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INDICADORES DE RESILIENCIA DA CADEIA DE SUPRIMENTOS: ESTADO DA ARTE

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INDICADORES DE RESILIENCIA DA CADEIA DE

SUPRIMENTOS: ESTADO DA ARTE

DANILO NASCIMENTO LIMA - danilolimablog@hotmail.com UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP - BAURU-FEB ENZO BARBERIO MARIANO - enzo.mariano@gmail.com UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - UNESP - BAURU-FEB

Área: 1 - GESTÃO DA PRODUÇÃO

Sub-Área: 1.3 - LOGÍSTICA E GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS E

DISTRIBUIÇÃO

Resumo: O RISCO DE INTERRUPÇÕES E QUEBRAS NO FORNECIMENTO DE

PRODUTOS ESSENCIAIS A SOCIEDADE É UMA DAS GRANDES PREOCUPAÇÕES ATUAIS. A NATUREZA ONEROSA DESSAS INTERRUPÇÕES E PRINCIPALMENTE OS IMPACTOS NOS DEMAIS ELOS DA CADEIA TEM SIDO OBJETO DE ESTTUDO VISANDO A MINIMIZAÇÃO OU A PREVISIBILIDADE DESTAS OCORRÊNCIAS, TENDO E VISTA A POSSIBILIDADE DE MINIMIZAR O DESPERDÍCIO DE RECURSOS FINANCEIROS. PORTANTO, ESTE DOCUMENTO SOBRE O ESTADO DA ARTE DO TEMA VISA ANALISAR A LITERATURA PARA COMPREENDER AS CONTRIBUIÇÕES PARA ESTE CAMPO DE ESTUDO E VERIFICAR SUAS LACUNAS BIBLIOGRÁFICAS SOBRE SUPPLY CHAIN RESILIENCE. FORAM EMPREGADAS PESQUISAS EM BASES DE DADOS COMO MÉTODO DE PESQUISA. OS RESULTADOS APRESENTAM UM HIATO RELACIONADO A INDICADORES DE RESILIÊNCIA DA CADEIA DE SUPRIMENTOS ENTRE ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS E EM CAUSAS HUMANITÁRIAS. HÁ AINDA UM CLAMOR POPULAR PARA ESTUDOS RELACIONADOS NA AMÉRICA LATINA, SENDO ESTA OUTRA FRONTEIRA A SER EXPLORADA POR NOVOS ESTUDOS.

Palavras-chaves: CADEIA DE SUPRIMENTOS ​​- RESILIÊNCIA -

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INDICATORS OF RESILIENCE SUPPLY CHAIN:

STATE OF THE ART

Abstract: THE RISK OF INTERRUPTIONS AND BREAKS IN THE SUPPLY OF

ESSENTIAL PRODUCTS TO SOCIETY IS ONE OF THE GREATEST CONCERNS. THE ONEROUS NATURE OF THESE DISRUPTIONS AND ESPECIALLY THE IMPACT ON OTHER LINKS IN THE CHAIN HAS BEEN STUDIED IN ORDER TO MINIMIZE OR PREDICTABILITY OF THESE EVENTS, AND VIEW AND THE ABILITY TO MINIMIZE THE WASTE OF FINANCIAL RESOURCES. THEREFORE, THIS DOCUMENT ON THE STATE OF THE ART THEME AIMS TO ANALYZE THE LITERATURE TO UNDERSTAND THE CONTRIBUTIONS TO THIS FIELD OF STUDY AND VERIFY THEIR BIBLIOGRAPHICAL GAPS ON SUPPLY CHAIN RESILIENCE. SEARCHES WERE EMPLOYED IN DATABASES AND SEARCH METHOD. THE RESULTS SHOW A RELATED HIATUS RESILIENCE INDICATORS OF THE SUPPLY CHAIN BETWEEN GOVERNMENT AGENCIES AND HUMANITARIAN CAUSES. THERE IS STILL A POPULAR CLAMOR FOR RELATED STUDIES IN LATIN AMERICA, WHICH IS ANOTHER FRONTIER TO BE EXPLORED FOR NEW RESEARCH.

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1. Introdução

A gestão da cadeia de suprimentos, em sua amplitude teórica, aborda aspectos relacionados ao fluxo de matérias-primas e produtos manufaturados. A relevância deste tema dá-se porque todo o fluxo de produtos comercializados na economia pertence, de certa forma, a uma cadeia de suprimentos e distribuição. Embora amplamente discutido, o tema ainda apresenta aspectos pouco explorados, sendo um deles a resiliência, que é a capacidade desta cadeia em sofrer impactos ou rupturas e se reconfigurar de forma eficiente para atender as demandas do mercado ou sociedade.

Como exemplo da importância da importância da resiliência da cadeia de suprimentos podemos citar a cadeia de medicamentos que lida, entre outros temas, com o problema da ausência de medicamentos nos postos de distribuição, devido a graves rupturas nos elos da cadeia. Atualmente 6 milhões de crianças morrem por falta de medicação adequada em todo o mundo (CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO, 2007), ressaltando a importância da redução de interrupções na cadeia de suprimentos de alguns produtos, especialmente os cruciais a saúde humana. Segundo Cristaldo (2016), fatores como a reposição de estoques menores que a demanda, demora em trâmites burocráticos que tendem a consumir os estoques de segurança sem prazo de reposição e a demora nas decisões do governo local são alguns dos fatores que tendem a impactar no caso dos medicamentos de alto custo. Uma vez que estes medicamentos essenciais para sobrevivência da população sofrem tais rupturas, produtos vitais para sociedade não estarão à disposição, fazendo com que os tratamentos de epidemias não sejam eficazes. Sendo assim, há a necessidade de se mensurar a resiliência para medir o quão capaz de sofrer tais rupturas e voltar ao estado original o sistema está.

Tenda em vista esses argumentos, faz-se necessário compreender o estado da arte das pesquisas sobre Resiliência da Cadeia de Suprimentos para compreender os avanços da literatura sobre este tema, podendo apontar em quais aspectos futuras contribuições poderiam ser mais assertivas. Dessa forma, o objetivo desta pesquisa é a realização de um levantamento dos artigos mais recentes (“in press”) e mais relevantes sobre resiliência da cadeia de suprimentos, levantando os principais gaps da área.

Este artigo está divido em cinco seções, sendo que a segunda é dedicada à revisão teórica, apresentando um panorama geral relacionado à resiliência da cadeia de suprimentos; a seção 3, por sua vez, aborda o método utilizado para refinar a literatura empregada neste estudo; já na seção 4 são apresentados os resultados da pesquisa, e na seção 5 são apresentadas as considerações finais.

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2. Revisão teórica

A resiliência da cadeia de suprimentos pode ser definida como a habilidade das empresas em absorver rupturas, possibilitando que as cadeias retornarem a suas condições normais de maneira rápida, com o objetivo de obter um impacto positivo em seu desempenho (SHEFFI; RICE, 2005). Tratando do conceito de Supply Chain Networking, ou seja, redes de suprimentos, resiliência é a capacidade de um SCN de evitar perturbações ou rapidamente se recuperar de falhas (KLIBI et al., 2010).

Corroborando com essas definições, Jüttner e Maklan (2011) consideram estes fatos, que causam a ruptura, como sendo inevitáveis, sendo a resiliência um dos aspectos absolutamente cruciais na gestão da cadeia para reduzir a vulnerabilidade. Na ausência de medidas probabilísticas mais precisas sobre a ocorrência de grandes interrupções, as organizações tornam-se mais propensas a empregar estratégias mais robustas, dentre as quais destacam-se o foco em eficiência para mitigar riscos operacionais e resiliência para se reconfigurarem após a intercorrência (TANG, 2006).

Em decorrência deste fato, as perturbações a normalidade no funcionamento foram divididas por Ambulkar et al. (2015) em de baixo e alto impacto. A capacidade da empresa de aprender com as interrupções anteriores gera grande vantagem no caso de novas perturbações de baixo impacto. Nas questões de alto impacto, porém, é necessária uma atualização constante nos recursos disponíveis e lançamento de novas estratégias, pois dificilmente as atuais serão suficientes para atingir a reconfiguração normal de produção em tempo. Além disto, o alinhamento da cadeia e o design de produtos pode auxiliar as empresa na aquisição de resiliência, assim como a estratégia de regionalização com o desenvolvimento de fornecedores locais, reduzindo as interrupções no fornecimento (CHOPRA; SODHI, 2014; KHAN et al., 2012).

Não obstante, riscos de rupturas, perturbações e quebras são fatores inerentes e intrínsecos a SCM, uma vez que há a impossibilidade de se medir a probabilidade das ocorrências, bem como sua periodicidade. Sendo assim, lidar com esse risco deve ser parte das decisões de projeto da cadeia de suprimentos (SCHMITT; SINGH, 2012). Por outro lado, a necessidade de antecipação de quebras na cadeia de suprimentos tem colaborado para o surgimento de estratégias cada vez mais integradas de gestão. A Supply Chain Resilience Management (SCRM), destacada por Tang e Nurmaya Musa (2011), têm sido uma estratégia emergente, mas ainda há falta de modelos de análise do risco associado aos fluxos de informação entre os elos da cadeia, prejudicando avanços neste sentido. Sendo assim, há a

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necessidade de mensurar a vulnerabilidade a estas interrupções por meio de indicadores de desempenho, que é uma variável indicativa da eficácia e ou eficiência de uma parte ou um todo de um processo ou sistema contra uma determinada regra ou alvo ou planejamento (FORTUIM, 1988).

3. Método

O intuito desta pesquisa é identificar os estudos mais influentes e determinar as áreas de pesquisa para apresentar os aspectos pouco explorados pela literatura sobre Supply Chain Resilience. Para isso é necessário obter um panorama sobre o estágio atual da produção científica para esta área do conhecimento (MEREDITH, 1993) e de possíveis contribuições para a teoria.

Com a finalidade de sistematizar a pesquisa sobre o estado da arte, foi escolhido o modelo “ProKnow-C (Knowledge Development Process-Constructivist)” (AFONSO et al, 2012). Dessa forma foi possível melhor organizar e planejar a pesquisa, obedecendo a lógica proposta na Figura 1.

FIGURA 1 – Processo de Seleção do banco de artigos Fonte: AFONSO; SOUZA; ENSSLIN; ENSSLIN (2012)

O critério de escolha das palavras-chaves está baseado no objetivo do artigo, que é a compreensão dos avanços da literatura e as possíveis lacunas sobre a Resiliência da Cadeia de Suprimentos. Sendo assim, as palavras-chaves utilizadas na pesquisa resultaram nas seguintes

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combinações: (1) “Supply Chain” AND “Resilience”, (2) Risk Supply Chain Resilience e (3) Resilience AND indicator AND supply chain.

As pesquisas foram realizadas na base SCOPUS em 01 de Julho de 2016, utilizando as palavras-chave citadas com busca em Título, Palavra-chave e Resumo dos artigos no banco de dados.

4. Resultados

Os resultados de pesquisa obtidos de forma bruta pela pesquisa sistemática são apresentados na Tabela 1.

TABELA 1- Resultados iniciais de pesquisa

Palavras-chave Artigos

Supply Chain AND Resilience 482

Risk AND Supply Chain AND Resilience 207

Resilience AND indicator AND supply chain 21

Um número total de 710 publicações foi obtido. Para refinar, obtendo dados mais confiáveis, foram selecionados apenas os documentos em Inglês relacionados a artigos publicados e “in press”, eliminando revistas comerciais que contribuem para o assunto em questão, mas que não obedecem a métodos científicos de pesquisa. Os resultados não relacionados a Engenharia, Administração, Ciências das Decisões, Ciências Sociais, Economia e Ciência do Meio Ambiente foram excluídos por terem foco em contribuição para outras áreas da ciência que não a mesma da pesquisa. Os resultados do refinamento são apresentados na Tabela 2.

TABELA 2- Refinamento dos resultados obtidos

Palavras-chave Artigos

Supply Chain AND Resilience 155

Risk AND Supply Chain AND Resilience 102

Resilience AND indicator AND supply chain 8

Após o refinamento restaram 265 artigos, trazendo assim maior consistência para os dados a serem utilizados na pesquisa. A Figura 2 apresenta uma análise das 10 principais publicações científicas por número de artigos publicados sobre Supply Chain Resilience. As duas primeiras revistas mais importantes para o tema, Supply Chain Management da editora Emerald e Transportation Research Part E: Logistics and Transportation Review da Elsevier, possuem fator de impacto de 2.731 e 2.279 respectivamente, demonstrando sua relevância para ciência. Já a terceira publicação, International Journal of Production Research da editora

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Taylor, possui fator de apenas 1.480, bem menor que a quarta publicação mais relevante a International Journal of Pysical Distribution & Logistics Management da Emerald com 2.617.

FIGURA 2 - Publicações sobre resiliência da cadeia de suprimentos por Journal

Os dados analisados permitem extrair as informações das quinze regiões que mais contribuem com publicações para a área de Supply Chain Resilience, apresentados na Figura 3. Nenhum país da América Latina está entre os dez primeiros da lista. Os Estados Unidos figuram em primeiro lugar com universidades devido ao grande volume de investimentos em pesquisa, U$S 450 bilhões (EXAME, 2014). O Reino Unido, país segundo colocado, concentra o maior número de suas pesquisas sobre o tema em duas universidades: Cranfield University e University of Manchester.

TABELA 3 - Ranking dos Países com maior produção de artigos sobre o tema

País Artigos Investimento em Pesquisa

Estados Unidos 42 US$ 450 Bi

Reino Unido 29 US$ 5,9 Bi

Alemanha 16 US$ 92 Bi Austrália 10 US$ 23 Bi Japão 10 US$ 163 Bi India 9 US$ 12 Bi China 8 US$ 162 Bi Itália 6 US$ 5,02 Bi Singapura 6 US$ 22 Bi Suiça 5 US$ 19 Bi Irã 4 -

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Bélgica 3 US$ 1,6 Bi

Finlândia 3 US$ 7 Bi

Grécia 3 US$ 336 mi

Fonte: Exame, 2014.

A partir destes dados é possível obter as organizações de pesquisa de maior relevância em número de contribuições por assunto no período de 2006 a 2016, como destaca a Figura 4 e Tabela 4. A maior parte das universidades influentes para o tema proposto encontra-se e países desenvolvidos economicamente, que investem grandes somas de recursos em pesquisa.

FIGURA 4 - 15 organizações mais relevantes em número de publicações

TABELA 4 - Número de publicações por universidade

UNIVERSIDADE LOCAL ARTIGOS

Cranfield University Cranfield , Reino Unido 7

Nanyang Technological University Nanyang Ave, Cingapura 6

University of Queensland Queensland, Austrália 4

Arizona State University Tempe, Estados Unidos 3

Vaasan Yliopisto Vaasa, Finlândia 3

University of Bremen Bremen, Alemanha 3

Royal Melbourne Institute of Technology University Melbourne, Austrália 3

Technische Universitat Berlin Berlin, Alemanha 3

IBS Hyderabad, India 2

Mercator Research Institute on Global Commons and Climate Change

Berlin, Alemanha 2

Pennsylvania State University Old Main, Estados Unidos 2

National Technical University of Athens Atenas, Grécia 2

University of Manchester Manchester, Reino Unido 2

Iowa State University Ames, Estados Unidos 2

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Com relação aos vinte artigos mais relevantes, fator que foi medido a partir da quantidade de citações, é possível destacar suas contribuições para a área do conhecimento relacionado a Supply Chain Resilience e apresenta-los na Tabela 5.

TABELA 5 - 20 artigos mais relevantes

Artigo Autor Contribuição

The severity of supply chain disruptions: Design characteristics and mitigation capabilities Craighead, C.W.; Blackhurst, J.; Rungtusanatham, M.J.; Handfield, R.B, 2007

Apresenta proposições que se relacionam com a gravidade das interrupções da cadeia de suprimentos. Aspectos relacionados

a densidade, complexidade e criticidade estão diretamente relacionadas a gestão de riscos e devem observados para

aquisição de resiliência. An empirical analysis of

supply chain risk management in the German automotive

industry

Thun, J.-H.; Hoenig, D, 2011.

Analisa a exposição ao risco de interrupções da cadeia de suprimentos de 67 plantas industriais alemãs. Os resultados

apontam que o grupo que busca mitigar os riscos de forma preventiva tem melhores resultados em flexibilidade e

segurança;

Social impact assessment: The state of

the art

Esteves, A.M.; Franks, D.; Vanclay, F, 2012

Destaca, entre outros aspectos, o papel da gestão da cadeia de abastecimento em assistências sociais e o desenvolvimento sustentável. Aborda, entre outros aspectos, o desenvolvimento

econômico da comunidade. Isto tudo é avaliado pelo Social Impact Assessment (SIA), que traduzido significa Avaliação

do Impacto Social. Supply chain resilience

in the global financial crisis: An empirical

study

Jüttner, U.; Maklan, S., 2011.

Por meio de estudos empíricos inter-relaciona vulnerabilidade da cadeia de abastecimento e gestão de riscos da cadeia de fornecimento com a Resiliência da cadeia de Suprimentos. Propõe uma investigação inédita em nível global de um evento

disruptivo. A quantitative analysis of disruption risk in a multi-echelon supply chain Schmitt, A.J.; Singh, M., 2012.

Apresenta um modelo de otimização da resiliência da cadeia de suprimentos por meio do aprimoramento da rede e planejamento proativo. Avaliou o posicionamento de estoques e metodologias de backup e seus efeitos na gestão de riscos da

cadeia de suprimentos. Leveraging public-private partnerships to improve community resilience in times of disaster Stewart, G.T.; Kolluru, R.; Smith, M., 2009

Propõe um modelo de resiliência nacional visando diminuir o impacto das catástrofes na comunidade. Aborda aspectos

relacionados a resiliência na economia, ciências comportamentais, gestão da cadeia de abastecimento e de

proteção de infraestrutura crítica.

Aligning product design with the supply chain: A

case study

Khan, O.; Christopher, M.;

Creazza, A., 2012.

Estuda o alinhamento da cadeia de suprimentos e o design do produto para o desenvolvimento de vantagens competitivas

focais e aquisição de resiliência em um varejista do Reino Unido, melhorando a capacidade de resposta dos elos. Dessa

forma também foi possível melhorar a gestão dos riscos de ruptura no abastecimento.

Coopetition and investment for

supply-chain resilience

Bakshi, N.; Kleindorfer, P.,

2009

Apresenta o problema da gestão de risco de ruptura nas cadeias de fornecimento globais. Apresenta estudos sobre

problemas de interrupções na cadeia de abastecimento decorrentes de ataques terroristas e desastres naturais. The influence of relational competencies on supply chain resilience: A relational view Wieland, A.; Wallenburg, C.M., 2013

Explora o domínio da resiliência em cadeia de suprimentos. Sugere que o investimento em agilidade e robustez produz

efeito positivo sobre a resiliência, bem como relações comunicativas e cooperativas, enquanto que a integração não

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Ensuring supply chain resilience: Development and implementation of an assessment tool Pettit, T.J.; Croxton, K.L.; Fiksel, J., 2012

Emprega o uso da ferramenta Supply Chain Resilience Assessment and Management (SCRAM TM) para avaliação

do risco de rupturas nas cadeias de suprimentos gerando informações que podem ser utilizadas em estratégias de aquisição de resiliência e melhoria do desempenho da cadeia. A complex network

approach to supply chain network theory

Hearnshaw, E.J.S.; Wilson,

M.M.J,

Sugere que as redes de suprimentos são sistemas adaptativos e complexos e que os sistemas de cadeia de suprimentos eficientes e resilientes se assemelham a uma rede sem escala.

Apresentou uma revisão da literatura com o objetivo de avançar na literatura com abordagens teóricas e empíricas. Reducing the risk of

supply chain disruptions

Chopra, S.; Sodhi, M.S.,

2014.

Propõe estratégias de regionalização nas cadeias de fornecimento como forma de proporcionar resiliência as cadeias de suprimento, reduzindo interrupções e quebras no

fornecimento. Network governance and

regional resilience to climate change: Empirical evidence from

mountain tourism communities in the Swiss Gotthard region

Luthe, T.; Wyss, R.; Schuckert,

M., 2012.

Estudo empírico dos fatores que impactam a economia de regiões montanhosas da Suíça. Um dos aspectos críticos ao

desenvolvimento dessas regiões é a falta de integração de alguns setores da cadeia de fornecimento para a rede global.

Locating backup facilities to enhance supply chain disaster

resilience

Ratick, S.; Meacham, B.; Aoyama, Y., 2008

Trata sobre a estratégia de uso de recursos de backup de emergência e armazenamento para complementar a estrutura da organização com o objetivo de reagir as rupturas e adquirir resiliência. Apesar de apresentar custos significativos, o autor

afirma haver benefícios em interrupções de longo prazo. Evaluation and analysis

of logistic network resilience with application to aircraft servicing Wang, D.; Ip, W.H., 2009.

Emprega uma abordagem quantitativa para avaliar a resiliência das redes logísticas no mercado aeronáutico. Foi

desenvolvida uma ferramenta para monitorar a cadeia de suprimentos, que após a avaliação de especialistas, teve

potencial de aplicação. Risk and resilience in

agri-food supply chains: The case of the ASDA PorkLink supply chain in

Scotland

Leat, P.; Revoredo-Giha,

C., 2013.

Analisa a cadeia de abastecimento de carne de porco na Escócia e propõe que a gestão de risco e de colaboração entre as partes interessadas pode aumentar a resiliência da cadeia. O

autor apresentar a abordagem de colaboração horizontal e vertical entre produtores e distribuidores para mitigar as interrupções que pressionam ainda mais as margens dos

produtos do setor. The Ripple effect in

supply chains: Trade-off 'efficiency-flexibility- resilience' in disruption management Ivanov, D.; Sokolov, B.; Dolgui, A., 2014.

O estudo apresenta diferentes dimensões sobre o efeito cascata da cadeia de suprimentos. O autor sugere há um trade-off entre flexibilidade, eficiência e resiliência e que raramente ferramentas quantitativas são aplicadas para mensurar estes eventos de interrupções, identificando lacunas existentes na

pesquisa atual e delineando linhas de pesquisa futuras. Supply chain resilience:

Definition of concept and its formative

elements

Ponis, S.T.; Koronis, E., 2012.

Este artigo conceitualiza supply chain resiliência e identifica, por meio da revisão da literatura, que preparar a rede para planejar e prever para reagir de forma adaptativa pode reduzir

o impacto das interrupções na cadeia de suprimentos. Mitigation processes -

antecedents for building supply chain resilience

Scholten, K.; Scott, P.S.; Fynes,

B., 2014.

Propõe um quadro de resiliência cadeia de suprimentos integrada, investigando as interdependências entre o conceito

base da literatura estratégica da resiliência da cadeia de suprimentos e processos de gestão de desastres.

Security, visibility and resilience: The keys to mitigating supply chain

vulnerabilities

Glickman, T.S.; White, S.C.,

2006.

Afirma que a terceirização dos processos aumentou a quedas nos custos de processamento, mas também aumentou a necessidade de cadeias mais bem coordenadas e eficientes. Os

acontecimentos de 9/11 mostraram a vulnerabilidade destas cadeias com a possibilidade de afetar um elo importante.

Portanto a resiliência e a segurança são as soluções para mitigar tais vulnerabilidades.

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O referencial levantado expõe a abordagem de resiliência da cadeia de suprimentos em diferentes indústrias, como de carne suína e aeronáutica, influencias regionais nestas cadeias em países como Reino Unido, Alemanha e regiões montanhosas da Suíça, e propõem estratégias para diminuição de rupturas no fornecimento como estratégias de backup de estoque ou recursos produtivos, regionalização da cadeia, integração por meio de sistemas de informação e abordagens quantitativas para averiguação da vulnerabilidade. Além disso, ressaltam a importância de estratégias como a terceirização de processos industriais em ambientes de desastres naturais ou terrorismo, ressaltando a importância da resiliência também em causas sociais e humanitárias.

Nos artigos extraídos da base de dados para a pesquisa é possível afirmar que há uma área da literatura pouco explorada sobre indicadores para mensurar resiliência da cadeia de suprimentos. As interrupções na cadeia são fatores intrínsecos as mesmas e devem ser mensuradas com a finalidade de mitigar as rupturas e impactos gerados, valendo-se de parâmetros de análise para ações proativas e traçando estratégias corretivas.

Sobretudo, são abordagens mais voltadas a cadeia de suprimentos empresarial, relacionados a distribuição de bens e produtos em condições normais de mercado, mas há uma carência de estudos relacionados a causas humanitárias, guerras ou após desastres naturais. A movimentação de insumos ou produtos em ambientes críticos é uma fronteira da literatura. Há um crescente clamor popular devido aos impactos gerados para a população local, sobreviventes ou enfermos decorrentes dos acontecimentos antecedentes. Na extração da base de dados realizada, há uma evidente lacuna sobre as cadeias de suprimentos relacionadas a distribuição de medicamentos em caso de epidemias, sobretudo em caso latino-americanos, alimentos e outros itens essenciais a vida nas quais uma ruptura poderia significar e mortalidade ou agravamento de um determinado quadro. Nestes casos torna-se ainda mais essencial também indicadores do nível de exposição ao risco.

As camadas das cadeias analisadas nestes artigos tratam de relações entre empresas e por fim a distribuição ao consumidor final, havendo uma carência de estudos sobre a interface entre empresas que fabricam os produtos e órgãos governamentais que distribuem para as causas sociais e humanitárias como medicamentos. A primeira abordagem está inerentemente relacionada a economicidade de recursos e redução dos impactos no preço de venda, já na segunda a necessidade está na confiabilidade da cadeia, expondo ainda mais a lacuna de indicadores que mensurem estes objetivos de desempenho.

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5. Considerações Finais

O presente artigo buscou responder as perguntas sobre “qual o estágio da literatura sobre Supply Chain Resilience?”. A finalidade de orientar pesquisadores a propor contribuições nas lacunas apresentadas e que venham a contribuir cientificamente para avanços sobre tema. O objetivo foi atingido com a apresentação dos artigos mais relevantes sobre o tema, os países onde as pesquisas são mais fomentadas, assim como as instituições, os periódicos de maior relevância e as fronteiras da literatura a serem exploradas.

As limitações são (1) os artigos publicados apenas em periódicos científicos, (2) apenas a base de dados Scopus foi considerada por fornecer dados consistentes. Portanto, também recomenda-se na proposição de novas contribuições a pesquisa em anais de congressos, dissertações, livros e teses, bem como em outras bases de dados.

Os autores desta pesquisa, todavia, acreditam terem contribuído para formação de um conhecimento sobre a área de Supply Chain Resilience, apresentando os artigos mais relevantes sobre o tema. Dessa forma, futuras estudos podem ser realizados diante das lacunas e áreas pouco exploradas da literatura apresentadas, propondo avanços significativos a teoria.

Referências

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