemas.

A saída que temos a Justiça Gratuita e a Assistência Judiciária Gratuita. Assistência Judiciária Gratuita

A assistência judiciária gratuita é aquela que tem o intuito de assistir ao necessitado, ao que não pode pagar o advogado particular. A justiça gratuita tem a ver com custas processuais como peritos, etc.

Via de regra, na JT, não há a necessidade de deferimento de Assistência judiciária gratuita, porque a parte pode ir sem um advogado. Precisamos entender as dimensões que uma regra dessa toma na JT, porque hoje, a AJG faz parte inclusive do próprio conceito de devido processo legal. O conceito de que o devido processo legal é o contraditório, a ampla defesa e a isonomia é antigo. Agora além desses, há a assistência judiciária gratuita e também a justiça gratuita.

A Assistência Judiciária Gratuita tem algumas peculiaridades no PT.

1- É uma obrigação do Estado, assistir ao necessitado que não pode pagar um advogado. Via de regra na JT não é necessária a AJG. Sua falta pode inviabilizar o devido processo legal. - Defensoria Pública (art 133 CF).

- Quem presta essa assistência aos trabalhadores não é a defensoria e sim os SINDICATOS. Há requisitos. A lei fala que para o sindicato prestar essa assistência, a parte tem:

a) a parte tem de demonstrar que ganha salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal. (2 X S. Mínimo). Antes, havia a possibilidade de provar que mesmo ganhando mais de 2SM não poderia pagar. A parte fazia um requerimento ao juiz com atestado de hipossuficiência emitido pelo MP do trabalho, ou Delegacia Regional do Trabalho.

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Quem tem direito à AJG é o trabalhador, apenas. O empregador não tem esse direito.

Não há necessidade de vinculação do empregado ao sindicato, ou seja, ele não precisa ser sindicalizado. (art 8, III, CF).

Benefício da Justiça Gratuita:

Tem a ver com custas que engloba: as processuais, as extraprocessuais, honorários do perito. Custas extraprocessuais: o acesso à justiça tem de ser tão amplo que não onere a parte.

Perito. Hoje, ele recebe antes de fazer a perícia, caso contrário ele não executa a perícia. As vezes, mesmo a parte sendo beneficiada pela justiça gratuita, o perito quer receber antecipadamente a perícia e o processo fica parado.

O trabalhador não é obrigado a pagar perícia e o juiz acaba por inverter o ônus da prova e das próprias presunções que são desfavoráveis ao empregador.

Pelo CPC, quem paga perícia é quem pede.

O advogado tem de pedir a inversão do ônus da prova.

O juiz quando indefere perícia temos que fazer consignar em ata sua não concordância.

- A CLT fala que pra conceder esse benefício o empregado tem de ganhar no máximo 2 salários mínimos. - Assistência do sindicato.

- O BJG é uma faculdade do julgador. Mas diante da declaração de hipossuficiência ele deve conceder o BJ Gratuita.

A CLT veda, mas hoje, já existe BJG concedido a empregadores domésticos, micro e pequenas empresas, empregadores individuais, pequenos empreiteiros, etc qdo este demonstrar a hipossuficiência de recursos. A CF garante que a todos que provar insuficiência de recursos terá o BJG.

Ele tem de juntar elementos q demonstrem tal hipossufuciência, como execuções, dívida ativa, etc. Honorários advocatícios:

Polêmicas acerca de haver ou não sucumbência na JT. Pode ou não pode?

- existe uma cultura de que não cabe sucumbência na JT. Essa máxima existe pela lógica do próprio sistema.

Nas relações de emprego o empregado vai sem advogado. Tentou-se coibir que houvesse manipulação

dos empregado em razão da sucumbência. Os advogados sairiam das outras causas pr ganhar dinheiro nas causas trabalhistas.

Ou seja, se na justiça cível o advogado demora anos para receber a sucumbência em razão do tempo que demora para se resolver um processo, nas relações de emprego, pelo fato do rito ser rápido, na maior parte sumário, o resultado sai muito mais rápido e se houvesse sucumbência todos os advogados iriam trabalhar nas causas trabalhista pela própria concepção da Justiça trabalhista, onde existe o princípio da proteção e pelo fato das empresas terem dinheiro e patrimônio para pagar a sucumbência.

Referências

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