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INSTALAÇÕES AT E MT. SUBESTAÇÕES DE DISTRIBUIÇÃO

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Emissão: EDP Distribuição – Energia, S.A.

DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia

Av. Urbano Duarte, 100 • 3030-215 Coimbra • Tel.: 239002000 • Fax: 239002344 E-mail: dnt@edp.pt

Divulgação: EDP Distribuição – Energia, S.A.

GBCI – Gabinete de Comunicação e Imagem

Rua Camilo Castelo Branco, 43 • 1050-044 Lisboa • Tel.: 210021684 • Fax: 210021635

INSTALAÇÕES AT E MT. SUBESTAÇÕES DE DISTRIBUIÇÃO

Função de automatismo: “regulação de tensão”

Especificação funcional

Elaboração: INTS, ICTS, ISTS, DNT Homologação: conforme despacho do CA de 2007-02-13

(2)

ÍNDICE

0 INTRODUÇÃO ... 3

1 OBJECTIVO... 3

2 NORMAS E DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA ... 3

3 PRESCRIÇÕES GERAIS... 4

3.1 Âmbito de actuação ... 4

3.2 Selecção e validação dos transformadores a comandar... 4

3.3 Regimes de funcionamento ... 4

3.4 Sinalizações... 5

3.4.1 Para cada painel de transformador ... 5

3.5 Funcionamento individual / paralelo ... 5

4 COORDENAÇÃO COM OUTRAS FUNÇÕES DE AUTOMATISMO... 6

4.1 Interacção com a função “comando de baterias de condensadores”... 6

4.2 Interacção com a função “deslastre/reposição por tensão”... 6

4.3 Interacção com a função “deslastre/reposição por frequência” ... 6

5 ALGORITMO DE CÁLCULO ... 6 5.1 Notações utilizadas... 6 5.2 Fórmulas... 7 6 CÁLCULO DO DESVIO ... 11 7 SEQUÊNCIA DE OPERAÇÕES ... 11 7.1 Condições iniciais ... 11

7.1.1 Condições relativas a cada um dos barramentos (ou semibarramentos) MT ... 11

7.1.2 Condições relativas a cada um dos transformadores... 11

7.2 Elaboração das ordens... 12

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DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 3/12 0 INTRODUÇÃO

A função “regulação de tensão”, no âmbito das subestações de distribuição AT/MT, destina-se basicamente a manter a tensão de um barramento (ou semibarramento) MT num domínio de valores pré-fixados, compensando os efeitos das variações do valor da tensão primária e das quedas de tensão em carga no(s) transformador(es) que alimenta(m) o barramento em questão.

A tensão do barramento é permanentemente comparada com um valor de referência; se o desvio admissível for excedido durante um tempo, pré-fixado será emitida uma ordem de “subir” ou de “descer” ao(s) dispositivo(s) de comando do(s) comutador(es) de tomadas em serviço do(s) transformador(es) alimentador(es) do barramento em questão, daí resultando o aumento ou a diminuição do valor da tensão secundária MT.

O módulo funcional básico, acima sumariamente descrito, é complementado com outros módulos, dos quais os principais são:

⎯ a compensação da queda de tensão em linha destinada a manter constante a tensão no extremo de um circuito a jusante do ponto onde é efectuada a medida, para o que as quedas de tensão nesse circuito (normalmente um painel de linha de saída MT) são simuladas para afectarem a comparação entre a tensão medida e o valor de referência;

⎯ o controlo do funcionamento de transformadores em paralelo, mediante a minimização da circulação de potência reactiva;

⎯ a interacção com as funções de automatismo “deslastre/reposição por tensão” e “deslastre/ reposição por frequência”, para prevenir a ultrapassagem do valor máximo admissível da tensão, devido à diminuição da carga provocada pela acção dos respectivos programas de “deslastre”; ⎯ a interacção com a função “comando de baterias de condensadores” (caso exista), para prevenir

a ultrapassagem do valor máximo admissível da tensão devido à subida provocada pela ligação da bateria;

⎯ o controlo da boa execução das ordens de “subir” e de “descer” emitidas pela própria função. 1 OBJECTIVO

O presente documento tem como objectivo a especificação da função de automatismo “regulação de tensão” para subestações AT/MT e MT/MT da EDP Distribuição.

Serão abordados, no seguimento, os seguintes aspectos: ⎯ normas e documentos de referência;

⎯ prescrições gerais; ⎯ algoritmo de cálculo; ⎯ sequências de operações.

2 NORMAS E DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

O presente documento inclui disposições do(s) seguinte(s) documento(s) EDP:

⎯ DEF-C13-570/N (2007): “Sistemas de Protecção, Comando e Controlo Numérico (SPCC). Funções de protecção” – Especificação funcional;

⎯ DEF-C13-553/N (2007): Função de automatismo: “deslastre por falta de tensão/reposição por regresso de tensão” – Especificação funcional;

⎯ DEF-C13-554/N (2007): Função de automatismo: “deslastre por mínimo de frequência/reposição por normalização de frequência – Especificação funcional;

⎯ DEF-C13-556/N (2007): Função de automatismo: “comando horário de baterias de condensadores” – Especificação funcional.

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3 PRESCRIÇÕES GERAIS 3.1 Âmbito de actuação

A função “regulação de tensão” actua ao nível de cada um dos barramentos ou (semibarramentos) MT da subestação comandando o(s) comutador(es) de tomadas em serviço do(s) transformador(es) ligado(s) a esse barramento.

O número máximo de transformadores a comandar em cada subestação é de três e número máximo de barramentos (ou semibarramentos) MT cuja tensão deve ser regulada é de três.

Consequentemente, numa subestação com a configuração máxima prevista - três transformadores e três barramentos (ou semibarramentos) MT - poderão apresentar-se os seguintes casos com todos os transformadores em serviço:

⎯ comando de três transformadores em paralelo, se os barramentos (semibarramentos) MT estiverem todos interligados;

⎯ comando em individual de cada um dos transformadores, se os barramentos (semibarramentos) MT estiverem separados.

A função “regulação de tensão” deve poder actuar simultaneamente nos transformadores ligados a barramentos (ou semibarramentos) MT separados, sem que a sua actuação no(s) transformador(es) ligado(s) a um barramento (semibarramento) iniba ou condicione, de qualquer modo, a actuação no(s) transformador(es) ligado(s) ao outro barramento (semibarramento), ou seja, as operações em relação a um barramento (semibarramento) devem poder decorrer com total independência das operações em curso em relação ao outro barramento (semibarramento).

A colocação da função em modo “manual” deverá pôr o automatismo no seu estado inicial. 3.2 Selecção e validação dos transformadores a comandar

Conforme acima referido na secção 3.1, em relação a cada um dos barramentos (ou semibarramentos) MT, a função “regulação de tensão” comanda o(s) comutador(es) de tomadas em serviço do(s) transformador(es) ligado(s) a esse barramento (semibarramento).

A partir da base de dados representativa da subestação em questão e das informações sobre a posição dos diferentes órgãos - disjuntores, seccionadores, etc. - dos painéis AT e MT de transformador e dos painéis MT de fecho ou paralelo de barras (quando existam), a função determinará continuamente a topologia da subestação e reconhecerá assim os transformadores que estão ligados a cada um dos barramentos (ou semibarramentos) MT e também a situação dos transformadores (em paralelo ou em individual).

3.3 Regimes de funcionamento

Os regimes de funcionamento da função “regulação de tensão” são os seguintes: ⎯ modo “manual”

⎯ acção da função “regulação de tensão” inibida;

⎯ comando voluntário (do comutador de tomadas em serviço) permitido, ⎯ modo “automático”

⎯ acção da função “regulação de tensão” permitida;

⎯ comando voluntário (do comutador de tomadas em serviço) inibido.

Se a subestação estiver a ser explorada com os barramentos (ou semibarramentos) MT separados, deverá ser possível a escolha de regimes de funcionamento diferentes para cada um dos barramentos (semibarramentos).

Neste caso, estando a função num barramento (ou semibarramento) em “manual” e, noutro barramento (ou semibarramento) em “automático”, se vierem a ser interligados (mediante o fecho do disjuntor do painel de Seccionamento de Barras, ou fecho do disjuntor do painel de uma das chegadas MT, quando o Seccionamento de Barras já se encontra fechado), o regime “automático” prevalecerá sobre o regime “manual” e passará a abranger todos os transformadores ligados ao barramento único resultante da interligação.

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DNT – Direcção de Normalização e Tecnologia Pág. 5/12 3.4 Sinalizações

A função “regulação de tensão” deve emitir as sinalizações a seguir discriminadas.

3.4.1 Para cada painel de transformador: ⎯ “automático” / “manual”;

⎯ “tensão de base reduzida x %”;

⎯ “tensão de base reduzida com vista à ligação de baterias de condensadores”; ⎯ “tempo-desvio”, “tempo independente” ou “tempo inverso”;

⎯ “subir”; ⎯ “descer”;

⎯ “bloqueio por mínimo de tensão”;

⎯ “excesso de circulação de potência reactiva entre transformadores em paralelo”; ⎯ “máximo de tensão”;

⎯ “topo inferior”; ⎯ “topo superior”;

⎯ “avaria do dispositivo de comando do comutador de tomadas em serviço - ordem não cumprida”; ⎯ “alarme de corrente de circulação”;

⎯ “disparo por corrente de circulação”;

⎯ “tomada de referência em serviço/fora de serviço”. 3.5 Funcionamento individual / paralelo

O comando dos transformadores poderá ser efectuado de forma individual ou em paralelo, dependendo da topologia da subestação.

Quando em comando individual a parametrização da função “regulação de tensão” de cada semibarramento poderá ser diferente, contudo, quando estiverem reunidas as condições para que topologicamente exista o paralelo dos transformadores deverá ser garantido a mesma parametrização da função nos dois transformadores.

A tabela seguinte define o valor dos parâmetros da função na passagem do comando individual para o comando em paralelo.

Condições iniciais

(Comando individual) (Comando paralelo) Condições finais

RAT 1 RAT 2 RAT 1 RAT 2

MANUAL MANUAL MANUAL MANUAL

MANUAL AUTOMÁTICO AUTOMÁTICO AUTOMÁTICO

AUTOMÁTICO MANUAL AUTOMÁTICO AUTOMÁTICO

AUTOMÁTICO AUTOMÁTICO AUTOMÁTICO AUTOMÁTICO

Notas:

1 Com os transformadores em paralelo e em modo “automático”, a função “regulação de tensão” deverá ter em consideração a minimização do valor de corrente de circulação.

2 Deverão existir 2 níveis independentes de actuação. O 1º nível corresponderá a um alarme por excesso de corrente de circulação e a actuação do 2º nível resultará no disparo do disjuntor do painel de Seccionamento de Barras MT, desfazendo-se desse modo a paralelo dos transformadores.

Estando estabelecido o paralelo dos transformadores a mudança do regime de funcionamento num dos transformadores deverá ser simultaneamente repercutido no outro transformador.

A tabela seguinte exemplifica o valor do parâmetro regime de funcionamento que deverá ser assumido pela regulação de tensão na sequência da alteração do regime de um dos transformadores.

(6)

Condições finais (Comando paralelo) Ordem voluntária a um dos

reguladores de tensão

(Comando paralelo) RAT 1 RAT 2

MANUAL MANUAL MANUAL

AUTOMÁTICO AUTOMÁTICO AUTOMÁTICO

Nota: com os transformadores em paralelo e em modo “manual”, se for efectuado um comando voluntário local

ou à distância, de subir ou descer tomadas num dos transformadores, essa ordem deve ser repercutida apenas no regulador de tensão desse transformador.

4 COORDENAÇÃO COM OUTRAS FUNÇÕES DE AUTOMATISMO

4.1 Interacção com a função “comando de baterias de condensadores”

A tensão de base de um barramento (ou semibarramento) MT deve poder ser diminuída de uma percentagem pré-fixada e parametrizável pela IHM, por ordem da função “comando de baterias de condensadores” (caso esteja implementada) no instante programado de ligação de uma bateria ao barramento MT em questão. A função “regulação de tensão” emitirá então ordens de descer até ao restabelecimento do equilíbrio entre a tensão medida e a nova tensão referência, a menos do desvio admissível. Então, a função “regulação de tensão” informará a função “comando de baterias de condensadores”, desencravando a emissão da ordem de fecho ao disjuntor da bateria.

Uma vez a bateria ligada, a tensão de base do barramento (ou semibarramento) MT em questão deverá retomar o valor inicial.

4.2 Interacção com a função “deslastre/reposição por tensão”

Ao ocorrer o deslastre, o comutador deverá colocar-se na tomada de referência, caso esta se encontre definida e o regulador esteja em modo “automático”.

Ao regressar a tensão a um barramento (ou semibarramento) MT, após a execução do programa de “deslastre por falta de tensão MT”1), a característica de “tempo-desvio” deve ser comutada para

“tempo inverso” em relação ao barramento MT em questão. O retorno à característica “tempo independente” verificar-se-á no fim do programa de “reposição por regresso da tensão MT”, ou seja, quando a função “deslastre/reposição por tensão” voltar ao repouso em relação ao barramento (ou semibarramento) MT em questão.

4.3 Interacção com a função “deslastre/reposição por frequência”

No instante de desencadeamento do programa de “deslastre por mínimo de frequência”

2

) a

característica de “tempo-desvio” deve ser comutada para “tempo inverso” em relação a todos os barramentos (ou semibarramentos) MT da subestação.

O retorno à característica “tempo independente” verificar-se-á quando a função “deslastre/reposição por frequência” voltar ao repouso.

5 ALGORITMO DE CÁLCULO

A expressão matemática do desvio inclui três parcelas correspondentes, respectivamente: ⎯ à diferença entre a tensão medida e a tensão de base;

⎯ à compensação das quedas de tensão;

⎯ à circulação de potência reactiva entre transformadores em paralelo, motivada pela diferença entre as relações de transformação resultante da diferença entre as posições dos comutadores de tomadas.

5.1 Notações utilizadas

I - numero do transformador;

1) Descrito no documento DEF-C13-553/N, relativo à função “deslastre/reposição por tensão”. 2) Descrito no documento DEF-C13-554/N, relativo à função “deslastre/reposição por frequência”.

(7)

Zi - impedância do transformador “i” vista do secundário (valor absoluto); Pi - potência activa fornecida pelo transformador “i” medida no secundário; Qi - potência reactiva fornecida pelo transformador “i” medida no secundário; P = ∑ Pi - potência activa total fornecida por um grupo de transformadores em paralelo; Q = ∑ Qi - potência reactiva total fornecida por um grupo de transformadores em paralelo; V - valor medido da tensão secundária a regular (no barramento MT);

V0 - valor de base da tensão secundária a regular;

ΔV0 - diminuição da tensão de base;

ΔVi - desvio relativo ao transformador “i”;

R - resistência da rede cujas quedas de tensão devem ser compensadas; X - reactância da rede cujas quedas de tensão devem ser compensadas. 5.2 Fórmulas

À diferença entre a tensão medida e a tensão de base corresponde o desvio parcelar calculado pela fórmula:

Notas:

1: o desvio ΔV resume-se à parcela ΔV’, no caso em que as quedas de tensão na rede não são compensadas e em que os transformadores não funcionam em paralelo. Neste caso a tensão de referência é igual à tensão de base.

2: resumindo-se o desvio à parcela ΔV’, se esta for positiva a tensão medida é superior à tensão de base, donde a necessidade de uma ordem de descer se o desvio admissível nominal for ultrapassado; inversamente, se ΔV’ for negativo, haverá necessidade de uma ordem de subir se o desvio admissível nominal for ultrapassado.

À queda de tensão a compensar corresponde o desvio parcelar calculado mediante a fórmula:

A escolha do sinal a considerar no numerador da fórmula [2] depende da natureza indutiva ou capacitiva da carga:

⎯ se a carga for indutiva, a parcela XQ é somada à parcela RP; ⎯ se a carga for capacitiva, a parcela XQ é subtraída à parcela RP.

Combinando os desvios parcelares calculados mediante as fórmulas [1] e [2] anteriores, resulta para o desvio a fórmula seguinte:

O desvio calculado mediante a fórmula [3] é característico de cada barramento (ou semibarramento) MT.

(8)

Notas:

1: o desvio ΔV é igual à expressão ΔV’’’, no caso em que as quedas de tensão na rede são compensadas e em que os transformadores não funcionam em paralelo.

2: a fórmula [3] traduz um aumento da tensão de base com vista a compensação da queda de tensão:

ou seja, a tensão de referência obtêm-se da tensão de base, adicionando-lhe a queda de tensão. 3: a tensão a regular é transferida para o extremo do circuito onde se verificam as quedas de tensão:

4: resumindo-se o desvio à expressão ΔV’’’, se esta for positiva, a tensão medida é superior à tensão de referência, donde a necessidade de uma ordem de descer se o desvio admissível nominal for ultrapassado; inversamente, se ΔV’’’ for negativo haver necessidade de uma ordem de subir se o desvio admissível nominal for ultrapassado. O desvio parcelar correspondente à circulação de potência reactiva entre transformadores em paralelo, motivada pela diferença entre as relações de transformação, a qual é, por sua vez, resultante da diferença entre as posições dos comutadores de tomadas, calcula-se, para cada transformador, mediante a fórmula:

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Notas:

1: se os comutadores de tomadas de todos os transformadores em paralelo estiverem em posições a que corresponda a mesma relação de transformação, e se as tensões de curto-circuito dos transformadores forem iguais, os desfasamentos entre a corrente e a tensão secundárias são iguais em todos os transformadores e iguais ao desfasamento entre a corrente total e a tensão secundária.

2: se o transformador “i” estiver “avançado” em relação aos restantes, circulará uma corrente predominantemente reactiva na malha formada pelos transformadores em paralelo.

Essa corrente de circulação, ou corrente igualizadora, é indutiva vista do transformador avançado e compõe-se com a corrente de carga.

O transformador avançado deve receber uma ordem de descer, ou seja, o seu desvio parcelar ΔVi’’’’ deve ser

tido em consideração, no sentido de aumentar o valor medido da tensão.

(10)

3: inversamente, a corrente de circulação é capacitiva vista do transformador atrasado em relação aos restantes, compondo-se com a corrente de carga.

O transformador atrasado deve receber uma ordem de subir, ou seja, o seu desvio parcelar ΔVi’’’’ deve ser tido

em consideração, no sentido de reduzir o valor medido da tensão.

4: como a corrente de circulação passa apenas na malha formada pelos transformadores em paralelo,

5: o desvio parcelar ΔVi’’’’, calculado mediante a fórmula:

traduz para cada transformador, a diferença entre a sua tensão secundária e a tensão do barramento, ou seja, o efeito igualizador da corrente de circulação, que provoca a descida da tensão do transformador “avançado” e a subida da tensão do transformador atrasado por forma a serem ambos iguais à tensão do barramento.

Combinando as fórmulas [3] e [4] anteriores obtém-se para cada transformador a expressão geral do desvio:

Notas:

1: se o desvio ΔVi for positivo e o desvio admissível nominal for ultrapassado, o transformador correspondente deve

receber ordem de “descer”.

2: inversamente, se o desvio ΔVi for negativo e o desvio admissível nominal for excedido, o transformador

correspondente deve receber ordem de” subir”.

Se a tensão de base for reduzida de 5% mediante uma ordem exterior, a expressão do desvio para cada transformador passa a ser a seguinte:

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Se a tensão de base for reduzida por efeito de interacção com a função “comando de baterias de condensadores” (ver, acima, secção 4.1), a expressão do desvio para cada transformador passa a ser a seguinte:

6 CÁLCULO DO DESVIO

O cálculo do desvio, por meio da fórmula constante da secção 5 deste documento que for aplicável, deve ser efectuado ciclicamente.

A fim de evitar ordens intempestivas em caso de ocorrência de alterações transitórias da tensão, o valor do desvio a comparar com o desvio admissível nominal deve ser a média dos valores calculados a partir das leituras efectuadas durante cada ciclo.

O número de leituras a efectuar e de valores do desvio a calcular em cada ciclo deve ser, no mínimo, igual a 5.

Se a característica de “tempo-desvio” for “tempo independente”, a duração dos ciclos deve ser sempre igual ao tempo de actuação pré-fixado.

Se a característica de “tempo-desvio” for “tempo inverso”, a duração do ciclo deve ser encurtada, ou seja, a frequência das leituras deve ser aumentada, na dependência inversa da razão entre o primeiro desvio calculado e o desvio admissível nominal.

7 SEQUÊNCIA DE OPERAÇÕES 7.1 Condições iniciais

7.1.1 Condições relativas a cada um dos barramentos (ou semibarramentos) MT

Para que a função “regulação de tensão” possa operar em relação a cada um dos barramentos (ou semibarramentos) MT, devem verificar-se, cumulativamente, as condições iniciais adiante referidas: ⎯ o regime de funcionamento escolhido para o barramento (ou semibarramento) MT em questão é o

modo “automático” (ver, neste documento, a secção 3.3); ⎯ o encravamento por “mínimo de tensão” não está activado;

Nota: esta condição previne também ordens intempestivas em caso de disparo do disjuntor de protecção do

circuito secundário dos transformadores de tensão (TT) de MT, e de extracção dos TT extraíveis. ⎯ a medida da tensão do barramento (ou semibarramento) MT em questão é válida.

7.1.2 Condições relativas a cada um dos transformadores

Para que a função “regulação de tensão” possa operar sobre os mecanismos de comando dos comutadores de tomadas em serviço de cada um dos transformadores, devem verificar-se, cumulativamente, as seguintes condições iniciais:

⎯ o transformador em questão está “em serviço” (ligado aos barramentos AT e MT);

⎯ as tensões auxiliares alternada e contínua dos circuitos de comutação de tomadas em serviço estão presentes;

⎯ a tensão auxiliar do dispositivo de comando do comutador de tomadas em serviço está presente; ⎯ o dispositivo de comando do comutador de tomadas em serviço está operacional, ou seja, não

está avariado;

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⎯ as medidas de potência activa e potência reactiva são válidas;

⎯ a indicação de posição do comutador de tomadas em serviço é válida. 7.2 Elaboração das ordens

Verificando-se, para um barramento (ou semibarramento) MT, as condições iniciais atrás referidas na secção 7.1.1, o desvio é calculado ciclicamente conforme prescrito, neste documento, na secção 6, para os transformadores ligados a esse barramento que cumpram as condições iniciais citadas na anterior secção 7.1.2.

Se o valor do desvio calculado num determinado ciclo não exceder o desvio admissível nominal, não será elaborada qualquer ordem. Se o valor do desvio calculado num determinado ciclo exceder o desvio admissível nominal, será elaborada uma ordem que dependerá do sinal do desvio calculado. Se o desvio calculado for positivo, será elaborada uma ordem de descer (ver, secção 5.2, fórmula [5], neste documento) ao comutador de tomadas em serviço do transformador respectivo.

Se o desvio calculado for negativo, será elaborada uma ordem de subir (ver, secção 5.2, fórmula [5], neste documento) ao comutador de tomada em serviço do transformador respectivo.

7.3 Emissão e controlo de execução das ordens

Uma vez elaborada uma ordem de “descer” ou de “subir” ao comutador de tomadas em serviço de um transformador, a mesma só será emitida se não estiver em curso uma manobra de mudança de tomadas; caso contrário, a emissão da ordem aguardará o fim da mudança em curso.

Adicionalmente, uma ordem de “descer/subir” ao comutador de tomadas em serviço de um transformador só será emitida se o comutador não estiver na tomada extrema inferior/superior; caso contrário, a ordem será cancelada e não será emitida.

À emissão de ordens corresponderá a emissão das correspondentes sinalizações (referidas, no presente documento, nas secções 3.4.1 e 3.4.2).

Após a emissão de uma ordem de subir ou de descer ao comutador de tomadas em serviço de um transformador, a função aguardará um período de tempo pré-fixado e ajustável entre 1 s e 50 s (correspondente à duração da mudança de tomada), findo o qual averiguará se o comutador efectivamente mudou de tomada no sentido correcto.

Se a mudança de tomada não tiver sido correctamente efectuada, a função “regulação de tensão” ficará bloqueada em relação ao transformador em questão, e será emitida a sinalização “avaria do dispositivo de comando do comutador de tomadas em serviço – ordem não cumprida” referida na secção 3.4.1 deste documento.

Notas:

1: Deverá ser considerada a possibilidade de ser parametrizada uma temporização de segurança que após o repouso do movimento regulador e em função das características do comutador de tomadas, permita evitar o bloqueio da função na passagem pelas tomadas intermédias.

2: Estando a função “regulação de tensão” em regime “Automático” e bloqueada, a passagem para regime “Manual” deverá resultar no desbloqueio da função.

3: As ordens voluntárias (efectuadas em modo “manual”) que não provoquem a mudança de tomada não deverão provocar o bloqueio da função. No entanto, deverá ser sinalizado “avaria do dispositivo de comando do comutador de tomadas em serviço – ordem não cumprida” referida na secção 3.4.1 deste documento. 4: Caso ocorra a actuação da função de protecção “Máximo de Tensão”, não deverão ser enviadas ordens de

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