Manejo do Vasoespasmo pós
Hemorragia Subaracnóidea
Gisele Sampaio Silva giseless@einstein.br
VASOESPASMO CEREBRAL
• Estreitamento tardio de artérias cerebrais de
capacitância localizadas na base do encéfalo pós hemorragia subaracnóidea
Artéria cerebral média
Sifão carotídeo
Artérias vertebrais
Vasoespasmo Cerebral em números:
-30-70% frequência de vasoespasmo cerebral pós HSA aneurismática
24-32% frequência de vasoespasmo sintomático ou déficit neurólogico isquêmico tardio
15-20% de todos os pacientes apresentam isquemia ou morrem apesar da terapêutica otimizada
Responsável por 50% das mortes em pacientes que sobrevivem ao tratamento inicial
HEMORRAGIA SUBARACNÓIDEA E
VASOESPASMO
Journal of Cerebral Blood Flow & Metabolism (2003) 23,1251–1262;
Acta Neurochir Suppl (2008) 104, 7-52.
Ruptura de parede do aneurisma
HSA
Degeneração de produtos sanguíneos: oxihemoglobina Cascata de evntos patológicos no endotélio vascular,
músculo liso e adventícia.
Escala de Fisher
2Escala de Fisher
Risco:10% Risco:20%
Preditores de Vasoespasmo em
Preditores de Vasoespasmo em
Pacientes com HSA
Pacientes com HSA
I
I
Assintomático ou cefaléia leve
II
II
Cefaléia moderada a grave e/ou rigidez de
nuca
III
III
Confusão mental, letargia e/ou sinais focais
leves
IV
IV
Estupor e/ou hemiparesia
V
V
Coma
Hunt WE, J Neurosurg, 1968
INTEGRIDADE FUNCIONAL MICROVASCULAR ROTAS COLATERAIS DE FLUXO SANGÜÍNEO DESEMPENHO CARDÍACO PERVIEDADE DA MACROVASCULATURA
Mecanismos adaptativos
X
Mecanismos adaptativos X
Mecanismos adaptativos
X
Falhas nos mecanismos compensarórios de fluxo colateral, autorregulação e
FATOS SOBRE A HEMODINÂMICA
FATOS SOBRE A HEMODINÂMICA
CEREBRAL:
CEREBRAL:
Com a interrupção completa do fluxo ocorre:
Supressão da atividade elétrica espontânea em 12-15 s Inibição da excitabilidade sináptica cortical 2-4 min. Inibição de excitabilidade elétrica em 4-6 min
Irrigação sangüínea cerebral:
Adulto em repouso: 50-55 mL/100 g de tecido cerebral Limiar p. falência elétrica: 18mL/100g
Diagn
DTC capaz de prover informa
DTC capaz de prover informa
ç
ç
ão e
ão e
utilidade cl
utilidade cl
í
í
nica estabelecida
nica estabelecida
Detecção e
monitorização de vasoespasmo
angiográfico em pacientes com HSA Evidência:A Classe:I-II Padrão ouro: angiografia Sloan, Neurology, 1989 Sloan, Neurology, 1989
Crit
Crit
é
é
rios Diagn
rios Diagn
ó
ó
sticos de
sticos de
Vasoespasmo pelo DTC
Vasoespasmo pelo DTC
Lindegaard, Acta Neurochir, 1988
Diagn
Diagn
ó
ó
stico Diferencial: Hiperemia
stico Diferencial: Hiperemia
Awad, Stroke, 1989
Sensibilidade e Especificidade
Sensibilidade e Especificidade
do DTC na detec
do DTC na detec
ç
ç
ão de
ão de
Vasoespasmo
Vasoespasmo
Sensibilidade
Sensibilidade EspecificidadeEspecificidade
ACI ACI 25-25-30%30% 83-83-91%91% ACM ACM 3939--94%94% 7070--100%100% ACA ACA 13-13-71%71% 65-65-100%100% Vertebral Vertebral Basilar Basilar ACP ACP 44 44--100%100% 77 77--100%100% 48 48--60%60% 82 82--88%88% 42 42--79%79% 78 78--87%87% Sloan, Neurology 2004
Crit
Crit
é
é
rios para Detec
rios para Detec
ç
ç
ão de Vasoespasmo
ão de Vasoespasmo
em Art
em Art
é
é
ria Cerebral M
ria Cerebral M
é
é
dia
dia
MFV (cm/s)MFV (cm/s) I. de Lindegaard: I. de Lindegaard: ACM/ICA
ACM/ICA
Interpreta
Interpretaççãoão
<120 ≤3 Hiperemia > 80 3-4 Hiperemia + Vasoespasmo leve ≥120 3-4 Vasoespasmo leve + Hiperemia ≥120 4-5 Vasoespasmo moderado + Hiperemia ≥120 5-6 Vasoespasmo moderado ≥180 6 Vasoespasmo moderado a grave ≥200 ≥6 Vasoespasmo grave ≥200 4-6 Vasoespasmo grave+Hiperemia ≥200 3-4 Vasoespasmo moderado + Hiperemia
Crit
Crit
é
é
rios Diagn
rios Diagn
ó
ó
sticos de Progressão
sticos de Progressão
do Vasoespasmo na ACM
do Vasoespasmo na ACM
Parâmetro
Valores
Velocidades
Vels ACM180cm/s
Aumento rápido vels
ACM (> 20% ou +
65 cm/s)
Índice Lindegaard
ACM/ACI
6
Pulsatilidade
IP
1,2
Crit
Crit
é
é
rios Diagn
rios Diagn
ó
ó
sticos de
sticos de
Vasoespasmo em outras art
Vasoespasmo em outras art
é
é
rias
rias
Sloan, Neurosonology, 2004
Demais vasos
Demais vasos Vasoespasmo Vasoespasmo
Poss
Poss
í
í
vel
vel
Vasoespasmo
Vasoespasmo
Prov
Prov
á
á
vel
vel
Vasoespasmo Vasoespasmo
Definitivo
Definitivo
ACI
>80
>110
>130
ACA
>90
>110
>120
ACP
>60
>80
>90
Basilar
>70
>90
>100
Vertebral >60
>80
>90
Cuidado com Vasoespasmos
Cuidado com Vasoespasmos
Graves
Graves
Doppler transcraniano:
RAMO DA acm
Divisão distal Coração Sifão carotídeo
Ramo da ACM
Divisão distal Coração
Doppler transcraniano e vasoespasmo:
Ramo da ACM
Divisão distal Coração Sifão carotídeo
Ramo da ACM
Divisão distal Coração Sifão carotídeo
Age (yr) 0 10 20 30 40 50 60 Blood f low v eloc ity ( c m/s ) 0 50 100 150 200 250 Children Adults Healthy controls
Hematocrit (%) 20 30 40 50 Blood Flow Velocity ( c m /s) 50 100 150 200 250 Children Adults Healthy adults
Vasoespasmo Cerebral:
estratégias de tratamento
Objetivo final: evitar o insulto isquêmico cerebral Evitar o início e a progressão do vasoespasmo
Reverter o vasoespasmo instalado Dar suporte hemodinâmico
Guidelines for the Management of Aneurysmal Subarachnoid Hemorrhage: A Statement for Healthcare Professionals From a Special Writing Group of the Stroke
Council, American Heart Association
Stroke 2009;40;994-1025
Recommendations for management of Cerebral Vasospasm:
1. Oral nimodipine is indicated to reduce poor outcome related to aneurysmal SAH (Class I,
Level of Evidence A).
2. Treatment of cerebral vasospasm begins with early management of the ruptured aneurysm, and in most cases, maintaining normal circulating blood volume and avoiding hypovolemia are probably indicated (Class IIa, Level of Evidence B).
3. One reasonable approach to symptomatic cerebral vasospasm is volume expansion, induction of hypertension, and hemodilution (triple-H therapy) (Class IIa, Level of Evidence B). 4. Alternatively, cerebral angioplasty and/or selective intraarterial vasodilator therapy may
Perspectivas de
Tratamento:
Ações na parede do vaso, na microvasculatura
e no dano tecidual:
•
Bloqueadores de canais de cálcio
•
Sulfato de magnésio
•
Estatinas
•
Antagonistas da endotelina
•
Suporte Hemodinâmico
Nimodipina:
•Nimodipina 60 mg VO 4/4 h por 21 dias •30mg se PAS 100-140 mmHg
•D/C se PAS <100mmH
•24% de redução risco relativo morte ou
incapacidade
•33% de redução de risco relativo de isquemia
sintomática
•20% redução de risco relativo de infarto na CT
•82 pacientes com hemorragia subaracnóidea •Hipervolemia: PVC ≥8 mmHg
•Normovolemia: PVC ≥ 5 mmHg •D/C se PAS <100mmH
•Hipervolemia
•Sem efeito na frequência de vasoespamo
sintomático
•Sem efeito no fluxo sanguíneo cerebral
Sulfato de Magnésio
Magnésio bloqueia os canais de cácio
voltagem (pode reverter vasoconstrição), tem efeito antagonista NMDA. Podendo prevenir a ação do glutamato e diminuir o influxo de cálcio durante injúria isquêmica
Sulfato de Magnésio
5 manuscritos publicados
Prognóstico ruim (morte, estado vegetativo, depend6encia) foi menos comum no grupo
tratado com magnésio (OR 0.54, IC 0.36-0.81) Taxa de mortalidade não diferentes (14%
Protocolo uso de Magnésio na HSA
Administration
Central line is necessary not required. Bolus dose: 2g MgSo4 over 30 minutes
Record HR,BP, RR every 10 minutes during bolus Initiation rate : 1g MgSO4 /hr (25cc/hr)
If the MgSO4 is stopped it should not be restarted without orders from MD.
Protocolo uso de Magnésio na HSA
Mg levels are checked:
Before starting infusion 2 hours after initiation
2 hours after dose/rate change
Every 12 hours if dose does not change
Ionized Calcium and Serum K is checked twice a day.
Calcium repletion is desired if Ca <1.1mmol/L. Calcium maybe repleted over 30 minutes for Mg protocol.
E
STATINAS:
Estatinas aumentam a liberação de óxido nítrico e diminui os mediadores inflamatórios liberados pelas células endoteliais. Relaxamanto e proloferação das muscularura lisa vascular
ocorre.
Três estudos clínicos randomizados, dois com sinvastatina e um com pravastatina até o 14 dia após HSA, mostraram que o tratamento com estatina é seguro e pode melhorar o
vasoespasmo
Stroke 2005;36;1627-1632 Stroke 2005;36;1627-1632 Stroke 2008;39;2622-2626
Terapia 3H
Melhora do fluxo sanguíneo cerebral por:
Elevação da pressão de perfusão cerebral Eleveção do débito cardíaco
Redução da viscosidade sanguínea Eficácia baseada em série de casos:
60-70%
Terapia 3H:
vasoespasmo sintomático protocolo
SF 0.9% 100-150 mL/h
Albumina 5% 250 mL até de 2 em 2 h: manter PVC ≥8
Fenilefrina (manter PAS≥200 mmHg)
Dobutamina ou milrinona (CI≥4.0L/min/m2) Transfundir Hb ≥10 mg/dL