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Revista de Guimarães Publicação da Sociedade Martins Sarmento

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Casa de Sarmento

Centro de Estudos do Património

Universidade do Minho

Largo Martins Sarmento, 51

4800-432 Guimarães

E-mail:

geral@csarmento.uminho.pt

URL:

www.csarmento.uminho.pt

Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/

Revista de Guimarães

Publicação da Sociedade Martins Sarmento

A

CTIVIDADES

C

ULTURAIS DA

S

OCIEDADE

M

ARTINS

S

ARMENTO

.

C

ONCERTO MUSICAL

.

(sem indicação de autor)

Ano: 1968 | Número: 78

Como citar este documento:

(sem indicação de autor), Actividades Culturais da Sociedade Martins Sarmento.

Concerto musical. Revista de Guimarães, 78 (3-4) Jul.-Dez. 1968, p. 323-326.

(2)

ACTIVIDADES CULTURAIS

323

transmissível. O ‹‹eu›› de Conceição Pilá, não contém cumplica-

ções psíquicas ou demanda interpretações transcendentes z está aí, claro e límpido, acessível a todos, revelando uma sensibilidade delicada e um gosto equilibrado. Não há rebusca doentia de originalidades ou do insólito, não há atrevimentos técnicos de fácil sensacionalismo: há uma extraordinária economia de meios, um conhecimento sério de um ‹‹métier››, uma honestidade de ser

verdades.

rantã

patente ao público du-

O

dia 22.

Concerto má/¡im!

Ainda no mês de Novembro, na noite de 23

,

foi prí-

morosamente executado no Salão Nobre da Sociedade

um excelente Concerto Musical que â. numerosa assis-

tencia deixou a melhor das impressões. Foi o selecto pro-

grama executado pelo trio constituído pela pianista e

professora D. Margarida Policarpo Teixeira, natural de

Guimarães, acompanhada dos professores Snrs. Mário

Rodrigues (Violino) e José Magalhães (Violoncelo).

Momentos antes de iniciado o Concerto o Presidente

da Sociedade fez a apresentação dos concertistas nas se-

guintes breves palavras

:

Minhas Senhoras e meus Senhores O

.A distinta Professora de piano, Senhora D. Margarida Po1i-

carpo Teixeira, actualmente a trabalhar no Conservatório Regional

de Música, na vizinha cidade de Braga, tomou a feliz resolução de

realizar uni concerto em Guimarães, sua terra natal.

Acompanhada dos Professores Senhores Mário Rodrigues

(Violino) e José de Magalhães (Violoncelo), aqui a temos presente, como executante neste trio, excelente conjunto que vamos ter a

ocasião de escutar.

Iššsta apreciável iniciativa da Ex."*** Senhora D. Margarida

Policarpo é merecedora de todo o nosso louvor, c, com muito

reconhecimento, lhe queremos aqui manifestar a nossa satisfação por se ter dignado dar a preferência a esta Colectividade vimaranense para a realização do Concerto com que resolveu brindar os seus conterrâneos, honrando ao mesmo tempo a Casa de Martins Sar-

mento com esta bela manifestação de Arte, e prestando assim a sua valiosa colaboração

as

actividades culturais da nossa prestigiosa Sociedade.

Minhas Senhoras e meus Senhores 1

Desde muito cedo que a Senhora D. Margarida Policarpo

começou a revelar uma acentuada vocação musicai, pois já aos 10 anos de idade dava o seu primeiro Concerto de piano, no velho

(3)

324

R E F; 15-*].li.. .HF *Zé V Í M A R .ELES

<‹'Íleat1°o de

I).

Afonso Henriquesa, que, volvidos anos, as exigen-

cias da urbana šzaç;ãc› c o cšesenvolvimento da cidade obrigaram. a demolir.

Tambérn cedo, contudo, D. Margarida Policarpo emigicou da

sua terra, porque este meio lhe não facUltava, naturalmente, as indispensáveis facilidades de ttabaiho, nem: u pleno desenvolvi-

mento a apaixonava, e que lhe deveria dar não

só o necessário impulso à sua vocação, como oferecer-lhe também

uS meios de enfrentar os obstáculos materiais da vida.

da arte que tanto

O terceto executando a magrzífica audição.

Com funda saudade, D. Margarida Policarpo deixaria a terra a que El prendiani laços familiares e onde passara os ditosos !‹111ü$ da

sua infiincia, mas, em compensação, também rápida e sucessiva- mente dava ingresso como executante, cada vez mais apreciada solicitada, em vários orquestras e coniuntos musicais, passando

assim a actuar com frequência em muitas cidades do país.

Hoie, professora exímia, mas estudando incansàveiniente e

progredindo sempre, o trabalho de D. Margarida Policarpo não se manifesta apenas na sua actividade docente c como concertista,

mas também como autora inspirada e competente de composições

musicais diversas, duas das quais vamos ter o prazer de aqui ouvir.

Quero também manifestar o agradecimento da Direcção desta

Casa aos dois distintos profissionais aqui presentes, que acompa¬

ninaram D Margarida Policarpo o violinista Sr. Mario Rodrigues, aturai da cidade de Braga, actualmente executante na magnifica

(4)

aí TU. z1:›zu)Es

ÚUL.IURf\I*›

325

O víoluncelista Sr. José dc `l/Iagalhãcs, natural du Porto, fez

compositor

de

várias obras, já foi bolseiro da Fundação Caiousre Gulbenkian, Ú que lhe deu possibilidade de realizar vários recitais

numa das nossas províncias do Ultramar, onde igualmente alcançou

merecido renome.

b

M

parte

da

Orquestra Portuguesa

de

Ópera, e trabalha presentemente ao lado cio Sr. šlwlário Rodrigues, na Orquestra Sinfónica do Porto.

His, minhas Senhoras e meus Senhores, o que se me oferece dizer, neste momento, em breves, quanto insuficientes palavras,

acerca da vida artística dos componentes deste Trio, que a Socie- dade Martins Sarmento recebe com toda a simpatia, agradecendo-

-ihes

os momentos de grande enševo espiritual que, sem dúvida, vão proporcionar a este selecto auditório.

À

Do agrado

que a primorosa audição causou na assis-

tência e repercussão

que teve na crítica jornalística pedimos

išcença para transcrever as

seguintes referências :

imaranense Srfi* D. largarída `{*olicarp()

«A pianista

M

Teixeira e os professores Srs. Mário Rodrigues e Rose de

Magalhães, res ectivarnente violinista

e violoncelista da

Orquestra SiniPónica

do Porto, realizaram

na noite de

de sábado, no salão nobre da Sociedade Martins Sarmento,

um magnífico concerto em que foram executadas obras

de consagrados

autores.

A execução foi

primorosa, sendo aplaudidos

pela

selecta assistência

todos os trechos do programa.

Os

vimaranenses que se deslocaram à Sociedade

Martins Sarmento tiveram oportunidade de apreciar

o

virtuosismo da

sua distinta conterrânea, I).

Margarida

Policarpo Teixeira,

professora do Conservatório

de Música

de Braga, onde

reside há anos,

e

que,

em homenagem à

benemérita S

(Í) Sr. Coronel Mário Cardozo, presidente da Socie-

dade, ao iniciar-se a audição proferiu algumas palavras

de agradecimento e louvor à iniciativa

da Sri* D.

Marga-

rida Policarpo Teixeira,

da qual fez o elogio

como

executante e como compositora de assinalados méritos,

salientando também

a competência e a colaboração dos

Srs. Mário Rodrigues e ] s é de Magalhães.

Extra programa os distintos artistas executaram ainda

dois belos trechos

musicais, terminando o excelente con-

certo com

o hino da Sociedade Martins

Sarmento, que

a

assistência ouviu de pé,

tributando de

novo, e muito caio-

rosamente, aplausos ao categorizado terceto.

Êocíedadfi, promoveu

um belo

concerto.

.L

(5)

326

REVISTA DE GVIMARÃES

Urna menina, no anal, entregou à Sr.3' D. Margarida

Policarpo Teíxeua, em nome da Soc.

S., um ramo

de

CI'2.VOS.>)

(Do «Diário do Norte››, do Porto)

«O admirável concerto foi executado com impecável

virtuosismo, que a todos assistentes proporcionou

uma

bera noite de arte musical.

Os distintos componentes do trio foram

muito

aplaudidos.

Deste modo a Sociedade Martins Sarmento prosse-

gue com brilho na esteira das suas honrosas tradições de

propulsara da educação artística da gente vimaranense»

(Do ‹‹(:omércio de Guimarães»)

Bom foi que D. Margardia Policarpo tivesse vindo

ao seu Lar, à sua terra, trazer-nos os momentos deliciosos

da sua arte e das suas composições <‹Sonhei›› e «lntermezzzo

Romântico››.

Iniciativas destas só merecem louvores e que se repi-

tam muitas vezes nesta terra onde a .Arte teve sempre cul-

tores apaixonados»

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