2009
CÂMARA AMERICANA DE COMÉRCIO
AMCHAM BRASIL
RELATÓRIO SOBRE A AGÊNCIA
NACIONAL DE VIGILÂNCIA
Este documento foi elaborado com a colaboração de membros da Força Tarefa de Marcos Regulatórios e
de seu Sub-Grupo ANVISA da Amcham. Agradecemos aos participantes, que muito contribuíram para a
realização deste trabalho com suas análises, idéias e sugestões.
Presidente do Conselho
Alexandre Silva
Board Champion
Mickey Peters
Presidente da Força Tarefa de Marcos Regulatórios
Fernando Pinheiro
Coordenador da Força Tarefa ANVISA
Rodrigo Correa da Silva
Amcham – Staff
CEO
Luiz Gabriel Cepeda Rico
Gerente de Relações Governamentais
Eduardo Fonseca
Responsável pela Pesquisa e Elaboração do Relatório 2009
Fernanda Murachovsky
Diagramação
Konsept design & projetos
Capa
Laís Svingal
NOTA INTRODUTÓRIA
São Paulo, setembro de 2009
Há praticamente uma década o Brasil passa por um processo de reestruturação visando a crescer num
mundo de economia globalizada. O País adotou um modelo para a ampliação da sua infra-estrutura que
prevê a participação de capitais privados e, para tanto, precisa garantir essa participação, assegurando um
ambiente regulatório adequado para atrair e manter investimentos. Dessa forma, faz-se necessário que as
agências reguladoras cumpram seu papel.
A Amcham- Câmara Americana de Comércio para o Brasil, entende que as agências reguladoras
devem atuar com independência política e autonomia fi nanceira. Para isso, é fundamental que sejam
lideradas por direções tecnicamente qualifi cadas, que ajam com transparência e seriedade no objetivo de
promover a efi ciência em sua função reguladora e respeitem o atendimento ao setor privado e a proteção
ao consumidor. Tais características são peças fundamentais para a criação de um ambiente regulatório
saudável que permita, entre outras coisas, o investimento de longo prazo.
O presente estudo dá continuidade ao trabalho iniciado em 2005 no exame da ANVISA sob a ótica
do setor regulado. Este trabalho foi desenvolvido pelo subgrupo ANVISA da Força Tarefa de Agências
Re-guladoras da Amcham, constituído por colaboradores voluntários, que atuam junto à Agência desde sua
criação na qualidade de advogados, consultores e representantes de empresas dos setores de (1)
Alimen-tos; (2) MedicamenAlimen-tos; (3) Produtos para saúde; (4) Cosméticos; (5) Saneantes; (6) Insumos Farmacêuticos;
e que buscam participar ativamente da construção da regulação.
Estabelecida em 1919, a Amcham é uma entidade sem fi ns lucrativos, com atuação independente
dos governos brasileiro e americano. É a maior associação binacional da América Latina e a maior Câmara
de Comércio fora dos Estados Unidos. Reúne aproximadamente 5.200 empresas associadas em 11
unida-des: Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Ribeirão Preto, São Paulo,
Salvador e Uberlândia. Das empresas associadas, 80% tem capital nacional e 20% são multinacionais. A
missão da Amcham é servir seus associados infl uenciando construtivamente políticas públicas no Brasil e
nos Estados Unidos, promovendo o comércio, o investimento e a cidadania empresarial.
Para a realização deste estudo, ouvimos, durante o mês de maio e junho de 2009, os principais
agen-tes envolvidos: empresas e associações ligadas ao mercado regulado pela ANVISA.
Eduardo Fonseca
INDEX
NOTA INTRODUTÓRIA ... 3
SUMÁRIO EXECUTIVO ... 5
Medicamentos ... 5
Alimentos ... 5
Saneantes ... 6
Insumos ... 6
Cosméticos ... 6
Produtos para saúde ... 6
B. Objetivos e Metodologia do Trabalho ... 7
C. INTRODUÇÃO ... 9
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA ... 9
C.1
Histórico ... 9
C.2
Estrutura organizacional ... 11
C.3
Processo decisório ... 12
C.4
Finalidade institucional ... 12
Missão ... 13
Valores ... 13
Visão ... 14
D. PERCEPÇÃO: ANÁLISES DAS RESPOSTAS ... 15
D.1
Medicamentos ... 15
D.2
Alimentos ... 45
D.3
Saneantes ... 73
D.4
Insumos ... 101
D.5
Cosméticos ... 125
D.6
Tecnologia e Produtos para saúde ... 151
ANEXO I - Questionário ... 187
PREÂMBULO ... 187
SUMÁRIO EXECUTIVO
A Amcham – Câmara Americana de Comércio
para o Brasil acredita que a melhor maneira de criar
um ambiente favorável aos negócios, com marco
regulatório estável, previsível e confi ável é através
do diálogo entre o setor público e o setor privado.
Por meio de uma pesquisa com diversas
empre-sas consultadas (ver tabela na seção descrição de
metodologia), estrategicamente divididos por setor
de atuação e pelo número de funcionários, o
pre-sente estudo foi elaborado pela Força Tarefa de
AN-VISA da Amcham com o objetivo de avaliar a
per-cepção em relação às atividades desenvolvidas pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária,
apontan-do aspectos positivos e que merecem melhorias em
sua atuação geral e no que diz respeito às gerências
específi cas reguladoras dos setores em questão,
as-sim como sugestões para seu aperfeiçoamento.
Em 2009, a avaliação procurou focar nas
gerên-cias específi cas, uma vez que cada uma delas tem
uma relação bastante singular com o setor
corres-pondente. Desta forma, procurou-se aprofundar a
abrangência da análise, o que possibilitou
diagnos-ticas avanços e obstáculos de cada uma delas.
Nesta quinta edição, foram notados
pro-gressos importantes na melhoria do diálogo com
os entes regulados, na busca de maior
transpa-rência nos processos, e também na efi ciência da
regulação. Nesse sentido propomos algumas
su-gestões que podem ser uma plataforma para um
diálogo bilateral na busca de soluções que sejam
mutuamente vantajosas, permitindo um
aumen-to da efi ciência e qualidade da regulação e um
melhor canal de entendimento e comunicação
com o setor privado.
MEDICAMENTOS
- 92% das empresas afi rmam que nunca e
ra-ramente é possível prever a fi nalização da
análi-se de um processo submetido à avaliação, e para
93.13% dos respondentes a transparência na
con-dução dos diversos processos e a comunicação
com o setor regulado são regulares
- A aplicação harmônica das regras teve
ava-liação bastante negativa, inclusive com frequente
variação de interpretação entre os técnicos.
- Foi percebida melhora no tratamento de
so-licitações urgentes, atendidas frequentemente e
sempre para 41,7% dos respondentes
ALIMENTOS
- 89% dos respondentes acreditam que a
agência tem atendido frequentemente e sempre
às funções para as quais foi criada de maneira
sa-tisfatória, e verifi cou-se melhora na atividade de
fi scalização exercida.
- Para as empresas pequenas, a orientação
prestada pela ANVISA, no que diz respeito às
exi-gências sanitárias, é morosa e inadequada. Por
ou-tro lado, elas conseguem os regisou-tros de produto
em tempo mais curto se comparado com as
gran-des empresas.
- Para 76% dos entrevistados,
frequente-mente e sempre há falta de uniformidade na
análise técnica
SANEANTES
- Os mecanismos que permitem o
acompa-nhamento dos resultados das denúncias são claros
e satisfatoórios, e há qualidade nas respostas
da-das pela Agência
- 63,16% acredita que a agência leva em
con-sideração os comentários realizados durante as
consultas públicas, e 94% afi rma que a GGSAN
raramente faz exigências de produtos não
condi-zentes com a legislação vigente
- Os prazos tiveram piora em relação ao ano
anterior, tanto para a aprovação dos processos de notifi
-cação, tanto para aprovação de registro de produtos
INSUMOS
- Para 80% dos respondentes a ANVISA
atende as funções para as quais foi criada de
maneira satisfatória
- Os critérios para elaboração de exigências
variam de técnico para técnico de acordo com
87% dos respondentes, e raramente e nunca
existe uniformização de critérios de fi scalização
entre a GGIMP, e as área de Inspeção das VISAS
(Estaduais) e COVISAS (Municipais).
- É recorrente para as empresas o recebimento
de exigências de documentação que já tinham sido
apresentas à área técnica competente no mesmo
processo.
- Para 45,83% das empresas o
peticionamen-to eletrônico é bom quanpeticionamen-to ao conteúdo,
disponi-bildiade e utilidade do sistema
COSMÉTICOS
- As empresas devem esperar mais tempo para
terem seus registros aprovados e para a concessão
de Autorizações de Funcionamento.
- Para as empresas de grande e pequeno
por-te, a burocracia “sempre” retarda a
disponibilida-de disponibilida-de produtos no mercado
- A ANVISA foi freqüentemente clara quanto
aos processos de registro e alteração de registro
para 58,8% dos respondentes
PRODUTOS PARA SAÚDE
- As exigências e atuação da ANVISA na legalização
de produtos e empresas estrangeiras difi cultam a
ino-vação e melhorias nos setores regulados para 79% dos
entrevistados.
- 74,26% dos entrevistados apontaram que
raramente e nunca a ANVISA apresenta métricas
ao setor regulado sobre a posição de análise de
processos
- No processo de desembaraço aduaneiro, a
interpretação relativa à sujeição do produto ao
controle sanitário é sempre e frequentemente
ade-quada para 75% das empresas.
B. OBJETIVOS E METODOLOGIA DO TRABALHO
A quinta edição do Relatório sobre a
percep-ção da atuapercep-ção da ANVISA obedece a mesma
me-todologia inaugurada na quarta versão desta
pu-blicação. As pesquisas realizadas em 2005, 2006 e
2007 contaram com instrumento de captação de
dados que recebia respostas ao questionário
ela-borado pela Força Tarefa de maneira espontânea.
Por isso, não havia intenção de pré-determinar o
número de respondentes e nem o setor do qual
ele fazia parte, dentro do mercado regulado pela
ANVISA. Apesar de sempre termos o rígido
con-trole em enviar convites que habilitavam a
parti-cipação na pesquisa somente àquelas sob a égide
da Agência, o equilíbrio numérico entre os setores
nunca fora observado. Dessa forma, no quociente
fi nal das respostas, não havia critério para o
equilí-brio de participação entre os setores pesquisados,
estando um setor muitas vezes mais representado
que outros. Assim, com o intuito de conseguir mais
qualidade aos dados gerados, a Amcham, para seu
Associação
n
ode empresas por setor
Corte Estatístico
Abia (Associação Brasileira das Industrias de
Produ-tos de limpeza e Afi ns)
43.207
0,1%
Abipla (Associação Brasileira das Indústrias de
Pro-dutos de Limpeza e Afi ns)
1.600
2%
Abilpec (Associação Brasileira da Indústria de
Higie-ne Pessoal, Perfumaria e Cosméticos)
1.494
2%
Febrafarma (Federação Brasileira da Indústria
Farma-cêutica)
380
10%
Abimo (Associação Brasileira da Indústria de Artigos
e Equipamentos Médicos, Odontológicos,
Hospitala-res e de laboratórios)
545
10%
Relatório 2008, aprimorou a maneira de conduzir
esta pesquisa, implantando nova metodologia.
O primeiro passo para determinar quantas
empresas deveriam ser convidadas à participar da
pesquisa foi defi nir o número total de
estabele-cimentos que compõem o universo do mercado
para cada setor.
Esta informação foi obtida em 2008 com o
auxílio das associações representantes dos setores
regulados pela Agência. Em seguida, foi realizado
um corte estatístico que garantiria que a área em
questão estivesse devidamente representada. A
ta-bela abaixo demonstra as associações e o
núme-ro estimado do total de empresas que compõem
o mercado, conforme relatado à Amcham, bem
como o percentual utilizado que serviu de base
para o direcionamento do questionário.
Outro critério que também foi levado em
con-sideração foi o porte das empresas. Para isso,
di-vidimos o universo pesquisado em três categorias
conforme o número de funcionários, metodologia
utilizada pela Amcham na classifi cação de seus
as-sociados. Dessa forma, obtivemos três grupos para
cada um dos setores pesquisados: pequenos (de 1 a
50 funcionários), médios (51 a 500) e grandes
(aci-ma de 500 funcionários). Este aspecto foi bastante
importante para que fosse possível mapear, ao fi m
da pesquisa, a diferente percepção sobre a
Agên-cia entre as empresas de um mesmo setor e, ainda,
identifi car as opiniões específi cas das empresas
pe-quenas, médias e grandes. Aproveitando a estrutura
nacional da Amcham, dividimos o número total de
empresas de cada setor – respeitando a proporção
de um terço para pequenas, um terço para médias
e um terço para grandes – entre as dez cidades no
Brasil que contam com um escritório regional. Dessa
forma, a pesquisa, além de estratifi cada, foi
realiza-da em diferentes partes do país, realiza-dando maior
abran-gência e alcance à coleta de informações acerca da
percepção do setor regulado em relação à ANVISA
A metodologia usada na captação de dados da
pesquisa pode ser dividida em quatro fases:
a) Corte do mercado pesquisado de acordo com
universo total de empresas fornecido pelas
as-sociações setoriais;
b) Escolha de parcela representativa de cada um
dos setores;
c) Divisão entre as empresas associadas à Amcham
para o preenchimento do número necessário
de respondentes para cada setor pesquisado;
d) Divisão das empresas pesquisadas – separadas
entre pequenas, médias e grandes – entre os
focos regionais da pesquisa.
Defi nidos então quantos seriam os
respon-dentes, foram enviados convites às empresas para
que pudessem responder o questionário (anexo
a este relatório). Entre os meses de maio e junho
coletamos as respostas, obtidas por meio de
ar-quivos eletrônicos. Após a tabulação dos dados
obtidos, a Força Tarefa de ANVISA da Amcham
analisou o resultado da pesquisa e construiu a
parte interpretativa e qualitativa deste relatório.
Assim, ao fi m do trabalho, pudemos não só
ob-servar que empresas de diferentes portes detém
relacionamentos distintos com a ANVISA como
acompanhar a evolução desta percepção
estrati-fi cada, comparando-a com os resultados obtidos
no ano anterior.
Importante dizer que além de apontar defi
-ciências, a pesquisa mostra avanços no trabalho
da Agência que devem ser reconhecidos. Surge
também, em meio aos comentários deixados
pelos respondentes, sugestões de como o setor
privado pode auxiliar a Agência na busca por
melhores práticas e maior efi ciência. Nesse
sen-tido, a Amcham procura, através deste trabalho
e de outras ações, estar ao lado da ANVISA para
melhorar o ambiente regulatório e empresarial
no Brasil.
Um breve olhar sobre a História mundial
evi-dencia que as ações de controle sanitário têm sua
origem diretamente ligada ao aumento das
rela-ções entre os povos e ao desenvolvimento do
co-mércio, desencadeando a necessidade de um
con-trole autorizado sobre os produtos envolvidos
nas trocas comerciais. A regulação, desta forma,
torna-se essencial para o desenvolvimento
eco-nômico, e a noção de vigilância sanitária se insere
nessa lógica de mercado, a partir do momento em
que opera a defesa e proteção da saúde coletiva.
No Brasil, o legislador constitucional de 1988
instituiu na Carta Política que o direito à saúde é
direito social. Nos artigos 196 a 200 fi cou
assegu-rado que o direito à saúde será exercido mediante
a implementação de políticas sociais e econômicas,
reguladas, fi scalizadas e controladas pelo Poder
Público, que deve pautar sua atuação no sentido
de reduzir o risco de doenças e garantir a todos
o acesso às ações e aos serviços para promoção,
proteção ou recuperação da saúde.
Em obediência às determinações
constitucio-nais, a legislação ordinária estabeleceu diversos
critérios para o alcance das metas traçadas pela Lei
Maior. E o arcabouço jurídico que daí adveio
cons-tituiu-se num ramo do Direito que visa a impedir
ou diminuir riscos e danos à saúde da coletividade
– o Direito Sanitário. Com a edição da Lei Orgânica
da Saúde (Lei n.º 8.080/90 e 8.142/90),
implemen-tou-se o conceito de vigilância sanitária:
“um conjunto de ações capaz de eliminar,
di-minuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos
problemas sanitários decorrentes do meio
ambien-te, da produção e circulação de bens e da prestação
de serviços de interesse da saúde, abrangendo:
C. INTRODUÇÃO
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA
C.1
HISTÓRICO
I. o controle de bens de consumo que,
dire-ta ou indiredire-tamente, se relacionem com a
saúde,compreendidas todas as etapas e
pro-cessos, da produção ao consumo;
II. o controle da prestação de serviços que se
re-lacionam diretamente ou indiretamente com
a saúde.”
A evolução legislativa levou à criação de um
Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, concebido
pela Lei nº. 9.782, de 26 de janeiro de 1999,
tam-bém responsável pela instituição de uma agência
reguladora competente para implementar e
execu-tar as atividades de vigilância sanitária: a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA.
A ANVISA foi criada como autarquia sob
re-gime especial, vinculada ao Ministério da Saúde,
com sede e foro no Distrito Federal, prazo de
du-ração indeterminado e atuação em todo território
nacional. A natureza de autarquia especial
confe-rida a ela é caracterizada pela independência
ad-ministrativa, pela estabilidade de seus dirigentes e
pela autonomia fi nanceira. Esse conceito abarca,
ainda, a competência regulatória para intervir no
domínio econômico. A ANVISA, além de
imple-mentar e executar as atividades de vigilância
sani-tária contempladas na Lei n.º 9.782/99, tem ainda
as seguintes atribuições:
1) Coordenar o Sistema Nacional de Vigilância
Sanitária;
2) Fomentar e realizar estudos e pesquisas no
âmbito de suas atribuições;
3) Estabelecer normas e propor, acompanhar e
executar as políticas, as diretrizes e as ações
de vigilância sanitária;
4) Estabelecer normas e padrões sobre limites de
contaminantes, resíduos tóxicos,
desinfetan-tes, metais pesados e outros que envolvam
risco à saúde;
5) Intervir, temporariamente, na administração de
entidades produtoras que sejam fi nanciadas,
subsidiadas ou mantidas com recursos
públi-cos, assim como nos prestadores de serviços e
ou produtores exclusivos ou estratégicos para
o abastecimento do mercado nacional,
obede-cido o disposto em legislação específi ca ;
6) Administrar e arrecadar a Taxa de Fiscalização
de Vigilância Sanitária;
7) Autorizar o funcionamento de empresas de
fabricação, distribuição e importação de
de-terminados produtos especifi cados em lei;
8) Anuir com a importação e a exportação dos
produtos mencionados pela legislação;
9) Conceder registros de produtos, segundo as
normas de sua área de atuação;
10) Conceder e cancelar o Certifi cado de
Cumpri-mento de Boas Práticas de Fabricação;
11) Exigir, mediante regulamentação específi ca, o
credenciamento ou a certifi cação de
conformi-dade no âmbito do Sinmetro – Sistema
Nacio-nal de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial de instituições, produtos e serviços
sob regime de vigilância sanitária, segundo
sua classe de risco;
12) Interditar, como medida de vigilância sanitária,
os locais de fabricação, controle, importação,
armazenamento, distribuição e venda de
pro-dutos e de prestação de serviços relativos à
saúde, em caso de violação da legislação
per-tinente ou de risco iminente à saúde;
13) Proibir a fabricação, a importação, o
armaze-namento, a distribuição e a comercialização
de produtos e insumos, em caso de violação
da legislação pertinente ou de risco iminente à
saúde;
14) Cancelar a autorização, inclusive a especial,
de funcionamento de empresas, em caso de
violação da legislação pertinente ou de risco
iminente à saúde;
15) Coordenar as ações de vigilância sanitária
reali-zadas por todos os laboratórios que compõem
a Rede Ofi cial de Laboratórios de Controle de
Qualidade em Saúde;
16) Estabelecer, coordenar e monitorar os sistemas
de vigilância toxicológica e farmacológica;
17) Promover a revisão e a atualização periódica
da farmacopéia;
18) Manter sistema de informação contínuo e
per-manente para integrar suas atividades com as
demais ações de saúde, com prioridade para as
ações de vigilância epidemiológica e assistência
ambulatorial e hospitalar;
19) Monitorar e auditar os órgãos e as entidades
estaduais, distritais e municipais que integram
o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária,
in-cluindo-se os laboratórios ofi ciais de controle
de qualidade em saúde;
20) Coordenar e executar o controle da qualidade
de bens e de determinados produtos
estabele-cidos em lei, por meio de análises previstas na
legislação sanitária ou de programas especiais
de monitoramento da qualidade em saúde;
21) Fomentar o desenvolvimento de recursos
hu-manos para o sistema e a cooperação
técnico-científi ca nacional e internacional;
22) Autuar e aplicar as penalidades previstas em
lei; e
23) Monitorar a evolução dos preços de
medica-mentos, equipamedica-mentos, componentes,
insu-mos e serviços de saúde.
Ressalte-se, todavia, que no Regimento Interno
da ANVISA – Portaria n.º 354/2006 – estão
previs-tas, ainda, as atividades de:
1) Controle, fi scalização e acompanhamento,
sob o prisma da legislação sanitária, da
propa-ganda e publicidade de produtos submetidos
ao regime de vigilância sanitária;
atividades e projetos relacionados a
organis-mos geneticamente modifi cados, e
3) Coordenação e execução das ações de vigilância
sanitária nas áreas de portos, aeroportos,
fron-teiras, entrepostos e terminais alfandegários.
Além das atribuições acima relacionadas, a
ANVISA partilha com as Secretarias de Vigilância
Sanitária – Visas estaduais e municipais –
com-petência para a fi scalização de estabelecimentos
que exerçam as atividades de extração, produção,
fabricação, transformação, sintetização, purifi
ca-C.2
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
A Lei nº. 9.782/99 determina que a
gerên-cia e a administração da ANVISA serão exercidas
por uma Diretoria Colegiada, composta por até
cinco membros indicados e nomeados pelo
pre-sidente da República após aprovação do
Con-gresso Nacional, com mandato de três anos,
admitida uma única recondução, por igual
perí-odo. À Diretoria Colegiada vinculam-se a
Ouvi-doria e o Conselho Consultivo, órgão colegiado
que acompanha e aprecia o desenvolvimento
das atividades realizadas, requerendo
informa-ções e fazendo proposiinforma-ções a respeito das ainforma-ções
da Agência.
A completa estrutura organizacional da
au-tarquia foi recentemente alterada pela Portaria nº.
354, de 11 de agosto de 2006, que instituiu seu
novo Regimento Interno.
1 SILVA, Rodrigo Alberto Correia da. Controle de preços de medicamentos. São Paulo, Febrafarma, 135 páginas, 2004.
ção, fracionamento, embalagem, reembalagem,
importação, exportação, armazenagem de
medi-camentos, drogas, insumos farmacêuticos,
corre-latos, produtos de higiene, cosméticos, perfumes
e saneantes domissanitários da seguinte forma:
as Secretarias detêm a competência específi ca de
fi scalização corriqueira das empresas que realizam
essas atividades, e a ANVISA exerce a fi scalização
quando da concessão de suas autorizações e de
seus certifi cados, podendo, ainda, agir em
coope-ração com as Secretarias em regime de
competên-cia concorrente (SILVA, p.12).
Atualmente, mais enxuta, a Agência conta
com cinco assessorias, quatro núcleos, três
gerên-cias gerais de gestão operacional, onze gerêngerên-cias
gerais de processos organizacionais, duas
gerên-cias de vínculo direto e um centro, além da
Procu-radoria, da Corregedoria e da Auditoria.
No geral, a principal inovação trazida pelo
novo Regimento Interno foi a criação de assessorias
–unidades consultivas e de assessoramento direto
ao diretor-presidente, que não desempenham
fun-ções executivas – e de núcleos de apoio à gestão
estratégica, com caráter operacional e executivo,
vinculados hierarquicamente à Diretoria.
Ressalte-se, ainda, que algumas
gerências-gerais de processos organizacionais tiveram sua
estrutura bastante alterada, como foi o caso da
Gerência Geral de Medicamentos – GGMED.
1C.3
PROCESSO DECISÓRIO
C.4
FINALIDADE INSTITUCIONAL
Por serem agentes de regulação de mercado,
às agências reguladoras brasileiras coube o dever
de atenção para criar e manter a estabilidade do
Por tratar-se de autarquia especial e,
portan-to, entidade afeta ao Direito Público, aplicam-se
à atuação da ANVISA os princípios que norteiam
o Direito Administrativo, dentre os quais se
des-tacam o da segurança jurídica, da supremacia do
interesse público sobre o privado, da legalidade
(atos adstritos ao dispositivo legal), da
impesso-alidade e da motivação, entre outros. Dentre as
competências da ANVISA, os atos normativos de
regulamentação e regulação de produtos e
servi-ços são objeto de Resoluções da Diretoria
Cole-giada, enquanto os atos afetos às atividades do
setor regulado (autorizações de funcionamento,
registros de produtos e certifi cados de
cumpri-mento de boas práticas de fabricação, bem como
seus respectivos atos de revalidação, etc.) são
atri-buições das Gerências e Gerências Gerais, sujeitas
à aprovação do diretor-presidente.
Por oportuno, saliente-se que os processos
admi nistrativos em trâmite perante a ANVISA estão
sujeitos ao princípio do contraditório – direito de
defesa – e do duplo grau de jurisdição – direito de
recorrer das decisões a instância hierarquicamente
superior. Como regra geral, a Diretoria Colegiada
da ANVISA é a última instância para propositura
de recurso administrativo, e, embora a Agência
esteja vinculada ao Ministério da Saúde, não há
subordinação hierárquica com relação às decisões
tomadas pela autarquia.
Conforme determinação do Regimento
In-terno da Agência, em princípio as iniciativas de
projetos de lei ou de alteração de normas
admi-nistrativas a serem propostas pela ANVISA que
impliquem afetação de direitos sociais do setor de
saúde ou dos consumidores poderão ser
precedi-das de audiência pública, na qual serão ouvidos
os depoimentos das partes interessadas. O que
se observa na prática, porém, é a realização de
consultas públicas que antecedem tão-somente a
proposição de ato administrativo, em que se
con-fere aos participantes – agentes e consumidores
– a possibilidade de encaminhar seus pleitos, suas
opiniões e suas sugestões para a nova
regulamen-tação proposta.
ambiente regulatório no País. Afi nal, não é outra
a razão para a criação desses órgãos – “Fruto da
própria difi culdade do Estado, hoje, de impor
uni-SUBORDINAÇÃO VINCULAÇÃO
Portaria n 354, de 11 de agosto de 2006 Publicada no DOU de 14 de agosto de 2006
0
APLAN NADAV GGGAF CGTEC
ASTEC AUDIT
CORGE PROCR
NUVIG
ASEGI NAREM GGTIN
ASCOM GGALI GGLAS GGTOX GGCOS GGSTO GGTPS GGPAF GGTES GGSAN GGMED GGIMP NAINT GGRHU NÚCLEOS CENTRO ASSESSORIAS GERÊNCIAS-GERAIS DE GESTÃO
OPERACIONAL DE PROCESSOS ORGANIZACIONAISGERÊNCIAS-GERAIS ÓRGÃOS DE ASSISTÊNCIA DIRETA AO DIRETOR-PRESIDENTE
CONSELHO CONSULTIVO
OUVIDORIA DIRETORIA COLEGIADA
GABINETE DO DIRETOR-PRESIDENTE GPROP GPTDA GERÊNCIAS DE VÍNCULO DIRETO
lateralmente seus desideratos sobre a sociedade,
mormente no domínio econômico, faz-se
necessá-rio que a atuação estatal seja pautada pela
negocia-ção, transparência e permeabilidade aos interesses
e necessidades dos regulados.” (MARQUES, p.12 ).
E, foi nessa esteira que se pautou o
entendi-mento do legislador ao criar a ANVISA, quando
lhe imputou como fi nalidade institucional a
pro-moção e a proteção da saúde da população por
intermédio do controle sanitário da produção e da
comercialização de produtos e serviços submetidos
à vigilância sanitária, bem como a fi scalização dos
portos, aeroportos e fronteiras e a interface com
outros órgãos da Administração Pública para tratar
de assuntos na área de vigilância sanitária.
Missão
“Proteger e promover a saúde da população
garantindo a segurança sanitária de produtos e
ser-viços e participando da construção de seu acesso.”
E não é só. No exercício de suas funções, o
corpo funcional da ANVISA deve atender aos
va-lores institucionais, agindo com transparência e
incentivando a participação do setor regulado na
Valores
“Conhecimento como fonte da ação
Transparência
Cooperação
Responsabilização”
2Com efeito, vale ressaltar ser evidente o
es-forço da ANVISA para cumprir a fi nalidade
insti-tucional que lhe foi atribuída. No entanto, por
ve-zes a Agência deixa de observar que sua atuação
compreende o binômio missão sanitária x dever
de incentivo à atividade econômica. Tal binômio,
registre-se, deve estar em constante equilíbrio,
razão pela qual não pode a Agência, ao executar
sua tarefa regulatória, criar barreiras ao
desenvol-vimento do mercado, impondo exigências que
de-sestimulam o investimento. Ao contrário: a missão
da ANVISA é participar, junto com a sociedade, da
construção do acesso de um ambiente regulatório
saudável, assegurado pela proteção e promoção
da saúde pública:
atividade regulatória, inclusive com a realização
de audiências públicas e a formação de grupos de
trabalho antes da emissão de normas
regulamen-tadoras. E mais: deve a Agência procurar
viabili-zar constantemente o acesso do setor regulado
às autoridades administrativas, criando um canal
de comunicação efetivo, visando à real efi ciência
do sistema.
2 MARQUES Neto, Floriano de Azevedo. Agências Reguladoras: Instrumentos do fortalecimento do Estado ABAR – Associação Brasileira de Agências
de Regulação. Porto Alegre, Outubro de 2003 – 64 páginas; Acesso: www.abar.org.br
O papel regulador da ANVISA, assim como o
de qualquer outra agência reguladora, tem seu foco
no desenvolvimento econômico do País, ainda que
sua função institucional adjacente tenha
direciona-mento distinto (garantia e segurança dos produtos
e serviços sujeitos à vigilância sanitária). Sendo
as-sim, a visão da ANVISA deve pautar-se pela busca
do bem-estar social por meio da conjugação de sua
efi ciência na implementação das ações de vigilância
sanitária com a função, que também possui, de
es-timular o desenvolvimento econômico.
Visão
“Ser agente da transformação do sistema
des-centralizado de vigilância sanitária em uma rede,
ocupando um espaço diferenciado e legitimado
pela população, como reguladora e promotora
do bemestar social.”
A despeito das críticas aqui suscitadas,
espe-cialmente quanto à limitação da contribuição dada
pela Agência para a expansão da concorrência e
dos investimentos nos mercados que regula, bem
como os burocráticos procedimentos internos,
que acabam por criar barreiras ao
desenvolvimen-to econômico, serve a presente pesquisa,
tam-bém, para que o setor regulado possa expressar
sua satisfação com a preocupação da ANVISA na
melhoria da qualidade do serviço. Apesar de
ain-da haver muito a ser feito, a institucionalização do
Programa de Implantação e Melhoria da Gestão da
Qualidade – Pimaq e sua integração com todas as
áreas da Agência, por exemplo, certamente trará
melhorias na prestação do serviço. A ANVISA, ao
agir com maior transparência, ao buscar a
cons-tante harmonização de seus procedimentos e ao
dar cumprimento efetivo aos prazos legais, iniciará
um ciclo virtuoso que, ao fi m, acabará por atender
à sua fi nalidade institucional.
D.1
MEDICAMENTOS
Uma análise ampla do Relatório ANVISA 2009
indica uma importante percepção do setor
regu-lado: a percepção geral é a de que nos seus
as-pectos positivos, a ANVISA manteve sua avaliação
satisfatória, um ano em relação ao outro. Nos seus
aspectos negativos, houve um agravamento na
mesma avaliação.
O fator “prazo” sempre se mostrou crítico
na percepção das empresas. O tempo médio de
resposta da ANVISA está aquém da velocidade
demandada pelas necessidades do mercado,
sen-do que isso se refl ete em descontentamento em
vários aspectos amplamente abordados na
pes-quisa. Alguns exemplos são os prazos internos de
fl uxo de documentação entre Uniap e gerências,
prazo para obtenção de uma autorização de
fun-cionamento, prazo para agendamento de uma
inspeção até publicação do cBPF, prazo necessário
para o agendamento de uma reunião com
equi-pe técnica ou gerencial, prazo para liberação de
licença de importação, etc. O tempo aproximado
em que é fi nalizado o exercício do controle
sani-tário nas importações, pergunta a qual 38,89%
das empresas afi rmam demorar mais de 96 horas,
é uma demonstração disto. No que diz respeito
à aprovação de um processo de concessão de
au-torização de funcionamento, 38% apontaram 10
meses ou mais.
O retardo das atividades leva muitas vezes a
problemas de disponibilização do produto no
mer-cado ou mesmo atrasa o início de atividades
em-presariais no país, como pode ser averiguado no
comentário abaixo:
“A ANVISA atua de forma cerceadora do
traba-lho das empresas na medida em que leva 180
dias para conceder uma autorização de
funcio-namento especial, quando os trâmites já
se-guem com parecer de Visa local de adequação
da empresa para exercer tal atividade.”
A falta de previsibilidade de prazo de resposta
da ANVISA prejudica os processos de
planejamen-to das empresas. Conforme pode ser observado,
aproximadamente 92% das empresas sinalizaram
esse aspecto como prejudicial pois afi rmam que
nunca ou raramente é possível prever a fi nalização
da análise de um processo submetido à avaliação.
Por outro lado, como ponto positivo, vale
apontar a melhora no tratamento de solicitações
urgentes atendidas frequentemente e sempre para
41,7% dos respondentes face a 25% no ano
ante-rior. Isto talvez pode ser resultado de alguns
me-canismos criados, como a RDC 28/2007 e a IN
nº 06/09. Mesmo assim, percebem-se alguns
co-mentários de participantes descontentes com
es-tes prazos.
“Não existe um canal de comunicação efetivo
para tratar destes assuntos e a efetividade da
comunicação e resolução do assunto
depen-de da disponibilidadepen-de da pessoa que recebe o
assunto. Muitas vezes, como as empresas não
conseguem contactar a área responsável,
aca-bam envolvendo os gerentes das áreas por
as-suntos de menor complexidade”
Em face disso, é míster reforçar que agilidade,
com qualidade, é crítica para a evolução do setor
no país e deve ser buscada continuamente por
to-dos os envolvito-dos.
Cabe ressaltar que o prazo médio para
con-cessão de registro e alteração pós-registro de
me-dicamento novo teve uma leve piora: no
primei-ro caso, a apprimei-rovação de registprimei-ro para 25% das
empresas demorou mais de 18 meses, frente a
8,7% no ano anterior. O prazo de 12 a 18
me-ses se manteve similar ao ano passado: 45% das
D. PERCEPÇÃO: ANÁLISES DAS RESPOSTAS
empresas. No caso da aprovação de alteração de
registro para produtos, levaram mais de 18 meses
31,58% das empresas frente a 22,2% em 2008.
Apontaram de 12 a 18 meses 42,11% das
empresas este ano e 25% no ano anterior.
Por outro lado, nota-se uma leve melhora no
tempo médio para aprovação de Licença de
Impor-tação pela ANVISA (pré-embarque): 55% leva 6 a
15 dias frente a 38,46% no ano passado. O
mes-mo prazo aparece no tempo médio que as
empre-sas levam para aprovação de licença de importação
pós embarque, fi cando 50% das empresas entre 6
a 15 dias. No entanto, apenas 41,67% apontaram
este índice no ano anterior, e a porcentagem de
empresas que apontaram até 5 dias diminuiu.
Uma melhora positiva foi percebida
igualmen-te no igualmen-tempo necessário para obigualmen-tenção de certifi
ca-ção de boas práticas de fabricaca-ção ou distribuica-ção
com inspeção incluindo publicação no DOU, em
que os 40% dos respondentes que apontaram 10
a 12 meses diminuíram para 25% este ano. No
en-tanto, ainda é fl agrante o fato de que em 2009
ne-nhuma empresa apontou o prazo de 1 – 2 meses
(que em 2008 contou com 13% das respostas).
Um dos requisitos mais críticos para uma maior
interação entre Agência reguladora e setor
regula-do é a qualidade regula-do diálogo e transparência das
de-cisões. As diferentes formas de comunicação entre
a Agência e o setor regulado, além da comunicação
intra-Agência, foi amplamente citada pelos
respon-dentes. A importância desta questão é marcante
quando 93.13% dos respondentes afi rmam que a
transparência na condução dos diversos processos e
a comunicação com o setor regulado é regular.
Ainda se mostra importante a questão da
ne-cessidade de melhoria na efetividade de
comuni-cação tanto na forma presencial, como nas formas
não-presencias, por exemplo via e-mail e telefone.
Apesar de se observar que meios não presenciais
tem melhorado sua efi cácia, as reuniões
presen-ciais no parlatório ainda aparecem como o meio
de comunicação mais efi caz. O tempo para
agen-damento também é importante: 52,70% das
em-presas afi rmam que demoram mais de 3 semanas
para terem esta solicitação atendida.
No que diz respeito à comunicação e
harmo-nização intra-Agência, pode ser observada a falta
de uniformidade entre a Gerência Geral de Portos,
Aeroportos e Fronteiras (GGPAF) e os Portos e
Ae-roportos. Em decorrência disso se observam atrasos
e eventualmente até indeferimentos indevidos.
O ano de 2009 foi particularmente intenso no
que diz respeito ao volume de consultas públicas
de impacto signifi cativo para o setor regulado. No
entanto, o setor percebe que a participação na
dis-cussão destas nem sempre é efetiva já que muitas
das considerações não são aceitas pela Agência na
versão fi nal de uma nova regulamentação,
confor-me constatado por 52% das empresas.
Diante disso, reforça-se a necessidade de
estrei-tar o relacionamento entre a agência e setor
regula-do, com ênfase na transparência, buscando sempre
o entendimento mútuo e agilidade que fi nalmente
benefeciam não só os diretamente envolvidos, mas
todo o setor de saúde, inclusive os usuários.
Nos quesitos “Legalidade dos atos
normati-vos da ANVISA e Uniformidade de Interpretação”
houve um sensível agravamento na qualidade, na
clareza e na precisão dos atos normativos
edita-dos pela agência. A ausência de clareza e precisão
acaba por não oferecer um caminho seguro,
im-pondo aos técnicos e fi scais sanitários a aplicação
discricionária da norma. A imprecisão, nessa
medi-da, acaba por contribuir signifi cativamente para o
agravamento do problema de ausência de
unifor-midade na interpretação das normas sanitárias.
Quando indagadas especifi camente sobre
a clareza dos atos normativos, 52,2% das
em-presas respondentes declaram que tais atos são
nunca ou raramente claros. Essa estimativa
su-pera, em 11,1%, os resultados apontados pelo
Relatório 2008. As justifi cativas apontadas pela
indústria farmacêutica indicam que a falta de
clareza é reconhecida pela própria ANVISA, na
medida em que a agência tem,
freqüentemen-te, buscado esclarecer seus atos normativos por
meio de guias, notas técnicas, instruções
nor-mativas, perguntas e respostas, manuais etc., os
quais, por não possuírem a mesma força jurídica
que os atos que interpretam, não trazem
segu-rança à indústria.
Tal ausência de clareza e precisão
certamen-te impactou a avaliação da indústria farmacêutica
quanto à interpretação dos atos normativos pelos
próprios técnicos e fi scais da ANVISA. A opinião
geral do setor regulado é a de que normas pouco
claras e precisas permitem interpretações variadas
e até mesmo confl itantes, impactando
frontalmen-te a segurança jurídica das relações estabelecidas
entre setor regulado e órgão regulador.
Ao serem questionadas se a ANVISA
interpre-ta e execuinterpre-ta as normas sanitárias
uniformemen-te, 54,17% das empresas respondeu que nunca
ou raramente há uniformidade, o que representa
uma variação mínima de 1,07% em relação ao ano
anterior. O que chama a atenção, contudo, é que
desses 54,17%, 16.67% entende que nunca há
uniformidade, número cinco vezes maior do que o
apresentado no Relatório 2008.
Ainda com o objetivo de dimensionar a
percep-ção acerca da eventual disparidade de
interpreta-ções dos atos normativos da ANVISA, e sua
conse-qüente implicação prática para o setor regulado, os
respondentes foram indagados acerca da aplicação
harmônica das normas da ANVISA pelos órgãos
lo-cais de vigilância sanitária. A resposta evidencia uma
insatisfação substancial do setor: 87,49% julgam a
atuação da ANVISA nesse aspecto regular, ruim ou
péssima. Com relação ao Relatório anterior, o
núme-ro de empresas que classifi ca a atuação da ANVISA
como excelente reduziu-se substancialmente. Entre
as observações que qualifi cam essa interpretação,
encontram-se, por exemplo, a seguinte:
“As Visas locais apresentam interpretações
indi-vidualizadas por parte de seus fi scais, tendo
vi-sões diversas e díspares de aplicação prática das
portarias e resoluções nacionais publicadas”.
Denota-se dos comentários que não existe um
entendimento padrão para situações semelhantes,
e esta percepção é corrente não apenas para as
vi-gilâncias sanitárias locais e estaduais, mas também
entre os órgãos internos da própria ANVISA.
Com efeito, o Relatório ANVISA 2009 aponta
a difi culdade de comunicação entre os diversos
de-partamentos da Agência. Nesse sentido, 86,95%
da indústria entende como insatisfatória ou pouco
satisfatória a atuação da ANVISA na garantia de
aplicação harmônica das normas sanitárias em seus
diversos departamentos. Vale destacar que este
nú-mero é bastante agravado pela resposta das
em-presas de grande porte, já que refl ete a opinião de
100% delas. As empresas de médio e pequeno
por-te são mais otimistas: 25% e 22%, respectivamenpor-te,
avaliam a ANVISA satisfatoriamente neste quesito.
Segundo os respondentes, “não há uniformidade
entre diferentes fi scais” e “não há padronização de
entendimentos entre os técnicos e gerências”.
Quanto à uniformidade e harmonização de
interpretação no âmbito da própria ANVISA, um
contingente substancial das empresas
participan-tes da pesquisa entende que os técnicos
interpre-tam as normas de maneira muito diferente entre si,
e tal situação acontece sempre e freqüentemente
(87,5%). Observe-se o comentário: “...relatório de
vários produtos de uma mesma empresa,
elabora-dos com um mesmo padrão, recebem exigências
com solicitações diversas, como por ex.
preenchi-mento de Formulário de Petição”.
Outro aspecto interessante do Relatório ANVISA
2009 é a avaliação do setor regulado quanto à
aná-lise técnica e os procedimentos para liberação
sani-tária de importações nos portos e aeroportos: 100%
das empresas consultadas apontam problemas de
uniformização de conduta e procedimentos entre os
diferentes portos e aeroportos. Apesar da
insatisfa-ção generalizada, a indústria admite melhoras,
des-de o último relatório, especialmente nos Aeroporto
de Campinas, São Paulo, e no Porto de Santos.
A harmonização, por sua vez, não se dá
ape-nas localmente, entre Federação, Estados e
Muni-cípios, mas também no âmbito internacional, por
meio do Mercosul. Apesar de os respondentes
considerarem que a ANVISA freqüentemente
in-ternaliza as resoluções e acordos do MERCOSUL,
a maioria dos participantes desconhece o nível de
preparo e extensão da atuação dos
representan-tes da agência nos fóruns internacionais. Os
res-pondentes se ressentem da falta de comunicação
e transparência da ANVISA nesse sentido e
princi-palmente da ausência de alinhamento com o setor
regulado quanto aos posicionamentos defendidos
nas instâncias internacionais.
Fora do âmbito do Mercosul, outro ponto de
preocupação do setor privado é o fato de que
mui-tas empresas têm seus produtos registrados em
outros orgãos de fi scalização em outros países, e a
agência ainda faz suas exigências na legalização de
produtos. Para 80% dos respondentes, a atuação
da ANVISA sempre e frequentemente difi culta a
inovação e melhorias nos setores regulados, número
levemente superior ao percebido no ano de 2008.
A CMED foi também ponto de análise do
rela-tório. Neste quesito, praticamente metade do setor
farmacêutico entende que as funções e decisões
da Câmara de Regulação do Mercado de
Medica-mentos da ANVISA (CMED) são adequadas para o
país, sendo que a outra, composta por empresas
de grande porte, tem opinião contrária. Na
per-cepção dos respondentes, as decisões da CMED
em geral são pautadas nas normas aplicáveis, e
es-tes consideram o prazo de 60 a 90 dias tempo
ra-zoável para análise de cumprimento de exigência.
1. A ANVISA atende às funções para a qual foi criada de maneira satisfatória?
2. A ANVISA interpreta e executa as normas regulatórias de maneira uniforme?
3. Os atos normativos da ANVISA respeitam a hierarquia da legislação?
Pequena Média Grande 2008 2009 3,2% 41,9% 54,8% 0% 0% 37,5% 58,3% 4,2% 0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0%
Nunca Raramente Freqüentemente Sempre
0% 40,00% 60,00% 0% 0% 22,22% 66,67% 11,11% 0% 50,00% 50,00% 0% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00%
Nunca Raramente Freqüentemente Sempre
Pequena Média Grande 2008 2009 3,1% 50,0% 40,6% 6,3% 16,67% 37,50% 41,67% 4,17% 0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0%
Nunca Raramente Freqüentemente Sempre
20,00% 40,00% 40,00% 0% 22,22% 22,22% 44,44% 11,11% 10,00% 50,00% 40,00% 0% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00%
Nunca Raramente Freqüentemente Sempre
Pequena Média Grande 2008 2009 0% 11,8% 73,5% 14,7% 4,17% 25,00% 66,67% 4,17% 0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0%
Nunca Raramente Frequentemente Sempre
20,00% 0% 80,00% 0% 0% 33,33% 55,56% 11,11% 0% 30,00% 70,00% 0% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% 90,00%
6. Na sua opinião, qual seria o meio de comunicação mais efi ciente entre o setor regulado e a ANVISA?
4. Como é a atuação da ANVISA no sentido de garantir uma aplicação adequada e harmônica das normas
regulató-rias e fi scalizatóregulató-rias pelos agentes estaduais e municipais da agência?
5. Na sua opinião, a análise, cobrança e alteração do valor das taxas pela Gerência de Orçamento e Arrecadação
(GEORA) é feita com embasamento jurídico e técnico adequado?
Pequena Média Grande 2008 2009 9,1% 21,2% 51,5% 15,2% 3% 20,83% 33,33% 33,33% 12,50% 0% 0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0%
Péssima Ruim Regular Boa Excelente
20% 20% 60% 0% 22,22% 33,33% 22,22% 22,22% 20% 40% 30% 10% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00%
Péssima Ruim Regular Boa
Pequena Média Grande 2008 2009 3,1% 37,5% 37,5% 21,9% 16,7% 16,7% 66,7% 0% 0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0%
Nunca Raramente Freqüentemente Sempre
60,00% 0% 40,00% 0% 0% 33,33% 66,67% 0% 10,00% 10,00% 80,00% 0% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% 90,00%
Nunca Raramente Freqüentemente Sempre
2008 2009 3,1% 37,5% 37,5% 21,9% 16,7% 16,7% 66,7% 0% 0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0%
8. Dos meios de comunicação utilizados pela ANVISA, qual tem sido o mais efi ciente para atender às suas necessidades?
7. Quando a empresa utiliza Internet, e-mail, telefone, para solucionar dúvidas, ou reclamações sobre processos, o
tempo de resposta da ANVISA é feito:
Pequena Média Grande 2009 8,33% 33,33% 37,50% 12,50% 8,33% 0% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00% 35,00% 40,00%
Entre 3 e 5 dias Entre 5 e 10 dias Entre 10 e 30 dias Entre 30 e 60 dias Acima de 60 ou sem resposta 0% 0% 80,00% 20% 0% 0% 55,56% 11,11% 11,11% 22,22% 20% 30% 40% 10% 0% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% 90,00% Entre de 3 e 5 dias Entre de 5 e 10 dias Entre de 10 e 30 dias Entre de 30 a 60 dias Acima de 60 ou sem resposta
Pequena Média Grande 2009 19,05% 14,29% 28,57% 4,76% 33,33% 0% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00% 35,00%
Internet Telefone E-mail Associação de classes Reuniões presenciais 20,00% 20,00% 20,00% 20,00% 20,00% 50,00% 16,67% 16,67% 16,67% 0% 30,00% 20,00% 10,00% 40,00% 0% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% Reuniões presenciais
Internet Telefone E-mail Associação de classes
9. Com que freqüência as formas não presenciais de comunicação com a ANVISA (telefone, e-mail, fax) são meios
efi cazes para solucionar problemas e/ou esclarecer dúvidas, evitando exigências adicionais no processo e
acele-rando a análise pelo técnico?
Pequena Média Grande 2008 2009 2,94% 47,06% 47,06% 2,94% 4,2% 29,2% 62,5% 4,2% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00%
Nunca Raramente Freqüentemente Sempre
0% 40,00% 60,00% 0% 11,11% 55,56% 22,22% 11,11% 0% 80,00% 20,00% 0% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% 90,00%
10. Qual é a efi ciência do telefone como meio de comunicação utilizado?
11. Qual é a efi ciência do e-mail e fax como meio de comunicação utilizado?
12. Havendo necessidade de uma reunião presencial, quanto tempo após a solicitação, a reunião é realizada?
Pequena Média Grande 2009 29,17% 45,83% 25,00% 0% 0% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00% 35,00% 40,00% 45,00% 50,00%
Nunca Raramente Freqüentemente Sempre
20,00% 60,00% 20,00% 0% 22,22% 33,33% 44,44% 0% 40,00% 50,00% 10,00% 0% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00%
Nunca Raramente Freqüentemente Sempre
Pequena Média Grande 2009 0% 58,33% 37,50% 4,17% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00%
Nunca Raramente Freqüentemente Sempre
0% 80,00% 20,00% 0% 0% 66,67% 22,22% 11,11% 0% 40,00% 60,00% 0% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% 90,00%
Nunca Raramente Freqüentemente Sempre
Pequena Média Grande 2009 8,70% 13,04% 26,09% 52,70% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00%
Até uma semana entre 1 e 2 semanas entre 2 e 3 semanas Mais de 3 semanas
20,00% 20,00% 20,00% 40,00% 0% 11,11% 33,33% 55,56% 11,11% 11,11% 22,22% 55,56% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00%
ate uma semana entre 1 e 2 semanas
entre 2 e 3 semanas
Mais de 3 semanas
13. As reuniões presenciais são efetivas para solucionar os problemas apontados?
14. O atendimento e encaminhamento de protocolo da UNIAP (Unidade de Atendimento ao Público) está
adequado em termos temporais e qualitativos?
Pequena Média Grande 2008 2009 12,9% 48,4% 38,7% 0% 34,8% 43,5% 13,0% 8,7% 0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0%
Nunca Raramente Freqüentemente Sempre
20,00% 20,00% 60,00% 0% 11,11% 11,11% 22,22% 55,56% 10,00% 10,00% 50,00% 30,00% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00%
Nunca Raramente Freqüentemente Sempre
Pequena Média Grande 2008 2009 6,1% 39,4% 51,5% 3,0% 8,3% 70,8% 16,0% 4,2% 0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0%
Nunca Raramente Freqüentemente Sempre
0% 80,00% 20,00% 0% 11,11% 66,67% 11,11% 11,11% 10,00% 70,00% 20,00% 0% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% 90,00%
Nunca Raramente Freqüentemente Sempre
15. A ANVISA é pró-ativa na comunicação com o setor regulado relativa a temas que impactam os serviços
prestados pela Agência?
Pequena Média Grande 2009 0% 50,00% 50,00% 0% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00%
Nunca Raramente Freqüentemente Sempre
0% 40,00% 60,00% 0% 0% 66,67% 33,33% 0% 0% 40,00% 60,00% 0% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00%
16. De maneira geral, dentro da experiência de sua empresa,com que frequência a ANVISA consegue tratar
adequadamente as solicitações urgentes?
17. Quanto ao conteúdo, utilidade e disponibilidade do sistema, o peticionamento eletrônico é:
18. Quanto ao conteúdo, utilidade, disponibilidade do sistema e atualização, os bancos de dados da ANVISA são:
Pequena Média Grande 2008 2009 15,6% 59,4% 25,0% 0% 4,2% 54,2% 37,5% 4,2% 0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0%
Nunca Raramente Freqüentemente Sempre
0% 60,00% 40,00% 0% 0% 55,56% 33,33% 11,11% 10,00% 50,00% 40,00% 0% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00%
Nunca Raramente Freqüentemente Sempre
Pequena Média Grande 2008 2009 2,9% 2,9% 42,9% 45,7% 5,7% 0% 12,5% 25,0% 58,3% 4,2% 0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0%
Péssimo Ruim Regular Bom Excelente
20,00% 60,00% 20,00% 0% 11,11% 11,11% 66,67% 11,11% 10,00% 20,00% 70,00% 0% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00%
Ruim Regular Bom Excelente
Pequena Média Grande 2008 2009 14,7% 23,5% 35,3% 23,5% 2,9% 4,2% 25,0% 37,5% 33,3% 0% 0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% 40,0%
Péssimo Ruim Regular Bom Excelente
0% 20,00% 40,00% 40,00% 11,11% 11,11% 44,44% 33,33% 0% 40,00% 30,00% 30,00% 0% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00% 35,00% 40,00% 45,00% 50,00%
19. Nos diversos procedimentos realizados pela ANVISA, os critérios para análise e a coerência na elaboração de
exigências variam de técnico para técnico?
20. Nos diversos processos submetidos à avaliação da ANVISA é possível para a empresa ter uma previsibilidade ou
estimativa de prazo para a fi nalização da análise?
Pequena Média Grande 2008 2009 0% 9,1% 48,5% 42,4% 4,2% 8,3% 41,7% 45,8% 0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0%
Nunca Raramente Freqüentemente Sempre
0% 0% 20,00% 80,00% 0% 0% 44,44% 55,56% 10,00% 20,00% 50,00% 20,00% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% 90,00%
Nunca Raramente Freqüentemente Sempre
Pequena Média Grande 2009 54,17% 37,5% 4,17% 4,17% 0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00%
Nunca Raramente Freqüentemente Sempre
60,00% 20,00% 0% 20,00% 44,44% 44,44% 11,11% 0% 60,00% 40,00% 0% 0% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00%
Nunca Raramente Freqüentemente Sempre
21. A resposta da ANVISA em eventuais casos de denúncia sobre produtos clandestinos/informais foi, em termos
de efi ciência e qualidade:
Pequena Média Grande 2008 2009 7,7% 19,2% 69,2% 3,8% 9,5% 38,1% 52,4% 0% 0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0%
Insatisfatória Pouco satisfatória Satisfatória Bastante satisfatória
0% 60,00% 40,00% 0% 16,67% 66,67% 16,67% 0% 10,00% 40,00% 50,00% 0% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00%
Insatisfatória Satisfatória Pouco satisfatória
Bastante satisfatória
24. Na sua opinião, a ANVISA orienta adequadamente seus representantes para se preparar e participar das
reuni-ões do Mercosul com defi niçreuni-ões claras e cumpre os prazos de discussão para avançar nos temas urgentes?
22. Na sua opinião, a ANVISA tem mecanismos claros e amigáveis que viabilizem o acompanhamento e os resultados
satisfatórios de denúncias sobre produtos clandestinos / informais?
23. A ANVISA internaliza as Resoluções e Acordos do Mercosul de que foi signatária?
Pequena Média Grande 2009 31,82% 18,18% 18,18% 31,82% 0% 0% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00% 35,00%
Desconheço Insatisfatória Pouco satisfatória Satisfatória Bastante satisfatória 20,00% 20,00% 20,00% 40,00% 42,86% 0% 14,29% 42,86% 30,00% 30,00% 20,00% 20,00% 0% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00% 35,00% 40,00% 45,00%
Desconheço Insatisfatória Pouco satisfatória
Satisfatória
Pequena Média Grande 2008 2009 0% 46,7% 33,3% 20,0% 0% 38,9% 50,0% 11,1% 0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0%
Nunca Raramente Freqüentemente Sempre
0% 50,00% 25,00% 25,00% 11,11% 44,44% 33,33% 11,11% 25,00% 12,50% 62,50% 0% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00%
Desconheço Raramente Freqüentemente Sempre
Pequena Média Grande 2009 60,87% 17,39% 17,39% 4,35% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00%
Desconheço Raramente Freqüentemente Sempre
40,00% 20,00% 40,00% 0% 55,56% 33,33% 0% 11,11% 77,78% 0% 22,22% 0% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% 90,00%
25. Na sua opinião, a ANVISA trabalha no Mercosul e em fóruns internacionais buscando em todos os departamentos
de sua gestão a harmonização com a regulamentação global, minimizando barreiras de inovação tecnológica?
26. A ANVISA busca alinhamento com o setor regulado em relação aos seus posicionamentos no MERCOSUL e em
forúns internacionais?
Pequena Média Grande 2009 45,45% 36,36% 9,09% 9,09% 0% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00% 35,00% 40,00% 45,00% 50,00%
Desconheço Raramente Freqüentemente Sempre
0% 50,00% 50,00% 0% 44,44% 44,44% 0% 11,11% 66,67% 22,22% 0% 11,11% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00%
Desconheço Raramente Freqüentemente Sempre
Pequena Média Grande 2009 54,55% 27,27% 9,09% 9,09% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00%
Desconheço Raramente Freqüentemente Sempre
25,00% 50,00% 25,00% 0% 55,56% 33,33% 0% 11,11% 66,67% 11,11% 11,11% 11,11% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00%
Desconheço Raramente Freqüentemente Sempre
27. Considerando que muitas empresas têm seus produtos registrados em outros orgãos de fi scalização em outros
países, as exigências e atuação da ANVISA na legalização de produtos e empresas difi cultam a inovação e
melho-rias nos setores regulados por essa agência?
Pequena Média Grande 2008 2009 3,2% 32,3% 51,6% 12,9% 0% 20,0% 65,0% 15,0% 0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0%
Nunca Raramente Freqüentemente Sempre
25,00% 0% 25,00% 50,00% 0% 12,50% 75,00% 12,50% 0% 33,33% 66,67% 0% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00%
30. Em termos de avaliação geral, dê uma nota para a atuação da ANVISA, sendo 1 a menor nota e 5 a maior.
28. Com que frequência as Resoluções da ANVISA são claras?
29. Com que frequência a ANVISA leva em consideração as sugestões enviadas em consultas públicas?
Pequena Média Grande 2008 2009 2,9% 38,2% 58,8% 0% 4,4% 47,8% 43,5% 4,4% 0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0%
Nunca Raramente Freqüentemente Sempre
0% 50,00% 50,00% 0% 0% 44,44% 44,44% 11,11% 10,00% 50,00% 40,00% 0% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00%
Nunca Raramente Freqüentemente Sempre
Pequena Média Grande 2008 2009 0% 50,0% 43,3% 6,7% 13,0% 39,1% 39,1% 8,7% 0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0%
Nunca Raramente Freqüentemente Sempre
25,00% 25,00% 50,00% 0% 0% 55,56% 22,22% 22,22% 20,00% 30,00% 50,00% 0% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00%
Nunca Raramente Freqüentemente Sempre
Pequena Média Grande 2008 2009 0% 41,2% 52,9% 5,9% 0% 4,35% 43,48% 43,48% 8,70% 0% 0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 1 2 3 4 5 25,00% 25,00% 50,00% 0% 0% 55,56% 33,33% 11,11% 0% 0%0%0% 0%0%0% 40,00% 50,00% 10,00% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 1 2 3 4 5 Não aplicável
31. Como é a atuação da ANVISA no sentido de garantir uma aplicação de entendimento e comunicação adequadas
e harmônicas interdepartamentais ( por ex. das áreas técnicas com GEGAR, GGIMP, etc.) informais?
32. Na sua opinião, a ANVISA apresenta métricas ao setor regulado englobando todas as etapas de atuação
(do protocolo à publicação) com clareza sobre a posição de análise de processos de registro e alteração de
registro de produtos para saúde?
Pequena Média Grande 2009 21,74% 65,21% 13,04% 0% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00%
Insatisfatória Pouco Satisfatória Satisfatória Bastante Satisfatória
0% 25,00% 75,00% 0% 33,33% 22,22% 44,44% 0% 20,00% 0% 80,00% 0% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% 90,00%
Insatisfatória Satisfatória Pouco satisfatória Bastante satisfatória 23,81% 52,38% 19,05% 4,76% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00%
Nunca Raramente Freqüentemente Sempre
0% 100,00% 0% 0% 33,33% 55,56% 0% 11,11% 22,22% 33,33% 44,44% 0% 0% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% 100,00% 120,00%
Nunca Raramente Freqüentemente Sempre
Pequena Média Grande 2009
33. Em quanto tempo, aproximadamente, é fi nalizado o exercício do controle sanitário nas importações de sua empresa?
7,69% 7,69% 23,08% 61,54% 0% 5,56% 33,33% 22,22% 38,89% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00%
24 horas 48 horas 72 horas 96 horas Mais de 96 horas 0% 33,33% 33,33% 33,33% 0% 42,86% 28,57% 28,57% 12,50% 25,00% 12,50% 50,00% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00%
48 horas 72 horas 96 horas mais de 96 horas
Pequena Média Grande 2008 2009
36. Existe falta de uniformização na análise técnica relativas à liberação das importações de mercadorias submetidas ao
regi-me de vigilância sanitária, ou seja, há interpretações técnicas divergentes entre os portos ou aeroportos de entrada?
34. Com que freqüência a impossibilidade de obtenção de licencas de importação por demora na aprovação/publicação de
renovação/alteração de autorização de funcionamento prejudica a disponibilidade de produtos no mercado?
35. Existe falta de uniformização nos procedimentos relativos à liberação das importações de mercadorias
submeti-das ao regime de vigilância sanitária, ou seja, há variações entre os portos ou aeroportos de entrada?
Pequena Média Grande 2009 10,00% 25,00% 40,00% 25,00% 0% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00% 35,00% 40,00% 45,00%
Nunca Raramente Frequentemente Sempre
0% 25,00% 25,00% 50,00% 0% 28,57% 57,14% 14,29% 20,00% 20,00% 40,00% 20,00% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00%
Nunca Raramente Freqüentemente Sempre
Pequena Média Grande 2008 2009 0% 16,67% 41,67% 41,67% 0% 0% 66,67% 33,33% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00%
Nunca Raramente Frequentemente Sempre
0% 0% 25,00% 75,00% 0% 0% 87,50% 12,50% 0% 0% 66,67% 33,33% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% 90,00% 100,00%
Nunca Raramente Freqüentemente Sempre
Pequena Média Grande 2009 0% 0% 76,19% 23,81% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00%
Nunca Raramente Frequentemente Sempre
0% 0% 75,00% 25,00% 0% 0% 87,50% 12,50% 0% 0% 66,67% 33,33% 0% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% 90,00% 100,00%