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Relações entre bilinguismo, cultura e criatividade. Relations between bilingualism, culture and creativity.

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XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação - SEPesq Centro Universitário Ritter dos Reis

XI Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação SEPesq – 19 a 23 de outubro de 2015

Relações entre bilinguismo, cultura e criatividade.

Relations between bilingualism, culture and creativity.

Márcia Cristina Zimmer

Doutora em Linguistica Aplicada

UniRitter/Laureate International Universities Porto Alegre/ Brasil

marcia.zimmer@gmail.com

Simone Becker

Acadêmica de mestrado em letras

UniRitter/Laureate International Universities Porto Alegre/ Brasil

mone.b@hotmail.com

Resumo: Nos dias atuais, em função do processo de globalização, aumentaram a velocidade e a facilidade com que nos comunicamos um com o outro. Desse fenômeno de comunicação intensificada surgem indivíduos bilíngues e multilíngues. Pretende-se, no presente artigo, problematizar o conceito de bilinguismo segundo François Grosjean e dissertar sobre os efeitos do fenômeno sobre o sistema cognitivo. A chamada vantagem bilíngue tem sido investigada, e alguns pesquisadores obtiveram resultados indicando benefícios, enquanto outros obtiveram resultados indicando desvantagens. Neste artigo serão destacados os benefícios do bilinguismo, dentre os quais encontramos o aumento do potencial criativo ligado ao processo de frame-switching. Esse processo está intimamente conectado às culturas das línguas do sujeito bilíngue. Dessa forma, o trabalho visa, também, operacionalizar o conceito de criatividade a partir de Anatoliy Kharkhurin e analisar possíveis influências culturais sobre as habilidades criativas. É levantada a hipótese, a partir de pesquisas de Kharkhurin, de que o contexto sociocultural modula a influência do bilinguismo no potencial criativo do indivíduo. Sugere-se assim que a contribuição do bilinguismo no aumento da criatividade modifica-se de acordo com a cultura correspondente.

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1 Introdução

A facilidade e a necessidade crescente de interação humana decorre do avanço das tecnologias e da evolução histórico-econômica do nosso planeta. Essa contínua evolução acarreta na interação linguística mundial e tem nos apresentado o bilinguismo como fenômeno cada vez mais comum, encontrado na maior parte da população mundial.

Queiramos ou não, nosso cotidiano se encontra permeado de termos estrangeiros. A competição no mercado de trabalho exige o domínio de mais de uma língua. Atendendo a essa demanda, os cursos de idiomas e os programas de intercâmbio têm se multiplicado. As escolas regulares também oferecem uma ou mais línguas estrangeiras em seus currículos. Há uma preocupação constante com o aprendizado de novos idiomas.

Percebe-se que, para além de resultados econômicos, aprender uma segunda língua também afeta a cognição do sujeito moderno. Desde 1962, ano em que Peal e Lambert publicaram pela primeira vez um artigo problematizando os efeitos do bilinguismo no sistema cognitivo, têm sido feitos testes para descobrir efeitos do aprendizado de novas línguas e da adição delas à língua materna.

Nesse sentido, o presente artigo pretende abordar o conceito de bilinguismo, sob a luz da teoria do linguista francês, François Grosjean. Pretende-se ainda, ir além do conceito de bilinguismo. Há estudos sendo feitos sobre as influências do bilinguismo na cognição humana. Na área da linguística, foram realizadas pesquisas que mostram efeitos negativos do bilinguismo sobre as habilidades cognitivas e pesquisas que apresentam

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efeitos positivos sobre a cognição. Serão abordados, especificamente, aspectos positivos do bilinguismo sobre a cognição.

Dentre os efeitos positivos do bilinguismo, encontramos o retardo do aparecimento de sintomas de demência em idosos (BIALYSTOK; FERGUS; FREEDMAN, 2007), maior consciência metalinguística (CUMMINS, 1978), aumento da neuroplasticidade (BIALYSTOK; FERGUS; FREEDMAN, 2007) e aumento do potencial criativo (KHARKHURIN, 2005, 2008, 2009; RICCIARDELLI, 1992). Nesse trabalho manteremos o foco sobre o aumento do potencial criativo, buscando operacionalizar a variável criatividade a partir de estudos de Anatoliy Kharkhurin.

2 Bilinguismo

Grosjean, em seu site (http://www.francoisgrosjean.ch), considera como bilíngues aqueles que usam duas ou mais línguas (ou dialetos) no dia a dia. Dessa forma, ele inclui desde os intérpretes profissionais que são fluentes em dois idiomas até o imigrante que fala a língua de seu novo país, mas que possivelmente não sabe ler nem escrever nessa língua. Nesse entremeio se encontra a criança bilíngue que interage com seus pais em uma língua e com seus amigos, em outra, o cientista que lê e escreve artigos em uma segunda língua, mas raramente a fala, o membro de minorias linguísticas que usa uma língua em casa e outra língua com as pessoas dos outros domínios de sua vida, a pessoa surda que usa língua de sinais com seus amigos e usa a forma escrita da língua falada com pessoas ouvintes, etc. Grosjean conclui que,

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apesar de toda a diversidade existente entre essas pessoas, todas conduzem suas vidas com mais de uma língua.

Segundo Grosjean (2008) os bilíngues definem como vantajosa a sua habilidade de se comunicar com pessoas de culturas e países diferentes, poder ler em outras línguas, expressar-se com maior clareza e ter um vocabulário mais diverso. Para eles, também, o aprendizado de uma nova língua facilita o aprendizado de outras novas línguas e a compreensão de línguas que carregam uma lógica diferente. O bilinguismo permite que a pessoa mantenha a mente aberta, tenha diferentes perspectivas de vida e maior conhecimento cultural.

Grosjean fala sobre os mitos citados em seu livro Bilingual: Life and Reality (2010). Durante a desmistificação, ele nos dá informações importantes. O estudioso diz que o bilinguismo é encontrado em todas as partes do mundo, em todos os níveis da sociedade e em todas as faixas etárias. Para ele, o sujeito pode se tornar bilíngue tanto na infância quanto na adolescência e na vida adulta. Em geral, as pessoas se tornam bilíngues por necessidades que se apresentam em suas vidas, tais como imigração, educação e contato com outros grupos linguísticos.

Além disso, para o pesquisador, os bilíngues podem ter diferentes níveis de domínio sobre suas línguas. O nível de domínio sobre elas se dá na medida em que eles precisam delas. Ele também observa que ter sotaque ou não em uma língua não torna a pessoa mais ou menos bilíngue.

Para Grosjean, o code-switching (troca de código (WEINRICH, 1953)) e o uso de empréstimos linguísticos são muito comuns nos bilíngues quando estão falando com outros bilíngues, pois muitas expressões ou palavras são melhor expressas em outra língua. Isso permite o uso do vocábulo mais

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adequado sem necessidade da tradução que pode não ser equivalente ao que a pessoa pretendia dizer.

Há também um mito conhecido de que bilíngues são biculturais. Os bilíngues podem ser monoculturais no caso em que não têm contato com a cultura do idioma aprendido, embora muitos bilíngues sejam também biculturais, interagindo com duas culturas e combinando os aspectos delas.

Referente à combinação de aspecto de duas culturas diferentes, Peal e Lambert (1962) defenderam que o fato de ter duas línguas para descrever o mundo, dá condições aos bilíngues para compreenderem que muitas coisas podem ser vistas de dois modos. Dessa forma, através da flexibilidade de pensamento, eles podem, também, perceber o mundo de forma mais flexível.

3 Potencial Criativo

Em 1962, Peal e Lambert publicaram pela primeira vez um artigo problematizando os efeitos do bilinguismo no sistema cognitivo: The Relation of Bilingualism to Intelligence. Desde então, muitos estudos revelaram diferenças cognitivas entre monolíngues e bi/multilíngues e alguns apresentaram benefícios cognitivos (BIALYSTOK, 2004; BIALYSTOK; FERGUS; FREEDMAN, 2007; BIALYSTOK; CRAIK; LUK, 2008; MARTIN- RHEE; BIALYSTOK. 2008). Para Zimmer e Alves (2014), os benefícios do bilinguismo advêm, principalmente, da rotina bilíngue da troca de código ou code-switching (WEINRICH, 1953):

[...] Fenômeno comunicativo que se refere ao uso de mais de uma língua, dialeto ou estilo, o que exige uma constante troca entre

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idiomas ou dialetos no decorrer de uma conversação-, e tem como principal efeito um maior controle executivo e atencional em tarefas não verbais, o que acarreta um aumento da neuroplasticidade. (p.78)

Zimmer e Alves (2014) falam também do processo de frame-switching, que resulta da necessidade e do interesse pela comunicação entre diferentes culturas, somados à facilidade atual de acesso à informação: “[...] tendência dos bilíngues processarem a informação através das lentes da cultura A em uma situação, e das lentes da cultura B na situação subsequente (LEUNG; MORRIS, 2010).” De acordo com Zimmer e Alves, podem ser encontradas vantagens no ser multicultural em razão do Frame-switching “termo de maior espectro que envolve, além da capacidade de troca da língua, a capacidade de troca do arcabouço (frame) mental, do modo de pensar que o conhecimento de mais de uma língua enseja”. (2014, p. 78).

O exercício de frame-switching, do code-switching e dos demais processos cognitivos que ocorrem no sujeito bilíngue podem melhorar habilidades cognitivas como, por exemplo, a criatividade. Neste artigo visamos revisar a literatura sobre o bilinguismo e a criatividade. Martindale (1989, apud KHARKHURIN 2010b, p. 776, tradução nossa) define criatividade como a habilidade de produzir atividades que atendem aos requisitos de novidade, adequação e utilidade.

Kharkhurin (2010a, p. 213) diz que bilíngues superam monolíngues em tarefas não verbais que requerem processos de controle como atenção específica a aspectos relevantes de um problema, inibição da atenção a informações irrelevantes e a troca entre alternativas que competem entre si.

Esses benefícios foram explicados pela prática extensiva dos bilíngues com dois sistemas de língua ativos enquanto,

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constantemente, precisam focar em apenas uma língua e inibir a outra língua ou trocar as línguas (Bialystok et al., 2005). Foi então alegado que por causa dessa prática trans-linguística, os bilíngues exercitam habilidades cognitivas cruciais que melhoram habilidades de resolução de problemas que necessitam de controle de atenção para ignorar ou inibir informações irrelevantes (BIALYSTOK, 2001, apud KHARKHURIN, 2010a, p. 213, tradução nossa).

Conforme Kharkhurin, desses exercícios mentais surge uma capacidade aguçada para o pensamento divergente, que, segundo Guilford (1967), envolve uma ampla procura por informações e a geração de inúmeras novas respostas alternativas ou soluções para um problema. Guilford associa o pensamento divergente com quatro características: fluência (a habilidade de produzir rapidamente um amplo número de ideias ou soluções para um problema); flexibilidade (a capacidade de levar em consideração uma variedade de abordagens simultâneas de um problema); elaboração (a habilidade de pensar nos detalhes de uma ideia e colocá-la em prática); e originalidade (a tendência de produzir ideias diferentes das do senso comum). (2010a, p. 214).

Kharkhurin (2008) realizou o processo de análise de fatores (factor analysis) sobre as 4 características citadas por Guilford como componentes do pensamento divergente e descobriu que elas podem ser agrupadas em dois tipos de capacidade criativa. A capacidade generativa refere-se à capacidade de ativar uma multitude de conceitos não relacionados e trabalhar com os conceitos já ativados. A capacidade inovadora, por sua vez, é responsável por produzir ideias inovadoras e úteis.

Em suas pesquisas, Kharkhurin (2010b, p.777) encontrou diferentes habilidades criativas entre falantes bilíngues de farsi e inglês e falantes bilíngues de russo e inglês. Os dois tipos de bilíngues obtiveram melhor

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desempenho que seus correspondentes monolíngues. Contudo, os bilíngues falantes de russo e inglês apresentaram maior capacidade criativa generativa que seus parceiros monolíngues em inglês, enquanto os bilíngues em farsi e inglês obtiveram vantagem criativa inovadora sobre seus parceiros monolíngues em farsi. Para Kharkhurin, esse resultado indica a possibilidade de que a diferença encontrada na comparação do comportamento criativo dos bilíngues analisados seja devida à diversidade sociocultural existente entre eles.

Há contrastes nos sistemas societais apresentados nas culturas envolvidas na reflexão de Kharkhurin, tais como individualismo/coletivismo, democracia/autoritarismo. Assim, o pesquisador declara que “A situação política no país influencia a estrutura e os objetivos dos sistemas educacionais, o que resulta em ênfases diferentes no desenvolvimento pessoal e social, no pensamento crítico e na criatividade nesses países”. (KHARKHURIN, 2010b, p. 778, tradução nossa). O ato de transitar entre sistemas político-culturais diversos pode aumentar a flexibilidade a ampliar a compreensão das ambiguidades encontradas em diferentes sistemas.

A tolerância para a ambiguidade é, também, característica de quem lida com diferentes sistemas linguísticos, repletos de palavras ambíguas. Essa tolerância pode facilitar a habilidade de manter um conjunto de possíveis soluções abertas o suficiente para gerar uma ideia criativa. Kharkhurin cita Goff e Torrance (2002): “O sujeito criativo é capaz de manter a abertura e postergar o fechamento, por tempo o suficiente para fazer o salto mental que torna possíveis as ideias originais. Pessoas menos criativas tendem a pular para a conclusão prematuramente”. (2010a, p.220, tradução nossa).

Uma explicação para o achado de que bilíngues podem ser mais criativos que monolíngues, de acordo com Kharkhurin, está enraizada na

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experiência bilíngue com diferentes estruturas linguísticas e culturais, o que permite a eles perceber o mundo através do amálgama de diferentes prismas conceituais, e a visualizar eventos com uma variedade maior de experiências enriquecidas (e,g, Kharkhurin, 2008, in press). Por sua vez, perspectivas não padronizadas podem promover novas e criativas formas de resolver problemas. Assim, Kharkhurin conclui que talvez a vantagem bilíngue encontrada em seu estudo possa ser atribuída, não à experiência bilíngue em si mesma, mas à experiência com valores biculturais obtida em paralelo com o aprendizado da língua. (2010a, p.221). Anteriormente, estudos já haviam observado que influências socioculturais poderiam modular a influência do bilinguismo no potencial criativo. Assim, pretende-se, a partir deste artigo, embasar futuros estudos sobre a relação entre bilinguismo, cultura e criatividade.

Considerações Finais:

Os processos mundiais de internacionalização estão tão difundidos que a maior parte da população é, de fato, bilíngue, fazendo uso de mais de uma língua em seu cotidiano. O uso de mais de uma língua modifica, de certa forma, os processos cognitivos.

Dentre as modificações observadas, encontra-se o aumento do potencial criativo. Esse aumento de criatividade tem relação intrínseca com os processos mentais referentes ao bilinguismo.

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No falante bilíngue, os dois sistemas linguísticos estão constantemente ativos. Para que o sujeito fale em uma determinada língua é preciso que o cérebro bloqueie a outra. Como o segundo sistema linguístico continua ativo pode ocorrer o code-switching. O exercício de troca e bloqueio de sistemas linguísticos pode fortalecer e melhorar funções cognitivas.

Segundo os estudos de Khakhurin, é possível que a melhora no potencial criativo se deva a um processo maior que o code-switchig, o frame-switching. Nesse processo, o falante bilíngue circula não só entre os diferentes sistemas linguísticos, mas também entre os diferentes modos de pensar embutidos na cultura de cada língua. A diferença entre os sistemas políticos que estruturam cada sociedade pode modificar a forma como os sujeitos interagem e se constituem em seu ambiente.

Assim, para além dos conceitos da psicolinguística, é importante que se leve em consideração o contexto cultural em que o sujeito está inserido e no qual ele se constitui. O desenvolvimento do potencial criativo advindo do bilinguismo pode variar de acordo com o sistema de pensamento cultural que permeia as línguas do sujeito bilíngue.

Referências

GROSJEAN, F., Bilingual: Life and Reality. Harvard University Press, 2010. GROSJEAN, F., Studying bilinguals. Oxford: OUP, 2008.

KHARKHURIN, A.V. Bilingual verbal and nonverbal creative behavior. International Journal

of Bilingualism, n. 14, 211–226, 2010a.

KHARKHURIN, A.V. Sociocultural differences in the relashionship between bilingualism and creative potential. Journal of Bilingualism of Cross Cultural Psychology, 41, 776-783.

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ZIMMER, M. C.; ALVES, U. K., O impacto do bi/multilinguismo sobre o potencial criativo em sala de aula – uma abordagem via teoria dos sistemas dinâmicos. Revista da FAEEBA- Educação e contemporaneidade, v.32, n. 41, p. 77-89, jan./jun.2014

ZIMMER, M. C.; FINGER, I.; SCHERER, L. Do bilinguismo ao multilinguismo:intersecções entre psicolinguística e neurolinguísctica. Revista Virtual de Estudos e Linguagem. V. 6, n. 11, ago. 2008. https://www.psychologytoday.com/blog/life-bilingual/201010/who-is-bilingual acesso em 12/09/2015 16:00 https://www.psychologytoday.com/blog/life-bilingual/201110/what-is-it-be-bilingual acesso em 12/09/2015 16:02 http://www.francoisgrosjean.ch/myths_en.html acesso em 12/09/2015 21:14

Abstract: Nowadays, because of the globalization process, the speed and the ease in which we communicate to each other have increased. From this intensified communication phenomenon, bilingual and multilingual individuals emerge. In this article it is intended to discuss the concept of bilingualism according to François Grosjean and to speak about the effects of this phenomenon over the cognitive system. The so called bilingual advantage has been investigated, and some researchers have found results indicating benefits, while others have found results indicating disadvantages. In this article the benefits of bilingualism will be highlighted, among which one can find the creative potential connected to the frame-switching process among the benefits mentioned in these studies, there was found an increase on creative potential connected to the frame-switching process. This process is closely connected to the cultures within the languages of the bilingual person. Thus the paper also aims to operationalize the concept of creativity from Khakhurin and analyzing possible cultural influences upon creative abilities. It is brought up the hypothesis, from Kharkhurin’s research, that the sociocultural context modulates the influence of bilingualism on the individual’s creative potential. So, it is suggested that the contribution of bilingualism on the creativity increase changes according to the corresponding culture.

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