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Análise da utilização do geoprocessamento na administração municipal:alcances e limitações dos programas governamentais de disseminação das geotecnologias

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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBA ESCOLA POLITÉCNICA MESTRADO EM ENGENHARIA AMBIENTAL URBANA. CÁSSIO MARCELO SILVA CASTRO. ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DO GEOPROCESSAMENTO NA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL: ALCANCES E LIMITAÇÕES DOS PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS DE DISSEMINAÇÃO DAS GEOTECNOLOGIAS. SALVADOR - BAHIA 2009.

(2) CÁSSIO MARCELO SILVA CASTRO. ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DO GEOPROCESSAMENTO NA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL: ALCANCES E LIMITAÇÕES DOS PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS DE DISSEMINAÇÃO DAS GEOTECNOLOGIAS. Dissertação apresentada ao Programa de Pós Graduação em Engenharia Ambiental Urbana, da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia – UFBA, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Engenharia Ambiental Urbana. Orientador: Prof. Dr. Artur Caldas Brandão. SALVADOR - BAHIA 2009.

(3) Castro, Cássio Marcelo Silva Análise da utilização do geoprocessamento na administração municipal: alcances e limitações dos programas governamentais de disseminação das geotecnologias / Cássio Marcelo Silva Castro. – Salvador, 2009. 247 f. : il. color. Orientador: Prof. Dr. Artur Caldas Brandão Dissertação (mestrado) – Universidade Federal da Bahia. Escola Politécnica, 2009. 1. Urbanismo. 2. Geoprocessamento. 3. Base Cartográfica Municipal - PRODUR I. Universidade Federal da Bahia. II. Título..

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(5) Maria de Lourdes (minha avó Dinda) IN MEMORIAM.

(6) Dedico este trabalho também aos meus dois amores, meus filhos João Marcelo e Maria Anita, nascidos durante o período de elaboração desta dissertação, que em muitas ocasiões não pude dar a atenção devida, por estar “enfurnado” neste trabalho.....

(7) AGRADECIMENTOS A DEUS pela oportunidade de estar aprendendo neste mundo tão desigual, por ter me permitido cursar graduação, especialização e agora mestrado em instituições públicas de ensino ..."por ter me permitido sair vitorioso desta luta; fazei com que esta vitória me dê a força de resistir às novas tentações"(...); Aos grandes amigos pela grata convivência; Ao Prof. Artur, pela orientação e aos demais professores que fazem parte da banca examinadora; Aos professores e funcionários do MEAU, em especial o coordenador Prof. Ricardo; Aos colegas e amigos do MEAU, em especial Rosely Sampaio, Yse Vinhais, Alfredo, Fabiana, Denise, Lázaro, Carlos Thé, Nivaldo, Adriano Mascarenhas; Aos companheiros de trabalho na SEPLAM, hoje SEDHAM, em especial D. Hilda e o pessoal da Biblioteca; Aos atuais e antigos companheiros de trabalho do INFORMS, pela amizade e convivência, em especial a Fernando Cabussu, pela ajuda logística no momento de elaboração da pesquisa, bem como a César Santos, Tiago Ribeiro, Rodolfo Menezes, Nilton Santana, Fabíola Andrade e Francisco Brito, pela conversas, palavras de incentivo e dicas que tanto ajudaram na elaboração do texto; Aos paranaenses Evemar Wernick e Virginia Nalini do PARANACIDADE e Marco Rucinsk da COPEL, que ajudaram na pesquisa de campo em Curitiba em outubro de 2008; Aos cearenses Beatriz Rufino e Emanuel Ramos pelas dicas e a Sr.ª Carmen da Secretaria de Estado das Cidades; Um agradecimento muito especial aos amigos das 31 prefeituras aqui estudadas que responderam ao questionário de forma muito solícita e muito contribuiram, em especial Ebert Oliveira, Vanessa e Franci, de Valença, Gilson Teles, de Bom Jesus da Lapa, Zé Reinaldo, de Feira de Santana, Wilson Assis, de Alagoinhas, Sueli Barreto, de Simões Filho, Max Chandler, de Candeias, Reginaldo Novais, de Jequié, Agildo Farias, de Catu, Felipe Viveiros, de Cruz das Almas, André Santos, de Juazeiro, e João Carlos de Barros, de Santo Amaro, Renato Pastana, de Porto Seguro, bem como aos demais, meu muito obrigado !!! Aos meus pais, Umberto e Vanice, pelo carinho e lembrança sempre fraternal; A minha irmã, Rita, hoje trilhando novos caminhos em sua carreira profissional, prestes a concluir seu doutorado em Portugal; A minha família, minha esposa Elianita, e meus filhos João e Maria, pela paciência e apoio e compreensão na ausência no período de elaboração da dissertação..

(8) Cartas geográficas e mapas que não podem ser conhecidos pelos habitantes de seu país são tão absurdos quanto uma tocha que jamais se acende. A. Sudakov, 1991 (A revelaç ão dos mapas soviéticos).

(9) RESUMO A gestão urbana tende a incorporar ferramentas adequadas à compreensão dos processos econômicos e sociais, que acontecem no espaço. Neste contexto, a coleta, o armazenamento, a análise e a apresentação de dados espaciais, bem como o prévio conhecimento do território e de suas formas de ocupação, com suporte dos recursos da informática, proporcionam à informação geográfica uma fundamental importância. Este trabalho apresenta programas governamentais que ocorreram em quatro estados brasileiros, com ações nas áreas de infra-estrutura e desenvolvimento urbano; recuperação de áreas degradadas e desenvolvimento institucional, oferecendo apoio técnico e financeiro às prefeituras, com o intuito de fortalecer a gestão municipal. Especificamente, os programas auxiliaram a implantação do geoprocessamento nas prefeituras, graças à produção das bases cartográficas municipais, financiamento de projetos de cadastro técnico municipal, e incentivos à elaboração de sistemas de informação e setores específicos. O trabalho tem como objetivo analisar como as prefeituras de municípios selecionados do interior baiano envolvidas no Projeto Bases Cartográficas Municipais vêm utilizando a cartografia e o geoprocessamento em suas atividades, buscando compreender os alcances e limitações do projeto, através da análise de documentos oficiais, textos acadêmicos, questionários e consultando pessoas que tiveram papel fundamental no processo de implementação, sistematizando as ações desenvolvidas, em relação a capacitação, acompanhamento e fiscalização dos trabalhos por parte da esfera estadual e equipes locais, com o intuito de identificar os alcances, bem como os objetivos propostos pelo programa.. Palavras-chave: Urbanismo, Geoprocessamento, Base Cartográfica Municipal - PRODUR..

(10) ABSTRACT. The urban management tends to incorporate appropriate tools for the understanding of economic and social processes that occur in space. In this context, the collection, the storage, the analysis and the presentation of spatial data, as well as the prior knowledge of the territory and its forms of occupation, with the support of computing, gives a primordial prominence of spatial information. This paper presents government programs in four brazilian states, with actions planned for the areas of infrastructure and urban development, rehabilitation of degraded areas and institutional development, which offered technical and financial support to municipalities in order to strengthen the management municipal. Specifically, the programs helped the deployment of GIS in municipalities, through the production of cartographic bases, financing of projects for cadastres technical, and encouraging the development of information systems and specifics department. The work aims to analyze how the local authorities of selected cities of Bahia involved in the project Municipal Cartographic are using map and GIS in their work, seeking to understand their scope and limitations of project, through the analysis of official documents, academic texts, questionnaire and consulting people who have had major role in the implementation process, systemizing developed actions in relation to training, monitoring and supervision of work by teams of state and local staff, in order to identify the scope and the objectives proposed by program. Keywords: Urbanism, GIS, Municipal Cartographic - PRODUR..

(11) LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Relação entre dados, informação e conhecimento Figura 2 – Cadastro técnico associado a um SIG Figura 3 - Municípios contemplados pelo Paraná Urbano I e II Figura 4 - Exemplo de base cartográfica do PARANÀ URBANO – município de Lapa (1996) Figura 5 - Foto da mapoteca do PARANACIDADE, em Curitiba (outubro/2008) Figura 6 - Telas do aplicativo GEOPOLIS II – Módulo Logradouro Figura 7 - Mapa - Municípios participantes do Programa Bases Cartográficas Municipais Figura 8 – Municípios envolvidos na proposta de convênio regional Figura 9 - Amostra de unidades imobiliárias atendidas pelo PSF Figura 10 - Amostra de unidades imobiliárias com atividade comercial na região central da cidade Figura 11 - Cruz das Almas - Sistema viário proposto na revisão do PDU Figura 12 - Itabuna – Vazios e assentamentos precários Figura 13 - Divisão de bairros na área urbana do distrito sede de Valença Figura 14 - Geoprocessamento no SAAE – amostra da rede de distribuição Figura 15 - Divisão dos Distritos e respectivas áreas urbanas de Valença Figura 16 - PDU - Planta do sistema de abastecimento de água da sede municipal Figura 17 - Gráfico da distribuição dos setores responsáveis pelo geoprocessamento e/ou base Figura 18 - Demandas das administrações municipais em informação espacial Figura 19 - Mapa digital de Jacobina no sítio do INFORMS Figura 20 - Tela do portal INFOLOCAL da Prefeitura de São Paulo Figura 21 - Municípios da Bahia com mapeamento digital informatizado – IBGE, 2001 Figura 22 - Tela inicial do aplicativo GEOSNIC em ambiente web Figura 23 – Detalhe de imagem CBERS 2-B, sensor HRC, da área central de Feira De Santana (data da cena 25/07/2008). 28 36 56 58 60 68 72 75 81 82 91 114 148 149 150 154 157 158 165 166 168 176 182.

(12) LISTA DE TABELAS Tab. 1 – Composição das receitas dos municípios - 1996 (%) Tab. 2 – Cadastro Imobiliário nas cidades brasileiras – 2001 Tab. 3 – Distribuição dos recursos investidos por componente Tab. 4 - Ações do Componente de Desenvolvimento Institucional Tab. 5 – Dados levantados dos municípios da Região Metropolitana de Salvador – RMS Tab. 6 – População dos municípios contemplados pelo projeto Bases Cartográficas Municipais Tab. 7 – Dados básicos levantados nas duas semanas de trabalho Tab. 8- Ranking final do GEOÍNDICE Tab. 9 - Municípios com mapeamento digital informatizado - 2001 Tab. 10 - Custos para aquisição das bases cartográficas junto a CONDER Tab. 11 - Movimento de saída das bases cartográficas (2002-2008). 48 50 64 64 69 71 146 162 168 170 171.

(13) LISTA DE QUADROS Quadro 01 - Periodização da Atuação das Agências Internacionais na Gestão Urbana Quadro 02 – Comparação dos programas governamentais federais de atuação no urbano Quadro 03 – Caracterização dos programas estaduais com elaboração de bases cartográficas Quadro 03 – Composição do cálculo do GEOÌNDICE. 51 54 160 161.

(14) LISTA DE SIGLAS ANA - Agência Nacional das Águas ANP - Agência Nacional do Petróleo BAHIAGÀS – Companhia de Gás da Bahia BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento BIRD - Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento BM - Banco Mundial CAR - Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional CDM - Centro de Documentação, Estudos e Informações Municipais CEFET - Centro Federal de Educação Tecnológica CIA - Centro Industrial de Aratu CIS – Centro Industrial do Subaé CF 88 – Constituição Federal de 1988 CMB - Câmara Municipal de Barreiras CODEVASF - Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco COELBA – Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia CONDER - Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia COPEL - Companhia Paranaense de Energia Elétrica CPD - Centro de Processamento de Dados CPRM - Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais CTM - Cadastro Técnico Multifinalitário DI – Desenvolvimento institucional DNOCS - Departamento Nacional de Obras Contra as Secas DNPM - Departamento Nacional de Produção Mineral EC – Estatuto da Cidade EMBASA - Empresa Baiana de Águas e Saneamento EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária FAMEPAR - Instituto de Assistência aos Municípios do Paraná FDU - Fundo Estadual de Desenvolvimento Urbano FEA - Fundação Escola de Administração FPM - Fundo de Participação dos Municípios FUNAI - Fundação Nacional do Índio FUNCATE - Fundação de Ciências, Aplicações e Tecnologias Espaciais FUNDEF - Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental GEOPOLIS - Sistema de Gerenciamento de Base de Dados Geográficos Municipais GIS - Geographic Information System HBB – Programa Habitar Brasil BID IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços IDE - Infra-Estruturas de Dados Espaciais INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária INFORMS - Sistema de Informações Geográficas Urbanas do Estado da Bahia INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais IPAC - Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado da Bahia IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados IPTU - Imposto Predial e Territorial Urbano IR – Imposto de Renda ISS - Imposto sobre Serviços ITBI - Imposto sobre a Transmissão de Bens e Imóveis ITR - Imposto Territorial Rural LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias LOA – Lei do Orçamento Anual LMEO - Linha Média de Enchentes Ordinárias.

(15) LRF - Lei de Responsabilidade Fiscal MCidades - Ministério das Cidades MMA - Ministério do Meio Ambiente MS - MINISTÉRIO DA SAÚDE NUSERE – Núcleo de Sensoriamento Remoto OGU - Orçamento Geral da União MS – Ministério da Saúde PACS - Programa de Agente Comunitário de Saúde PEDU - Programa Estadual de Desenvolvimento Urbano PEMAS - Plano Estratégico Municipal de Assentamentos Subnormais PETI - Programa de Erradicação do Trabalho Infantil PIB – Produto Interno Bruto PL - Projeto de Lei PM - Prefeitura Municipal PMAT - Programa de Modernização da Administração Tributária e da Gestão dos Setores Sociais Básicos PMB - Prefeitura Municipal de Barreiras PMBJL - Prefeitura Municipal de Bom Jesus da Lapa PMFS - Prefeitura Municipal de Feira de Santana PMV - Prefeitura Municipal de Valença PNAFM - Programa Nacional de Apoio à Administração Fiscal para os Municípios Brasileiros PNCC - Programa Nacional de Capacitação das Cidades PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PPA - Plano Plurianual PQ - Planta de quadra PRAM - Programa de Ação Municipal PRC - Planta de Referência Cadastral PRODUR - Programa de Administração Municipal e Desenvolvimento de Infra-Estrutura Urbana PROURB - Programa de Desenvolvimento Urbano e de Gerenciamento de Recursos Hídricos PSF - Programa de Saúde da Família PUC-CAMPINAS - Pontifícia Universidade de Campinas PVG - Planta de Valores Genéricos RLAM - Refinaria Landulfo Alves de Mataripe RMS – Região Metropolitana de Salvador SAAE – Serviço Autônomo de Água e Esgoto SANEPAR - Companhia de Saneamento do Paraná SEAF - Secretaria de Administração e Finanças de Porto Seguro SEDU - Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano do Paraná SEDU/PR - Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano da Presidência da República SEDUR - Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Bahia SEFAZ – Secretaria da Fazenda SEFIN – Secretaria de Finanças SEI - Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia SEINFRAHM - Secretaria de Infra-estrutura, Habitação e Meio Ambiente de Juazeiro SEPLAN - Secretaria de Planejamento da Bahia SEPLANTEC - Secretaria de Planejamento, Ciência e Tecnologia da Bahia SGBD - Sistemas de Gerenciamento de Banco de Dados SI - Sistemas de Informação SICAFS - Sistema Cartográfico municipal de Feira de Santana SIEMA - Secretaria de Infra-estrutura e Meio Ambiente de Senhor do Bonfim SIG - Sistemas de Informação Geográfica SIMGEPLAN - Sistema Municipal de Gestão do Planejamento SNIC - Sistema Nacional de Informação das Cidades.

(16) SOMMA - Programa de Saneamento Ambiental, Organização e Modernização dos Municípios do Estado de Minas Gerais SPRING - Sistema para Processamento de Informações Georreferenciadas SPU - Secretaria de Patrimônio da União STN – Secretaria do Tesouro Nacional SUDIC - Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial SUS - Sistema Único de Saúde TI’s- Tecnologias da informação UEFS - Universidade Estadual de Feira de Santana UESB - Universidade Estadual do Sudoeste Baiano UESC - Universidade Estadual de Santa Cruz UFBA - Universidade Federal da Bahia UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro UNEB - Universidade do Estado da Bahia UniA - Centro Universitário de Santo André UNIVASF – Universidade Federal do Vale do São Francisco UPB - União dos Municípios da Bahia URBIS - Habitação e Urbanização da Bahia em Liquidação.

(17) SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .....................................................................................................................18 1.1 Metodologia.....................................................................................................................20 1.2 Organização do Trabalho ...............................................................................................23 2. GEOPROCESSAMENTO E POLÍTICAS PÚBLICAS : APLICAÇÕES NO URBANISMO 25 2.1. Elementos Básicos do Geoprocessamento ..................................................................27 2.2. Geoprocessamento e Urbanismo..................................................................................29 2.3. Informação como Ferramenta de Gestão do Território ................................................37 2.4. A Gestão Urbana e as Políticas Públicas .....................................................................39 2.4.1. Perspectivas e Transformações a Partir da Década de 80....................................42 2.5. Descentralização, Autonomia e Finanças Municipais ..................................................44 2.6. Atuação Governamental em Programas Urbanos ........................................................51 2.6.1. Cenário Geral da Intervenção Urbana ....................................................................52 2.6.2. Programas Governamentais e o Geoprocessamento............................................55 2.6.2.1 O Caso do Paraná.............................................................................................55 2.6.2.2 O Caso do Ceará...............................................................................................60 2.6.2.3 O Caso de Minas Gerais ...................................................................................62 3. A EXPERIÊNCIA DO ESTADO DA BAHIA........................................................................63 3.1 Caracterização do PRODUR ......................................................................................63 3.2 Condicionantes da Implantação..................................................................................65 3.3 Municípios Envolvidos no Projeto...............................................................................70 3.3.1 Alagoinhas ............................................................................................................73 3.3.2 Barreiras ...............................................................................................................76 3.3.3 Bom Jesus da Lapa..............................................................................................78 3.3.4 Brumado ...............................................................................................................82 3.3.5 Candeias ...............................................................................................................84 3.3.6 Catu ......................................................................................................................87 3.3.7 Cruz das Almas ....................................................................................................88 3.3.8 Eunápolis ..............................................................................................................92 3.3.9 Feira de Santana ..................................................................................................95 3.3.10 Guanambi .........................................................................................................101 3.3.11 Ilhéus ................................................................................................................103 3.3.12 Ipiaú ..................................................................................................................106 3.3.13 Irecê..................................................................................................................108 3.3.14 Itaberaba...........................................................................................................110 3.3.15 Itabuna ..............................................................................................................111 3.3.16 Itamaraju ...........................................................................................................115 3.3.17 Itapetinga ..........................................................................................................117 3.3.18 Jacobina ...........................................................................................................119 3.3.19 Jequié ...............................................................................................................121 3.3.20 Juazeiro ............................................................................................................124 3.3.21 Luís Eduardo Magalhães .................................................................................126 3.3.22 Porto Seguro.....................................................................................................128 3.3.23 Santa Cruz Cabrália .........................................................................................130 3.3.24 Santo Amaro.....................................................................................................132 3.3.25 Santo Antônio de Jesus ...................................................................................134 3.3.26 Senhor do Bonfim .............................................................................................135 3.3.27 Serrinha ............................................................................................................137.

(18) 3.3.28 Simões Filho .....................................................................................................138 3.3.29 Teixeira de Freitas ............................................................................................140 3.3.30 Valença.............................................................................................................143 3.3.31 Vitória da Conquista .........................................................................................151 3.4 Análise da Aplicação dos Questionários nos Municípios ............................................155 3.4.1 A construção do GEOÍNDICE................................................................................161 4. A DISSEMINAÇÃO DAS INFORMAÇÕES E AS NOVAS EXPERIÊNCIAS ...................163 4.1 Dados Cartográficos e Internet.....................................................................................163 4.2 Bases Cartográficas em Pesquisas do IBGE...............................................................166 4.3 A Disseminação das Informações................................................................................169 4.4. A Experiência Recente do Ministério das Cidades .....................................................173 4.5. A indicação de Caminhos Alternativos ........................................................................177 4.5.1 Os Consórcios e a Cooperação Intermunicipal .....................................................177 4.5.2 A Profissionalização do GIS ..................................................................................178 4.5.3. A Utilização de Software Livre..............................................................................179 4.5.4. As Infra-Estruturas de Dados Espaciais...............................................................180 4.5.5. A utilização de imagens de satélite gratuitas .......................................................181 CONSIDERAÇÕES................................................................................................................184 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA...........................................................................................190 APÊNDICE .............................................................................................................................204 QUESTIONÁRIO PILOTO..................................................................................................205 QUESTIONÁRIO 2 .............................................................................................................207 ANEXOS.................................................................................................................................211 A – DOCUMENTOS/REPORTAGENS SOBRE OS MUNICÍPIOS.......................................212 A1 – ALAGOINHAS ............................................................................................................213 A2 – BRUMADO .................................................................................................................215 A3 – CRUZ DAS ALMAS ....................................................................................................217 A4 – ILHÉUS .......................................................................................................................220 A5 – ITABUNA ....................................................................................................................222 A6 – JUAZEIRO..................................................................................................................230 A7 - VALENÇA....................................................................................................................232 B – PRODUR - PERFIL DAS AÇÕES DE CADASTRO TÉCNICO.....................................234 C – DOCUMENTOS DOS OUTROS PROGRAMAS GOVERNAMENTAIS ........................237 C1 – RELAÇÃO DOS MUNICÍPIOS COM BASE CARTOGRÁFICA ELABORADA PELO PARANACIDADE................................................................................................................238 C2 – MAPA DO MUNICÍPIO DE CIANORTE COM SITUAÇÃO DAS OBRAS DE PAVIMENTAÇÃO DOS LOGRADOUROS.........................................................................242 C3 – MAPA DAS CIDADES ESTRATÉGICAS DO PROURB, COM BASE CARTOGRÁFICA ELABORADA ........................................................................................244.

(19) 17. APRESENTAÇÃO. A presente dissertação encontra-se inserida na área temática de pesquisa em Sistemas de geoprocessamento e cadastro técnico georreferenciado, e consiste no resultado de reflexões oriundas da produção acadêmica e da atividade profissional que têm sido desenvolvidas, desde o ano de 2000, especificamente nas áreas de urbanismo,. geoprocessamento,. cadastro. técnico. multifinalitário,. indicadores. municipais georreferenciados e elaboração de mapas temáticos, onde foi possível conhecer, em parte, suas formas de apropriação pelos técnicos de alguns municípios situados no interior da Bahia, como Feira de Santana, Valença, Dias d’Ávila, Camaçari, Paulo Afonso, além da própria capital, para citar alguns exemplos. O conhecimento da realidade vivenciada por estes municípios, permitiu, de uma maneira geral, conhecer a problemática referente a utilização das geotecnologias e cadastro técnico multifinalitário, em algumas prefeituras do interior do nordeste brasileiro, bem como vivenciar soluções inovadoras, ainda que em menor quantidade. A identificação das potencialidades das geotecnologias na administração pública motivou o aprofundamento do seu estudo. Algumas inquietações particulares, circunscritas no âmbito do urbanismo acrescentam ainda a necessidade de. entender. em. todas. as. dimensões,. a. utilização. da. geoprocessamento na realidade específica dos municípios baianos.. tecnologia. do.

(20) 18. 1. INTRODUÇÃO Programar uma intervenção, seja ela uma obra ou um trabalho de cunho social, por exemplo, sem um conhecimento prévio das condicionantes físiconaturais, perfil demográfico e processos socioeconômicos que no local se processam, podem caracterizar o insucesso na iniciativa. Estudos demonstram que a gestão pública tende a incorporar ferramentas adequadas à compreensão de processos econômicos e sociais, cada vez mais complexos, que acontecem no território. Neste contexto, o uso da informação geográfica se reveste de fundamental importância, pois através do prévio conhecimento do espaço e das formas de ocupação do mesmo, é possível auxiliar os gestores na tomada de decisões. O geoprocessamento é uma área de conhecimento, que possibilita uma análise integrada, confiável e rápida de um grande número de variáveis que interferem sobre um dado problema, contribuindo para a definição de soluções racionais e objetivas. A possibilidade de cruzar informações de caráter espacial com relatórios, a utilização de bancos de dados, e a elaboração de mapas auxiliam sobremaneira o processo de planejamento. Ao longo dos últimos anos, o Estado vem estimulando e até mesmo incorporando a utilização das geotecnologias nas políticas públicas Brasil, notadamente naquelas gestadas no meio urbano. Na década de 90, por exemplo, o governo federal, através do Habitar Brasil BID - HBB e do Programa Nacional de Apoio à Administração Fiscal para os Municípios Brasileiros - PNAFM, bem como os governos estaduais criaram programas de desenvolvimento urbano onde estas tecnologias. já. faziam. parte. das. ações. previstas. nos. componentes. de. desenvolvimento institucional. Entre os estados com iniciativas deste tipo, é possível citar o Paraná, o Ceará, Minas Gerais e a Bahia, onde a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional – CAR, com apoio da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia – CONDER, entre março de 1997 e setembro de 2004, coordenaram o Projeto Bases Cartográficas Municipais, no âmbito do Programa de Administração Municipal e Desenvolvimento de InfraEstrutura Urbana – PRODUR..

(21) 19. O PRODUR ofereceu apoio técnico e financeiro às Prefeituras, com o intuito de estimular o fortalecimento da gestão municipal e melhoria da infra-estrutura, e especificamente financiou a produção de base cartográfica digital das áreas urbanas em 31 municípios do Estado durante o período do programa. Além das bases, o projeto implantou ações que buscavam disseminar a cultura do geoprocessamento nas prefeituras envolvidas, inclusive com a capacitação de técnicos e doação de equipamento de informática. Somente nesta etapa de confecção dos produtos cartográficos, o Estado investiu quase nove milhões de reais, em valores da época, segundo documentos da CAR. Este trabalho tem como objetivo geral analisar como as administrações municipais envolvidas no Projeto Bases Cartográficas Municipais vêm utilizando a base. cartográfica. e. o. geoprocessamento. em. suas. atividades,. buscando. compreender seus alcances e limitações. No que concerne a esta utilização, foram analisados as seguintes variáveis: - amplitude/integração setorial: maior número de órgãos/setores da prefeitura atingidos, atividades envolvendo a utilização da base cartográfica; - recursos humanos: pessoal capacitado/quadro de servidores com condições de trabalhar com a “base”, contratação de empresas terceirizadas para a prestação de serviços na área, ou utilização de mão-de-obra própria; - recursos tecnológicos: equipamentos de informática utilizados/adquiridos, como computadores, receptor de sinal dos sistemas globais de navegação por satélite, tipo GPS ou GLONASS; - alimentação: atualização da base recebida, com inserção de novas informações/níveis; - institucional: criação de setores específicos nas administrações municipais para coordenar as ações na área; - articulação: estabelecimentos de acordos de cooperação técnica com outros organismos governamentais do Estado e da União. Têm ainda os seguintes objetivos específicos:.

(22) 20. (1) Analisar como as geotecnologias podem auxiliar as administrações municipais na gestão urbana; (2) Analisar como as administrações municipais vêm se equipando para utilização da base cartográfica; (3) Indicar soluções alternativas para incentivar uma utilização mais efetiva das geotecnologias nas prefeituras estudadas. (4) Identificar e analisar nos municípios estudados as modalidades de aplicação (demandas) das geotecnologias específicas na área das políticas públicas locais; Para tanto, foi necessária a aplicação de questionários, bem como a realização de entrevistas, para verificação dos objetivos propostos, e principalmente para conhecimento da realidade destes municípios, cujos dados obtidos foram posteriormente tabulados, e funcionaram como fio condutor das discussões. A hipótese preliminar para este trabalho sinaliza que a inexistência de um corpo técnico qualificado e engajado, bem como a ausência de uma cultura de geotecnologias, são as maiores causas de insucesso nos projetos que envolvem a implantação do geoprocessamento em municípios do interior.. 1.1 Metodologia. A dissertação aborda a questão da utilização do geoprocessamento em prefeituras selecionadas do interior baiano.. Inicialmente para o cumprimento do. primeiro objetivo específico foi necessário a realização de uma revisão bibliográfica da literatura atinente à temática escolhida, avaliando livros existentes sobre o tema, bem como artigos, dissertações e teses, buscando entender a questão do protagonismo local e a da descentralização, de como as administrações municipais vêm se aparelhando para enfrentar novas demandas e atribuições surgidas a partir da Constituição Federal de 1988 - CF 88, e por conseguinte como o geoprocessamento pode auxiliar a gestão urbana, como vem sendo utilizado por Prefeituras de outras unidades da federação, referenciando algumas experiências que merecem destaque..

(23) 21. Para consecução dos demais objetivos específicos foi necessária a realização de estudos do tipo descritivo-analítico, fundamentados em abordagens quantitativas e qualitativas. Foi considerado como universo de análise, os 31 municípios baianos que fizeram parte do projeto Bases Cartográficas Municipais. A partir da identificação destes municípios, foram realizados levantamentos de dados preliminares sobre a realidade dos mesmos, que serviram de subsídio a elaboração de diagnósticos simplificados de sua realidade, compostos de uma breve evolução histórica e perfil sócio-econômico. Para melhor entender a questão do geoprocessamento nestes municípios foi necessária a aplicação de questionários, (constantes no Apêndice), que serviram para avaliar o grau de conhecimento, entendimento das geotecnologias, bem como para. identificar. as. fraquezas. e. virtudes. encontradas,. em. termos. de. geoprocessamento, no universo dos municípios estudados, avaliando efetivamente seu grau de utilização nas atividades da administração pública, e obter informações detalhadas dos municípios envolvidos. Ambos os questionários possuíam em sua primeira página, uma breve descrição da pesquisa e uma apresentação do autor, que serviu para familiarizar o entendimento da pesquisa por parte dos respondentes. Foram elaborados dois tipos de questionários: -. Questionário piloto, com apenas quatro perguntas, que foi aplicado em quatro prefeituras, que serviu para avaliar a receptividade da pesquisa e sua aplicabilidade, validação da técnica, e identificação dos dados preliminares e confirmação da melhor forma de abordagem para obtenção dos dados;. -. Questionário ampliado, com 18 perguntas e mais espaço para comentários adicionais, que foi aplicado em todos os 31 municípios envolvidos, cujos dados serviram para compor o quadro de análise que será mostrado mais adiante. Para identificar os respondentes dos questionários foi necessária a consulta a. página da internet das prefeituras, quando disponível, para identificação de sua estrutura organizacional, possíveis secretarias e pessoas responsáveis que poderiam prestar as informações necessárias, o que nem sempre se constituiu numa tarefa exitosa. Com a identificação preliminar dos possíveis respondentes, o passo.

(24) 22. seguinte foi o encaminhamento da pesquisa. Em virtude da quantidade de municípios e da distribuição geográfica dos mesmos no estado da Bahia, foi adotado inicialmente o envio dos questionários via correio eletrônico (e-mail) aos respondentes. Com o passar dos dias, esta forma se mostrou pouco eficaz, pois uma pequena quantidade de questionários foi respondida pelas mensagens eletrônicas, apesar da quantidade de mensagens eletrônicas enviadas, e, para evitar que não ficasse município algum sem ser estudado, ficou decidido também que o questionário seria aplicado pelo telefone. Aliado a isto, também foram realizadas entrevistas, do tipo parcialmente estruturada, com técnicos conceituados na área, bem como com os técnicos e gestores das Prefeituras estudadas. Neste tipo de entrevista, segundo DIONE & LAVILLE (1999), os temas são especificados e as perguntas (abertas) preparadas previamente. Mas toda a liberdade é permitida, no que concerne à retomada de algumas questões, à ordem na qual algumas perguntas são feitas e ao acréscimo de outras improvisadas. Ainda com o intuito de atender aos dois últimos objetivos específicos, foram efetuados alguns estudos, do tipo “comparativo de casos”. Para complementar tal análise e com o objetivo de mensurar o grau de utilização da tecnologia, foram consideradas no momento de elaboração do questionário as seguintes variáveis, como salientado na página 19, a saber: 1) utilização ou não de geoprocessamento nas atividades; 2) tipos de aplicação existentes nas atividades da prefeitura; 3) procedimentos para atualização da base de dados e da base cartográfica; 4) capacitação dos recursos humanos que lidam com geoprocessamento. De posse destas informações, os dados resultantes da pesquisa de campo foram tabulados e tratados estatisticamente, com utilização de gráficos e tabelas para melhor ilustrar o trabalho. De forma complementar, foram ainda analisados documentos e relatórios institucionais referentes aos programas governamentais existentes na área, visando sistematizar as ações desenvolvidas, em relação à produção de cartografia digital, capacitação, acompanhamento e fiscalização dos trabalhos por parte das esferas federal, estadual e equipes das Prefeituras..

(25) 23. Por fim, para fornecer uma análise mais sistematizada, foram consultados também outros levantamentos de dados específicos sobre as administrações municipais, como por exemplo, a Pesquisa de Informações Básicas Municipais, realizada periodicamente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.. 1.2 Organização do Trabalho O trabalho foi estruturado em introdução, mais três capítulos e as considerações. O segundo capítulo aborda o desenvolvimento das tecnologias da informação experimentado pela sociedade nos últimos anos, apresentando os conceitos imbricados com o geoprocessamento no urbanismo, analisando como o poder público pode trabalhar com a informação geográfica, no que diz respeito à gestão do território, abordando as mudanças ocorridas na administração das cidades observadas a partir da metade do século XX, focalizando o período posterior a Constituição Federal de 1988, e os mecanismos marcantes do período, como a descentralização, o protagonismo do local, e a influência das instituições multilaterais de financiamento nas ações e programas implementados pelo Estado no meio urbano, e experiências semelhantes desenvolvidas em outras unidades da federação. Já o terceiro capítulo apresenta e caracteriza o Projeto Bases Cartográficas Municipais e o PRODUR, seu processo de implantação, apresentando a realidade das cidades baianas participantes, com uma breve apresentação e contextualização da mesma, e os entendimentos originados da aplicação de questionário nos municípios envolvidos, e o estágio atual de utilização da tecnologia do geoprocessamento nas esferas públicas envolvidas. No quarto capítulo é apresentado o resultado de uma pesquisa do IBGE, especificamente sobre a temática escolhida, os exemplos de utilização da base em ambiente internet, o grau de disseminação das bases a partir de dados de venda, cessão e doação do material, por parte da CONDER, bem como a indicação de caminhos alternativos que podem ser trilhados pelos municípios, na obtenção de resultados em seus projetos de geoprocessamento..

(26) 24. Nas considerações finais são sublinhados os principais elementos abordados, delineando os objetivos atendidos e confirmando a hipótese trabalhada no decorrer deste trabalho..

(27) 25. 2. GEOPROCESSAMENTO E APLICAÇÕES NO URBANISMO. POLÍTICAS. PÚBLICAS:. O surgimento e a difusão das tecnologias da informação - TI (bases técnicas ou ferramentas da informática disseminados nas organizações ao longo dos últimos anos) provocaram uma mudança significativa no mundo. A informática assume papel central na sociedade, seja para a empresa privada, bem como para a administração pública e para o usuário particular (HARVEY, 1989). O processamento dos dados censitários em 1960, produzidos pelo IBGE, utilizou os primeiros computadores para uso público no país (TIGRE, 1997). A disseminação e a utilização dos computadores pessoais, a partir da década de 80 do século passado, é a parte fundamental deste avanço. Graças à utilização dos recursos computacionais, aliada à tecnologia das telecomunicações, a informação pode ser coletada em um ponto do globo, e rapidamente repassada a outro local, caracterizando uma alta velocidade da transmissão das informações pelo mundo. Assim, a sociedade atravessa um dinâmico processo de transformações, no qual a informação é valorizada sobremaneira, assumindo um caráter de transversalidade e inter–setorialidade. A expressão “sociedade da informação” denota uma reorganização da sociedade que coloca a informação em primeiro lugar, ao se apoiar em tecnologias que tornam possível sua difusão para uso público ou privado. JULIÃO (1999, p. 3) a caracteriza como um modo de desenvolvimento social e econômico em que a aquisição, armazenamento, processamento, valorização, transmissão, distribuição e disseminação de informação conducente à criação de conhecimento e à satisfação das necessidades dos cidadãos e das empresas, desempenham um papel central na atividade econômica, na criação de riqueza, na definição da qualidade de vida dos cidadãos e das suas práticas culturais.. As tecnologias da informação oferecem a todos, ao menos na teoria, as mesmas oportunidades para explorar e descobrir novas potencialidades. No setor público, desde a década de 70, também se verifica uma utilização mais sistemática da informática para auxiliar a gestão dos seus processos. Entretanto, a aplicação da tecnologia voltava -se inicialmente para a realização de processos internos e.

(28) 26. melhoria dos controles, como acontecia também no setor privado, havendo pouquíssima interação com a sua clientela principal: a comunidade. Estas aplicações foram desenvolvidas com o uso da tecnologia da informação, que conseguiu automatizar tarefas, tornar o processo mai ágil e criar uma imensa base de informações. O governo conseguia atender suas demandas internas, monitorando os gastos com pessoal e pagamentos aos fornecedores, planejando e orçando as despesas, efetivando matrículas escolares, coletando dados de saúde e cuidando. da. (BITTENCOURT. emissão FILHO,. de. documentos. 2000).. Aos. pouco. de as. identificação,. notadamente. administrações. municipais. acompanharam este processo, em maior ou menor grau, incorporando também os recursos computacionais em suas atividades. Com o surgimento de novas demandas, bem como próprio processo gradual de desenvolvimento da tecnologia, o poder público amplia esta, até então restrita, atuação dos recursos computacionais, passando a utilizá-los dentro das mais variadas funcionalidades. Sobre este ponto VERGARA (2001, p. 5) assinala que: a tecnologia expressa-se nas formas de organização do trabalho, nos fluxos de tarefas e nas exigências de novas habilidades (...) Ela promove impactos no fluxo e tratamento das informações, na tomada de decisões, envolvendo aspectos técnicos, políticos, organizacionais e psicológicos.. Entretanto, um ponto que deve ser ressaltado, diz respeito ao caráter ainda desigual da distribuição social e territorial das inovações tecnológicas. Neste contexto, tem sido fundamental a atuação do Estado abrindo possibilidades para um maior acesso às tecnologias, gerando este ambiente. Surge assim a sociedade do conhecimento com a complexidade das relações sociais, políticas, tecnológicas e culturais, ganhando importância a organização, que com maior autonomia e agilidade souber buscar, selecionar, tratar, usar e gerar informações (CÂMARA, 1993). A coleta de informações sobre a distribuição geográfica dos recursos minerais, das propriedades, acidentes geográficos e dos fluxos constitui parte importante das atividades estatais. Porém, até recentemente, estes trabalhos eram realizados apenas em documentos e mapas em papel, dificultando sobremaneira uma análise integrada entre mapas e dados. Com o desenvolvimento da informática, conforme abordado, foi possível armazenar e representar estas informações em um ambiente.

(29) 27. computacional, possibilitado pelo desenvolvimento de aplicações de computação gráfica e banco de dados. Sobre a possibilidade de utilização de novas tecnologias, CASTILLO (2003, p. 42) aponta que . à medida que o meio natural se transforma em meio técnico e, mais tarde, em meio técnico-científico (...), novas formas de conhecimento emergem, intermediadas por objetivos técnicos cada vez mais sofisticados e capazes de alcançar vastas porções da superfície terrestre, para muito além do lugar e da região.. Este capítulo apresenta os aspectos gerais das mudanças observadas na sociedade da informação, com o surgimento e incorporação da tecnologia do geoprocessamento nas atividades estatais, apresentando conceitos subjacentes a esta. problemática,. na. ótica. da. administração. municipal,. bem. como. as. potencialidades de utilização neste contexto, como um instrumento importante na elaboração de diagnósticos e nas análises da problemática territorial, apontando para o fortalecimento da gestão urbana, e ainda as transformações observadas nas políticas urbanas, ao longo das últimas décadas.. 2.1. Elementos Básicos do Geoprocessamento. A tecnologia do geoprocessamento tem alguns elementos importantes que precisam ser conceituados para seu maior entendimento.. O dado, que é a. observação bruta, sem nenhum tratamento, que corresponde a uma representação de fatos, conceitos e instruções apropriadas para o processamento por meios humanos ou automáticos, de grandeza de natureza numérica ou geométrica (CÂMARA, 1993). TEIXEIRA; MORETTI; CHRISTOFOLETTI (1992) consideram o dado como um símbolo que pode ser utilizado na representação de fatos, conceitos ou instruções de maneira usual ou pré-estabelecida e apropriada para a comunicação, interpretação ou processamento por meios humanos ou automáticos, não tendo significado próprio. A informação é resultante de uma análise prévia e de um tratamento que produza um significado com propósitos específicos, resultantes de operações.

(30) 28. realizadas sobre os dados. A partir de um refinamento, uma atividade elaborada pela mente humana, pode-se chegar ao conhecimento, que inclui síntese, em um determinado contexto (RIBEIRO, 2003). Apesar de serem conceitos diferentes, verifica-se uma relação entre dado, informação e conhecimento, de forma hierarquizada, como pontua DAVENPORT apud RIBEIRO (2003), de acordo com a figura 1. Figura 1 - Relação entre dados, informação e conhecimento. Fonte: Elaborado pelo autor a partir de DAVENPORT apud RIBEIRO (2003, p. 11).. Os sistemas de informação - SI são conjuntos de métodos e soluções automatizadas que auxiliam as organizações na solução de seus problemas de fluxo de informação e na tomada de decisões estratégicas. Reúne, guarda e processa informação relevante para uma organização, de modo que a mesma seja acessível e útil para aqueles que desejam utilizar, incluindo gestores, funcionários, clientes, entre outros, podendo envolver ou não a utilização de computadores, ao menos conceitualmente (CARVALHO, 1999). Aceitando a presença das tecnologias da informação como participantes nos SI, podem-se redefinir, com uma perspectiva mais organizacional, permitindo uma eficiência na gestão de todo o sistema (RIBEIRO, 2003). No caso das análises espaciais, estes conceitos passam a ter uma denotação mais específica. O dado passa a ser considerado como um dado geográfico, localizado no globo terrestre, através de coordenadas geográficas X, Y e Z, em um determinado período de tempo (CÂMARA, 1993). A informação geográfica é considerada como um conjunto de dados cujo significado contém associações ou relações de natureza espacial. E estes dados podem ser representados de três maneiras: forma gráfica (pontos, linhas e polígonos), numérica (caracteres.

(31) 29. numéricos), ou alfanumérica (combinação de letras e números), segundo TEIXEIRA; MORETTI; CHRISTOFOLETTI (1992), como por exemplo, um arquivo vetorial com a localização dos pontos de ônibus de uma cidade, e indicação das linhas passantes e horário. As fontes das informações geográficas podem ser divididas em dois grupos: primária e secundária. Embora haja uma distinção relativamente clara entre as mesmas,. as. primárias. são. os. levantamentos. topográficos,. hidrográficos,. geomorfológicos, entre outros; enquanto que as fontes secundárias são por exemplo: censos estatísticos de população, observações de temperatura e precipitação, obtidas junto a outras organizações e com algum tratamento prévio (RODRIGUES, 1988). No caso do setor público, geralmente produtor e disseminador de dados este aspecto assume maior relevância, pois o acesso à informação pode ser caracterizado como uma característica da cidadania. Assim o geoprocessamento pode ser um meio para ampliar esta base de divulgação e conhecimento dos dados sobre determinados aspectos físicos e ambientais, por exemplo de uma porção do território, bem como seu eficiente monitoramento, ou ainda para controle e monitoramento da ocorrência de determinados fatos.. 2.2. Geoprocessamento e Urbanismo. O geoprocessamento pode ser definido como um conjunto de tecnologias voltadas para a coleta e tratamento de informações espaciais e representações de dados com coordenadas geográficas determinadas (georreferenciados), para um objetivo específico. As atividades que o envolvem são executadas por sistemas desenvolvidos para cada aplicação, que neste caso são mais comumente tratados como Sistemas de Informação Geográfica – SIG, ou sua sigla em inglês GIS Geographic Information System (CÂMARA & DAVIS, 2001). Um sistema de geoprocessamento destina-se ao processamento de dados referenciados geograficamente, desde a sua coleta até a saída, na forma de mapas convencionais, relatórios, arquivos digitais, entre outros, devendo prever recursos.

(32) 30. para seu armazenamento, gerenciamento, manipulação e análise (CÂMARA et. al, 1990). O SIG pode ser caracterizado como o ambiente que permite a integração e a interação de dados georreferenciados com vistas a produzir análises espaciais como suporte à decisão técnica ou política, bem como em aplicações cadastrais, inventários, por exemplo. Vê-se que o geoprocessamento é um conceito mais abrangente. e. representa. qualquer. tipo. de. processamento. de. dados. georreferenciados, enquanto um SIG processa dados gráficos e não gráficos (alfanuméricos) com ênfase a análises espaciais e modelagens de superfícies. Assim. os. SIG’s. “representam. as. ferramentas. computacionais. para. o. geoprocessamento” (CÂMARA & DAVIS, 2001, p. 2). Os primeiros estudos na área dos SIG’s foram desenvolvidos nos anos 60 a partir da necessidade de se sobrepor e analisar os mais variados tipos de dados em um mesmo mapa. No meio acadêmico, algumas universidades americanas desenvolveram suas pesquisas desde a década de 70, quando foi criado o primeiro SIG, que incluía um conjunto de módulos de análise de dados e manipulação (CÂMARA, 1993). Na década de 70, durante estudos do Laboratório Gráfico Computacional da Escola de Planejamento Urbano da Universidade de Harvard, surge o projeto pioneiro de SIG – denominado SYMAP - produzia mapas de declividades com o auxílio de uma impressora matricial, que imprimia áreas mais ou menos escuras, de acordo com o número de vezes que preenchia cada região. O primeiro programa que possuiu funcionalidades de SIG chamava -se Odissey, desenvolvido pelo mesmo laboratório. Somente nos anos 80, a produção dos SIG’s se distancia um pouco do âmbito das pesquisas e interessa ao setor comercial. Esta evolução se deu de forma gradual, acompanhando a evolução da tecnologia da informática. No caso do Brasil a introdução inicia-se no campo das pesquisas, no início dos anos 80, em laboratórios da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ. Nos anos seguintes nota-se o aparecimento de vários grupos interessados em desenvolver tecnologia (CÂMARA & DAVIS, 2001), como no caso do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, a partir de 1991, com a geração de sistemas de processamento de imagens e geoprocessamento, que teve seu primeiro resultado concreto em.

(33) 31. 1993, com o lançamento da versão 1.0 do SPRING (Sistema para Processamento de Informações Georreferenciadas), segundo CÂMARA & DAVIS (2001). E atualmente as empresas que produzem os aplicativos da área têm assumido fortemente. este. caráter. “comercial”,. ao. lançar. produtos,. baseados. nas. geotecnologias, voltados para o meio empresarial, direcionados para as áreas de roteamento, localização de frotas de veículos por satélite, endereçamento, logísticas, entre outras. O geoprocessamento envolve um conhecimento multidisciplinar, pois recebe contribuições de muitas áreas na análise de seus dados. De uma forma geral, as áreas do conhecimento que mais contribuem, segundo TEIXEIRA; MORETTI & CHRISTOFOLETTI (1992) são: 1) A cartografia, na confecção e elaboração de mapas; 2) A computação gráfica, na manipulação e edição de objetos gráficos; 3) Os Sistemas de Gerenciamento de Banco de Dados, que constituem modelos de dados, estrutura de dados, segurança e processos de manipulação de grandes volumes de dados; 4) O sensoriamento remoto, que possui técnicas de aquisição e processamento de imagens, seja através de sensores orbitais (satélites) ou sensores fotográficos (transportados por aeronaves); 5) A Estatística, na modelagem e análise dos dados; 6) A informática, que contribui com técnicas de desenvolvimento de sistemas e dos equipamentos. 7) A geodésia; em suas investigações sobre o tamanho e a forma exata da Terra; 8) A topografia, na descrição da forma do relevo de uma determinada área. RODRIGUES (1990) aponta a existência dos seguintes elementos em um SIG: os dados, os equipamentos (computadores, impressoras, entre outros periféricos); os programas computacionais (softwares criados para aplicações especificas em SIG, como o brasileiro SPRING e os americanos ARCGIS ou SYMAP); os recursos humanos (usuário), os procedimentos (técnicas) para utilização dos aplicativos em análises espaciais, e a estrutura institucional. CÂMARA (1993) considera que há.

(34) 32. pelo menos três grandes formas de utilização para um SIG: como ferramenta para produção de mapas; como suporte para análise espacial de fenômenos e como um banco de dados geográficos, com funções de armazenamento e recuperação de informação espacial. Um aspecto fundamental no tratamento dos dados em um SIG é a natureza dupla da utilização da informação: o dado possui uma localização geográfica (expressa como coordenadas em um mapa) e atributos descritivos (que podem ser representados num banco de dados convencional). Com relação aos dados geográficos, merece ser ressaltado que, tão importante quanto localizá-los é descobrir e representar as relações entre os diversos dados, segundo CÂMARA & DAVIS (2001). Esta possibilidade de integração entre informações geográficas e um banco de dados alfanuméricos amplia consideravelmente a utilização da tecnologia dentro da esfera pública, por exemplo. Com isso é possível se trabalhar de forma coordenada com um banco de dados sobre determinado fenômeno e sua ocorrência no espaço, e todas as informações a ele relacionadas, num único sistema. Esta característica proporciona uma ampliação do campo de aplicação dos SIG’s, que expandiu-se muito nos últimos anos. Tradicionalmente, estes sistemas têm sido utilizados pela administração pública, diante da importância do controle e da gestão do território. Um SIG pode ser aplicado a uma grande variedade de problemas envolvendo dados geográficos, por uma grande variedade de usuários. Cada aplicação requer a manipulação de dados geográficos distintos, associados a diferentes características que variam no espaço e no tempo, sendo um dos muitos métodos que auxiliam a gestão. Aliado a isso, determinado fenômeno geográfico pode ser analisado diferentemente segundo sua forma e precisão, dependendo do objetivo da aplicação. No caso do espaço urbano estas tecnologias permitem a realização de variadas inferências sobre a configuração do seu território e processos de expansão (VAZ, 1997), nas seguintes áreas: 1) Ordenamento e gestão do território, através da construção de uma base de dados informatizada que reproduza a configuração do território do município,.

(35) 33. onde seja possível identificar os logradouros, lotes e glebas, edificações, distribuição das atividades econômicas, redes de infra-estrutura; 2) Otimização de arrecadação tributária: elaboração do cadastro dos imóveis, dados para a arrecadação dos impostos municipais (como o Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU e Imposto Sobre Serviços - ISS, por exemplo), atualização da base cartográfica do município, fornecendo um volume significativo de informações para a elaboração da Planta de Valores Genéricos – PVG, que consiste em documento no qual constam os valores dos terrenos e edificações dentro do município, sendo utilizada para cálculo do valor venal de um imóvel para fins de cobrança do IPTU e do Imposto sobre a Transmissão de Bens e Imóveis – ITBI; 3) Localização de equipamentos, identificação de áreas para a impla ntação de espaços públicos e demandas por serviços públicos: a partir da existência de uma base cartográfica digital, é possível realizar cruzamentos com um banco de dados que contenha informações sócio-econômicas; 4) Identificação de público-alvo de políticas públicas: à medida que se possua uma base de dados que incorpore dados censitários (sócio-econômicos), é possível utilizar para trabalhar com políticas públicas, nas área de educação, saúde, lazer, por exemplo; 5) Gerenciamento do sistema de transportes e da frota municipal; 6) Comunicação com os cidadãos; 7) Gestão ambiental: identificação e monitoramento das áreas com maior necessidade de proteção ambiental. Com o geoprocessamento o município pode organizar uma grande quantidade de informações sobre sua configuração físico-territorial, sobre o ordenamento e uso do solo, assim como sobre a malha de circulação viária, monitoramento ambiental, entre outros aspectos, pois a informação geográfica torna possível a compreensão do território de um sistema urbano diversificado (DIAS, 2003). No caso do urbanismo, em muitos municípios ainda faltam dados que possam ser acessados com facilidade e interpretados com clareza na gestão urbana. Em muitos casos, o que se observa é a falta de recursos para apresentar graficamente.

(36) 34. os dados relevantes, aproveitando a capacidade de interpretação visual humana para ganhar agilidade no processo de análise. Daí a importância de um investimento em sistemas espaciais para o apoio à decisão na administração pública, pois, a informação abre muitas possibilidades de controle territorial, como assinala CLAVAL (2003). A base cartográfica municipal é um conjunto de mapas que integra o sistema cartográfico, em uma base de dados informatizada que reproduza a configuração do território do município, identificando as vias públicas, as unidades imobiliárias, as edificações, os acidentes geográficos, entre outros componentes territoriais, apoiando a administração municipal em projetos como: plano diretor urbano, plano de gestão de limpeza urbana e cadastro técnico municipal, subsidiando a gestão do município, além de dar suporte às tecnologias de geoprocessamento. É possível se obter uma base cartográfica pela realização das etapas que seguem. O ponto de partida é a realização de vôo fotogramétrico, onde em um avião dotado de câmeras especiais, a altitude e velocidades específicas, obtêm-se as fotografias. A etapa seguinte corresponde a implantação do apoio terrestre e aerotriangulação, onde são determinadas as coordenadas geográficos de alguns pontos para amarração das fotografias, no georreferenciamento 1. A terceira etapa é a obtenção do modelo digital do terreno, que consiste numa representação aritmética da distribuição espacial de uma determinada característica, vinculada a uma superfície real. A partir da determinação das coordenadas de alguns pontos e do modelo digital do terreno, as fotos são escaneadas com uma alta resolução, e cada imagem é processada digitalmente (CONDER, 2002). As etapas finais consistem na restituição fotogramétrica digital e na geração das ortofotocartas. A restituição é o processo utilizado para a geração das formas geométricas e da localização exata dos elementos e acidentes geográficos que podem ser identificados pela fotografia, obtendo-se o que se chama de elementos vetoriais. Estes são agrupados por semelhança em níveis de informação, como por exemplo, vegetação, rodovias, vias com e sem pavimentação, curvas de nível, hidrografia, entre outros (CONDER, 2002). Os produtos obtidos são as. 1. Método que permite que um mapa ou dado encontre-se com coordenadas e feições gráficas (ponto, linha ou polígonos) editadas sobre alguma base cartográfica existente e referenciado segundo algum modelo matemático de descrição do planeta Terra (CÂMARA, 1993)..

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