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A LEITURA E ESCRITA NAS AULAS DE CIÊNCIAS: UMA ANÁLISE SOBRE A PRODUÇÃO ACADÊMICA EM REVISTAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E NAS ATAS DO ENPEC

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A LEITURA E ESCRITA NAS AULAS DE CIÊNCIAS: UMA ANÁLISE SOBRE A PRODUÇÃO ACADÊMICA EM REVISTAS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS E NAS

ATAS DO ENPEC

Autores alexsandro luiz dos reis 1, Sheila Alves de Almeida 1,1

Instituição 1 UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto (Campus Morro do Cruzeiro sº n º - Ouro Preto MG)

RESUMO

O presente artigo apresenta um mapeamento da produção sobre leitura e escrita nas aulas de ciências na última década em anais e revistas identificando o número de trabalhos produzidos, as áreas e temáticas contempladas. Para tanto, uma busca foi realizada na em revistas da área de educação em ciências e anais do ENPEC utilizando os descritores leitura, textos e apropriação, sendo pesquisados no título, no resumo e nas palavras-chave. Embora muitos estudos sobre leitura e escrita em educação em ciências fossem encontrados, o estudo restringiu-se a identificar os artigos que abordam temáticas a respeito da leitura e escrita nas aulas de ciências. As análises dos dados apontam a necessidade de mais investigações na área de leitura e escrita e outros estudos sobre o tema.

PALAVRAS CHAVE: leitura, escrita, aulas de ciências, estado da arte.

INTRODUÇÃO

A leitura e escrita vem sendo alvo crescente de pesquisas na área de educação em ciências, sendo tema central de diversos trabalhos publicados em anais de eventos da área e em periódicos nacionais e internacionais. Apesar dessa crescente produção de trabalhos acadêmicos sobre esse tema, observamos a escassez de estudos sobre o estado da arte e investigações que nos permitam vislumbrar as tendências que tais pesquisas vêm assumindo.

No sentido de contribuir para um mapeamento da produção sobre leitura e escrita nas aulas de ciências no Brasil, realizamos neste artigo um amplo levantamento dos estudos sobre o tema abordado, que visa identificar as temáticas por eles exploradas assim como os principais referenciais teóricos neles utilizados.

Delimitamos a revisão á última década por acreditar que este seja um intervalo de tempo que represente pesquisas mais atuais sobre leitura e escrita nas aulas de ciências. Além disso, tal período, por ser posterior a promulgação da atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB/96) e de documentos decorrentes (Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio), poderia retratar a preocupação expressa em seus textos sobre tal assunto. Os PCN’s explicitam que “reconhecer e utilizar adequadamente, na forma escrita e oral, símbolos, códigos e nomenclatura da linguagem científica” (PCN, 2010) é uma de suas competências gerais. De outro modo os PCN’s do

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Ensino Fundamental aborda esse assunto frisando que “Em Ciências Naturais, oportunidades para ler, escrever e falar são momentos de estudo e elaboração de códigos de linguagem específicos do conhecimento científico” (PCN, 2001). Assim, defendemos que o período selecionado proporciona uma visão atual e abrangente da forma como a leitura e escrita nas aulas de ciências vêm sendo tratada por pesquisadores e professores da área de educação e ensino em ciências. Acreditamos que tal revisão poderá contribuir para estudos teóricos ou empíricos que tenham na leitura e escrita seu objeto de estudo.

MARCO TEÓRICO

Muito tem se falado sobre o importante papel da leitura e também da escrita, na atualidade. Essa preocupação está presente quando se fala da escola e seu papel, de modo que é recorrente sua presença em discursos políticos, midiáticos e educacionais. Nesse conjunto de dizeres sobre leitura, escrita e escola, existe uma variedade de discursos com suas intencionalidades e consequências.

Conforme afirma Silva (2005, p.152) “ler é uma prática básica, essencial para aprender. Nada substitui a leitura, mesmo numa época de proliferação dos recursos audiovisuais e da informática”. A leitura em ciências faz parte deste trabalho, do empenho, de perseverança, da dedicação em aprender. Desse modo o hábito de ler é decorrente do exercício. Pode, a princípio, não ser um ato prazeroso, por esse motivo, os professores nas aulas de ciências podem recorrer a estímulos para introduzir esse hábito na vida dos seus alunos, visto que através da leitura, os alunos podem tomar consciência das suas necessidades (auto educar-se), promovendo sua transformação e a do mundo.

A dificuldade de leitura nas aulas de ciências leva ao entendimento, conforme Prestes e Lima (2011, p.348) que a abordagem de textos em aulas de Ciências merece um enfoque metodológico diferenciado, devendo ser repensados, inicialmente, ‘o quê’ e ‘como’ às atividades são propostas. Esse é o ponto de partida para buscarem-se estratégias que, efetivamente, auxiliem os alunos a compreenderem o texto lido e a desenvolverem o espírito crítico e a autonomia durante ás leituras nas aulas de ciências.

Somado a isso, questões referentes à leitura e escrita têm sido tema frequente de inúmeros debates e pesquisas em nosso país. A preocupação com o ensino de Ciências, revelada nas últimas décadas, evidencia a necessidade de serem desenvolvidas propostas metodológicas de trabalho que proporcionem melhorias na qualidade do ensino nessa área de conhecimento. Ante a importância do tema, vários estudos vêm sendo realizados, dando

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O campo de pesquisa educacional em Ensino de Ciências vem se desenvolvendo compulsoriamente. Parte significativa desse processo pode ser imputada ao avanço da pós-graduação, que desde o início da década de 70 vem se expandindo e dando suporte à formação de pesquisadores e educadores que ajudaram a estruturar e consolidar a própria comunidade de pesquisadores em Ensino de Ciências no país. Parte desse esforço é materializada na expressiva produção de dissertações e teses defendidas na área.

Sem deixar de reconhecer que o crescimento em termos quantitativos representa conquista de alto valor, entendemos ser fundamental estabelecer um processo reflexivo sobre a pesquisa educacional realizada no país, já que à medida que o número de estudos aumenta e cresce o volume de informações, o campo de investigação vai adquirindo densidade e é necessário parar e olhar em volta para ver o que já foi feito, mobilizando esforços para avaliar e até repensar os caminhos envolvendo a pós-graduação em Ensino de Ciências no Brasil.

Nesse contexto, é oportuno o desenvolvimento de estudos descritivos e analíticos que incidam sobre a produção acadêmica desenvolvida nesses programas. Tomando como objeto de estudo a leitura e escrita nas aulas de ciências, neste artigo apresentamos uma parte dos resultados obtidos em investigação cujo objetivo foi analisar o fluxo da produção acadêmica em leitura e escrita nas aulas de ciências.

METODOLOGIA

O trabalho que foi realizado tem característica ser uma pesquisa bibliográfica do tipo estado da arte. Segundo Megid Neto, (2012, p.279) este gênero de trabalho acadêmico envolve pesquisas que buscam inventariar, sistematizar e avaliar a produção em determinada área de conhecimento, no caso a leitura e escrita nas aulas de ciências. Isto implica a identificação de trabalhos produzidos na área, a seleção e classificação dos documentos segundo critérios e categorias estabelecidos em conformidade com os interesses e objetivos do pesquisador, a descrição e análise das características e tendências do material e a avaliação dos seus principais resultados, contribuições e lacunas.

Os encontros e simpósios de educação em ciências, particularmente aqueles que visam ao ensino de ciências, vêm acontecendo desde meados da década de 1970 e contando com grande participação de pesquisadores e educadores da área. A produção acadêmica ligada à área de Ensino de Ciências, na forma de artigo científico, existe desde o início da década de 1970. Uma parcela significativa dessa produção refere-se aos trabalhos enfocando, no todo ou em parte, o Ensino de Biologia.

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Os textos apresentados nesses eventos têm sido registrados em suas atas e se constituem numa rica fonte de dados para obtermos um panorama das tendências tanto daquilo que tem sido alvo das pesquisas acadêmicas como das estratégias e recursos didáticos utilizados por professores. Para tal foi escolhido como fonte de informação sobre a temática abordada o sistema de informação dos anais do Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC).

Ainda no sentido de contribuir para um mapeamento da produção sobre leitura e escrita nas aulas de Ciências, realizamos ainda um amplo levantamento através dos sistemas de informações das Revistas Eletrônicas: Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, Revista Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, Revista Educação e Pesquisa bem como a Revista Investigações em Ciências.

De forma a filtrar os artigos relevantes para este estudo, uma busca foi realizada na internet utilizando os descritores leitura, textos e apropriação, sendo pesquisados no título, no resumo e nas palavras-chave. O estudo restringiu-se a identificar os artigos que abordam temáticas a respeito da leitura e escrita nas aulas de ciências e sua importância no contexto de aprendizado publicada na última década nas referidas fontes de pesquisa.

Depois de identificado esses trabalhos a produção de cada revista foi classificada por década. Em seguida, a área abordada no trabalho com leitura e escrita foi identificada nos trabalhos, bem como as principais temáticas abordadas em cada área. Por fim, identificamos nos anais do ENPEC o número de artigos que abordavam a leitura e escrita nas aulas de ciências.

A partir da identificação dos trabalhos, passamos a organizar os dados em resultados gerais com relação ao evento e revistas. Após a identificação dos artigos relevantes, promovemos uma classificação em torno de três temáticas centrais que envolvem a leitura e escrita nas aulas de ciências (os critérios utilizados nesta classificação são descritos na seção em que os resultados são apresentados).

ANÁLISE E RESULTADOS SOBRE A LEITURA E ESCRITA NOS ANAIS E PERIÓDICOS DE EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS

Foram investigados os anais do ENPEC, além de quatro periódicos. A escolha dos periódicos se deu com base no Qualis da CAPES de modo a selecionar revistas que sejam, no mínimo, de circulação nacional e que apresentem diferentes conceitos de avaliação. Os

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comunidade brasileira de pesquisadores em educação em ciências e são facilmente acessados devido ao fato de estarem disponíveis na Internet.

Anais / Periódicos Período Total de trabalhos em leitura

e escrita

Anais do ENPEC 1997 a 2011 30

Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (RBPEC)

2001 a 2012 9

Revista Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências

1999 a 2012 4

Revista Educação e Pesquisa 2003 a 2013 0

Revista Investigações em Ciências

1997 a 2012 5

Total 48

Tabela 1: lista dos anais e periódicos com os respectivos anos e números analisados. ÁREA DE CONTEÚDO ABORDADA

Outro aspecto da análise diz respeito à distribuição dos trabalhos por área, de modo a observar se alguma das áreas se destacava com relação a um maior número de trabalhos sobre leitura e escrita nas aulas de ciências. Para tanto foi analisados os trabalhos sobre leitura e escrita nas aulas de ciências apresentados nas revistas e anais do ENPEC, nas áreas da Biologia, da Física e Química.

Anais / Revistas Área Nº de trabalhos por área

Anais do ENPEC Biologia

Física Química 23 2 5 Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (RBPEC) Biologia Física Química 4 3 2 Revista Ensaio Pesquisa em

Educação em Ciências Biologia Física Química 4 - -

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Revista Educação e Pesquisa Biologia Física Química - - - Revista Investigações em Ciências Biologia Física Química 5 - - Total Biologia Física Química 36 5 7

Tabela 2: números de trabalhos sobre leitura e escrita nas aulas de ciências apresentados no ENPEC e revistas, separados por área disciplinar (Biologia, Física, Química).

TEMÁTICAS CENTRAIS ABORDADAS

A última etapa desse levantamento geral consistiu na classificação dos trabalhos em temáticas centrais. O momento anterior de seleção dos trabalhos sobre leitura e escrita nas aulas de ciências, com base na área abordada facilitou a criação de categorias para distribuição dos trabalhos. A partir destas áreas, identificamos as temáticas às quais os trabalhos sobre leitura e escritas nas aulas de ciências estavam relacionadas:

Área de conteúdo

Temáticas centrais Número de

trabalhos

Biologia Genética

Citologia/Água

Saúde/ Meio Ambiente/ Seres Vivos

Cadeia alimentar/Evolução/Sexologia/Taxonomia/Clonagem Fotossíntese/ Anatomia Humana/ Peixes/Sangue

5 4 cada 3 cada 2 cada 1 cada

Física Mecânica Quântica/ Som

Velocidade/ Astronomia/Temperatura

2 cada 1 cada

Química Átomos/ Tabela Periódica/ Combustão/ Equilíbrio Químico/

Ligações

1 cada

Total 48

Tabela 3: temáticas dos trabalhos sobre leitura e escritas nas aulas de ciências.

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Nas edições do ENPEC pode-se perceber como essa temática tem aguçado o interesse dos pesquisadores pelo número crescente de trabalhos apresentados, como mostra a tabela a seguir: Edições do ENPEC I (1997) II (1999) III (2001) IV (2003) V (2005) VI (2007) VII (2009) VIII (2011) Nº de artigos publicados em leitura e escrita nas aulas de ciências 1 2 2 3 3 6 6 7 Total 30

Tabela 4: Número de artigos publicados em leitura e escrita nas aulas de ciências nos ENPEC´S realizados.

RESULTADOS

Na primeira etapa do levantamento observa-se dentre um total de 5018 trabalhos publicados entre anais e revistas, que 48 dos textos abordavam, em algum aspecto, a leitura e escrita nas aulas de ciências (ver tabela 1). Ou seja, 0,96% de todos os trabalhos analisados tratavam de leitura e escrita nas aulas de ciências.

De modo a tecer uma comparação entre as revistas, optamos por mencionar o número de trabalhos sobre leitura e escrita nas aulas de ciências apresentados em cada um deles. Assim, podemos constatar que a Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências foi a revista que teve maior índice de trabalhos (9 trabalhos), imediatamente seguida pela Revista Investigações em Ciências (5) e Revista Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências (4). Por outro lado, a Revista Educação e Pesquisa, ainda não apresentou em nenhuma de suas edições nenhum estudo sobre a temática abordada neste trabalho (ver tabela 1).

Além disso, observamos que dentre os 48 trabalhos que abordavam a leitura e escrita nas aulas de ciências, a Biologia (36 trabalhos), foi a área mais abordada, seguida pela Física (7 trabalhos) e Química (5 trabalhos) (ver tabela 2). Conforme podemos observar há uma disparidade nos trabalhos tendo a Biologia como área mais abordada e um relativo equilíbrio entre Química e Física.

Convém ainda observar que dos 30 trabalhos sobre leitura e escrita nas aulas de ciências apresentados nos Anais do ENPEC, a Biologia (23 trabalhos) foi a área mais abordada, seguida pela Química (5 trabalhos) e Física (2 trabalhos), mostrando desta forma

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uma comportamento semelhante aos das revistas no que diz respeito a Biologia ser a área mais abordada nos trabalhos analisados (ver tabela 2).

Neste ainda ressaltamos o crescente número de trabalhos a cada ano de realização do evento, sendo que desde a sua primeira edição (1997), trabalhos com relação á leitura e escrita nas aulas de ciências já eram divulgados, tendo-se o ano de (2011) como o ano de maior número de trabalhos com relação á temática abordada (7) (ver tabela 4).

Levantou-se ainda nos trabalhos analisados a sua classificação em temáticas centrais, foi percebido que dentre as áreas abordadas (Biologia, Química e Física) nos trabalhos de leitura e escrita nas aulas de ciências, a Genética foi a temática mais abordada (5 trabalhos) na área da Biologia, ressalta-se também a grande diversidade de temáticas abordadas nos artigos que possuíam a Biologia como área de conteúdo, o que também ocorreu na área de Física, que dentre os cinco trabalhos analisados teve cinco temáticas distintas abordadas (mecânica quântica, som, velocidade, astronomia e temperatura), além da Química que também mostrou tal diversidade de conteúdos trabalhados (ver tabela 3).

Apresentamos ainda os autores mais citados nos textos sobre leitura e escrita nas aulas de ciências analisados: Lúcia Helena Sasseron, Maria Emília Caixeta de Castro Lima, Maria José P.M. de Almeida, Marco Antonio Moreira e Suzani Cassiani de Souza.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presente pesquisa teve como objetivo analisar a produção recente sobre leitura e escrita nas aulas de ciências registrada em anais e periódicos, na última década. Nossa análise quantitativa e qualitativa nos permite traçar um panorama dos trabalhos sobre leitura e escrita nas aulas de ciências abordadas neste período.

No que diz respeito aos eventos científicos da área de educação em ciências, notamos uma tendência geral ao longo de suas edições, de aumento do percentual de trabalhos sobre leitura e escrita nas aulas de ciências, os quais se encontram heterogeneamente distribuídos pelas três áreas disciplinares mais exploradas na revisão (Biologia, Química e Física).

Com relação aos artigos publicados em periódicos da referida área, percebemos que a leitura e escrita nas aulas de ciências não têm estado presente com frequência em suas edições, à média encontrada (0,11 por número) indica o ainda fraco nível de debate acadêmico sobre a leitura e escrita nas aulas de ciências. Esse resultado nos mostra ainda que os trabalhos sobre escrita e leitura nas aulas de ciências não estão sendo divulgadas na forma de artigos nas referidas revistas que são, sem dúvidas, os principais meios de propagação de

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É necessário, portanto, que se avance nas discussões não apenas sobre a leitura e escrita nas aulas de ciências, e de questões relacionadas à inserção de textos em aulas de ciências, como também refletir sobre as possibilidades de produção de sentidos quando na interação do futuro professor de ciências com esse tipo específico de texto.

Estudos que focalizam as experiências com leitura e escrita nas aulas de ciências são ainda escassos, porém necessários. É na sala de aula que poderemos ver se concretizar a parceria entre textos com os conteúdos abordados no programa dos professores. Portanto, pesquisas que acompanhem professores que façam uso da leitura e escrita nas suas aulas são fundamentais para melhor compreendermos o funcionamento dos textos e as relações simbólicas estabelecidas entre os sujeitos envolvidos.

Possivelmente o grande desafio que se impõe para a área diante desse movimento de crescimento nas pesquisas sobre leitura e escrita na sala de aula esteja em, justamente, manter um processo de reflexão sobre os rumos e caminhos percorridos. Essa postura é fundamental para sabermos onde estamos e quais caminhos poderão ser trilhados no futuro.

REFERÊNCIAS

Atas dos encontros Nacionais de Pesquisa em Educação em Ciências. São Paulo: UNESP, 1997. Disponível em: <http://www.fc.unesp.br/abrapec/revista.htm>. Acesso em 9 abr. 2014. Brasil, Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96). Brasília: MEC, 1996.

Parâmetros Curriculares Nacionais. 3º e 4º Ciclos do Ensino Fundamental, Ciências Naturais. Brasília: MEC, 2001.

Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio. Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC, 2010.

PRESTES, R.F., LIMA, V.M E RAMOS, M.G.R. Contribuições do uso de estratégias para a leitura de textos informativos em aulas de Ciências. Pontifícia Universidade do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, p. 346-367, 2011.

Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências. São Paulo: UNESP, 2001. Disponível em: < http://www.fc.unesp.br/abrapec/revista.htm>. Acesso em: 14 abr. 2014.

Revista Ensaio. Minas Gerais: UFMG, 1999. Disponível em:< http://www.fae.ufmg.br/ensaio>. Acesso em: 10 abr. 2014.

Revista Educação e Pesquisa. São Paulo: UNESP, 2003. Disponível em: < http://www.fc.unesp.br/pos/revista/>. Acesso em: 16 abr. 2014.

Revista Investigações em Ciências. Rio Grande do Sul: UFRGS, 1997. Disponível em: <http://www.if.ufrgs.br/public/ensino/revista.htm>. Acesso em 15 abr. 2014.

SILVA, H. C. & ALMEIDA, M. J. P. M.O deslocamento de aspectos do funcionamento do discurso pedagógico pela leitura de textos de divulgação científica em aulas de física. Campinas, SP: Faculdade de Educação/UNICAMP, 2005.

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TEIXEIRA, P.M.M E MEGID NETO, J. O estado da arte da pesquisa em ensino de Biologia no Brasil: um panorama baseado na análise de dissertações e teses, 2012. Campinas, SP: Faculdade de Educação/UNICAMP, p. 273-297.

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