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A ORAÇÃO DOMINICAL COMENTÁRIO PATRÍSTICO

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Academic year: 2021

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A ORAÇÃO DOMINICAL – COMENTÁRIO PATRÍSTICO

«O Pai Nosso é a oração da Igreja por excelência

e é «entregue» no Baptismo para manifestar

o novo nascimento para a vida divina dos filhos de Deus.

A Eucaristia mostra-lhe o sentido pleno, visto que as suas petições,

fundadas no mistério da salvação já realizada,

e que serão plenamente atendidas na vinda do Senhor».

Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, n. 581 TABELA SINÓPTICA1

TERTULIANO CIPRIANO DE CARTAGO CIRILO DE JERUSALÉM AGOSTINHO DE HIPONA

O que é?

- «Resumo de todo o Evangelho» - «Reverência prestada a Deus pelo título de Pai, acto de submissão à sua vontade, memória de esperança na vinda do seu reino, pedido de vida no pão, confissão dos nossos pecados, preocupação pelas tentações ao pedirmos perdão.»

- «A oração mais espiritual e mais verdadeira aos olhos do Pai.»

- «Reconheça o Pai as palavras de seu Filho quando fazemos oração.» - «Aquele que habita interiormente no nosso coração, esteja também na nossa voz.»

- «Esta Oração ensina-vos a pedir a Deus, vosso pai, que está nos Céus o que desejais, mas também a aprender o que deveis desejar.» (S 59)

TERTULIANO CIPRIANO DE CARTAGO CIRILO DE JERUSALÉM AGOSTINHO DE HIPONA

Prática e modos na Oração do Pai

nosso

- «Quando é que se deve fazer mais a paz com os irmãos, do que quando sobe juntamente com a oração mais recomendável?»

- «As palavras e petições dos que oram devem ser ordenadas, tranquilas e discretas. Pensemos que estamos na presença de Deus.»

- «Porque motivo a dizemos antes de receber o Corpo e Sangue de Cristo? Porque assim o pede a fragilidade humana: (…) se por acaso cometemos outras manchas (…) limpamo-las com a Oração Dominical.» (S 229)2

1 Os textos são retirados de SNL, Antologia de textos litúrgicos, patrísticos e canónicos do primeiro milénio, Fátima, 2004. 2 Manhã de Páscoa.

(2)

O TEXTO E SUAS INTERPRETAÇÕES

Texto TERTULIANO CIPRIANO DE CARTAGO CIRILO DE JERUSALÉM AGOSTINHO DE HIPONA

Pai nosso que estais

nos Céus

- «Invocar o Pai é necessariamente invocar o Filho, é proclamar a Mãe3

- «O nome do Pai foi revelado no Filho, porque o «nome do Filho implica o nome novo do Pai.»

- «Não só elevamos as mãos, mas estendemos as mãos para o Senhor. Tomando como modelo a Paixão de Cristo, confessamo-la também pela oração.»

- «O Mestre da unidade não quis que a oração fosse exclusivamente individual e privada, a fim de que aquele que ora, não peça só para si.» - «A nossa oração é pública e comunitária e, quando rezamos, não rezamos por um só mas por todo o povo, porque com todo o povo nós formamos um só.»

- «O Deus que nos ensinou a unidade, quis que cada um orasse por todos, assim como Ele nos assumiu em Si.»

- «Quando chamamos a Deus ‘nosso Pai’, devemo-nos comportar como filhos de Deus.»

- «Devemos ser como templos de Deus, onde os homens possam encontrar a sua presença.»

- «Oh incomensurável benignidade de Deus para com o homem! Aos que O tinham abandonado e caíram nas piores maldades é concedido o perdão dos males e a participação da sua graça, e manda-lhes que invoquem o Pai.»

- «Os Céus também poderiam ser aqueles que trazem em si a imagem do mundo celeste e em quem Deus mora e passeia.»

- «Como vedes, começais a ter um Pai.» (S 56)

- «Aquilo que dizeis, dizei-o de todo o coração; a oração tem efeito, quando se ora com afecto.» (S 56)

- «O Filho de Deus (…) é único, mas não quis ser sozinho: dignou-Se ter irmãos.» (S 57) - «Tínhamos na terra um pai e uma mãe (…) e encontrámos outros Pais: Deus Pai e a Igreja mãe, caminho para a vida eterna (…) Vede: o Criador dignou-Se ser nosso Pai.

(S 57)

- «Ouvimos a quem devemos invocar.» (S57)

- «Começastes a pertencer a uma grande família. Junto do Pai são irmãos: o rico e o pobre, o senhor e o escravo.» (S 59) - «Tal é, porém, o nosso Pai, que havemos de possuir com Ele o dom que Ele nos faz.» (S 59) - «Portanto, depois de aprendermos a quem pedir, sabemos que coisas havemos de pedir.» (S 59)

3 A Igreja, pela qual somos filhos de Deus.

(3)

Texto TERTULIANO CIPRIANO DE CARTAGO CIRILO DE JERUSALÉM AGOSTINHO DE HIPONA

santificado seja o vosso nome

- Pedimos que o nome do Pai «seja santificado em nós que estamos nele, mas também nos outros.»

- «Pedimos ao Senhor que seja santificado em nós o seu nome.» - «Pedimos e rogamos para que, uma vez santificados no baptismo, preservemos no que principiámos a ser.»

- «Pedimo-lo todos os dias, porque precisamos desta santificação quotidiana.»

- «O nome de Deus é santo por natureza, quer o digamos ou não.»

- «Mas uma vez que Ele é profanado naqueles que pecam, pedimos que em nós o nome de Deus seja santificado.»

- «Não para que comece a ser santo o que antes não era, mas porque em nós ele se torna santo.»

- «Como será santificado em nós o seu nome, se Ele não nos tornar santos?» (S 57)

- «Pedimos para nós, não para Deus (…) Para nós desejamos a santificação do seu nome. Aquele que sempre foi santo seja-o também em nós.» (S 57)

venha a nós o vosso Reino

- Desejo natural de «soltar este grito».

- «Apressa, Senhor, a vinda do teu reino.»

- «Só um coração puro (o) pode dizer com segurança.»

- «O reino que aqui se fala é o reino que há-de seguir-se depois do fim dos tempos.» (S 56) - «Pedimos ao mesmo tempo que esse reino se estabeleça entre nós, e que nós tenhamos lugar nesse reino.» (S 56)

- «O que pedes na oração, mais não é do que viver de tal modo que venhas a pertencer ao número dos santos, aos quais se há-de dar o reino.» (S 56)

seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu

- «A vontade de Deus é aquela que Cristo fez e ensinou.»

- «Humildade no trato, firmeza na fé (…) mostrar nas palavras a constância que professamos.»

- «Os divinos anjos de Deus fazem a vontade de Deus (…). Como nos anjos se faz a tua vontade, Senhor, assim na terra se faça em mim.»

- «Que quer isto dizer? Que assim como os Anjos Vos servem no Céu, assim nós Vos sirvamos na terra.»

(S 59)

- «Portanto, o que pedimos é que cumpramos também os mandamentos de Deus por amor.» (S 59)

(4)

Texto TERTULIANO CIPRIANO DE CARTAGO CIRILO DE JERUSALÉM AGOSTINHO DE HIPONA

o pão nosso de cada dia nos dai

hoje

- Dupla necessidade deste alimento: «para vivermos ontnamente em Cristo e para recebermos a nossa personalidade do seu próprio corpo.»

- «Pode entender-se em sentido espiritual ou literal, porque num e noutro sentido aproveita à nossa salvação.»

- «O Pão da Vida é Cristo.»

- «Assim como chamamos Pai nosso, (…) também dizemos pão nosso, porque Cristo é o pão daqueles que recebem o seu Corpo.»

- «Este pão sagrado é substancial, pois ele se destina à substância da alma.»

- «Este pão não vai para o ventre nem é lançado em lugar próprio, mas distribui-se por todo o organismo, em proveito da alma e do corpo.»

- «Confessas que és mendigo de Deus; não tenhas vergonha.» (S 56)

- «Porque se lhe chama quotidiano? Porque é um pão necessário e sem o qual não podemos viver. Sem pão nada podemos.» (S 56)

- «O nosso alimento quotidiano nesta terra é a Palavra de Deus.» (S 56)

- «Rezamos muito bem quando (o) dizemos, a fim de vivermos de tal modo que não nos separemos daquele altar.» (S 56) - «A Eucaristia é o nosso pão quotidiano. Havemos de recebê-lo não só como alimento que sustenta o corpo, mas também a alma.» (S 57)

- «Nesse pão reside a força da unidade, para que, quando nos tornamos parte do corpo de Cristo se seus membros, sejamos aquilo que recebemos.» (S 57)

(5)

Texto TERTULIANO CIPRIANO DE CARTAGO CIRILO DE JERUSALÉM AGOSTINHO DE HIPONA

perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós

perdoamos a quem nos tem

ofendido

- «É verdadeiramente providencial e salutar esta petição, que nos recorda que somos pecadores.»

- «O Senhor desperta-nos a consciência da nossa indignidade e ao mesmo tempo a temfiança na misericórdia divina.»

- «Só as orações de um coração pacífico poderão obter a reconciliação com Deus.»

- «Temos muitos pecados, pois caímos por palavras e pensamentos e fazemos muitas coisas dignas de condenação.» - «Fazemos com Deus um pacto e pedimos-Lhe que nos perdoe os nossos pecados.»

- «As ofensas que nos fazem são pequenas, simples, fáceis de perdoar, ao passo que as que nós fazemos a Deus são enormes.»

- «Também nesta petição é preciso expor que pedimos por nós, uma vez que pedimos que se perdoem as dívidas, pois somos devedores, não de dinheiro, mas de pecados.» (S 56)

- «Há uma remissão dos pecados que se dá de uma só vez, e outra que se dá todos os dias. É única, a remissão dos pecados que se dá de uma só vez no baptismo; a outra, a de todos os dias enquanto vivermos dá-se na Oração Dominical.» (S 58)

e não nos deixeis cair em tentação

- «O próprio Cristo Se deixou tentar por Satanás para nos fazer descobrir o chefe e artífice da tentação.»

- «Talvez o cair em tentação signifique ser submergido por ela. Parece, de facto, que a tentação se assemelha a uma torrente difícil de atravessar.» - «Os que passam pelas tentações sem se afundar, são bons nadadores (…) os que não são assim, mal entram, logo se afundam.»

- «Foi o caso de Judas (…). Pedro, (pelo contrario) entrou na tentação da negação. Porém, ao entrar, não se deixou ir ao fundo.»

- «Perdoai-nos os pecados cometidos e concedi-nos a graça de não cometer outros. Pois quem é vencido pela tentação comete pecado.» (S 58)

- «Aquele que dá assentimento ao Tentador é que é metido na tentação. Realmente, nesta vida, ser temtado é útil; meter-se na temtação, não convém.»

- «O homem que está fixo em Deus, (…) vence os depravados amores, triunfa dos vãos terrores.» (S 59)

Mas livrai-nos do mal.

- «O mal é o Demónio, nosso adversário, de quem pedimos para ser libertados.»

- «Quem pede para ser libertado do mal, confessa que já está metido nele.»

(S 58) Ámen.

- «Significa assim seja, que isso se faça, tudo o que a oração do Senhor contém.»

Referências

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