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Charles Haanel - A Chave-Mestra

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Academic year: 2021

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Charles Haanel

A Chave-Mestra

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Introdução

Introdução

A Natureza impele-nos a mover através da vida. Por mais que o desejás-semos não conseguiríamos permanecer estáticos. Qualquer pessoa de bom senso deseja, não só mover-se através da vida como uma planta sã e ambu-lante, mas também se – melhorar – e continuar a desenvolver-se mentalmente até ao término da sua vida física.

Este desenvolvimento ocorre apenas através do melhoramento da qualida-de dos pensamentos individuais e dos iqualida-deais, acções e condições que sur-gem como consequência. Portanto é da maior importância para todos nós o estudo dos processos criativos do pensamento e o seu modo de aplicação. Este conhecimento é o meio pelo qual a evolução da vida humana na Terra pode ser acelerada e elevada.

A Humanidade busca intensamente a Verdade e explora todos os caminhos para a encontrar. Neste processo produziu literatura específica que abran-ge toda a gama de pensamentos, desde o trivial ao sublime – desde a Adi-vinhação, através de todas as Filosofias, até à grandiosa Verdade da “Cha-ve-Mestra”.

A “Chave-Mestra” é aqui revelada ao mundo como um meio de sondar a grande Inteligência Cósmica e atrair dela tudo o que corresponde às ambi-ções e aspiraambi-ções de cada leitor.

Todas as coisas e instituições que vemos à nossa volta, criadas por agentes humanos, tiveram a sua primeira existência no pensamento de alguma mente humana. O pensamento é, portanto, construtivo. O pensamento humano é o poder espiritual do Cosmos a operar através do Homem, a Criação. A “Chave-Mestra” ensina ao leitor o modo de usar esse poder, tan-to construtiva como criativamente. As coisas e condições que desejamos que se tornem realidades têm de ser criadas primeiro no pensamento. A “Chave-Mestra” explica e orienta este processo.

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Os ensinamentos da “Chave-Mestra” foram publicados sob a forma de um curso por correspondência com 24 lições, recebendo os estudantes uma lição por semana, durante 24 semanas. O leitor, que recebe agora as 24 lições de uma só vez, é advertido a não ler o livro como um romance mas tratá-lo como um curso para ser estudado, interiorizando conscientemente o significado de cada parte – lendo e relendo apenas uma parte por semana antes de prosseguir com a próxima. De outra forma, as últimas partes ten-derão a ser mal-entendidas e o leitor estará a desperdiçar tempo e dinhei-ro.

Usada da forma aconselhada, a “Chave-Mestra” criará no leitor uma maior e melhor personalidade, equipada com um novo poder de alcançar qual-quer propósito pessoal digno e uma nova capacidade de gozar a beleza e as maravilhas da vida.

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Prefácio

Prefácio

Alguns homens parecem atrair sucesso, poder, riqueza e posses com muito pouco esforço consciente; outros obtêm-nos com grande dificuldade; e outros fracassam completamente em realizar as suas ambições, desejos e ideais. Porque é que isto acontece? Porque há homens que realizam facil-mente as suas ambições, outros que as realizam com dificuldade e outros que não as realizam de todo? A causa não pode ser física, senão o Homem mais perfeito fisicamente seria aquele com maior sucesso. A diferença deve ser, portanto, mental – deve estar na mente; assim, a mente deve ser a for-ça criativa, deve ser o que constitui a única diferenfor-ça entre os homens. É a mente, portanto, que determina o ambiente e permite vencer todos os obs-táculos que cruzam o caminho dos homens.

Quando o poder criativo da mente for plenamente compreendido, o seu efeito será maravilhoso. Mas tais resultados não se obtêm sem a aplicação, a determinação e a concentração correctas. O estudante descobrirá que as leis que governam o mundo espiritual e mental são tão fixas e infalíveis como aquelas que governam o mundo material. Para alcançar os resulta-dos desejaresulta-dos, é necessário conhecer e agir em concordância com a lei. A correcta concordância com a lei produzirá o resultado desejado, com uma exactidão invariável. O estudante que aprende que o poder nasce no inte-rior, que é fraco apenas porque sempre dependeu de ajuda do exterior e que, sem hesitação, se lança dentro do seu próprio pensamento, subita-mente ergue-se, caminha direito, assume uma atitude dominante e produz milagres.

É, portanto, evidente que aquele que não investigar totalmente e não tirar partido deste progresso que está a ocorrer nesta derradeira e grandiosa ciência, estará tão ultrapassado como o Homem que se recusa reconhecer e aceitar os benefícios dados à humanidade pelo conhecimento das leis da electricidade.

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É claro que a mente cria também condições negativas desfavoráveis. Quando, consciente ou inconscientemente, visualizamos qualquer forma de carência, limitação ou discórdia, estamos a criar essas mesmas condições; isto é o que muitos estão a fazer a todo o momento, sem se darem conta disso.

Esta lei, tal como qualquer outra lei, não discrimina ninguém, está cons-tantemente em actividade e traz implacavelmente a cada indivíduo aquilo que ele próprio criou; por outras palavras, “O Homem irá colher tudo aqui-lo que semear.”

Portanto, a Abundância depende de um reconhecimento das leis da Abun-dância e do facto de que a Mente é não só criativa, como criadora de tudo quanto existe. É certo que nada pode ser criado antes de sabermos que pode ser criado e antes de aplicarmos o esforço adequado. Não existe hoje no mundo mais electricidade do que a que existia há 50 anos, mas até alguém ter reconhecido a lei pela qual ela nos pode servir, não obtínhamos qualquer benefício; agora que a lei é compreendida, quase todo o mundo é iluminado pela electricidade. Assim acontece com a lei da Abundância; só aqueles que reconhecem a lei e se colocam em harmonia com ela é que podem partilhar os seus benefícios.

O espírito científico domina actualmente todos os campos de trabalho, por-tanto, as relações de causa e efeito são agora reconhecidas.

A descoberta de uma área de conhecimento regida por leis marcou uma época do progresso humano. Eliminou o elemento de incerteza e de capri-cho da vida dos homens, substituindo-o pela lei, razão e certeza.

Os homens compreendem agora que para qualquer resultado existe uma causa definida e adequada, de modo que quando um determinado resulta-do é desejaresulta-do, procuram as condições exclusivas pelas quais este resultaresulta-do pode ser alcançado.

A base sobre a qual todas as leis assentam foi descoberta através do pen-samento indutivo, que consiste na comparação de um determinado número de acontecimentos separados até ser revelado o factor comum que lhes dá srcem.

É a este método de estudo que as nações civilizadas devem grande parte da sua prosperidade e a parte mais valiosa do seu conhecimento; prolongou a vida, mitigou a dor, permitiu cruzar rios, iluminou a noite com o esplendor do dia, aumentou o alcance de visão, acelerou o movimento, aniquilou a distância, facilitou a comunicação, permitiu aos homens descer ao fundo do

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mar e subir até ao céu. Que surpresas aguardam então aqueles que em pouco tempo tentarão aplicar as dádivas deste sistema de estudo ao seu próprio método de pensamento, de forma que quando se tornar completa-mente evidente que certos resultados resultam de um determinado método de pensamento, é apenas necessário depois classificar estes resultados. Este método é científico e é o único método pelo qual nos é permitido reter o grau de liberdade que determinámos como direito inalienável, pois uma pessoa apenas está segura em casa e no mundo se o seu ambiente nacional se reflectir num excedente de cuidados de saúde, numa eficácia acumulada das empresas públicas e privadas de todo o tipo, no avanço contínuo das ciências e das artes e no crescente e dominante esforço de fazer com que todos estes e outros aspectos do desenvolvimento nacional sejam centrais e que perspectivem uma vida em ascensão, tanto individual como colectiva, para a qual a ciência, a arte e a ética fornecem orientação e propósito. A Chave-Mestra é baseada na verdade científica absoluta, revela as

possi-bilidades que existem adormecidas no indivíduo e ensina o modo como podem ser postas em acção, como podem aumentar a capacidade efectiva da pessoa, trazendo um aumento de energia, discernimento, vigor e elasti-cidade mental. O estudante que compreender o alcance das leis mentais que se seguem, possuirá uma capacidade de garantir resultados nunca antes sonhados e recompensas que dificilmente se traduzem em palavras. Explica o correcto uso dos elementos receptivos e activos da natureza men-tal, ensina o aluno a reconhecer oportunidades; fortalece a vontade e a capacidade racional, ensina a cultivar e a melhorar o uso da imaginação, desejos, emoções e capacidades intuitivas. Fornece iniciativa, tenacidade, sabedoria nas decisões, inteligência e uma profunda satisfação pela vida em níveis mais elevados.

A Chave-Mestra ensina a usar o Poder Mental, o verdadeiro Poder Mental e não uma das suas perversões ou substitutos; nada tem a ver com Hipno-tismo, Magia ou qualquer outra ilusão mais ou menos fascinante, através das quais muitos são levados a pensar que alguma coisa se pode obter a partir do nada.

A Chave-Mestra cultiva e desenvolve o entendimento que lhe permitirá controlar o corpo e a saúde. Melhora e fortalece a Memória. Desenvolve a Perspicácia, aquele tipo de Perspicácia rara que é o traço distintivo de todos os homens de negócios de sucesso, do tipo que permite aos homens ver as possibilidades e as dificuldades de cada situação, do tipo que permi-te vislumbrar a oportunidade quando esta aparece. Milhares fracassam em ver oportunidades que estão quase ao seu alcance enquanto trabalham

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industriosamente em situações onde não existe nenhuma possibilidade de realizar qualquer retorno substancial.

A Chave-Mestra desenvolve o Poder Mental, o que significa: que outros reconhecerão instintivamente que você é uma pessoa de força, de carácter – eles desejarão fazer aquilo que você deseja que eles façam; que você atrai pessoas e coisas a si; que é aquilo a que algumas pessoas chamam de “um homem de sorte”; que as coisas lhe “caem no colo”; que ganhou um enten-dimento das leis fundamentais da Natureza e se colocou em harmonia com elas; que está agora sintonizado com o Infinito; que compreende agora a lei da atracção, as leis do crescimento natural e as leis psicológicas sobre as quais repousam todos os benefícios do mundo social e empresarial.

O Poder Mental é poder criativo, dá-lhe a capacidade de criar para si pró-prio; não significa a capacidade de tirar alguma coisa de alguém. A Natu-reza não trabalha dessa maneira. A NatuNatu-reza permite que duas folhas de relva cresçam onde antes crescia apenas uma, e o Poder Mental permite aos homens fazer o mesmo.

A Chave-Mestra desenvolve perspicácia e sagacidade, maior independên-cia, capacidade e disposição para ser prestável. Destrói a desconfiança, a depressão, o medo, a melancolia e qualquer forma de carência, limitação ou fraqueza, incluindo a dor e a doença; desperta talentos adormecidos, forne-ce iniciativa, força, energia, vitalidade – desperta um novo apreço pela beleza na Arte, na Literatura e na Ciência.

Mudou a vida de milhares de homens e mulheres ao substituir métodos vagos e incertos por princípios definidos – princípios fundamentais sobre os quais repousam todos os sistemas eficientes.

O presidente da Corporação do Aço dos Estados Unidos, Elbert Gary, disse que “Os serviços dos conselheiros, monitores, especialistas de gestão são indispensáveis à maioria das empresas de grande dimensão, mas eu defendo que o reconhecimento e adopção dos princípios correctos é ainda mais importante.”

A Chave-Mestra ensina os princípios correctos e sugere métodos de aplica-ção prática desses princípios; nisto difere de qualquer outra matéria de estudo. Ensina que qualquer princípio apenas tem valor através da sua aplicação. Muitos lêem livros, fazem cursos em casa, assistem a palestras sem nunca terem a capacidade de demonstrar o valor dos princípios envol-vidos. A Chave-Mestra sugere métodos pelos quais os princípios ensinados podem ser demonstrados e colocados em prática diariamente.

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Está a ocorrer uma mudança no pensamento do mundo. Esta mudança alastra-se silenciosamente à nossa volta e é mais importante do que qual-quer outra que o mundo já assistiu desde a queda do Paganismo.

A presente revolução nas opiniões de todas as classes de homens, desde os mais cultos e distintos à classe trabalhadora, não tem comparação na his-tória do mundo.

O mundo da Ciência fez tais descobertas, revelou uma tal infinidade de recursos, mostrou tais possibilidades e forças nunca antes vistas, que os homens da ciência cada vez mais hesitam em afirmar certas teorias como estabelecidas e indubitáveis, ou em negar outras teorias como absurdas ou impossíveis, permitindo assim o nascimento de uma nova civilização; os costumes e credos estão a desaparecer; a visão, a fé e o serviço estão a tomar os seus lugares. As limitações das tradições da Humanidade estão a desintegrar-se e à medida que as impurezas do materialismo são consumi-das, o pensamento liberta-se e a verdade ergue-se majestosamente perante uma multidão estupefacta.

O mundo inteiro está à beira de uma nova consciência, de um novo poder e de um novo reconhecimento dos recursos dentro do ser. O último século viu os maiores progressos materiais da história. O presente século produzirá o maior progresso no poder mental e espiritual.

A Ciência Física dividiu a matéria em moléculas, as moléculas em átomos, os átomos em energia e Sir Ambrose Fleming, num discurso perante a Royal Institution, atribuiu esta energia à mente. Disse: “Na sua essência, a energia é algo incompreensível, excepto se tomada como uma operação directa daquilo a que chamamos Mente ou Vontade.”

Vejamos quais as forças mais poderosas na Natureza. No mundo mineral tudo é sólido e fixo. No mundo animal e vegetal tudo está num estado de fluxo, em constante mudança, sempre a ser criado e recriado. Na atmosfe-ra encontatmosfe-ramos calor, luz e energia. Cada reino torna-se mais subtil e espi-ritual à medida que vamos passando do visível ao invisível, desde o mais rude ao mais delicado, do baixo potencial ao alto potencial. Quando che-gamos ao invisível encontramos energia no seu estado mais puro e volátil. Da mesma forma que as forças mais poderosas da Natureza são invisíveis, a força mais poderosa do Homem é também ela uma força invisível, a sua força espiritual. A única forma desta força espiritual se manifestar é atra-vés do processo de pensamento. Pensar é a única actividade que o espírito possui, o pensamento é o único produto do acto de pensar.

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A adição e subtracção são, portanto, transacções espirituais; raciocinar é um processo espiritual; as ideias são concepções espirituais; questões são lanternas espirituais e a lógica, argumentação e filosofia são a maquinaria espiritual.

Todo o pensamento activa um determinado tecido físico, uma parte do cérebro, seja nervo ou músculo. Isto produz uma mudança física na consti-tuição desse tecido. Portanto, é apenas necessário ter um determinado número de pensamentos sobre um determinado assunto de modo a criar uma mudança completa na organização física de um homem.

Este é o processo pelo qual o fracasso se transforma em sucesso. Pensa-mentos de coragem, poder, inspiração e harmonia substituem pensaPensa-mentos de fracasso, desespero, carência, limitação, discórdia. À medida que aque-les pensamentos se enraízam, o tecido físico altera-se e o indivíduo vê a vida com uma nova luz, as coisas antigas desaparecem, tudo se torna novo, ele renasce, renasce do espírito, a vida tem um novo significado, ele está reconstruído e pleno de alegria, confiança, esperança, energia. Ele vê opor-tunidades de sucesso para as quais anteriormente estava cego. Reconhece possibilidades que dantes não tinham qualquer significado. Os pensamen-tos de sucesso com os quais está impregnado irradiam para aqueles à sua volta, que por sua vez o ajudam a prosseguir e a erguer-se mais alto; ele atrai a si novos e bem-sucedidos associados, o que altera o seu ambiente; assim, através do simples exercício do pensamento, um homem muda não só o seu ser, como também o seu ambiente, circunstâncias e condições. Você verá, terá de ver, que estamos na alvorada de um novo dia; que as

possibilidades são tão maravilhosas, tão fascinantes, tão ilimitadas que quase nos desorientam. Há um século atrás um homem com uma arma Gatling poderia aniquilar um exército inteiro, equipado com os materiais de guerra da altura. Assim é no presente. Qualquer Homem com o conhe-cimento das possibilidades contidas na Chave-Mestra possui uma vanta-gem inconcebível sobre a multidão.

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Parte Um Parte Um

É meu privilégio entregar a Parte Um da Chave-Mestra. Desejaria trazer mais poder à sua vida? Obtenha-o conscientemente. Mais saúde? Obtenha-a conscientemente. Mais felicidade? Obtenha-a conscientemente. Viva no espírito destas coisas até se tornarem suas por direito. Será então impossí-vel retirarem-nas de si. As coisas no mundo são fluidas a um poder dentro do Homem, um poder que as comanda.

Você não precisa de adquirir este poder. Você já o possui. Mas precisa de compreendê-lo; precisa de o usar; precisa de o controlar; precisa de se impregnar com ele, para que possa seguir em frente e levar o mundo inteiro consigo.

Dia após dia, à medida que avança, que ganha balanço, que a sua inspira-ção se torna mais profunda, que os seus planos se cristalizam, que alcança conhecimento, chegará à conclusão de que este mundo não é apenas uma pilha de pedras mortas e madeira, mas uma coisa viva! É feita dos corações

vivos da Humanidade. É algo que possui vida e beleza.

É evidente que é necessária compreensão para trabalhar com material des-ta natureza e aqueles que adquirem este entendimento são inspirados por uma nova luz, uma nova força, ganham confiança e um novo poder a cada dia que passa, realizam os seus sonhos e esperanças, a vida tem um signifi-cado mais profundo, mais pleno e mais claro do que alguma vez teve.

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Parte Um Parte Um

1. É verdade em qualquer plano de existência que ganhos atraem mais

ganhos e perdas atraem mais perdas.

2. A Mente é criativa, as condições, ambientes e todas as experiências na vida resultam das nossas atitudes mentais habituais ou predominantes. 3. A necessária atitude de mente depende daquilo em que pensamos. Assim, o segredo de todo o poder, de toda a conquista e de toda a posse

depende da nossa forma de pensamento.

4. Isto é verdade porque devemos “ser” antes de “fazer”, apenas podemos “fazer” dentro do alcance daquilo que “somos” e aquilo que “somos” depen-de daquilo em que “pensamos”.

5. Não é possível expressarmos um poder que não possuímos. A única maneira pela qual podemos adquirir poder é tornando-nos conscientes des-se poder, e nunca poderemos ganhar essa consciência de poder até apren-dermos que todo o poder existe apenas no interior.

6. Existe um mundo interior – um mundo de pensamento, sentimento e poder; de luz, vida e beleza e embora invisível, a sua força é poderosa. 7. O mundo interior é governado pela mente. Quando descobrirmos este mundo, encontraremos a solução para qualquer problema, a causa para todos os efeitos; e dado que o mundo interior está sob o nosso controlo, todas as leis que regem esse poder e posse estão também sob o nosso con-trolo.

8. O mundo exterior é um reflexo do mundo interior. O que parece estar fora é encontrado sempre no interior. No mundo interior encontramos a Sabedoria infinita, o Poder infinito, Recursos infinitos de tudo aquilo que é necessário e que está à espera de ser revelado, desenvolvido, expresso. Se

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formos capazes de reconhecer estas potencialidades no mundo interior, elas ganharão forma no mundo exterior.

9. A harmonia que existir no mundo interior reflectir-se-á no mundo exte-rior através de condições harmoniosas, ambientes agradáveis, o melhor de tudo. É o fundamento da saúde e a essência de toda a grandeza, poder, aquisição, conquista e sucesso.

10. Harmonia no mundo interior significa a capacidade de controlar os nossos pensamentos e de determinar para nós próprios o modo como qual-quer experiência nos afecta.

11. Harmonia no mundo interior resulta em optimismo e afluência; afluên-cia interior resulta em afluênafluên-cia exterior.

12. O mundo exterior reflecte as circunstâncias e condições da consciência interior.

13. Se descobrirmos sabedoria no mundo interior, seremos capazes de dis-cernir as possibilidades maravilhosas que estão latentes neste mundo e ser-nos-á dado o poder de manifestar estas possibilidades no mundo exte-rior.

14. À medida que nos tornamos conscientes da sabedoria do mundo inte-rior, mentalmente tomamos posse desta sabedoria e ao fazê-lo, acabamos por obter efectivamente o poder e a sabedoria necessários para manifestar a essência do nosso mais completo e harmonioso desenvolvimento.

15. O mundo interior é o mundo prático no qual os homens e as mulheres de poder geram coragem, esperança, entusiasmo, confiança e fé, pelos quais recebem a inteligência subtil que lhes permite ter visão e a capaci-dade prática com a qual tornam essa visão real.

16. A vida é um desenvolvimento, não uma acumulação. O que vem até nós no mundo exterior é o que já possuímos no mundo interior.

17. Qualquer posse é baseada na consciência. Todo o ganho é o resultado de uma consciência acumulativa. Toda a perda é o resultado de uma cons-ciência dispersa.

18. A eficácia mental depende de harmonia; discórdia significa confusão; portanto, quem desejar adquirir poder deve estar em harmonia com a Lei Natural.

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19. Nós relacionamo-nos com o mundo exterior através da mente objectiva. O cérebro é o órgão desta mente, o sistema de nervos cerebro-espinal põe-nos em contacto consciente com o resto do corpo. Este sistema de nervos responde a qualquer sensação de luz, calor, odor, som e sabor.

20. Quando esta mente pensa correctamente, quando compreende a verda-de, quando os pensamentos enviados através do sistema nervoso cérebro-espinal para o resto do corpo são construtivos, criam-se sensações agradá-veis, harmoniosas.

21. O resultado disto é que construímos no nosso corpo força, vitalidade e outras forças construtivas, mas é também através da mesma mente objec-tiva que toda a ansiedade, doença, carência, limitação e qualquer forma de discórdia e desarmonia são aceites nas nossas vidas. É, portanto, através da mente objectiva, através de pensamentos errados, que nos relacionamos com todas as forças destrutivas.

22. Relacionamo-nos com o mundo interior através da mente subconscien-te. O plexo solar é o órgão desta mente; o sistema nervoso simpático presi-de a todas as sensações subjectivas tais como alegria, medo, amor, emoção, respiração, imaginação e todos os outros fenómenos subconscientes. É através do subconsciente que estamos ligados à Mente Universal e às Infi-nitas forças construtivas do Universo.

23. O grande segredo da vida é a coordenação e a compreensão das funções destes dois centros do nosso ser. Com este conhecimento conseguimos levar a mente objectiva e subjectiva a uma cooperação consciente e assim coor-denar o infinito com o finito. O nosso futuro está inteiramente dentro da nossa capacidade. Não está à mercê de nenhum capricho ou de forças externas incertas.

24. Todos concordarão que existe apenas um Princípio ou Consciência em todo o Universo, ocupando todo o espaço, sendo em essência, a mesma substância em qualquer lugar. É Omnipotente, Omnisciente e Omnipre-sente. Todos os pensamentos e coisas estão contidos em si. É o todo no Todo.

25. Existe apenas uma consciência no Universo com a capacidade de pen-sar; quando pensa, os seus pensamentos tornam-se coisas objectivas. Como esta Consciência é Omnipresente, tem de estar dentro de cada indivíduo; cada indivíduo tem de ser uma manifestação dessa Consciência Omnipo-tente, Omnisciente e Omnipresente.

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26. No Universo só existe uma Consciência capaz de pensar, segue-se necessariamente que a sua consciência é idêntica à Consciência Universal, ou por outras palavras, a mente é apenas uma. Não há como escapar a esta conclusão.

27. A consciência que se concentra nas suas células cerebrais é a mesma que se concentra nas células cerebrais de qualquer outro indivíduo. Cada indivíduo é apenas a individualização do Universal, da Mente Cósmica. 28. A Mente Universal é energia estática ou potencial; é, simplesmente; manifesta-se apenas através do indivíduo e o indivíduo manifesta-se ape-nas através do Universal. Eles são um.

29. A capacidade de pensar do indivíduo corresponde à sua capacidade de actuar no Universal e de o manifestar. A consciência humana consiste apenas na capacidade de pensar do Homem. A própria mente é considera-da como uma forma subtil de energia estática, considera-da qual surgem as activiconsidera-da- activida-des denominadas “pensamentos” que são a fase dinâmica da mente. A mente é energia estática, o pensamento é energia dinâmica – duas fases da mesma coisa. O pensamento é, portanto, a força vibratória formada pela conversão da mente estática em mente dinâmica.

30. Como todos os atributos estão contidos na Mente Universal que é Omnipotente, Omnisciente e Omnipresente, estes atributos estão presen-tes a todo o momento no indivíduo, na sua forma potencial. Assim, quando o indivíduo pensa, esse pensamento é compelido naturalmente a manifes-tar-se objectivamente numa condição correspondente à sua srcem.

31. Cada pensamento é, portanto, uma causa e qualquer condição é um efeito; por este motivo é essencial que controle os seus pensamentos de modo a manifestar apenas condições desejáveis.

32. O poder é sempre interior e está totalmente sob o seu controlo; surge através do conhecimento e do exercício voluntário de princípios exactos. 33. Deverá ser claro que quando adquirir um profundo conhecimento desta lei e tiver a capacidade de controlar o seu pensamento, poderá aplicá-la a qualquer condição; por outras palavras, estará em perfeita cooperação consciente com a lei Omnipotente que é a base fundamental de todas as coisas.

34. A Mente Universal é o princípio de vida de qualquer átomo da Criação; cada átomo está em esforço contínuo para manifestar mais vida; todos

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pos-suem inteligência e todos procuram realizar o propósito para o qual foram criados.

35. A maioria dos seres humanos vive no mundo exterior; poucos encontra-ram o mundo interior e é este que cria o mundo exterior; é criativo, tudo aquilo que encontra no mundo exterior foi criado por si no mundo interior. 36. Este sistema torná-lo-á consciente de um poder que será seu quando compreender esta relação entre o mundo exterior e o mundo interior. O mundo interior é a causa, o mundo exterior é o efeito; para mudar o efeito tem de primeiro mudar a causa.

37. Você aperceber-se-á de que esta é uma ideia radicalmente nova e dife-rente; a maioria dos homens tenta mudar os efeitos actuando sobre eles. Não compreendem que estão apenas a trocar uma forma de distúrbio por outra. Para eliminar a discórdia, temos de eliminar a causa e esta causa apenas pode ser encontrada no mundo interior.

38. Todo o crescimento tem srcem no interior. Isto é claro em toda a Natu-reza. Qualquer planta, qualquer animal, qualquer ser humano é um tes-temunho vivo desta grande lei. O erro de todas as eras foi o de procurar a força e o poder no exterior.

39. O mundo interior é a fonte Universal dos recursos, o mundo exterior é o local de descarga desses recursos. A nossa capacidade de receber depende do nosso reconhecimento desta Fonte Universal, desta Energia Infinita, da qual cada indivíduo é um canal de descarga e assim uno com todos os outros indivíduos.

40. O reconhecimento é um processo mental, assim, a acção mental é a interacção do indivíduo com a Mente Universal e como esta é a Inteligência que abrange todo o espaço e anima todas as coisas vivas, esta acção e reac-ção mental corresponde à lei da causalidade, ainda que o princípio da cau-salidade não resida no indivíduo mas na Mente Universal. Não é uma capacidade objectiva, mas um processo subjectivo, cujos resultados podem ser vistos numa variedade infinita de condições e experiências.

41. Para que a vida se expresse, tem de existir mente; nada pode existir sem a mente. Tudo quanto existe é uma manifestação desta substância básica a partir da qual e pela qual todas as coisas foram criadas e estão constantemente a ser recriadas.

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42. Vivemos num insondável oceano de substância mental plástica. Esta substância está sempre viva e activa. É sensível ao mais alto grau. Ganha forma de acordo com as exigências da mente. O pensamento forma o molde ou a matriz pela qual a substância se expressa.

43. Lembre-se que o valor reside apenas na aplicação do princípio e que um entendimento prático desta lei irá substituir a pobreza por abundância, a ignorância por sabedoria, a discórdia por harmonia e a tirania por liberda-de. Decerto não há maior dádiva que esta, a partir de uma perspectiva material e social.

44. Agora aplique-a: Escolha um quarto onde possa estar sozinho e sosse-gado; sente-se direito, confortavelmente, mas sem sonolência; deixe os seus pensamentos vaguearem à vontade mas mantenha-se imóvel entre quinze e trinta minutos; repita-o durante três ou quatro dias ou durante uma semana, até ter pleno controlo do seu ser físico.

45. Para muitos será extremamente difícil; outros consegui-lo-ão com faci-lidade, mas é essencial alcançar um pleno controlo do corpo antes de pro-gredir. Na próxima semana receberá instruções relativamente ao próximo passo; entretanto já deverá ter dominado este exercício.

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Perguntas de estudo com Respostas

1. O que é o mundo exterior relativamente ao mundo interior? - O mundo exterior é um reflexo do mundo interior.

2. De que depende toda a posse? - A posse é baseada na consciência.

3. Como se relaciona o indivíduo com o mundo objectivo?

- O indivíduo relaciona-se com o mundo objectivo através da mente objecti-va; o cérebro é o órgão da mente.

4. Como se relaciona com a Mente Universal?

- Relaciona-se com a Mente Universal através da mente subconsciente; o Plexo Solar é o órgão desta mente.

5. O que é a Mente Universal?

- A Mente Universal é o princípio que dá vida a todos os átomos da exis-tência.

6. Como pode o Indivíduo actuar sobre o Universal?

- A capacidade de pensar do indivíduo é o que lhe permite actuar sobre o Universal e de o manifestar.

7. Qual é o resultado desta acção e interacção?

- O resultado desta acção e interacção é causa e efeito; cada pensamento é uma causa e cada condição, um efeito.

8. Como são conseguidas condições harmoniosas e desejáveis?

- Condições harmoniosas e desejáveis são alcançadas através do pensa-mento correcto.

9. Qual a causa de toda a discórdia, desarmonia, carência e limitação? - Discórdia, desarmonia, carência e limitação resultam do pensamento incorrecto.

10. Qual é a fonte de todo o poder?

- A fonte de todo o poder é o mundo interior, a Fonte Universal dos Recur-sos, a Energia Infinita da qual cada indivíduo é um canal de descarga.

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Parte Dois Parte Dois

As nossas dificuldades devem-se principalmente a ideias confusas e à igno-rância do nosso verdadeiro interesse. A grande tarefa é descobrir as leis da natureza às quais nos devemos ajustar. O pensamento claro e a perspicácia moral possuem, portanto, um valor incalculável. Todos os processos, mesmo os do pensamento, repousam em fundações sólidas.

Quanto maior a sensibilidade, mais apurado é o julgamento, mais delicado é o paladar, mais refinados são os princípios morais, mais subtil a gência, mais altas as aspirações – mais puras e intensas são as

gratifica-ções que a existência oferece. É por isto que o estudo do melhor que foi pen-sado no mundo nos dá um prazer supremo.

O poder, o uso e as possibilidades da mente sob novas interpretações são incomparavelmente mais maravilhosos do que as conquistas mais gantes ou sonhos de progresso material.

Pensamento é energia. Pensamento activo é energia activa; pensamentoconcentrado é energia concentrada. O pensamento concentrado num

deter-minado propósito torna-se poder. Este é o poder que é usado por aqueles que não acreditam na virtude da pobreza ou na beleza da auto-negação. Para eles, isto são conversas dos fracos de espírito.

A capacidade de receber e de manifestar este poder depende da capacidade de reconhecer a Energia Infinita que continuamente habita no Homem, que cria e recria constantemente o seu corpo e mente, e que está sempre pronta para se manifestar a qualquer momento através dele, de qualquer forma necessária. A vida exterior do indivíduo manifesta-se na exacta proporção do reconhecimento desta verdade.

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Parte Dois Parte Dois

1. As operações da mente são produzidas por dois modos paralelos de acti-vidade, um consciente e outro subconsciente. O Professor Davidson diz: “Aquele que pensa iluminar toda a área da acção mental com a luz da sua consciência, é semelhante àquele que tenta iluminar todo o universo com uma lanterna.”

2. Os processos lógicos do subconsciente são executados com uma tal certe-za e regularidade que seriam impossíveis caso houvesse a menor possibili-dade de erro. A nossa mente organiza por nós as mais importantes funda-ções da cognição, ainda que não tenhamos o menor entendimento do seu modo de acção.

3. A alma subconsciente, como um benévolo estranho, trabalha e provê sempre para nosso benefício, colocando no nosso colo apenas os frutos maduros; assim, uma análise dos processos de pensamento mostra que o subconsciente é o palco dos mais importantes fenómenos mentais.

4. Foi através do subconsciente que Shakespeare se apercebeu, sem esfor-ço, de grandes verdades que estão escondidas da mente consciente do alu-no; que Fídias talhou o mármore e o bronze; que Rafael pintou Madonnas; e que Beethoven compôs sinfonias.

5. A facilidade e a perfeição dependem inteiramente do grau em que dei-xamos de depender da consciência; tocar piano, esquiar, escrever à máqui-na, dependem do processo da mente subconsciente para a sua perfeita exe-cução. A capacidade de tocar uma brilhante peça ao piano enquanto se mantém uma conversa acesa ao mesmo tempo, mostra a grandeza dos nos-sos poderes subconscientes.

6. Todos temos noção do quanto estamos dependentes do subconsciente e quanto melhores, mais nobres e mais brilhantes forem os nossos pensa-mentos, mais óbvio se torna para nós que a srcem reside para além das

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nossas capacidades. Encontramo-nos dotados de tacto, instinto, sentido do belo na arte, musica, etc., cujas srcens ou fonte desconhecemos completa-mente.

7. O valor do subconsciente é enorme; inspira-nos, avisa-nos, fornece-nos nomes, factos e cenas do nosso armazém da memória. Orienta os nossos pensamentos, gostos e executa tarefas tão intricadas que nenhuma mente consciente seria capaz de fazer, mesmo que tivesse poder para tal.

8. Você pode andar à sua vontade; pode erguer o braço sempre que quiser; conseguimos dar atenção a qualquer coisa através do olho ou do ouvido. Por outro lado, não conseguimos parar o bater do coração nem a circulação do sangue, ou o crescimento físico, ou a formação dos tecidos nervosos e musculares, nem o crescimento dos ossos ou tantos outros processos vitais. 9. Se compararmos estes dois modos de acção, um decretado pela vontade do momento, o outro actuando com um majestoso curso rítmico, sem vaci-lar e sempre constante, rendemo-nos à grandiosidade do segundo e pedi-mos que nos seja revelado este mistério. Vepedi-mos claramente que estes são processos vitais da nossa vida física e chegamos à conclusão que estas importantes funções estão propositadamente afastadas do domínio da nos-sa vontade exterior, sujeita a variações e transições, e colocadas sob a direcção de um poder permanente e confiável dentro de nós.

10. Destes dois poderes, o exterior e mutável é chamado de “Mente Cons-ciente” ou “Mente Objectiva” (que lida com objectos exteriores). O poder interior é chamado de “Mente Subconsciente” ou “Mente Subjectiva” que, além do trabalho que exerce no plano mental, controla as funções regula-doras que tornam possível a vida física.

11. É necessário ter um entendimento claro das funções respectivas dentro do plano mental, bem como de outros princípios básicos. Ao percepcionar e trabalhar através dos cinco sentidos físicos, a mente consciente lida com impressões e objectos da vida exterior.

12. Possui a capacidade de discriminar, detendo assim a responsabilidade da escolha. Tem o poder do raciocínio – quer indutivo, dedutivo, analítico ou silogístico – que pode ser desenvolvido a um grau bastante elevado. É a srcem da vontade, com todas as energias que daí derivam.

13. Não só consegue imprimir outras mentes, mas também é capaz de orientar a mente subconsciente. Desta forma, a mente consciente torna-se

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o soberano e guardião responsável pela mente subconsciente. É esta gran-diosa função que permite reverter totalmente as condições da sua vida. 14. É verdade que condições de medo, preocupação, pobreza, doença, desarmonia e quaisquer outras perversidades dominam-nos devido a sugestões falsas, aceites pela mente subconsciente desprotegida. Tudo isto pode ser evitado pelo treino da mente consciente, através da sua acção pro-tectora e vigilante. Poderá mesmo ser chamada de “sentinela do portão” do grande domínio do subconsciente.

15. Certo escritor expressou a grande distinção entre estas duas fases da mente da seguinte forma: “A mente consciente é a vontade racional. A mente subconsciente é o desejo instintivo, resultado de uma vontade racio-nal passada.”

16. A mente subconsciente tira conclusões precisas e equilibradas de pre-missas fornecidas por fontes exteriores. Quando a premissa é verdadeira, a mente subconsciente chega a uma conclusão infalível, mas se a premissa ou a sugestão estiverem erradas, toda a estrutura falha. A mente subcons-ciente não entra no processo de discernir. Confia inteiramente na mente consciente, “a sentinela do portão”, para a proteger de impressões erradas. 17. Ao receber qualquer sugestão como verdadeira, a mente subconsciente entra em acção em todo o domínio da sua tremenda área de trabalho. A mente consciente pode sugerir tanto a verdade como o erro. Se sugere erro, será em prejuízo do estado de todo o ser.

18. A mente consciente deve estar de guarda durante todas as horas em que estiver desperta. Quando a “sentinela” está “de folga” ou quando o seu discernimento adequado é suspenso devido a uma variedade de circuns-tâncias, a mente subconsciente fica desprotegida e à mercê de sugestões de qualquer srcem. Momentos de grande pânico, um acesso de raiva, impul-sos de uma multidão irresponsável ou qualquer momento de uma emoção incontrolável são as condições mais perigosas. A mente subconsciente fica exposta a sugestões de medo, ódio, egoísmo, ganância, auto depreciação e outras forças negativas vindas de pessoas e circunstâncias envolventes. O resultado é extremamente prejudicial à saúde, com efeitos que podem con-tinuar a afectar durante um longo período de tempo. É, portanto, da maior importância proteger a mente subconsciente de impressões falsas.

19. A mente subconsciente percepciona através da intuição. Logo, os seus processos são rápidos. Não espera pelos lentos métodos da razão conscien-te. De facto, nem os consegue aplicar.

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20. A mente subconsciente nunca dorme, nunca descansa, tal como o seu coração ou o seu sangue. Foi descoberto que ao simplesmente afirmar à mente subconsciente coisas específicas que devem ser executadas, dá-se início a forças que levam ao resultado desejado. É aqui que reside a fonte do poder que nos põe em contacto com a Omnipotência. Aqui reside um profundo princípio que vale todo o esforço do nosso mais dedicado estudo. 21. É interessante o modo como esta lei opera. Aqueles que a colocam em acção descobrem que quando se vão encontrar com uma pessoa com quem prevêem ter um encontro difícil, algo esteve lá antes deles e dissolveu as supostas diferenças; tudo se altera; tudo se harmoniza; eles descobrem que quando qualquer dificuldade ou problema se lhes apresenta, podem dar-se ao luxo de o adiar e algo sugere a solução mais adequada; tudo fica correc-tamente tratado; de facto, aqueles que aprenderam a confiar no subcons-ciente, descobriram que possuem recursos infinitos à sua disposição.

22. A mente subconsciente é onde residem os nossos princípios e aspira-ções. É a fonte dos nossos ideais artísticos e altruístas. Estes instintos apenas podem ser derrubados através de um processo gradual de sabota-gem dos princípios inatos.

23. A mente subconsciente não é capaz de contrariar. Assim, se aceitou sugestões erradas, o método correcto de as eliminar é através do uso de fortes sugestões contrárias, repetidas frequentemente e que a mente deve-rá aceitar, formando assim novos e saudáveis hábitos de pensamento e de vida, pois a mente subconsciente é a morada do hábito. Aquilo que fazemos vezes sem conta torna-se mecânico; deixa de ser um acto racional, passan-do a estar enraizapassan-do na mente subconsciente. Isto é-nos favorável se o hábito for saudável e correcto. Se for prejudicial e errado, a cura está em reconhecer a omnipotência da mente subconsciente e sugerir libertar-se no momento presente. O subconsciente, sendo criativo e uno com a nossa fon-te divina, criará de imediato a liberdade sugerida.

24. Em suma: As funções normais do subconsciente, a nível físico, estão relacionadas com processos vitais e reguladores, com a preservação da vida e restauro do estado saudável; com a procriação, que inclui um desejo ins-tintivo de preservar toda a vida e de melhorar as condições em geral.

25. Do lado mental, é o armazém da memória; guarda os maravilhosos mensageiros do pensamento que trabalham livres do tempo e do espaço; é a fonte da iniciativa prática e das forças construtivas da vida; é a morada do hábito.

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26. Do lado espiritual, é a fonte dos ideais, das aspirações, da imaginação; é o canal através do qual reconhecemos a nossa Fonte Divina e quanto mais a reconhecermos, mais ganhamos entendimento sobre a fonte do poder.

27. Alguns poderão perguntar: “Como pode o subconsciente mudar as con-dições?” A resposta é: o subconsciente é parte da Mente Universal e a parte tem de ser do mesmo tipo e qualidade que o todo; a única diferença é o grau em que se manifesta. O todo, como sabemos, é criativo, na verdade, é o único criador que existe, logo, percebemos que a mente é criativa e como o pensamento é a única actividade que a mente possui, segue-se que o pen-samento tem de necessariamente ser também criativo.

28. Mas existe uma grande diferença entre simplesmente pensar e direc-cionar o nosso pensamento de forma consciente, sistemática e construtiva; quando o fazemos, a nossa mente harmoniza-se com a Mente Universal, colocamo-nos em sintonia com o Infinito, pomos em marcha a força mais poderosa da existência, o poder criativo da Mente Universal. Este poder, tal como tudo o resto, é regido pela lei natural, esta lei é a “Lei da Atrac-ção”, afirmando que a Mente é criativa e que se relacionará automatica-mente com o seu objecto, manifestando-o.

29. Na semana passada dei-lhe um exercício com o propósito de controlar o seu corpo físico; se já o dominou, está pronto para prosseguir. Desta vez começará por controlar o seu pensamento. Use sempre o mesmo quarto, a mesma cadeira e a mesma posição, se possível. Nalguns casos não é possí-vel usar a mesma divisão, de qualquer forma, tire o melhor partido das condições que tiver à disposição. Mantenha-se perfeitamente imóvel, mas desta vez iniba qualquer pensamento; isto dar-lhe-á a capacidade de con-trolar todos os pensamentos de preocupação, ansiedade, medo e de consi-derar apenas os pensamentos que deseja. Repita este exercício até o conse-guir dominar.

30. Conseguirá fazê-lo apenas durante alguns momentos em cada repeti-ção, mas o exercício é valioso, pois é uma demonstração prática dos inúme-ros pensamentos que estão constantemente a tentar entrar no seu mundo mental.

31. Na próxima semana receberá instruções para um exercício que será um pouco mais interessante, mas é necessário que domine este primeiro.

A causa e efeito são tão absolutos e inescapáveis tanto no reino oculto do pensamento, como no mundo visível da matéria. A mente é o mestre tecelão,

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tanto do tecido interior do carácter como do tecido exterior da circunstân-cia.

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Perguntas de estudo com respostas

11. Quais são os dois modos de actividade mental? - Consciente e subconsciente.

12. De que dependem a facilidade e a perfeição?

- Dependem inteiramente do grau no qual deixamos de depender da mente consciente.

13. Qual o valor do subconsciente?

- É enorme; guia-nos, avisa-nos, controla os processos vitais e é a morada da memória.

14. Que função tem a mente consciente?

- Possui a capacidade de discriminação; o poder de raciocinar; é a morada da vontade e imprime o subconsciente.

15. Como foi expressa a distinção entre o consciente e subconsciente?

- “A mente consciente é a vontade racional. A mente subconsciente é o desejo instintivo, resultado de uma vontade racional passada.”

16. Qual o método necessário para imprimir a mente subconsciente? - Afirmar mentalmente aquilo que se deseja.

17. Qual será o resultado?

- Se o desejo estiver em harmonia com o movimento progressivo do Todo, começarão a operar forças que manifestarão o resultado.

18. Qual é o resultado da acção desta lei?

- O nosso ambiente reflectirá condições que correspondem à atitude mental predominante que temos.

19. Qual o nome atribuído a esta lei? - Lei da Atracção.

20. Como se define a lei?

- O pensamento é energia criativa e relacionar-se-á automaticamente com o seu objecto, manifestando-o.

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Parte Três Parte Três

Tomou já conhecimento de que o Indivíduo pode actuar sobre o Universal e de que o resultado desta acção e interacção é de causa e efeito. O pensamen-to é a causa e as experiências com que se depara na vida são os efeipensamen-tos. Elimine então qualquer possível tendência para se queixar da maneira como as condições se lhe apresentam, pois tem a capacidade de as alterar e de as transformar naquilo que desejaria que fossem.

Oriente o seu esforço no reconhecimento dos recursos mentais que estão sempre à sua disposição, dos quais provém todo o seu poder real e duradou-ro.

Persista nesta prática até chegar à conclusão de que não poderá haver fra-casso em alcançar qualquer objectivo na vida se compreender o poder e per-sistir nesse mesmo objectivo, pois as forças da mente estão sempre prontas a actuar quando há uma vontade concentrada, esforçando-se para cristalizar o pensamento e o desejo em acções, eventos e condições.

O início de cada função de vida e de cada acção é resultado do pensamento consciente, depois as acções habituais tornam-se automáticas e o pensamen-to que as controla passa para o reino do subconsciente; ainda assim man-têm o mesmo grau de inteligência. É necessário que se torne automático, ou subconsciente, de modo a que a mente consciente se concentre noutros assuntos. As novas acções irão, no entanto, tornar-se habituais, depois automáticas e depois subconscientes, de modo a que a mente possa de novo ser libertada destes pensamentos e prosseguir para outras actividades. Quando se aperceber disto, descobrirá uma fonte de poder que lhe permite resolver qualquer situação que se possa desenvolver na sua vida.

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Parte Três Parte Três

1. A interacção necessária da mente consciente e subconsciente requer uma interacção semelhante entre os sistemas de nervos correspondentes. O Juiz Troward explica o belo método em que esta interacção ocorre, ele diz: O sistema cerebrospinal é o órgão da mente consciente, o sistema sim-pático é o órgão do subconsciente. O sistema cerebrospinal é o canal atra-vés do qual recebemos a percepção consciente dos sentidos físicos e onde exercemos controlo sobre os movimentos do corpo. Este sistema de nervos tem o seu centro no cérebro.”

2. O Sistema Simpático tem o seu centro numa massa ganglionar na zona posterior do estômago, conhecida como Plexo Solar, e é o canal das acções mentais que suportam inconscientemente as funções vitais do corpo.

3. A ligação entre os dois sistemas é feita pelo nervo vago, que passa pela região do cérebro, fazendo parte do sistema voluntário, até ao tórax, rami-ficando ao coração e pulmões e finalmente passando pelo diafragma, per-dendo aí o seu revestimento e juntando-se aos nervos do Sistema Simpáti-co, onde forma uma ligação entre os dois. Isto torna o Homem uma “enti-dade una”, fisicamente.

4. Vimos já que cada pensamento é recebido pelo cérebro, o órgão do cons-ciente; aqui, fica sujeito ao nosso poder racional. Quando a mente objectiva assume a veracidade do pensamento, este é enviado para o Plexo Solar, ou o cérebro da mente subjectiva, para se tornar na nossa carne e manifestar-se no nosso mundo como uma realidade. Neste ponto não é susceptível de qualquer tipo de contrariedade. A mente subconsciente não é capaz de argumentar; apenas age. Aceita fielmente as conclusões da mente objecti-va.

5. O Plexo Solar foi comparado ao Sol do corpo, pois é um ponto central de distribuição da energia que o corpo gera constantemente. Esta é uma ener-gia bem real e este Sol é um sol real. A enerener-gia está a ser distribuída por

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nervos reais a todas as partes do corpo e irradiada numa atmosfera que envolve o corpo.

6. Se esta radiação for suficientemente forte, a pessoa é vista como magné-tica; diz-se estar cheia de magnetismo pessoal. Essa pessoa pode conter um enorme poder de fazer o bem. As mentes confusas, com as quais ela contac-ta, sentir-se-ão tranquilizadas apenas pela sua presença.

7. Quando o Plexo Solar opera activamente e irradia vida, energia e vitali-dade a todas as partes do corpo e a todos os que encontra, as sensações são agradáveis, o corpo está pleno de saúde e todos aqueles com quem contacta experimentam uma sensação agradável.

8. Se houver alguma interrupção desta radiação, as sensações serão desa-gradáveis, a corrente de vida e energia é interrompida nalguma parte do corpo e esta é a causa de toda e qualquer doença da raça humana, quer física, mental ou ambiental.

9. É física porque o Sol do corpo não gera energia suficiente para vitalizar todas as partes do corpo; mental porque a mente consciente depende da mente subconsciente para lhe dar a vitalidade necessária que suporta o pensamento; e ambiental porque é interrompida a ligação entre a mente consciente e a mente Universal.

10. O Plexo Solar é o ponto no qual a parte se encontra com o Todo, onde o finito se torna Infinito, onde o Incrível se cria, onde o Universal se torna individualizado e o Invisível se torna visível. É o ponto onde a vida surge e não há limite para a quantidade de energia que um indivíduo é capaz de geral deste centro Solar.

11. Este centro de energia é Omnipotente porque este é o ponto de contacto de toda a vida e de toda a inteligência. Pode, portanto, alcançar qualquer coisa que se proponha alcançar e aqui reside o poder da mente consciente; o subconsciente levará consigo todos e quaisquer planos e ideias sugeridos pela mente consciente.

12. O pensamento consciente é, portanto, o regente deste centro Solar, do qual fluem a vida e a energia de todo o corpo; a qualidade do pensamento em que persistimos, determina a qualidade do pensamento que este Sol irá irradiar; o carácter do pensamento em que a nossa mente consciente per-siste, determina o carácter do pensamento que este Sol irá irradiar; e a natureza do pensamento em que a nossa mente consciente persiste,

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deter-mina a natureza do pensamento que este Sol irá irradiar, consequente-mente determinando a natureza da experiência resultante.

13. É, portanto, evidente que tudo o que temos de fazer é deixar a nossa luz brilhar; quanto mais energia conseguirmos irradiar, mais rapidamente seremos capazes de transformar condições indesejáveis em fontes de pra-zer e benefício. A questão essencial é, então, como fapra-zer com que esta luz brilhe; como gerar esta energia.

14. Pensamentos desprovidos de resistência expandem o Plexo Solar; pen-samentos resistentes contraem-no. Penpen-samentos agradáveis expandem-no; pensamentos desagradáveis contraem-no. Todos os pensamentos de cora-gem, poder, confiança e esperança produzem um estado correspondente, mas o grande arqui-inimigo do Plexo Solar que deve ser absolutamente eliminado, para que alguma luz possa brilhar, é o medo. Este inimigo deve ser totalmente destruído; deve ser expulso para sempre; ele é a nuvem que cobre o sol; que causa uma sombra eterna.

15. É este demónio pessoal que faz os homens recearem o passado, o pre-sente e o futuro; recearem-se a si próprio, os amigos e os inimigos; recea-rem tudo e toda a gente. Quando o medo é efectiva e completamente des-truído, a sua luz brilhará, as nuvens dispersarão e terá encontrado a fonte de todo o poder, energia e vida.

16. Quando descobrir que você é uno com o poder Infinito e quando reco-nhecer conscientemente este poder através de uma demonstração prática da sua capacidade de superar qualquer condição adversa com o poder do seu pensamento, não terá nada a recear; o medo terá sido destruído e esta-rá na posse do poder que é seu por direito desde a nascença.

17. É a nossa atitude mental face à vida que determina as experiências que encontramos; se não esperarmos nada, não receberemos nada; se jarmos muito, receberemos uma grande porção. O mundo é cruel apenas porque falhamos em defender aquilo que afirmamos. O criticismo do mun-do é amargo apenas para aqueles que não criam espaço para as suas ideias. É o medo deste criticismo que faz com que muitas ideias não che-guem a ver a luz do dia.

18. Mas o Homem que reconhecer que tem um Plexo Solar, não receará o criticismo ou qualquer outra coisa, pois estará demasiado ocupado a irra-diar coragem, confiança e poder; através da sua atitude mental antecipará o sucesso; destruirá obstáculos e saltará sobre o abismo da dúvida e da hesitação que o medo coloca no seu caminho.

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19. O conhecimento da nossa capacidade de conscientemente irradiarmos saúde, força e harmonia dar-nos-á a certeza de que não há nada a recear, pois estamos em contacto com a Força Infinita.

20. Este conhecimento é alcançado apenas através da aplicação prática desta informação. Aprendemos ao fazer; através da prática, o atleta torna-se poderoso.

21. Como a afirmação seguinte é de uma importância considerável, colocá-la-ei de diversas maneiras para que não lhe escape o seu completo signifi-cado. Se tiver uma forte vertente religiosa, direi para deixar a sua luz bri-lhar. Se a sua mente se foca mais nas ciências físicas, direi para despertar o seu Plexo Solar; se preferir uma interpretação puramente cientifica, direi para imprimir a sua mente subconsciente.

22. Já referi qual o resultado desta impressão. É o método de o fazer que agora lhe interessa. Já aprendeu que o subconsciente é inteligente, criativo e reactivo à vontade da mente consciente. Qual é então a forma mais natu-ral de fazer a impressão desejada? Concentre-se mentalmente no objecto que deseja; quando se concentra, está a imprimir o subconsciente.

23. Esta não é a única forma, mas é uma forma simples e eficaz, a mais directa e, consequentemente, a forma de alcançar os melhores resultados. É o método que produz resultados tão extraordinários que a muitos pare-cem ser milagres.

24. É o método pelo qual todos os grandes inventores, financeiros e estadis-tas conseguiram converter a subtil e invisível força do desejo, fé e confian-ça em factos reais, tangíveis e concretos no mundo objectivo.

25. A mente subconsciente é parte da Mente Universal. O Universal é o princípio criativo do Universo e uma parte tem de ser do mesmo tipo e qua-lidade do todo. Isto significa que este poder criativo é absolutamente ilimi-tado; não está sujeito a nenhum tipo de precedência e, consequentemente, não possui qualquer padrão pré-existente pelo qual aplique o seu princípio construtivo.

26. Descobrimos que a mente subconsciente reage à nossa vontade cons-ciente, o que significa que o poder criativo e ilimitado da Mente Universal está ao alcance da mente consciente do indivíduo.

27. Quando fizer uma aplicação prática deste princípio, de acordo com os exercícios dados nas lições subsequentes, é bom lembrar que não é neces-sário descrever o método pelo qual o subconsciente produz os resultados

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que deseja. O Infinito não informa o finito. Você simplesmente afirma aquilo que deseja, não o modo como o obtém.

28. Você é o canal pelo qual o indiferenciado se torna diferenciado e esta diferenciação é alcançada através de apropriação. Requer apenas reconhe-cimento para colocar em marcha as causas que criarão resultados concor-dantes com o seu desejo, isto acontece porque o Universal actua apenas através do indivíduo e o indivíduo actua apenas através do Universal; eles são um.

29. Como exercício desta semana, pedir-lhe-ei que vá um pouco mais longe. Quero que esteja perfeitamente imóvel, iniba qualquer pensamento o melhor que puder, mas relaxe, abandone-se, deixe os músculos tomarem o seu estado normal; isto retirará qualquer pressão sobre os nervos e elimi-nará aquela tensão que frequentemente produz cansaço físico.

30. O relaxamento físico é um exercício voluntário da vontade e o seu exer-cício é de grande valor, pois permite que o sangue circule livremente do cérebro para o corpo e vice-versa.

31. As tensões levam à inquietação mental e a uma actividade mental anormal; produz preocupação, medo e ansiedade. O relaxamento é, portan-to, uma necessidade absoluta para que as faculdades mentais se exercitem de uma forma livre.

32. Pratique este exercício da forma mais exaustiva e completa que lhe for possível, determine mentalmente que irá relaxar todos os músculos e ner-vos, até se sentir tranquilo, descansado e em paz consigo e com o mundo. 33. O Plexo Solar estará então em condições de funcionar e você ficará sur-preendido com o resultado.

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Perguntas de estudo com Respostas

21. Que sistema de nervos é o órgão da Mente Consciente? - Cerebrospinal.

22. Que sistema de nervos é o órgão da mente subconsciente? - Simpático.

23. Qual é o ponto central de distribuição da energia que o corpo gera cons-tantemente?

- O Plexo Solar.

24. Como pode ser interrompida esta distribuição?

- Através de pensamentos de resistência e discordância, mas principalmen-te de medo.

25. Qual é o resultado de tal interrupção? - Qualquer doença que afecte a raça humana.

26. Como pode esta energia ser controlada e direccionada? - Através do pensamento consciente.

27. Como pode o medo ser totalmente eliminado?

- Através de um entendimento e reconhecimento da verdadeira fonte de todo o poder.

28. O que determina as experiências que encontramos na vida? - A nossa atitude mental predominante.

29. Como podemos despertar o plexo solar?

- Concentrando-nos mentalmente na condição que desejamos ver manifes-tada nas nossas vidas.

30. Qual é o princípio criativo do Universo? - A Mente Universal.

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Parte Quatro Parte Quatro

Entrego-lhe agora a Parte Quatro. Esta parte mostrará porque é que aquilo que pensa, faz ou sente é indicativo daquilo que você é.

O pensamento é energia, energia é poder e é devido ao facto de todas as religiões, ciências e filosofias, com as quais o mundo se tornou familiariza-do se terem baseafamiliariza-do na manifestação desta energia em vez da própria gia, que o mundo tem estado limitado a efeitos enquanto as causas são

ignoradas ou incompreendidas.

É por estar razão que temos Deus e o Demónio na religião, o positivo e o negativo na ciência, o bem e o mal na filosofia.

A Chave-Mestra reverte este processo; o seu interesse é apenas na causa. As cartas dos alunos contam uma história maravilhosa; indicam conclusiva-mente que estão a descobrir a causa pela qual são capazes de alcançar saú-de, harmonia, abundância e tudo o mais necessário para o seu bem-estar e felicidade.

A vida é expressão e a nossa tarefa é expressarmo-nos harmoniosa e cons-trutivamente. Desgosto, miséria, infelicidade, doença e pobreza não são necessidades, portanto, temos de as eliminar.

Este processo de eliminação consiste em erguermo-nos acima e para além de qualquer tipo de limitações. Aquele que fortaleceu e purificou o seu pen-samento não precisa de se preocupar com micróbios; e aquele que preendeu a lei da abundância vai directamente à fonte dos recursos.

É desta forma que o destino e a sorte são controlados da mesma forma que um capitão controla o seu barco, ou um maquinista controla o seu comboio.

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Parte Quatro Parte Quatro

1. O seu “Eu” não é o corpo físico; isso é simplesmente um instrumento que o “Eu” usa para cumprir o seu propósito; o “Eu” não pode ser a Mente, pois a mente é simplesmente outro instrumento que o “Eu” utiliza, com a qual pensa, raciocina e planeia.

2. O “Eu” tem de ser algo que controla e orienta tanto o corpo como a men-te; algo que determina o que fazem e como o fazem. Quando tomar cons-ciência da verdadeira natureza deste “Eu”, desfrutará de uma sensação de poder como nunca sentiu antes.

3. A sua personalidade é feita de inúmeras características, peculiaridades, hábitos e traços de carácter individuais; eles são o resultado da sua ante-rior forma de pensamento, mas nada têm a ver com o verdadeiro “Eu”. 4. Quando diz “Eu penso”, o “Eu” diz à mente o que ela irá pensar; quando diz “Eu vou”, o “Eu” diz ao corpo físico para onde ir; a verdadeira natureza deste “Eu” é espiritual e é a fonte do poder real atribuído aos homens e mulheres quando reconhecem a sua verdadeira natureza.

5. O maior e mais maravilhoso poder com que este “Eu” foi dotado é o poder de pensar e como poucas pessoas sabem pensar construtivamente ou correctamente, alcançam assim resultados que lhes são indiferentes. A maioria das pessoas permite que os seus pensamentos se dispersem em propósitos egoístas, resultado inevitável de uma mente infantil. Quando a mente amadurece, compreende que o germe da derrota reside em cada pensamento egoísta.

6. A mente treinada sabe que qualquer transacção deve beneficiar todas as pessoas relacionadas com a transacção e qualquer tentativa de beneficiar através da fraqueza, da ignorância ou da necessidade de outro, acabará inevitavelmente em prejuízo.

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7. A razão é que o Indivíduo é uma parte do Universal. Uma parte não pode contrariar outra parte, antes pelo contrário, o bem-estar de cada par-te depende do reconhecimento do inpar-teresse do todo.

8. Aqueles que reconhecem este princípio, possuem uma grande vantagem nas diversas áreas da vida. Eles não se consomem. São capazes de eliminar pensamentos errantes com facilidade; de se concentrarem ao mais alto nível em qualquer assunto. Eles não desperdiçam tempo ou dinheiro em objectos onde não há qualquer benefício possível.

9. Se não é capaz de fazer estas coisas, é porque não fez o esforço necessá-rio. O momento de fazer esse esforço é agora. O resultado será exactamen-te proporcional ao esforço despendido. Uma das afirmações mais forexactamen-tes que pode usar para fortalecer a vontade e reconhecer o seu poder é, “Eu posso ser aquilo que a minha vontade deseja.”

10. De cada vez que o repetir, reconheça quem e o que é este “Eu”; tente chegar a um profundo entendimento da verdadeira natureza do “Eu”; se o conseguir, será invencível; isto é, desde que os seus objectivos e propósitos sejam construtivos e em harmonia com o princípio criativo do Universo. 11. Se decidir usar esta afirmação, use-a continuamente, à noite, de manhã e sempre que se lembrar dela durante o dia. Continue a fazê-lo até se tor-nar uma parte de si; crie o hábito.

12. Se não o fizer desta forma, mais vale nem sequer começar, pois a psico-logia moderna diz-nos que quando começamos alguma coisa e não a termi-namos ou fazemos uma resolução e não a cumprimos, estamos a criar o hábito de fracasso; fracasso absoluto e vergonhoso. Se não tiver intenção de fazer alguma coisa, não a comece; se a começar, assegure-se de que a aca-ba, nem que o céu lhe caia na cabeça; se decidir fazer alguma coisa, faça-a; não deixe nada nem ninguém interferir; o seu “Eu” determinou, está deci-dido; a sorte está lançada, não há mais discussão.

13. Se persistir nesta ideia, começando com coisas pequenas que sabe poder controlar e gradualmente for aumentando o esforço sem deixar que o seu “Eu” seja subjugado em nenhuma circunstância, descobrirá que é capaz de se controlar a si próprio. Muitos homens e mulheres descobriram, para seu desgosto, que é mais fácil dominar um reino que a eles próprios. 14. Mas quando tiver aprendido a controlar-se, terá encontrado o “Mundo Interior” que controla o mundo exterior; tornou-se irresistível; pessoas e coisas acederão a todos os seus desejos sem qualquer esforço aparente da sua parte.

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15. Isto não é tão estranho ou tão difícil como possa parecer se se lembrar que o “Mundo Interior” é controlado pelo “Eu”, que este “Eu” é uma parte, una com o “Eu” Infinito, com a Energia ou Espírito Universal, normalmen-te referido como Deus.

16. Não é uma mera afirmação ou uma teoria feita com o propósito de con-firmar ou estabelecer uma ideia, é um facto aceite tanto pelas maiores cor-rentes religiosas, como pelas maiores corcor-rentes científicas.

17. Herbert Spender disse: “Dentre todos os mistérios que nos rodeiam, nada é mais certo do que o facto de estarmos sempre na presença de uma Energia Infinita e Eterna da qual todas as coisas surgem.”

18. Lyman Abbott, num discurso perante os alunos do Seminário de Teolo-gia de Bangor, disse: “Estamos a começar a pensar em Deus como algo que habita o Homem em vez de algo que actua no Homem a partir de fora.” 19. A ciência percorre o mesmo caminho e bloqueia. A ciência descobre esta Energia Eterna, mas a Religião descobre o Poder por detrás da energia e localiza-o no Homem. Esta descoberta não é nova; a Bíblia diz exactamente a mesma coisa e o discurso é igualmente simples e convincente: “Não sabeis que sois o templo do Deus vivo?” Aqui está, portanto, o segredo do maravilhoso poder criativo do “Mundo Interior”.

20. Este é o segredo do poder, da mestria. Superar não significa renunciar às coisas. A auto negação não é sucesso. Não podemos dar se não receber-mos; não podemos ser prestáveis se não formos fortes. O Infinito nunca está em falência e nós, que somos os representantes do poder Infinito, nun-ca iremos à falência; se queremos ser prestáveis aos outros, temos de ter poder e mais poder, mas para tê-lo temos de o dar; temos de prestar servi-ço.

21. Quanto mais dermos, mais receberemos; devemo-nos tornar num canal pelo qual o Universal expressa a sua actividade. O Universal está constan-temente à procura de expressão, à procura de ser útil e procura o canal mais activo para o fazer, onde pode fazer o maior bem, onde pode oferecer o melhor benefício à humanidade.

22. O Universal não se pode expressar através de si enquanto estiver ocu-pado com os seus planos, com os seus propósitos; tranquilize os sentidos, procure inspiração, foque a actividade mental no interior, mergulhe na consciência da sua unidade com a Omnipotência. “As águas tranquilas

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