• Nenhum resultado encontrado

INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE Pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação Programa de Pós-Graduação em Produção e Sanidade Animal.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE Pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação Programa de Pós-Graduação em Produção e Sanidade Animal."

Copied!
43
0
0

Texto

(1)

INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE

Pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação Programa de Pós-Graduação em Produção e Sanidade Animal

Dissertação

Raquitismo em suínos no Oeste de Santa Catarina: relato de casos e avaliação nutricional

Eduardo Peres Neto

(2)

Eduardo Peres Neto

Raquitismo em suínos no Oeste de Santa Catarina: relato de casos e avaliação nutricional

Dissertação apresentada ao Mestrado Profissional em Produção e Sanidade Animal do Instituto Federal Catarinense, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Ciências (área de concentração: Produção e Sanidade Animal).

Orientador: Ricardo Evandro Mendes

(3)

Peres Neto, Eduardo

Raquitismo em suínos no Oeste de Santa Catarina: relato de casos e avaliação nutricional /Eduardo Peres Neto – 2019.

Páginas 43.

Orientador: Ricardo Evandro Mendes

Dissertação (Mestrado Profissional) / Instituto Federal Catarinense, Pós-Graduação em Produção e Sanidade Animal.

(4)

Eduardo Peres Neto

Raquitismo em suínos no Oeste de Santa Catarina: relato de casos e avaliação nutricional

Dissertação aprovada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Ciências, Curso de Pós-Graduação Produção e Sanidade Animal, Pró-reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação, Instituto Federal Catarinense.

Data da Defesa: 25/07/2019

Banca examinadora:

Prof. Dr. Ricardo Evandro Mendes (Orientador)

Doutor em Sanidade Animal pela Universidade de Córdoba, UCO, Espanha

Prof. Dr. Célso Pilati

Doutor em Medicina Veterinária pela Universidade Livre de Berlin

Prof. Dra. Amanda d’Ávila Verardi

Doutora em Ciência Animal pela Universidade do Estado de Santa Catarina

Prof. Dra. Natalha Biondo

(5)

Dedicatória Aos meus filhos, que me fazem todo dia levantar para fazer um dia melhor.

(6)

Agradecimentos

A Deus e ao nosso patrono São Francisco de Assis, que me deram força e saúde em momentos muito difíceis, para poder ajudar e me dedicar a manter o foco em saúde e prevenção de nossos animais. Vocês, mais do que ninguém, sabem o amor que tenho pela minha profissão, pelos animais e pela profissão que um dia conseguirei.

Aos meus filhos Bruno e Rafael, os quais são o real motivo de continuar estudando e melhorando profissionalmente para dar um dia, uma vida melhor a eles com o papai mais presente na vida de vocês. A minha esposa e colega de profissão Tamara, que sempre esteve presente em todos os momentos, mesmo eu estando apenas presente de corpo, com a mente longe, pensando em estratégias, vacas, suínos, experimentos, bibliografias, caindo, chorando sem esperanças às vezes, você sempre estava lá pronta para me acolher em um abraço. Aos meus pais e irmãos, que mesmo de longe mantem a chama acesa da oração, esperança, fé e o orgulho de mais essa etapa concluída.

Ao professor Dr. Ricardo que não poupou horas, as vezes impróprias, para corrigir e discutir assuntos inerentes aos projetos, pesquisas, nosso artigo e tcc. Obrigado por partilhar vossa experiência, profissionalismo e tempo tão preciosos. A professora Dra. Soraya que também sempre esteve presente no inicio da caminhada e que sempre acreditou que poderíamos reverter as situações mesmo quando elas pareciam perdidas, e não poupou seu tempo a qualquer hora para pelo menos ver uma mensagem de desabafo. Aos professores de Araquari: Ivan, Elizabeth e Juahil que tiveram papel importante nas tomadas de decisões em momentos difíceis. A todos os professores do IFC, que nesse curso tão novo nos deram a oportunidade de voltar a estudar. Agradecer por poder fazer parte dessa instituição como membro do colegiado, onde espero poder ter contribuído um pouco mais. Meu eterno agradecimento a todos os funcionários e professores, não citados que nos deixaram um pouco de experiência e um pouco de suas vidas para nós.

A prefeitura de Seara pela disponibilidade de horários nos momentos em que necessitei. Aos produtores que não mediram esforços para nos ajudar. A Epagri que no

(7)

momento que precisei não mediu esforços para convidar produtores e população em geral para o evento de capacitação.

Aos colegas Valdomiro Genari e Natalha Biondo que sempre se dispuseram a ajudar, no intuito de melhorar o trabalho, a escrita, e transformar esse momento de reflexões em um aprendizado enorme sempre lembrando do elo produtor-universidade, às vezes pouco lembrado.

Aos colegas de turma especial e turma regular que sempre proporcionaram aqueles momentos de descontração e troca de experiências muito bom para continuar o dia a dia. E não posso esquecer para finalizar o agradecimento das pessoas que criaram o IFC, afinal quando vim para esse estado maravilhoso de SC, aqui era apenas um Colégio Agrícola, com grande importância regional. Porém com politicas públicas importantes transformaram o Instituto Federal Catarinense em uma Universidade, pública, gratuita e de qualidade com o primeiro curso de Mestrado Profissional de Santa Catarina. E contra tudo e contra todos, hoje esta passando por uma grande provação e mostrando que pode até sofrer, mas sempre estará de pé e lutando sempre pela educação. A Esperança sempre estará viva, com a Fé de que dias melhores virão. E não posso encerrar esses agradecimentos sem uma frase tão importante:

“Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas mudam o mundo”. Paulo Freire

(8)

Epígrafe “Não há ensino sem pesquisa

E pesquisa sem ensino” Paulo Freire

(9)

Resumo

NETO, Eduardo Peres. Raquitismo em suínos no Oeste de Santa Catarina: relato de casos e avaliação nutricional. 2019. 43f. Dissertação (Mestrado em Ciências) – Curso de Pós-Graduação em Produção e Sanidade Animal, Pró-reitoria de Pesquisa, Pós-Pós-Graduação e Inovação, Instituto Federal Catarinense, Concórdia, 2019.

O raquitismo é uma patologia carencial que ocorre em animais jovens e em crescimento, levando a uma pobre mineralização óssea. É uma doença causada pelo desequilíbrio nutricional de cálcio, fósforo e vitamina D. O objetivo deste trabalho foi relatar dois surtos de raquitismo em granjas comerciais produtoras de leitões no município de Seara, na região oeste de Santa Catarina, Brasil. Em agosto de 2016, o Laboratório de Patologia Veterinária (LPV) do Instituto Federal Catarinense (IFC) Campus Concórdia, diagnosticou surtos de raquitismo em duas granjas, em suínos, na fase de creche. A história clínica foi obtida do veterinário de campo e produtores rurais. Na anamnese, relataram que após três meses do uso de um produto para misturar na ração (premix) os suínos apresentaram os seguintes sinais clínicos: perda de posterior e perda de peso progressiva. Seis animais foram submetidos a necropsia e órgãos das cavidades abdominal e torácica; sistema nervoso central e ossos; foram coletados e fixados em formalina tamponada a 10%, processados rotineiramente, embebidos em parafina e corados com hematoxilina e eosina (HE) para análise histopatológica. Além disso, amostras do premix foram enviadas a um laboratório especializado para análise dos níveis de cálcio, fósforo e vitamina D; através da metodologia de absorção atômica. Na propriedade 1, em um lote de 100 animais, a taxa de morbidade foi de 15% (15/100) e a letalidade de 5% (5/100). Na propriedade 2, entre 30 animais, uma taxa de morbidade e letalidade foi de 33% (10/30). Cinco animais da propriedade 1 e um da propriedade 2 foram submetidos à necropsia, mostrando fragilidade óssea e flexibilidade severa (6/6), descontinuidade da placa de crescimento (2/6), aumento do volume das articulações costocondrais (rosário raquítico) e espessamento da cartilagem epifisária (2/6). Em relação ao premix utilizado, a informação do rótulo era de 110 g/ Kg de Ca (mínimo), 62 g/ Kg de P total e 38.400 UI/ Kg de vitamina D. Entretanto, a análise do produto utilizado na mistura alimentar quantificou 74,33 g/ Kg de Ca (mínimo), 22,20 g/ Kg de P total e 40.098,90 UI/ Kg de vitamina D. O diagnóstico de raquitismo foi estabelecido por meio da associação de histórico, sinais clínicos, macroscopia, lesões microscópicas e análises nutricionais. Os suínos afetados pesavam aproximadamente 20 Kg de peso vivo e consumiam em média 1,0 Kg de ração por dia. Comparando informações no rótulo do produto e análises laboratoriais, o nível real de Cálcio foi 32,4% (35,6 g/ Kg) mais baixo no produto, assim como o nível total de fósforo, 64,2% (39,8 g/ Kg) menor. Por outro lado, os níveis de vitamina D foram de 4,4% (1698,9 UI) acima do nível de garantia fornecido pela empresa. O raquitismo em suínos criados intensivamente no Brasil ocorre devido à não observância dos níveis mínimos na dieta de Ca, P e Vitamina D na dieta. Embora essa seja uma conclusão evidente, levando-se em conta a tecnificação da indústria no país, não é esperada atualmente um erro na

(10)

formulação da dieta levando à mortalidade dos animais e perdas econômicas para os produtores.

(11)

Abstract

NETO, Eduardo Peres. Rickets in pigs in western Santa Catarina: case reports and nutritional assessment. 2019. 43f. Dissertation (Master degree in Science) – Curso de Pós-Graduação em Produção e Sanidade Animal, Pró-reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação, Instituto Federal Catarinense, Concórdia, 2019.

Rickets is a poor condition that occurs in young and growing animals, leading to poor bone mineralization. It is a disease caused by nutritional imbalance of calcium, phosphorus and vitamin D. The objective of this study was to report two outbreaks of rickets in commercial piglet farms in the municipality of Seara, in the western region of Santa Catarina, Brazil. In August 2016, the Veterinary Pathology Laboratory (LPV) of the Catarinense Federal Institute (IFC) Campus Concórdia, diagnosed outbreaks of rickets in two pig farms in the nursery phase. The clinical history was obtained from the field veterinarian and farmers, in which they reporte that after three months of the use of a premix product, pigs start presenting the following clinical signs: posterior loss and progressive weight loss. Six animals underwent necropsy and organs of the abdominal and thoracic cavities; central nervous system and bones; were collected and fixed in 10% buffered formalin, routinely processed, embedded in paraffin and stained with hematoxylin and eosin (HE) for histopathological analysis. In addition, premix samples were sent to a specialized laboratory for analysis of calcium, phosphorus and vitamin D levels; through the atomic absorption methodology. In property 1, in a batch of 100 animals, the morbidity rate was 15% (15/100) and the lethality rate of 5% (5/100). In property 2, out of 30 animals, morbidity and lethality rate was 33% (10/30). Five animals from property 1 and one from property 2 underwent necropsy, showing bone fragility and severe flexibility (6/6), discontinuity of the growth plate (2/6) and increased volume of the costochondral joints (spinal rosary) and thickening. of epiphyseal cartilage (2/6). Regarding the premix used, the label information was 110 g / kg Ca (minimum), 62 g / kg total P and 38,400 IU / kg vitamin D. However, analysis of the product used in the food mix quantified 74.33 g / kg Ca (minimum), 22.20 g / kg total P and 40,098.90 IU / kg vitamin D. The diagnosis of rickets was established by the association of history, clinical signs, macroscopic, lesions, microscopic analysis and nutritional evaluation. The affected pigs weighed approximately 20 kg of live weight and consumed an average of 1.0 kg of feed per day. Comparing product label information and laboratory analysis, the actual calcium level was 32.4% (35.6 g / kg) lower, as was the total phosphorus level, 64.2% (39.8 g / Kg) lesser. On the other hand, vitamin D level was 4.4% (1698.9 IU) above the guarantee level provided by the company. Rickets in intensively reared pigs in Brazil occurs due to non-compliance with minimum dietary levels of Ca, P and Vitamin D in the diet. Although this is an obvious conclusion, given the technification of industry in the country, an error in diet formulation leading to animal mortality and economic losses for producers is not currently expected.

(12)

Lista de Figuras

Figura 1 A) Gradil costal, aumento de volume (seta) das articulações costo-condrais: Rosário raquítico. B) Fêmur, corte longitudinal, espessamento (seta) da cartilagem epifisiária...

27 Figura 2 Osso - fêmur. A) Adelgaçamento leve difuso das espículas ósseas,

associado a persistência de cartilagem não mineralizada (seta) nas espiculas ósseas. HE. 100x. B) Hiperplasia severa difusa da zona de

(13)

Lista de Tabelas

Tabela 1 Quantidade de Ca, P total e vitamina D disponibilizados pelo farelo de soja, milho moído e a quantidade dos minerais e vitamina de acordo com a análise laboratorial e informação do rótulo para 100 kg de ração.

28 Tabela 2 Consumo de Ca, P total e vitamina D (Vit. D) dos leitões de 20 Kg com

consumo de 953g de ração segundo análise laboratorial e informações

do rótulo e comparativo com o NRC (2012)... 29 Tabela 3 Consumo de Ca, P total e vitamina D (Vit. D) dos leitões de 20 Kg com

consumo de 1.036g de ração segundo análise laboratorial e

informações do rótulo e comparativo com ROSTAGNO, et al. (2017)... 29 Tabela 4 Níveis de minerais (Ca e P total) e vitamina D e porcentagens de

diferenças entre o real (laboratório) e o informado (Rótulo)... 30 Tabela 5 Diferenças entre as exigências do NRC (2012) e a tabela brasileira de

aves e suínos (2017)...

(14)

Lista de Abreviaturas e Siglas Ca Cálcio P Fósforo Vit D Mg PTH g Kg % NRC Vitamina D Magnésio Paratormônio Grama Quilograma Porcentagem

(15)

SUMÁRIO

1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA E ESTADO DA ARTE ... 17

2 OBJETIVOS ... 21 2.1 Geral ... 21 2.2 Específicos ... 21 3 MANUSCRITO... 22 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 40 5 REFERÊNCIAS ... 41 6 ANEXO ... 44

(16)

17

1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA E ESTADO DA ARTE

A suinocultura brasileira é destaque mundial em tecnologias e qualidade. O Brasil é o quarto maior produtor mundial de carne suína, sendo o estado de Santa Catarina o principal produtor nacional, com abate de 28% dos animais e responsável por 40% das exportações (ABPA, 2018).

Suínos geneticamente melhorados, sistemas de produção com biossegurança baseados na prevenção, instalações modernas, conhecimentos das técnicas de manejo e exigências nutricionais são algumas das características da suinocultura catarinense. Entretanto, algumas patologias que deveriam ter sido erradicadas com todo o controle do processo ainda permanecem nos rebanhos, com uma ocorrência pequena, mas constante.

As três principais enfermidades metabólicas ósseas em animais são: raquitismo, osteomalácia e osteoporose. O raquitismo se desenvolve em animais jovens e em crescimento, decorrente de uma mineralização óssea deficiente. Já as outras duas afetam animais adultos, manifestando-se por desmineralização óssea excessiva e redução da densidade óssea, respectivamente. Ambas devem ser consideradas como diagnóstico diferencial em casos de raquitismo (Barcellos, Moreno & Sobestiansky, 2012). Esta enfermidade é relatada em diversas espécies: ovinos, bovinos, frangos de corte, cães, alpacas, camelídeos, suínos e humanos (Craig, Dittmer & Thompson, 2016).

Nas duas últimas décadas (1990-2010), o raquitismo nos suínos recebeu pouca atenção, visto que programas nutricionais, a base de milho e soja, forneceram cálcio (Ca), fósforo (P) e foram suplementados com vitamina D suficiente para crescimento ósseo normal e homeostase. Dietas para suínos são especificamente adaptadas para desenvolvimento de massa muscular magra e crescimento, com menor consideração pela formação óssea (Madson et al., 2012). O crescimento ósseo está relacionado principalmente ao metabolismo do Ca, P,

(17)

18

magnésio (Mg), paratormônio (PTH), vit. D e fosfatase alcalina óssea (Burtis & Bruns, 2016).

Suínos são sensíveis ao desenvolvimento do raquitismo pela rápida taxa de crescimento e exposição limitada à luz solar nas instalações confinadas (Madson et al., 2012). Distúrbios do metabolismo do Ca, P e vitamina D estão entre as mais frequentes doenças nutricionais na prática suína (Dritz et al., 2019). Os efeitos da deficiência também são exacerbados pela rápida taxa de crescimento (Radostits et al., 2014). Além disso, o elevado ganho de peso favorece o desenvolvimento de lesões ao sistema locomotor, devido ao estresse biomecânico, acarretando em elevados custos na produção (Barcellos, Moreno & Sobestiansky, 2012).

Essas enfermidades podem ser ocasionadas pelo desequilíbrio do paratormônio (PTH), suplementação inadequada de vitamina D, absorção de Ca e P inadequados, desequilíbrio dos níveis de Ca e P na dieta e ainda presença de oxalatos (Madson et al., 2012). A fosfatase alcalina também está associada ao processo de calcificação óssea devido à atividade aumentada dos osteoclastos. Quanto mais fosfatase principalmente por falta de vitamina D, maior será a atividade dos osteoblastos de forma descontrolada. Na deficiência de vitamina D (osteomalácia e raquitismo), a concentração de fosfatase alcalina duas a quatro vezes o normal pode ser observada. O hiperparatiroidismo primário e o secundário estão associados ao aumento sérico da fosfatase alcalina óssea leve a moderado, com a existência e o grau de elevação refletindo a presença e a extensão do envolvimento esquelético (Burtis & Bruns, 2016).

As lesões clássicas de raquitismo em todas as espécies descritas na literatura são caracterizadas por aumento do volume das articulações, sendo bastante marcado na costocondral, espessamento da cartilagem epifisária, diminuição da densidade óssea e fraturas espontâneas (Craig, Dittmer & Thompson, 2016). Segundo Dritz et al., (2019) menos frequentemente pode ser encontrado também hipocalcemia aguda tetânica.

(18)

19

Os alimentos fornecidos aos animais devem ser de qualidade, uma vez que as patologias podem surgir quando o fornecimento de dietas com ingredientes de baixa digestibilidade são oferecidos. A base da alimentação de suínos é feita de milho, farelo de soja e suplementação de minerais e vitaminas (premix). Este deve possuir níveis adequados para que cumpra as exigências dos animais em seu período de vida.

Durante a revisão bibliográfica e compilação de dados para o relato pode-se comparar inúmeras formulações de premixes comerciais disponíveis no mercado. Pode-se observar premixes com níveis muito inferiores que o estudado, porém a digestibilidade dos ingredientes desses premixes dito inferiores, são muito maiores que o aqui descrito; observando e comparando os ingredientes na formulação. Infelizmente por questões comerciais não fui autorizado a reproduzir esse comparativo.

Outro ponto importante de se ressaltar é o nível das fitases. Enzimas que estão disponíveis nos premix e que transformam frações indisponíveis em biodisponíveis aos animais. Dessa forma, um mineral que em rótulo esteja inferior em exigências, pode chegar aos níveis desejados.

O P é o terceiro componente mais caro depois de energia e aminoácidos em dietas de suínos, por isso as dietas são tipicamente formuladas para minimizar seu excesso. A maior parte do P em ingredientes à base de plantas é encontrada na forma de ácido fítico, uma forma baixa em biodisponibilidade. Por esta razão, dietas para suínos são frequentemente suplementadas com fitases comerciais para melhorar a digestibilidade do fósforo em ingredientes à base de plantas. Entretanto as margens de segurança são pequenas para P em relação à sua exigência, e qualquer fator que inative fitase, como calor ou armazenamento prolongado (maior que 2 a 3 meses), pode resultar em deficiência de P (Dritz et al., 2019).

(19)

20

Comercialmente toda empresa visa lucro, para sobreviver em um mercado competitivo e de reduzidas margens em alguns momentos. O que observou-se ao comparar alguns premixes com soja integral tostada em comparação a farinhas de carne e ossos, podendo até alcançar valores próximos de Ca e P, porém a digestibilidade é infinitamente inferior no grão mesmo com as fitases. Porém os ingredientes mais digestíveis são os mais caros presentes no mercado.

Analisando os ingredientes dos premixes das empresas pode-se observar milho, farelo de soja, soja integral tostada, farinha de carne, farinha de ossos e farinha de penas. Apenas para elucidar os níveis de digestibilidade de P desses ingredientes segundo Rostagno et al., (2017), são respectivamente 44%, 45,7%, 38%, 64% e 53%. Considera-se o Fosfato Bicálcico como 100% de digestibilidade de P.

Sendo assim, a descrição desse caso é de extrema importância para alertar o produtor e a comunidade da oferta de produtos na alimentação de suínos de baixa qualidade a preços convidativos. Essa pode estar diretamente relacionada ao baixo desempenho e patologias que comprometerão toda a atividade.

(20)

21

2 OBJETIVOS

2.1 Geral

Descrever surto de raquitismo ocorrido em duas granjas no município de Seara

2.2 Específicos

(i) Avaliar a dieta utilizada nas granjas, determinando se ocorreu o raquitismo

(ii) Verificar os níveis de garantia de cálcio, fósforo e vitamina D no produto.

(iii) Verificar os níveis mínimos de cálcio, fósforo e vitamina D. (iv) Descrever as lesões por deficiências minerais e vitamina D. (v) Discutir as duas referências bibliográficas disponíveis para

(21)

22

3 MANUSCRITO

Raquitismo em suínos no Oeste de Santa Catarina: relato de casos e avaliação nutricional

Anderson Gris, Eduardo Peres Neto, Kalinka Schimitti da Silva, Teane Milagres Augusto Gomes e Ricardo Evandro Mendes

De acordo com as normas para publicação em: Acta Scientiae Veterinariae (www.ufrgs.br/actavet/)

(22)

23

Raquitismo em suínos no Oeste de Santa Catarina: relato de casos e avaliação 1

nutricional 2

Anderson Gris¹, Eduardo Peres Neto²,³, Kalinka Schimitti da Silva²,³, Teane Milagres Augusto 3

Gomes², Ricardo Evandro Mendes² 4

5

¹Discente do Instituto Federal Catarinense – IFC, Concórdia, SC, ²Mestrado Profissional 6

em Produção e Sanidade Animal, Instituto Federal Catarinense - IFC, Concórdia, SC, 7

Brasil.³ Prefeitura Municipal de Seara. 8

CORRESPONDENCE: Ricardo Evandro Mendes [ricardo.mendes@ifc.edu.br]. 9

Instituto Federal Catarinense - IFC, Campus Concórdia, Rodovia SC 238, Km 17, Vila 10

Fragosos. CEP 89703-720 Concórdia, SC, Brazil 11

12

ABSTRACT 13

Background: Rickets is a deficiency pathology that occurs in young and growing animals, 14

leading to poor bone mineralization. Rickets has been reported in several species leading to 15

numerous economic losses. It is a disease caused by a nutritional imbalance, more 16

specifically of calcium, phosphorus and vitamin D. The aim of this work was to report two 17

rickets outbreaks of in commercial pig farms in Seara, western region of Santa Catarina 18

State, Brazil. 19

Case: In August 2016, the Veterinary Pathology Laboratory (LPV) of the Instituto Federal 20

Catarinense (IFC) Campus Concordia diagnosed outbreaks of rickets in two farms, in 21

nursery pigs. The clinical history was obtained by interviewing the field veterinarian and 22

farmers. In the anamnesis, both farmers reported that after three months using a product 23

blending in the feed (premix) of the same company the pigs presented loss of posterior and 24

progressive weight loss. Six animals were necropsied and organs were sample from the 25

abdominal and thoracic cavities, central nervous system and bones; fixed in 10% buffered 26

formalin, routinely processed, paraffin embedded and stained with hematoxylin and eosin 27

(HE) for histopathological analysis. In addition, samples of the product for mixing the feed 28

containing the minerals and vitamins (premix), were sent to a specialized laboratory to 29

(23)

24

analyze microelements levels through the atomic absorption methodology. At Farm 1, 30

there were a batch of 100 animals, the morbidity rate was 15% (15/100) and lethality was 31

5%. At Farm 2, among 30 animals, morbidity and lethality rate were 33% (10/30). Five 32

animals from Farm 1 and one animal from Farm 2 necropsied, showed severe bone 33

fragility and flexibility (6/6), growth plate discontinuity (2/6), and increased volume of 34

costochondral joints (rachitic rosary) and epiphyseal cartilage thickening (2/6). Regarding 35

the premix used in both farms the manufactured guarantee 110 g/ Kg of Ca (minimum), 62 36

g/ Kg of total P and 38,400 IU/ Kg of vitamin D. Meanwhile the analysis of the product 37

used in the feed mixture quantified 74.33 g/ Kg of Ca (minimum), 22.20 g/ Kg of total P 38

and 40,098.90 IU/ Kg of vitamin D. The diagnosis of rickets was established through the 39

association of clinical history, clinical signs, macroscopic lesions, histopathology and 40

nutritional analyzes. 41

Discussion: The affected pigs weighed approximately 20 Kg of body weight and 42

consumed an average 1.0 Kg of feed daily. The recommended amount of feed consumption 43

for pigs at this stage is approximately 953 grams in the American literature, while national 44

recommendation is 1,036 g/ animal. Comparing information in the product label and 45

laboratory analyses, the real level of Calcium was 32.4% (35.6 g/ Kg) lower in the product, 46

as well as total Phosphorus level, 64.2% (39.8 g/ Kg) lower. On the other hand, Vitamin D 47

levels were 4.4% (1698.9 IU) above level of guarantee provided by the company. Rickets 48

in pigs raised intensively in Brazil occur due to non-observance of the minimum levels in 49

the diet of Ca, P and Vitamin D. Although this is an evident conclusion, taking into 50

account the industry's technification in the country, it is not currently expected an error in 51

the formulation of the diet leading to animal mortality and a serious economic loss to 52

farmers. 53

Keywords: deficiency; hypocalcemia; metabolic bone disease; phosphorus; vitamin D. 54

(24)

25

Palavras-chave: deficiência; doença óssea metabólica; fósforo; hipocalcemia; vitamina D. 56

57

INTRODUÇÃO 58

A suinocultura brasileira é destaque em tecnologias e qualidade, com domínio de 59

toda a cadeia na produção de suínos para atender o exigente mercado mundial. Quarto 60

maior produtor mundial de carne suína, Santa Catarina é o principal produtor nacional com 61

abate de 28% dos animais e responsável por 40% das exportações [1]. Apesar de todo 62

avanço técnico e tecnológico, algumas patologias carenciais e metabólicas que deveriam 63

ter sido controladas ainda permanecem nos rebanhos, com uma ocorrência pequena, mas 64

constante. 65

As três principais enfermidades metabólicas ósseas são: raquitismo, osteomalácia e 66

osteoporose. O raquitismo ocorre em animais jovens e em crescimento, levando a 67

mineralização óssea deficiente. A enfermidade já foi descrita em diversas espécies [7]. Nas 68

duas últimas décadas, o raquitismo nos suínos recebeu pouca atenção devido aos 69

programas nutricionais fornecerem cálcio (Ca), fósforo (P) e suplementação com vitamina 70

D suficiente para crescimento ósseo normal e homeostase mineral. As dietas comerciais 71

para suínos são especificamente adaptadas para a produção de massa muscular magra e 72

crescimento, com menor consideração para formação óssea [14]. O crescimento ósseo está 73

relacionado principalmente ao metabolismo do Ca, P, magnésio (Mg), paratormônio 74

(PTH), vitamina D e fosfatase alcalina óssea [4]. 75

Suínos são sensíveis ao desenvolvimento do raquitismo devido a alta taxa de 76

crescimento e exposição limitada à luz solar. Além disso, rápido crescimento corporal e o 77

elevado ganho de peso favorece o desenvolvimento de lesões no sistema locomotor, devido 78

ao estresse biomecânico, acarretando em elevados custos na produção [2]. 79

(25)

26

O objetivo deste trabalho foi relatar dois surtos de raquitismo em granjas 80

comerciais produtoras de leitões no município de Seara, região Oeste do estado de Santa 81

Catarina, Brasil. 82

CASE 83

No mês de agosto de 2016, o Laboratório de Patologia Veterinária do IFC – 84

Campus Concórdia (LPV) diagnosticou dois casos de raquitismo em duas propriedades de 85

suínos na fase de creche no município de Seara, SC. 86

O histórico clínico foi obtido por entrevista com o médico veterinário de campo e 87

os produtores rurais. Seis animais foram submetidos à necropsia sendo coletados órgãos 88

das cavidades abdominal e torácica; sistema nervoso central e ossos; fixados em formalina 89

tamponada 10%, processados rotineiramente, embebidos em parafina e corados com 90

hematoxilina e eosina (HE) para análise histopatológica. 91

Amostras do produto para mistura da ração contendo os minerais e vitaminas 92

(premix), foram coletados e enviados para laboratório especializado, para a análise dos 93

níveis de Ca, P e vitamina D, através da metodologia de absorção atômica [18]. 94

A quantidade de Ca e P da dieta (milho e farelo de soja) foi calculada com base na 95

quantidade dos nutrientes na fórmula da ração e nos dados das Tabelas Brasileiras para 96

Aves e Suínos: Composição de alimentos e exigências nutricionais [17]. 97

Na anamnese ambos os produtores relataram que após três meses da utilização de 98

um produto para mistura na ração (premix) da mesma empresa os suínos apresentaram 99

sinais clínicos como: perda de posterior e emagrecimento progressivo. 100

Na propriedade 1, havia um lote de 100 animais, a taxa de morbidade foi de 15% 101

(15/100) e letalidade de 5% (5/100). Na propriedade 2 um lote de 30 animais, uma taxa de 102

morbidade e letalidade de 33% (10/30). Os demais animais acometidos pela enfermidade, 103

foram abatidos pelos produtores, devido ao reduzido ganho de peso. 104

(26)

27

Cinco animais da propriedade 1 e um animal da propriedade 2 foram submetidos a 105

necropsia, foi observado fragilidade e flexibilidade óssea severa (6/6), descontinuidade da 106

placa de crescimento (2/6), aumento de volume das articulações costocondrais (rosário 107

raquítico) e espessamento da cartilagem epifisiária (2/6) (figura 1). No exame 108

histopatológico foram observadas hiperplasia severa difusa da zona proliferativa e da zona 109

de cartilagem hipertróficas (Figura 2). 110

111

Figura 1. A) Gradil costal, aumento de volume (seta) das articulações costo-condrais: Rosário 112

raquítico. B) Fêmur, corte longitudinal, espessamento (seta) da cartilagem epifisiária. 113

114

115

Figura 2. Osso- fêmur. A) Adelgaçamento leve difuso das espículas ósseas, associado a 116

persistência de cartilagem não mineralizada (seta) nas espiculas ósseas. HE. 100x. B) 117

Hiperplasia severa difusa da zona de cartilagem hipertrófica. HE. 100x. 118

119

Segundo informações do produtor e do rótulo do premix para mistura, eram 120

utilizados 68 Kg de milho moído, 27 Kg de farelo de soja e 5 Kg (5%) do produto premix 121

para cada 100 Kg de ração total. Na anamnese, os produtores relataram que os suínos 122

afetados pesavam aproximadamente 20 Kg de peso vivo, e consumiam em média 1,0 Kg 123

(27)

28

de ração por dia. A quantidade preconizada de consumo de ração para suínos nessa fase é 124

de aproximadamente 953 gramas [15], já as recomendações nacionais [17] preconizam um 125

consumo de 1.036 gramas/animal. Na tabela 1 estão calculadas as quantidades de Ca, P e 126

Vitamina D disponibilizado pelo milho moído, farelo de soja [17] e o premix, sendo o total 127

segundo a análise laboratorial e o rótulo do produto. 128

Tabela 1. Quantidade de Ca, P total e vitamina D disponibilizados pelo farelo de 129

soja, milho moído e a quantidade dos minerais e vitamina de acordo com a análise 130

laboratorial e informação do rótulo para 100 Kg de ração. 131 Análise Lab. Rótulo Premix Milho Farelo de soja Ração com premix Análise Lab. Ração com premix (rótulo) Ca (g) 550,0 371,6 13,6 64,8 628,4 450,0 P total (g) 325,0 111,0 197,2 159,3 681,5 467,5 Vitamina D (UI) 192.000 200.494,5 - - 192.000 200.494,5 132

Na Tabela 2 foi calculado a quantidade de Ca, P total e vitamina D consumidos 133

segundo a análise laboratorial e o rótulo do produto (Tabela 1). Esses dados foram 134

comparados com os dados de necessidade desses minerais e vitamina com o [15] e na 135

Tabela 3 com as Tabelas Brasileiras para Aves e Suínos: Composição de alimentos e 136

exigências nutricionais [17]. 137

138 139

(28)

29

Tabela 2. Consumo de Ca, P total e vitamina D (Vit. D) dos leitões de 20 Kg com 140

consumo de 953g de ração segundo análise laboratorial e informações do rótulo e 141 comparativo com o NRC. 142 Análise Lab. Premix (1) Rótulo Premix (2) Exigência (3) Dif. 1-3 Dif. 1-3 (%) Dif. 2-3 Dif. 2-3 (%) Ca (g) 4,3 6,0 7,0 -2,7 -38,5 -1,0 -14,3 P total(g) 4,4 6,5 6,0 -1,6 -26,6 +0,5 +8,0 Vit. D (UI) 1.910,7 1.829,7 200 +1710,7 +855,3 +1.629,7 +814,8 143

Tabela 3. Consumo de Ca, P total e vitamina D (Vit. D) dos leitões de 20 Kg com 144

consumo de 1.036g de ração segundo análise laboratorial e informações do rótulo e 145

comparativo com Rostagno et. al. 146 Análise Lab. Premix (1) Rótulo Premix (2) Exigência (3) Dif. 1-3 Dif. 1-3 (%) Dif. 2-3 Dif. 2-3 (%) Ca (g) 4,3 6,0 7,9 -3,6 -45,5 -1,9 -24,0 P total(g) 4,4 6,5 3,9 +0,5 +12,8 +2,6 +66,6 Vit. D (UI) 1.910,7 1.829,7 2953,5 -1.042,8 -35,3 -1.123,8 -38,0

(29)

30

147

Em relação ao premix utilizado nas duas granjas, a tabela 4 representa as diferenças 148

entre o estabelecido em laboratório e o indicado no rótulo. 149

Tabela 4. Níveis de minerais (Ca e P total) e vitamina D e porcentagens de 150

diferenças entre o real (laboratório) e o informado (Rótulo) 151

Premix Ca Diferença

P total

Diferença Vit D Diferença

Real (Laboratório) 74,3 g/Kg -32,4% 22,2 g/Kg - 64,2% 40.098,9 UI/Kg + 4,4% Embalagem (Fornecedor) 110,0 g/Kg 62,0 g/Kg 38.400,0 UI/Kg 152 DISCUSSÃO 153

O diagnóstico de raquitismo foi estabelecido através da associação do histórico, 154

sinais clínicos, lesões macroscópicas, microscópicas e análises nutricionais. Na literatura 155

[14], a morbidade relatada é entre 2 e 40% do lote e de mortalidade de 10 a 20%; 156

semelhante aos valores descritos nestes casos. 157

As lesões clássicas de raquitismo em todas as espécies descritas na literatura são 158

caracterizadas por aumento do volume das articulações, sendo bastante marcado na 159

costocondral, espessamento da cartilagem epifisária, diminuição da densidade óssea e 160

fraturas espontâneas [7]. Estas lesões relatadas são compatíveis com as encontrados nestes 161

casos, porém as fraturas espontâneas não foram encontradas nestes casos por serem 162

animais jovens e leves. Microscopicamente há persistência de zonas de cartilagem 163

hipertróficas e espessamento de espículas ósseas desmineralizadas [14]. Os achados 164

(30)

31

patológicos encontrados neste relato foram semelhantes aos relatados em ovinos e em 165

frangos de corte [9,8]. 166

A perda de posterior ou posição do cão sentado também foi relatada [14]. Animais 167

com deficiência de vitamina D apresentam crescimento retardado, claudicação, paralisia do 168

trem posterior, sinais clínicos de deficiência de Ca e Mg, rosário raquítico, aumento das 169

articulações e apatia; e o peso do corpo dos suínos pode favorecer o arqueamento das patas 170

[2]. O emagrecimento progressivo que foi observado, pode ser explicado devido à 171

dificuldade de locomoção, que neste caso foi relatada como perda de posterior. Isso 172

também é observado em outros animais, como aves, quando apresentam dor, dificuldade 173

locomotora, e por consequência emagrecimento progressivo [11]. 174

Através da análise laboratorial (Tabela 2) observa-se uma deficiência de Ca de 175

38,5% e P total de 26,6% com uma alta suplementação de Vitamina D (855,3% acima da 176

recomendação mínima). Observa-se também que a deficiência de cálcio permanece mesmo 177

se o premix tivesse as quantidades que estavam expressas no rótulo (-14,3%) [11]. 178

Suínos alimentados com excesso de vitamina D por longos períodos de tempo 179

podem apresentar lesões de calcificação em tecidos moles e órgãos. Para suínos em 180

crescimento, o nível máximo presumido de vitamina D3 para condições de alimentação a 181

longo prazo (mais de 60 dias) é 2.200 UI D3/Kg de dieta. A forma de vitamina D 182

suplementada pode influenciar a toxicidade, mas há apenas informações suficientes 183

disponíveis para definir uma tolerância mínima para a suplementação de vitamina D3 [10]. 184

Um nível muito alto de vitamina D pode mobilizar quantidades excessivas de cálcio e 185

fósforo de ossos [15]. 186

Já na Tabela 3, independente de ser no laudo laboratorial ou na informação do 187

rótulo é evidente a ocorrência de hipocalcemia, hiperfosfatemia e hipovitaminose D [17]. 188

A hipocalcemia pode ser associada com morte súbita em dietas para suínos deficientes em 189

(31)

32

vitamina D sendo uma apresentação clínica inesperada [14]. Esta observação sugere que o 190

raquitismo dependente de vitamina D em suínos e tem o potencial de estar associada à 191

hipocalcemia letal. 192

A quantidade adequada de vitamina D também é necessária para metabolismo de 193

Ca e P, sendo que a deficiência de vitamina D reduz a retenção de Ca, P e Mg [15]. A 194

deficiência de vitamina D causa distúrbios na absorção e metabolismo de Ca e P que 195

resultam em calcificação óssea insuficiente. Na severa deficiência de vitamina D, os suínos 196

podem exibir sinais de deficiência de Ca e Mg, incluindo tetania. O tempo necessário para 197

suínos alimentados com uma dieta com baixos níveis de vitamina D desenvolverem sinais 198

clínicos de uma deficiência é em média de 4 a 6 meses [15,12,16]. Em casos de deficiência 199

severa só seriam de importância para animais de reprodução, uma vez que os animais para 200

abate já estariam em fase final de terminação. 201

Níveis adequados de Ca e P na dieta para todas as classes de suínos é dependente 202

de: (i) uma oferta adequada de cada elemento em uma forma disponível na dieta, (ii) uma 203

relação adequada de Ca e P disponível na dieta; e (iii) a presença de adequada quantidade 204

de vitamina D [15]. 205

Uma ampla relação Ca e P reduz a absorção de P, resultando em crescimento 206

reduzido e calcificação óssea deficiente, especialmente se a dieta é marginal em P. Uma 207

relação sugerida de Ca para P total para dietas à base de farelo de soja está entre 1:1 e 208

1,25:1 [15,17]. Uma relação Ca e P, mais próxima provavelmente resultará em uma 209

utilização mais eficiente de P, sendo um dos ingredientes mais caros da dieta. 210

Sinais de deficiência de Ca ou P são semelhantes aos da deficiência de vitamina D, 211

e incluem crescimento reduzido e mineralização óssea deficiente, resultando em raquitismo 212

em suínos jovens e osteomalácia em adultos. Os níveis excessivos de Ca e P podem reduzir 213

o desempenho de suínos [15], e o efeito é maior quando a relação Ca- P está aumentada. O 214

(32)

33

excesso de Ca não só diminui a utilização de P, mas também aumenta a necessidade de 215

zinco na presença de fitato [15]. De acordo com os valores da análise da ração, a relação 216

entre Ca e P na dieta fornecida estava em 3,3:1. 217

Suínos quando mantidos confinados e estabulados são mais suscetíveis a 218

raquitismo, pois o rápido crescimento associado à ausência de luz pode favorecer a 219

enfermidade [13]. Sendo assim, a única fonte de minerais e vitamina D é a ração fornecida. 220

Neste surto foi observado que havia hipocalcemia e hipervitaminose D quando levados em 221

consideração o total consumido na ração [15]. Já segundo a tabelas brasileiras para aves e 222

suínos [17], observou-se uma hipocalcemia e hipovitaminose D. 223

Em suínos não é comum encontrar casos de raquitismo causado por deficiência de 224

P, sendo o mais recorrente a falta de vitamina D que leva a uma deficiência na absorção de 225

Ca [7]. Além disso, suínos quando criados em granjas de modo intensivo, são menos 226

suscetíveis a raquitismo devido à suplementação na dieta [7]. Neste surto pode ser 227

observado que a quantidade consumida de Ca ficou significativamente abaixo do indicado 228

[15,17]. Os valores do P na dieta foram levemente superiores de acordo com a 229

recomendação Brasileira [17], mas inferior a Americana [15]. As quantidades de vitamina 230

D também foram inferiores em comparação as exigências [17], e muito superiores as 231

exigências [15]. 232

Referente as recomendações de dieta, há uma grande divergência entre o NRC 233

(2012) [15] e a Tabela Brasileira de Aves e Suínos (ROSTAGNO et al., 2017) [17], 234

principalmente referente ao P e vitamina D. Tomando como base o NRC (2012), 235

ROSTAGNO et al., (2017) consideram 13,43% a mais de Ca, 34,5% a menos de P e 236

985,5% a mais de vitamina D como adequados (tabela 5). Acredita-se que estas variações 237

ao NRC (2012) [15] sejam referentes às condições climáticas, tecnológicas e metodologias 238

de pesquisas das duas fontes (ROSTAGNO et al., 2017) [17]. As metodologias de pesquisa 239

(33)

34

são diferentes, em [17] utiliza-se pesquisas nacionais com genética e tecnologias 240

brasileiras. 241

As concentrações de Ca são baixas na maioria dos ingredientes; no entanto, a 242

adição de Ca às dietas é relativamente barata. O calcário é um complemento comum como 243

fonte de Ca na dieta de suínos e também é usado como diluente para pré-misturas e 244

medicamentos. Se estes suplementos fontes não são contabilizadas, concentrações de Ca 245

maiores do que o esperado na dieta podem ocorrer. Além disso, o Ca liberado pela fitase 246

frequentemente não é contabilizado nas formulações, contrariando o ocorrido neste caso. 247

Quando o P disponível na dieta é marginal, estas fontes de Ca não contabilizadas podem 248

resultar em um Ca maior que o esperado para o P relação. A proporção aumentada de Ca 249

digestível para P limitará a absorção de P e levará a reduções na taxa de crescimento e 250

mineralização óssea [10]. A relação que leva à problemas clínicos não está bem definida, 251

mas a proporção Ca- P analisado superior a 1,5 deve ser avaliada criticamente. Um excesso 252

de Ca é de pouca importância com a concentração adequada de P na dieta [10]. 253

Tabela 5. Diferenças entre as exigências do NRC (2012) e a tabela brasileira de 254 suínos e aves (2017). 255 Exigências NRC (1) Exigências tabela bras. (2) Diferença 2 e 1 Diferença 2 e 1 (%) Ca total (g) 7,00 7,94 +0,94 +13,43 P total(g) 6,00 3,93 -2,07 -34,5 Vitamina D (UI) 300 2953,5 +2653,5 +984,5 256

(34)

35

O P é o terceiro componente mais caro depois de energia e aminoácidos em dietas 257

de suínos, por isso as dietas são tipicamente formuladas para minimizar seu excesso. A 258

maior parte do P em ingredientes à base de grãos é encontrada na forma de ácido fítico, 259

uma forma de baixa biodisponibilidade [10]. 260

Como resultado, dietas para suínos são frequentemente suplementadas com fitases 261

comerciais para melhorar a digestibilidade do P, porque as margens de segurança são 262

baixas para P em relação à sua exigência, portanto qualquer coisa que inative fitase, como 263

calor ou armazenamento prolongado (maior que 2 a 3 meses), pode resultar em deficiência 264

de P [10]. 265

As causas mais comuns para o desenvolvimento de raquitismo são as deficiências 266

hormonais ou algum problema particular de animais na absorção dos minerais [14]. Porém 267

neste relato foi constatado que não eram causas individuais, e sim a quantidade fornecida 268

de Ca na dieta. Quanto a dosagem de P, foi avaliada de forma total, devido à inexistência 269

de informações na rotulagem das fontes do mineral. 270

A partir dos dados da análise do produto utilizado para fazer a mistura da ração 271

associado aos sinais clínicos e as lesões encontradas, foi possível concluir que a deficiência 272

de Ca na ração provocou o desenvolvimento do raquitismo. Esta enfermidade é incomum 273

em sistema de criação intensivo de suínos. O Laboratório de Patologia do IFC, Campus 274

Concórdia, entre 2013 a 2017, descreveu 10 casos de raquitismo em suínos em um total de 275

367 diagnósticos (2,7%) [5]. Em Pelotas, Rio Grande do Sul, o laboratório de patologia, da 276

Universidade Federal de Pelotas (UFPel) descreveu que as doenças carenciais em suínos 277

tiveram uma incidência de 2% (507 casos) no período de 1978 a 2015 [6]. Já em Santa 278

Maria, Rio Grande do Sul, o laboratório de patologia da Universidade Federal de Santa 279

Maria (UFSM) de 1964 a 2011, que as doenças metabólicas e nutricionais representaram 280

11,5% da casuística laboratorial em suínos (564 casos) [3]. 281

(35)

36

Conclui-se que nestes casos o raquitismo em suínos criados intensivamente no 282

Brasil ocorre, devido a inobservância dos níveis mínimos na dieta de Ca, P e Vitamina D. 283

Por mais que isso seja uma conclusão evidente, levando em consideração a tecnificação do 284

setor no país, não é esperado atualmente um erro na formulação da dieta levando a 285

mortalidade de animais e um grave prejuízo econômico aos produtores rurais. 286

287

REFERENCES 288

1. ABPA - Associação Brasileira de Proteína Animal 2018. Relatório anual 2018. 289

[Fonte:<http://abpa-br.com.br/storage/files/relatorio-anual-2018.pdf>] 290

291

2. Barcellos D., Moreno A.M., Sobestiansky J. 2012. Deficiências Nutricionais. In: 292

Sobestiansky J. & Barcellos D. (Eds). Doenças dos suínos. 2 ed. Goiânia: Cânone 293

Editorial. pp. 613-626. 294

295

3. Brum J.S., Konradt G., Bazzi T., Fighera R.A., Kommers G.D., Irigoyen L.F. & 296

Barros C.S.L. 2013. Características e frequência das doenças de suínos na Região 297

Central do Rio Grande do Sul. Pesquisa Veterinária Brasileira. 33(10): 1208-1214. 298

299

4. Burtis C.A. & Bruns D.E. (Eds). 2016. Tietz fundamentos de Química Clínica e 300

Diagnóstico Molecular. 1 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 1726p. 301

302

5. Carneiro C., Schwertz C.I., Henker L.C., Rhoden L.A., Piva M.M., Gabriel M.E., 303

Lucca N.J., Baldi K.R.A., Casagrande R.A., Gomes T.M.A. & Mendes, R.E. 2018. 304

Doenças Diagnosticadas pelo Laboratório de Patologia Veterinária no Quinquênio 305

(36)

37

2013-2017. In: Mendes R.E., Christofe C. & Gomes T.M.A. Boletim de Diagnóstico 306

do Laboratório de Patologia Veterinária v2. Blumenau: IFC. pp.33-48. 307

308

6. Coelho A.C.B., Oliveira P.A., Santos B.L., Zamboni R., Silva P.E., Pereira C.M., 309

Soares M.P., Sallis E.S.V. & Schild A.L. 2017. Doenças de suínos diagnosticadas 310

em criações de subsistência na região sul do Brasil. Investigação, 16(8): 56-61. 311

312

7. Craig L. E., Dittmer K. E. & Thompson K. G. 2016. Bones and Joints. In: Jubb K. 313

V. F., Kennedy P. C., Palmer N. Pathology of Domestic Animals/ Edited by M. Grant 314

Maxie - 6 ed. Missouri: Elsevier, pp.68-74. 315

316

8. Disnev, I. 2012. Clinical and morphological investigations on the incidence of forms 317

of rickets and their association with other pathological states in broiler chickens and 318

their association with other pathological states in broiler chickens. Research in 319

Veterinary Science. 92: 273-277. 320

321

9. Dittmer K. E., Thompson K. G. and Blair H. T. 2009. Pathology of Inherited 322

Rickets in Corriedale Sheep. Journal of Comparative Pathology, 141: 147-155. 323

324

10. Dritz S.S., Goodband R.D., DeRouchey J.M., Tokach M.D. & Woodworth J.C. 325

2019. Nutrient Deficiencies and Excesses. In: Zimmerman J.J., Karriker L.A., 326

Ramirez A., Schwartz K.J., Stevenson G.W. & Zhang J. (Eds). Diseases of swine. 327

11ed. Hoboken: Wiley-Blackwell, pp.1043-1054. 328

(37)

38

11. Jacob F. G., Baracho M. S., Nääs I. A., Souza R. & Salgado D. D. 2016. The use of 330

infrared thermography in the identification of pododermatitis in broilers. Engenharia 331

Agrícola.36 (2): 253-259. 332

333

12. Johnson D.W. & Palmer L.S. 1939. Individual and breed variations in 334

pigs on rations devoid of vitamin D. Journal of Agricultural Research 335

58:929-940. 336

337

13. Kanh, C.M. 2008. Manual Merck de Veterinária. 9 ed. 2301p. 338

339 340

14. Madson D.M., Ensley S.M., Gauger P.C., Schwartz K.J., Stevenson G.W., Cooper 341

V.L., Janke B.H., Burrough E.R., Goff J.P. & Horst RL. 2012. Rickets: case series 342

and diagnostic review of hypovitaminosis D in swine. Journal of Veterinary 343

Diagnostic Investigation. 24 (6): 1137-1144. 344

345

15. National Research Council (NRC). 2012. Nutrient Requirements of Swine, 11 ed. 346

Washington: National Academy Press, 400p. 347

348

16. Quarterman, J., A. C. Dalgarno, A. Adams, B. F. Fell, and R. Boyne. 1964. 349

The distribution of vitamin D between the blood and the liver in the pig, 350

and observations on the pathology of vitamin D toxicity. British Journal 351

of Nutrition. 18:65-77. 352

(38)

39

17. Rostagno, H. S. (Ed). 2017. Tabelas brasileiras para aves e suínos: composição de 354

alimentos e exigências nutricionais. 4 ed. Viçosa: Universidade Federal de Viçosa, 355

488p. 356

357

18. Welz B. & Sperling M. 1999 Atomic Absorption Spectometry, 3ª ed. Print 358

ISBN:9783527285716 |Online ISBN:9783527611690 |DOI:10.1002/9783527611690 359

LEGENDAS 360

Tabela 1. Quantidade de Ca, P total e vitamina D disponibilizados pelo farelo de soja, milho 361

moído e a quantidade dos minerais e vitamina de acordo com a análise laboratorial e 362

informação do rótulo para 100 kg de ração. 363

Tabela 2. Consumo de Ca, P total e vitamina D (Vit. D) dos leitões de 20 Kg com consumo 364

de 953g de ração segundo análise laboratorial e informações do rótulo e comparativo com 365

o [8]. 366

Tabela 3. Consumo de Ca, P total e vitamina D (Vit. D) dos leitões de 20 Kg com consumo 367

de 1.036g de ração segundo análise laboratorial e informações do rótulo e comparativo 368

com [7]. 369

Tabela 4. Níveis de minerais (Ca e P total) e vitamina D e porcentagens de diferenças entre o 370

real (laboratório) e o informado (Rótulo) 371

Tabela 5. Diferenças entre as exigências do NRC (2012) e a tabela brasileira de suínos e aves 372

(2017). 373

Figura 1. A) Gradil costal, aumento de volume (seta) das articulações costo-condrais: Rosário 374

raquítico. B) Fêmur, corte longitudinal, espessamento (seta) da cartilagem epifisiária. 375

Figura 2. Osso- fêmur. A) Adelgaçamento leve difuso das espículas ósseas, associado a 376

persistência de cartilagem não mineralizada (seta) nas espiculas ósseas. HE. 100x. B) 377

Hiperplasia severa difusa da zona de cartilagem hipertrófica. HE. 100x. 378

(39)

40

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo discutiu casos de doenças carenciais devido a utilização de rações com níveis de minerais aquém dos necessários para os animais. A pesquisa e a integração profissional-universidade-sociedade se faz de grande valia para a elucidação de muitos casos atendidos a campo.

O raquitismo continua sendo uma doença carencial importante na criação de suínos, uma vez que inúmeras empresas de nutrição surgem e ao tentar reduzir os custos utilizam produtos de baixa qualidade.

As diferenças entre as bases de estudo (NRC e Tabela Brasileira de Aves e Suínos) desperta a possibilidade de novos estudos visando comparar as diferentes literaturas em outros níveis, porém sempre levando em consideração as mesmas metodologias de estudo.

(40)

41

5 REFERÊNCIAS

ABPA. Associação Brasileira de Proteína Animal, 2018. Disponível em: <http://abpa-br.com.br/storage/files/relatorio-anual-2018.pdf>. Acessado em: 10 abril. 2019. BARCELLOS, D.; MORENO, A.M.; SOBESTIANSKY, J.; Deficiências Nutricionais. In: SOBESTIANSKY, J.; BARCELLOS, D. (Eds). Doenças dos suínos. Goiânia: Cânone Editorial. p. 613-626, 2012.

BARCELLOS, D. E. S. N.; SOBESTIANSKY, J.; DRIEMEIER, D.; Atlas de Patologia e Clínica Suína. Goiânia: Gráfica Art 3. 218p, 2005.

BRUM, J.S.; KONRADT, G.; BAZZI, T.; FIGHERA, R.A.; KOMMERS, G.D.; IRIGOYEN, L.F.; BARROS, C.S.L. Características e frequência das doenças de suínos na Região Central do Rio Grande do Sul. Pesquisa Veterinária Brasileira, 33(10), 1208-1214, 2013.

BURTIS, C.A.; BRUNS, D.E. (Eds) Tietz fundamentos de Química Clínica e Diagnóstico Molecular. 1 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 1726p, 2016.

CARLSON, C.S.; WEISBRODE, S.E.; Bone, Joints, Tendons, and Ligaments. In: ZACHARY, J.F.; McGAVIN, M.D.;(Eds) Pathologic Basis of Veterinary Disease. 5 ed. Missouri: Elsevier, p. 920-971, 2012.

CARNEIRO, C.; SCHWERTZ, C.I.; HENKER, L.C.; RHODEN. L.A.; PIVA, M.M.; GABRIEL, M.E.; LUCCA, N.J.; BALDI, K.R.A.; CASAGRANDE, R.A.; GOMES, T.M.A.; MENDES, R.E.; Doenças Diagnosticadas pelo Laboratório de Patologia Veterinária no Quinquênio 2013-2017. In: MENDES, R.E., CHRISTOFE,C.; GOMES, T.M.A. Boletim de Diagnóstico do Laboratório de Patologia Veterinária vº2. Blumenau: IFC. p.33-48, 2018.

COELHO, A.C.B.; OLIVEIRA, P.A.; SANTOS, B.L.; ZAMBONI, R.; SILVA, P.E.; PEREIRA, C.M.; SOARES, M.P.; SALLIS, E.S.V.; SCHILD, A.L. Doenças de suínos diagnosticadas em criações de subsistência na região sul do Brasil. Investigação, 16(8), 56-61, 2017. CRAIG, L. E.; DITTMER, K. E.; THOMPSON, K. G.; Bones and Joints. In: JUBB, K.V.F.; KENNEDY, P.C.; PALMER, N. Pathology of Domestic Animals. 6 Ed. Missouri: Elsevier, 2016. 1, p. 68-74.

CRENSHAW, T.D.; Calcium, Phosphorus, Vitamin D, and Vitamin K em Swine Nutrition. In: LEWIS, A.J.; SOUTHERN, L.L.; Swine Nutrition. 2 ed. Florida: CRC Press. p.187-212. 2001.

(41)

42

DISNEV, I. Clinical and morphological investigations on the incidence of forms of rickets and their association with other pathological states in broiler chickens and their association with other pathological states in broiler chickens. Research in Veterinary Science. 92, 273-277, 2012.

DITTMER, K. E.; THOMPSON, K. G.; BLAIR, H. T. Pathology of Inherited Rickets in Corriedale Sheep. Journal of Comparative Pathology, 141, 147-155, 2009.

DRITZ, S.S.; GOODBAND, R.D.; DeROUCHEY, J.M.; TOKACH, M.D.; WOODWORTH, J.C. Nutrient Deficiencies and Excesses. In: ZIMMERMAN, J.J.; KARRIKER, L.A.; RAMIREZ, A.; SCHWARTZ, K.J.; STEVENSON, G.W.; ZHANG, J.; (Ed) Diseases of swine. Hoboken: Wiley-Blackwell, p. 1043-1054, 2019.

FIALHO, E.T. Alimentos alternativos para suínos. Lavras: Editora UFLA, 2320, 2009. JACOB, F.G.; BARACHO, M.S.;NÄÄS, I.A.; RAFAEL SOUZA, R.; SALGADO, D.D. The use of infrared thermography in the identification of pododermatitis in broilers. Engenharia Agrícola. 36 (2), 253-259, 2016.

JOHNSON, D. W.; PALMER, L. S.; Individual and breed variations in pigs on rations devoid of vitamin D. Journal of Agricultural Research 58, 929-940. 1939.

KAHN, C.M.; Sistema Musculoesquelético. In: KAHN, C.M; (Org.). Manual Merck de Veterinária. São Paulo: Roca. p.711-831. 2008.

MADSON, D. M.; ENSLEY, S.M.; GAUGER, P.C.; SCHWARTZ, K.J.; STEVENSON, G.W.; COOPER, V.L.; JANKE, B.H.; BURROUGH, E.R.; GOFF, J.P.; HORST, R.L. Rickets: case series and diagnostic review of hypovitaminosis D in swine. Journal of Veterinary Diagnostic Investigation, 24 (6), 1137-1144. 2012.

NRC; NATIONAL RESEARCH COUNCIL. Nutrient Requirements of Swine, 11 Ed. Washington: National Academy Press, 400p, 2012.

QUARTERMAN, J., A. C. DALGARNO, A. ADAMS, B. F. FELL, AND R. BOYNE. The distribution of vitamin D between the blood and the liver in the pig, and observations on the pathology of vitamin D toxicity. British Journal of Nutrition. 18, 65-77, 1964.

(42)

43

RADOSTITIS, O.M.; GAY, C.C.; BLOOD, D.C.; HINCHCLIFF, K.M. (Eds). Doenças causadas por deficiências nutricionais. In:Clínica Veterinária: um tratado de doenças de bovinos, ovinos, suínos, caprinos e equinos. 9 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. 1330-1405, 2014.

ROSTAGNO, H. S.; (Ed). Tabelas brasileiras para aves e suínos: composição de alimentos e exigências nutricionais. 4 ed. Viçosa: UFV, 488p, 2017.

TOKARNIA, C.H.; PEIXOTO, P.V.; BARBOSA, J.D.; BRITO, M.F.; DÖBEREINER, J.; Deficiências minerais em animais de produção. Rio de Janeiro: Helianthus, 191p, 2010.

WELZ, B.; SPERLING, M. Atomic Absorption Spectometry, 3 ed. Uhldingen: Wiler-Vch, 941p. 1999.

(43)

44

6 ANEXOS

Referências

Outline

Documentos relacionados

O Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Estadual de Feira de Santana faz saber que as inscrições para a seleção do CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM

Ainda, em estudos in vitro identificou-se que praziquantel, pela sua alta eficácia, pode ser utilizado como tratamento de escolha para o controle da euritrematose,

A utilização precoce da ventilação não invasiva em pacientes com DPOC exacerbados reduziu o período de internação devido aos benefícios como melhora da

Pró-Reitora de Graduação da Universidade Federal de Goiás.. Os Estágios realizados pelos discentes do Departamento de Letras, da Universidade Federal de Goiás – Campus Catalão

A avaliação será feita em dois momentos: uma ao final do primeiro bimestre e ao final do semestre a partir dos resultados dos projetos desenvolvidos em aula, seminários ou

Assim sendo, o objetivo da pesquisa é analisar os comentários dos professores em duas redes sociais sobre a temática da indisciplina escolar.. Espera-se

Quando o acervo da bibliografia básica não está disponível; ou quando está disponível na proporção média de um exemplar para 20 ou mais vagas anuais

Nesse sentido, Healy (1996) sugere que existe relação entre o estágio de ciclo de vida da empresa e os accruals, enquanto Nagar e Radhakrishnan (2017) apontam que as