Agenda legal e regulatória
no âmbito da previdência
complementar
- Reforma
tributária
- Revisão das
LC’s 108 e
Reforma tributária
✓ Primeira etapa: Tributação sobre Valor Agregado (PL nº 3.887/2020). Substituição do PIS/Pasep e Cofins pela Contribuição Social sobre Bens e Serviços (a base tributária deixa de ser o valor adicionado pelas empresas e passa a ser o consumo)
✓ Segunda etapa: Reforma do Imposto de Renda (PL
nº 2.337/2021). Objetiva diminuir a cobrança de imposto de renda dos trabalhadores; estimular o investimento das empresas; e racionalizar a tributação das aplicações financeiras
Impactos na previdência complementar
✓ Atualmente:
• Diferimento tributário em relação às contribuições pessoais normais (dedução de até 12% da renda tributável, com incidência quando do recebimento da renda)
• Diferimento tributário em relação à rentabilidade dos investimentos (não há incidência de imposto de renda na acumulação, com tributação quando do recebimento da renda)
Impactos na previdência complementar
✓ PL 2.337/2021:
• Diferimento tributário em relação às contribuições pessoais normais: em princípio, não muda
• Tributação em relação à rentabilidade dos investimentos: elimina a regressividade em função do prazo e estabelece alíquota única de 15%, inclusive em relação a investidores
isentos, resultando (no caso da previdência
complementar) em bitributação
• Lucros e dividendos: passam a ser tributados em 20%,
Emenda CD215293351000: Inclui as contribuições extraordinárias como dedução Emenda CD216544648500: Redefine o momento da opção tributária Iniciativas
Revisão das LC’s 108 e 109/2001
24 anos
20 anos
2021
Revisão das LC’s 108 e 109/2001
NO ENTANTO, é necessário que haja ampla
discussão e acolhimento de aperfeiçoamentos que reflitam as expectativas e necessidades da
sociedade, bem como considere, pelo menos, todas as mudanças ocorridas nas relações de trabalho, na realidade demográfica brasileira e
Revisão das LC’s 108 e 109/2001
Ocorre que se observa movimento oportunista e
temerário: o atendimento “cirúrgico” a comandos constantes da EC nº 103/2019 (a implementação de previdência complementar por parte da União, Estados, Distrito Federal e Municípios deverá
ocorrer até o dia 12.11.2021; até que seja
disciplinada a relação entre aqueles entes e EAPC, somente EFPC poderão administrar os respectivos planos de benefícios) se transformou,
Revisão das LC’s 108 e 109/2001
IMK (Iniciativa de Mercado de Capitais) –
Ministério da Economia (3 Secretarias); Secretaria de Previdência (MTP); BCB; CVM; SUSEP e PREVIC; + 34 Associações vinculadas àqueles mercados,
exceto representantes de consumidores,
segurados ou participantes de previdência, também vinculados àqueles mercados
Projeto de Lei do IMK objetiva “harmonizar e convergir as regras entre EAPC e EFPC”
Revisão das LC’s 108 e 109/2001
Principais alterações legais constantes do PL do
IMK, que podem afetar a previdência
complementar fechada:
- Lei Complementar nº 108/2001
. acaba a carência de 60 contribuições para o participante se tornar elegível ao benefício de renda
. restringe o caráter complementar e a administração de planos BD às EFPC
Revisão das LC’s 108 e 109/2001
. possibilidade de implementação de múltiplas opções previdenciárias por parte de um
mesmo órgão público
. impede que as EFPC administrem planos cujos benefícios apresentem riscos atuariais
. retira a obrigatoriedade de decisão do CD em operações iguais ou superiores a 5% dos ativos garantidores
. prevê a necessidade de criação de Comitês de Assessoramento de Previdência Complementar,
Revisão das LC’s 108 e 109/2001
- Lei Complementar nº 109/2001
. faculta a implementação de inscrição automática de participantes
. permite a redução de benefícios concedidos, desde que haja anuência dos assistidos
. desloca para o CNPC (Poder Executivo) várias atribuições atualmente constantes da Lei
(Poder Legislativo)
. exclui a possibilidade de transferência de patrocínio, de grupos de participantes e de
Revisão das LC’s 108 e 109/2001
. inclui a possibilidade de liquidação judicial das EFPC
. as responsabilidades dos patrocinadores e instituidores ficam restritas às Entidades Fechadas de Previdência Complementar
Observação: QUASE TODAS as necessidades
identificadas e até então discutidas pelo
Sistema foram ignoradas (sequer o tratamento tributário que alcance o contribuinte que opte
Conclusão
A título de harmonizar e convergir regras entre EAPC e EFPC, a atual agenda legal e regulatória
imposta ao Sistema Fechado de Previdência
Complementar, caso não seja objeto de ampla e
democrática discussão, poderá resultar em
maior fragilidade das EFPC, dos Planos de Benefícios sob sua administração e, por
consequência, dos interesses dos participantes e assistidos vinculados àqueles Planos
Belo Horizonte
Av. Francisco Sales, 1.614 – conj. 1.704 Santa Efigênia
30150-224 – Belo Horizonte/MG (31) 3341-0100
Brasília
SCN – Quadra 2 - Bloco D - Torre A Salas 401 e 402
Shopping Liberty Mal – Asa Norte 70712-904 – Brasília/DF