PÓS GRADUAÇÃO – PENAL E
PROCESSO PENAL
Legislação e Prática – aula 5
Professor: Rodrigo J. CapobiancoCRIMES CONTRA A ORDEM
TRIBUTÁRIA E RELAÇÃO DE
• A Lei 8.137/90 trata dos “Crimes Contra a ordem Tributária Econômica e as Relações de
Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes
condutas:
I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias;
II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de
qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal;
III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura,
duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento relativo à operação tributável;
IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou
V - negar ou deixar de fornecer, quando
obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente, relativa a venda de mercadoria ou prestação de
serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em desacordo com a legislação.
Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa
Art. 2° Constitui crime da mesma natureza: I - fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, ou empregar outra fraude, para eximir-se, total ou parcialmente, de pagamento de tributo;
II - deixar de recolher, no prazo legal, valor de
tributo ou de contribuição social, descontado ou cobrado, na qualidade de sujeito passivo de
obrigação e que deveria recolher aos cofres públicos;
III - exigir, pagar ou receber, para si ou para o
contribuinte beneficiário, qualquer percentagem sobre a parcela dedutível ou deduzida de imposto ou de contribuição como incentivo fiscal;
IV - deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o estatuído, incentivo fiscal ou parcelas de
imposto liberadas por órgão ou entidade de desenvolvimento;
V - utilizar ou divulgar programa de
processamento de dados que permita ao sujeito passivo da obrigação tributária possuir informação contábil diversa daquela que é, por lei, fornecida à Fazenda Pública.
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Art. 3° Constitui crime funcional contra a ordem tributária, além dos previstos no :
I - extraviar livro oficial, processo fiscal ou
qualquer documento, de que tenha a guarda em razão da função; sonegá-lo, ou inutilizá-lo, total ou parcialmente, acarretando pagamento indevido ou inexato de tributo ou contribuição social;
II - exigir, solicitar ou receber, para si ou para
outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de iniciar seu exercício, mas em razão dela, vantagem indevida; ou aceitar
promessa de tal vantagem, para deixar de lançar ou cobrar tributo ou contribuição social, ou cobrá-los parcialmente.
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.
III - patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração fazendária,
valendo-se da qualidade de funcionário público. Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa
Art. 4° Constitui crime contra a ordem econômica: I - abusar do poder econômico, dominando o
mercado ou eliminando, total ou parcialmente, a concorrência mediante qualquer forma de ajuste ou acordo de empresas
II - formar acordo, convênio, ajuste ou aliança entre ofertantes, visando:
a) à fixação artificial de preços ou quantidades vendidas ou produzidas;
b) ao controle regionalizado do mercado por empresa ou grupo de empresas;
c) ao controle, em detrimento da concorrência, de rede de distribuição ou de fornecedores.
• Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, ou multa
• Art. 7° Constitui crime contra as relações de consumo:
• I - favorecer ou preferir, sem justa causa,
comprador ou freguês, ressalvados os sistemas de entrega ao consumo por intermédio de
• II - vender ou expor à venda mercadoria cuja embalagem, tipo, especificação, peso ou
composição esteja em desacordo com as
prescrições legais, ou que não corresponda à respectiva classificação oficial;
• III - misturar gêneros e mercadorias de espécies diferentes, para vendê-los ou expô-los à venda como puros; misturar gêneros e mercadorias de qualidades desiguais para vendê-los ou expô-los à venda por preço estabelecido para os demais mais alto custo;
• IV - fraudar preços por meio de:
• a) alteração, sem modificação essencial ou de qualidade, de elementos tais como
denominação, sinal externo, marca, embalagem, especificação técnica, descrição, volume, peso, pintura ou acabamento de bem ou serviço;
• b) divisão em partes de bem ou serviço,
• c) junção de bens ou serviços, comumente oferecidos à venda em separado;
• d) aviso de inclusão de insumo não empregado na produção do bem ou na prestação dos
• V - elevar o valor cobrado nas vendas a prazo de bens ou serviços, mediante a exigência de
• VI - sonegar insumos ou bens, recusando-se a vendê-los a quem pretenda comprá-los nas
condições publicamente ofertadas, ou retê-los para o fim de especulação;
• VII - induzir o consumidor ou usuário a erro, por via de indicação ou afirmação falsa ou enganosa sobre a natureza, qualidade do bem ou serviço, utilizando-se de qualquer meio, inclusive a
• VIII - destruir, inutilizar ou danificar
matéria-prima ou mercadoria, com o fim de provocar alta de preço, em proveito próprio ou de terceiros;
• IX - vender, ter em depósito para vender ou
expor à venda ou, de qualquer forma, entregar matéria-prima ou mercadoria, em condições impróprias ao consumo;
• Pena - detenção, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, ou multa.
• Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II, III e IX pune-se a modalidade culposa, reduzindo-se a pena e a detenção de 1/3 (um terço) ou a de
• Art. 11. Quem, de qualquer modo, inclusive por meio de pessoa jurídica, concorre para os crimes definidos nesta lei, incide nas penas a estes
• Parágrafo único. Quando a venda ao consumidor for efetuada por sistema de entrega ao consumo ou por intermédio de outro em que o preço ao consumidor é estabelecido ou sugerido pelo fabricante ou concedente, o ato por este
praticado não alcança o distribuidor ou revendedor.
• Art. 12. São circunstâncias que podem agravar de 1/3 (um terço) até a metade as penas
previstas nos arts. 1°, 2° e 4° a 7°:
• I - ocasionar grave dano à coletividade;
• II - ser o crime cometido por servidor público no exercício de suas funções;
• III - ser o crime praticado em relação à prestação de serviços ou ao comércio de bens essenciais à vida ou à saúde.
• Delação Premiada:
• Nos crimes previstos nesta Lei, cometidos em quadrilha ou co-autoria, o co-autor ou partícipe que através de confissão espontânea revelar à autoridade policial ou judicial toda a trama
delituosa terá a sua pena reduzida de um a dois terços.
CRIMES CONTRA O
CONSUMIDOR
• A Lei 8.078/90 trata do “Código de Defesa do Consumidor” e traz a partir do artigo 61 os crimes contra o consumidor.
Art. 63. Omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre a nocividade ou periculosidade de produtos, nas
embalagens, nos invólucros, recipientes ou publicidade:
Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa. § 1° Incorrerá nas mesmas penas quem deixar de alertar, mediante recomendações escritas
ostensivas, sobre a periculosidade do serviço a ser prestado.
§ 2° Se o crime é culposo:
Art. 64. Deixar de comunicar à autoridade competente e aos consumidores a nocividade ou periculosidade de produtos cujo conhecimento seja posterior à sua
colocação no mercado:
Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa. Parágrafo único. Incorrerá nas mesmas penas quem deixar de retirar do mercado, imediatamente quando determinado pela autoridade competente, os
Art. 65. Executar serviço de alto grau de
periculosidade, contrariando determinação de autoridade competente:
Pena Detenção de seis meses a dois anos e multa. Parágrafo único. As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à lesão corporal e à morte.
Art. 66. Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir informação relevante sobre a natureza, característica, qualidade, quantidade, segurança, desempenho,
durabilidade, preço ou garantia de produtos ou serviços:
Pena - Detenção de três meses a um ano e multa.
§ 1º Incorrerá nas mesmas penas quem patrocinar a oferta.
§ 2º Se o crime é culposo;
Art. 67. Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser enganosa ou abusiva:
Art. 68. Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa a sua
saúde ou segurança:
Art. 69. Deixar de organizar dados fáticos, técnicos e científicos que dão base à publicidade:
Art. 70. Empregar na reparação de produtos, peça ou componentes de reposição usados, sem autorização do consumidor:
Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça, coação, constrangimento físico ou moral, afirmações falsas incorretas ou enganosas ou de qualquer outro procedimento que exponha o consumidor,
injustificadamente, a ridículo ou interfira com seu trabalho, descanso ou lazer:
Art. 72. Impedir ou dificultar o acesso do consumidor às informações que sobre ele constem em cadastros, banco de dados, fichas e registros:
Art. 73. Deixar de corrigir imediatamente informação sobre consumidor constante de cadastro, banco de dados, fichas ou registros que sabe ou deveria saber ser inexata:
Art. 74. Deixar de entregar ao consumidor o termo de garantia adequadamente preenchido e com
especificação clara de seu conteúdo;
Art. 75. Quem, de qualquer forma, concorrer para os crimes referidos neste código, incide as penas a esses cominadas na medida de sua culpabilidade, bem
como o diretor, administrador ou gerente da pessoa jurídica que promover, permitir ou por qualquer modo aprovar o fornecimento, oferta, exposição à venda ou manutenção em depósito de produtos ou a oferta e prestação de serviços nas condições por ele proibidas
CRIMES DA LEI 11.101/05
(falimentares)
• Fraude a Credores
• Praticar, antes ou depois da sentença que decretar a falência, conceder a recuperação judicial ou homologar a recuperação extrajudicial, ato fraudulento de que resulte ou possa resultar prejuízo aos credores, com o fim de obter ou assegurar
• Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
• OBS: a pena será aumentada de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um
• I – elabora escrituração contábil ou balanço com dados inexatos;
• II – omite, na escrituração contábil ou no balanço, lançamento que deles deveria constar, ou altera escrituração ou balanço verdadeiros;
• III – destrói, apaga ou corrompe dados contábeis ou negociais armazenados em computador ou sistema informatizado;
• IV – simula a composição do capital social;
• V – destrói, oculta ou inutiliza, total ou parcialmente, os documentos de escrituração contábil obrigatórios.
• Contabilidade Paralela
• se o devedor manteve ou movimentou recursos ou valores paralelamente à contabilidade exigida pela legislação,
praticará contabilidade paralela e receberá a pena do crime anterior (reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa)
• OBS:
• 1) No caso dos crimes anteriores (Fraude a Credores e Contabilidade Paralela):
• - Incorrerão nas mesmas penas os contadores, técnicos
contábeis, auditores e outros profissionais que, de qualquer modo, concorrerem para as condutas criminosas, na medida de sua culpabilidade
• OBS:
• 2) No caso dos crimes anteriores (Fraude a Credores e Contabilidade Paralela):
• - Tratando-se de falência de microempresa ou de empresa de pequeno porte, e não se constatando prática habitual de
• - reduzir a pena de reclusão de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), ou
• - substituí-la pelas penas restritivas de direitos, pelas de perda de bens e valores ou pelas de prestação de serviços à
• Violação de sigilo empresarial
• Violar, explorar ou divulgar, sem justa causa, sigilo empresarial ou dados confidenciais sobre operações ou serviços,
contribuindo para a condução do devedor a estado de inviabilidade econômica ou financeira:
• Divulgação de informações falsas
• Divulgar ou propalar, por qualquer meio, informação falsa
sobre devedor em recuperação judicial, com o fim de levá-lo à falência ou de obter vantagem:
• Indução a erro
• Sonegar ou omitir informações ou prestar informações falsas no processo de falência, de recuperação judicial ou de recuperação
extrajudicial, com o fim de induzir a erro o juiz, o Ministério Público, os credores, a assembléia-geral de credores, o Comitê ou o
administrador judicial:
• Favorecimento de credores
• Praticar, antes ou depois da sentença que decretar a falência, conceder a recuperação judicial ou homologar plano de
recuperação extrajudicial, ato de disposição ou oneração
patrimonial ou gerador de obrigação, destinado a favorecer um ou mais credores em prejuízo dos demais:
• Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
• OBS:
• Incorre nas mesmas penas o credor que, em conluio, possa beneficiar-se do favorecimento a credores
• Desvio, ocultação ou apropriação de bens
• Apropriar-se, desviar ou ocultar bens pertencentes ao devedor sob recuperação judicial ou à massa falida, inclusive por meio da
aquisição por interposta pessoa:
• Aquisição, recebimento ou uso ilegal de bens
• Adquirir, receber, usar, ilicitamente, bem que sabe pertencer à massa falida ou influir para que terceiro, de boa-fé, o adquira, receba ou use:
• Habilitação ilegal de crédito
• Apresentar, em falência, recuperação judicial ou recuperação extrajudicial, relação de créditos, habilitação de créditos ou reclamação falsas, ou juntar a elas título falso ou simulado:
• Exercício ilegal de atividade
• Exercer atividade para a qual foi inabilitado ou incapacitado por decisão judicial, nos termos desta Lei:
• Violação de impedimento
• Adquirir o juiz, o representante do Ministério Público, o
administrador judicial, o gestor judicial, o perito, o avaliador, o escrivão, o oficial de justiça ou o leiloeiro, por si ou por interposta pessoa, bens de massa falida ou de devedor em recuperação
judicial, ou, em relação a estes, entrar em alguma especulação de lucro, quando tenham atuado nos respectivos processos:
• Omissão dos documentos contábeis obrigatórios
• Deixar de elaborar, escriturar ou autenticar, antes ou depois da sentença que decretar a falência, conceder a recuperação judicial ou homologar o plano de recuperação extrajudicial, os documentos de escrituração contábil obrigatórios:
• Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave
• Equiparação
• Na falência, na recuperação judicial e na recuperação extrajudicial de sociedades, os seus sócios, diretores, gerentes, administradores e conselheiros, de fato ou de direito, bem como o administrador judicial, equiparam-se ao devedor ou falido para todos os efeitos penais decorrentes desta Lei, na medida de sua culpabilidade
• Ausência de crime
• A sentença que decreta a falência, concede a recuperação judicial ou concede a recuperação extrajudicial de que trata o art. 163 desta Lei é condição objetiva de punibilidade das infrações penais
• Efeitos da condenação
• São efeitos da condenação por crime previsto nesta Lei:
• I – a inabilitação para o exercício de atividade empresarial;
• II – o impedimento para o exercício de cargo ou função em conselho de administração, diretoria ou gerência das sociedades sujeitas a esta Lei;
• III – a impossibilidade de gerir empresa por mandato ou por gestão de negócio.
• OBS:
• 1) Os efeitos não são automáticos, devendo ser
motivadamente declarados na sentença, e perdurarão até 5 (cinco) anos após a extinção da punibilidade, podendo,
contudo, cessar antes pela reabilitação penal.
• 2) Transitada em julgado a sentença penal condenatória, será notificado o Registro Público de Empresas para que tome as medidas necessárias para impedir novo registro em nome dos inabilitados.
• Prescrição
• Os prazos prescricionais são regidos pelo Código Penal (art. 109), iniciando-se do dia da decretação da falência, da concessão da recuperação judicial ou da homologação do
• OBS:
• A decretação da falência do devedor interrompe a prescrição cuja contagem tenha iniciado com a concessão da recuperação judicial ou com a homologação do plano de recuperação
extrajudicial
ESTATUTO DO
• A Lei 10.826/03 trata do “Estatuto do Desarmamento”
• Além de todas as regras referentes a armas
(quem concede licenças, quem pode portar, etc), o Estatuto também prevê crimes. A saber:
Posse irregular de arma de fogo de uso permitido
Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em
desacordo com determinação legal ou
regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de
trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa:
(Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa)
Omissão de cautela
Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou
pessoa portadora de deficiência mental se
apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:
(Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa)
Incorrerá nas mesmas penas proprietário ou diretor responsável de empresa de segurança e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia
Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo, acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de ocorrido o fato.
Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido
Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
(Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa)
Embora o Estatuto do Desarmamento trate esse crime como inafiançável (parágrafo único do art.
14), a Lei 12.403/11 alterou o CPP e possibilitou a
fiança para esse crime e pela Adin 3.112-1 o STF considerou inconstitucional esse dispositivo
Disparo de arma de fogo
Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa
conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime:
(Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa)
OBS: pela mesma Adin 3.112-1 o STF considerou inconstitucional a inafiançabilidade deste crime
Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito
Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar:
(Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa)
Equiparações (incorrendo na mesma pena quem):
I – suprimir ou alterar marca, numeração ou
qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou artefato;
II – modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de fogo de
uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz;
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar; IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado;
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que
gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou adolescente; e
VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo.
Comércio ilegal de arma de fogo
Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar,
remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar:
(Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa)
1. Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma de
prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em residência.
2. a pena é aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou munição forem de uso
Tráfico internacional de arma de fogo
Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente:
(Pena – reclusão de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa)
OBS: a pena é aumentada da metade se a arma de fogo, acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito
Observações Gerais
1. Excetuando-se os crimes de Posse (art. 12) e
omissão de cautela (art. 13) os demais crimes terão pena aumentada pela metade se forem praticados pelos seguintes órgãos ou empresas:
I – os integrantes das Forças Armadas;
II – os integrantes de órgãos referidos nos incisos do caput do art. 144 da Constituição Federal;
III – os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municípios com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, nas condições
estabelecidas no regulamento desta Lei;
IV - os integrantes das guardas municipais dos
Municípios com mais de 50.000 (cinqüenta mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes,
quando em serviço; (Redação dada pela Lei nº 10.867, de 2004)
V – os agentes operacionais da Agência Brasileira de Inteligência e os agentes do Departamento de
Segurança do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República;
VI – os integrantes dos órgãos policiais referidos
no art. 51, IV, e no art. 52, XIII, da Constituição Federal; (segue)
VII – os integrantes do quadro efetivo dos agentes e guardas prisionais, os integrantes das escoltas de presos e as guardas portuárias;
VIII – as empresas de segurança privada e de transporte de valores constituídas, nos termos desta Lei;
IX – para os integrantes das entidades de desporto legalmente constituídas, cujas atividades
esportivas demandem o uso de armas de fogo, na forma do regulamento desta Lei, observando-se, no que couber, a legislação ambiental.
X - integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor-Fiscal e Analista Tributário.
XI - os tribunais do Poder Judiciário descritos no art. 92 da Constituição Federal e os Ministérios Públicos da
União e dos Estados, para uso exclusivo de servidores de seus quadros pessoais que efetivamente estejam no exercício de funções de segurança, na forma de
regulamento a ser emitido pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ e pelo Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP.
2. Embora a lei (art. 21) mencione a
insuscetibilidade de liberdade provisória para alguns crimes do Estatuto do Desarmamento, o STF, julgando a Adin 3.112-1, julgou esse
dispositivo inconstitucional.
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da
__ Vara Criminal
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da
__ Vara Criminal da Comarca de ...
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da
__ Vara Criminal da Comarca de ...
Fulano, qualificado nos autos em epígrafe, por
seu
advogado
ao
final
firmado,
vem
respeitosamente à presença de V. Ex.a
Fulano, qualificado nos autos em epígrafe, por
seu
advogado
ao
final
firmado,
vem
respeitosamente à presença de V. Ex.a
apresentar MEMORIAIS,
Fulano, qualificado nos autos em epígrafe, por
seu
advogado
ao
final
firmado,
vem
respeitosamente à presença de V. Ex.a
apresentar MEMORIAIS, nos termos do art.
403, par. 3º do CPP*,
Fulano, qualificado nos autos em epígrafe, por
seu
advogado
ao
final
firmado,
vem
respeitosamente à presença de V. Ex.a
apresentar MEMORIAIS, nos termos do art.
403,
par.
3º
do
CPP*,
pelos
fatos
e
fundamentos a seguir expostos.
Fatos
Direito
“apresentar todas as teses de defesa
possíveis*”
Pedido
Pedido
Diante do exposto requer que a ação seja julgada improcedente para
Pedido
Diante do exposto requer que a ação seja julgada improcedente para absolver o réu, nos termos do art. 386, inc. * do CPP.
Pedido
Diante do exposto requer que a ação seja julgada improcedente para absolver o réu, nos termos do art. 386, inc. * do CPP.
Outrossim, caso não seja esse o entendimento de V. Ex.a,
Pedido
Diante do exposto requer que a ação seja julgada improcedente para absolver o réu, nos termos do art. 386, inc. * do CPP.
Outrossim, caso não seja esse o entendimento de V. Ex.a, requer ... (teses subsidiárias).
Pedido
Diante do exposto requer que a ação seja julgada improcedente para absolver o réu, nos termos do art. 386, inc. * do CPP.
Outrossim, caso não seja esse o entendimento de V. Ex.a, requer ... (teses subsidiárias).
Local, data. Advogado OAB...
APELAÇÃO
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da
__ Vara Criminal*
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da
__ Vara Criminal* da Comarca de ...
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da
__ Vara Criminal* da Comarca de ...
Fulano, qualificado nos autos em epígrafe que lhe
move a Justiça Pública*, por
Fulano, qualificado nos autos em epígrafe que lhe
move a Justiça Pública*, por seu advogado ao final
firmado, vem respeitosamente à presença de V.
Ex.a,
Fulano, qualificado nos autos em epígrafe que lhe
move a Justiça Pública*, por seu advogado ao final
firmado, vem respeitosamente à presença de V.
Ex.a, não se conformando com a r. sentença que o
condenou, da mesma interpor RECURSO DE
APELAÇÃO,
Fulano, qualificado nos autos em epígrafe que lhe
move a Justiça Pública*, por seu advogado ao final
firmado, vem respeitosamente à presença de V.
Ex.a, não se conformando com a r. sentença que o
condenou, da mesma interpor RECURSO DE
APELAÇÃO, nos termos do art. 593, I do CPP*.
Fulano, qualificado nos autos em epígrafe que lhe
move a Justiça Pública*, por seu advogado ao final
firmado, vem respeitosamente à presença de V.
Ex.a, não se conformando com a r. sentença que o
condenou, da mesma interpor RECURSO DE
APELAÇÃO, nos termos do art. 593, I do CPP*.
Outrossim, requer que as razões inclusas seja
encaminhadas ao E. Tribunal de Justiça* de ...
Fulano, qualificado nos autos em epígrafe que lhe move a Justiça Pública*, por seu advogado ao final firmado, vem respeitosamente à presença de V. Ex.a, não se conformando com a r. sentença que o condenou, da mesma interpor RECURSO DE APELAÇÃO, nos termos do art. 593, I do CPP*.
Outrossim, requer que as razões inclusas seja encaminhadas ao E. Tribunal de Justiça* de ...
Termos em que
Pede deferimento. Local, data
Advogado(a) OAB ...
RAZÕES DE APELAÇÃO
Apelante: Fulano
RAZÕES DE APELAÇÃO
Apelante: Fulano
Apelada: Justiça Pública
Egrégio Tribunal de Justiça*
Colenda Câmara
Doutos Julgadores
Fatos
Direito
Pedido
Pedido
Diante do exposto, requer que seja dado provimento à apelação para
Pedido
Diante do exposto, requer que seja dado provimento à apelação para absolver o Apelante*,
Pedido
Diante do exposto, requer que seja dado provimento à apelação para absolver o Apelante*, nos termos do art. 386, inc. ... do CPP*
Pedido
Diante do exposto, requer que seja dado provimento à apelação para absolver o Apelante*, nos termos do art. 386, inc. ... do CPP*, como medida de justiça.
Pedido
Diante do exposto, requer que seja dado provimento à apelação para absolver o Apelante*, nos termos do art. 386, inc. ... do CPP*, como medida de justiça.
Local, data. Advogado (a) OAB ...