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Doenças Inflamatórias Intestinais: Como Conviver?

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Academic year: 2021

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Doenças Inflamatórias Intestinais:

Como Conviver?

CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA

DISCIPLINA: METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA

São Luís – MA 2019

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Ficha Catalográfica

Doenças Inflamatórias Intestinais: Como Conviver?

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Sumário

Apresentação --- Conceito --- Sintomas --- Epidemiologia --- Semelhanças Patológicas --- Complicações DII --- Acompanhamento médico --- Exames de diagnóstico --- Tratamento --- Hábitos de vida --- Referência ---

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Caro leitor,

Essa cartilha foi feita como intuito de informar quais são as Doenças Inflamatórias Intestinais e os cuidados que os portares devem tomar no dia a dia. Nela serão encontradas informações diferenciando a Retocolite Ulcerativa (RCU) e a Doença de Crohn (DC), seus sintomas, a problemática da automedicação e o seu agravamento, a importância do acompanhamento médico, como também os exames necessários para o diagnótico e o seu tratamento. As orientações sobre os hábitos de vida dos portadores são importantes, dado o carater crônico das doenças.

Esperamos assim conscientizar a população sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais que ainda não são tão conhecidas.

Boa leitura!

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Apresentação

Fonte: www.clipartmax.com

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Definição

A doença inflamatória intestinal (DII) é caracterizada por um processo inflamatório do trato gastrintestinal e engloba duas formas de inflamação intestinal: Retocolite Ulcerativa (RCU) e a Doença de Crohn (DC).

Essas duas doenças têm muitas semelhanças e são difíceis de serem distinguidas entre si. Contudo, existem algumas diferenças, como por exemplo:

Doença de Crohn: caracteriza-se por uma inflamação crônica não contínua do tubo digestório, que se estende da boca ao ânus, com predileção pela região ileal ou ileocecal.

Retocolite Ulcerativa: acomete a mucosa do cólon e reto e pode ser contínua. A causa das duas formas mais importantes de doença inflamatória intestinal são desconhecidas.

As doenças intestinais inflamatórias afetam pessoas de todas as idades, mas, geralmente, começam antes dos 30 anos, comumente entre 14 e 24 anos. Algumas pessoas apresetam sintomas entre os 50 e 70 anos. Os dois sexos são igualmente afetados.

Fonte: www.clipartmax.com

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Sintomas

Os sintomas apresentados pelos pacientes são semelhantes, embora variem conforme a parte do intestino afetada.

Doença de Crohn: os indivíduos normalmente apresentam diarreia crônica e dor abdominal. A dor abdominal é geralmente contínua, de intensidade moderada e alta. Febre, astenia e emagrecimento, acompanhados ou não de relato de diminuição da ingestão de alimentos, são manifestações da repercussão da doença no estado geral do paciente, ocorrendo em proporção excessiva nos casos de DC.

Retocolite Ulcerativa: os indivíduos normalmente apresentam episódios intermitentes de dores abdominais e diarreia sanguinolenta. Um sangramento maciço constitui importante complicação da doença.

Em ambas as doenças, as pessoas com diarreia persistente podem perder peso e se tornar desnutridas.As manifestações clínicas mais comuns são as diarreia e dor abdominal, seguidas por perda de peso e anemia.

Fonte: www.clipartmax.com

Fonte: www.clipartmax.com

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Epidemiologia

A epidemiologia da doença é dificultada pela ausência de exame padrão-ouro, juntamente com o fato de que as modalidades diagnósticas são invasivas e de alto custo, o que faz os casos diagnosticados representarem apenas uma fração da real população doente. A incidência geográfica da doença varia consideravelmente. A DII é mais comum na Europa, em países como a Inglaterra e em regiões como a Escandinávia e os países baixos, sendo reconhecidamente elevada na América do Norte.

Adaptado: Ng SC, Shi HY, Hamidi N, et al. (2017)

O gráfico abaixo mostra a prevalência das DIIs no Brasil:

Figura 1: Incidência da doença de Crohn e retocolite ulcerativa no Brasil estratificada por níveis de quintil

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Semelhanças Patológicas

É comum em consultorios médicos os pacientes relatarem sintomas que são similares a outas enfermidades. As DII possuem semelhança com as seguintes doenças:

• Síndrome do Cólon Irritável

• Infecção entérica (Salmonella, Shigella, Campylobacter jejuni, entre outras)

• Amebíase

• Tuberculose intestinal

• Apendicite

• Hemorroidas

• Carcinoma de cólon

• Colite colágena

• Doença celíaca

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Complicações da DII

As doenças inflamatórias intestinais possuem algumas complicações características que podem apresentar-se durante a atividade da doença.

• O sangramento é comum na RCU pois a doença afeta a mucosa. Pode apresentar-se na DC, porém é mais comum na colite de Chron.

• O megacólon é uma dilatação colônica e consite em uma complicação que deve ser identificada rapidamente, pois pode ocorrer a perfuração e a peritonite séptica.

• A estenose, que é o estreitamento do intestino delgado, no caso da DC é comum e pode causar obstrução parcial, cólicas, constipação ou diarreia.

• Por fim, há o câncer colorretal na RCU que possui como fatores a duração da doença e a sua extensão. O adenocarcinoma intestinal é mais comum na DC, porém não há uma relação evidente sobre a sua ocorrência.

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Acompanhamento médico

É de fundamental importância que o médico informe o paciente sobre o caráter crônico da DII e a necessidade de controle periódicos, forneça o devido suporte emocional e estimule a boa relação médico-paciente.

Habitualmente, não há necessidade de acompanhamento psiquiátrico e/ou psicológico concomitante, nem a utilização de agentes antidepressivos e tranquilizantes, porém é cada vez mais frequente a indicação desse auxílio juntamente com os tratamentos tradicionais. Isso ocorre porque as DII afetam também a qualidade de vida do paciente e um período de adaptação é necessário para o convívio com a doença.

Fonte: www.clipartmax.com

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Exames de Diagnóstico

Por possuir uma semelhança de sintomas com outras enfermidades, é necessário um conjunto de exames para chegar ao diagnóstico correto das DII.

Os Exames Endoscópicos tem como principal objetivo apresentar ao médico a situação do aparelho digestivo e a coleta de amostras para a biópsia histopatológica. Os materiais coletados são de extrema importância para a realização de um diagnóstico fiel, uma vez que podem demonstrar alterações que são exclusivas para a RCU ou DC.

Os Exames Endoscópicos sugeridos para as DII são a Endoscopia Digestiva Alta, Retossigmoidoscopia e Colonoscopia. Há um simples preparo prévio no qual o paciente é orientado pelo médico e a realização dos exames é feita com o paciente sedado, diminuindo o desconforto.

Os Exames de Imagem não são invasivos e tem o objetivo de avaliar a condição geral do intestino do paciente, podendo ser observada inflamação, espessamento das paredes intestinais, extensão da doença, lesões extrínsecas e o trânsito intestinal. São eles: Radiografia simples de abdome, Exame contrastado do intestino delgado, tomografia computadorizada, ressonância nuclear magnética e ultra-sonografia.

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Exames de Diagnóstico

Os Exames Laboratoriais são importantes para descartar a presença de outras enfermidades e avaliar o paciente de forma geral. As provas de atividade inflamatória, como a velocidade de hemossedimentação, os níveis da alfa-1-glicoproteína ácida e da proteína C-reativa, avaliam o estado do paciente e dão informações importantes para o médico sem a necessidade de realização de um exame invasivo.

Os Marcadores Sorológicos também fazem parte dos exames solicitados, e os mais estudados par as DII são: p-ANCA, ASCA, anticorpo pancreático, anti Omp-C, anticorpo 12. Assim, nos exames o p-ANCA é relacionado a RCU e o ASCA a DC, porém, tais exames são complementares a todos os outros aqui apresentados.

Ainda não se sabe ao certo as causas das DII, mas com a coleta dos dados do paciente, observação da sintomatologia e a realização de exames, o diagnóstico pode ser realizado e o médico pode iniciar o tratamento mais adequado.

Fonte: www.clipartmax.com

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Tratamento

Primeiramente, como forma de individualizar o tratamento e a escolha das melhores opções terapêuticas, o profissional médico busca avaliar o comportamento, a extensão e a gravidade da DII. Como medidas terapêuticas gerais, é fundamental que o médico alerte o paciente sobre o caráter crônico da doença e sobre a possibilidade da existência de períodos de alternância entre recaídas e acalmia.

O tratamento medicamentoso específico envolve antibióticos, corticosteroides, derivados aminossalicílicos, agentes imunomoduladores e imunobiológicos.

Fonte: www.clipartmax.com

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Tratamento

Os corticoidesteroides são utilizados para tratar pacientes em crise e devem ser usados com cautela por conta dos efeitos adversos que causam no organismo. Os aminossalicílicos são medicamentos geralmente indicados para tratamento de pacientes com doença leve a moderada, enquanto os Corticosteróides constituem opções a casos moderados e graves de DII.

Os imunomoduladores também são utilizados na terapêutica das DII enquanto agentes biológicos que auxiliam o paciente conviver com essa enfermidade. A escolha do tratamento medicamentoso deve ser observada com cautela como forma de evitar possível toxicidade hepática e hematológica.

Em síntese, a diversidade terapêutica e a farmacodinâmica dos medicamentos faz com que a escolha do tratamento seja necessariamente orientada por profissional médico, respeitando sempre eventuais riscos e benefícios de cada terapêutica, bem como o bem estar e a vontade do paciente.

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Hábitos de Vida

Devido à ausência de causas comprovadas para as DII (fatores hereditários e imunológicos), os cuidados com os hábitos de vida dos pacientes são essenciais à qualidade do convívio com a doença. A prática de atividade física em conjunto com cuidados com a alimentação, são fatores determinantes na qualidade de vida dos pacientes com DII. Profissionais da área da saúde como médicos e nutricionistas encontram-se presentes para auxiliar na elaboração de planos alimentares voltados a resposta fisiológica do paciente, amenizando a intensidade e suas manifestações. Os alimentos de natureza pró-inflamatória devem ser evitados. Dentro desta classe encontram-se:

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• FODMAP (Fermentable Oligossacharides, Dissacharides, Monossacharides And Poliols), como laticínios e trigo

• Alimentos que sofrem processo de fermentação (feijão, lentilha, grãos enlatados, etc.)

• Bebidas alcoólicas

• Alimentos fritos com óleos vegetais

• Alimentos refinados com excesso de glúten

• Bebidas com corantes e açucares industrializados

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Hábitos de Vida

Cuidados com hábitos de higiene também são fundamentais para a manutenção do convívio do paciente com a doença. Por fim, a adoção de hábitos de vida orientados pelos profissionais da saúde surge como uma forma de melhorar o convívio do paciente em relação a sua condição.

A adoção em conjunto das terapias clinicas, hábitos de higiene, hábitos alimentares e prática de atividade física, assegura melhoria na qualidade de vida, seja pela diminuição da intensidade ou incidência da manifestação da DII. É importante ressaltar que o acompanhamento médico em todas as etapas da doença é essencial para assegurar uma melhor qualidade de vida.

Fonte: www.clipartmax.com

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Referências

CAMBUI, Yan Robert Santos; NATALI, Maria Raquel Marçal. Doenças inflamtórias intestinais: Revisão narrativa da litertura. Revista da faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba, v.17, n.3, p.116-119, 2015.

FORBES, Alastair et al. ESPEN guideline: Clinical nutrition in inflammatory bowel disease. Clinical Nutrition, v. 36, i.2, p. 321-347, 2017.

GOLDMAN, L. & AUSIELLO, D. - Cecil: tratado de Medicina Interna.

23. ed., Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

KASPER, Dennis L. et al. Medicina interna de Harrison. 19. ed. Porto Alegre: AMGH, 2017.

MARTINS, M. et al. Clínica médica, volume 4: doenças do aparelho digestivo, nutrição e doenças nutricionais. 2. ed., Barueri, SP:

Manole. 2016.

Ng SC, Shi HY, Hamidi N, et al. Worldwide incidence and prevalence of infl ammatory bowel disease in the 21st century: a systematic review of population-based studies. The Lancet, v. 390, i.10114, p.

2769-2778, 2017.

Parente, José Miguel Luz et al. Inflammatory bowel disease in an underdeveloped region of Northeastern Brazil. World journal of gastroenterology, v. 21,4, p. 1197-1206, 2015.

Referências

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