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se contempla como um pequeno segredo que pede apenas para ser revelado e que se toma um tempo antes de revel&-lo; como um presente que se rece#e

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NA SOLIDÃO DOS CAMPOS DE

NA SOLIDÃO DOS CAMPOS DE

NA SOLIDÃO DOS CAMPOS DE

NA SOLIDÃO DOS CAMPOS DE

ALGODÃO

ALGODÃO

ALGODÃO

ALGODÃO

BERNARD-MARIE KOLTÈS

BERNARD-MARIE KOLTÈS

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Um deal é uma transação comercial baseada em valores proibidos ou estritamente Um deal é uma transação comercial baseada em valores proibidos ou estritamente contro

controladoslados, e , e que se que se conclconclui, em espaços neutros, indefiui, em espaços neutros, indefinidos, e não previstos paranidos, e não previstos para este uso, entre fornecedo

este uso, entre fornecedores e res e pedintpedintes, por acordo tácito, sinais convences, por acordo tácito, sinais convencionaiionais ous ou conver

conversação de duplos sentisação de duplos sentido – do – com o objetivo de contocom o objetivo de contornar os riscos de traição ernar os riscos de traição e de

de trtrapapaçaça a quque e umuma a tatal l opopereraçação ão imimplplicica a -, -, a a ququalalququer er hohora ra do do didia a e e da noitda noite,e, indepe

independentndentemente das horas emente das horas regulregulamentamentares de ares de abertabertura dos ura dos lugarelugares de s de comérccomércioio homologados, mas de preferência s horas em que estes estão fechados!

homologados, mas de preferência s horas em que estes estão fechados!

O DEALER  O DEALER 

- Se você anda na rua, a esta hora e neste lugar, é que você deseja alguma - Se você anda na rua, a esta hora e neste lugar, é que você deseja alguma coisa que você não tem, e esta coisa, eu posso fornecê-la a você; pois se eu estou coisa que você não tem, e esta coisa, eu posso fornecê-la a você; pois se eu estou neste lugar desde muito mais tempo do que você, e por muito mais tempo do que neste lugar desde muito mais tempo do que você, e por muito mais tempo do que você, e que mesmo esta hora que é aquela das relações selvagens entre os homens e você, e que mesmo esta hora que é aquela das relações selvagens entre os homens e os animais não me tira daqui, é que eu tenho o que é preciso para satisfazer o desejo os animais não me tira daqui, é que eu tenho o que é preciso para satisfazer o desejo que passa na minha frente, e é como um peso do qual eu preciso me livrar em cima de que passa na minha frente, e é como um peso do qual eu preciso me livrar em cima de qualquer um, homem ou animal, que passe na minha frente ! por isso que eu me qualquer um, homem ou animal, que passe na minha frente ! por isso que eu me apro"imo de você, apesar da hora que é aquela onde normalmente o homem e o apro"imo de você, apesar da hora que é aquela onde normalmente o homem e o animal se jogam selvagemente um so#re o outro, eu me apro"imo, eu, de você, as animal se jogam selvagemente um so#re o outro, eu me apro"imo, eu, de você, as mãos a#ertas e as palmas viradas na sua

mãos a#ertas e as palmas viradas na sua direção, com a humildade daquele que direção, com a humildade daquele que possuipossui frente $quele que deseja; e eu vejo o seu desejo como quem vê uma luz que se frente $quele que deseja; e eu vejo o seu desejo como quem vê uma luz que se acende, em uma janela no alto de um prédio, na hora do crep%sculo; eu me apro"imo acende, em uma janela no alto de um prédio, na hora do crep%sculo; eu me apro"imo de

de vovocê cê cocommo o o o crcrepep%s%scuculo lo sse e apaproro"i"imma a dedessssa a prpriimmeieirra a luluz, z, cacalmlmamamenentete,, respeitosamente, quase afetuosamente, dei"ando l& em#ai"o na rua o animal e o respeitosamente, quase afetuosamente, dei"ando l& em#ai"o na rua o animal e o homem pu"arem suas coleiras e mostrarem selvagemente os dentes um ao outro 'ão homem pu"arem suas coleiras e mostrarem selvagemente os dentes um ao outro 'ão que eu tenha adivinhado o que você possa desejar, nem que eu esteja apressado em que eu tenha adivinhado o que você possa desejar, nem que eu esteja apressado em

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se contempla como um pequeno segredo que pede apenas para ser revelado e que se toma um tempo antes de revel&-lo; como um presente que se rece#e em#rulhado e que se toma um tempo desfazendo o laço *as é que eu mesmo desejei, desde o tempo em que estou neste lugar, tudo o que todo homem ou animal pode desejar a esta hora escura, e que o faz sair de casa apesar dos grunhidos selvagens dos animais insatisfeitos e dos homens insatisfeitos; é por isso que eu sei, melhor que o comprador inquieto que guarda ainda por um tempo o seu mistério como uma  pequena virgem educada para ser uma puta, que o que você vai me pedir eu j& tenho, e que #asta a você, sem que se sinta ferido pela aparente injustiça que h& em ser o  pedinte frente $quele que oferece, me fazer o pedido +& que não h& uma verdadeira injustiça so#re esta terra a não ser a pr(pria injustiça da terra , que é estéril pelo frio ou estéril pelo quente e raramente fértil pela doce mistura do quente e do frio; não h& injustiça para que anda so#re a mesma porção de terra su#metida ao mesmo frio ou ao mesmo quente ou $ mesma doce mistura, e todo homem ou animal que pode olhar um outro homem ou animal nos olhos e o seu igual pois eles andam so#re a mesma linha fina e plana da li#erdade de ação, escravos dos mesmos frios e dos mesmos

calores, ricos do mesmo jeito e, do mesmo jeito, po#res; e a %nica fronteira que e"iste é aquela entre o comprador e o vendedor, mas incerta, am#os possuindo o desejo e o o#jeto do desejo, ao mesmo tempo vazio e saliente, com menos injustiça ainda do que h& em ser macho ou fêmea entre os homens ou os animais ! por isso que eu pego emprestado provisoriamente a humildade e te empresto a arrogncia, a fim de que nos distingam um do outro a esta hora que é inevitavelmente a mesma para você e para mim *e diga então, virgem melanc(lica, neste momento onde grunhem surdamente homens e animais, me diga a coisa que você deseja e que eu poso te fornecer, e eu a fornecerei calmamente a você, quase respeitosamente, talvez com afeição; em seguida, depois de ter preenchido os vazios e planado os montes que estão em n(s, n(s nos distanciaremos um do outro, em equil.#rio so#re o fino e plano fio da nossa li#erdade de ação, satisfeitos no meio dos homens e dos animais insatisfeitos por serem homens e insatisfeitos por serem animais; mas não me peça para adivinhar o

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seu desejo; eu serei o#rigado a enumerar tudo o que eu possuo para satisfazer aqueles que passam na minha frente desde o tempo em que estou aqui, e o tempo que seria necess&rio a esta enumeração secaria o meu coração e cansaria sem d%vida a sua esperança

O CLIENTE

- 2u não estou andando em um certo lugar e uma certa hora; eu estou andando, s( isso, indo de um ponto a outro, para neg(cios privados que se tratam nesses pontos e não em percurso; eu não conheço nenhum crep%sculo nem nenhum tipo de desejo e eu quero ignorar os acidentes do meu percurso 2u ia desta janela iluminada, atr&s de mim, l& no alto, a essa outra janela iluminada, l& em frente, segundo uma linha #em reta que passa através de você porque você est& a. deli#eradamente posicionado 3contece que não e"iste nenhum meio que permita, a quem vai de uma altura a uma outra altura, evitar descer para ter de su#ir em seguida, com o a#surdo de dois movimentos que se anulam e o risco, entre os dois, de esmagar a cada passo o li"o jogado pelas janelas; quanto mais no alto se mora, mais o espaço é são, mas a queda é mais dura; e quando o elevador te dei"ou em#ai"o, ele te condena a andar no meio de tudo isso que não quisemos l& em cima, no meio de uma  pilha de lem#ranças podres, como, no restaurante, quando um garçom te prepara a conta e enumera, ao seu ouvido atento, todos os pratos que você j& est& digerindo h& muito tempo Seria preciso ali&s que a escuridão fosse ainda mais densa, e que eu não  pudesse perce#er nada do seu rosto; então eu teria, talvez, podido me enganar so#re a legitimidade da sua presença e do desvio que você fazia para se colocar no meu caminho e, por minha vez, fazer um desvio que se adaptasse ao seu; mas qual escuridão seria suficientemente densa para fazer com que você parecesse menos escuro do que ela4 'ão h& noite sem lua que não pareça ser meio-dia se você caminha nela, e esse meio-dia me mostra suficientemente que não foi o acaso dos elevadores que te colocou aqui, mas uma imprescrit.vel lei da força da gravidade que é pr(pria a você, que você carrega, vis.vel, so#re os om#ros como uma mochila, e que te prende a esta hora, neste lugar de onde você avalia suspirando a altura dos

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lem#rar aqui, na escuridão do crep%sculo, no meio de grunhidos de animais dos quais não vemos nem a cauda, além desse desejo garantido que eu tenho de te ver dei"ando cair a humildade e que você não me dê de presente a arrogncia 7 pois se eu tenho alguma fraqueza pela arrogncia, eu odeio a humildade, em mim e nos outros, e essa troca me desagrada -, o que eu desejaria, você com certeza não teria *eu desejo, se ele é mesmo um, se eu o e"primisse a você, queimaria o seu rosto, faria você afastar as mãos com um grito, e você sumiria na escuridão como um cachorro que corre tão depressa que não se vê nem a cauda dele *as não, a pertur#ação deste lugar e desta hora me faz esquecer se eu j& tive algum dia algum desejo do qual eu pudesse me lem#rar, não, eu não tenho mais que oferta a te fazer, e vai ser preciso que você faça um desvio para que eu não tenha o que fazer, que você se desloque do ei"o que eu seguia, que você se anule, porque essa luz, l& no alto, no alto do prédio, da qual se apro"ima a escuridão, continua impertur#avelmente #rilhando; ela fura essa escuridão, como um f(sforo aceso fura o pano que pretende asfi"i&-lo

O DEALER 

- 8ocê tem razão em pensar que eu não estou descendo de nenhum lugar e que eu não tenho nenhuma intenção de su#ir, mas você se enganaria se acreditasse que eu sofro por isso 2u evito os elevadores como um cachorro evita a &gua 'ão que eles se recusem a me a#rir a porta nem que eu tenha horror a me fechar neles; mas os elevadores em movimento me fazem c(cegas e eu perco ali minha dignidade; e, se eu gosto de sentir c(cegas, eu gosto de poder não mais senti-las desde que minha dignidade o e"ija 0em elevadores que são como certas drogas, o uso e"agerado te dei"a flutuando, nunca em cima nunca em#ai"o, tomando linhas curvas  por linhas retas, e congelando o fogo no seu centro 'o entanto, desde o tempo em que estou neste lugar, eu sei reconhecer as chamas que, de longe, atr&s dos vidros,  parecem geladas como crep%sculos de inverno, mas das quais #asta se apro"imar,

calmamente, talvez afetuosamente, para se lem#rar de que não tem mesmo claridade definitivamente fria, e meu o#jetivo não é te apagar, mas te a#rigar do vento, e secar a umidade da hora ao calor desta chama 9ois, não importa o que você disser, a linha

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nada para satisfazê-lo4 eu curei? eu tenho o que é preciso para satisfazê-lo; se me dizem? imagine no entanto que você não tem4 mesmo imaginando, eu tenho sempre 2 que me digam? suponhamos que no fim das contas esse desejo seja tal que a#solutamente você não queira nem ter a idéia do que é preciso para satisfazê-lo4 Gom, mesmo não querendo, apesar disso, eu tenho o que é preciso, assim mesmo *as quanto mais um vendedor é correto, mais o comprador é perverso; todo vendedor procura satisfazer um desejo que ele ainda não conhece, ao passo que o comprador su#mete sempre seu desejo $ satisfação primeira de poder recusar o que lhe é oferecido; assim seu desejo inconfessado é e"altado pela recusa, e ele esquece seu desejo no prazer que ele tem em humilhar o vendedor *as eu não sou da raça dos comerciantes que invertem suas placas para satisfazer o gosto dos clientes pela c(lera e indignação 2u não estou aqui para dar prazer, mas para preencher o a#ismo do desejo, recordar o desejo, o#rigar o desejo a ter um nome, arrast&-lo até a terra, dar-lhe uma forma e um peso, com a crueldade o#rigat(ria que e"iste em dar uma forma e um peso ao desejo 2 por que eu vejo o seu aparecer como saliva no canto dos seus l&#ios que seus l&#ios engolem, eu esperarei que ele corra ao longo do seu quei"o ou que você o cuspa antes de te dar um lenço, porque se eu te der o lenço cedo demais, eu sei que você o recusaria, e é um sofrimento que eu definitivamente não quero sofrer 9ois o que todo homem ou animal teme, a esta hora onde o homem anda na mesma altura que o animal e onde todo animal anda na mesma altura que todo homem, não é o sofrimento, pois o sofrimento se mede, e a capacidade de impor e de tolerar o sofrimento se mede; o que ele teme acima de tudo, é a estranheza do sofrimento, e de ser levado a suportar um sofrimento que não lhe seja familiar 3ssim a distncia que se manter& sempre entre os #rutos e as senhoritas que povoam o mundo vem não da avaliação respectiva das forças, porque então, o mundo se dividiria muito simplesmente entre os #rutos e as senhoritas, todo #ruto se jogaria so#re cada senhorita e o mundo seria simples; mas o que mantém o #ruto, e o manter& ainda por eternidades, a distncia da senhorita, é o mistério infinito e a infinita estranheza das armas, como essas pequenas #om#as que elas carregam em suas

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vê-se #ruscamente os #rutos chorando na frente das senhoritas, toda dignidade destru.da, nem homem, nem animal, passarem a ser nada, apenas l&grimas de vergonha na terra de um campo ! por isso que #rutos e senhoritas se temem e desconfiam tanto uns dos outros, porque s( impomos os sofrimentos que n(s mesmos  podemos suportar, e s( tememos os sofrimentos que n(s mesmos não somos capazes de impor 2ntão não se recuse a me dizer o o#jeto, eu te peço, da sua fe#re, do seu olhar so#re mim, a razão, a dizê-la a mim; e se trata-se de não ferir a#solutamente sua dignidade, #om, diga-a como a dizemos a uma &rvore, ou perante o muro de uma  prisão, ou na solidão de um campo de algodão no qual se anda, nu, $ noite; a dizê-la a mim sem nem me olhar 9ois a verdadeira %nica crueldade desta hora do crep%sculo onde n(s dois nos mantemos não é que um homem fira o outro, ou o mutile, ou torture-o, ou lhe arranque os mem#ros e a ca#eça, ou mesmo faça-o chorar; a verdadeira e terr.vel crueldade é aquela do homem ou do animal que torna o homem ou o animal inaca#ado, que o interrompe como reticências no meio de uma frase, que se desvia dele depois de tê-lo olhado, que faz, do animal ou do homem, um erro do olhar, um erro do julgamento, um erro, como uma carta que se começou e que se amassa #ruscamente logo depois de ter escrito a data

O CLIENTE

- 8ocê é um #andido estranho demais, que não rou#a nada ou demora demais a rou#ar, um ladrão e"cêntrico que entra $ noite no pomar para #alançar as &rvores, e que vai em#ora sem levar as frutas 8ocê que é o ha#ituado a esses lugares, e eu sou o estrangeiro; eu sou aquele que tem medo e que tem razão em ter medo; eu sou aquele que não te conhece, que não pode te conhecer, que apenas imagina a sua silhueta na escuridão 2ra você quem tinha de adivinhar, de nomear alguma coisa, e então, talvez, com um movimento de ca#eça, eu teria aprovado, com um sinal, você teria sa#ido; mas eu não quero que o meu desejo seja espalhado por nada como sangue so#re uma terra estrangeira 8ocê não arrisca nada; você conhece de mim a inquietude e a hesitação e a desconfiança; você sa#e de onde eu venho e para onde eu vou; você conhece estas ruas, você conhece esta hora, você conhece os seus planos;

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desses homens travestidos em mulheres que se fantasiam de homens, no fim, não se sa#e mais onde est& o se"o 9orque sua mão se pHs so#re mim como aquela do  #andido so#re sua v.tima ou como aquela da lei so#re o #andido, e desde quando eu sofro, ignorante, ignorante da minha fatalidade, ignorante se eu sou julgado ou c%mplice, por não sa#er do que eu sofro, eu sofro por não sa#er qual ferida você me faz e por onde corre meu sangue 0alvez na verdade você não seja nada estranho, mas astucioso; talvez você seja apenas um servidor disfarçado da lei como a lei mantida secreta $ imagem do #andido pata perseguir o #andido; talvez você seja, finalmente, mais leal do que eu 2 então por nada, por acidente, sem que eu tenha dito nada nem desejado nada, porque eu não sa#ia quem você é, eu sou o estrangeiro que não conhece a l.ngua, nem os costumes, nem o que aqui é mau ou conveniente, o certo ou o errado, e que age como deslum#rado, perdido, é como se eu tivesse te pedido alguma coisa, como se eu tivesse te pedido a pior coisa poss.vel e fosse culpado por ter pedido Im desejo como sangue aos seus pés correu fora de mim, um desejo que eu não conheço e não reconheço, que você é o %nico a conhecer, e que você julga Se é assim, se você se esforça, com o empenho suspeito do traidor, em me acuar a agir com ou contra você para que, em todos os casos, eu seja culpado, se é isso, e não, reconheça ao menos que eu realmente ainda não agi nem por nem contra você, que não h& nada ainda a me criticar, que eu me conservei honesto até este instante 0estemunhe a meu favor que eu não tive prazer na escuridão onde você me parou, que eu apenas parei aqui porque você colocou a mão em cima de mim; testemunhe que eu chamei a luz, que eu não me introduzi na escuridão como um ladrão, por minha pr(pria vontade e com intenções il.citas, mas que eu fui surpreendido aqui e que eu gritei, como uma criança na sua cama cuja lmpada que fica acesa a noite inteira se apaga de repente

O DEALER 

- Se você acredita que eu esteja animado por intenções de violência em relação a você e talvez você tenha razão B, não dê cedo demais nem um gênero nem um nome a esta violência 8ocê nasceu com o pensamento de que o se"o de um

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não impede que seja apenas por este pedaço de pano que eu mostrei algum desprezo, e um pedaço de pano não pede conta 'ão, eu não curvarei as costas na sua frente, isso é imposs.vel eu não tenho a fle"i#ilidade de um contorcionista de feira 0em movimentos que o homem não pode fazer, como o de lam#er o seu pr(prio cu 2u não pagarei uma tentação que eu não tive

O DEALER 

- 'ão é conveniente para um homem dei"ar insultarem sua roupa 9orque se a verdadeira injustiça deste mundo é aquela do acaso de um nascimento de um homem, do acaso do lugar e da hora, a %nica justiça é a sua vestimenta 3 roupa de um homem é, melhor do que ele mesmo, o que ele tem de mais sagrado? ele mesmo que não sofre; o ponto de equil.#rio onde a justiça compensa a injustiça, e não se deve maltratar esse ponto ! por isso que é preciso julgar um homem pela sua roupa, não  pela sua cara, nem pelos seus #raços, nem pela sua pele Se é normal cuspir so#re o

nascimento de um homem, é perigoso cuspir so#re a sua re#elião

O CLIENTE

- Gom, eu te ofereço a igualdade Im casaco na poeira, eu pago com um casaco na poeira Sejamos iguais, na igualdade do orgulho, na igualdade da impotência, igualmente desarmados, sofrendo igualmente do frio e do quente 3 sua seminudez, a sua metade de humilhação, eu as pago com a metade das minhas Lesta-nos outra metade, é #astante suficiente para ousar ainda se olhar e para esquecer o que perdemos todos os dois por inadvertência, por risco, por espe rança, por distração,  por acaso 3 mim, vai me restar ainda a inquietude persistente do devedor que j&

reem#olsou

O DEALER 

- 9or que, o que você pede, a#stratamente, inalcançavelmente, a esta hora da noite, por que, isso que você teria pedido a um outro, por que não ter pedido a mim4

O CLIENTE

- Eesconfie do cliente? ele tem o ar de procurar uma coisa enquanto quer uma outra, da qual o vendedor não desconfia, e que ele o#ter& finalmente

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- Se você fugisse, eu te seguiria; se você ca.sse com os meus golpes, eu ficaria  perto de você para o seu despertar? e se você decidisse não acordar, eu ficaria ao seu

lado, no seu sono, no seu inconsciente, além 'o entanto, eu não desejo #rigar com você

O CLIENTE

- 2u não tenho medo de #rigar, mas eu temo as regras que eu não conheço

O DEALER 

- 'ão h& regra; s( h& meios; h& apenas armas

O CLIENTE

- 0ente me alcançar, você não conseguir&; tente me ferir? quando o sangue corresse, #om, seria dos dois lados e, inevitavelmente, o sangue nos unir&, como dois .ndios, no canto do fogo, que trocam seu sangue no meio dos animais selvagens 'ão h& amor, não h& amor 'ão, você não poder& alcançar nada que j& não tenha sido alcançado, porque um homem morre primeiro, depois procura sua morte e a encontra finalmente, por acaso, so#re o trajeto casual de uma luz a uma outra luz, e ele diz? então, era s( isso

O DEALER 

- 9or favor, na gritaria da noite, você não disse nada que você desejasse de mim, e que eu não tivesse ouvido4

O CLIENTE

- 2u não disse nada; eu não disse nada 2 você, você não me ofereceu nada, na noite, na escuridão tão profunda que ela pede tempo demais para que a gente se acostume, que eu não tenha adivinhado4

O DEALER 

- 'ada

O CLIENTE

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