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Primeiro de Maio Uma Data Comunista L Valentin

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Primeiro de Maio

Uma Data Comunista

L Valentin

O Primeiro de Maio tem sido, há mais de um século, o dia mais importante do ano para os comunistas, socialistas, e anarquistas. Esse era o dia tradicional na União Soviética e nos países do bloco comunista para imensos desfiles, repleto de mísseis, tanques, tropas marchando ao passo de ganso, infindáveis bandeiras vermelhas e cartazes enormes de Marx e Lênin. Atualmente isso não mudou nos países que ainda são oficialmente comunistas, como a China, a Coreia do Norte, Cuba e Vietnã. Nos países não comunistas do mundo, os partidos comunistas e socialistas continuam a realizar celebrações do Primeiro Dia de Maio, geralmente sob a bandeira do Dia Internacional de Solidariedade dos Trabalhadores.

De acordo com a “Grande Enciclopédia Soviética”, os países comunistas e partidos comunistas celebram o Primeiro de Maio, “mobilizando as pessoas que

trabalham na luta para construir o socialismo e o comunismo”. A mesma fonte

ainda relata: "No primeiro de maio os trabalhadores da União Soviética mostram

a sua solidariedade com as lutas revolucionárias dos trabalhadores nos países capitalistas e com os movimentos de libertação nacional. Eles expressam sua determinação de usar todo o seu poder para lutar pela paz e pela construção de

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Andy McInerney, um membro da direção do órgão comunista “Partido Mundial

dos Trabalhadores”, exaltou as glórias do primeiro de maio na edição de

“Libertação & Marxismo”, Primavera de 1996:

“Todos os anos, as classes dominantes em todo o mundo são lembrados de

sua vulnerabilidade e do poder de seus coveiros. No Primeiro de Maio, a classe operária mundial mostra sua força em manifestações e greves. Primeiro de Maio - Dia Internacional dos Trabalhadores - é um lembrete para as classes dominantes que seus dias estão contados.... De 1919 em diante, o sucesso do Primeiro de Maio nos Estados Unidos dependerá do sucesso do movimento comunista.”

“A decisão de fazer o Primeiro de maio um dia de manifestações anuais”, diz a Grande Enciclopédia Soviética, "foi tomada em julho de 1889 pelo Congresso de

Paris da Segunda Internacional, para comemorar uma ação por parte dos trabalhadores de Chicago, que organizaram uma greve para 01 de maio de 1886, exigindo uma jornada de oito horas, e realizaram uma manifestação que terminou em um confronto sangrento com a polícia ".

Essa explicação da enciclopédia comunista sobre as origens do Primeiro de Maio, citada acima, é enganosa e artificial em vários pontos importantes. As greves e manifestações de Chicago entre 1886-1888 culminaram com os violentos motins de Haymarket Square, quando aconteceram os assassinatos de policiais de Chicago, depois que anarquistas atiraram uma bomba de dinamite no meio dos policiais. No rescaldo do evento terrorista, o capitão Michael J. Shaack do Departamento de Polícia de Chicago lançou uma investigação aprofundada, que resultou em um monumental livro de 700 páginas, expondo uma vasta rede de comunistas e anarquistas trabalhando em conjunto em toda a nação, com laços diretos com comunistas na Europa. A obra do Capitão Shaack, “Anarquia e

Anarquistas”, demonstrou que aquilo que, para muitas pessoas, parecia

incidentes desconexos e espontâneos sem importância, foram, na realidade, eventos revolucionários meticulosamente planejados.

Os Sindicatos de trabalhadores norte-americanos, reconhecendo o esforço comunista para explorar Primeiro de Maio em todo o mundo, bem como o esforço comunista para penetrar no país e controlar o trabalho, se recusou a seguir o ato da Segunda Internacional e em vez disso têm tradicionalmente comemorado o Dia do Trabalho em setembro.

Para que possamos entender bem a manipulação da história de Chicago, quando, como sempre, os comunistas transformam bandidos e terroristas em heróis e mártires, precisamos nos aprofundar no tema.

Em Chicago, Estados Unidos, entre 1870 e 1880, seguindo a tendência mundial da divulgação de teorias e ações comunistas, surgiram lideranças de contestações, entre elas August Spies e Albert Parsons.

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Figuras destacadas no “Congresso Revolucionário Social de Chicago”, no começo de 1880, foram os principais autores, juntamente com Johann Most, do “Manifesto de Pittsburgh”, em 1883, uma declaração que lançava bases para uma campanha anarquista. Continha seis objetivos a serem alcançados e o primeiro era, textualmente “A destruição da existente classe dominante, a ser realizada

de qualquer maneira, por meio de ações revolucionárias e internacionais, enérgicas e implacáveis.”

Sua doutrina baseava-se na idéia de que o capitalismo e o sistema americano exploravam os trabalhadores e que a propriedade dos meios de produção deveria ser retirada das mãos da iniciativa privada e devolvida “ao povo”. Não conseguiram fazer isso nos Estados Unidos, mas o fizeram na falecida União Soviética. Pode-se fazer uma comparação, verificando-se no que se transformaram essas nações após 90 anos e concluindo-se, por ela, quem estava certo.

Suas idéias eram anarquistas por excelência, já que afirmavam que qualquer governo era opressor. Diziam que o anarquismo era a política mais natural, democrática e “americana” que poderia haver. Acusavam o atual regime americano de ser mais anarquista, no sentido negativo da palavra, do que eles próprios, apresentando o caos da sociedade como prova de que o capitalismo era a causa da desordem. Parsons e Spies contavam com a colaboração dos sindicatos e suas intenções de combiná-los com o anarquismo ficaram conhecidas com “Ideais de Chicago”.

Desenvolvendo suas atividades em todo o país, mas tendo maior destaque em Chicago, Spies tornou-se editor do jornal “Arbeit-Zeitung”, o principal jornal socialista de língua alemã de Chicago, enquanto Parsons ficava responsável pelo “The Alarm” a versão inglesa do Arbeit–Zeitung. Ambos se tornaram ativistas em várias organizações anarquistas em todo país, tanto americanas como alemãs. Os discursos de Spies, nos encontros dessas organizações ficaram famosos, quando ele os fazia simultaneamente em inglês e alemão.

O anarquismo teve um papel muito importante entre os trabalhadores imigrantes de Chicago. Suas atividades eram intensas e incluíam debates, discussões, piqueniques, peças teatrais, concertos e desfiles. No começo de 1880, a maioria dos anarquistas de Chicago era membro da IWPA, a “Associação Internacional

dos Trabalhadores”, entidade anarquista fundada por Parsons.

Em 1885, porém, tornaram–se contrários aos “Ideais de Chicago”, defendendo o uso da força para combater o capitalismo. Pregavam que ações armadas eram necessárias para que os trabalhadores se defendessem do autoritarismo dos capitalistas e que a violência era a única voz que eles entendiam.

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Para tais ações, ensinavam que a dinamite era a arma mais apropriada. Em abril de 1885, o jornal “The Alarm” de Parsons, destaca em um artigo: “A dinamite é

objeto de pacificação, pois põe em risco a vida de quem tentar enganar nossos companheiros.” Essa idéia fixa em utilizar a dinamite foi repetida tantas vezes

que tornou-se natural entre os anarquistas.

Isso fica patente no livro de Johann Most - um alemão que morava em Nova York e que foi, juntamente com Parsons e Spies, o autor do “Manifesto de

Pittsburgh” – intitulado “A Ciência da Guerra Revolucionária” cuja principal

característica era uma vasta pesquisa sobre armas (inclusive diversos tipos de bombas) fornecendo aos terroristas políticos detalhadas instruções passo a passo para montá-las.

Em meados da década de 1880, a situação estava efervescente. Os anarquistas cresceram diante da população. No dia de Ação de Graças de 1884, milhares se reuniram no centro de Chicago para ouvir os inflamados discursos de Parsons, Fielden, Spies e Schwab, todos convocando à agitação e revolta. Depois marcharam em passeata em frente das casas das pessoas ricas da cidade. Em 1885, quando repetiram a cena, foram acompanhados pela polícia. Nesse mesmo ano, os anarquistas jogaram uma bomba na inauguração do edifício de comércio de La Salle e a polícia matou dois grevistas em uma pedreira, nos arredores da cidade. Isso deixou os ânimos em ponto de explosão.

Em 1886 a agitação e a repressão cresceram de maneira intensa. Os anarquistas induziram os trabalhadores a lutarem por 8 horas diárias de trabalho, ou seja, para iniciar uma guerra com o apoio de todos os trabalhadores, lançaram um motivo válido como bandeira. Isso foi necessário, pois, na realidade, os anarquistas eram poucos, principalmente imigrantes europeus – alemães em sua maioria – e a grande massa dos trabalhadores NÃO aderia à baderna, nem era anarquista.

Os líderes anarquistas marcaram, então, uma manifestação nacional para o dia primeiro de maio de 1886. Como o assunto estava sendo debatido há tempos, muitos patrões se anteciparam e fizeram acordos com os empregados nesse sentido, mas, mesmo obtendo a vitória na reivindicação, os anarquistas não cancelaram o movimento, pois seu objetivo principal e mais importante era o confronto armado. Todos esperavam o pior. A polícia e os detetives de Pinkerton estavam em alerta permanente; os jornalistas e as autoridades falavam abertamente em enforcar os agitadores e os cidadãos comuns compravam armas. O dia primeiro de maio de 1886 foi um sábado e o protesto foi um sucesso nacional, quando centenas de milhares de trabalhadores paralisaram suas funções em todo o país. Em Chicago foram feitas muitas manifestações, entre elas um imenso desfile na Avenida Michigan, liderado por Parsons. Os anarquistas se esforçaram ao máximo para que ocorresse um incidente, o que não aconteceu.

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O jornal “Chicago Mail”, de 1º de maio, sabendo das intenções violentas de se conseguir fazer correr sangue, escreveu sobre Parsons e Spies: “Hoje, marquem

bem esses dois. Eles serão os responsáveis por qualquer conflito futuro. Façam deles um exemplo, se alguma baderna ocorrer.”

Os baderneiros não se conformaram por não haver sangue nesse dia e continuaram as provocações nos dias que se sucederam. A fábrica de implementos agrícolas McCormick estava em greve desde fevereiro. Porém, como já se disse, o movimento não era unânime e grande parte dos trabalhadores continuava a trabalhar normalmente. A polícia estava de prontidão, para garantir aos que não participavam da greve, o seu direito de entrar na fábrica para trabalhar. Os grevistas faziam piquetes na porta - insultando os colegas, aos quais chamavam de “fura-greve” - na entrada e saída dos turnos. A situação era de tensão constante e todos viam ali um barril de pólvora prestes a explodir.

Pois bem. Foi nesse local “calmo” que Spies escolheu para fazer um comício no dia 3 de maio, segunda feira. Para não dar a perceber suas intenções, escolheu as imediações de um sindicato, que ficava bem próximo à fábrica da McCormick. A ação foi inteiramente planejada e preparada e consistia em, enquanto se discursava no comício, tentar barrar a entrada dos trabalhadores que queriam entrar para o trabalho. Isso foi a faísca, que os anarquistas aguardavam ansiosamente, para detonar o barril de pólvora.

Enquanto Spies discursava – um disfarce para encobrir o plano – um grupo de baderneiros contratados se dirigiu à porta da fábrica. Spies, sabendo da movimentação e do objetivo, fingiu que era pacífico, advertindo o grupo para não usar violência. Este se juntou ao piquete de greve impedindo os trabalhadores de fora, a entrar e os de dentro, a sair. Houve uma violenta briga e a polícia, que estava nas imediações, entrou em ação.

Assim que chegaram, os policiais foram atacados pelos baderneiros, com gritos e pedradas. Todos sabem que a polícia americana não tem contemplação com quem a ataca e essa tradição, ali, foi mantida. Os policiais partiram para cima do piquete, dando bordoadas com cassetete e tiros de revólver. E, finalmente, o sangue correu! Morreram dois grevistas.

Spies, cínico, em seu depoimento no tribunal, disse que quando percebeu o conflito correu até a porta da fábrica e sentiu o “sangue a ferver” com a “carnificina” que presenciou. Então, voltou para a redação do jornal

Arbeit-Zeitung e compôs o folheto conclamando os trabalhadores a se vingar. Esse

folheto, que teve o título de “Vingança – Às Armas Trabalhadores!” incitava os trabalhadores a “procederem como homens e se revoltassem contra seus

opressores”, depois de repetir os chavões de sempre de exploração, patrões,

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Note-se que a principal característica dos líderes comunistas nessas manifestações é NÃO PARTICIPAR de confrontos. Eles incitam o povo e deixam os buchas de canhão levarem cacetadas e balas, enquanto ficam em segurança, observando o resultado. Se houver vitória, no final da batalha, aparecem para serem carregados nos ombros pelos trouxas. Se há derrota, tratam de fugir apressadamente, pondo-se a salvo. JAMAIS SE VIU OU SE VERÁ UM DESSES CANALHAS COVARDES NA LINHA DE FRENTE! JAMAIS!

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Nessa mesma noite, cerca de uma dúzia dos mais ativos anarquistas, entre eles

George Engel e Adolph Fischer, se reuniram em Greif’s Hall na rua Lake. Essa

era mais uma de uma série de reuniões onde os anarquistas planejavam como atacar a polícia. No processo não houve dúvida que nessa reunião ficou decidido fazer uma grande manifestação pública de protesto pelo que tinha acontecido na fábrica McCormick. O local escolhido foi perto de Haymarket, na rua Randolph, a oeste da rua Desplaines, alguns quarteirões a oeste do braço sul do rio Chicago. Fischer ficou incumbido de confeccionar os folhetos convidando o povo para o evento.

No tribunal, a defesa apareceu com outro folheto e a incrível história, com testemunha e tudo, de que foram impressos 2 mil folhetos do primeiro tipo, mas não foram distribuídos; o empregado que testemunhou disse que, depois de impressos, levou para Spies revisar e este retirou a convocação para que todos se armassem. Então foram impressos 20 mil folhetos do segundo tipo e distribuídos. Declarou ainda, que Spies mandou destruir o primeiro folheto, o que ele fez. Essa historinha infantil não colou no júri, mesmo porque o funcionário não sabia explicar como o primeiro folheto circulara – até a promotoria tinha exemplares – já que ele afirmava ter destruído todos. O certo é que ninguém pode calcular, nem saber, quantos exemplares de cada tipo circulou. Ficou claríssimo para o júri que a história do segundo folheto foi uma peça montada muito depois, somente para entrar na defesa dos réus.

Portanto, o plano continuava a funcionar. Os trabalhadores incitados pelo folheto, vão armados, inclusive com dinamite, para a “vingança” convocada por Spies. O primeiro folheto dizia:

“Atenção Trabalhadores.

Grande Concentração hoje á noite às 19:30 em Haymarket e

adjacências.

Ilustres oradores estarão presentes para denunciar a mais

recente atrocidade da polícia, o fuzilamento de nossos

companheiros trabalhadores, ocorrida ontem à noite.

TRABALHADORES: ARMEM-SE E COMPAREÇAM COM

FORÇA TOTAL!

A Comissão Executiva”

No segundo folheto, a última frase, para que todos se armassem, foi retirada. Note-se a técnica de se usar superlativos que tocam o lado emocional das pessoas: grande, ilustre, atrocidade e fuzilamento.

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Portanto, no dia 4 de maio, ocorreu o comício no local marcado. Era uma noite gelada e o evento não começou às 19:30h. Cerca de 3 mil pessoas compareceram, um número extremamente menor do que esperavam os organizadores. Spies chega às 20:30h, quando ninguém ainda tinha discursado e a platéia já começava a se dispersar.

A história agora é contada no tribunal pelos acusados, que tentam, de todas as maneiras, tirar o corpo fora, para provar que não estavam no local. Spies diz que não havia mais ninguém para discursar e que precisou mandar chamar Parsons e outros que estavam em uma reunião no Arbeit-Zeitung.

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Essa história também não foi engolida pelo júri. Na hora de seu comício de “vingança”, uma ação super-importante, os líderes iriam marcar outras reuniões em outros locais? A defesa, sem recursos, resolver inventar tais histórias infantis, que não colaram.

Assim, contam os acusados, os discursos se sucedem, em cima de uma carroça, sempre com o palestrante, depois que dá seu recado, deixando o local.

Um vento gelado e a ameaça de chuva tinham acabado com o comício. O prefeito de Chicago, Carter Harrison, que estava no local, se retirou. Então, por volta de 22:30h, o último orador, Fielden, falava para somente algumas centenas de espectadores, quando o inspetor Bonfield – o comandante da polícia no local – resolveu acabar de vez com aquela chatice. Colocou seus 175 homens marchando em formação para, atravessando por entre os poucos ouvintes que ainda restavam, chegar até a carroça dos oradores.

O vice-comandante, Capitão William Ward, então, avisa Fielden: “Em nome do

povo do estado de Illinois, ordeno que essa manifestação termine imediata e pacificamente.” Fielden, que já estava acabando seu discurso, respondeu: “Por que, Capitão? Essa é uma reunião pacífica.” O capitão Ward não quer diálogo

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O que aconteceu em seguida foi relatado por testemunhas que viram um objeto redondo cortando o espaço sobre a carroça com um facho de fogo, indo cair no meio da polícia que a cercava. Então, após a explosão, a multidão abriu fogo sobre os policiais e estes revidaram, atirando nela. A defesa alegou que os tiros foram dados somente pela polícia, que atingiu seus próprios companheiros. A cena foi rápida e a multidão, atacada a golpes de cassetete e tiros, se dispersou num piscar de olhos. Em poucos minutos tudo tinha terminado.

Morreram sete policiais e pelo menos quatro espectadores (não se sabe o número exato, pois os feridos foram carregados pelos companheiros). Vários policiais tiveram membros amputados e um deles perdeu parte da mandíbula.

Aconteceu o que Lucy Parsons, mulher de Albert Parsons, previra em seu livro de 1884, “Discurso aos Indigentes”, onde ela encorajava os desesperados, ao invés de sofrer e morrer abandonados, a lançar dinamite no meio de seus opressores. “Então, façam com que a tragédia de vocês seja encenada aqui,

mandando seu recado e deixando que eles tomem conhecimento dele através do clamor vermelho da destruição”, escreveu ela.

Oito pessoas foram presas: August Spies, Albert Parsons, Adolph Fischer, George Engel, Louis Lingg, Michael Schwab, Samuel Fielden e Oscar Neebe. Cinco delas (Spies, Fischer, Engel, Lingg e Schwab) eram imigrantes alemães, enquanto Neebe, era americano filho de alemães. Parsons era americano e Fielden, inglês.

Todos foram condenados a morte, menos Neebe, que recebeu 15 anos de prisão. A comunidade comunista mundial levantou protestos ao redor do mundo, culpando os jornais americanos de incendiarem a opinião pública contra os “mártires” e afirmando que “havia provas de que a bomba fora lançada por

agentes da Pinkerton.” A Internacional Socialista declarou que esse foi o

“processo mais injusto da história jurídica americana”, decretando que o dia primeiro de maio ficasse marcado como um dia em que “mártires foram

sacrificados na luta pelos trabalhadores”, sendo denominado “dia do trabalho”.

Os americanos, sabedores que procederam corretamente, enforcando e punindo

terroristas da pior espécie, passaram a comemorar o dia do trabalho em 1º de

setembro.

Em 10 de novembro de 1887, o Governador de Illinois, Richard James Oglesby, transformou a sentença de Fielden e Schwab em prisão perpétua. Na véspera de sua execução, Lingg se suicidou em sua cela, com uma pequena cápsula de dinamite que colocou na boca como um charuto. A explosão arrancou metade de seu rosto e ele passou seis horas de agonia antes de morrer. Em 11 de novembro de 1887, Spies, Parsons, Fischer e Engel foram enforcados.

Em 26 de junho de 1893, Fielden, Schwab e Neebe, receberam indulto do governador de Illinois e foram soltos.

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Essa é a realidade dos fatos, que o comunismo internacional, controlador das mídias, luta para encobrir a qualquer custo, mas que a Internet teima em manter em evidência. Se você não acredita, pode tirar suas dúvidas aqui, no acervo da Biblioteca do Senado Americano:

http://memory.loc.gov/ammem/award98/ichihtml/hayhome.html

http://www.thenewamerican.com/culture/history/item/15268-history-of-may-day#

L Valentin 01/05/2009

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