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SAG GEST Soluções Automóvel Globais, SGPS,SA Sociedade Aberta

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Academic year: 2021

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SAG GEST – Soluções Automóvel Globais, SGPS,SA Sociedade Aberta

Capital Social: EUR 150 000 000 NIPC: 503 219 886

Matriculada na CRC da Amadora sob o n.º 10 853 Sede: Estrada de Alfragide, km 1,5 – Alfragide Amadora

Escritórios: Alfrapark – Edifício SGC, Piso 2 2614-519 Amadora

Tel. 21 359 66 00 Fax: 21 359 66 82

E-mail: investor.relations@sag.pt Web: http://www.sag.pt

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RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO

2004

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A actividade das diferentes Áreas de Negócio do Grupo SAG continuou a ser condicionada, durante 2004, por uma conjuntura económica em Portugal com sinais de retoma muito ténues e nada uniformes ao longo do ano, tendo mesmo revelado uma nítida deterioração no segundo semestre.

Com este enquadramento, em que o sector automóvel registou o segundo pior ano de vendas desde a liberalização do mercado, a SAG desenvolveu um conjunto de medidas com o objectivo duplo de maximizar a rentabilidade do Grupo e aumento do seu valor accionista. Entre essas medidas, destacam-se, a política de apertado controlo de custos e o aprofundamento da aposta estratégica na área dos Serviços, o que permitiu amortecer os efeitos da quebra de vendas verificada na Distribuição e no Retalho Especializado. Entre os aspectos mais positivos do exercício de 2004, destacam-se os desempenhos da Multirent e da Unidas, esta beneficiando da conjuntura económica positiva no Brasil. Estes contributos revelaram-se vitais para a consolidação da prestação da área de Serviços, cujos proveitos cresceram 5,2% em relação ao ano anterior representando já hoje 12,7% do volume total de negócios do Grupo.

Na Distribuição, a SIVA manteve a segunda posição do ranking dos distribuidores no somatório dos segmentos de ligeiros de passageiros e comerciais ligeiros, embora com uma descida da sua quota de mercado de 12% para 11%, fruto do fim do ciclo de vida de algumas gamas com peso muito vincado no volume de vendas, como são o Passat e o Pólo na VW ou o Fabia na Skoda, que disponibilizarão novos modelos já em 2005.

No Retalho Automóvel merece realce a boa performance dos concessionários detidos pela Soauto que num ambiente adverso conseguiram fazer crescer o seu volume de vendas, graças a uma boa prestação nas vendas de usados, e crescimento no volume de venda de peças.

A Globalcar prosseguiu o seu plano de expansão de vendas de semi-novos e usados, onde se inclui a preparação da aberturas de novos centros em 2005.

A Multirent confirmou-se em 2004 como um dos principais operadores no mercado português de AOV, tendo seguido uma política que privilegiou a rentabilidade do negócio em detrimento do volume. Mesmo assim, a carteira média de contratos activos registou um crescimento de 22,7% em relação a 2003, tendo os proveitos aumentado 12,4%.

Relativamente à Unidas, que apostou no reforço da organização e da capacidade de resposta a novos desafios, realce para o facto de as receitas terem crescido 9,9%, com especial incidência nos últimos meses do ano. Atendendo aos indicadores observados no final de 2004, é lícito esperar que o mercado brasileiro e a Unidas apresentem desempenhos prometedores ao longo de 2005.

Em termos de impactos extraordinários ou não-recorrentes de referir as margens negativas realizadas com a alienação de veículos adquiridos sob o regime de buy-back a empresas de Rent-a-Car, que penalizaram fortemente o exercício e que só foram parcialmente compensados com as mais valias realizadas com a alienação de parte do património imobiliário do Grupo que teve lugar no 1º semestre do ano.

No que respeita ao desempenho bolsista, assistiu-se ao longo de 2004 a uma quebra significativa da cotação das acções da SAG. O Conselho de Administração da SAG considera que estes níveis de preço são o resultado de uma perspectiva demasiado conjuntural por parte de alguns investidores sobre o valor da empresa tendo sido decidida a aquisição de acções próprias em Bolsa, tal como já foi oportunamente anunciado.

Para 2005, o concentrado plano de lançamentos de modelos das marcas representadas pela SIVA, permite antecipar uma importante recuperação do volume de vendas de viaturas novas. Este factor, aliado à perspectiva de continuado desenvolvimento da área de serviços em termos de receitas e rentabilidade, permite encarar o exercício de 2005 com justificadas expectativas de crescimento sustentado.

A terminar, uma merecida palavra de agradecimento a todos os colaboradores e parceiros de negócio pelo aturado empenho revelado nesta fase mais delicada da nossa actividade. Uma palavra de apreço ainda para os nossos clientes e accionistas pela confiança em nós depositada, confiança que estamos empenhados em continuar a merecer.

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ÍNDICE 1. ANÁLISE MACRO-ECONÓMICA A. Enquadramento Internacional B. Economia Portuguesa C. Economia Brasileira

2. O MERCADO AUTOMÓVEL PORTUGUÊS EM 2004 3. RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

A. Distribuição e Comércio Automóvel 1. Distribuição Automóvel – SIVA 2. Retalho Automóvel – Viaturas Novas

3. Retalho Automóvel – Viaturas Simi-Novas e Usadas B. Serviços Automóvel e Serviços Financeiros

1. Serviços Automóvel I. Portugal a. Globalrent b. Multirent c. LGA d. Comepor e. SAG Serviços II. Brasil 2. Serviços Financeiros 3. E- Business

4. ACTIVIDADES DE SUPORTE ÀS ÁREAS DE NEGÓCIO A. Recursos Humanos

B. Sistemas de nformação C. Logística

5. RESPONSABILIDADE SOCIAL / Mecenato 6. ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA 7. PERSPECTIVAS PARA 2005

A. Perspectivas de Evolução Macro-Económica 1. Portugal

2. Brasil

B. Perspectivas de Evolução do Mercado Automóvel em 2005 C. Perspectivas de Evolução das Actividades do Grupo

1. Distribuição e Comércio Automóvel I. Distribuição Automóvel – SIVA II. Retalho – Viaturas Novas

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I. Serviços Automóvel Portugal a. Globalrent

b. Multirent c. LGA d. Comepor

II. Serviços Automóvel Brasil III. Serviços Financeiros

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1. ANÁLISE MACRO-ECONÓMICA

A. Enquadramento Internacional

A actividade económica mundial evoluiu favoravelmente em 2004, com o PIB a crescer, de acordo com as mais recentes estimativas da Comissão Europeia, 5,0%, contra 3,5% em 2003, já acima dos 2,7% de 2002 e do mínimo de 2,4% em 2001.

O Produto Interno Bruto (PIB na zona euro também acelerou em 2004 ( +2,1% vs +0,6% em 2003), com fortes contributos quer da procura interna (que terá passado de +1,2% em 2003 para +1,9% em 2004), quer da procura externa (as exportações cresceram 7,6% (0,6% no ano anterior) e as importações 7,1% (contra 2,6%)).

A inflação manteve a média já observada em 2003 (2,1%), com a variação homóloga a registar, no final do ano, uma ligeira aceleração face a um ano antes (2,4% contra 2,0%).

O preço em USD do barril de brent aumentou 34% em termos médios (+21% em euros), após o acréscimo de 14% em 2003, devido à conjunção de vários factores, dos quais se destacam, forte procura (em particular pela China), perturbações na oferta devido a condições climatéricas adversas e problemas relacionados com insegurança nos abastecimentos.

No final de 2004, a taxa de câmbio do euro encontrava-se apreciada 7,8% em relação ao dólar, com a moeda europeia a valer então 1,362 USD.

As taxas de juro mantiveram-se em níveis historicamente baixos, com as taxas de juro Euribor a 1 e 3 meses abaixo de 2,2%, tal como no final de 2003. O BCE manteve as taxas de intervenção nos valores de Junho 2003 (2% para a refi), quando as desceu em ½ ponto percentual (p.p.).

B. Economia Portuguesa

O PIB cresceu 1,1% em 2004, segundo as estimativas do Banco de Portugal do mês de Janeiro, após a descida de 1,3% apurada em 2003. Ao longo do ano, o comportamento não foi uniforme: melhorou até final do 1º semestre 2004 (desde o 2º trimestre 2003, quando registou o valor mais negativo), apresentando depois uma redução gradual durante a segunda metade do ano.

A composição da despesa foi em 2004 muito diferente da verificada em 2003, com um forte dinamismo da procura interna (em particular o consumo privado) e das importações.

O consumo privado terá aumentado 2,2%, após a redução de 0,7% em 2003, à custa de uma diminuição da taxa de poupança dos particulares, estimada em 0,7 p.p. (de 11,7% para 11,0% do rendimento disponível).

O investimento (FBCF), depois de ter registado quedas muito significativas em 2002 e 2003 (com uma quebra acumulada de cerca de 15% em termos reais), terá crescido moderadamente em 2004 (1,8%).Para tal contribuiu uma ligeira melhoria do clima económico e a manutenção das taxas de juro a níveis baixos.

A procura externa teve um contributo negativo para o crescimento do PIB, com as importações a aumentarem em termos reais (8,2%) claramente acima das exportações (6,8%). Estas últimas tiveram uma aceleração mais suave face a 2003 (+4,1%) que as primeiras (-0,5%).Saliente-se que nos dois anos anteriores, o contributo da procura externa fora positivo.

A forte expansão das importações e a deterioração dos termos de troca (associada, em parte, à subida do preço do petróleo) implicaram um agravamento do défice conjunto da balança corrente de capital, de 3,6% do PIB em 2003 para 5,4% em 2004.

A inflação evoluiu favoravelmente em termos de média anual, ao descer de 3,3% em 2003 para 2,4% em 2004. A variação homóloga passou de 2,4% para 2,5%. As variações do IHPC (índice harmonizado de preços no consumidor) entre os 2 anos registaram uma evolução de -0,8 p.p. em termos médios (para 2,5%) e +0,3 p.p. em termos homólogos (para 2,6%). o que permitiu a redução do diferencial face às médias europeias, respectivamente, em 0,8 p.p. (para 0,4 p.p.) e 0,1 p.p.

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O emprego terá crescido 0,4% em 2004 (-0,7% em 2003), reflectindo uma ligeira redução do emprego no sector público (decorrente dos esforços de consolidação orçamental), compensada por um crescimento no sector privado, derivado da recuperação do produto deste sector. A taxa de desemprego não deverá ter diminuído em relação a 2003 (6,3%), dado o habitual desfasamento em relação à evolução da actividade económica.

Os salários deverão ter aumentado cerca de 3,7% no sector privado e 3,2% no conjunto da economia, reflectindo o congelamento parcial das grelhas salariais do funcionalismo público. Face a 2003, as remunerações no sector privado terão acelerado mais de 1 p.p. em termos reais.

A estimativa para o défice global da Administração Pública em 2004 é de 2,9% do PIB, comparado com 2,8% em 2003. Para atingir aquele valor o Governo recorreu a medidas extraordinárias no montante de cerca de 2% do PIB. Entre estas, refira-se a transferência de fundos de pensões de Entidades Controladas pelo Estado para a Caixa Geral de Aposentações.

A receita fiscal (subsector Estado) diminuiu 0,5% face a 2003, devido a descidas no IVA (-2%) e imposto sobre o tabaco (-16%). As receitas de imposto automóvel (IA) aumentaram 14%, para € 1.123 milhões, devido ao efeito conjugado de aumento das vendas (incluindo a importação de usados) e de um aumento médio da cilindrada dos automóveis vendidos.

A dívida pública terá superado, pelo segundo ano consecutivo, a barreira dos 60% do PIB (60,8%), considerados os valores atingidos pelo défice expurgados das medidas extraordinárias.

C. Economia Brasileira

De uma forma geral podemos dizer que 2004 foi um ano positivo para o Brasil, tanto na vertente económica como política.

Grande parte dos indicadores macro-económicos encerrou o ano com desempenho positivo, apesar dos receios de uma possível mudança na direcção da política monetária que marcou o início do ano. Assim, a 13ª maior economia do mundo registou em 2004 um crescimento económico em redor de 5%.

O principal motor dessa performance foi o notável desempenho do sector exportador que, ajudado por melhores preços no mercado internacional de commodities agrícolas, acabou por produzir um superavit na Balança Comercial que ultrapassou os USD 30 mil milhões. O mercado interno de consumo de bens duráveis e não duráveis teve também uma melhor performance, sendo que o sector automóvel teve o melhor ano da última década. A taxa de desemprego baixou para 9% e o rendimento disponível teve um crescimento de quase 6%. A renitente inflação brasileira manteve-se no patamar de 7%, dentro do intervalo definido como meta pelo Governo, o que não se verificava desde 2000.

Como reflexo da política económica ortodoxa adoptada, os juros nominais continuaram a ser dos mais altos do mundo e, como consequência, ocorreu no último trimestre do ano um fluxo acelerado de capitais externos de curto prazo de que resultou uma vigorosa apreciação do Real em relação ao dólar. Em balanço, o Real valorizou 8,1% em 2004 e fechou o ano com uma cotação de USD/ BRL 2,65.

Ao nível das contas públicas, o superavit primário do sector público consolidado no final de 2004 atingiu o seu valor mais elevado desde a implementação do Plano Real em 1994, com R$ 81,1 mil milhões. Este valor representou 4,61% do PIB e garantiu o cumprimento das metas fiscais interna e com o FMI, bem como uma ligeira redução do endividamento líquido - 57,2% do PIB em 2004, contra 51,8% em 2003. Na origem deste resultado estão o crescimento da economia, uma menor apropriação de juros e estabilidade cambial e a continuidade do equilíbrio fiscal em todos os segmentos.

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2. O MERCADO AUTOMÓVEL PORTUGUÊS EM 2004

O mercado de veículos ligeiros (VL) cresceu 3,9% em volume, para 268.875 unidades vendidas, em relação a 2003, que havia sido o pior dos últimos 15 anos. Apesar desse crescimento, ficou 34,5% (quase 142.000 veículos) abaixo do volume de 2000, o melhor ano de sempre.

Gráfico 1 – Volume de Vendas – Mercados Totais

243.185 208.918 227.911 226.593 267.170 297.670 289.945 255.215 226.092 189.792 197.584 88.180 58.734 74.597 90.199 100.986 102.285 120.585 98.679 79.295 69.068 71.291 331.365 267.652 302.508 316.792 368.156 399.955 410.530 353.894 305.387 258.860 268.875 0 50.000 100.000 150.000 200.000 250.000 300.000 350.000 400.000 450.000 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 VP VCL VL Unidades

O mesmo se verificou em relação a cada uma das suas duas componentes: veículos ligeiros de passageiros (VPs) e comerciais ligeiros (VCLs). As vendas de VPs (197.584 unidades vendidas) aumentaram 4,1%, mas em relação ao pior ano desde a abertura do mercado, em 1988. Em relação a 1999, o melhor ano até hoje, venderam-se menos cerca de 100.000 viaturas (-33,6%).

Por sua vez, as vendas de VCLs cresceram 3,2% face a 2003, que havia sido o ano mais fraco desde 1995, ano em que parte significativa deste mercado heterogéneo passou a ser sujeito a Imposto Automóvel (IA). Os 71.291 veículos vendidos representaram uma quebra de quase 50.000 unidades por comparação com o ano 2000 (-40,9%).

Destacamos, nos VPs, dois fenómenos importantes:

- o peso claramente crescente dos veículos a gasóleo, que em apenas três anos duplicou, passando de 27,8% para 56,5% do total de unidades vendidas. O lançamento, desde então, de motores com este tipo de propulsão mas de baixa cilindrada (inferior a 1.600 cc) associado ao significativo desenvolvimento tecnológico registado em todos os motores a gasóleo, explica tal evolução.

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Gráfico 2 – Os veículos a gasóleo nos VP 4,5% 3,3% 3,0% 3,4% 3,2% 8,9% 20,0% 30,0% 8,4% 12,4% 15,5% 17,9% 20,8% 25,3% 25,2% 24,8% 26,5% 4,2% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Diesel < 1,6 / MTM Diesel > 1,6 / MTM

- o outro fenómeno, que recrudesceu em 2004, foi o das importações de veículos usados. O crescimento verificado, face ao ano anterior, foi de 28,8%, para 34.286 unidades. Este volume correspondeu já a 17,4% do mercado oficial, 5 p.p. acima do registado apenas dois anos antes. Nos VCLs, esta actividade tem pouca expressão: importaram-se apenas 1.600 veículos em 2004, contra 1.560 em 2003.

Gráfico 3 – Importação de Usados VPs

35.653 31.922 32.856 28.061 26.627 34.286 12,0% 11,0% 12,9% 12,4% 14,0% 17,4% 20.000 23.000 26.000 29.000 32.000 35.000 38.000 1999 2000 2001 2002 2003 2004 10% 12% 14% 16% 18%

Volume Peso no mercado oficial

Na evolução por segmentos de VPs, saliente-se o aumento do peso do médio-inferior (do VW Golf) para 38,1% do total. Com esta evolução, este segmento quase igualou o segmento abaixo (do VW Polo) com 38,6%, que continuou a diminuir de peso. Note-se que a meio da década de 90, a diferença entre estes dois segmentos era de quase 27 pontos percentuais, 28,5% contra 55,2%, respectivamente. Também para este fenómeno contribuiu a introdução de pequenos motores a gasóleo, com cilindradas entre 1.300 e 1.600 cc.

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Gráfico 4 – Segmentos VPs 2004 A00 4,0% B 14,6% C+D 3,0% G 1,7% A0 38,6% A 38,1%

O parque circulante terá totalizado, no final de 2004, segundo estimativas ainda provisórias da ACAP, cerca de 4,045 milhões de VPs, contra 3,966 milhões um ano antes, ou seja, mais 2%. A idade média voltou a aumentar, de 8,1 anos para 8,3 anos entre os dois momentos.

Em termos de resultados das marcas / grupos, a SIVA posicionou-se no segundo lugar do mercado de VPs, com uma quota de 13,5%, após 6 anos consecutivos de liderança.

Nos segmentos de VCLs, os Derivados de Passageiros (veículos de 2 lugares) aumentaram o seu peso pelo terceiro ano consecutivo, passando de 31,6% em 2001 para 37,0% em 2004.

Gráfico 5 – Segmentos VCLs 2004 Vans <2 t 19,1% Pick-ups 9,6% Fg+Ch.-Cab. 3-3.5 t 14,6% Fg+Ch.-Cab. 2-3 t* 19,8% Der.Pass. 37,0%

O parque circulante de VCLs totalizaria, segundo estimativas provisórias, cerca de 1,136 milhões de veículos, contra 1,119 milhões em 31 de Dezembro de 2003, o que corresponde a um aumento de 1,5%. A idade média das viaturas em circulação ter-se-á agravado novamente, passando de 6,7 anos no final de 2003 para 7,0 anos um ano depois.

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3. RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

A. Distribuição e Comércio Automóvel

1. Distribuição Automóvel – SIVA

Em 2004 as vendas totais de veículos ligeiros atingiram 29.448 unidades, representando um decréscimo de 5,1% face a 2003 o que, conjugado com o crescimento verificado no mercado (+3,9%), resultou numa redução da quota de mercado, de 12,0% para 11,0%, obtendo, tal como em 2002 e 2003, a segunda posição entre todos os Importadores.

No mercado de veículos de passageiros, a SIVA vendeu 26.619 unidades, correspondendo a uma quota de 13,5%.

Gráfico 6 – Vendas totais SIVA, 1994-2004

17555 44915 46507 40909 31022 29448 37546 29146 27816 20749 48143 7,8 9,2 9,2 10,2 11,2 11,3 13,6 13,4 12,0 11,0 8,8 10,0 10,6 12,5 13,3 14,4 17,7 16,8 14,9 13,5 5,35,1 10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000 45000 50000 55000 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 5 7 9 11 13 15 17 19

Volumes Quotas de Mercado VP+VCL Quotas VP + VCL Quotas Mercado VP Unidades

Volkswagen – Veículos Ligeiros de Passageiros

O início do ano 2004 foi marcado pela introdução na gama Golf de um conjunto importante de novidades tecnológicas, das quais se destacam, não só as motorizações 1.4 FSI e 2.0 FSI de 150cv, mas também o lançamento da caixa de velocidades DSG (esta também no Touran). Estes acontecimentos contribuíram para que o Golf fosse eleito “Carro do Ano 2004” justificando também que tivesse terminado o ano como líder das berlinas do segmento médio. Em Abril, nas instalações da Auto Europa, foi dado início à comercialização da Sharan ScreenLine que, com um elevado nível de equipamento, onde se destaca um sistema integrado de DVD, permitiu melhorar a relação preço-equipamento, e assim incrementar as vendas desta gama.

Em Maio, a introdução da motorização 2.0 TDI de 136cv na gama Passat representou um argumento de revitalização deste importante veículo da gama Volkswagen, que atingiu a fase de maturidade do seu ciclo de vida.

Por outro lado, o lançamento das séries especiais Polo Special, no início do segundo trimestre, e Polo Cricket, no último trimestre de 2004, revelaram uma considerável aceitação por parte do mercado, conquistando uma clientela mais jovem e conferindo à gama Polo um considerável aumento de competitividade face aos seus principais concorrentes.

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No final do ano, o lançamento do motor diesel 3.0 V6 no VW-Phaeton veio dar um impulso decisivo ao modelo, colocando-o pela primeira vez no coração do seu segmento, em termos de argumentos comerciais.

Volkswagen – Veículos Comerciais

O mercado dos veículos comerciais (segmentos A, B e C) diminuiu 0,43% face a 2003, mantendo a tendência negativa dos últimos anos, e marcando 2004 como o pior ano de sempre neste segmento de mercado.

Ainda assim, a marca Volkswagen Veículos Comerciais cresceu 42,19% face a 2003, tendo sido a marca que mais evoluiu neste segmento, fruto não só da sua autonomização operacional, mas também da nova dinâmica de produto.

A VW Caddy, apesar de lançada em meados do ano, deu um contributo decisivo para o crescimento da marca, devido ao elevado sucesso de vendas que tem demonstrado.

A VW Transporter manteve a sua ascensão em 2004, tendo as vendas crescido 1,28% e atingido uma quota de mercado de 4,86%.

A VW LT, apesar de se encontrar no final do seu ciclo de vida (será substituída em 2006), apresentou uma performance digna de realce aumentando a penetração, na versão furgão, em 3,54%.

Audi

A marca Audi registou no ano de 2004 um resultado comercial de 6.392 unidades vendidas, correspondentes a uma quota de mercado de 3,27%.

Esta performance revela a solidez que a Marca já alcançou no mercado nacional, uma vez que ao longo do ano foi efectuada a substituição dos seus três principais modelos.

No segmento de Luxo, o novo Audi A8 3.0 TDI com 233 CV, veio estabelecer uma nova referência em termos de performances e tecnologia neste nível de motorização.

Com o novo Audi A6, a Marca estabeleceu também no segmento das viaturas de prestígio, um novo patamar em termos de tecnologia e performance com as novas motorizações de 6 cilindros V6 TDI e V6 FSI.

O Audi A4 apresenta agora uma nova geração, aproximando-se ainda mais das gamas superiores, oferecendo quer o conforto, quer a dinâmica e tecnologia própria e exclusiva da Marca.

No segmento dos compactos de prestígio, o novo Audi A3 Sportback, veio vincar ainda mais a imagem desportiva da Audi, oferecendo agora uma versão simultaneamente familiar e desportiva, do compacto de prestígio mais bem sucedido no mercado nacional.

Em termos de desenvolvimento da Rede de Concessionários, concretizou-se o plano de Especialização iniciado em 1995.

Škoda

A Škoda terminou o ano de 2004 com um volume total de 2.784 viaturas vendidas, correspondendo a uma quota de 1.4% do mercado de veículos ligeiros de passageiros.

Por forma a contrariar a tendência de mercado, a Škoda apostou no lançamento de versões especiais como o caso do Škoda Fabia Choice 1.2 e do Škoda Fabia Sport 1.2 e 1.4TDI, demonstrando uma vez mais a vitalidade da marca e a sua constante preocupação em ir ao encontro das necessidades do consumidor jovem e dinâmico que valoriza a relação preço - equipamento.

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Exemplo disto foi também o lançamento da versão ŠkodaOctavia 4x4 Nature III, reforçando a presença da marca em importantes nichos de mercado.

O ano terminou com um importante lançamento para a marca, demonstrando a forte renovação que a Škoda está a atravessar:

O novo ŠkodaOctavia foi bem acolhido pelo mercado e pela Imprensa Internacional e Nacional, e desde logo revelou o seu potencial, ao ser indicado pelo Júri do Carro do Ano Volante de Cristal, como um dos 6 finalistas ao respectivo troféu.

No que respeita ao investimento em comunicação, a estratégia de posicionar a marca com um elevado grau de qualidade e um excelente preço foi reforçada durante 2004, tendo para tal apostado na comunicação above the line, nomeadamente com a campanha “Não Troco” relativamente à gama Fabia, e no final do ano transacto, a campanha de lançamento do novo ŠkodaOctavia que permitiu reforçar ainda mais a imagem da marca. Este lançamento ocorreu no Salão Internacional de Lisboa que, uma vez mais, contou com a presença da marca Škoda no mais importante certame nacional do sector.

A continuidade da participação da equipa Škoda/SIVA/GALP de ralis no Campeonato Nacional, um projecto inovador e jovem, contribuiu igualmente para aumentar os índices de notoriedade e de recordação da marca junto de novos públicos, nomeadamente camadas mais jovens.

O reposicionamento de preços em todas as gamas e o trabalho desenvolvido junto do Fabricante tornou possível reduzir o preço de venda a público da gama Fabia de forma significativa.

Em conjunto com a rede, foi desenvolvido, durante todo o ano, um importante trabalho de normalização de stocks, tendo como principal objectivo terminar 2004 com um nível de stock adequado e ajustado ao reposicionamento de preços e ao lançamento de novos produtos. A reestruturação de rede e a sua adaptação face às novas realidades da marca traduziram-se no encerramento de duas Concessões e na abertura de uma, pelo que se terminou o ano com um total de 27 Concessionários, traduzindo-se em 41 pontos de venda e 33 Oficinas Autorizadas.

Este trabalho, que importa continuar em 2005, é revelador da necessidade de uma rede forte, sólida nos valores da marca e preparada para os novos desafios que o mercado coloca.

Marcas de luxo (Bentley e Lamborghini)

Com a introdução no mercado de dois novos modelos logo no início de 2004, o Bentley Continental GT e o Lamborghini Gallardo, ambos posicionados num segmento de mercado imediatamente abaixo dos até então comercializados, verificou-se uma subida acentuada ao nível das vendas, sobretudo em comparação com o ano anterior.

Neste período foram comercializados 9 Bentley Continental GT e 3 Lamborghini Gallardo, encontrando-se já completamente alocada a quota da SIVA nos volumes de produção das Marcas para o primeiro semestre de 2005.

Em termos de após-venda, de registar um ligeiro decréscimo em relação ao mesmo período do ano passado, tendo a facturação total ficado cerca de 7,3 % abaixo de 2003.

Comunicação e Apoios

Em 2004,a SIVA ocupou um lugar de destaque no Salão Internacional do Automóvel, realizado na FIL, em Lisboa, com uma área de quase 2500 m2, onde se reuniram todas as Marcas de veículos ligeiros de passageiros representadas pela SIVA, distribuídas por 5 stands: Audi, Bentley, Lamborghini, Škoda e Volkswagen.

Ao longo do ano, a SIVA desenvolveu diversas acções de promoção das marcas, com diversas vertentes de actuação com um duplo objectivo: o reforço dos valores identificadores das marcas, e dar contributos para a comunidade onde se insere sob formas que vão para além de

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uma relação comercial, e representam um real investimento em áreas ou actividades mais carenciadas.

Assim, foram identificadas as seguintes vertentes de actuação:

i. Segurança Rodoviária

Na Volkswagen – Veículos de Passageiros, foi dada uma especial atenção à promoção da segurança rodoviária, com a realização de um conjunto de acções dirigidas a diversos públicos, tais como séries animadas de televisão para educação básica de crianças (“Missão Segurança”), promoção de circuitos de condução infantil, associação ao site “Educação Rodoviária”, e uma operação inédita de apoio a condutores da Volkswagen nas auto-estradas A1 e A2 durante as férias de Verão, com a oferta gratuita de serviços básicos de manutenção e verificação de veículos.

Merecem destaque os apoios da Volkswagen (Veículos de Passageiros e Comerciais) à Escola de Formação da Condução e Prevenção Rodoviária, que permitiram sensibilizar um vasto conjunto de condutores prioritários, como Bombeiros, Policias Municipais, Associações Humanitárias, Motoristas de Transportes Públicos e Infantil para a correcta utilização do automóvel, recorrendo a técnicas e experiências de condução segura, num sistema combinado de aulas teóricas e práticas. Também os Condutores de Ambulâncias do INEM tiveram um curso de formação específico, onde participaram mais de uma centena de condutores do serviço de emergência médica.

ii. Cultura

Na Volkswagen-Veículos Comerciais, destaca-se o apoio da Marca ao Doclisboa2004, festival internacional de cinema exclusivamente dedicado ao documentário

Quanto à Audi, esta marcou a sua presença nas “Noites de S. Bento”, uma iniciativa dos antiquários daquela artéria de Lisboa, associou-se à promoção do filme “Eu, Robot”, e ainda a diversos concertos musicais.

Finalmente a Škoda renovou a parceria com o Centro Nacional de Cultura, apoiando as suas actividades.

iii. Desporto

No desporto automóvel, a Volkswagen estreou-se em 2004 no campeonato nacional de ralis, com a equipa oficial Volkswagen Galp Racing, composta por dois Volkswagen Polo Super 1600, conduzidos por Pedro e Paulo Meireles.

Também a Škoda participou no Campeonato Nacional de Ralis, onde esteve presente com a equipa oficial SIVA/Galp composta por dois ŠkodaFabia RS TDI, conduzidos pelos jovens pilotos Pedro Zamith e Manuel Amaral, reforçada em três das provas com a participação de um terceiro carro conduzido por pilotos de renome: Rui Madeira, José Carlos Macedo e Nuno Pinto.

A Škoda desenvolveu igualmente a presença nos Karts onde, ao apoio ao Kartódromo de Évora, se juntou uma participação nas 24 Horas de Évora, como patrocinador e com uma equipa. Reforçando a proximidade com o público jovem, a Škoda associou-se ainda a desportos como o Kite-Surf e o Surf, com o apoio a provas internacionais realizadas no nosso país.

No atletismo, o suporte ao Škoda Maratona Clube continua a dar frutos, com a crescente evidência internacional da equipa no corta-mato e pista, culminando com a presença de um dos seus atletas nos Jogos Olímpicos de Atenas.

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A AUDI elegeu o hipismo e golfe como as suas modalidades desportivas de eleição. Na primeira, a Marca apoiou a Federação Equestre Portuguesa no projecto de certificação de qualidade dos centros hípicos e esteve presente no IV Concurso de Atrelagem Internacional, integrado na Copa Ibérica 2004, e no Concurso de Saltos Internacional Oficial de Lisboa (CSIO), onde promoveu o Grande Prémio Audi. No golfe, o destaque vai para o torneio Audi quattro cup, que em 2004 teve a sua 9ª edição nacional, e para o apoio à final mundial, que reuniu no Algarve mais de 240 participantes de 32 países.

Peças e Acessórios

A venda de Peças e Acessórios atingiu o valor de € 87,5 Milhões. A performance alcançada foi particularmente positiva, tomando em consideração, por um lado, a conjuntura económica, e por outro lado, a evolução do mercado automóvel, factores que contribuíram para uma desaceleração do potencial de crescimento do negócio das Peças e dos Acessórios.

O Grau de Serviço (indicador que mede o nível de fornecimento de Peças e Acessórios da SIVA para a sua Rede de Oficinas Autorizadas) registou uma evolução favorável do seu valor médio anual, o qual se situou acima dos 96%, com reflexos importantes no nível de Satisfação dos Clientes.

Durante o ano de 2004, foram implementadas várias acções que se vieram a revelar decisivas para a performance alcançada, tais como:

- a dinamização das acções de marketing local,

- o significativo reforço da promoção e divulgação da linha de Acessórios, - o reposicionamento dos preços das peças mais competitivas,

- as melhorias introduzidas ao nível da gestão de stocks,

- um superior acompanhamento dos procedimentos relacionados com as encomendas para viaturas imobilizadas,

- o alargamento, a um maior número de Oficinas Autorizadas, das entregas de Peças pedidas no próprio dia, e

- as acções de formação ministradas aos Colaboradores da SIVA e das Oficinas Autorizadas.

2. Retalho Automóvel – Viaturas Novas SOAUTO

O volume de negócios do conjunto de participadas da SAG nesta área de actividade, agregadas na SOAUTO, registou um ligeiro acréscimo de cerca de 1% face ao ano transacto, ascendendo a cerca de 132 milhões de euros.

- Foram comercializadas 3.777 viaturas novas, menos 6,2% face ao ano anterior. - Foram transaccionadas 1.491 viaturas usadas, mais 21,7% face ao ano transacto. - A actividade de venda de peças cresceu cerca de 1,2% face ao ano anterior.

- O número de passagens nas oficinas foi de 74.706, gerando um volume de horas vendidas de 226.285, menos 1,3% e 3,9% respectivamente, face ao ano transacto.

- O peso da actividade do após-venda no volume de negócios manteve-se em cerca de 25%. - Graças à adaptação das estruturas das concessões à realidade presente do negócio do

retalho automóvel, o resultado líquido gerado pela SOAUTO ascendeu a cerca de € 3,8 milhões.

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Investimentos efectuados no ano de 2004

Durante o ano de 2004, deu-se continuidade à política de especialização e consolidação das marcas concessionadas:

- Realizaram-se obras de modernização e de adaptação à imagem corporativa da marca Audi nas áreas de exposição e recepção da Cercascais.

- Concluiu-se o projecto de homogeneização dos sistemas informáticos das concessões, com a instalação do Dealer Management System (GDMS) na JM Seguro e Rolporto.

- Deu-se continuidade à renovação do parque informático da generalidade das concessões.

3. Retalho Automóvel – Viaturas Semi-Novas e Usadas Usado OK

Em 2004, a Usado OK foi reorganizada em duas estruturas operacionais:

- A Unidade de Valores Residuais, responsável pela definição dos valores Residuais das viaturas detidas pelas empresas do Grupo, pela sua aferição permanente e pela determinação dos desvios dos Valores Residuais projectados face à realidade no momento da compra. Acumula também a actividade de venda através de leilões.

- A Unidade Operacional, responsável pela logística das compras e vendas e promoção da venda das viaturas a comerciantes, a empresas de Rent-a-Car e a Concessões.

No âmbito da missão da Usado OK, enquanto empresa do Grupo SAG dedicada à comercialização, junto de Clientes Profissionais, das viaturas semi-novas e usadas do Grupo, o volume de vendas atingiu as 7.249 unidades.

A actividade de venda a comerciantes decorreu a partir da plataforma da Azambuja, tendo registado dificuldades inerentes ao estado geral do mercado automóvel.

Garagem Central de Queluz

Em 2004, a Garagem Central de Queluz (GCQ) passou a gerir a marca Globalcar, com o objectivo de venda de viaturas seminovas e usadas a Cliente Final, nos Centros de Rio de Mouro e Azambuja.

A GCQ vendeu 783 viaturas a Cliente Final, o que representou € 12.4 milhões de facturação e 273 viaturas a Comerciantes, o que representou € 1 milhão de facturação. Estes números espelham a crise do sector e da economia em geral.

Em 2004, efectuaram-se 387 contratos de financiamento, o que representou uma taxa de conversão de 49,43% das vendas.

O quadro comercial da Empresa conta com 8 consultores e no Centro de Rio de Mouro, foram registados 42.000 visitantes.

As viaturas vendidas a Cliente Final beneficiam da certificação da TÜV, o que contribuiu para reforçar a imagem de qualidade dos produtos vendidos.

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1. Serviços Automóvel

I. Portugal a. Globalrent

A Globalrent, é a empresa do Grupo SAG que detém o franchise da Sixt Rent-a-Car para o mercado português, centrando a sua actividade no Aluguer de Curta Duração, orientado para os segmentos do Turismo, de Empresas e de Particulares.

No segmento Turismo, os meses de Verão deram alguns sinais positivos, pois assistiu-se a um crescimento significativo da procura, certamente estimulada pela realização do festival Rock-in-Rio e sobretudo pelo Euro 2004. No entanto, no último trimestre voltou a verificar-se uma retracção acentuada do mercado turístico.

Apesar disso, a Globalrent conseguiu aumentar em 4,4% o número de dias de aluguer neste segmento. Este factor, associado a um crescimento do preço médio por dia de aluguer (RPD) de 6,7% resultou num aumento do volume de negócios de 11,3%.

No segmento Empresas, a actividade da Globalrent é, por um lado, dirigida a todo o tecido empresarial português e, por outro lado, funciona como um complemento natural das outras actividades do Grupo SAG, suprindo as necessidades de Viatura de Substituição dos Concessionários e de alguns Clientes de Aluguer Operacional de Veículos.

Neste sector, manteve-se em 2004 a tendência negativa da procura, provocada essencialmente pela situação económica difícil que o país atravessa.

Com este condicionalismo, o volume de negócios da Globalrent no segmento Empresas decresceu 1,6%, embora o número de dias de aluguer tenha crescido 5,9%. Esta situação explica-se pelo facto de ter havido um maior peso de alugueres mensais que implicam um preço médio por dia de aluguer (RPD) mais baixo, mas que permitem assegurar uma taxa de utilização mais elevada.

Em termos globais, o total de número de dias de aluguer teve uma evolução positiva de 5,2% e o volume de negócios cresceu 7,5%, já que se registou um aumento de 1,7% no preço médio por dia de aluguer (RPD).

No que diz respeito à gestão da frota, a Globalrent manteve a política iniciada em 2003 que envolve uma interacção dupla, como Cliente e como Fornecedor, com a Usado OK, beneficiando assim de uma maior flexibilidade no ajustamento da oferta à procura, nomeadamente nas épocas em que ocorrem picos do negócio.

Desta forma, foi possível reduzir a frota média da empresa em 2,3% face ao ano anterior, permitindo uma melhoria da taxa de utilização que passou de 68,0% em 2003 para 72,6% em 2004.

Para além de um aumento do volume de negócios e de uma melhoria muito significativa da taxa de utilização, foram desenvolvidas diversas acções com vista a melhorar a eficiência da empresa e a qualidade do serviço prestado, de entre as quais são de realçar as seguintes:

- Criação de uma aplicação para reservas via Internet, que integra directamente com o sistema operacional, permitindo fornecer de imediato e on-line ao Cliente a confirmação de cada reserva;

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- Terceirização dos serviços de Check-In e Check-Out nos aeroportos de Lisboa e Porto, que veio trazer um maior acompanhamento do Cliente nos momentos de entrega e devolução das viaturas, assegurando também uma maior eficiência destes processos.

Não obstante os aumentos de eficiência operacional alcançados pela Globalrent mantém-se a realidade do sector onde opera que se caracteriza por uma crise conjuntural e com rentabilidades muito débeis.

b. Multirent

O mercado português de Aluguer Operacional de Viaturas (AOV) continua em fase ascendente, estimando-se que o número de novos contratos tenha crescido cerca de 8% em relação a 2003.

A frota total sob gestão ultrapassou as 80.000 viaturas, o que representa um crescimento de mais de 30% relativamente à situação verificada no final do ano anterior.

De facto, ao contrário do que já se verifica em outros países da Europa, o mercado português de AOV ainda não atingiu o seu estado de maturidade, pois existem ainda muitas empresas de pequena e média dimensão que só agora começam a aperceber-se das inequívocas vantagens que um sistema como o AOV pode trazer para a gestão das suas frotas. Da mesma forma, os Clientes particulares também ainda não aderiram de forma massiva a esta solução, embora o AOV traga igualmente vantagens importantes para eles.

Para a Multirent, o ano de 2004 constituiu o exercício de consolidação da empresa como um dos principais players do mercado português de AOV, apesar de a sua quota de mercado ter descido cerca de três pontos percentuais, para aproximadamente 14%. O número total de novos contratos originados em 2004 foi de 4.420, o que representa um decréscimo de 15,5% em relação à produção do ano anterior. Esta redução explica-se, por um lado, pelo facto de, em 2003, ter sido concretizado um negócio pontual, que envolveu um volume muito elevado de contratos de duração relativamente curta, situação que não se veio a repetir em 2004, e por outro, por uma política conservadora de gestão de valores residuais de viaturas.

A carteira média de contratos activos foi de 8.705 unidades, tendo registado um crescimento de 22% em relação à carteira média de 2003.

A Multirent procurou seguir uma política mais enfocada na rentabilidade dos negócios, em detrimento de objectivos de volume, tendo mantido uma forte concentração dos seus esforços na fidelização de Clientes e na melhoria da qualidade do serviço prestado. Nesse sentido, foram desenvolvidas diversas actividades, de entre as quais há que destacar as seguintes:

- Introdução de alterações na aplicação de gestão de propostas, com vista a uma melhoria do nível da eficiência operacional da empresa e a um aumento da rapidez de resposta aos Clientes;

- Melhoria da aplicação de gestão de contratos de forma a permitir o envio de dados de facturação por via electrónica, o que irá permitir uma grande redução do trabalho de registo de facturas por parte dos Clientes;

- Implementação de uma ferramenta de e-business (B2C), que vem assegurar uma maior interactividade com os Clientes, pois permite, via Internet, efectuar simulações de contratos de AOV e consultar um conjunto vasto de informações sobre a respectiva carteira de contratos;

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- Realização do 3º Inquérito de Satisfação dos Clientes. Os resultados obtidos mostram uma melhoria importante relativamente aos valores verificados em 2003 e indicam que cerca de 85% dos Clientes se encontram satisfeitos ou muito satisfeitos com os diversos serviços prestados pela empresa;

- Realização de mais duas acções de Focus Group;

- Realização de eventos específicos com vista à fidelização de Clientes;

- Criação do Comité de Satisfação do Cliente que envolve as diversas áreas da Multirent e que tem por objectivo identificar os aspectos em que a empresa precisa de melhorar, bem como definir quais as acções necessárias para se conseguir aumentar a qualidade do serviço prestado e o nível de satisfação dos Clientes.

c. LGA

O ano de 2004 ficou marcado para a LGA como o ano da concretização de alterações na orientação das suas actividades principais, decorrente da necessidade de adaptação às mudanças do mercado.

Preparação de viaturas novas (PDI)

Fruto da sua característica de prestador de serviços directo às Redes de Distribuição de veículos novos, a LGA viu a actividade afectada pelas variações verificadas no sector, registando um abrandamento no número total de viaturas preparadas na ordem dos 6% face ao ano de 2003.

A redução no volume de viaturas tem vindo a ser acompanhada com adaptações sucessivas no quadro de pessoal, ajustando a capacidade instalada às reais necessidades do momento. Esta situação contribuiu para uma redução nos custos, originando uma melhoria nos resultados.

Recondicionamento de usados

2004 foi o segundo ano em que a LGA se encontrou no mercado como fornecedor deste tipo de serviço.

O abrandamento verificado nesta actividade não incentivou, nesta fase, o aumento da oferta deste tipo de serviço.

Reparação

No final de 2003 a LGA criou as condições necessárias para que durante 2004 se verificasse uma alteração na sua postura face ao mercado.

Com efeito, a actividade de grandes reparações de chapa tem vindo a registar um decréscimo de entradas, fruto de algumas circunstâncias de mercado. O aparecimento de reparadores independentes, com fortes ligações a grupos seguradores, o aumento do custo da reparação e a menor valorização das viaturas tem, por um lado, provocado alguma dispersão das reparações, e por outro, uma sensível redução do volume de viaturas a reparar.

Fruto destas alterações de mercado a LGA tem vindo a implementar no sector de Reparação uma política de procura de actividades alternativas que compensem a nova realidade do mercado.

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Foi assim que, gradualmente, a LGA, aproveitando a sua capacidade em meios técnicos e procedendo ao aproveitamento e redimensionamento da sua estrutura humana, se dedicou à conquista de Clientes externos, implementando uma política de prestador de serviços na área da manutenção automóvel.

Neste âmbito, foi feito o levantamento das actuais instalações, de modo a avaliar a intervenção necessária para que a LGA possa ser considerada Oficina Autorizada para a totalidade das marcas distribuídas pela Siva.

Car&Go

Concretizando as orientações estratégicas do Grupo SAG, a LGA criou um projecto piloto na área dos serviços rápidos multimarca, sob a marca Car&Go.

Este projecto piloto foi implementado nas instalações da Global Car, com o objectivo de avaliação deste tipo de actividade nas suas diversas vertentes.

d. Comepor

Encontrando-se estabilizada a prática de venda de seguros associados aos contratos de AOV da Multirent, o desenvolvimento da actividade comercial da Comepor incidiu particularmente no desenho e implementação do projecto Seguro Automóvel SAG. Este projecto pretende exceder a simples comercialização de um seguro automóvel associado à venda de veículos nos concessionários Soauto e na Global Car, uma vez que lhe está associado um conjunto de serviços somente disponíveis para os aderentes a este seguro. Os objectivos a alcançar com este projecto são fundamentalmente:

- aumentar a fidelização do Cliente à marca e ao Grupo SAG, quer pela promoção deste novo serviço, quer pelo desenvolvimento de uma perspectiva integrada de serviço total, direccionando o Cliente para as oficinas SAG, em caso de manutenção, avaria ou acidente / sinistro;

- aumentar as receitas dos concessionários, promovendo a venda deste novo instrumento de fidelização dos clientes SAG;

- potenciar sinergias dos diversos canais de distribuição, diversificando a oferta de serviços aos clientes;

- contribuir para melhorar o serviço de após-venda.

No que respeita à carteira de seguros do Grupo SAG, foram implementadas ferramentas de apoio à gestão da carteira, quer na vertente de produção, quer na vertente de gestão de sinistros. A Comepor procurou optimizar os canais de comunicação com os seus principais clientes, nomeadamente, através da concessão de acessos directos à consulta da base de dados da respectiva carteira de seguros.

Apesar da redução de cerca de 10% nos custos com seguros incorridos pelas várias Empresas SAG em 2004, a Comepor consolidou prémios de seguro cobrados superiores a € 10 milhões, em que os proveitos operacionais da Comepor representaram aproximadamente 8,4% deste valor.

A Comepor acompanhou e geriu mais de 2.400 processos de sinistro, tendo reclamado às Seguradoras, e pago às diferentes empresas SAG, um volume de indemnizações superior a € 2,5 milhões.

Os aumentos do nível de actividade assentaram numa automatização de processos e descentralização de tarefas, não tendo sido acompanhados por um crescimento da estrutura da Empresa, resultando assim, em significativos ganhos de produtividade durante o exercício.

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e. SAG Serviços

Foram implementadas as medidas de reorganização decididas em 2003, que permitiram que a Empresa concentrasse os seus esforços num número limitado de áreas de actividade onde as competências da SAG Serviços sejam passíveis de partilha pelas restantes Empresas do Grupo SAG.

Desta forma, a SAG Serviços passou a assegurar exclusivamente as seguintes actividades:

- Tesouraria e Gestão Financeira, coordenando as actividades “cash pooling” do Grupo;

- Contabilidade, assegurando a uniformidade das políticas e práticas do Grupo, tendo nomeadamente coordenado o processo de adopção das Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS / IFRS);

- Consolidação e Reporting.

Como resultado destas iniciativas, foi possível reduzir a base de custos da Empresa e, em simultâneo, alcançar melhorias no nível do serviço prestado às Empresas Clientes.

II. Brasil

O ano de 2004 foi caracterizado por grandes mudanças, nas atitudes e nos resultados. Em Abril, as equipas de directores e gerentes definiram aquele que foi apelidado por “novo sentido de direcção” da Unidas, além da nova Missão e Valores da Empresa. Nesta ocasião, também foram traçadas cerca de 80 metas, englobadas num ambicioso Plano de Acção. No final do ano, após todos os esforços e investimentos necessários para dar suporte ao crescimento, foram alcançados os seguintes resultados:

- Recorde de aluguer na história da Unidas – 1.795 diárias num único dia – 30 de Dezembro;

- Renovação de 90% dos contratos de gestão de frota, e crescimento da carteira de contratos em gestão em mais 2.100 veículos;

- Facturação de R$ 107 milhões, representando um crescimento de 13% em relação a 2003.

Corporate Fleet

Com um total de 2.340 empresas a actuar no mercado brasileiro, a que correspondia, em 2003, uma frota de 181.900 veículos, o mercado de Corporate Fleet tem vindo a registar um crescimento contínuo, a exemplo do que já ocorre nos Estados Unidos e nos principais países da Comunidade Europeia.

A SAG do Brasil continuou a dedicar uma especial atenção à actividade de Corporate Fleet, tendo para o efeito reorganizado a sua área comercial, através da contratação e formação de novos colaboradores, centrando a sua actuação comercial especialmente em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul, estados onde se concentram as maiores frotas automóveis do País.

Por outro lado, consolidou-se o relacionamento com Clientes com grandes frotas e intensificou-se a identificação e captação de novos Clientes com frotas de média dimensão, diversificando assim o portfolio.

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Foi igualmente dada uma especial atenção ao atendimento, criando-se uma área especializada na gestão e acompanhamento de Clientes, visando a melhoria constante dos serviços prestados e uma maior proximidade.

A actividade comercial procurou diversificar e expandir a carteira de Clientes, com ênfase em frotas de média dimensão, visando o aumento de rentabilidade.

O número de viaturas sob gestão totalizava no final do ano as 6.707 unidades, acumulando um saudável crescimento de dois dígitos. Traduzida em termos financeiros, esta frota correspondia a um capital financiado de R$ 126,4 milhões, mais 25% do que ao final do ano anterior.

Capital financiado em carteira (R$ mn) 100,5

126,4

2003 2004

Prosseguindo a melhoria da gestão e acompanhamento de Clientes, foram revistos e melhorados os sistemas de facturação, e implementado um sistema de avaliação dos serviços prestados.

O modelo de pricing e o sistema de elaboração de propostas foram igualmente revistos, buscando uma maior competitividade e uma maior capacidade de resposta ao crescente número de propostas em negociação.

Para além de uma adequada revisão e melhoria dos processos administrativos e informáticos de suporte ao negócio de Corporate Fleet, foi igualmente instituído um Comité de Risco Automóvel, que permite o acompanhamento permanente da evolução da carteira, e uma avaliação dos riscos de valor residual.

Rent-a-Car

O mercado brasileiro de aluguer de automóveis a curto prazo apresenta-se bastante consolidado e “comoditizado”, com um número elevado de empresas de aluguer regionais de pequena e média dimensão. Existe pouca diferenciação de preços e uma grande falta de cultura de locação por parte dos Clientes Particulares, representando os alugueres por Empresas cerca de 75 % do total dos dias de aluguer.

Em 2004 a SAG do Brasil visou o aumento da receita média diária neste negócio, incentivando e expandindo a base de Clientes Particulares, e desenvolvendo e incrementando, a sua actividade junto do segmento das Agências de Turismo. Assim, privilegiou-se o aumento da receita média diária em detrimento do crescimento do volume de dias de aluguer.

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2.205 1.946 56,3% 57,7% 1.800 1.900 2.000 2.100 2.200 2.300 2003 2004 50% 54% 58% 62%

Dimensão Frota Taxa de Utilização Total

A frota média anual atingiu as 1.946 viaturas. Esta evolução foi acompanhada por uma melhoria de eficiência, com uma taxa de utilização total de 57,7%.

Semi-novos e Usados

Em 2004 registou-se a abertura de 6 lojas para venda a Cliente Final de viaturas provenientes do defleet das frotas de Corporate Fleet e de Rent-a-Car, concretizando o projecto de diversificação dos canais de escoamento daqueles veículos que, até este ano, era integralmente realizado através de comerciantes e concessionários.

Vendas de semi-novos e usados - 2004

35%

65%

Particulares Comércio

Assumindo um papel eminentemente instrumental, a unidade de Semi-novos e Usados foi responsável pelo escoamento total de 4.864 veículos, sendo 3.161 veículos vendidos através de comerciantes e concessionários e 1.703 veículos vendidos a Cliente Final.

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2. Serviços Financeiros

Interbanco

O ano de 2004 veio confirmar uma ligeira recuperação dos indicadores económicos que condicionam mais directamente a actividade do Interbanco, com destaque para o crescimento de 3,8% nas vendas de viaturas ligeiras novas registado no mercado automóvel, evolução que, contudo, beneficiou do impacto positivo dos eventos culturais e desportivos ocorridos em Portugal durante este ano. Uma maior lentidão na retoma dos indicadores de referência que mais condicionam a procura de crédito (consumo e investimento privados, rendimento disponível das famílias), a manutenção das políticas internas em matéria de risco, spreads e comissionamento, mais rigorosas que as práticas registadas num mercado já por si muito competitivo, e uma forte dependência face ao conjunto de marcas automóveis dos seus principais parceiros de negócio, cujo desempenho comercial ficou aquém da média do mercado, condicionou, naturalmente, o volume de negócio alcançado pelo Banco.

Nesta conformidade, o volume de capital financiado atingiu cerca de 300 milhões de euros, valor que ficou em linha com o resultado alcançado em 2004 (302 milhões de euros) e que embora ainda constitua uma variação homóloga negativa, traduz uma clara tendência de recuperação face aos 2 últimos exercícios. Tendo em consideração a evolução registada no número de veículos novos vendidos (agregado das viaturas ligeiras de passageiros e comerciais), a quota de mercado do Interbanco sofreu uma ligeira quebra.

O posicionamento competitivo do Interbanco assente num leque de parcerias bastante diversificado, que agrega acordos com marcas e com alguns dos mais importantes grupos de retalho automóvel nacionais, permitiu enfrentar um mercado fortemente adverso, quer na vertente de preço a cliente final, quer nas contrapartidas proporcionadas aos prescritores. Na área de dinamização promocional das redes de distribuição, o Interbanco lançou pela primeira vez um catálogo de incentivos destinado a motivar de forma mais abrangente o universo das equipas comerciais envolvidas na distribuição dos seus produtos. Foram, ainda, realizadas inúmeras campanhas financeiras em co-participação com distribuidores e/ou concessionários, destinadas a apoiar as vendas ou lançamentos de determinadas marcas e modelos automóveis. Procedeu-se a uma alteração estrutural e profunda no método e condições de remuneração do canal de Promotores (agentes independentes do Banco, que cobrem comercialmente o interior do País), adaptando-os à evolução que se verificou no mercado desde o seu lançamento.

Dispondo de plataformas organizativas eficientes, tanto em polivalência como em níveis de serviço, adequadas a suportar um volume de negócios superior ao registado nos últimos três anos, o Interbanco deu especial enfoque à racionalização dos custos de estrutura, procurando optimizar processos e realizar poupanças significativas em matéria de fornecimentos e serviços de terceiros.

Por outro lado, e não obstante a pequena quebra verificada na carteira de crédito, o controlo eficaz da margem financeira, a manutenção de um controlo rigoroso dos riscos operacionais e de crédito e de elevados níveis de eficiência na recuperação da carteira vencida, criaram condições para uma significativa redução do esforço de provisionamento que, conjuntamente com as medidas de contenção e redução de custos na plataforma de suporte ao negócio, permitiram que os resultados líquidos atingissem 8,623 milhões de euros, valor que representa um ligeiro crescimento face aos resultados alcançados em 2003. A remuneração dos capitais próprios atingiu 17,2%, praticamente ao nível do valor atingido no ano transacto, e a remuneração do activo situou-se nos 1,2%.

De acordo com o divulgado nas Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas, a participação do Grupo no Interbanco é registada pelo respectivo valor de custo, sendo os respectivos dividendos reconhecidos no período a que respeitam.

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SIVAonline

2004 foi um ano de referência para a evolução do SIVAonline, marcado pelo lançamento da nova versão 2.0 no mês de Maio e pela integração das actividades da Empresa na Direcção de Organização Tecnologias e Sistemas de Informação (DOTSI) do Grupo SAG, localizada nas instalações da SIVA, na Azambuja.

Beneficiando desta proximidade com as marcas representadas, o portal SIVAonline acompanhou o lançamento de novos modelos, versões e séries especiais, possibilitando o acesso em detalhe e online à informação, através do também renovado e melhorado configurador de viaturas.

Com início em Junho de 2003, a newsletter vem cumprindo a sua missão de divulgar as novidades das marcas, fazendo a publicação semanal das mais recentes notícias da Audi, Volkswagen, Skoda, Volkswagen Veículos Comerciais, bem como da Bentley e da Lamborghini. O portal SIVAonline registou, em 2004, 1,5 milhões de visitas, e um acumulado de 71.000 utilizadores registados, correspondendo a um crescimento de 50% no número de visitantes e 40% nos utilizadores registados.

Foram geradas, através do portal, 55.000 propostas para as redes de concessionários das marcas Audi, Skoda e Volkswagen, sendo que 47,063 respeitaram a propostas para aquisição de veículos novos e as restantes 7.937 a veículos usados.

4. ACTIVIDADES DE SUPORTE ÀS ÁREAS DE NEGÓCIO

A. Recursos Humanos

O número de colaboradores das empresas do Grupo SAG no final de 2004 tinha estabilizado relativamente a 2003, embora com uma diferente repartição por Áreas de Negócio:

2002 2003 Var% 2004 Var% Total Colaboradores 1.610 1.521 -5,5% 1.526 0,3%

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93 253 518 253 493 89 251 483 239 459 59 241 500 232 494 0 200 400 600 800 1.000 1.200 1.400 1.600 1.800 Nº Colaboradores 2002 2003 2004

Colaboradores por Áreas de Actividade

Serviços - Brasil Serviços - Portugal Retalho

Distribuição

Actividades de Suporte

Esta evolução reflecte a aposta no crescimento de actividades como o Retalho, nomeadamente de Usados, e dos Serviços no Brasil, bem como a continuação do esforço de racionalização noutras Áreas de Negócio e das actividades de suporte ao Negócio.

A actividade da Área de Recursos Humanos do Grupo SAG em 2004 desenvolveu-se no âmbito de uma reorganização interna, que foi suportada pela aquisição de um novo sistema de processamentos de salários e gestão de pessoas, onde foram implementadas metodologias mais ágeis e dinâmicas no sentido da optimização dos processos e consolidação das bases de dados com informação sobre todas as vertentes da gestão de recursos humanos.

Também foi iniciado um processo de uniformização de diversos processos, incluindo a avaliação de desempenho de colaboradores, e uma maior incorporação do mérito nas propostas de revisão salarial.

A implementação do novo Código do Trabalho, a partir do fim de 2003, provocou ainda diversas alterações nas áreas de contratação, gestão de horários de trabalho e regime de férias. A este propósito foram desenvolvidas acções de formação internas e externas, de molde a preparar devidamente os colaboradores para as alterações que se vieram a produzir.

Entretanto, em face das modificações que esta alteração legislativa produziu a SAG integrou a Comissão Especializada de Assuntos Laborais no âmbito da ACAP, onde contribuiu com propostas adequadas para a redacção do novo Contrato Colectivo de Trabalho para o Sector Automóvel. No capítulo dos benefícios sociais, foram ainda renegociados protocolos com algumas instituições financeiras de modo a melhorar as condições financeiras de diversos produtos bancários a todos os colaboradores.

No campo da formação merece destaque a formação do Retalho, onde em colaboração com o Importador se desenvolveram diversos cursos orientados para os vários sectores de actividade das concessões. Estes têm o objectivo de aumentar a produtividade e a qualidade do desempenho dos colaboradores como suporte ao crescente nível de serviço prestado ao cliente.

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2004 foi caracterizado pelo elevado envolvimento da área de Tecnologias de Informação e Organização nos projectos de negócio do Grupo SAG. Foi ainda o ano da integração do canal Internet do Grupo na estrutura da DOTSI, situação que veio completar a oferta de serviços integrados prestados às Empresas do Grupo e às Redes de Concessionários SIVA.

Com o alargamento das actividades DOTSI, e de forma a garantir o envolvimento de todas as áreas nas actividades de TI, foi alargada a constituição do Comité Tecnológico do Grupo com a entrada de um responsável representativo de cada área de negócio.

Foram desenvolvidos durante o ano 107 novos projectos em todas as áreas e que contribuíram para suportar a actividade das empresas do Grupo SAG e das Redes de Concessionários SIVA. Destacamos alguns destes projectos:

- Nova solução de Recursos Humanos transversal a todas as Empresas do Grupo, que acompanhou a reorganização da área de Recursos Humanos do Grupo.

- Continuação da implementação de SAP FI (Financial Accounting) em todas as Empresas no sentido de standardizar as ferramentas de informação financeira e de facilitar o processo de gestão e consolidação.

- Lançamento da nova versão do software de gestão de peças SIVAPEÇAS 2.0, com importantes funcionalidades para as Oficinas Autorizadas, nomeadamente em termos de informação de gestão. Este projecto foi precursor na utilização do Datawarehouse BW em MySAP, projecto que foi implementado em paralelo.

Foram desenvolvidos 45 novos projectos no SIV (Sistema de Informação de Viaturas), em resposta às alterações nos processos de negócio da distribuição automóvel, e implementadas novas funcionalidades, garantindo a necessária flexibilidade à gestão na implementação de novos processos e actividades.

A segurança é uma preocupação constante nas actividades da DOTSI, facto que motivou o upgrade do nível de segurança, nomeadamente no que respeita à utilização da Internet e correio electrónico, através da introdução das normas ISA2004.

Iniciou-se a mudança de operador de telecomunicações, facto que foi aproveitado para redefinir as capacidades de comunicação, melhorando o nível de serviço associado. O grupo conta desde 2004 com um sistema de vídeo-conferência entre a Sede (Alfragide), São Paulo (Brasil) e SIVA (Azambuja).

Para fazer face ao crescimento da actividade suportada em tecnologias de informação, foram reforçados e substituídos alguns servidores e reestruturadas infra-estruturas físicas, nomeadamente em Concessionários do Grupo, unidade que se encontra desde 2004 uniformizada com o mesmo sistema DMS (Dealer Management System). Ainda em relação à consolidação de equipamentos, foram reduzidos os servidores de grande porte através da rentabilização da infra-estrutura existente. Os serviços de Tecnologias de Informação do Grupo SAG às Redes de Concessionários foram consolidados num contrato de prestação de serviços - IT PACK, e implementados a partir de Outubro de 2004, com vantagens ao nível do serviço e suporte. Foram respondidas pela equipa de suporte mais de 1.500 chamadas de carácter técnico sobre todos os sistemas em funcionamento nas redes e que constituem os standards da SIVA. O lançamento do IT PACK foi acompanhado por formação a mais de 150 colaboradores de Oficinas e Concessionários autorizados, situação que recebeu o agrado de todos e que teve reflexo imediato ao nível da utilização dos sistemas.

Na área de Internet, o lançamento do site Sixt.pt em Maio, com a sua central de reservas, excedeu as melhores expectativas.

Foram desenvolvidos projectos de identificação e melhorias operacionais, que terminaram com recomendações de alterações e novos sistemas, assim como a produção de manuais de procedimentos em áreas como a Multirent e os franchisados SIXT, regras de abertura de clientes e regras internas nos processos de back-office.

(29)

C. Logística

Deu-se continuidade ao programa de optimização de custos e destacam-se os seguintes aspectos: - Criação de uma Central de Compras para todas as empresas do Grupo SAG em Portugal,

permitindo racionalizar meios e obter as sinergias decorrentes de um maior peso negocial na relação com fornecedores de bens, serviços e imobilizado;

- Gestão directa da exploração do parque de viaturas da Azambuja, com os consequentes benefícios financeiros e operacionais decorrentes desta alteração estrutural para diversas empresas do Grupo.

5. RESPONSABILIDADE SOCIAL / MECENATO

O Grupo SAG sempre manteve uma particular atenção às necessidades da comunidade que a rodeia, tendo para isso realizado um conjunto de acções promocionais e apoios, que dão um contributo real e efectivo para o seu desenvolvimento.

As empresas operacionais do Grupo SAG, no âmbito da sua actividade comercial, realizaram e promoveram variadas acções tendo subjacentes preocupações de apoiar a comunidade em domínios previamente identificados como prioritários e enquadrados nas suas áreas de actuação e especialidade. Dentro destas, merece particular destaque a SIVA, que tal como vimos acima, identificou como áreas prioritárias os domínios de segurança rodoviária, cultura e desporto, tendo, através das marcas que representa, desenvolvido e apoiado variadas acções nestas áreas.

As preocupações de carácter social também estiveram presentes nos apoios financeiros e materiais, nomeadamente viaturas, que diversas empresas deram a instituições de solidariedade social inseridas em comunidades vizinhas do local de laboração das empresas do Grupo, tal como Corporações de Bombeiros, e Lares de 3ª idade, ou a projectos específicos como a cedência de viaturas à Direcção Geral de Florestas para combate aos incêndios florestais.

Ao nível da Holding e complementando a intervenção directa e mais localizada das empresas operacionais concentrou-se o apoio em áreas de cultura e solidariedade social.

No domínio da Cultura, merece destaque o apoio da SAG à Fundação de Serralves, como sócio fundador desta instituição.

No domínio da intervenção social, devem ser realçados os apoios que a SAG decidiu conceder ao IPATIMUP, organismo de investigação científica avançada na área da Saúde, bem como o apoio às crianças vítimas do maremoto na Ásia, através da Unicef – SOS Crianças Ásia.

6. ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA

Resultados de Exploração

As condicionantes que envolveram as actividades do Grupo SAG durante o exercício de 2004 estão bem ilustradas na análise efectuada a cada uma das Áreas de Negócios do Grupo e os resultados económicos e financeiros retratam com fidelidade esta situação, bem como as medidas adoptadas com o objectivo de maximizar a rentabilidade do Grupo e de aumentar o seu valor accionista.

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O Volume de Negócios Consolidado ascendeu, em 2004, a EUR 717,8 Milhões, representando um aumento de 2,7% em relação ao exercício de 2003.

Para este crescimento contribuiu sobretudo o valor da Prestação de Serviços que, tendo registado um crescimento de 5,2% em relação ao ano anterior, passou a representar 12,7% do Volume de Negócios Consolidado (12,4% em 2003).

Esta situação – que resulta sobretudo dos incrementos das carteiras da Multirent e da SAG do Brasil – permitiu atenuar o efeito de um nível de crescimento mais moderado (2,3%) que se verificou no valor das Vendas.

A evolução desta rubrica dos Proveitos assentou principalmente num significativo acréscimo (cerca de 22%) do valor das vendas de viaturas semi-novas e usadas, que passou a representar cerca de 12% do total das Vendas (menos de 10% em 2003), enquanto que o valor das vendas de viaturas novas se situou apenas ligeiramente abaixo (menos de 1%) do valor registado no exercício anterior.

Esta alteração do “mix” das vendas está associada ao aumento de vendas a cliente final quer da unidade especializada Globalcar, quer da maior actividade neste segmento dos concessionários da SOAUTO.

Também as vendas de viaturas semi-novas e usadas para comércio tiveram um incremento face à decisão de normalização dos stocks de viaturas usadas do Grupo.

Volume de Negócios

(+) Vendas 2.004 2.003 Variação (%)

Distribuição 554.900.487 546.050.352 8.850.135 1,6%

Retalho 103.090.953 101.803.510 1.287.443 1,3%

Globalcar 13.526.217 0 13.526.217

Unidade Valores Residuais - Usado Ok 71.165.691 88.579.015 -17.413.324 -19,7%

Serviços Automóvel - Portugal 37.335.889 32.843.886 4.492.003 13,7%

do qual: IntraGrupo -153.126.450 -156.759.263 3.632.813 -2,3%

TOTAL Consolidado 626.892.786 612.517.500 14.375.287 2,3%

(+) Prestação Serviços 2.004 2.003 Variação (%)

Distribuição 1.256.311 1.211.181 45.130 3,7%

Retalho 9.354.339 9.618.554 -264.215 -2,7%

Globalcar 41.644 0 41.644

Unidade Valores Residuais - Usado Ok 5.384 26.276 -20.892 -79,5%

Serviços Automóvel - Portugal 59.394.538 54.658.535 4.736.003 8,7%

Serviços Automóvel - Brasil 27.270.758 26.087.209 1.183.549 4,5%

Outras Empresas 5.002.278 8.030.388 -3.028.110 -37,7%

do qual: IntraGrupo -11.439.135 -13.227.537 1.788.402 -13,5%

TOTAL 90.886.117 86.404.606 2.693.109 5,2%

TOTAL VOLUME NEGÓCIOS 717.778.904 698.922.106 17.068.396 2,7%

Neste último caso estas vendas geraram uma margem bruta negativa de cerca de EUR 6.5 milhões, originada pelo impacto não recorrente da alienação de viaturas que tinham sido adquiridas a empresas de Rent-a-Car, em resultado de acordos de recompra negociados em anos anteriores. Com efeito, o preço de compra contratado veio a revelar-se superior aos preços de mercado praticados para este tipo de viaturas em 2004, resultado da conjuntura adversa que se verificou.

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