Boletim Mensal de Estatística - Outubro de 2010
2
22
22
Título
Boletim Mensal de Estatística 2010
Editor
Instituto Nacional de Estatística, I.P. Av. António José de Almeida, 2 1000 - 043 LISBOA
PORTUGAL
Telefone: 21 842 61 00 Fax:
21 844 04 01
Presidente do Conselho Directivo
Alda de Caetano Carvalho
Capa e Composição Gráfica
Instituto Nacional de Estatística, IP
ISSN 0032-5082
Periodicidade MensalO INE, I.P. na Internet
www.ine.pt
© INE, I.P. Lisboa · Portugal, 2010 *
A reprodução de quaisquer páginas desta obra é autorizada, excepto para fins comerciais, desde que
mencionando o INE, I.P., como autor, o título da obra, o ano de edição, e a referência Lisboa-Portugal.
201 808
808
Boletim Mensal de Estatística - Outubro de 2010
3
33
33
NOTA INTRODUTÓRIA
Em Abril de 1996, o Fundo Monetário Internacional (FMI) criou o ‘Special Data Dissemination Standard’ (SDDS) visando reforçar a transparência, integridade, actualidade e a qualidade da informação estatística. No âmbito do SDDS é disponibilizada informação sobre: dados macroeconómicos, política de divulgação ao público, política de revisões e metodologias subjacentes à preparação da informação estatística.
Portugal aderiu ao SDDS em Outubro de 1998, podendo ser consultada a informação referente ao nosso país no Dissemination Standard Bulletin Board’ do FMI, acessível na Internet – http://dsbb.imf.org
Em articulação com o calendário de divulgação estabelecido no SDDS, igualmente disponível no referido endereço da Internet, o Instituto Nacional de Estatística publica, em primeira mão, na Internet - www.ine.pt as relevantes estatísticas de Preços no Consumidor, Índice de Preços na Produção Industrial, Comércio Internacional e Estimativas da População Residente.
A informação estatística abrangida pelo SDDS relativa a Portugal é compilada pelo Ministério das Finanças, pelo Instituto Nacional de Estatística, pela Bolsa de Valores de Lisboa e pelo Banco de Portugal.
SINAIS CONVENCIONAIS
…
Valor confidencial
x
Valor não disponível
ԥ
Valor inferior a metade do módulo da unidade utilizada
//
Não aplicável
ŏ
Quebra de série/comparabilidade
f
Valor previsto
Pe
Valor preliminar
Po
Valor provisório
Rc
Valor rectificado
Rv
Valor revisto
Boletim Mensal de Estatística - Outubro de 2010
5
55
55
ÍNDICE
Capítulo 1. Destaques ...7
1.1 - Síntese de Destaques ... 9
Capítulo 2. Contas Nacionais Trimestrais ... 23
2.1 - Contas nacionais trimestrais ... 25
2.2 - Contas nacionais trimestrais ... 26
Capítulo 3. População e Condições Sociais ... 27
3.1 - Movimento da população ... 29
3.2 - Óbitos por causa de morte (CID-10 - lista europeia sucinta) e sexo, segundo o mês do falecimento ... 30
3.3 Segurança social no âmbito dos centros regionais de segurança social e instituições similares (a)
-Número de processamentos e valor dos benefícios, por objectivos e tipos de prestações ... 32
Evolução do número de beneficiários das principais prestações da Segurança Social ... 32
3.4 - População total, activa, empregada e desempregada ... 33
3.5 - População empregada por situação na profissão e sector de actividade ... 33
Evolução da taxa de desemprego ... 34
3.6 - População desempregada por procura de 1º e novo emprego, duração da procura e sector da última
actividade dos desempregados (novo emprego) ... 34
3.7 - Índice de preços no consumidor ... 35
Índice de preços no consumidor - Variações homóloga e média dos últimos 12 meses ... 35
3.8 - Exibição de cinema - Sessões, espectadores e receitas por regiões ... 36
Total de sessões efectuados ... 36
3.9 - Exibição de cinema - Sessões, espectadores e receitas segundo o país de origem ... 37
Total de espectadores ... 37
Capítulo 4. Agricultura, Produção Animal e Pesca ... 39
4.1 - Estado das culturas e previsão das colheitas ... 41
Avicultura industrial - Produção de carne de frango ... 41
4.2 - Produção animal - Abate de gado ... 42
Abate de Gado - Peso limpo - Portugal ... 42
4.3 - Produção animal - Avicultura industrial ... 43
4.4 - Produção animal - Leite de vaca e produtos lácteos obtidos ... 43
Pesca descarregada - Preço médio - Portugal ... 43
4.5 - Pesca descarregada ... 44
4.6 - Preços mensais no produtor de alguns produtos vegetais ... 45
4.7 - Preços mensais no produtor de alguns animais e produtos animais ... 46
Recolha de leite de vaca ... 46
Capítulo 5. Indústria e Construção... 47
5.1 - Índice de produção industrial ... 49
5.2 - Índice de volume de negócios na indústria ... 50
5.3 - Índice de emprego na indústria ... 51
5.4 - Inquéritos de conjuntura à indústria transformadora ... 52
5.5 - Licenciamento de obras ... 53
5.6 - Obras concluídas ... 54
5.7 - Inquéritos de conjuntura à construção e obras públicas ... 55
5.8 - Índice de preços na produção industrial ... 56
5.9 - Taxas de juro implícitas no crédito à habitação ... 57
5.10 - Taxa de juro implícita no crédito à habitação - total, regimes geral, bonificado, bonificado jovem e não
jovem - suportada pelo Mutuário e pelo Estado ... 57
Boletim Mensal de Estatística - Outubro de 2010
6
66
66
5.12 - Capital médio em dívida, prestação média e respectivas componentes no crédito à habitação, por período
de celebração dos contratos ... 58
5.13 - Capital médio em dívida, prestação média e respectivas componentes no crédito à habitação - regime
bonificado total, jovem e não jovem ... 58
5.14 - Capital médio em dívida, prestação média e respectivas componentes no crédito à habitação - regime
geral por destino de financiamento ... 59
5.15 - Operações sobre imóveis ... 60
Capítulo 6. Comércio Interno e Internacional ... 63
6.1 - Inquéritos de conjuntura ao comércio ... 65
6.2 - Índice de volume de negócios no comércio a retalho ... 66
6.3 - Venda de veículos automóveis por países de origem ... 67
Veículos ligeiros de passageiros (inclui veículos Todo-o-terreno) e comerciais ... 67
6.4 - Evolução do comércio internacional ... 68
6.5 - Comércio Internacional - Entrada de bens (CIF) por principais parceiros comerciais ... 69
Comércio internacional -Entrada e saída de bens por principais parceiros comerciais ... 69
6.6 - Comércio Internacional - Saída de bens (FOB) por principais parceiros comerciais ... 70
6.7 - Comércio internacional - Entrada de bens (CIF) por grupos de produtos ... 71
6.8 - Comércio internacional - Saída de bens (FOB) por grupos de produtos ... 71
6.9 - Comércio intracomunitário - Chegada de bens (CIF) por grupos de produtos ... 72
6.10 - Comércio intracomunitário - Expedição de bens (FOB) por grupos de produtos ... 72
6.11 - Comércio com países terceiros - Importações (CIF) por grupos de produtos ... 73
6.12 - Comércio com países terceiros - Exportações (FOB) por grupos de produtos ... 73
Capítulo 7. Serviços ... 75
7.1 - Transportes ferroviários ... 77
7.2 - Transportes fluviais ... 77
7.3 - Transportes marítimos ... 78
Movimento de mercadorias no Continente e Região Autónoma da Madeira ... 79
7.4 - Transportes aéreos ... 80
7.5 - Preço médio por dormida nos estabelecimentos hoteleiros, segundo a NUTS ... 81
7.6 - Dormidas nos estabelecimentos hoteleiros, por países de residência ... 82
Dormidas nos estabelecimentos hoteleiros ... 83
7.7 - Hóspedes nos estabelecimentos hoteleiros, segundo a NUTS ... 83
7.8 - Dormidas nos estabelecimentos hoteleiros, segundo a NUTS ... 83
7.9 - Proveitos totais nos estabelecimentos hoteleiros segundo a NUTS ... 84
7.10 - Proveitos de aposento nos estabelecimentos hoteleiros, segundo a NUTS ... 84
Proveitos nos estabelecimentos hoteleiros ... 84
Capítulo 8. Finanças e Empresas ... 85
8.1 - Constituição de pessoas colectivas por escritura pública, segundo a forma jurídica ... 87
8.2 - Dissolução de pessoas colectivas por escritura pública, segundo a forma jurídica ... 88
8.3 - Constituição de pessoas colectivas por escritura pública, segundo a forma de constituição ... 89
Saldo de constituição e dissolução - Pessoas colectivas ... 89
Capítulo 9. Comparações Internacionais ... 91
Boletim Mensal de Estatística - Outubro de 2010
9
99
99
Os textos integrais dos Destaques podem ser consultados nos Serviços de Documentação do Instituto Nacional de
Estatística e no Portal do INE – (www.ine.pt).
Registe-se que, na data de publicação deste Boletim, o INE poderá já ter divulgado dados mais recentes em
algumas das áreas aqui abordadas (também disponíveis no Portal do INE).
1.1 - Síntese de Destaques
divulgados pelo INE entre 14-10-10 e 11-11-10
Actividade Turística – Setembro de 2010
No período de Janeiro a Setembro de 2010, a hotelaria apresentou 10,7 milhões de hóspedes e 30,4
milhões de dormidas, resultados que representam crescimentos de 5,1% e 2,7% respectivamente, quando
comparados com os de igual período de 2009.
No mês de Setembro, os estabelecimentos hoteleiros alojaram 1,5 milhões de hóspedes que
contribuíram com 4,3 milhões de dormidas, equivalendo a acréscimos homólogos de 9,1% e 7,8%,
respectivamente.
Por tipo de estabelecimento, verifica-se que os maiores aumentos das dormidas, face ao período homólogo,
ocorreram nas pousadas (+16,1%), nos hotéis (+11,4%) e nos hotéis-apartamentos (+9,5%). Para os
resultados positivos destes últimos contribuíram as unidades de quatro e cinco estrelas (ambas com
acréscimos superiores a 20%), enquanto que nos hotéis se observaram crescimentos em todas as
categorias, de maior importância nas de cinco estrelas (+25,6%).
Os residentes registaram 1,4 milhões de dormidas e os não residentes 2,9 milhões, correspondendo ambos
a variações homólogas positivas de 7,8%.
O grupo dos principais mercados emissores, que representava mais de 70% das dormidas de não
residentes, revelou um desempenho maioritariamente positivo relativamente ao período homólogo, com
aumentos superiores a 10% para os mercados britânico e alemão, seguindo-se o italiano e o holandês
(+5,4% e +4,7%, respectivamente). O mercado espanhol manteve-se estável (+0,3%), enquanto que o
francês e o irlandês revelaram uma evolução negativa, com decréscimos próximos dos 5% para ambos.
A desagregação regional do total de dormidas revela crescimentos homólogos em todas as regiões, à
excepção da Madeira (-3,1%). Os Açores apresentaram o maior aumento (+18,4%), enquanto que no
Continente se destacaram as regiões Alentejo, Algarve e Lisboa, com acréscimos superiores ao do total do
país.
Nos Açores verificou-se um aumento importante do mercado interno (+14,2%), em parte relacionado com a
realização, na Ilha de S. Miguel, da cerimónia de “Declaração das 7 Maravilhas Naturais de Portugal”.
Observou-se igualmente um aumento da procura por parte de alguns dos principais mercados emissores da
região, nomeadamente o alemão (+15,3%) e o dinamarquês (+12,2%).
Também no Algarve se observou um crescimento homólogo dos residentes (+17,2%) e de alguns dos seus
principais mercados, principalmente o espanhol (+21,6%) e o alemão (+19,6%). Para os resultados globais
positivos da região, contribuíram não só o aumento da procura (embora em comparação com os resultados
muito negativos do período homólogo), mas também o aumento da oferta turística, com a inauguração de
novas unidades ou reinício de actividade de estabelecimentos encerrados temporariamente.
Em Setembro, a taxa de ocupação nos estabelecimentos hoteleiros foi de 50,6%, superior à observada no
mesmo mês do ano anterior em 2,3p.p..
Os Açores apresentaram o maior aumento na taxa de ocupação (+7,8 p.p.), seguindo-se o Algarve (+3,5
p.p.) e Lisboa (+3,0 p.p.).
Na Madeira, pelo contrário, observou-se uma redução nos níveis de ocupação de 1,6 p.p..
As pousadas registaram o maior aumento nas taxas de ocupação (+8,3 p.p.) relativamente a Setembro de
2009. As estalagens, os motéis e os hotéis apresentaram igualmente crescimentos superiores ao do total do
país.
A estada média foi de 2,9 noites, ligeiramente inferior à do mês homólogo. As regiões com os valores mais
elevados da estada média foram a Madeira, o Algarve e os Açores. Os apartamentos e aldeamentos
turísticos foram os estabelecimentos que, em média, apresentaram as maiores estadias (superiores a cinco
noites).
No mês de Setembro a hotelaria apresentou 208,2 milhões de euros de proveitos totais e 145,2 milhões de
proveitos de aposento, valores que representam variações homólogas positivas de 6,6% e 7,8%,
respectivamente.
O Algarve e os Açores apresentaram os melhores resultados, com crescimentos homólogos próximos dos
15%. O Alentejo e a Madeira registarm quebras nos proveitos.
Boletim Mensal de Estatística - Outubro de 2010
10
10
10
10
10
As regiões que mais cresceram em termos de rentabilidade média por quarto foram os Açores e o Algarve
(+16,2% e +10,4%, respectivamente). Lisboa, Alentejo e Madeira apresentam tendência contrária, com
decréscimos homólogos de cerca de 2%.
A evolução do Rev Par revela que os apartamentos turísticos e as pousadas apresentaram os maiores
aumentos homólogos (+21,0% e +18,6%, respectivamente). Pelo contrário, os motéis e os
hotéis-apartamentos decresceram, com destaque para os hotéis hotéis-apartamentos de cinco estrelas que revelaram
uma quebra de 15,8%.
No período de Janeiro a Setembro, os estabelecimentos hoteleiros registaram 1477,2 milhões de euros de
proveitos totais e 1011,5 milhões de proveitos de aposento, correspondendo a variações homólogas
positivas de 3,8% e 4,1%, respectivamente.
O rendimento médio por quarto atingiu 31€, superior ao do período homólogo (Janeiro a Setembro de 2009)
em 2,0%.
Estatísticas do Comércio Internacional – Setembro de 2010
Comércio Internacional – Saídas aumentam 14,6% e Entradas 4,0%
No terceiro trimestre de 2010, as saídas de bens registaram face ao período homólogo (Julho a Setembro
de 2009) um aumento de 14,6% e as entradas de 4,0%, determinando um desagravamento do défice da
balança comercial em 645,7 milhões de euros.
Comércio Internacional
No terceiro trimestre de 2010, as saídas de bens registaram um aumento de 14,6% e as entradas de 4,0%,
face ao período homólogo do ano anterior. A taxa de cobertura foi de 67,7%, determinando uma melhoria de
6,2 p.p. face à taxa registada no período homólogo do ano anterior.
Comércio Intracomunitário
Em Setembro de 2010, o Comércio Intracomunitário inverte, na chegada, a tendência do mês anterior,
apresentando um decréscimo de 2,5% em termos homólogos. Na expedição a taxa de variação homóloga
apresenta um crescimento positivo de 12,5%.
Em termos mensais (Setembro de 2010 face a Agosto de 2010), as chegadas registaram um aumento de
23,3% e as expedições de 33,2%.
Comércio Extracomunitário
No que respeita aos dados mensais do Comércio Extracomunitário, em Setembro de 2010 as importações
registaram um aumento de 11,4% e as exportações de 17,1%, face aos valores registados em Setembro de
2009.
Em termos mensais (Setembro de 2010 face a Agosto de 2010), as importações registaram uma diminuição
de 4,6% (maioritariamente em resultado do acréscimo dos combustíveis minerais), e as exportações um
aumento de 14,0%, para o qual contribuíram produtos como os aparelhos e material eléctrico, material de
transporte, produtos químicos e bebidas.
Grandes Categorias Económicas
No terceiro trimestre de 2010, face a igual período do ano anterior, destacam-se os acréscimos nas
entradas dos Combustíveis e lubrificantes (+18,3%) e de Fornecimentos industriais (+14,0%).
Do lado das saídas, para o mesmo período, destacam-se os aumentos nas categorias de Fornecimentos
industriais (+26,3%), de Combustíveis e lubrificantes (+25,9%) e de Material de transporte e acessórios
(+22,0%).
Índice de Custos de Construção de Habitação Nova e Índice Preços de Manutenção e Reparação
Regular da Habitação – Setembro de 2010
Variação homóloga do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova mantém-se.
Índice de Preços de Manutenção e Reparação Regular da Habitação diminui ligeiramente.
Em Setembro de 2010, o índice de custos de construção de habitação nova no Continente registou uma
variação homóloga de 2,5%, taxa idêntica à verificada em Agosto. O índice de preços de manutenção e
reparação regular da habitação, no Continente, apresentou uma variação homóloga de 1,2% (1,3% no mês
anterior).
1.Índice de Custos de Construção de Habitação Nova
O índice de custos de construção de habitação nova, no Continente, registou uma variação de 2,5% em
Setembro face ao mesmo período do ano anterior, aumento idêntico ao verificado nos últimos 4 meses.
Boletim Mensal de Estatística - Outubro de 2010
11
11
11
11
11
Este comportamento foi determinado pelas evoluções de sentido contrário das componentes de Materiais,
que registou uma variação homóloga de 1,6% (1,3% em Agosto), e de Mão-de-Obra, que aumentou 3,3%
(3,4% em Agosto). A taxa de variação média dos últimos 12 meses foi de 1,6%, aumentando 0,4 p.p. face à
observada no mês anterior. Por tipo de construção, a variação homóloga do índice relativo a Apartamentos
registou um aumento de 0,2 p.p., fixando-se a respectiva taxa em 2,6%, enquanto a variação da
componente Moradias se manteve inalterada relativamente ao observado no mês anterior (2,5%).
2. Índice de Preços de Manutenção e Reparação Regular da Habitação
O índice de preços de manutenção e reparação regular da habitação, no Continente, apresentou uma taxa
de variação homóloga de 1,2% em Setembro, ligeiramente inferior ao valor observado em Agosto (1,3%). A
variação da componente Produtos registou um acréscimo de 0,5 p.p. relativamente ao mês anterior para
2,3%, enquanto a variação da componente Serviços diminuiu 0,5 p.p., situando-se em 0,3%. A variação
média dos últimos doze meses fixou-se em 0,8%, menos 0,1 p.p. que a observada no mês anterior. Em
Setembro de 2010, as regiões Norte, Alentejo e Algarve registaram taxas de variação homóloga inferiores
às observadas em Agosto em 0,3 p.p., 0,7 p.p. e 0,2 p.p., respectivamente. Nas regiões do Centro e de
Lisboa verificaram-se taxas superiores em 0,1 p.p. e em 0,3 p.p. por esta ordem. A região do Centro
destacou-se por apresentar a taxa de variação homóloga mais elevada (2,9%), superando a taxa média
registada no Continente, tal como as regiões do Alentejo e do Algarve.
Índice de Novas Encomendas na Indústria – Setembro de 2010
Novas Encomendas na Indústria aumentam
Em Setembro de 2010 as novas encomendas recebidas na indústria aumentaram 6,5% em termos
homólogos (5,3% em Agosto). O mercado externo registou uma variação de 21,1% (21,9% no mês
precedente), enquanto as encomendas oriundas do mercado nacional diminuíram 6,9% (variação de -9,8%
em Agosto).
Total
Em Setembro de 2010, o valor das novas encomendas recebidas pelas empresas industriais aumentou
6,5%, resultado superior em 1,2 pontos percentuais (p.p.) ao observado no mês precedente. O mercado
externo foi o que mais contribuiu para a variação homóloga do índice total ao registar um aumento de 21,1%
(21,9% em Agosto). Por outro lado, o mercado nacional apresentou uma variação menos negativa que no
mês anterior, passando de -9,8% em Agosto para -6,9% em Setembro. O agrupamento de Bens
Intermédios registou a única taxa de variação positiva em Setembro, 21,2% (20,4% no mês anterior), dando
origem a um contributo de 9,6 p.p. para a variação do índice total. O agrupamento de Bens de Investimento
diminuiu 8,7% (-11,8% no mês precedente) contribuindo com -3,1 p.p. para a variação do índice agregado.
As encomendas do agrupamento de Bens de Consumo diminuíram 0,5%, quando em Agosto tinham
aumentado 1,7%.
Mercado Nacional
Em Setembro, as novas encomendas recebidas na indústria provenientes do mercado nacional
apresentaram uma variação homóloga de -6,9% (-9,8% no mês anterior). O contributo negativo mais
influente para a variação do índice do mercado nacional voltou a ser dado pelo agrupamento de Bens de
Investimento, -10,4 p.p., resultante de uma diminuição de 28,0% (variação de -32,7% em Agosto). O
agrupamento de Bens Intermédios registou, em termos homólogos, um aumento de 10,5% (8,6% no mês
anterior), do qual resultou um contributo de 4,8 p.p. para a variação do índice agregado. O agrupamento de
Bens de Consumo apresentou uma variação de -7,9%, superior em 0,3 p.p. à observada no mês
precedente.
Mercado Externo
Em termos homólogos, o valor das novas encomendas recebidas pelas empresas industriais com origem no
mercado externo aumentou 21,1% em Setembro (21,9% no mês anterior).
Todos os grandes agrupamentos industriais registaram variações homólogas positivas, tendo os de Bens
Intermédios e os de Bens de Investimento apresentado os contributos mais influentes para a variação do
índice agregado (14,9 p.p. e de 4,9 p.p., respectivamente). Estes dois agrupamentos apresentaram
aumentos de 33,2% e de 15,0% (34,1% e 14,2% em Agosto), respectivamente. A variação do agrupamento
de Bens de Consumo fixou-se em 5,7%, 4,1 p.p. inferior à verificada no mês precedente.
Boletim Mensal de Estatística - Outubro de 2010
12
12
12
12
12
Índice de Preços no Consumidor – Outubro de 2010
Taxa de variação homóloga do IPC situou-se em 2,3%
Em Outubro de 2010, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) registou uma taxa de variação homóloga de
2,3%, 0,4 pontos percentuais (p.p.) superior ao valor registado em Setembro. Excluindo do IPC a energia e
os bens alimentares não transformados, a taxa de variação homóloga foi 0,9%, mais 0,3 p.p. que a
observada no mês anterior para o mesmo agregado. A variação mensal do IPC situou-se em 0,4% (0,2%
em Setembro de 2010 e nula em Outubro de 2009). A variação média dos últimos doze meses foi 0,9%
(0,6% em Setembro).
O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português registou uma taxa de variação
homóloga de 2,3%, 0,3 p.p. maior que o valor de Setembro e 0,4 p.p.
superior à estimada pelo Eurostat
para a área do Euro. A taxa de variação mensal do IHPC situou-se em 0,3%, enquanto a taxa de variação
média dos últimos doze meses aumentou 0,3 p.p., para 0,9%.
Índices de Preços na Produção Industrial – Setembro 2010
Índice de Preços na Produção Industrial acelera.
Em Setembro, o Índice de Preços na Produção Industrial registou uma taxa de variação homóloga de 4,4%,
superior em 0,5 pontos percentuais à observada em Agosto. As variações, mensal e média dos últimos 12
meses, situaram-se em 0,2% e 2,1%, respectivamente. Na secção das Indústrias Transformadoras a
variação foi 4,0% em termos homólogos e 0,3% em termos mensais. A variação média dos últimos 12
meses desta secção fixou-se em 1,7%.No 3º trimestre de 2010, a variação homóloga do índice total foi 4,2%
(4,0% no trimestre anterior).
Variação homóloga
O índice de preços na produção industrial apresentou, em Setembro, uma taxa de variação homóloga de
4,4%. Esta taxa foi superior em 0,5 pontos percentuais (p.p.) ao registado no mês anterior, tendo todos os
agrupamentos contribuído positivamente para esse resultado. Excluindo o agrupamento de Energia, a
variação homóloga do índice total situou-se em 2,2% (1,8% no mês precedente). Os agrupamentos que
mais contribuíram para a variação do índice total foram os de Energia e de Bens Intermédios, com 2,9 p.p. e
1,2 p.p. respectivamente, decorrentes de taxas de variação homóloga de 9,8% e de 4,5% (8,8% e 4,0% em
Agosto). A taxa de variação homóloga da secção das Indústrias Transformadoras situou-se em 4,0%,
superior em 0,7 p.p. à observada no mês anterior. Esta secção contribuiu com 3,2 p.p. para a variação do
índice total. Excluindo a divisão da Fabricação de coque, produtos petrolíferos refinados e de aglomerados
de combustíveis, a variação homóloga desta secção situou-se em 2,2% (1,8% em Agosto). A secção de
Electricidade, Gás, Vapor, Água Quente e Fria e Ar Frio registou uma variação homóloga de 6,7% pelo
terceiro mês consecutivo. As secções de Captação, Tratamento e Distribuição de Água; Saneamento,
Gestão de Resíduos e Despoluição e das Indústrias Extractivas apresentaram taxas de variação homóloga
de 5,5% e de 0,5% (5,3% e 1,0% em Agosto), respectivamente. No 3º trimestre de 2010, a taxa de variação
homóloga do índice de preços na produção industrial situou-se em 4,2% (4,0% no 2º trimestre). O
agrupamento de Energia, com um contributo de 2,9 p.p., associado a uma taxa de variação homóloga
trimestral de 9,8% (11,2% no 2º trimestre de 2010), foi o que mais influenciou a variação do índice total. A
secção das Indústrias Transformadoras registou, neste trimestre, uma variação de 3,7%, inferior em 0,4 p.p.
à verificada no trimestre anterior.
Variação mensal
Em Setembro, o índice de preços na produção industrial apresentou uma taxa de variação mensal de 0,2%
(-0,3% em igual mês do ano precedente), inferior em 0,1 p.p. à registada em Agosto. Os principais
contributos para esta variação foram dados pelos agrupamentos de Bens Intermédios e de Bens de
Consumo, respectivamente de 0,2 p.p. e de 0,1 p.p., em resultado de taxas de variação mensal de 0,6% e
de 0,2% (0,1% e -0,1% em Setembro de 2009), pela mesma ordem. As taxas de variação mensal dos
restantes agrupamentos foram nulas. Por secções, a variação do índice total foi determinada pelo contributo
das Indústrias Transformadoras (0,2 p.p.), em resultado de uma taxa de variação mensal de 0,3% (-0,3%
em Setembro de 2009). O índice da secção de Captação, Tratamento e Distribuição de Água; Saneamento,
Gestão de Resíduos e Despoluição aumentou 0,1% (variação simétrica à registada no mesmo mês do ano
anterior). As restantes secções registaram variações mensais nulas.
Variação média nos últimos 12 meses
A taxa de variação média nos últimos 12 meses situou-se em 2,1%, superior em 0,8 p.p. à observada em
Agosto. Face ao mês anterior, todos os agrupamentos registaram acréscimos das taxas de variação média,
verificando-se os mais intensos nos agrupamentos de Energia e de Bens Intermédios (1,7 p.p. e 1,0 p.p.),
Boletim Mensal de Estatística - Outubro de 2010
13
13
13
13
13
fixando-se as respectivas taxas de variação em 7,8% e 0,4%. Por secções, a taxa de variação média das
Indústrias Transformadoras situou-se em 1,7%, valor superior em 1,0 p.p. à observada em Agosto. As
secções de Electricidade, Gás, Vapor, Água Quente e Fria e Ar Frio e das Indústrias Extractivas registaram
taxas de variação média de 3,9% e de 0,2%, superiores em 0,2 p.p. e 0,1 p.p., respectivamente, quando
comparadas com o mês precedente. A secção de Captação, Tratamento e Distribuição de Água;
Saneamento, Gestão de Resíduos e Despoluição registou uma taxa de variação média de 6,4%, inferior em
0,1 p.p. face à observada em Agosto.
Índices de Produção, Emprego e Remunerações na Construção – Setembro de 2010
Produção na Construção mantém tendência negativa.
A produção na construção apresentou em Setembro de 2010 uma variação de -8,0% em termos homólogos,
0,2 pontos percentuais inferior ao valor observado no período concluído em Agosto. Comparando com o
mesmo mês do ano anterior, o emprego e as remunerações diminuíram 7,7% e 5,8%, respectivamente.
Produção
Em Setembro a produção na Construção registou uma variação homóloga de -8,0% (-7,8% no trimestre
concluído em Agosto). Ambos os segmentos continuaram a apresentar variações negativas, tendo sido o de
Engenharia Civil a influenciar o agravamento do índice total ao registar uma variação homóloga de -4,5%
em Setembro (-3,9% em Agosto). O segmento de Construção de Edifícios apresentou uma variação
homóloga idêntica à observada em Agosto (-11,8%) contribuindo com -5,7 p.p. para a variação do índice
agregado. A taxa de variação média nos últimos 12 meses fixou-se em -8,4% (-8,1% em Agosto). A
Construção de Edifícios apresentou uma variação média anual de -11,9% (-11,7% no período anterior),
enquanto a Engenharia Civil registou uma variação média de -5,0% (-4,7% em Agosto).
Emprego
O emprego no sector da Construção diminuiu 7,7% em termos homólogos, inferior em 0,4 p.p. ao observado
em Agosto. Quando comparado com o mês anterior, o emprego registou uma diminuição de 0,7% (variação
de -0,3% em Setembro de 2009). A taxa de variação média nos últimos 12 meses situou-se em -7,7%,
superior em 0,1 p.p. em relação à verificada em Agosto.
Remunerações
Em termos homólogos, as remunerações efectivamente pagas, pelo sector da construção, diminuíram 5,8%
(-6,1% em Agosto). Face ao mês anterior, as remunerações apresentaram uma redução de 2,4% (-2,7% em
Setembro de 2009). A taxa de variação média nos últimos 12 meses fixou-se em -5,8% (-6,3% no mês
anterior).
Índices de Produção Industrial – Setembro de 2010
Produção Industrial diminui
(*).Em Setembro, o índice de produção industrial apresentou uma variação homóloga de -2,4%, após a
variação nula observada em Agosto. A variação homóloga da secção das Indústrias Transformadoras
situou-se em -1,9% (1,2% no mês anterior). No 3º trimestre de 2010, o índice total registou uma variação de
-0,4% face ao período homólogo (2,5% no trimestre anterior).
Variação homóloga
Em Setembro, o índice de produção industrial registou uma taxa de variação de -2,4%. Em Agosto a
variação homóloga tinha sido nula.
O agrupamento de Bens Intermédios registou a única taxa de variação positiva (1,2%), dando origem a um
contributo de 0,4 pontos percentuais (p.p.) para a variação do índice agregado. Dos restantes
agrupamentos destaca-se o de Bens de Investimento que passou de uma variação homóloga de 3,0% em
Agosto, para -10,1% em Setembro, contribuindo com -1,1 p.p. para a variação do índice agregado. O
agrupamento de Energia apresentou um contributo de igual valor, resultante de uma variação homóloga de
-5,5% (-3,7% no mês anterior).
A variação homóloga da secção das Indústrias Transformadoras situou-se em -1,9% (1,2% em Agosto) e
deu origem ao contributo mais significativo para a variação negativa do índice total (-1,6 p.p.). A secção de
Electricidade, Gás, Vapor, Água Quente e Fria e Ar Frio registou uma taxa de variação de -3,4%, menos
negativa em 3,2 p.p. que a observada no mês anterior. Ainda assim, esta secção apresentou o segundo
contributo mais influente para a variação do índice agregado (-0,5 p.p.).
Boletim Mensal de Estatística - Outubro de 2010
14
14
14
14
14
Variação mensal
Em Setembro a variação mensal do índice de produção industrial situou-se em -4,8% (aumento de 3,9% em
Agosto).
Todos os Grandes Agrupamentos Industriais contribuíram negativamente para a variação mensal do índice
(*) Ajustada de efeitos de calendário e da sazonalidade (ver notas explicativas)