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Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular - Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, S.A. (Mozelos)

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TPG

1 daGuarc1a

Polytechnic of Guarda

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Licenciatura em Gestão

Tiago José Ribeiro Paiva

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ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Tiago José Ribeiro Paiva

Relatório para Obtenção do Grau de Licenciado em

Gestão

Licenciatura em Gestão

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ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO

INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA

Tiago José Ribeiro Paiva

Licenciatura em Gestão

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I

IDENTIFICAÇÃO

Aluno: Tiago José Ribeiro Paiva Número de aluno: 1010764 Curso: Licenciatura em Gestão

Estabelecimento de Ensino: Escola Superior de Tecnologia e Gestão, do Instituto

Politécnico da Guarda

Empresa: Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, S.A. Morada da Empresa: Rua de Meladas, n.º 380

4535-186 Mozelos VFR Portugal

Contacto da Empresa: Tel.: 227 475 400 / Fax: 227 475 404 Orientador de Estágio na Empresa: Dr. Guimarães Correia Orientador de Estágio no IPG: Professora Manuela Natário Duração do Estágio: 400 Horas

Início do Estágio: 22 de setembro de 2014 Conclusão do Estágio: 23 de dezembro de 2014

(5)

II

AGRADECIMENTOS

Agradeço desde já a todas as pessoas que me ajudaram e acreditaram que eu era capaz de concluir esta licenciatura em Gestão.

Quero agradecer em especial aos meus pais, avós e irmã por toda a ajuda, apoio e compreensão que tiveram comigo. Aos meus amigos que sempre me apoiaram, nos bons e maus momentos, acreditando sempre que eu era capaz.

Agradeço também:

À professora Maria Manuela Natário, minha orientadora de estágio, pelo acompanhamento que me prestou, pela disponibilidade, compreensão e paciência que teve comigo na elaboração deste relatório.

À Quinta Nova por ter consentido a realização do estágio. Agradeço aos meus colegas de trabalho por todo o afeto, amizade, disponibilidade, apoio, simpatia e conhecimentos que me transmitiram. Um especial agradecimento ao Doutor Guimarães Correia pela oportunidade criada e pelo facto de ter sido o meu orientador de estágio na empresa, agradecendo ainda a sua amabilidade, apoio e compreensão.

À Doutora Luísa Amorim por toda a ajuda, delicadeza, disponibilidade, compreensão e pela oportunidade de poder colaborar no maior grupo empresarial Português.

À Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda pela forma como me acolheram e também a todos os funcionários, em especial aos docentes, que me permitiram adquirir conhecimentos que utilizarei pela minha vida futura.

Por último e não menos importante, agradeço a todos os colegas de curso que ao longo destes três anos cruzaram o meu percurso académico e também eles tiveram um papel importante neste percurso.

(6)

III

PLANO DE ESTÁGIO

O estágio decorreu na empresa Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, SA., com o seguinte plano de estágio definido pelo orientador na empresa:

Familiarização com os sistemas de informação e gestão ERP WIS e ERP PHC;

Abordagem aos processos administrativos: Tratamento e organização de documentos; Contabilização;

Arquivo;

Conferência de contas; Cobranças;

Tratamento de encomendas (clientes e fornecedores); Faturação;

Acompanhamento de inventários.

Organização de base de dados eletrónicos de contratos/artigos: Catalogação; Digitalização; Arquivo; RH/Análises de funções: Levantamento de tarefas; Organização e arquivo;

(7)

IV

RESUMO

O estágio realizou-se na Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, S.A. (QN), empresa do Grupo Amorim, que se dedica à viticultura e ao enoturismo. A QN tem na sua carteira de clientes as grandes superfícies comerciais nacionais, bem como, vários distribuidores internacionais em todo o mundo.

O estágio realizado teve como objetivo o conhecimento e funcionamento da referida empresa nas suas variadas formas de gestão, passando pelas áreas de contabilidade, controlo de gestão e pelo processamento de encomendas.

Este relatório encontra-se dividido em três partes correspondentes a três capítulos:

No primeiro será efetuada uma apresentação da Quinta Nova e do grupo em que se insere Grupo Amorim;

No segundo serão apresentados factos e dados estatísticos sobre a importância das exportações de vinhos nacionais na balança comercial do país e inclusive na Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo.

No terceiro serão apresentadas as atividades desenvolvidas na empresa.

Palavras-Chave: Gestão, Controlo, Contabilidade, Administração de Empresas

(8)

V

ÍNDICE

IDENTIFICAÇÃO ... I AGRADECIMENTOS ... II

PLANO DE ESTÁGIO ... III

RESUMO ... IV

ÍNDICE ... V

ÍNDICE DE FIGURAS ... VII

ÍNDICE DE TABELAS ... VIII

ÍNDICE DE GRÁFICOS ... VIII

LISTA DE SIGLAS ... IX

INTRODUÇÃO ... 1

CAPÍTULO I - CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ... 2

1.1- IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA ... 3

1.2 - APRESENTAÇÃO DO GRUPO AMORIM ... 4

1.3 HISTÓRIA DA QUINTA NOVA DE NOSSA SENHORA DO CARMO ... 5

1.3.1 - A História da Vinha ... 6 1.3.2 - Adega Tradição e Modernidade ... 7 1.3.3 - Os Vinhos Dos Tintos aos Brancos ... 7 1.3.4 - Enologia ... 9 1.3.5 ... 10 1.4 - ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ... 11

1.5 - PRODUTOS QUINTA NOVA ... 12

1.5.1 Vinhos ... 12 1.5.2 - Gourmet ... 22 1.6 CLIENTES ... 27 1.7 - WINERY HOUSE ... 29 1.7.1 - Quartos Terrace ... 29 1.7.2 - Quartos Premium ... 30

1.8 - CONCEITUS WINERY RESTAURANT ... 30

1.9 ENOTURISMO ... 31

CAPÍTULO II - ANÁLISE DAS EXPORTAÇÕES DOS VINHOS PORTUGUESES ... 33

(9)

VI

2.1.1 Factos Estatísticos ... 35

2.1.2 - Tipos de Vinhos Exportados ... 37

2.2 - A IMPORTÂNCIA DO MERCADO EXTERNO PARA A QUINTA NOVA DE NOSSA SENHORA DO CARMO ... 39

CAPÍTULO III ATIVIDADES DESENVOLVIDAS DURANTE O ESTÁGIO ... 41

3.1 CONTABILIDADE ... 42 3.1.1 - Definição de Contabilidade ... 42 3.1.2 - Sistema de Arquivo de Documentos Contabilísticos ... 42 3.1.3 - Validação do Número de IVA de Clientes ... 43 3.1.4 - Conferência e Lançamento de Faturas no Programa PHC ... 43 3.1.5 Análise de Conferência de Contas de Clientes ... 44 3.1.6 Controlos de Gestão Contabilísticos ... 45 3.2 PROCESSAMENTO DE ENCOMENDAS ... 46 3.2.1 Breve Definição ... 46 3.2.2 Ciclo da Encomenda ... 46 3.2.2.1 Cliente Apresenta a Encomenda ... 47 3.2.2.2 Encomenda Recebida pelo Fornecedor ... 47 3.2.2.3 Processamento da Encomenda ... 47 3.2.2.4 Preparação da Encomenda para Expedição... 48 3.2.2.5 Encomenda Expedida para o Cliente ... 48 3.2.2.6 Entrega da Encomenda ... 49 3.2.3 Encomendas aos Fornecedores ... 49 3.2.4 Gestão de Stocks ... 50 3.3 FATURAÇÃO ELETRÓNICA ... 51

3.4 GESTÃO DE BASE DE DADOS ... 51

CONCLUSÃO ... 53

BIBLIOGRAFIA ... 55

ANEXOS ... 56

(10)

VII

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 Fotografias do Livro QN "250 Anos de Histórias" ... 10

Figura 2 Quinta Nova Colheita ... 14

Figura 3 Quinta Nova Reserva ... 14

Figura 4 - Quinta Nova Grande Reserva ... 14

Figura 5 - Mirabilis Tinto ... 15

Figura 6 - Mirabilis Branco ... 15

Figura 7 - Grainha Branco ... 17

Figura 8 - Grainha Tinto ... 17

Figura 9 - Grainha Touriga Nacional ... 17

Figura 10 - Pomares Branco ... 19

Figura 11 - Pomares Tinto ... 19

Figura 12 - Pomares Gouveio ... 19

Figura 13 - Pomares Moscatel ... 19

Figura 14 - Clã Porto ... 20

Figura 15 - Clã Moscatel ... 20

Figura 16 - Vintage ... 22

Figura 17 - LBV ... 22

Figura 18 - Doces de Fruta ... 24

Figura 19 - Quinta Nova Azeite ... 24

Figura 20 - Tisanas ... 26

Figura 21- Alpendre Winery House ... 29

Figura 22 - Conceitus Winery Restaurant ... 30

Figura 23 - Piscina Winery House ... 31

Figura 24 - Análise das Exportações/Importações dos Vinhos Portugueses (milhões de euros) ... 36

Figura 25 - Análise das Exportações Intra U.E. dos Vinhos Portugueses (milhões de euros) ... 36

Figura 26 - Análise das Exportações Extra U.E. dos Vinhos Portugueses (milhões de euros) ... 36

Figura 27 - Análise da Evolução das Exportações de Vinhos Portugueses por País... 37

Figura 28 - Tipos de Vinhos Exportados em Volume (Litros) ... 38

Figura 29 - Tipos de Vinhos Exportados em Valor (Euros) ... 39

Figura 30 - Software PHC ... 44

Figura 31 - Extratos de conta cliente no software PHC ... 45

(11)

VIII

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Principais Clientes da Empresa ... 27

ÍNDICE DE GRÁFICOS

(12)

IX

LISTA DE SIGLAS

BD Base de Dados

CAE Classificação das Atividades Económicas CRC Conservatória do Registo Comercial DO Denominação de Origem

DOC Denominação de Origem Controlada DOP Denominação de Origem Protegida FIFO - First In, First Out

HA - Hectares

IG Indicação Geográfica

IPG Instituto Politécnico da Guarda IVA Imposto Sobre o Valor Acrescentado LBV - Late Bottled Vintage

QN - Quinta Nova Nª Senhora do Carmo TVH Taxa de Variação Homologa UE União Europeia

UK United Kingdom (Reino Unido)

USA United States of America (Estados Unidos da América)

VIES - VAT Information Exchange System (Sistema de Intercâmbio de Informações

sobre o IVA)

(13)

1

INTRODUÇÃO

O estágio curricular tem como objetivo aplicar os conteúdos adquiridos durante a realização da Licenciatura em Gestão do Instituto Politécnico da Guarda. Assim, a realização do estágio pretende oferecer ao estagiário vários conhecimentos práticos das funções da empresa, proporcionando, aplicar na prática a teoria aprendida durante o percurso académica. Porque a teoria sem a prática é imperfeita e prejudica o acesso direto ao mercado de trabalho, sendo que, a oportunidade de realização de estágio ajuda a superar este problema.

Este relatório pretende de forma sucinta, descrever a empresa onde decorreu o estágio e as atividades desenvolvidas na mesma, sendo que, o respetivo estágio teve a duração de 400 horas, ocorridas de 22 de setembro a 23 de dezembro de 2014.

O relatório encontra-se dividido em três capítulos. No capítulo I é feita uma caracterização da empresa, onde é efetuada a identificação da empresa, a sua história e estrutura organizacional, bem como, a apresentação dos seus produtos. No capítulo II são apresentados dados estatísticos e factos históricos que comprovam a importância das exportações dos vinhos nacionais, na balança comercial do país, contribuindo para isso, o reconhecimento mundial da qualidade dos vinhos nacionais, proporcionando ano após ano o crescimento das exportações para todos os continentes. No capítulo III é descrito o trabalho que foi realizado na Quinta Nova ao longo do período de estágio, nas áreas de Contabilidade, Controlo de Gestão e Processamento de Encomendas. Na área de Contabilidade o estagiário realizou o lançamento de documentos, análise de contas cliente, arquivo e tesouraria. Na área de controlo de gestão o estagiário pode gerir todo o processo de encomendas de clientes, desde a respetiva nota de encomenda até à emissão da fatura. O estagiário participou ainda na formação sobre o software de faturação eletrónica adotado pela empresa, tendo ainda acompanhado este processo junto dos clientes.

Por último, será realizada uma conclusão sobre toda a experiência e conhecimentos adquiridos durante o estágio.

(14)

2

CAPÍTULO I - CARACTERIZAÇÃO

DA EMPRESA

(15)

3

Neste capítulo é apresentada a Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, S.A, empresa onde foi realizado o estágio. Para um melhor conhecimento da empresa é apresentada a identificação da empresa, o historial da mesma, a estrutura organizacional, os produtos da empresa, os clientes, os prémios e o seu enquadramento no Grupo Amorim.

1.1- IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

1

Empresa: Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, S.A. Morada da Empresa (Escritórios): Rua de Meladas, n.º 380

4535-186 Mozelos VFR Portugal

Morada da Empresa (Quinta): Quinta Nova

Pinhão

5085-222 Covas do Douro Portugal

Telefone: 227 475 400 Fax: 227 475 404

Página web: www.quintanova.com CAE: 01210 Registo: C.R.C. de Sabrosa Número de Contribuinte: 502 702 923 Capital Social:

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4

1.2 - APRESENTAÇÃO DO GRUPO AMORIM

2

O Grupo Amorim é uma das maiores, mais empreendedoras e dinâmicas multinacionais de origem portuguesa. Teve origem no negócio da cortiça, em 1870, sendo hoje líder destacado no sector a nível mundial.

Guiado por uma visão de crescimento sustentado, liderada desde 1952 pelo empresário Américo Amorim, o Grupo tem apostado na diversificação da sua atuação, através do investimento em sectores e áreas geográficas com elevado potencial de rendibilidade. Nos anos 60, iniciou um processo de verticalização do negócio da cortiça e de internacionalização das atividades.

Sob o lema "nem um só mercado, nem um só cliente, nem uma só divisa, nem um só produto" o Grupo Amorim ultrapassou fronteiras geográficas e condicionalismos arriscados para a época, apresentou a cortiça ao mundo e destacou-se em sectores como o imobiliário, o financeiro, as telecomunicações e o turismo.

Mantendo o seu cunho familiar, o Grupo Amorim detém hoje uma posição consolidada em dezenas de empresas nos cinco continentes e em diversas áreas económicas. Desde a cortiça, ao têxtil, à vitivinicultura e ao enoturismo.

Neste âmbito, destaca-se a grande paixão pelos produtos regionais do Douro, refletida na recuperação e exploração da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo. Aqui, o Grupo desenvolve um projeto totalmente integrado e inovador, que abraça a produção de produtos naturais de qualidade, como o vinho do Porto e os vinhos de mesa, o azeite, assim como produtos tradicionais gourmet. Desde 2005, este projeto ganhou uma nova dimensão, com a abertura do Hotel Rural Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, o primeiro hotel do vinho em Portugal, reconhecido até ao presente com inúmeras distinções.

Sempre com a missão de respeitar os princípios de desenvolvimento económico, social e ambiental, o Grupo Amorim continua assente nas bases sobre as quais construiu o seu património - visão empresarial, responsabilidade, diligência, criatividade, inovação e na missão de se demarcar pela excelência, quer ao nível da gestão, quer dos produtos e

(17)

5

serviços. Uma vontade que contagia e alimenta o entusiasmo da mais nova geração envolvida nos negócios da família, a quarta.

1.3 HISTÓRIA DA QUINTA NOVA DE NOSSA SENHORA DO

CARMO

3

Amorim é nome de uma família que se vem destacando no panorama empresarial português, como líder mundial na indústria da cortiça, mas igualmente em áreas distintas que vão da banca às novas tecnologias e, mais recentemente, aos produtos naturais de elevada qualidade, como os vinhos da região do Douro e o Vinho do Porto.

Conhecedora, desde 1870, do potencial dos produtos de cortiça em complemento dos grandes vinhos, a família Amorim voltou-se para a região do Douro, com a aquisição em 1999 da empresa J.W. Burmester & Cª, proprietária da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo.

Luísa Amorim, pertencente à quarta geração da família, é a alma deste projeto, gerindo-o cgerindo-omgerindo-o um natural desafigerindo-o, frutgerindo-o de uma grande paixãgerindo-o pela vinha e pelgerindo-o vinhgerindo-o.

O investimento e a realização de um sonho vinhateiro continuam e, mesmo quando em 2005 o Grupo Amorim vende a empresa J.W.Burmester & Cª ao Grupo Sogevinuos, dessa venda é excluída a Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, entretanto já integrada no «Alto Douro Vinhateiro Património da Humanidade» classificado pela UNESCO.

A Quinta Nova tem como data de fundação o ano de 1764, sendo que a sua história está ligada não só à produção de vinhos dos seus limites de então, mas também a toda uma comunidade também produtora que a circundava, terras vizinhas que forneciam uvas de grande qualidade.

Não obstante o facto de estar nessa altura num ambiente favorável para a plantação de vinha na região do Cima Corgo e de existirem novos proprietários e quintas de maior ou menor dimensão, facilmente se pode constatar que não havia um número de adegas com capacidade para vinificar a produção de cada quinta, e a Quinta Nova consegue na

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6

época adaptar-se e assumir um papel determinante para os produtores da sua área, crescendo consideravelmente o seu negócio, manifestando, em meados do século XVIII, mais de 3.500 pipas.

1.3.1 - A História da Vinha

Hoje, num total de 120 hectares (ha) de área total e 85 de vinha em plena produção, a Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo é palco de decisivos passos históricos, para se tornar na referência que é atualmente no plano de viticultura no Douro.

Durante a primeira metade do século XX, a Quinta Nova contava apenas com 12 hectares de vinha plantada, classificada para produção de vinho do Porto com letra A. Entretanto, nos anos 80, foram plantadas mais 11 hectares, colocando pela primeira vez as castas separadamente tinta roriz, tinta barroca, touriga nacional e touriga franca.

Em 1996, a família Burmester entusiasma-se e planta mais 11 hectares, acrescentando três novas castas, a tinta amarela, a tinto cão e a famosa casta tintureira, o souzão.

Mas é com o Grupo Amorim que a Quinta Nova inicia, em 2000, o percurso evolutivo mais importante e decisivo até aos dias de hoje, plantando mais 45,4 hectares e totalizando 85 de vinha. Num total de 42 parcelas com a melhor qualidade e classificação (letra A) em plena produção, a grande maioria da vinha é plantada em patamares de dois bardos4, tendo também patamares de um bardo, vinha ao alto e socalcos em terraços como é tradicional na região.

Hoje para além das vinhas tradicionais com mais de 80 anos (as chamadas «vinhas velhas»), e que ainda hoje se mantêm, sendo o tal símbolo histórico ou ex-líbris do legado do passado, é a touriga nacional que lidera com 22 ha, seguido da touriga franca, 18 ha, da tinta roriz com 15 ha, da tinta barroca com 9 ha, da tinto cão com 5 ha, da tinta amarela com 4 ha, a souzão com 3 ha, e por último, a tinta Francisca com 2 ha.

(19)

7

1.3.2 - Adega Tradição e Modernidade

O espírito empreendedor e visionário, aliado a uma aposta apaixonada no futuro, por parte da família Amorim, determinou o início de múltiplas alterações para um caminho de excelência enológica.

Conservando a traça e os edifícios originais de 1764, de uma adega historicamente dedicada aos vinhos de feitoria, o espaço foi renovado pelo Arquiteto Arnaldo Barbosa e aumentado para 2500 metros quadrados.

Uma sala de barricas foi cuidadosamente desenhada e enquadrada na paisagem natural, revestida a xisto para se confundir com os muros dos socalcos envolventes.

A capacidade atual de vinificação da adega é de 500 mil litros e de armazenagem é de 600 mil litros.

Em 2014, a produção da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, ronda os 175 mil litros.

O rigor enológico e a diversidade dos diferentes talhões da quinta obrigaram a uma aliança dos processos tradicionais com uma sofisticada tecnologia de ponta, adicionando dois lagares totalmente mecanizados, cubas de vinificação com diferentes sistemas e, mais recentemente, o desenho de um atelier, uma pequena adega totalmente manual que trata os vinhos como obras de estudo para serem grandes reservas da casa, vinhos únicos, autênticos e de qualidade excecional.

1.3.3 - Os Vinhos Dos Tintos aos Brancos

Não tendo história no vinho do Porto, a Quinta Nova, enquanto marca, inicia apenas a comercialização dos seus vinhos engarrafados no século XXI.

Em 2005, nasce um novo projeto que vai para além dos vinhos do Porto tradicionais

Vintage e Late Bottled Vintage (LBV), produzidos desde a vindima de 1992. Pela

primeira vez decorre com o objetivo de se desenharem grandes vinhos do Douro e, embora se comercializassem dois rótulos de vinhos tintos, foi apenas na colheita de 2005 que surgiu a primeira gama.

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8

A aposta foi para vinhos que refletissem o seu terroir5, tintos com elevada elegância e

concentração de cor, de estrutura clássica e uma fruta genuína, originando o lançamento de 30.000 garrafas de Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo colheita, 6.000 garrafas de Reserva e 4.000 de Grande Reserva Clássico, e as primeiras 7.700 garrafas de branco com uvas de Sabrosa, o Pomares.

Com o tempo, outros vinhos vão completando a coleção dos grandes reservas, como o Touriga Nacional, um vinho de eleição editado em 2006, apenas por quatro colheitas consecutivas, ou o Referência Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, que pretendeu ser, desde o seu início em 2008, uma referência na enologia duriense.

Com maior intensidade, inicia-se a vinificação de uma gama de vinhos brancos, com uvas provenientes de altitudes mais elevadas, entre os 450 e os 750 metros, de pequenos lavradores, com incidência nas castas viosinho, gouveio e rabigato, já que, devido à baixa altitude a que se encontra a Quinta, não é possível produzir e obter uvas brancas com boa acidez e excelente frescura.

A gama Pomares, com um nome diferente porque as uvas brancas não provêm da Quinta, é constituída por vinhos adequados ao consumidor final, intensos e muito frescos, relembrando a autenticidade dos pomares da Quinta.

Inspirada na grainha da uva, de onde é possível obter compostos fundamentais de um vinho com proteínas, taninos condensados e extratos aromáticos, nasce a gama Grainha Reserva. São vinhos com maturação em madeira, de um elevado bouquet, que se tornam bem complexos no nariz, bem estruturados em boca e bastante concentrados.

Contudo, a exploração da matéria-prima de excelência não ficaria completa sem a apresentação dos grandes reservas Mirabilis, que nascem de uma forte vontade em querer ir mais longe, preservando a viticultura tradicional e manual, apresentando vinhos sublimes e de elevada sofisticação.

Em 2012, a empresa aposta num vinho do Porto diferente, o Clã, por forma a conquistar novos consumidores para a categoria, com uma embalagem arrojada, mas que respeita conceptualmente toda a tradição de um Porto intenso e distinto.

5 Uma palavra francesa que representa um número complexo de fatores que influenciam a biologia da videira.

(21)

9

Em pouco mais de uma década, a modernização, a capacidade de produção, a qualidade de excelência, a escala de mercado e a internacionalização dão um salto decisivo e definitivo para os melhores patamares do que se faz no Douro, no século XXI. Em 2013, a Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, atinge as 250 mil garrafas.

Em 2014, a gama Pomares, anteriormente referida, estende-se por quatro vinhos, um tinto e três brancos irrepreensíveis, na sua qualidade e diferenciação, mostrando o que o Douro tem de melhor.

Ainda nesse mesmo ano é lançado, um moscatel do Douro, da casta galego branco, aliás, muscat blanc à petits grains, uma casta generosa em perfume e doçura, com forte personalidade, nova e antiga, que assistiu às civilizações clássicas, atravessou oceanos para ser cultivada em ambos os hemisférios e ser experimentada em várias latitudes, acabando por preferir climas arduamente cálidos.

1.3.4 - Enologia

Castas tradicionais, solo xistoso e um microclima absolutamente ímpar formam as condições naturais para se desenvolver um projeto sustentável respeitando seu terroir, criando um verdadeiro equilíbrio entre a cultura e as tradições vitivinícolas aliadas a novas experiências, conhecimentos e tendências de mercado.

Sem dúvida que a qualidade de um bom vinho nasce da natureza, devendo ser respeitada no seu todo. Cuidar da uva e preservar a vinha é parte essencial para obter vinhos de exceção, pelo que a vindima na quinta é sempre tratada de forma individual, porque não existe uma colheita, um dia de trabalho ou um bago de uva igual ao outro.

É na original adega datada de 1764, umas das mais antigas adegas na região do Douro, que todos os cachos de uva são selecionados à mão, respeitando a sua natural maturação, por forma a obter o perfeito equilíbrio entre estrutura e aroma, com o objetivo de criar vinhos elegantes e finos, de elevado carácter e frescura.

Equilíbrio, harmonia e genuinidade são palavras de ordem num compromisso de alta qualidade em cada lote de vinho, através de um elevado rigor aplicado na viticultura e

(22)

10

na constante inovação enológica, criando uma gama de vinhos que permite uma satisfação plena e uma experiência única do vale do Douro.

1.3.5

6

A Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo lançou no ano de 2014 um livro (Figura 1) -Amaral. O livro foi criado para assinalar e comemorar os 250 anos da adega da Quinta Nova. O livro teve o seu

design e produção assinadas pela empresa OMdesign, que apostou num layout

minimalista, com imagens, paisagens e detalhes que retratam a essência da Quinta e contam as suas histórias.

Luísa Amorim, responsável pela Quinta, recorda que é assim que nasce um nome histórico, uma marca de vinhos de nome muito comprido, de uma das quintas mais emblemáticas da região Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo.

As Quintas do Douro são hoje vistas de forma quase consensual como os pilares de toda a estrutura económica e social do Alto Douro Vinhateiro, mas nem sempre foi

(Braga-Amaral, 2014, pág. 328).

Fonte: Quinta Nova

6 Fonte: http://www.porta351.com

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11

1.4 - ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Estrutura organizacional é a forma pela qual as atividades desenvolvidas por uma

organização são divididas, organizadas e coordenadas. Para uma melhor interpretação da estrutura da organização é normalmente elaborada a sua representação, através de um organograma, o qual permite visualizar de forma rápida e fácil os diversos órgãos componentes da estrutura.

A empresa e a sua estrutura organizacional podem ser consideradas um agrupamento humano, hierarquizado, que movimenta meios materiais e financeiros, que considerando objetivos definidos pela direção, faz interceder nos vários escalões hierárquicos as motivações do lucro e do interesse social.

A Quinta Nova é constituída por um Conselho de Administração, um Presidente Executivo (direção geral), e ainda pelos seguintes departamentos: Mercados, Estrutura Interna e Produção, como demonstrado no esquema abaixo (Esquema 1). Por sua vez, estes departamentos estão subdivididos por áreas, como se pode verificar em anexo (Anexo 1).

Esquema 1 Organigrama da Quinta Nova Fonte: Quinta Nova

Conselho de Administração

Direção Geral

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12

1.5 - PRODUTOS QUINTA NOVA

7

A Quinta Nova apresenta uma grande variedade de produtos, dividindo-se em dois grupos: Vinhos e Gourmet.

Os vinhos da Quinta encontram-se agrupados pelas seguintes gamas: Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, Mirabilis, Grainha, Pomares, Porto e Clã.

A empresa dispõe ainda de uma gama de produtos gourmet, constituída por doces de fruta, chás e azeites.

1.5.1 Vinhos

A gama Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo encontra-se subdividida nos seguintes vinhos:

Quinta Nova Colheita Unoaked Tinto

O vinho Colheita Tinto (Figura 2) apresenta uma elevada frescura e juventude. A sua cor é vermelha viva, o aroma intenso a frutos vermelhos maduros e um bom corpo com taninos muito finos. O final é bastante acetinado e elegante.

Prémios:

(2010) - - New York Times, USA, 2012

(2010) - 50 Best Portugal Wines UK, by Olly Smith, UK, 2013

(2009) - 91/100 pts - Ultimate Wine Challenge, USA 2011

Quinta Nova Reserva Tinto

O vinho Reserva Tinto (Figura 3) é um vinho que se apresenta grandioso, complexo e com elevado vigor aromático. Evidencia uma cor bem vermelha, um aroma floral

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13

integrado nos frutos pretos. Apresenta um corpo denso e harmonioso em boca e um final muito longo.

Prémios:

(2011) - 17 pts - Revista de Vinhos, Portugal, 2014

(2011) - 17 pts - Wine, Portugal, 2013

(2009) - 91/100 pts - Robert Parker, USA, 2012

(2008) - 91/100 pts - Ultimate Wine Challenge, USA, 2011

(2007) - 92/100 pts - Robert Parker, USA, 2011

(2007) - 92/100 pts - Wine Anorak by Jamie Goodie, UK, 2010

Quinta Nova Grande Reserva Clássico

O vinho Grande Reserva Clássico (Figura 4) é um vinho raro que exprime um carácter excecional. Evidencia uma cor intensa e um aroma forte e elegante, que combinam na perfeição com um corpo denso e pleno de frutos maduros, especiarias e finos taninos. Apresenta um final longo, como puro cetim.

Prémios:

(2011) - 94/100 pts - Robert Parker, USA, 2013

(2011) - 17,5 pts - Revista Vinhos, Portugal, 2013

(2009) - 93/100 pts - Robert Parker, USA, 2012

(2009) - 93/100 pts - Wine Enthusiast, USA, 2012

(2007) - 94/100 pts - Wine Anorak by Jamie Goodie, UK, 2010

(2005) - Best Red Old World - TOP TEN - Expovinis, Brasil, 2008

(26)

14 Figura 4 Quinta Nova Grande Reserva Fonte: www.quintanova.com

A gama que a seguir se apresenta é designada por Mirabilis, e encontra-se subdividida em dois vinhos, o Mirabilis Tinto e o Mirabilis Branco:

Mirabilis Grande Reserva Tinto

De cor profunda, o Mirabilis Tinto (Figura 5) é um vinho é complexo e intenso no nariz, com notas de frutos pretos e especiarias. Elegante, muito concentrado, sofisticado e com um belo equilíbrio entre textura, acidez e estrutura, mostra um final muito longo, intenso e de grande precisão.

Prémios:

(2011) - 95/100 pts - Robert Parker, USA, 2013

(2011) - Ouro | Gold - Baco by Marcello Copello, Brasil, 2013

(2011) - 18,5 pts - Wine, Portugal, 2013

(2011) - 18,5 pts - Noticias Magazine, Portugal, 2013

(2011) - 94/100 pts - Wine Anorak by Jamie Goodie, UK, 2014

Figura 2 Quinta Nova

(27)

15

Mirabilis Grande Reserva Branco

O vinho Mirabilis Branco (Figura 6) apresenta uma cor brilhante e citrina, no nariz apresenta fruta cítrica, baunilha, especiarias brancas e uma nota mineral granítica. Complexo, intenso, subtil e de grande equilíbrio, a sua concentração e elegância revela um vinho muito sério.

Prémios

(2012) - 92/100 pts - Robert Parker, USA, 2013

(2011) - 17,5 pts - Wine, Portugal, 2013

(2011) - 18 pts - Notícias Magazine, Portugal, 2013

Fonte: www.quintanova.com

Figura 5 - Mirabilis Tinto

Figura 6 - Mirabilis Branco

(28)

16

A gama seguinte designada por Grainha apresenta-nos uma variedade de três vinhos, composta pelo Grainha Branco, o Grainha Tinto e ainda o Grainha Touriga Nacional, conforme se apresenta de seguida:

Grainha Reserva Branco

O Grainha Branco (Figura 7) apresenta-se com elevada complexidade aromática e excelente acidez crocante. Bom equilíbrio entre o tostado das barricas novas de carvalho francês e húngaro, bem integrado nos aromas primários e tropicais, demonstrando uma boa e delicada estrutura e um final persistente.

Prémios:

(2010) - 90/100 pts - Wine Enthusiast, USA, 2011

(2008) - 90-92/100 pts - Wine Anorak by Jamie Goodie, UK, 2010

Grainha Reserva Tinto

O Grainha Tinto (Figura 8) é um vinho com elevada complexidade aromático e bastante volumoso. O tostado das barricas combina com a fruta fina e madura. Apresenta um corpo acetinado e uma textura rica num final persistente e longo.

Prémios:

(2009) - Prata | Silver - Selections Mondiales des Vins, Canada, 2012

(2009) - Prata | Silver - International Wine and Spirits Competition, UK, 2012

(2009) - Prata | Silver - Concours Mondial Bruxelles, Belgium, 2012

(29)

17

Grainha Reserva Touriga Nacional

O Grainha Touriga Nacional (Figura 9) é um vinho de cor rubi e laivos azuis, apresenta um aroma intenso a flor de laranjeira, violeta e amoras pretas. O tostado das barricas aparece sofisticado e complexo, num final persistente e longo.

Prémios:

(2010) - Bronze - International Wine Challenge, UK, 2013

(2010) - Bronze - Decanter World Wine Awards, UK, 2013

(2010) - Prata | Silver - Int. Wine Challenge, Austria, 2013

Fonte: www.quintanova.com Figura 9 - Grainha Touriga Nacional Figura 8 - Grainha Tinto Figura 7 - Grainha Branco

(30)

18

A gama Pomares apresenta-se como a gama mais baixa dos vinhos da Quinta, dividindo-se em quatro tipos de vinho, conforme se apresenta de seguida:

Pomares Branco

O vinho Pomares Branco (Figura 10) apresenta uma cor citrina, mostra um envolvente e jovem aroma. Fermentado em cubas de inox a baixa temperatura para preservar a sua fruta fresca e mineralidade, apresenta-se cremoso na boca, com aromas a frutos tropicais e um final persistente.

Prémios:

(2012) - Prata | Silver - International Wine Challenge, UK, 2013

(2010) - 87/100 pts - Wine Enthusiast, USA, 2011

Pomares Tinto

O vinho Pomares Tinto (Figura 11) apresenta uma cor vermelha intensa e um aroma a frutos vermelhos maduros. Revela também uma discreta presença de baunilha e tosta pela passagem em barricas de carvalho americano e francês. Resulta num vinho com personalidade aveludada e com final persistente.

Prémios:

(2010) - 1º Lugar | 1st place - Perswijn Competition, Holand, 2012

(2010) - Ouro | Gold - Selections Mondiales des Vins, Canada, 2012

(2008) - 90/100 pts - Wine Anorak by Jamie Goodie, UK, 2010

(31)

19

Pomares Gouveio Branco

O Pomares Gouveio (Figura 12) é um vinho de aromas finos a frutos de polpa branca, a citrinos e a pétalas de rosa. Complexo, mineral e profundo, tem um belo equilíbrio entre a acidez, o álcool, a estrutura fresca e a textura sedosa.

Pomares Moscatel Branco

O vinho Pomares Moscatel (Figura 13) apresenta uma cor citrina. Este vinho jovem muito atraente apresenta ainda um aroma intenso da casta, onde as notas de citrinos estão bem integradas com fruta tropical. Fermenta em inox a baixa temperatura e na boca mostra uma acidez bem integrada.

Prémios:

(2012) - Prata | Silver - Wines of Portugal Challenge, Portugal, 2013

(2012) - Commended - Decanter Wine Challenge, UK, 2013

Fonte: www.quintanova.com Figura 13 - Pomares Moscatel Figura 12 - Pomares Gouveio Figura 11 - Pomares Tinto Figura 10 - Pomares Branco

(32)

20

As gamas designadas por Clã e Porto, que a seguir se apresentam com os seguintes vinhos, o Clã Moscatel Douro e o Clã Porto Special Reserve e ainda os vinhos do Porto

Late Bottled Vintage (LBV) e Vintage, conforme se menciona de seguida:

Clã Porto Special Reserve

Este vinho do Porto designado por Clã Porto (Figura 14) nasce da lotação de várias colheitas selecionadas com cerca de cinco anos. Evidencia um corpo macio e com algum volume, demonstrando elevada intensidade e frescura aromática num final longo e persistente.

Prémios:

Ouro | Gold - Int. Wine Challenge, Austria, 2013

Ouro | Gold - Wine Align by David Lawrason, Canada, 2013

Clã Moscatel Douro

O Clã Moscatel (Figura 15) é um vinho extravagante e sofisticado, com um intenso perfume e suave textura. Uma estrutura linear e uma profunda e suculenta expressão, que balança entre delicados aromas a flor de laranjeira e aroma a alperce maduro. Com moderada acidez e grande precisão de final de boca, muito longa.

Fonte: www.quintanova.com

Figura 14 - Clã Porto

Figura 15 - Clã Moscatel

(33)

21

Quinta Nova Vintage

Este vinho do Porto designado por Vintage (Figura 16) possui uma cor retinta e intensa, com um carácter fino e complexo aroma. Evidencia um corpo aveludado e de extrema elegância no seu longo final. Fermentado em lagares, estagia dois anos até ao engarrafamento

Prémios:

(2008) - 93-95/100 pts - Wine Anorak by Jamie Goodie, UK, 2010

(2008) - 91/100 pts - Wine Enthusiast, USA, 2010

(1997) - Ouro | Gold - International Wine Challenge, UK, 2000

(1997) - 5 Stars - Decanter Magazine, UK

(1996) - Ouro | Gold - Concours Mondial de Bruxelles, Belgium, 1999

Late Bottled Vintage (LBV)

Este vinho do Porto, designado por LBV (Figura 17), é produzido pelo método tradicional, apresentando-se volumoso e envolvente, com um aroma elegante e complexo. Forma algum depósito em garrafa com o tempo.

Prémios:

(2009) - 91/100 pts - Wine Spectator, USA, 2013

(2008) - Ouro | Gold - Int. Wine Challenge, Austria, 2013

(2005) - 92/100 pts - Wine Anorak by Jamie Goodie, UK, 2010

(34)

22 Fonte: www.quintanova.com

1.5.2 - Gourmet

Como anteriormente mencionado a Quinta Nova dispõe no seu leque de produtos, uma gama gourmet, conforme será apresentada de seguida, dividindo-se em três produtos: Os doces de fruta, os chás e o azeite. Nos casos dos doces de fruta e dos chás, apresenta uma boa diferenciação de produtos.

Doces de Fruta

Os vários doces de fruta (Figura 18) comercializados pela Quinta Nova, conforme se apresenta de seguida, estão diferenciados por diversos sabores e embalados em frascos com capacidade para 250g.

Uva Touriga Nacional

Este doce traduz a força da casta que lhe dá origem. As uvas de Touriga Nacional conferem a este doce um aroma a frutos silvestres, alguma esteva e flores, numa textura macia mas concentrada.

Época de Colheita: Setembro

Figura 16 - Vintage

(35)

23

Uva Tinto Cão

Este doce tem uma textura muito elegante e aromática, baseada em aromas a frutos vermelhos e especiarias conferidos pelas uvas de Tinto Cão.

Época de Colheita: Setembro

Cereja

Este doce produzido com base em 4 variedades de cereja, transmite os aromas genuínos das cerejas que podemos encontrar na região duriense.

Época de Colheita: Junho

Figo

a base deste doce de reduzido açúcar mas com toda a intensidade da fruta.

Época de Colheita: Agosto

Geleia de Marmelo

Os agrestes marmelos durienses dão lugar a uma deliciosa geleia, de uma macieza extrema e reduzida adição de açúcar.

(36)

24 Fonte: www.quintanova.com

Outro dos produtos gourmet comercializados pela Quinta Nova é o azeite, proveniente da região do Douro, disponível em garrafas com uma capacidade de 50 cl.

Azeite

O azeite (Figura 19) na Quinta Nova é fruto de um processo de apanha manual e de uma rigorosa seleção de azeitona (verdeal, cordovil e bical). No final do ano está em condições de maturação ideais. Uma cuidadosa extração a frio permite que o resultado se apresente límpido, de bonita tonalidade, nariz intenso e, sem dúvida, um elegante palato.

Figura 18 - Doces de Fruta

Figura 19 - Quinta Nova Azeite

(37)

25

Para terminar a apresentação dos produtos gourmet, exibem-se os chás, também designado como tisanas (Figura 20). Neste produto pode encontrar-se uma diversificada gama, contabilizando para o efeito, seis diferentes sabores, comercializados em embalagens de 40g.

Chás/Tisanas

Alfazema

As flores da planta Lavandula angustifolia, colhidas em pleno Verão, são usadas para aromatizar açúcares e em pastelaria. Em infusão é usada no combate à ansiedade, insónias e na falta de apetite.

Carqueja

A planta de Chamaespartium tridentatum, colhida em plena floração (Abril), é utilizada para temperar carne, principalmente coelho e caça. A infusão é agradável e tradicionalmente usada para combater tosse, rouquidão e gripes.

Macela Camomila

Chamaemelum nobile é uma planta com flores de um aroma muito agradável, colhidas

em plena floração (Julho). É tradicionalmente usada em infusão como anti-inflamatória, tónica, digestiva e sedativa.

Oliveira

A planta Olea europea, colhida no Inverno, é tradicionalmente usada em infusão como antioxidante e reguladora da pressão arterial, ajudando igualmente no controlo da diabetes e do colesterol.

(38)

26

Urze

Calluna vulgaris é uma planta colhida no início da Primavera e é tradicionalmente

usada em infusão como anti-séptica e para regular a hipertensão arterial, além de ser muito diurética.

Videira

A planta Vitis vinifera, colhida no Outono, é tradicionalmente usada em infusão como protetora de vasos sanguíneos.

Fonte: www.quintanova.com

(39)

27

1.6 CLIENTES

A Quinta Nova é uma empresa em pleno crescimento, tanto a nível nacional como a nível internacional, contando com vários distribuidores por todo o mundo, desde a China na Ásia, EUA e Canadá na América do Norte e Brasil na América do Sul, conforme se pode verificar na tabela abaixo (Tabela 1).

Pode destacar-se entre os distribuidores nacionais, o Garrafinhas, a Garrafeira VIP e a Garrafeira da Restauração. A nível internacional destacam-se os distribuidores Georg Hack, localizado na Alemanha, Guerra & Co, localizado na França, Maritime Wine e VOS Selections ambos localizados nos EUA.

Tabela 1 - Principais Clientes da Empresa

Distribuidores

Europa

Portugal

Armazéns Marvanejo Aromas do Dão, Lda. Casa Gourmet, Lda. Caves do Aeroporto Copo, Lda.

Costa e Sousa

Dourado & Filhos Lda. FGP

Garrafeira da Restauração Garrafeira do Junqueiro Garrafeira VIP

Garrafinhas Mil Pingos, Lda.

Alemanha

BASF SE

Georg Hack - Haus der Guten Weine GmbH & Co. KG

Áustria La Dottoressa Weinhandel & Genuss GmbH Bélgica Kempisch Wijnhuis BVBA

Quinta das Vinhas Dinamarca Det Lille Vinhus ApS

Vinogaudium França Guerra & Co Irlanda O'Briens

(40)

28

Letónia Vina Studija Polónia Dom Wina

Reino Unido Oakley Wine Agencies Suiça COOP

África

Angola À Procura dos cinco sentidos

Moçambique Mercury

Ásia

China

Frompor, S.A ESKI CO., LTD.

Agência Comercial Eurovinhos Rússia CJSC Trade House "AROMA" Singapura Alentasia Pte Ltd

América

do Norte

Canadá

Nobilis Wine Importers Ltd. Buonvini Imports, Ltd

Le Sommelier Inc., Exclusive Wine Agents Société Commerciale Clément Internationale

EUA

Maritime Wine Trading Collective Artisan Vines Distributing Corp, LLC VOS Selections Inc

América

do Sul

Brasil Magnum - Comercio, Importação e Exportação Ltd. Vila de Arouca Importadora

Uruguai Wine Select SRL

(41)

29

1.7 - WINERY HOUSE

8

A Winery House é uma mansão tradicional que está situada em 120 hectares de vinhas do Vale do Douro e foi convertida no primeiro hotel de vinhos em Portugal.

A Quinta Nova Winery House permite compreender o verdadeiro espírito do Vale do Douro observando a vinificação e as atividades agrícolas, descobrindo os locais históricos da propriedade. Os hóspedes poderão participar em provas de vinhos, caminhar pela cénica e tranquila zona rural ou simplesmente relaxar junto à piscina exterior.

Após uma deliciosa refeição acompanhada pelo melhor vinho, os hóspedes poderão descansar no conforto de um dos quartos: Terrace ou Premium.

1.7.1 - Quartos Terrace

São cinco os quartos terrace localizados junto do alpendre exterior (Figura 21), repletos de confortáveis recantos e com acesso independente, de onde se tem uma vista soberba sobre a paisagem.

8 Fonte: www.quintanova.com

(42)

30

1.7.2 - Quartos Premium

Os seis quartos premium respeitam as tradições ancestrais durienses com vários estilos de mobiliário. Todos os quartos têm vistas sobre o rio e sobre os patamares de vinha.

1.8 - CONCEITUS WINERY RESTAURANT

O Conceitus é um espaço especial, onde poderá viver em pleno a harmonização da gastronomia local com os vinhos da propriedade, conforme se ilustra na figura 22.

Pelas mãos do Chefe José Pinto trabalha-se o que a natureza oferece de melhor em cada época do ano, reinterpretando receitas tradicionais durienses.

São vários conceitos de menus, vários espaços e a certeza de uma experiência marcante, diferente todos os dias, na companhia dos melhores vinhos.

Best Wine Tourism Award regressa à Quinta Nova9

O restaurante Conceitus foi o vencedor nacional na categoria de "Restaurantes Vínicos", arrecadando assim, pela quinta vez, este galardão, que se junta aos demais prémios e distinções que este projeto vem conquistando, em nove anos de atividade.

Outros prémios de destaque:

2014 | Melhor Enoturismo | Boa Cama Boa Mesa, pelo Expresso

2014 | Best Wine Centre - Highly Commended, pela Drinks International (UK) 2011 | "One of the 9 must-see wineries in the world", pela American Airlines (USA) 2010 | Best Wine Tourism Award - Experiências Inovadoras

2009 | Global Best Wine Tourism Award - Arte e Cultura

2008 | Best Wine Tourism Award - Arquitetura, Parques e Jardins

9 Fonte: AICEP

(43)

31

2007 | Best Wine Tourism Award - Alojamento 2006 | Enoturismo do Ano, pela Revista de Vinhos

1.9 ENOTURISMO

Enoturismo pode ser designado pelo objetivo de visitar e conhecer adegas, caves e regiões vitivinícolas, sentir o aroma dos vinhos, provar as delícias da gastronomia e poder dialogar com os seus produtores, proporcionando com isso, oportunidades de proceder a iniciativas de marketing para as unidades do sector vitivinícola.

A Quinta Nova Winery House dispõe de várias estruturas, possíveis palcos para momentos memoráveis. Entre jardins, a piscina (Figura 23) ou a esplanada do Wine Bar, o jardim de inverno, a sala de crianças e os locais históricos da propriedade, como miradouro, pomares e as capelas, todos os espaços podem ser o local de

degustação de um bom vinho ou do melhor da gastronomia regional. No que se refere ao enoturismo, dispõe ainda de diversas atividades, entre as quais, winetours, provas de vinho e ainda a fantástica experiência de ser enólogo por um dia.

Winetours e WineShop

Através do winetour, os visitantes conhecem os vinhedos e a adega, datada de 1764, bem como o Atelier do Vinho, a sala de barricas e a garrafeira subterrâneas, onde envelhecem os melhores lotes selecionados pela família Amorim. A visita termina na Sala de Provas com uma prova de vinhos à escolha entre os vinhos Douro e/ou Porto. Qualquer cliente poderá também deslocar-se à loja para adquirir os vinhos da propriedade, os produtos gourmet e outras lembranças locais.

(44)

32

Provas de Vinho

A Quinta Nova dispõe de provas de vinhos da Quinta, em combinações entre Douro e Porto, a partir de 3 vinhos. Tendo a oportunidade de as combinar com acompanhamentos doces ou salgados.

Enólogo por um dia

Após o winetour os turistas terão a oportunidade de experimentar algo único, seguindo de forma acompanhada, todo o processo enológico e criar o seu próprio vinho. A atividade inicia-se com o blending10, seguindo-se o engarrafamento, rolhagem e rotulagem e no final, poderão ter a oportunidade de levar o vinho consigo.

A Quinta Nova, para além das atividades anteriormente referidas, dispõe ainda de outro tipo de atividades menos enquadradas no enoturismo, mas de variada oferta para os seus visitantes, entre as quais:

Circuito Pedestre;

Piqueniques e Apanha de Fruta; Cicloturismo;

Tours de Comboio e Helicóptero; Tours de Barco;

Winecaching.

(45)

33

CAPÍTULO II - ANÁLISE DAS

EXPORTAÇÕES DOS VINHOS

(46)

34

2.1 - A EXPORTAÇÃO DE VINHOS PORTUGUESES

11

A Wines of Portugal é a marca por excelência dos vinhos portugueses no mundo. Foi desenvolvida em 2010 para promover a imagem dos vinhos portugueses nos diversos mercados internacionais.

O vinho português tem conseguido afirmar-se a nível internacional por ser uma proposta única e diferenciadora, baseada na diversidade e singularidade das suas castas e dos seus terroirs, a que se associa uma qualidade muito consistente e uma excelente relação qualidade-preço.

Hoje a reputação internacional dos vinhos Portugueses é inquestionável. As exportações de vinho português demonstram também este dinamismo do sector, visto que registaram um desempenho bastante favorável nos últimos anos, contabilizando a presença da

Wines of Portugal de forma consistente em 4 continentes e 10 mercados estratégicos.

Para isso tem contado com a ViniPortugal12 que aposta na transmissão da mensagem são genuínos e de forte carácter português. Sendo fiéis a um património de mais de 250 castas autóctones, os vinhos portugueses são capazes de proporcionar uma experiência única, pelo modo como tiram partido da diversidade de terroirs e castas portuguesas, quer pelas técnicas, quer pelas pessoas que os elaboram. Na sua diversidade são versáteis e gastronómicos, sendo que, quanto à sua qualidade rivalizam com os melhores do mundo.

Com um investimento anual de 7 milhões de euros serão realizadas mais de 100 ações de promoção dos vinhos portugueses, envolvendo cerca de 350 agentes económicos nacionais. Os E.U.A. e o Brasil continuarão a ser uma grande aposta na promoção dos Vinhos Portugueses, com 41% do orçamento alocado a estes dois países. Os eventos para profissionais e consumidores serão a grande componente de promoção arrecadando mais de 50% do orçamento. Educação (21%) e Comunicação (22%) serão duas outras componentes com bastante peso na promoção.

11 Fonte: http://www.viniportugal.pt

12 ViniPortugal é a entidade responsável por promover a imagem de Portugal, enquanto produtor de vinhos por excelência, valorizando a marca .

(47)

35

É reconhecido que há ainda muito a fazer para reforçar a notoriedade e o valor da marca

Wines of Portugal

o futuro é promissor.

2.1.1 Factos Estatísticos

O sector do vinho contribui para uma grande melhoria da balança comercial, aumentando as suas exportações pelo quinto ano consecutivo, tendo crescido em 1,2% em 2014, face ao ano anterior, fechando o ano com receitas de 728 milhões de euros (Figura 24). No que se refere às importações, estas registaram uma pequena quebra face ao ano anterior.

O espaço comunitário permanece o principal importador de vinhos portugueses, contribuindo para as receitas portuguesas com cerca de 410 milhões de euros (Figura 25), o correspondente a cerca de 54% do total das receitas dos vinhos. Por outro lado, o espaço extracomunitário contribuiu com receitas na ordem dos 318 milhões de euros (Figura 26).

No mercado comunitário a França surge com uma cotação de 12,9% do total, no ano de 2014, registando uma quebra face ao ano anterior. Em relação ao mercado extracomunitário, Angola foi o principal mercado para a exportação vinícola, com 22% do total, registando para o efeito um aumento face ao ano transa-to. Na figura 27 pode ser analisado o respetivo top-10 da exportação vinícola portuguesa.

Os dados estatísticos de seguida apresentados são calculados através da Taxa de Variação Homóloga (TVH), que compara o nível da variável em estudo entre o período de referência corrente e o mesmo período do ano anterior.

(48)

36 Evolução anual 2007/2014 Exportações (1) 595.987 575.966 544.011 614.380 656.918 707.458 719.895 728.763 TVH -3,4% -5,5% 12,9% 6,9% 7,7% 1,8% 1,2% Importações (2) 63.257 80.363 79.099 89.493 81.915 84.435 122.572 118.267 TVH 27,0% -1,6% 13,1% -8,5% 3,1% 45,2% -3,5% Intra + Extra UE 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Fonte: www.ivv.min-agricultura.pt

Figura 25 - Análise das Exportações Intra U.E. dos Vinhos Portugueses (milhões de euros)

Fonte: www.ivv.min-agricultura.pt

Figura 26 - Análise das Exportações Extra U.E. dos Vinhos Portugueses (milhões de euros)

Fonte: www.ivv.min-agricultura.pt Evolução anual 2007/2014 Exportações (1) 392.294 370.980 344.222 386.157 390.988 409.808 406.655 410.165 TVH -5,4% -7,2% 12,2% 1,3% 4,8% -0,8% 0,9% 2009 2010 Intra UE 2007 2008 2011 2012 2013 2014 Evolução anual 2007/2014 Exportações (1) 203.693 204.986 199.789 228.224 265.931 297.650 313.240 318.598 TVH 0,6% -2,5% 14,2% 16,5% 11,9% 5,2% 1,7% 2009 2010 Extra UE 2007 2008 2011 2012 2013 2014

(49)

37

Figura 27 - Análise da Evolução das Exportações de Vinhos Portugueses por País

Fonte: www.ivv.min-agricultura.pt

2.1.2 - Tipos de Vinhos Exportados

13

As exportações dos vinhos portugueses dividem-se em vários tipos, desde os vinhos com Denominação de Origem (D.O.), vinhos com Indicação Geográfica (I.G.), vinhos de mesa, vinhos licorosos e ainda os vinhos espumantes.

Os vinhos com D.O. incluem os vinhos com Denominação de Origem Protegida (D.O.P) e os vinhos com Denominação de Origem Controlada (D.O.C). Os vinhos D.O.P. é uma designação comunitária adotada para designar os vinhos com denominação de origem e que os integra num registo comunitário único e lhes confere proteção com a regulamentação. Os vinhos D.O.C. são vinhos provenientes das regiões produtoras mais antigas e, por isso, sujeitos a legislação própria (características dos solos, castas, vinificação, engarrafamento).

Os vinhos com I.G. são produzidos numa região específica e elaborados com um mínimo de 85% de uvas provenientes dessa região e de castas típicas da região. Estes vinhos são controlados por uma entidade certificadora.

Os vinhos de mesa são os vinhos mais simples de Portugal, não estão sujeitos a nenhuma das normas estipuladas para a qualidade dos vinhos regionais, estes vinhos necessitam de cumprir as disposições nacionais e comunitárias em vigor.

13 Fonte: www.infovini.com / www.clubevinhosportugueses.wordpress.com 2010 2011 2012 2013 2014 FRANCA 19,3% 18,8% 18,0% 16,6% 12,9% ANGOLA 18,5% 20,5% 20,3% 21,1% 22,0% REINO UNIDO 7,3% 6,9% 6,4% 6,6% 7,0% E.U.AMERICA 4,7% 4,2% 4,1% 4,7% 5,6% BELGICA 5,9% 5,1% 4,5% 4,8% 5,0% ALEMANHA 7,7% 6,8% 6,8% 6,5% 8,2% PAISES BAIXOS 6,1% 5,3% 4,9% 4,9% 4,6% CANADA 2,8% 2,5% 2,5% 3,0% 3,2% BRASIL 3,2% 3,1% 2,8% 3,1% 3,4% SUICA 2,6% 2,4% 2,4% 2,8% 3,3%

Intra + Extra UE jan-dez

(50)

38 2010 2011 2012 2013 2014 2010 2011 2012 2013 2014 Vinho com DO 417.001 439.401 439.350 462.474 501.602 15,6% 14,3% 13,0% 15,3% 17,6% Vinho com IG 336.822 396.538 404.536 389.716 394.538 12,6% 12,9% 11,9% 12,9% 13,8% Vinho 1.182.885 1.418.352 1.690.556 1.395.181 1.204.974 44,4% 46,1% 49,9% 46,1% 42,2% Vinho Licoroso 700.206 771.562 768.293 734.953 720.772 26,3% 25,1% 22,7% 24,3% 25,3% Porto 663.100 726.662 728.415 696.590 682.795 24,9% 23,6% 21,5% 23,0% 23,9% Madeira 23.165 27.783 26.123 25.366 23.395 0,9% 0,9% 0,8% 0,8% 0,8% Outros 13.942 17.117 13.754 12.998 14.582 0,5% 0,6% 0,4% 0,4% 0,5%

Vinhos Espumantes e Espumosos 15.546 42.446 28.103 26.960 18.087 0,6% 1,4% 0,8% 0,9% 0,6% Outros Vinhos e Mostos 13.993 10.312 54.876 13.944 12.617 0,5% 0,3% 1,6% 0,5% 0,4%

Total 2.666.454 3.078.610 3.385.714 3.023.228 2.852.590 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% Estrutura (%) jan-dez Intra + Extra UE HL jan-dez

Os vinhos licorosos subdividem-se em Porto, Madeira e outros. Os vinhos licorosos do Porto distinguem-se dos vinhos comuns pelas suas características particulares e enorme diversidade de vinhos, em que surpreende pela riqueza e intensidade de aroma e sabor. Os vinhos da Madeira variam em grau de doçura e graduação alcoólica de acordo com a casta utilizada na sua produção.

Conforme se pode analisar na Figura 28, o volume exportado em litros (HL) tem sido maioritariamente crescente nos vários tipos de vinho, com notoriedade para os vinhos com D.O. e os vinhos com I.G. No que se refere ao valor em euros dos vários tipos de vinhos exportados, os vinhos licorosos surgem em maior destaque, com grande particularidade para os vinhos do Porto (Figura 29).

Fonte: www.ivv.min-agricultura.pt

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39 2010 2011 2012 2013 2014 2010 2011 2012 2013 2014 Vinho com DO 112.079 121.727 126.639 134.521 147.830 18,2% 18,5% 17,9% 18,7% 20,3% Vinho com IG 71.613 88.631 97.880 99.042 100.762 11,7% 13,5% 13,8% 13,8% 13,8% Vinho 125.846 107.623 137.889 140.070 132.104 20,5% 16,4% 19,5% 19,5% 18,1% Vinho Licoroso 295.780 325.297 328.173 333.301 332.557 48,1% 49,5% 46,4% 46,3% 45,6% Porto 280.999 307.581 311.555 316.308 314.310 45,7% 46,8% 44,0% 43,9% 43,1% Madeira 11.488 13.869 12.961 13.268 13.852 1,9% 2,1% 1,8% 1,8% 1,9% Outros 3.293 3.847 3.657 3.725 4.395 0,5% 0,6% 0,5% 0,5% 0,6%

Vinhos Espumantes e Espumosos 7.746 12.149 13.301 10.823 12.878 1,3% 1,8% 1,9% 1,5% 1,8%

Outros Vinhos e Mostos 1.317 1.491 3.575 2.139 2.633 0,2% 0,2% 0,5% 0,3% 0,4%

Total 614.380 656.918 707.458 719.895 728.763 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

Estrutura (%)

Jan - Dez Jan - Dez

Produto

Figura 29 - Tipos de Vinhos Exportados em Valor (Euros)

Fonte: www.ivv.min-agricultura.pt

2.2 - A IMPORTÂNCIA DO MERCADO EXTERNO PARA A

QUINTA NOVA DE NOSSA SENHORA DO CARMO

14

A Quinta Nova, tal como muitas empresas vinícolas portuguesas, tem dado grande importância à exportação dos seus vinhos, com a participação em várias feiras vinícolas dos diversos continentes. Recentemente, a revista do conceituado crítico norte-americano Robert Parker, acabou por integrar três vinhos tintos (grandes reservas de 2011) da empresa na lista devido à sua enorme qualidade.

No ano de 2014 a Quinta Nova reforçou a sua estratégia de vendas em Portugal, E.U.A., e Brasil. Nestas estratégias não foram esquecidos os principais mercados e a Quinta Nova efetuou ainda, uma incursão na América do Sul e de uma forma mais cautelosa na Ásia.

As suas exportações têm vindo a crescer de ano para ano, tanto no mercado comunitário, como no mercado extracomunitário. É certo que a Quinta Nova apenas começou a comercializar os seus produtos em 2005, e o mercado nacional continua a ser o principal mercado para a empresa, com a maior parte do volume de vendas a destacar-se nesdestacar-se mesmo mercado, mas o crescente aumento das exportações é muito significativo para a empresa, para o seu presente, bem como, para as suas ambições futuras.

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40

Total

Mercado Comunitário (U.E.) Mercado Extracomunitário

Mercados 2010 2011 2012 2013 2014

No quadro 1 pode analisar-se o crescente aumento anual das exportações no mercado comunitário e no mercado extracomunitário por parte da Quinta Nova. No respetivo gráfico apresentado pode analisar-se o peso de cada mercado no volume de negócios da empresa, concluindo como anteriormente referido, que o mercado nacional tem uma grande importância para a empresa, com a maior fatia do gráfico a pertencer a este mercado. Por outro lado o mercado externo (intra e extracomunitário) tem uma menor quota, mas continua a crescer ao longo dos anos, assumindo um papel fundamental no futuro da empresa.

Quadro 1 Análise dos Mercados Intra e Extra Comunitário Fonte: QuintaNova

Gráfico 1 - Análise dos Mercados (Quota) Fonte: Elaboração Própria

65% 0% 10% 0% 25% 0% Mercado Nacional Mercado Comunitário (U.E.) Mercado Extracomunitário

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41

CAPÍTULO III ATIVIDADES

DESENVOLVIDAS DURANTE O

(54)

42

Neste capítulo serão apresentadas, de forma discriminada, as atividades desenvolvidas durante o período de estágio curricular na empresa. O estágio decorreu nas áreas de contabilidade, controlos de gestão e processamento de encomendas.

3.1 CONTABILIDADE

3.1.1 - Definição de Contabilidade

objetivo o estudo das modificações do património, evidenciando em qualquer momento a sua composição quantitativa e

qualitativa tornando-se, assim, um prec (Estevão, 2010)

3.1.2 - Sistema de Arquivo de Documentos Contabilísticos

Segundo o nº1 do artigo 52º do Código do Imposto Sobre Valor Acrescentado:

os 10 anos civis subsequentes todos os livros, registos e respetivos documentos de suporte, incluindo, quando a contabilidade é estabelecida por meios informáticos, os relativos à

Apesar de todos os documentos contabilísticos da empresa serem lançados em sistema informático, são também organizados em dossiers. A empresa possui um número interno para documentos de contabilidade, este mesmo número é fornecido através do

Software PHC, onde são efetuados os lançamentos.

Os números internos estão devidamente separados por anos e por meses, de forma a facilitar a sua pesquisa. Estes mesmos números estão organizados sequencialmente e por ordem crescente.

Nesta tarefa o estagiário teve a oportunidade de trabalhar com o sistema de arquivo de documentos, podendo efetuar o seu respetivo arquivo nos dossiers correspondentes, seguindo para isso, a política de arquivo da empresa.

Referências

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