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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE NÚCLEO DE DESIGN CURSO EM DESIGN AS PRINCESAS DA DISNEY E A XILOGRAVURA DE

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Academic year: 2022

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CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE NÚCLEO DE DESIGN

CURSO EM DESIGN

AS PRINCESAS DA DISNEY E A XILOGRAVURA DE J. BORGES: UM DIÁLOGO ENTRE A MODA E O

DESIGN DE SUPERFÍCIE.

Aluno (a): Alidiane Adenilce dos Santos

CARUARU 2016

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AS PRINCESAS DA DISNEY E A XILOGRAVURA DE J. BORGES: UM DIÁLOGO ENTRE A MODA E O

DESIGN DE SUPERFÍCIE.

Monografia apresentada ao Curso de Design da Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico do Agreste para obtenção do grau de Bacharel em Design.

Orientadora: Dra. Maria Teresa Lopes

CARUARU 2016

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Catalogação na fonte:

Bibliotecária – Simone Xavier CRB/4 - 1242

S237p Santos, Alidiane Aldenice dos.

As princesas da Disney e a xilogravura de J. Borges: um diálogo entre a moda e o design de superfície. / Alidiane Aldenice dos Santos. – 2016.

123f. ; 30 cm.

Orientadora: Maria Teresa Lopes

Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso) – Universidade Federal de Pernambuco, CAA, Design, 2016.

Inclui Referências.

1. Roupas infantis. 2. Desenho de moda. 3. Disney, Personagens de. 4. Borges, José Francisco, 1935 -. I. Lopes, Maria Teresa (Orientadora). II. Título.

740 CDD (23. ed.) UFPE (CAA 2016-171)

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CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE NÚCLEO DE DESIGN

PARECER DE COMISSÃO EXAMINADORA DE DEFESA DE PROJETO DE

GRADUAÇÃO EM DESIGN

ALIDIANE ADENILCE DOS SANTOS

“AS PRINCESAS DA DISNEY E A XILOGRAVURA DE J. BORGES: UM DIÁLOGO ENTRE A MODA E O DESIGN DE SUPERFÍCIE.”

A comissão examinadora, composta pelos membros abaixo, sob a presidência do primeiro, considera o(a) aluno(a) Alidiane Adenilce dos Santos:

APROVADA

Caruaru, 14 de julho de 2016.

MARIO DE CARVALHO

DANIELA BRACCHI

MARIA TERESA LOPES

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graduação, onde os obstáculos foram aparecendo e fui pedindo ajuda e proteção.

Ele sempre será a primeira opção de apoio.

A minha família, principalmente meus pais, que sempre me apoiaram e acreditaram em toda minha dedicação, e todas as vezes que me cobraram quando iria terminar “essa faculdade”.

A meu namorado Suedy, que em tantas noites teve a paciência em esperar pra falar comigo depois das 23h00min, pois eu estava ocupada com o TCC. E sempre me ajudou de forma persistente, me cobrando e elogiando a cada passo dado em toda essa pesquisa.

As minhas entrevistadas, crianças fofas que alegraram os momentos que marcaram o início do projeto, e também as suas mães, que me receberam com satisfação e alegria.

A J. Borges, que é uma pessoa receptiva, que com prazer me recebeu em seu ateliê, e teve a boa vontade de me ouvir e responder todas as perguntas que lhe fiz.

A minha orientadora, a Prof.ª Dr.ª Teresa Lopes, pela disponibilidade em todas as dúvidas, acertos e erros em que lhe apresentei em todo esse tempo dedicado a nosso projeto, onde pude aprender e guardar cada conselho e ensinamentos vindos de toda sua experiência e bagagem profissional.

A todos estes e a tantos outros que passaram e tiveram um pouco de colaboração para que eu pudesse chegar até aqui, os meus sinceros agradecimentos.

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Resumo

Essa pesquisa teve como objetivo a realização de uma coleção de roupas infantis baseadas num importante diálogo entre a Moda e o Design de superfície.

Trazendo na coleção a união das princesas da Disney e a Xilogravura de J. Borges.

Obtendo para o segmento elementos artesanais locais, até então ausentes para este público, fazendo despertar o interesse dos mesmos pelo tema. Para tanto foram realizadas entrevistas com crianças entre quatro e dez anos, suas mães e também o artista conhecido mundialmente J. Borges, com o intuito de coletar dados influentes para ambos os universos, e assim usa-los na coleção.

O designer tem parte significativa em processos de criação, em destaque a coleção veio mostrar dois campos diferentes, mas que precisaram se unir para mostrar o quanto é importante se trabalhar situações onde a simbologia acarreta resultados bons e claros em diversos níveis de um processo. A coleção é formada por dez looks, são eles: três vestidos, dois macaquitos, duas batas com shorts, uma bata com calça, uma blusa com saia e uma jardineira com calça. Buscando viabilizar peças com leveza em suas modelagens, alegria nas cores e curiosidade nas estampas.

Palavras-chave: Coleção, Frozen e J. Borges.

(7)

This study aimed to carry out a collection of children's clothing based on an important dialogue between fashion and surface design. Bringing in the collection unity of Disney princesses and Xilogravura J. Borges. Getting to the thread local craft elements, hitherto absent for this audience, making interest the same in the subject.

Therefore interviews were conducted with children between four and ten years old, their mothers and also the world known artist J. Borges, in order to collect data for influential both universes, and so use them in the collection.

The designer has significant part in creating processes, highlighted the collection has shown two different fields, but that had to come together to show how important it is to work situations where the symbology brings good and clear results at various levels of a process. The collection consists of ten looks, they are: three dresses, two macaquitos two gowns to shorts, a robe with pants, a blouse with skirt and bib with pants. Seeking viable pieces lightly in their modeling, joy and curiosity in the colors in the prints.

.

Keywords: Collection, Frozen and J, Borges.

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Figura 2: Xilogravura - técnica de gravação, impressão e arte. ... 31

Figura 3: J. Borges em seu ateliê. ... 34

Figura 4: Olaf. ... 43

Figura 5: Sven. ... 43

Figura 6: Hans. ... 44

Figura 7: Kristoff. ... 45

Figura 8: Anna. ... 45

Figura 9: Elsa. ... 46

Figura 10: Bela ... 49

Figura 11: Aurora ... 50

Figura 12: Anna ... 50

Figura 13: Ariel ... 51

Figura 14: Rapunzel ... 52

Figura 15: Tabela para entrevista ... 55

Figura 16: Elsa. ... 57

Figura 17: Cinderella. ... 57

Figura 18: Cores Rosa/Azul/Lilás ... 58

Figura 19: Castelo. ... 58

Figura 20: Estrelas de gelo. ... 59

Figura 21: Elsa. ... 59

Figura 22: Disney Frozen. ... 59

Figura 23: Reprodução da tipografia do filme Frozen. ... 60

Figura 25: Brinquedos ... 62

Figura 26: Brinquedo Castelo ... 63

Figura 27: Perfumaria contendo imagens das princesas ... 63

Figura 28: Papelaria Princesas ... 64

Figura 29: Quadros de J. Borges. ... 65

Figura 30: Livros publicados. ... 65

Figura 31: Fontes usadas por J. Borges. ... 66

Figura 32: Talha de Elsa ... 71

Figura 33: Talha de Anna ... 71

Figura 34: Talha do Olaf ... 72

Figura 35: Talha Frozem ... 72

Figura 36: Talhas Elsa e Anna (impressão no papel)... 73

Figura 37: Talhas Olaf e Frozem (Impressão no papel)... 73

Figura 38: Estampas inspiradas da talha do Olaf ... 74

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Tabela 2: Desenvolvimento do produto de moda/vestuário ... 25 Tabela 3: Dados Coletados nas entrevistas ... 56

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2 Metodologia da Pesquisa ... 22

2.1 Escolha Metodológica de Design de Moda ... 25

3 O design e o artesanato ... 28

3.1 Relação entre o design e o artesanato ... 28

3.2 J. Borges ... 33

4 Os contos de fadas ... 37

4. 1 O que são os contos de fadas, um pouco da história e foco na narrativa das princesas da Disney ... 37

4.2 A escolha do filme Frozen ... 40

4.3 Principais personagens ... 43

4.4 Relação da Moda com os contos de fadas ... 47

5 Experimento e Análise ... 53

5.1 Entrevistas Crianças e Entrevistas Mães ... 54

5.2 Entrevistas mães ... 61

5.3 Descritivo da coleção ... 67

5.4 Realização do Brieffing ... 68

5.5 Criação do mapa de soluções possíveis ... 69

6 Apresentação da Coleção ... 75

7 Considerações Finais ... 96

Referências ... 99

Anexo A – Entrevista J. Borges ... 101

Anexo B – Entrevista Crianças ... 101

Anexo C – Entrevista Mães ... 103

Anexo D – Fichas Técnicas ... 104

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1 Introdução

Em nosso Estado, há tempos, é observado que o processo artesanal, é bastante amplo, tendo em vista a pluralidade encontrada de cidade a cidade em todo o estado de Pernambuco, cada uma com sua essência, conceitos, história e riqueza em detalhes dos diversos trabalhos. O artesanato local, visto na cidade de Bezerros, por ser encontrado em vários pontos, como, no Centro de Artesanato de Pernambuco situado às margens da BR 232, Km 107, é o primeiro exemplo, temos também a Associação dos Artesãos de Bezerros, que fica no Centro da cidade, Praça Duque de Caxias, nº 60. E por fim, onde este trabalho foi inspirado ao seu desenrolar, no Memorial J. Borges e Museu da Xilogravura, localizado na Avenida Major Aprigio da Fonseca, 420, BR 232.

A Xilogravura do artista plástico J. Borges foi o artesanato escolhido para compor uma coleção de roupas infantis, que conjuntamente ao universo das princesas da Disney, faz parte do imaginário da cultura local, uma troca de significação pouco vista neste seguimento. Nesta pesquisa será trabalhado principalmente a importância de manter a comunidade local, em especial as crianças de 4 a 10 anos, antenadas também com a cultura de sua cidade, conhecendo-a através da coleção a Xilogravura de J. Borges, sem deixar para trás o imaginário infantil das princesas da Disney.

O objeto de estudo desta pesquisa consiste na linguagem gráfica da xilogravura de J. Borges e das princesas da Disney personagens do filme Frozen. O trabalho parte do seguinte problema de pesquisa: a ausência de elementos artesanais locais no vestuário infantil. E visa responder a pergunta: “Como o design de moda pode ajudar a valorizar o artesanato local com uma coleção de moda infantil, inspirada nos elementos das princesas da Disney?”.

Com o intuito de complementar o conhecimento do público infantil com um assunto distante de seu convívio, o artesanato é mostrado através da coleção de roupas. Ou seja, oferecer como opção de estilo às crianças e mães, produtos diferenciados e que dessa forma eles tenham a oportunidade de entender e conhecer melhor o artesanato, produzido por J. Borges em seus trabalhos tanto na Xilogravura quanto na literatura de Cordel, trazendo a comunidade Bezerrense como narrativa.

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Este trabalho apresentará como resultado final, um Projeto de design de moda, uma coleção de roupas infantis, que consiste no desenvolvimento de uma coleção infantil utilizando elementos da Xilogravura de J. Borges, juntamente com os elementos da princesa Elsa do filme da Disney, Frozen. Para que esse projeto pudesse ser realizado foram traçados os seguintes objetivos específicos:

 Realizar o mapeamento iconográfico, e discursivo pelo Meid;

 Identificar a linguagem gráfica na Xilogravura de J. Borges;

 Identificar a linguagem gráfica utilizada pelas princesas da Disney;

 Desenvolver uma coleção de moda infantil, utilizando uma troca de significação entre o universo da cultura popular e pop.

Nesse sentido, o objeto de moda proposto na pesquisa é a construção de um vestuário infantil que utilize elementos compositivos artesanais locais, até então ausentes no segmento, fazendo despertar o interesse deste público e principalmente da população da região para o valor cultural e de identidade que há na região.

Buscando mostrar a importância de diversificar a representação gráfica no Artesanato local, levando-o para o setor de produção do design de moda.

O artesanato local que escolhemos trabalhar, está situado na cidade de Bezerros, no Centro de Artesanato de Pernambuco. Mesmo sendo perto da população da cidade, é pouco visitado por elas, na maioria das vezes a visita acontece com os estudantes através de projetos das escolas da cidade e das cidades vizinhas. Lá se encontra uma variedade imensa do artesanato não só local, mas de todo Pernambuco.

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Figura 1: Centro de Artesanato de Pernambuco

1Fonte: site G1

A escolha da Xilogravura do artista plástico J. Borges, foi principalmente pelo seu conhecimento que se dá através do título de Patrimônio Cultural Vivo de Pernambuco. Suas obras são expostas em seu Memorial, também situado na cidade de Bezerros, onde ele passa seu tempo no dia a dia, trabalhando e recebendo os visitantes, se mostrando assim um mestre o artesanato bastante acessível.

Neste sentido, esse trabalho busca não somente valorizar o artesanato, mas entendê-lo também como um componente do imaginário e dessa forma como algo que circula ao mesmo tempo entre a cultura pop e o imaginário da Disney.

Dessa maneira a pesquisa pôde desenrolar-se em torno de uma coleção de moda, onde foram produzidas dez peças de roupas infantis, trazendo todo contexto do universo infantil em cores, modelagens leves e estampas vindas da inspiração Xilogravura e personagens da Disney, mais especificamente do filme Frozen.

1 G1. Disponível em: < http://g1.globo.com/pe/caruaru-regiao/noticia/2014/03/centro-de-artesanato- de-pernambuco-expoe-pecas-da-cultura-em-bezerros.html>

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2 Metodologia da Pesquisa

Este trabalho foi feito através de um método direcionado para melhor aproveitamento do resultado, intitulado de Modelo Exploratório de Intervenção do Design-Meid, do qual o caráter científico é qualitativo e de base exploratória (LOPES, 2013).

Essa monografia tem um perfil teórico e projetual. A teoria possibilitou a pesquisa e o entendimento dos conhecimentos de design, planejamento de coleção e artesanato. Já a parte prática ficou na aproximação com o público alvo, na decomposição da linguagem gráfica e na execução da coleção.

Esta é uma pesquisa de abordagem qualitativa e aplicada, das quais tem a finalidade de buscar entender o universo das princesas da Disney e ao mesmo tempo o universo do artista plástico J. Borges e seu importante trabalho na cidade de bezerros para toda comunidade, e de toda sua vida, a Xilogravura.

Para isto foi adotado o Modelo Exploratório de Intervenção de Design-MEID.

Este método supõe que o design se situa na base da sociedade como um conhecimento que possibilita a estruturação do processo de materialização dos discursos vindo das culturas, e atua como algo de diversos valores simbólicos dos grupos sociais (LOPES, 2009).

O Meid é um modelo que estrutura o aprendizado de design por meio do convívio com não-designers, no caso aqui estudado o Xilogravurista J. Borges e o universo do público infantil. Contudo, aqui ele aparece como o nosso modelo metodológico de pesquisa. Assim ele conta com cada fase descrita na tabela abaixo:

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Tabela 1: Fases do Meid.

Fase 1 – Mapeamentos

Atividades Objetivo Realização

1. Mapeamento Iconográfico;

Visita estruturada por entrevista com registro

fotográfico ou audiovisual para apresentação da equipe de intervenção e conhecimento do grupo social a ser

trabalhado.

Entrevista com onze meninas com idade entre quatro e dez anos.

Entrevista com as mães dessas onze crianças.

Entrevista com o artista J. Borges.

Todas as entrevistas foram escritas e com registros fotográficos.

2. Mapeamento dos Fundamentos da Linguagem

Gráfica;

Levantamentos de dados, a partir das imagens

selecionadas para registro dos discursos visual – os

elementos que são

fundamentos da LG: Cores, texturas, imagens, esquemas e tipografia – e textual que são característicos do grupo.

Resultado das entrevistas com as crianças, trazendo o nome da personagem da Disney mais requisitada entre elas.

Cartela de cores vinda do filme Frozen, e dos trabalhos de J.

Borges.

Imagens icônicas retiradas do Filme e dos principais trabalhos do artista.

3. Mapeamento da

ordem Subjetiva;

Elaboração da relação com a base bibliográfica e os seguintes conceitos: o discurso, o imaginário, a materialização e o espirito do tempo.

Bibliografia sobre:

Artesanato e os Contos de Fadas, relacionando com os dados coletados nas entrevistas.

4. Mapeamento social implícito ao design.

Elaboração da relação com a base bibliográfica e os seguintes conceitos: as especialidades do design, a cultura, a economia, a

tecnologia e o meio-ambiente.

Análises bibliográficas fazendo as relações de Design e Artesanato, Moda e os Contos de Fadas.

Fase 2 – engajamento com o objeto-problema

Atividades Objetivo Realização

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1. Realização do Brieffing;

Conhecimento da realidade do grupo social sob a ordem metodológica do design.

Coleção de roupas infantis, inspirada na Xilogravura de J.

Borges e a princesa Elsa do filme Frozem.

2. Criação do mapa de soluções possíveis;

Entendimento do problema a partir da sua contextualização e observação da sua

abrangência.

Criação de croquis, buscando trazer às peças modelagem simples, para as estampas aparecem como fortes componentes nos modelos.

3. Escolha metodológica;

Escolha da metodologia de design que irá ser utilizada para desenvolver a estratégia de mitigação do problema encontrado.

Treptow (2007) e Montemezzo (2003)

Usadas para o planejamento de coleção.

4. Solução a ser desenvolvida.

Apresentação da solução desenvolvida.

Coleção de onze peças para o vestuário infantil feminino.

Incluindo, vestidos, blusas, batas, shorts, calças, saia, jardineira e também macaquitos.

Fonte: Lopes (2009)

Na fase 1 do Meid e dos mapeamentos, foram realizadas entrevistas com meninas de 4 a 10 anos, que tinham interesse e conhecimento pelas princesas da Disney. Para podermos buscar a princesa que mais se destacou entre elas, foram feitas perguntas sobre as princesas e também sobre seus gostos pelas cores, pelas roupas e brinquedos. Foram realizadas entrevistas com as mães das respectivas crianças, buscando colher informações mais detalhadas sobre o comportamento e consumo de suas filhas.

E também a entrevista com J. Borges com o intuito de melhor conhecimento em seus trabalhos, de Literatura de Cordel e da Xilogravura. Perguntas com base em sua história de carreira e de vida, seu talento para tais trabalhos, e sua visão sobre a repercussão de sua fama.

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2.1 Escolha Metodológica de Design de Moda

Os procedimentos metodológicos desta pesquisa tiveram como base Treptow (2007) e Montemezzo (2003), autoras que tem visão distinta para o planejamento de coleções. Treptow (2007) fala do processo que a coleção percorre, são etapas de planejamento, pesquisa, desenvolvimento, pilotagem e produção.

Já Montemezzo (2003), baseando-se em Lobach (2001), constrói um quadro do processo do desenvolvimento do produto de moda/vestuário. Onde traz as etapas de planejamento, especificação do projeto, delimitação conceitual, geração de alternativas, avalição e elaboração e por fim a realização.

Em função do presente trabalho as metodologias foram trabalhadas em conjunto, tendo em vista a necessidade de uma coleção fora do alcance produtivo de uma empresa.

Tabela 2: Desenvolvimento do produto de moda/vestuário

ETAPAS AÇÕES RESULTADOS

PLANEJAMENTO Definição de tema As princesas da Disney e a Xilogravura de J. Borges: um diálogo entre a Moda e o Design de superfície Definição de público Crianças do sexo feminino

com idade entre quatro e dez anos

Identificação do campo a ser trabalhado

Cidade de Bezerros, terra natal do artista J. Borges Definição do artesanato Xilogravura de J. Borges ESPECIFICAÇÃO

DO

PROJETO

Análises das principais princesas da Disney

Fichas trabalhadas nas entrevistas com as crianças e mães, contendo as treze principais princesas da Disney Entrevistas crianças e mães Perguntas objetivas sobre o

convívio das crianças com as histórias das princesas da Disney, e a contribuição das mães com esse contato

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Entrevista J. Borges Perguntas sobre sua vida profissional, seu histórico com o artesanato e sua opinião sobre a repercussão de sua arte.

Realização do Meid Compilação das respostas das entrevistas, dados coletados e estruturados.

DELIMITAÇÃO CONCEITUAL

Geração de conceitos Principais trabalhos de J.

Borges, e principais detalhes vistos no filme Frozen.

Definição de princípios funcionais

Utilização dos principais elementos do filme e da xilogravura.

GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS

Esboços/Croquis Criação de croquis para análise de melhor funcionalidade para o contexto.

Criação de estampas Junção dos melhores detalhes dos elementos do filme e Xilogravura.

Definição de configurações, matérias e tecnologias

Modelagem trapézio, tecidos em algodão para serigrafia e mistos para sublimação.

AVALIAÇÃO DE ELABORAÇÃO

Seleção das melhores alternativas

Escolha dos dez melhores croquis para a apresentação da coleção.

Ficha técnica, modelagem e protótipos

Ficha técnica de cada modelo, para confecção das peças.

Correções, adequações Ajustes nas modelagens.

REALIZAÇÃO Ficha técnica definitiva e peça piloto

Ficha técnica e peças piloto.

Matéria prima e aviamentos Tecidos em algodão e mistos, botões de casear e de

pressão, elástico para cós.

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Produção Peças na costureira para produção.

Lançamento da coleção Apresentação da coleção finalizada.

Fonte: Montemezzo (2003)

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3 O design e o artesanato

3.1 Relação entre o design e o artesanato

O artesanato e sua terminologia (Estudo Setorial Artesanato, SEBRAE-CE):

Artesanato: Processo primitivo de produção de objetos manufaturados. O Artesanato é essencialmente o próprio trabalho manual ou produção de um artesão (de artesão + ato).

Artesanato: É a forma de ocupação ou trabalho, geradora de bens matérias, produzidos por meios técnicos, geralmente tradicionais, com a utilização de instrumentos rudimentares.

Artesanato: (É) o fruto gerado da cultura popular, a feitura de objetos relacionados à temática folclórica dos países, com emprego de técnicas primitivas de fabricação. Artesanato: Resultado de uma habilidade bem treinada e de uma sabedoria própria do mitier. Constitui-se expressão espontânea de criatividade de um povo.

Artesanato: Toda e qualquer atividade do tipo industrial predominantemente manufatureira, executada com a finalidade de comercialização imediata, em oficinas de equipamentos rudimentares (domésticos ou não), em que os produtores se encarregam, individualmente ou mediante auxiliares, de todas ou quase todas as fases de produção.

Conselho Mundial de Artesanato (WCC-World CraftCouncil), proposta por Eduardo Barroso Neto, do Brasil, a definição: “podemos compreender como artesanato toda atividade produtiva de objetos e artefatos realizados manualmente, ou com a utilização de meios tradicionais ou rudimentares, com habilidade, destreza, apuro técnico, engenho e arte.”

Ainda segundo Eduardo Barroso Neto (2012), o artesanato é essencialmente um trabalho individual, embora a produção de alguns objetos possa exigir a intervenção de várias pessoas durante sua confecção, deve resultar em algum objeto ou artefato novo e fruto da transformação de matéria-prima e em pequena

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escala. O artesanato é a atividade principal de quem o produz, artesanato pode ser categorizado, em função de suas finalidades, podendo ser de caráter:

Utilitário: a substituição de produtos industriais “caros” por ferramentas e utensílios desenvolvidos especialmente para suprir carências e necessidades das populações de menor poder aquisitivo.

Conceitual: confundindo-se com arte popular são produtos ligados à necessidade de autoafirmação social e cultural de um determinado grupo.

Decorativo: são artefatos com finalidade de harmonizar os espaços de convívio.

Litúrgico: são produtos ritualísticos destinados a religião, aumentando os sentimentos de fé e elevação espiritual.

Lúdicos: são produtos destinados ao entretenimento de adultos e crianças, relacionados com o folclore e tradições.

O artesanato é uma das mais ricas fontes de expressão da cultura e do poder criativo de um povo. Na maioria das vezes, é a representação da história de sua comunidade e a reafirmação da sua autoestima. Nos últimos tempos, tem-se agregado a esse caráter cultural o viés econômico, com impacto crescente na inclusão social, geração de trabalho e renda e potencialização de vocações regionais. (Base Conceitual do artesanato pág. 5 apresentação, 2012)

O programa do Artesanato Brasileiro – PAB

Este Programa tem como principal objetivo a geração de trabalho e renda e a melhoria do nível cultural, profissional, social e econômico do artesão brasileiro. O programa tem a finalidade de coordenar e desenvolver o artesanato e a empresa artesanal. Nesse sentido, são desenvolvidas ações voltadas à geração de oportunidades de trabalho e renda, o aproveitamento das vocações regionais, a preservação das culturas locais, a formação de uma mentalidade empreendedora e a capacitação de artesão para o mercado competitivo, promovendo a profissionalização e a comercialização dos produtos artesanais brasileiros.

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O Programa trabalha com os eixos: Gestão, Desenvolvimento do Artesanato, Promoção Comercial, Sistema de Informação Cadastrais do artesanato Brasileiro- SICAB, Estruturação de núcleos para o artesanato.

O Mestre Artesão: “Indivíduo que se notabilizou em seu ofício, legitimado pela comunidade que representa e/ou reconhecido pela academia, destacando-se através do repasse de conhecimentos fundamentais da sua atividade para novas gerações.”

Artesanato Decorativo: a principal característica do objeto decorativo é ornamentar ambientes, dispondo formas e cores.

Entalhe/Escultura: processo minucioso realizado em material rígido e pesado (madeira ou pedra), cortando ou extraindo a superfície até se obter a forma desejada.

Xilogravura: arte e técnica de fazer gravuras em relevo. Tradicionalmente feitas sobre casca de cajá e imburana de cheiro, utilizando-se como principais instrumentos de trabalho um pequeno buril feito com haste de sombrinha, canivete, pregos e agulhas para fazer os clichês. Para reprodução, usa-se um rodo com tinta gráfica sobre a matriz para impressões em papel, tecido, madeira, borracha, etc. que retratam temas característicos da região, feitos populares e festividades locais.

A Xilogravura

Etimologicamente (ciência que investiga a origem, étimo, das palavras procurando determinar as causas e circunstancias de seu processo evolutivo), a palavra xilogravura é composta por xilon, do grego, e por grafo, também do grego.

Xilon significa madeira e grafo é gravar ou escrever. Assim, xilogravura é uma gravura feita com uma matriz de madeira. Simplificando, pode-se dizer que é um processo de impressão com o uso de um carimbo de madeira.

O modo para preparar uma matriz xilográfica é simples, é preciso realizar trabalho de entalhe em um pedaço de madeira, deixando em relevo a imagem que se pretenda reproduzir. As partes altas servem para receber a tinta e transferir a imagem para o papel.

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O normal são as xilogravuras serem impressas em papel, mas também podem ser feitas por impressão em outros tipos de suporte. Quase sempre a impressão é feita com o emprego de tinta, que é previamente aplicada sobre a matriz. Mas, há também xilogravuras impressas sem tinta, onde o relevo é provocado pela pressão da matriz sobre o papel é o bastante para que o observador possa distinguir a imagem. A impressão pode ser produzida por uma prensa de rosca, de uma prensa de cilindro, ou também sem prensa nenhuma. Outra forma simples e prática é a da colher de pau, ou seja, com a pressão de uma colher de pau exercida no verso do papel, pode-se pressiona-la centímetro a centímetro contra a matriz, provocando a transferência da tinta da matriz para o papel.

Figura 2: Xilogravura - técnica de gravação, impressão e arte.

Fonte: TV SINOPSE2

A História da Xilogravura, de acordo com o site Museu Casa da Xilogravura.

Não se sabe ao certo quando a xilografia começou a ser praticada, nem quem foi seu inventor. A xilogravura em papel mais antiga, dentre as que se conhecem, ilustra um exemplar das orações budista Sutra Diamante, editada por Wong Chich, na China, no ano 868. Acredita-se, porém, que a xilografia do Extremo Oriente já estampasse tecidos séculos antes, talvez inicialmente na Índia. Na Europa, o testemunho mais remoto é um tecido impresso no século doze. Há, porém, quem afirme que a estamparia europeia de tecidos exista desde o século sexto. Nos

2 TV SINOPSE. Disponível em: < http://www.tvsinopse.kinghost.net/art/x/xilogravura.htm>

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séculos quatorze e quinze, os europeus utilizaram intensamente a xilografia para produzir imagens sacras e cartas de baralho.

Entre nós, assistiu-se à mesma evolução, enquanto a xilogravura artística libertada, que teve como seus pilares iniciais Osvaldo Goldi (1895-1961) e Lasar Segall (1891-1957), e enriqueceu-se nas décadas seguintes com grande número de expressivos artistas. A margem dessa arte erudita, floresceu no Brasil toda uma plêiade de xilógrafos criativos, originários das oficinas tipográficas vinculadas à literatura de cordel, cujas raízes remontam aos cantadores nordestinos.

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3.2 J. Borges

3.2.1. Biografia de J. Borges

José Francisco Borges, mais conhecido como J. Borges, nasceu em 20 de dezembro de 1935 em Bezerros, Pernambuco. Filho de agricultores, aos 8 anos já trabalhava com o pai. Aos 10 anos começou a vender colheres de pau na feira, feitas por ele mesmo. Durante sua trajetória também foi oleiro, confeccionou brinquedos artesanais e vendeu livros de cordel. Somente aos 29 anos, resolveu escrever cordéis, o seu primeiro cordel foi “O Encontro de Dois Vaqueiros no Sertão de Petrolina”, que continha xilogravura de Mestre Dila, este trabalho teve grande aceitação e vendeu mais de cinco mil exemplares durante o período de apenas dois meses.

Ao se deparar com a falta de recursos para pagar um ilustrador, J. Borges começou a fazer também as suas próprias ilustrações, começou a entalhar na madeira, a primeira imagem foi a fachada da igreja de Bezerros, usada no seu trabalho chamado de “O Verdadeiro Aviso de Frei Damião”. A partir daí, ele começou com grande sucesso a fabricar matrizes por encomenda, e ilustrar mais de 200 cordéis lançados ao longo da sua vida.

A divulgação de seu trabalho como gravurista iniciou-se em 1972, depois de uma visita de pintores do Rio de Janeiro, Ivan Marguetti e José Maria de Souza, quando encomendaram gravuras maiores do que as que já estava acostumado a fazer. Foi através dos dois pintores que o escritor Ariano Suassuna veio a conhecer seu trabalho, chegando a conhece-lo e a intitula-lo como o “melhor gravador do Nordeste”, teve um grande incentivo e foi depois disso que seus trabalhos começaram a se espalhar mundialmente, ele participou e participa de exposições na França, Alemanha, Suíça, Itália, Venezuela e Cuba.

(26)

Figura 3: J. Borges em seu ateliê.

Fonte: Pessoal do autor.

O artista plástico J. Borges foi entrevistado em seu Memorial, o lugar onde ele passa a maior parte de seu tempo. Quando não está viajando a trabalho para divulgar, dar palestras e fazer oficinas ensinando suas artes, está sempre no seu Memorial, trabalhando e recebendo as pessoas que lhe visitam diariamente.

Foram feitas 10 perguntas, para entender melhor sua história com a Xilogravura e o Cordel, seu processo criativo, seus dons e também sobre os trabalhos feitos com direcionamentos para as crianças. Ele mostrou e também falou sobre uma série de 20 cordéis feitos para o público infantil. Perguntei-lhe também se ele se interessava por fazer esse tipo de trabalho, e qual sua opinião sobre o conhecimento da arte popular da região por esse público.

Ele constatou que há uma procura, principalmente das próprias mães, e também de professores. Estas pessoas vão até seu ateliê em busca de trabalhos infantis.

Atualmente o artista falou de seu trabalho como sendo principalmente feito por encomendas, hoje em dia ele faz mais xilogravuras e menos cordéis. As pessoas os procuram para fazer, por exemplo, convites de casamento, aniversários,

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prendas, edições especiais, quadros, tanto para uso pessoal, quanto para presentear, dentre vários outros tipos de encomendas.

Na entrevista com J. Borges, a conversa foi bastante proveitosa, o artista é uma pessoa muito receptiva, recebe todos os visitantes com muita atenção e carinho. Responde todas as perguntas claramente, e ao final de cada resposta sempre há uma história a ser contada. Ele não se recusa a nada, fala sobre sua trajetória, com semblante de orgulho, muito trabalho e satisfação por cada passo dado e cada conquista realizada. Fez questão de citar as pessoas importantes que passaram pela sua vida, e lhe ajudaram a chegar aonde ele chegou.

Durante a sua trajetória, ele conta onde tudo começou, aos poucos foi criando seus cordéis, escreveu no inicio poucos contos, e somente escrevia, não ilustrava.

Mas com a necessidade, foi aprendendo a xilogravar também, para poder complementar a sua escrita, era preciso a ilustração.

J. Borges falou sobre suas principais inspirações, alguns de seus trabalhos eram invenções, mas a maioria deles são acontecimentos reais, que ele presenciava na cidade e da região. Seus amigos contava-lhes histórias que viviam e na maioria das vezes viraram comédias através dos cordéis e da xilogravura.

No contexto histórico, J. Borges fala sobre as mudanças que ocorreram em seus trabalhos durante os anos. Hoje em dia o que ele mais produz são as xilogravuras, os cordéis foram diminuindo, principalmente nos tamanhos dos textos, ele relata que as pessoas ficaram mais ocupadas e o tempo diminuiu, por isso, quanto menor as histórias, mais fácil das pessoas chegarem a ler. Já na xilogravura, conta que ouve sim um aumento na demanda, como encomendas diversas, que vão de quadros para presentear, para uso pessoal, até em maior escala, como lembranças de aniversários e casamentos. Essas encomendas geralmente vem de fora, outras cidades e até outros estados.

Pessoas importantes para J. Borges foram citados, como os que os ajudaram a inaugurar o seu Memorial, onde ele passa a maior parte de seu tempo. Foram eles: Ariano Suassuna, Jarbas Vasconcelos, Raul Henry e também Joaquim Adilson.

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A importância dos trabalhos feitos direcionados ao público infantil, também foi bem falado pelo artista, apesar de não ser muito amplo, mas ele citou os 20 cordéis da série infantil que produziu, com suas capas ilustradas. Comentou sobre a visita de pais e professores que vão a procura desse tipo de trabalho. Na xilogravura, as séries de plantas, de frutas, e de animais, acabam trazendo para esse lado, a essência que as crianças gostam. As imagens são didáticas e as cores lhes chamam bastante a atenção.

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4. Os contos de fadas

4. 1 O que são os contos de fadas, um pouco da história e foco na narrativa das princesas da Disney

As histórias das princesas, ditos contos de fadas, são de grande importância para a vida das pessoas. Elas servem de veículo para um mundo imaginário e sobrenatural, principalmente quando se lê as histórias para fazer ligações do que está lendo ao que se pensa sem se ver.

Para as crianças é sem dúvida algo de extrema curiosidade, pois aprendem diversas coisas novas ao conhecerem as histórias. Fazem das princesas grandes ídolos, querem ser como elas, se vestir e viver a vida das princesas.

Todas as histórias das princesas têm finais felizes e sempre mostram a busca pela felicidade, pelo amor, e pelas coisas boas. No meio de tantos sonhos, elas precisam passar por dificuldades, e enfrentar grandes e difíceis obstáculos em seu meio. (Karina Beringuy da Silva-Os arquétipos femininos nos contos de fadas uma releitura de Cinderella, A Bela Adormecida, Branca de Neve e A moça tecelã).

Os contos de fadas mexem com o imaginário das crianças, pois são demonstração de sentimentos que acompanham um indivíduo. Neles misturam-se os sentimentos como ódio, amor, medo, amizades e as necessidades básicas como o ar para respirar, o alimento e a proteção para o corpo. Tanto os sentimentos quanto as necessidades básicas são a matéria prima dos contos de fadas e dos livros que venceram o tempo e continuam encantando leitores e ouvintes, e nem o avanço tecnológico conseguiram apagar o prazer de viajar no mundo do faz de conta. O certo é que, tradicionais ou modernas essas histórias continuam a encantar pessoas de todas as idades.

Ao ouvirem os contos de fadas as crianças estão formando conceitos que as ajudarão a trilhar os caminhos da vida.

Historicamente nascidos na França do século XVII, na faustosa corte do rei Luís XIV e pelas mãos do erudito Charles Perrault. A princípio os contos de fadas não eram destinados às crianças, e sim, aos adultos, como forma de entretenimento, sendo possível observar nessas narrativas, a presença de

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fatores como, incesto, adultério, entre outros, mas a partir do século XVII, com o surgimento da literatura “extra-oficial”, foi marcado o fim dessas narrativas exclusivamente para os adultos.” ( Anacice da Silva Juvino, 2013, p. 14. )

Contos de fadas são de natureza espiritual, existencial, narrativas de acontecimentos ou aventuras que se passam no mundo mágico ou maravilhoso, espaço fora da realidade comum em que vivemos, e onde fenômenos não obedecem as leis naturais que nos regem, com ou sem a presença de fadas.

Seus argumentos desenvolvem-se dentro da magia futrica (reis, rainhas, príncipes, princesas, fadas, gênios, bruxas, gigantes, anões, objetos mágicos, metamorfoses) e tem, como eixo gerador, uma problemática existencial, ou seja, tem como principal problema ou realização essencial do herói ou da heroína, realização que vai de regra, está visceralmente ligada a união do homem-mulher.

Personagens principais: crianças, jovens, princesas, anõezinhos, gigantes, bruxas e reis. Personagens secundários: a madrasta, os pais, a avó, a corte do rei, os trabalhadores, animais e objetos animados, varinhas, vassouras, espelhos mágicos.

Segundo Bruno Bettelheim, (2002) “muitos autores consideram que a criança se sente atraída pela história quando há o envolvimento com a sua personalidade, mesmo que superficial. ”

Todo conto de fadas para ser completo, deve apresentar elementos que deem mais sustentação a essas narrativas, tais como, fantasia, recuperação, escape e consolo. Outra característica marcante é que sempre usam expressões que dão lugar a imaginação, como, “Era uma vez”, “Em tempos e épocas longínquas”, ou ainda “Num reino muito distante”. Desse modo, fica claro que essas narrativas acontecem em um nível diferente da realidade. ( Anacice da Silva Juvino, p. 17. )

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4.1.1 As princesas da Disney

A Disney Princesa é uma franquia de mídia que pertence a Walt Disney Company, criada no fim da década de 1990 e lançada oficialmente em 2000 por Andy Moony e composta por 13 personagens femininas de 12 filmes diferentes da Walt Disney Pictures/Pixar.

As personagens da franquia têm variado muito desde sua criação.

Originalmente foi composta por Branca de Neve, Cinderella, Aurora, Ariel, Bela, Jasmine, Pocahontas e Mulan, com Tiana, Rapunzel e Merida sendo adicionadas mais tarde, e por último a Anna e Elsa.

4.1.2 História

Na década de 90, a Disney apresentou alguns produtos reunindo personagens femininas com o título de “Princesa”. Em 27 de fevereiro de 1996, a Buena Vista Home Entertainment lançou uma linha de VHS chamada “ Disney PrincessCollection”, com episódios das séries Aladdin, A Pequena Sereia e Cante uma história com Bela. No mesmo ano, a Mattel começou a produzir diversas linhas de bonecas diversas princesas Disney. Em 24 de junho de 1998, o primeiro número da revista “Disney’sPrincess” foi lançado no Reino Unido. Em 1999, a Disney Store apresentou a primeira linha de bonecas das princesas Disney produzida exclusivamente para a rede de lojas.

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4.2 A escolha do filme Frozen

De acordo com os resultados das entrevistas com as crianças de 4 a 10 anos, uma princesa teve maior destaque dentre as demais, foram apresentadas para o resultado as 13 principais princesas da Disney, e foi a princesa Elsa e o filme Frozen, os favoritos. Das 10 meninas entrevistadas, metade teve preferência pela Elsa, citavam como elementos do filme que mais lhes chamavam a atenção, o vestido de Elsa, o seu poder, o gelo e sua magia, e também as músicas. Isso se deve, em parte, ao processo de superexposição dessas meninas a esse fenômeno midiático.

Frozen- O Reino do Gelo (título em Portugal) ou Frozen- Uma Aventura Congelante (Brasil), é um filme de animação musical estadunidense produzido pela Walt Disney Animation Studios. É o 53º filme animado produzido pelo estúdio.

Inspirado pelo contos de fadas A Rainha da Neve, de Hans Christian Anderson, narra as desventuras das princesas de Arendelle. A mais jovem, Anna, parte em uma jornada com Kristoff, o homem da montanha, sua leal rena de estimação Sven, e Olaf, um boneco de neve que sonha em experimentar o verão, para encontrar sua irmã Elsa, cujos poderes congelantes transformam o reino onde vive em um inverno eterno.

A história de A Rainha da Neve (um conto de fadas do autor dinamarquês Hans Christian Anderson, publicado pela primeira vez em 21 de dezembro de 1844, o conto gira em torno da luta entre o bem e o mal vivida por um menino e uma menina, Kai e Gerda) esteve em desenvolvimento na Disney durante boa parte de sua história, 74 anos, mas nenhuma das versões idealizadas durante esse longo período saiu do papel, porque os roteiristas não sabiam como fazer o público se relacionar com os personagens pouco reais e desenvolver a personalidade abstrata da Rainha da neve. O projeto foi revitalizado em 2011, quando Chris Buck foi escolhido para a direção e ficou decidido que a Rainha da neve seria irmã da heroína Anna, criando assim uma relação real para a duas personagens principais.

Em 2012, Jennifer Lee assumiu o roteiro, que junto com as canções de Robert Lopez e Kristen Anderson Lopez, seriam responsáveis por estabelecer uma personalidade humana para a Rainha da Neve, Elsa, que até então era uma vilã

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unidimensional. No fim deste ano, o título inicial The Snow Queen ( A Rainha da Neve), foi alterado para Frozen.

Frozen estreou em 27 de novembro de 2013, e foi recebido com opiniões positivas pela crítica especialista e também pelo público em geral. O filme foi considerado como o retorno da Disney as animações musicais de alta qualidade como A Bela e a Fera e O Rei Leão. Venceu o Oscar de melhor filme de animação e Melhor Canção Original (Let It Go), e arrecadou mais de um bilhão de dólares nas bilheterias, sendo a animação de maior bilheteria de todos os tempos e a sexta maior bilheteria de todos os tempos.

Os filmes da Disney são um exemplo de ícone de sucesso entre as crianças, no caso das meninas, as princesas fazem parte de suas vidas através do contato áudio visual constante por elas. Há um forte encantamento pelas princesas, onde são vistas pelas crianças de forma particular.

Nesse caso é possível identificar os pontos que mais chamam a atenção no filme Frozen. Começando pelas cores que formam a maior parte do cenário, que se mostram em diversos tons de azul. O fractal, a neve, o Olaf, a princesa Elsa e sua irmã Anna.

Ao desenrolar da história que se passa no filme, há algo que sai do comum em se tratando dos contos de fadas mais lembrados e vistos da Disney, onde a princesa protagonista Elsa, não está contando uma história de amor, pelo contrário ela busca enfrentar os obstáculos sozinha, e em nenhum momento ela se deixa mostrar interesse por um príncipe ou um grande amor. Elsa é uma heroína por si só.

Por ser um filme recente faz-se um elo a mulher contemporânea, ou seja, aquelas mulheres que se viram bem sozinhas, elas buscam muitas vezes um futuro bem sucedido sem precisar de uma pessoa do lado, um companheiro.

As meninas, observaram essa situação logo em que conheceram a história. A sua admiração vem de encontro ao seu poder, a magia do gelo em sua volta.

A imaginação das crianças em relação as princesas, e aos elementos mostrados no filme, se direciona ao deslumbramento, aos encantos da história, quando a princesa Elsa transforma todo aquele gelo em um belíssimo castelo e toda cidade de Arendelle.

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Segundo Ligotski, a psicologia denomina de imaginação ou fantasia uma atividade criadora baseada na capacidade de combinação do cérebro, onde tal atividade se restringe ao homem que cria novas experiências e situações voltadas para o futuro, quando o próprio modificou o seu futuro.

Ele fala ainda que tudo o que nos cerca e foi feito pelas mãos do homem, todo o mundo da cultura, diferentemente do mundo da natureza, tudo isso é produto da imaginação e da criação humana que nela se baseia.

Os contos de princesas da Disney demonstram o quanto exige da imaginação não só de quem o assiste, mas primeiramente de quem os cria. É importante ressaltar as histórias que se destacam em grandes viagens pela cabeça da criançada, sabendo assim o quanto foi imprescindível as viagens nas cabeças dos criadores, para chegar a tais resultados, todos eles incríveis, com grandes efeitos e magias espalhadas nos detalhes.

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4.3 Principais personagens

Figura 4: Olaf.

Fonte: Site Disney3

“Chama-se Olaf e gosta de abraços quentinhos. Nascido dos poderes mágicos de Elsa, Olaf é de longe o boneco de neve mais amigável que passeia pelas montanhas sobre Arendelle. A sua inocência, sociabilidade e sinistra capacidade de se desmontar quando convém e quando não convém, resultam em momentos estranhos mas de grande humor. Ele até pode ter o sonho mais impossível do mundo, mas o que não sabe não o derrete.” ( Site Disney )

Figura 5: Sven.

Fonte: Site Disney4

3 Site Disney. Disponível em: < http://www.disney.pt/filmes/frozen-o-reino-do-gelo/personagens/olaf>

4 Site Disney. Disponível em: < http://www.disney.pt/filmes/frozen-o-reino-do-gelo/personagens/sven>

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“Uma rena com o coração de um Labrador, Sven é a consciência de Kristoff, um leal amigo que também lhe puxa o trenó. É ele que faz com que o seu companheiro seja o tipo as direitas que Sven conhece e adotará e tudo sem dizer uma palavra. Uns resfolegares bem colocados transmitem bem a sua opinião.” ( Site Disney )

Figura 6: Hans.

Fonte: Site Disney5

“Hans é um deslumbrante membro da realeza de um reino vizinho, que visita Arendelle para a coroação de Elsa. Com 12 irmãos mais velhos, Hans cresceu praticamente invisível e Anna percebe bem essa sensação. Hans é inteligente, observador e um perfeito cavalheiro. Ao contrário de Elsa, Hans promete que nunca irá afastar Anna, ele poderá ser a ligação que ela procura há tantos anos.” ( Site Disney )

5 Site Disney. Disponível em: < http://www.disney.pt/filmes/frozen-o-reino-do-gelo/personagens/hans>

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Figura 7: Kristoff.

Fonte: Site Disney6

“Kristoff é um verdadeiro homem da natureza. Vive no alto das montanhas, onde recolhe gelo que vende ao reino de Arendelle. De aspecto um pouco rustico, é um tipo forte, direto e sem rodeios, que se rege pelas próprias regras. Pode parecer um solitário, mas tem sempre o seu melhor amigo por perto, uma leal rena que dá pelo nome de Sven.” ( Site Disney )

Figura 8: Anna.

Fonte: Site Disney7

6 Site Disney. Disponível em: < http://www.disney.pt/filmes/frozen-o-reino-do- gelo/personagens/kristoff>

7 Site Disney. Disponível em: < http://www.disney.pt/filmes/frozen-o-reino-do-gelo/personagens/anna>

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“Anna é mais ousada do que graciosa e, por vezes, é capaz de agir antes de pensar. Mas é também a pessoa mais otimista e carinhosa que conhecerás. Anseia por encontrar a sua irmã Elsa, pois eram muito próximas durante a infância. Quando Elsa acidentalmente liberta um segredo mágico que encerra o reino de Arendelle num inverno eterno, Anna embarca numa perigosa aventura para corrigir tudo.

Aramada apenas com a sua coragem, uma atitude em que nunca se dá por vencida, fé nas outras pessoas. Anna está determinada em salvar tanto o seu reino como a sua família.” ( Site Disney )

Figura 9: Elsa.

Fonte: Site Disney8

“Vista de fora, Elsa aparenta ser equilibrada, majestosa e reservada, mas na realidade vive com medo de um importante segredo: nasceu com o poder de criar gelo e neve, uma habilidade deslumbrante mas também extremamente perigosa.

Assombrada pelo momento em que a sua magia quase matou a sua irmã mais nova Anna, Elsa isolou-se, passando todos os minutos em que não está a dormir a suprimir os seus poderes cada vez mais fortes. As suas emoções crescentes fazem disparar a sua magia, iniciando acidentalmente um inverno eterno que ela não é capaz de impedir. O seu receio é tornar-se num monstro e que ninguém, nem mesmo a sua irmã, a possa ajudar.” ( Sie Disney )

8 Site Disney. Disponível em: < http://www.disney.pt/filmes/frozen-o-reino-do-gelo/personagens/elsa>

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4.4 Relação da Moda com os contos de fadas

A moda surge no momento histórico em que o homem passa a valorizar-se pela diferenciação dos demais através da aparência, o que podemos traduzir em individualização. Toda via essa diferenciação de uns, visa uma identificação com outros, pois a moda se dá pela cópia do estilo daqueles a quem se admira. Na era do consumo em massa, podemos concluir que moda são os valores materializados nos bens de consumo massificados, e que, à medida que vão sendo consumidos, pautam as relações entre as pessoas a partir das aparências e de um ciclo de obsolescência programada que privilegia aquilo que é novo. (Doris Treptow, 2003, pg 26)

O significado mais simples de se entender a Moda em si é basicamente o que a autora Doris Treptow fala acima, a busca constante pela diferenciação e individualização, o ser humano busca essa alto valorização, procurando sempre se destacar dentre os demais, no seu comportamento e principalmente em seu modo de vestir.

O consumo em massa do vestuário seja ele adulto ou infantil, tornou-se um item de valores relacionados ao comportamento a partir do momento que são consumidos visando basicamente as próprias aparências. As pessoas buscam cada vez mais consumir aquilo que é novidade, sem perceber o nível de visão nas suas próprias peças de vestuário, deixando com que nem cheguem a concluir seu prazo de vida útil. Isso devido o alto consumismo vivido hoje por toda população.

Moda é o fenômeno que passa pelas seguintes fases: lançamento, aceitação, cópia e desgaste. Moda diferencia-se de estilo, pois este é pessoal. Para que a moda aconteça é preciso que existam seguidores, ou seja, ninguém “faz” moda sozinho. Moda é o fenômeno sociológico. É preciso que exista um consumo, pessoas que acreditem, concordem e consumam esta ou aquela ideia para que ela vire MODA. (Doris Treptow, 2002, p. 27)

Neste sentido a moda tem fases diferentes e cada uma depende também de

“pessoas” que acreditem e vão a procura. É preciso novidade, inovação e diferenciação, e para que isso aconteça, desenvolve-se todo um estudo das relações entre pessoas que pertencem a diferentes grupos, é daí que surgem as pesquisas de público alvo, de tendências e dos diversos temas para inspiração, e é por isso que a Moda é chamada de fenômeno sociológico.

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Segundo Bruno Bettelheim (2002), na Psicanálise dos contos de fadas, 16ª edição, ao passar dos anos essas histórias vão se tornando cada vez mais refinadas, passaram a transmitir diversos significados, ao mesmo tempo que passaram a falar iguais a todos os níveis de personalidades do ser humano, e hoje comunicam, e chegam a atingir a ingenuidade infantil e até um adulto sofisticado. Os contos de fadas transmitem importantes mensagens a mente consciente, a pré- consciente, e a inconsciente.

A apresentação dos contos de fadas vem cada vez mais para encantar e deslumbrar as pessoas, fazendo valer a pena ler e assistir tais contos de fadas, a ponto de aguçar a imaginação tanto do universo infantil quanto a dos adultos.

A mensagem que os contos de fadas transmitem a criança é, que uma luta contra dificuldades graves na vida é inevitável, é parte intrínseca, mas se defronta de modo firme com as opressões inesperadas e muitas vezes injustas, ela enfrentará com certeza, os obstáculos, e no fim vencerá. (Bruno Bettelheim, 2002)

Essa imagem de que no final tudo se resolverá, é sem duvidas um grande aliado a curiosidade das crianças, nos contos de fadas, tudo fica mais fácil, mesmo passando pelos diversos obstáculos.

Os contos de fadas são impares, não só como uma forma de literatura, mas como obras de arte integralmente compreensíveis para a criança, como nenhuma outra forma de arte o é. Como sucede com toda grande arte, o significado mais profundo do conto de fadas será diferente para cada pessoa, e diferente para a mesma pessoa em vários momentos e sua vida.

(Bruno Bettelheim, 2002, p. 12)

Quando se fala em entendimento através de contos de fadas para as crianças, principalmente se vê a compreensão nos diversos âmbitos, a criança interage com as histórias, faz menção de detalhes imprescindíveis para elas, ou seja, as crianças enxergam os detalhes como ninguém, as músicas, as cores, os brilhos, os personagens e suas roupas. É daí que partem os objetos de moda nos contos de fadas, onde os personagens se mostram cada vez mais sofisticados em se tratando dos looks.

Os vestidos das princesas são os ícones mais comentados pelas crianças, nas entrevistas realizadas. Ao se falar de Elsa, principalmente, logo é citado seu vestido após a personagem descobrir a sua magia. Não só no filme Frozen, mas em

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todos os filmes, as roupas das princesas são destaque para as pequenas. Das mais cheias de adornos, como Bela, do filme A Bela e a Fera, A Bela Adormecida, até as mais simples, como Anna de Frozen, Ariel e também a Rapunzel. Em seguida um pouco sobre cada uma delas:

Figura 10: Bela

Fonte: Blog Na Moda9

Esta é a Bela, uma jovem muito forte, inteligente e corajosa, que sacrifica sua liberdade para salvar o pai. Por ser uma leitora ávida, ela encara a vida de modo diferente, que não necessariamente inclui ser conduzida por algum homem.

9 Site Blog Na Moda. Disponível em: < https://blognamoda.com/category/vestido-da-bela-e-a-fera/>

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Figura 11: Aurora

Fonte: Salada de Cinema10

Esta é Aurora, também conhecida como Bela Adormecida, Aurora é gentil e adorável, e é criada por três fadas chamadas Flora, Fauna e Primavera. Ela mora na floresta, onde conhece o Príncipe, o seu verdadeiro amor.

Figura 12: Anna

10 Site Salada de Cinema. Disponível em: < http://saladadecinema.com.br/2016/01/23/top-salada- nossas-princesas-do-coracao/>

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Fonte: Wikia11

Esta é a Anna, ela é a irmã destemida, corajosa, e inocentemente estranha da poderosa rainha da neve Elsa, e embarca em uma perigosa jornada para salvar seu reino de um inverno eterno.

Figura 13: Ariel

Fonte: Disney Reviews12

Esta é Ariel, uma determinada e independente jovem sereia. Passa o dia a cantar, a sonhar e partilhando aventuras com Sebastião e Linguado. Apaixona-se por um humano chamado Eric e arrisca tudo pelo seu verdadeiro amor.

11 Site Wikia. Disponível em: < http://pt-br.disneyprincesas.wikia.com/wiki/Princesa_Anna>

12 Site Disney Reviews. Disponível em: < https://54disneyreviews.com/2014/10/14/ranking-official- disney-princesses/>

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Figura 14: Rapunzel

Fonte: Wikia13

Esta é Rapunze, gasta maior parte do seu tempo numa torre com seu amigo camaleão, Pascal, a imaginar como é o mundo. Quando conhece Flynn Rider, os dois partem para uma aventura onde ela finalmente pode realizar os seus sonhos.

Os contos de fadas ditam moda, não somente, a partir do momento que ganham seguidores, as crianças que acreditam muitas vezes serem as tais princesas, e seus sonhos é basicamente ter um belo vestido, iguais as das histórias, os contos de fadas se colocam no topo do trickow Down, por serem veiculados como filmes, principalmente e por desencadearem uma cadeia de objetos de moda que identifiquem a cultura de convergência midiática em que eles estão inseridos.

Os produtos de moda entram no processo de materialização do desejo e da identidade desse publico infantil com suas personagens e assim possibilitam esse dialogo entre o imaginário infantil e a cultura de consumo que estes filmes possibilitam.

13 Site Wikia. Disponível em: <

http://disneyinfinity.wikia.com/wiki/Rapunzel?file=Rapunzel_Tangled_Movie.jpg>

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5 Experimento e Análise

Na fase de experimentos foram analisadas primeiramente as possíveis princesas para as entrevistas e o público alvo.

Buscamos visitar as crianças em suas residências, para assim deixa-las mais a vontade. E poder falar com clareza e espontaneidade sobre as princesas. Cada uma entrevistada individualmente e logo após as suas mães.

No final das entrevistas foi possível coletar os dados necessário para chegar na princesa escolhida para este trabalho.

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5.1 Entrevistas Crianças e Entrevistas Mães

Para a primeira fase das entrevistas, foi realizado o mapeamento iconográfico, fazendo com que houvesse um contato com o público alvo, as crianças, suas mães, e também com o artista do artesanato escolhido, J. Borges.

Coletar as imagens, essa parte foi essencial, só após isso, é que podem ser realizados os demais procedimentos de mapeamentos do método Meid.

Foram entrevistadas onze crianças entre quatro e dez anos de idade, e suas mães, do povoado de Encruzilhada de São João, munícipio de Bezerros, da cidade de Bezerros e da cidade de Caruaru.

Nas perguntas das crianças, foram abordados aspectos relacionados aos seus gostos pelas princesas da Disney, onde primeiramente mostrava-as, quinze principais princesas dos filmes para saber se as conhecia, qual a sua preferida e em que elas mais se interessavam nas princesas. Também houve perguntas sobre suas cores preferidas e quais tipos de roupas elas mais usavam e o porquê das respostas.

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Figura 15: Tabela para entrevista

Fonte: Pessoal do autor

No resultado dessa primeira de entrevistas, duas das princesas foram mais citadas como as preferidas das crianças, a Cinderella em segundo lugar, e a Elsa do filme Frozen em primeiro lugar. Por ser um filme mais recente, as crianças têm um apelo maior pela princesa. Elas se mostraram principalmente encantadas pelo seu poder em relação ao gelo, tudo pode transformar, até seu próprio estilo que foi seu vestido e o cabelo, um “amiguinho” de neve chamada Olaf, e até o grandioso e belo castelo feito totalmente de gelo.

Nas cores, as crianças na sua maioria escolheram o rosa, o azul e também o lilás como cores que mais gostam, com destaque sem dúvida para o rosa.

E nas roupas, o que mais se destaca, principalmente por ser usado pelas princesas é o vestido, citado também como ser agradável prático e leve, dependendo do modelo e tecido. Foram citados os shorts e a calça.

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