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Requisitos de existência dos negócios jurídicos

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Academic year: 2021

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Requisitos de existência dos negócios jurídicos

Manifestação da vontade: a parte demonstra a vontade de praticar o ato— escrita, verbal, gestual, por mímicas ou o silêncio--vai de acordo com o grau de compreensão da parte contrária.

Teorias sobre a Manifestação da vontade:

Teoria da declaração: vale o que está escrito ! declarado no contrato.

Teoria da vontade: vale mais a intenção das partes do que o que está escrito---Interpretação aberta, extensiva. Se houver litígio, o juiz busca a verdade real das partes. Deve ser livre no direito privado. Ex.: O sujeito namora a menina e ela engravida... o pai diz ou casa ou TE MATO! E o cara casa... A vontade interna e externa são a mesma? NÃO!!! Quando ocorre o vício ou a coação o ato pode ser desfeito.

Finalidade Negocial: O que visa negócio.

Idoneidade do objeto: instrumento utilizado pelas partes para realizar negócio// para produzir os efeitos jurídicos//objeto hábil, idôneo, determinado, possível

Requisitos de Validade dos Atos Jurídicos. Agente capaz: deve ser maior de 18 anos.

Representação ( absolutamente incapaz) e Assistência ( relativamente incapaz).- Objeto lícito: a lei- quando é inerte—depende de um acontecimento para ser aplicada—depende de um ato lícito—ex. : carro roubado—objeto ilícito.

Forma comum: a maioria dos atos e negócios jurídicos são praticados sem critérios—de forma livre, porém, então comum.

Forma especial: o legislador impõe requisitos para os atos ou negócios jurídicos—ex. o casamento, o pacto antenupcial—Tem procedimentos escritos para existir.

Dos Defeitos dos Atos Jurídicos. É o próprio agente que manifesta vontade.

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Dolo: um terceiro induz a gente a praticar um ato que se soubéssemos, não praticaríamos.

Coação: ex. casamento forçado.

Lesão: quando a parte assume uma prestação maior do que pode pagar

Vícios Sociais: É quando 2 ou mais pessoas se unem para causar prejuízos a terceiros.

--Simulação: Falsa aparência de negócio que na verdade é outra realidade. ---Fraude contra credores: mudar os bens para o nome de outra pessoa. Ato nulo- não produz efeitos desde o nascimento.

Ato anulável- produzem efeitos até a sentença anulatória. O ato pode ser convalido.

ERRO

Erro Substancial:

Sobre a natureza do ato negocial: haverá erro substancial quando o engano recair sobre a natureza do ato. Ex. uma pessoa pensa que está vendendo uma casa e a outra a recebe a título de doação. Para um é compra e venda e para outro é doação.

Sobre o objeto principal da declaração: Ter-se-á erro substancial quando atingir o objeto principal da declaração em sua identidade, isto é o objeto não é o pretendido pelo agente. Ex. loteamentos com nomes semelhantes--Irajá e Irajá--, o cara pensa estar adquirindo e pagando um e na verdade é outro.

Sobre a qualidade essencial do objeto: apresentar-se-á o erro substancial quando recair sobre a qualidade essencial do objeto. Ex. O cara pensa que está adquirindo um relógio de prata e é de inox, lata, etc.

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*** Transmissão errônea da vontade por instrumento ou mensageiro

Se alguém recorrer a rádio, televisão, telefone, mensageiro ou telégrafo, para transmitir uma declaração de vontade e o veículo utilizado o fizer com incorreções acarretando desconformidade entre a vontade declarada e a interna, poder-se-á alegar erro nas mesmas condições em que a manifestação volutiva se realiza entre presentes. Ex. TV. Custa R$97,50 e sai no panfleto R$ 77,50.

*** Falsa causa ou motivo-- só vicia o ato a falsa causa quando expressa como razão determinante ou sob forma de condição. Ex. O cara quer vender o ponto comercial e diz que é ótimo... o outro compra o ponto e não consta nada no contrato que o ponto é bom; não pode ser anulado. Ex. O cara sofre um acidente e sem saber é socorrido por alguém que ele não conhece, após a melhora ele divulga na TV. Que gratificará o cara que o salvou. Aparece alguém e ele paga a recompensa e faz a doação por escrito. Passado um tempo aparece o real salvador; então a doação poderá ser anulada, se o real salvador provar que foi ele quem salvou a vítima.

*** Erro Acidental: diz respeito as qualidades secundárias ou acessórias da pessoa ou do objeto. Não terá qualquer influência na perfeição do negócio jurídico. Ex. ao fazer o testamento, o testador querendo deixar sua herança ao seu único neto,(José Carlos), escreve (João Antônio)-- Se for possível identificar a pessoa, o vício, o defeito pode ser sanado.

DOLO

Dolo bom: A vítima consente o dano, pois não tem prejuízo..., toda vez que houver induzimento e este for consentido não se anula o ato. Não traz prejuízo às partes. Ex.: oferece bijuteria como jóia, a preço de bijuteria.

Dolo mau: é o qual interessa ao estudo do direito. É aquele que se caracteriza pela perversidade do propósito, traduzindo o exercício de expedientes diversos com o fim de causar prejuízo a de3terminada pessoa, viciando o ato. E.: 3 herdeiros; 1 letrado e 2 capiaus; o estudado propõe comprar as partes dos irmãos por preço que se diz de mercado, mas na verdade vale muito mais e induz os irmãos a fazer o negócio com ele. Houve malícia; se os irmãos descobrirem a perversidade, podem anular o ato.

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anulação do negócio sem prejuízo de perdas e danos. Ex.: herdeiros vítimas de dano, podem procurar indenização.

Requisitos do dolo principal:

1. que haja intenção de induzir o declarante a praticar o negócio lesivo a vítima.

2. Que os artifícios maliciosos sejam graves, aproveitando a quem os alega por indicar fatos falsos, por suprimir ou alterar os verdadeiros ou ainda por silenciar algum fato que se devesse revelar ao outro contratante.

3. Seja a causa determinante da declaração de vontade cujo efeito será a anulabilidade do ato, por consistir num vício de consentimento.

4. Que proceda do outro contratante ou seja, deste conhecido se procedente de terceiro.

Dolo mau acidental ou tolerado: não anula o ato só enseja a reparação-- (perdas e danos). São artifícios grosseiros e que podem ser descobertos pela atenção comum, não passa de um ato ilícito que gera para o seu agente uma obrigação de reparar o prejuízo causado à vítima, nestes casos o consentimento viria de qualquer maneira, só que dada a incidência do dolo o negócio o negócio se faz de maneira mais onerosa para a vítima do engano. Ex.: o cara leva seu carro ao mecânico para arrumar o câmbio quebrado. O mecânico faz o orçamento que dá para comprar um Ômega; o cara procura outra oficina e o mecânico oferece um cambio de 2ª mão, por um preço bem menor. O cara topa e quando pega o carro, o câmbio torna a quebrar;... não se anula o ato; o dono do carro foi enganado e os mecânicos devem reparar o ato.

Dolo por omissão ou negativo: esconder informações necessárias ao ato jurídico. Trata-se do silêncio intencional de uma das partes no contrato sob circunstâncias que se conhecidas da outra parte não realizaria o negócio. Ex.: o cara compra um carro na loja que parece perfeito e o vendedor não diz a verdadeira condição do carro. Anula-se e pode-se pedir perdas e danos.

Pressupostos do dolo por omissão:

1. A existência de um contrato bilateral.

2. A intenção de omitir o defeito da coisa na realização do ato. 3. A ignorância do fato pela parte contrária.

4. Prova da não realização do contrato se o fato fosse conhecido da outra parte.

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sabendo que vale mais, concorda com o preço do vendedor. O amigo acha um comprador e combina de comprar com preço baixo e vendem depois para outro com 100% de lucro...; (anula-se e dá perdas e danos.).

Ação regressiva.

Dolo do representante:o dolo do representante de uma das partes, só obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve.

Dolo bilateral: Nestes casos há uma compensação, não se permite que qualquer das partes se valha da sua própria torpeza. A lei protege a boa fé contra atos maliciosos, se não há boa fé, nada há que se proteger. Ex.: conto do bilhete premiado.

Dolo de aproveitamento : ocorre quando alguém retira vantagem indevida e excessiva de um negócio jurídico, aproveitando-se da ignorância, inexperiência, necessidade ou até mesmo da leviandade da outra parte contratante. Ex.: agiotagem, balança fraudulenta, venda de lote fictício.

COAÇÃO

Coação: na coação tem-se a violência atuando na manifestação de vontade, ou seja, é toda pressão exercida sobre um indivíduo para determina-lo a concordar com um ato.

Formas de violência.

Violência absoluta ou "Vis absoluta": nestes casos o ato se consegue pela força física, ou seja, é aquele que tolhe inteiramente a liberdade, não se podendo dizer que tenha havido uma manifestação volutiva, havendo ausência total de consentimento, tornando o ato nulo de pleno direito. Ex.: seqüestro, extorsão, cárcere privado; o cara está no hospital , recebe alta e fica detido, pois não tem dinheiro para pagar a conta.

Violência Relativa ou "Vis Compulsiva": trata-se da coação psicológica ou violência moral; nestes casos configura-se o vício da vontade, seu mecanismo envolve uma escolha , a vítima tem como opção; ou submeter-se ao ato exigido ou sofre as conseqüências do ato ameaçado. Em qualquer dos casos a vontade está presente, embora viciada e portanto, o negócio é anulável. Ex.: o cara que engravida a namorada e é coagido pelo sogro.

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1. Que a ameaça seja causa do ato; para possibilitar a anulação do negócio jurídico, a violência deve ser a causa do consentimento, deve haver o nexo causal entre violência e o ato estorquido;ex.: o cara é ameaçado a casar e casa.

2. Que a violência deve ser grave: deve ser tal que impõe ao paciente um temor justificado de um dano ao corpo, à vida, à liberdade, à honra ou a seus bens.

3. Que a ameaça seja atual ou iminente: o que a lei cogita é a possibilidade muito acentuada e próxima da efetivação da ameaça. O dano é atual e inevitável, fica afastado o mal impossível, remoto ou evitável, eventual, vago ou quimérico. A lei tem em vista o mal prestes a se consumar, algo que irá acontecer em breve, embora não haja como se fixar o tempo necessário, tudo depende das circunstâncias de cada caso concreto.

4. A ameaça deve ser injusta: para que se caracterize a coação, necessário se faz que constrangimento a que é submetido o paciente seja injusto. Se for ameaça de um exercício normal de um direito, não se considera coação. Casos de Conclusão da coação.

1. exercício normal de um direito: a ameaça deve ser injusta para configurar o vício e quem exercita regularmente um direito, atua dentro dos parâmetros do justo. Se houver excesso no exercício regular do direito; causando pavor ou grave apreensão na pessoa, apresenta-se a coação. Ex.: o inquilino não paga o aluguel; o dono diz: se você não pagar até amanhã, vou entrar com ação de despejo.

2. Temor reverencial: trata-se de receio de desagradar os pais ou a outras pessoas a quem se deve obediência, respeito ou subordinação hierárquica. Não se anula o ato porque não há coação, pois o declarante não é extorquido e nem forçado a escolher ou optar por uma alternativa. Ex.: o pai arranja o casamento da filha e a filha aceita por temor reverencial. 3. Coação de terceiro: a violência vicia o consenso ainda que vinda de

terceiro e ainda que a outra parte a ignorasse. Ex.: uma fazenda e uma propriedade pequena encravada nela; o pequeno não quer vender para o latifundiário que contrata pistoleiros para coagir o pequeno; ou vende ou morre!" Se for descoberto o terceiro e o contratante respondem solidariamente e podem até indenizar o pequeno. Ex.: o 3º pratica coação sem o conhecimento das partes. O corretor sabendo que o fazendeiro quer comprar o sítio, contrata os pistoleiros para coação; se o negócio ocorrer; o ato é anulável.

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Evolução legislativa no Brasil.

1. Ordenações Filipinas:

a. Lesão enorme: tinha cabimento nos contratos comutativos( de comum acordo entre as partes) e importava na sua rescisão quando uma das partes era enganada em mais da metade do preço justo.

b. Lesão enormíssima: ocorria na hipótese da desproporção de preço ultrapassar a casa dos dois terços. Era encarada como lesão dolosa.

1. Direito romano: desproporção anormal do preço justo e o preço pago pelo comprador; era necessário a intervenção judicial; e a decisão era o comprador repor o preço ao vendedor; ou o comprador devolvia o objeto e o vendedor devolvia o d9inheiro.

2. Código Civil: A lesão foi banida do direi to positivo; pois feria os capitalistas; não estava prevista no nosso código anterior.

3. No código civil atual a lesão está prevista .

4. Código de defesa do consumidor: entre outras coisas, visa coibir a lesão; esse código ampara pela lesão. Ex.: propaganda enganosa.

Lesão: é o prejuízo que um contratante experimenta quando, em contrato comutativo, não recebe da outra parte, valor igual ao da prestação que forneceu. Locupletamento Ilícito: enriquecimento de uma parte e empobrecimento de outra. Requisitos para a caracterização da lesão:

Objetivamente: situa-se na desproporção evidente e anormal das prestações quando uma das partes aufere ou tem possibilidade de auferir do negócio um lucro desabusadamente maior do que a prestação que pagou ou prometeu, medida ou aferida ao tempo do contrato.

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Características da Lesão.

1. A lesão só é admissível nos contratos comutativos, já que nestes há uma presunção de equivalência entre as prestações.

2. A desproporção entre as prestações deve verificar-se no momento do contrato e não posteriormente.

3. A desproporção deve ser considerável

4. O desfazimento do negócio depende de decisão judicial.

Referências

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