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CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE. SUBÁREA: Medicina Veterinária INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA - CUML

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Academic year: 2021

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Realização: IES parceiras:

TÍTULO: PREVALÊNCIA E IDENTIFICAÇÃO DOS AGENTES PERPETUANTES DE OTITE EXTERNA EM CÃES ATENDIDOS NO MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO/SP NO PERÍODO DE MARÇO A JULHO DE 2020

CATEGORIA: EM ANDAMENTO

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: Medicina Veterinária

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA - CUML AUTOR(ES): AMANDA ALVES LEITE

ORIENTADOR(ES): ROBERTA VANESSA PINHO CASALE

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decorrente da associação de fatores primários e predisponentes que alteram o microclima do canal auditivo externo, tornando-o propício a proliferação microbiana.

É uma desordem comumente diagnosticada e de grande relevância clínica, responsável pelo acometimento de até 20% da população canina.

Os sinais clínicos são diversos e implicam diretamente na qualidade de vida dos animais acometidos.

O presente estudo irá analisar 20 amostras otológicas provenientes de cães com histórico de otite externa, previamente avaliados, atendidos no Hospital Veterinário Vet Clinic 24h, em Ribeirão Preto/SP, no período de março a julho de 2020, com o propósito de identificar, por meio de exame citopatológico, os principais microrganismos oportunistas envolvidos nesta afecção e a prevalência dos mesmos na rotina clínica de atendimentos dos cães.

Palavras-chave: Citopatologia; orelha externa; otopatias

2. INTRODUÇÃO

A otite externa é um distúrbio cutâneo definido pela inflamação dos condutos auditivos, comumente diagnosticado na clínica de pequenos animais (RHODES; WERNER, 2014).

O esquema de classificação divide os diversos fatores envolvidos no desenvolvimento da otite externa em primários, predisponentes e perpetuantes (SCOTT; MILLER; GRIFFIN, 1996).

Os fatores primários são aqueles capazes de iniciar a inflamação nas orelhas normais, induzindo à otite externa. Os exemplos mais comuns incluem os distúrbios de hipersensibilidade, ectoparasitas, corpos estranhos, doenças autoimunes e endócrinas e distúrbios de queratinização e das glândulas sebáceas (ETTINGER; FELDMAN, 2004).

Os fatores predisponentes aumentam os riscos de desenvolvimento da otite externa e atuam em conjunto com as causas primárias ou fatores perpetuantes no desenvolvimento da doença clínica. Predisposições anatômicas, excesso de pelos nos condutos auditivos, umidade excessiva,

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aumento da temperatura ambiente e obstruções são alguns dos fatores mais comuns (GOTTHELF, 2007).

Os fatores perpetuantes são aqueles responsáveis pela continuação e agravamento da resposta inflamatória, impedindo a resolução da otite externa.

Infecções por bactérias e leveduras são os exemplos mais comuns (ETTINGER;

FELDMAN, 2004).

As bactérias mais comumente isoladas como patógenos secundários incluem Staphylococcus pseudointermedius, Streptococcus spp., Pseudomonas aeruginosa, Proteus spp., Escherichia coli, Klebsiella spp. e Corynebacterium spp. (BONATES, 2003). Malassezia pachydermatis, por sua vez, é a levedura mais comum que contribui para progressão e perpetuação da doença (LIMA, 2011).

Depois que estabelecem a infecção esses microrganismos favorecem significativamente a inflamação, lesões e sinais clínicos.

Nos casos crônicos, um ou mais fatores podem estar presentes e sua correta identificação é crucial para que o tratamento e resultado sejam bem- sucedidos.

Os sinais clínicos são diversos e incluem manifestações típicas de otalgia, prurido ótico, edema e eritema dos condutos auditivos, agitação de cabeça, otohematoma, comportamento agressivo e presença excessiva de secreção otológica de diferentes aspectos (GREGORIO, 2013).

A análise citológica das secreções oriundas dos ouvidos afetados demonstra alto valor na detecção precoce dos microrganismos envolvidos na perpetuação do distúrbio e representa um método simples, rápido, barato e eficaz (LEITE, 2008).

O sucesso da terapia consiste no controle dos fatores predisponentes, remoção dos fatores perpetuantes e tratamento dos fatores primários (ANGUS, 2004).

3. OBJETIVOS

Diante do grande número de casos de otite externa canina e em decorrência dos diversos sinais clínicos causados por esta afecção, o objetivo do presente estudo é identificar os principais microrganismos oportunistas que atuam como fatores perpetuantes, estabelecer a prevalência de cada

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microrganismo na rotina de atendimento clínico e determinar a importância do exame citológico como ferramenta diagnóstica.

4. METODOLOGIA

As amostras utilizadas no estudo foram obtidas através de swabs auriculares estéreis e coradas com o auxílio do corante panótico rápido para observação microscópica e análise citopatológica.

5. DESENVOLVIMENTO

Foram avaliadas amostras de vinte cães com histórico de otite externa, independentemente do sexo, raça e idade, provenientes de atendimentos clínicos realizados no Hospital Veterinário Vet Clinic 24h, em Ribeirão Preto / SP, no período compreendido entre março a julho de 2020. Todos os indivíduos empregados foram selecionados mediante prévia anamnese, exame físico e exame otológico padrão.

A fim de identificar eventuais microrganismos presentes, pequenas amostras de exsudato destinadas ao exame citológico foram colhidas da porção vertical dos condutos auditivos com o auxílio de swabs estéreis, com posterior deslizamento dos mesmos sobre lâminas de microscopia limpas, secas e identificadas. No laboratório, as lâminas foram devidamente preparadas e coradas com o auxílio do corante panótico rápido, gerando o conteúdo a ser visualizado na microscopia ótica e procedendo-se a análise citopatológica para verificação da presença e estudo morfológico dos agentes bacterianos e/ou leveduras.

6. RESULTADOS PRELIMINARES

Dentre os 20 cães acometidos por otite externa, 90% (n= 18) apresentavam raça definida, com predomínio do Shih tzu (n= 5), Pastor alemão (n= 3), Dachshund (n= 2), Maltês (n= 2) e Poodle (n= 2). Dentre as demais raças destacam-se o Bulldog francês (n= 1), Lhasa apso (n= 1), Terrier brasileiro (n =1) e Yorkshire terrier (n= 1). Os cães mestiços ou sem raça definida (SRD) responderam por 10% (n =2) dos casos.

Quanto ao gênero dos pacientes estudados, 12 eram fêmeas e 8 eram machos, representando, respectivamente, 60% e 40% dos animais acometidos.

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Em relação à faixa etária, 15% (n= 3) dos pacientes acometidos estavam na faixa de um a dois anos de idade, 35% (n= 7) estavam na faixa entre três a sete anos de idade e 50% (n= 10) dos animais apresentavam idade superior a oito anos de idade.

Ao exame microscópico da citologia ótica observou-se que 55% (n=11) das amostras coradas apresentaram mais de um agente envolvido, com predomínio de bactérias em forma de cocos e células compatíveis com a levedura Malassezia pachydermatis (figura 1). Em 5% (n=1) das amostras foi possível identificar a associação entre leveduras e bactérias morfologicamente distintas (cocos e bastonetes). O envolvimento de apenas um único agente microbiano, representado pela levedura Malassezia pachydermatis, foi detectado em 40% (n= 8) dos materiais avaliados (figura 2). A morfologia e frequência dos microrganismos identificados nas amostras otológicas dos cães estudados estão descritos na tabela 1.

Tabela 1 – Morfologia e frequência dos microrganismos identificados por meio do exame citológico de cães afetados por otite externa.

Morfologia do microrganismo Frequência Porcentagem

Somente leveduras 8 40%

Somente cocos 0 0%

Leveduras + cocos 11 55%

Leveduras + bastonetes 0 0%

Cocos + bastonetes 0 0%

Leveduras + cocos + bastonetes 1 5%

Total 20 100%

Figura 1 – Observação no microscópio óptico de cocos e Malassezia pachydermatis.

Fonte: Arquivo pessoal (2020).

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Figura 2 – Observação no microscópio óptico de Malassezia pachydermatis.

Fonte: Arquivo pessoal (2020).

7. FONTES CONSULTADAS

ANGUS, J.C. Diseases of the ear. In: CAMPBELL, K.L. Small Animal Dermatology Secrets. 1.ed. Philadelphia: Hanley e Belfus, 2004. Cap.49, p.364- 384.

BONATES, A. Otite: conhecimento detalhado permite diagnósticos precisos e sucesso no tratamento. Vet News, v. 62, n. 1, p. 6-8, 2003.

ETTINGER, J. S.; FELDMAN, C. E. Tratado de Medicina Interna Veterinária:

Doenças do cão e do gato. 5. ed. São Paulo: Koogan Guanabara, 2004.

GOTTHELF, L. N. Doenças do ouvido em pequenos animais: guia ilustrado. 2.

ed. São Paulo: Editora Roca, 2007.

GREGÓRIO, A. F. D. Otite externa canina: estudo preliminar sobre otalgia e factores associados. 2013. 64 f. Dissertação de Mestrado em Medicina Veterinária – Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa, Lisboa, 2013.

LEITE, C.A.L. Terapêuticas tópica e sistêmica: pele, ouvido e olho. In: Manual De Terapêutica Veterinária. 3.ed., p.168-179, São Paulo: Editora Roca, 2008.

LIMA, F. M. M. Malasseziose em cães e gatos. 2011. 38 f. Trabalho de conclusão de curso (Especialização em Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais) – Centro Universitário da Grande Dourados, Cuiabá, 2011.

RHODES, K. H.; WERNER, A. H. Dermatologia em Pequenos Animais. 2. ed.

São Paulo: Rocca, 2014.

SCOTT DW, MILLER WH, GRIFFIN CEM. Muller & Kirk: dermatologia de pequenos animais. 5. ed. Rio de Janeiro: Interlivros, 1996.

Referências

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