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6º ANO DO MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA
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ARRANCOSNº
2009270
ANO LECTIVO 2014/2015
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Índice
1. Introdução ... 2
2. Objectivos Gerais ... 2
3. Síntese das Actividades Desenvolvidas ... 2
3.1. Informações Gerais ... 2
3.2. Saúde Mental ... 3
3.3. Medicina Geral e Familiar ... 3
3.4. Pediatria ... 4
3.5. Ginecologia e Obstetrícia ... 4
3.6. Cirurgia Geral... 5
3.7. Medicina Interna ... 6
3.8. Estágio Clínico Opcional ... 7
2
1. Introdução
O presente relatório tem como finalidade descrever e analisar as actividades realizadas ao longo do ano profissionalizante (6º ano) do Mestrado Integrado em Medicina (MIM), na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa. Inicialmente, serão apresentados os objectivos gerais estabelecidos com base nas metas delineadas no Plano de Estudo de 2011 (Despacho nº 10378/2011 de 17 de Agosto, DR nº 157, 2ª série). Em seguida, faço uma síntese das actividades realizadas ao longo de cada estágio parcelar e seus objectivos. Termino o relatório com uma reflexão crítica da minha formação e prestação ao longo do ano lectivo.
2. Objectivos Gerais
Sendo o 6º ano um ano profissionalizante, tracei alguns objectivos pessoais que contribuíssem não só para o meu crescimento académico, como também enquanto futura profissional: (1) Desenvolvimento de autonomia na abordagem ao doente; (2) Integração na rotina diária dos serviços; (3) Estabelecimento de uma boa relação médico-doente; (4) Prática e aperfeiçoamento de técnicas e procedimentos; (5) Consolidação e aplicação de conhecimentos teóricos adquiridos previamente; (6) Conciliação entre os estágios e o estudo para a Prova Nacional de Seriação.
3. Síntese das Actividades Desenvolvidas
3.1. Informações Gerais
3
3.2. Saúde Mental
O estágio de Saúde Mental decorreu entre 15 de Setembro e 10 de Outubro de 2014, no Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental da Infância e da Adolescência no Hospital São Francisco Xavier (HSFX). Ao longo das 4 semanas de estágio, acompanhei o Dr. Volker Dieudonné nas consultas externas e na Psiquiatria de Ligação (apoio aos pais de prematuros internados na Neonatologia do HSFX), tal como assisti às reuniões de serviço. Foram considerados como principais objectivos: desenvolvimento dos conhecimentos e das capacidades de diagnóstico e intervenção clínica em Psiquiatria e Saúde Mental; situar o doente no seu contexto social, familiar e escolar; e adquirir e consolidar conhecimentos sobre a abordagem clínica e humana na relação médico-doente na Pedopsiquiatria.
Como trabalhos desenvolvidos destacam-se a colheita de uma História Clínica (perturbação de ansiedade) e a apresentação de um seminário com o tema “Perturbação de Oposição Desafiante – abordagem terapêutica”. Foi também possível assistir às palestras que marcavam o Encerramento das Comemorações dos 35 anos do SNS, no Hospital de Egas Moniz.
3.3.
Medicina Geral e Familiar
Realizei o estágio de MGF entre 13 de Outubro e 7 de Novembro de 2014, na USF Amora Saudável, sob a tutela do Dr. Vitor Veríssimo. Neste estágio, foi possível participar na Consulta Programada de Adultos, Consulta do Dia, Consulta de Saúde Infantil, Consulta de Saúde Materna, Consulta de Planeamento Familiar e Consulta de Diabetes, e também assistir ao trabalho de enfermagem na Sala de Tratamentos por diversas ocasiões.
4 biopsicossocial, fomentando as capacidades comunicativas e de raciocínio clínico centrado no doente.
3.4.
Pediatria
Entre 10 de Novembro e 5 de Dezembro, realizei o estágio de Pediatria no serviço de Hematologia Pediátrica no Hospital Dona Estefânia (HDE), tutelada pela Dra. Raquel Maia. Durante esse período, os meus objectivos principais foram: o desenvolvimento de competências de diagnóstico e dos princípios gerais da actuação nas doenças mais comuns da criança e adolescente e o estabelecimento de comunicação com a criança ou adolescente, família e outros profissionais de saúde. Ao longo das 4 semanas, tive a oportunidade de frequentar a enfermaria 5.2 do serviço de Hematologia Pediátrica, o serviço de Urgências do HDE, a UCERN (Unidade de Cuidados Especiais Respiratórios e Nutricionais), as consultas externas de Hematologia Pediátrica, Reumatologia Pediátrica e Imunoalergologia, assim como diversas Reuniões de Serviço e Reuniões Científicas. Destaco a importância do trabalho realizado no Serviço de Urgência para o cumprimento dos meus objectivos, dado o reduzido número de doentes internados no serviço de Hematologia Pediátrica.
A 4 de Dezembro, participei nas II Jornadas da UCF Todos os Santos. Como trabalho realizado, destaco a colheita de uma História Clínica (PAC), a realização de diversos Diários Clínicos e observação diária de doentes internados, realização de várias Notas de Alta e a
apresentação do Seminário subordinado ao tema “Perturbações do Espectro do Autismo – Diagnóstico Precoce”, com os meus colegas Gonçalo Magalhães e Paulo Fernandes.
3.5.
Ginecologia e Obstetrícia
5 objectivos principais foram o desenvolvimento de autonomia e tomada de decisões clínicas em Ginecologia e Obstetrícia e o desenvolvimento de prática clínica em consulta externa.
Durante esse estágio estive presente na Enfermaria Materno-Fetal; Consulta Externa de Gravidez de Alto Risco; Consulta Externa de Diabetes e Gravidez; Diagnóstico Pré-Natal, onde observei a realização de ecografia pré-natal; no serviço de Procriação Medicamente Assistida, onde assisti à consulta e realização de técnicas em ambulatório; no Bloco Operatório de Ginecologia; Consulta Externa de Ginecologia, onde, principalmente, pude praticar algumas técnicas de exame ginecológico; Consulta Externa de Planeamento Familiar; Consulta Externa de Senologia; e assisti à realização de diversas Histeroscopias. Foram cumpridas 32h no Serviço de Urgência da MAC, onde foi possível estar nas Admissões, Salas de Partos e Bloco de Partos, tendo assistido a vários partos eutócitos e distócicos.
Como trabalhos realizados, destaco a apresentação de um artigo de revisão sobre a relação da Ansiedade na gravidez e o Parto Pré-Termo e o Baixo Peso à Nascença, com a colaboração de uma das psicólogas clínicas da MAC (Schetter, Christine Dunkel. Psychological Science on Pregnancy: Stress Processes, Biopsychosocial Models, and
Emerging Research Issues).
3.6.
Cirurgia Geral
6 falta de oportunidades para treino de técnica de sutura. Por ser um hospital privado, o meu papel na Enfermaria e na Consulta Externa, assim como no AMP e na UCI, foi muito limitado, tendo sido um estágio com componente essencialmente observacional.
Na Cirurgia Geral, acompanhei o Dr. Carlos no Bloco Operatório, onde tive a oportunidade de entrar em algumas cirurgias; na Pequena Cirurgia; na Consulta Externa; e na Enfermaria. No AMP, passei pela Sala de Tratamentos, onde pude praticar a técnica de colocação de Acesso Venoso Periférico e administração de fármacos. Ao longo das 8 semanas, assisti também às Reuniões de Serviço, Sessões Clínicas do Hospital da Luz e à Consulta Multidisciplinar de Tumores Gastrintestinais. Nesta última, pude adquirar conhecimentos acerca do diagnóstico e tratamento de tumores gastrintestinais não só no âmbito da Cirurgia Geral, como também da Imagiologia e da Oncologia.
Como trabalhos realizados, destaco a apresentação, no Mini-Congresso no Hospital Beatriz Ângelo, de um caso clínico de Abdómen Agudo, de uma doente com um volvo do cego, juntamente com os meus colegas Ana Martins, Ester Colaco e Ricardo Silva.
3.7.
Medicina Interna
O estágio de Medicina Interna decorreu durante 8 semanas, entre 23 de Março e 25 de Maio de 2015, no Serviço de Medicina IA do Hospital de Egas Moniz, sob tutela da Dra. Judite Henriques. Grande parte do trabalho realizado durante o estágio foi na Enfermaria, mas também tive oportunidade de assistir às Consultas Externas e acompanhar a equipa no Serviço de Urgência, no HSFX. Os objectivos gerais deste estágio consistem na aquisição de competências teóricas e práticas que permitam ao aluno, de uma forma quase autónoma, diagnosticar, avaliar e criar um plano terapêutico adequado às situações clínicas mais frequentes na Medicina Interna.
7 o seguimento de um doente, sob supervisão da Dra. Judite, com a realização de Diários Clínicos e observação, discussão e proposta terapêutica diárias, realização de Notas de Entrada e de Notas de Alta, e pedidos de colaboração e discussão de casos com colegas de outras especialidades. Treinei competências práticas de exame objectivo, comunicação com doentes e familiares e desempenho global na actividade diária do médico internista. Tanto nas Consultas Externas como no Serviço de Urgência, o meu papel foi sobretudo observacional. Durante o estágio, assisti a várias reuniões de serviço e sessões clínicas.
A 13 de Maio, assisti às Jornadas da Dor, organizadas pela Unidade de Terapia da Dor
do Hospital Egas Moniz, com o tema “E nós que cuidamos, como lidamos com a Dor?”. Destaco ainda a apresentação do trabalho “Burnout no Cuidador – o Cuidador Informal e o
Médico”, com a minha colega Maria Luísa Figueiredo.
3.8.
Estágio Clínico Opcional
Entre 25 de Maio e 5 de Junho de 2015, tive a oportunidade de realizar um estágio no serviço de Anestesiologia no Hospital Dona Estefânia. Durante as duas semanas, acompanhei os vários médicos assistentes do serviço e pude aprofundar os conhecimentos de Anestesiologia Pediátrica adquiridos no ano anterior e treinar as técnicas de ventilação e entubação oro-traqueal.
4. Reflexão Crítica
8 Considero que o estágio de Cirurgia Geral não correspondeu às minhas expectativas e foi sobretudo observacional. Apesar do seu imenso contributo académico, não consegui cumprir um dos meus objectivos, dada a falta de oportunidade para realizar procedimentos técnicos. Por outro lado, a passagem pela Sala de Tratamento do AMP é um dos pontos positivos do estágio de Cirurgia Geral, dado o escasso contacto com a Enfermagem durante o curso para treino de técnicas que considero básicas na educação médica, como a colocação de catéter venoso periférico.
Por outro lado, na Ginecologia e Obstetrícia não está bem definido qual o papel do aluno de 6º ano e o estágio acaba por ser muito mais observacional do que os objectivos da Unidade Curricular levariam a crer. No meu estágio, não me foram atribuídas doentes na enfermaria. Consequentemente, a minha autonomia no seguimento de uma grávida/parturiente é muito pouca. No entanto, na Ginecologia, toda a equipa se mostra muito disponível para nos auxiliar na prática de exame ginecológico.
Durante o sexto ano, decidi focar a minha formação na área da Pediatria sempre que possível, e escolhi fazer estágio de Saúde Mental na Pedopsiquiatria e o estágio opcional na Anestesiologia Pediátrica. Faço um balanço muito positivo do estágio de Pediatria, e também de Medicina Geral e Familiar, na aquisição de técnicas de comunicação com as crianças e seus pais.
O estágio de Medicina Interna foi aquele que mais contribuiu para a minha formação e aquisição de autonomia no ano profissionalizante. Foi também o estágio onde fui mais confrontada com os obstáculos e burocracias que preenchem o exercício da Medicina, como falta de recursos, dificuldade de referenciação e a gestão dos casos sociais presentes na enfermaria.
9 aprendizagem de resolução de obstáculos na comunicação com o doente, a necessidade de educação da população e adequação da mensagem ao receptor visto que em MGF isso se torna essencial para a adesão terapêutica. Motivou-me, em estágios de internamento, a cuidar do doente e não só da doença, que se tornou mais evidente em Medicina Interna.
Faço, ainda, uma referência às actividades extra-curriculares, a Tuna Médica de Lisboa e o Grémio Académico, que, ao longo dos seis anos de curso, permitiram-me desenvolver capacidades que considero essenciais para a prática médica e que ultrapassam aquelas adquiridas no curso, a nível de trabalho de equipa, gestão de stress, diálogo e relações interpessoais.
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