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Barroco. Prof. Hudson Oliveira

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Academic year: 2021

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Texto

(1)

Barroco

(2)

Ba rroco

Contexto histórico:

Antigo Regime:

Absolutismo, mercantilismo,

sociedade de ordens

(estamental) e poder da Igreja;

Reformas Protestantes e

Contrarreforma:

Individualismo: relação pessoal com

Deus e preocupação com a salvação

do indivíduo;

Concílio de Trento: uso das imagens

sacras como forma de propaganda

do catolicismo.

O barroco “engloba

tantas

ramificações

do

esforço artístico,

apresenta-se em formas tão diferentes

de país para país e nas

várias esferas da cultura,

que,

à

primeira

vista,

parece duvidoso que seja

possível reduzi-las todas a

umdenominador comum”.

(HAUSER, Arnold. História social da arte e da literatura.)

(3)

Ba rroco

Contexto histórico:

Amadurecimento da Revolução

científica:

Galileu, Kepler, Newton,

Descartes...

Desenvolvimento de novas

verdades e abalo das antigas.

Expansão marítima e comercial

europeia:

Criação e expansão da cultura

Ocidental.

Instabilidade econômica,

política e social na Europa.

“Mas, logo em seguida,

adverti que, enquanto eu queria

assim pensar que tudo era falso,

cumpria necessariamente que eu,

que pensava, fosse alguma coisa.

E, notando que esta verdade: eu

penso, logo existo, era tão firme e

tão certa que todas as mais

extravagantes

suposições

dos

céticos não seriam capazes de a

abalar, julguei que podia

aceitá-la, sem escrúpulo, como o primeiro

princípio

da

filosofia

que

procurava.”

(4)

Ba rroco

Características Gerais:

Século XVI e XVII;

Etimologia: barrueca (pérola de

forma irregular);

Surgida no norte da Itália,

difundindo-se por boa parte da

Europa e América;

Forte

influência

da

obra

de

Michelângelo;

Itália: maneira utilizada pela

contrarreforma para atrair fiéis;

Norte da Europa: busca de uma

linguagem artística protestante.

(5)

Ba rroco

Características Gerais:

Dúvidas existenciais;

Ruptura do equilíbrio entre

sentimento e razão e ciência e arte;

Seres sagrados apresentados de

modo terreno;

Dualismo:

Racionalismo humanista X Postura

religiosa.

A glória de Santo Inácio, no teto da Igreja de Santo Inácio, de Andrea Pozzo (1691-94)

(6)

Pintura:

Plasticidade das sombras:

Utilização da técnica do

contraste claro/escuro;

Cenas de grande intensidade

dramática;

Simetria diagonal;

Intensa noção de movimento;

Imagens repletas de

simbologias.

As três graças, de Peter Paul Rubens (1638)

(7)

Inovações temáticas

Paisagens e Marinhas

Naturezas-mortas

Marinha pela manhã, de Simon de Vlieger (1643)

Natureza-morta, de Pieter Claesz (1627)

(8)

Barroco Italiano

Caravaggio:

Também chamado de

Michelangelo Merisi;

Artista independente que se

postava contra os cânones de

sua época;

Tenebrismo: fundo escuro com

focos de luz destacando os

rostos;

Intensa luz amarela, muitas vezes

artificial;

Uso de pessoas comuns como

modelos, para retratar os

aspectos mundanos das

narrativas bíblicas.

Pequeno Baco doente ou Autorretrato como Baco, de Caravaggio (1593-94)

(9)

Barroco Italiano

A deposição de Cristo, de Caravaggio (1603-04)

Davi com a cabeça de Golias, de Caravaggio (1609-10)

(10)

Barroco Italiano

(11)

Barroco Italiano

(12)

Barroco Italiano

(13)
(14)

Barroco Italiano

Escultura:

Exuberância das formas e

movimento;

Contraste:

Cenas sacras e erotismo;

Dramaticidade;

Faces expressivas;

Roupas esvoaçantes;

Destaque para Gian Lorenzo

(15)

Barroco Italiano

(16)

Barroco Italiano

“Em suas mãos vi uma grande lança de ouro, em cuja ponta de ferro parecia haver um ponto de fogo. Tive a sensação de que ele a cravou em meu coração várias vezes, fazendo-a penetrar até minhas entranhas. Quando a retirou, foi como se as tivesse retirado também deixando-me totalmente inflamada com um grande amor por Deus. A dor foi tão forte, que me fez gemer diversas vezes. A doçura dessa dor é tão extrema que não há como querer que termine, e a alma não se satisfaz com nada menos que Deus. Ador não é física, mas espiritual embora o corpo tenha participação nisso – na verdade, uma grande participação”

(Diário de Santa Teresa d`Ávila)

(17)

Barroco Espanhol

Diego Velázquez:

Retratou pessoas comuns

e da corte;

Uso de intenso da

técnica do claro e

escuro;

Sombras utilizadas para

revelar um clima

intimista;

Extremo realismo.

(18)

Barroco Espanhol

Vênus ao espelho, de Velázquez (1647-51) Avelha cozinheira, de Velázquez (1618)

(19)

Barroco Espanhol

(20)

Barroco Espanhol

“É importante destacar que uma radiografia feita pela

vice-diretora do Museu do Prado, aponta que houveram algumas modificações

na tela. [...] Segundo esta radiografia, é possível perceber que a própria

figura de Velázquez não fazia parte do quadro original. O pintor se

insere na imagem devido a um giro do destino que acontece em 1657.

Inicialmente, no lugar do pintor, havia um jovem que dava um bastão a

Infanta Margarida, indicando que esta seria a herdeira do

trono em

virtude da ausência de um filho homem. Contudo, em 1657, nasce Felipe

Próspero (filho do casal real) e como defende Leo Steinberg, a pintura

perde a sua função. Não só a pintura perde a sua função, mas a própria

Infanta Margarida perde o legado do trono e a sua posição enquanto

signo. Através da herança que cai, a memória precisa ser reinventada. A

Infanta, historicamente, já representaria uma falta”

(21)

Barroco Holandês

Características gerais:

Reformas religiosas: iconoclastia;

Grande desenvolvimento da

burguesia mercantil;

Representação de cenas populares;

Presença de tronies: pessoas comuns

e/ou desconhecidas;

Extremamente realista;

Utilização da câmara escura;

Principais artistas: Rembrandt e

(22)

Barroco Holandês

Rembrandt van Rijn:

Pintor e gravador;

Grande realismo;

Forte influência da luz;

Preocupado em

retratar a

subjetividade de seus

personagens.

(23)

Barroco Holandês

Alição de

anatomia do Dr. Tulp, de

(24)

Barroco Holandês

Johannes Vermeer:

Biografia pouco

conhecida;

Obras claras;

Grande mestre da

composição;

Justaposição de planos;

Representações do

cotidiano e da vida

privada.

Possível autorretrato em A alcoviteira, de Vermeer (1656)

(25)

Barroco Holandês

(26)

Barroco Holandês

"O que eu admiro nesse quadro é que ele permite diversas leituras. Muitas vezes ele reflete meus próprios sentimentos. Algumas vezes, a moça parece muito tristonha; outras vezes, extremamente sedutora”

(CHEVALIER, Tracy. Moça com brinco de pérola)

(27)

Arquitetura Barroca

Integração com a

pintura e a escultura;

Uso intenso de efeitos

decorativos;

Utilizada de modo

político pela Igreja e

monarcas;

Desenvolvimento do

paisagismo.

Fachada da Igreja de São Carlo alle Quattro Fontane, de Francesco Borromini (1667)

(28)

Música Barroca

Prelúdio e fuga nº 8, Johann Sebastian Bach

Profunda revolução musical;

Desenvolvimento científico:

Luthiers e novos instrumentos;

Racionalização da música

(tonalismo);

Contraponto: dois tons musicais

interpostos;

Inserção de novos instrumentos,

notas e timbres;

Harmonização entre cantos e

instrumentais.

(29)

Teatro Barroco

Commedia dell’Arte:

Desenvolvida durante o Renascimento

e o Barroco;

Teatro popular, apresentado em

praças públicas;

Personagens caricaturais, com

figurinos e máscaras;

Temas: sátiras dos costumes;

Usos de elementos circenses e música;

Marcado pela improvisação e

(30)

Teatro Barroco

“Sobre esses ‘pobres libertinos’

(assim

os

chamava

o

abade

Ca rlo

os

napolitanos

Ba rtolomeo

Pia zza ),

projetavam ta mbém seu sentimento de

frustração, raiva,

ridículo e subversão.

Enquanto os mendigos e seus aparentados

eram caçados e temidos nas praças e ruas,

sua língua,

seus gestos e humor eram

resgatados e traduzidos no teatro popular.

Seus modos, trejeitos e brincadeiras (lazzi)

encaixavam-se na commedia dell’arte, um

estilo de teatro de rua, improvisado por

profissionais

cujo

ideal,

dizia-se,

era

combinar ‘enredos da Lombardia com lazzi

de Nápoles’”

(MANGUEL, Alberto. Lendo Imagens)

Dottore, em ilustração francesa do século XIX

(31)

Teatro Barroco

“A cena representada pelos atores mostra Polichinelo que leva consigo Colombina, sob o olhar perplexo de Pantaleão, o tapeado; ao mesmo tempo, Arlequim diverte o público fazendo malabarismos com dois copos cheios de vinho, enquanto um anão dança na parte da frente do estrado, também segurando uma garrafa de vinho e um copo: a embriaguez anunciada acompanha a sedução da beldade. Pantaleão e Colombina estão em trajes burgueses , ao passo que os outros personagens são simples saltimbancos. Arlequim e Polichinelo usam máscaras – que parecem designar sua identidade mais do que escondê-la”

(TODOROV, Tzvetan. Goya à sombra das luzes)

Referências

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