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Desvendando as lições do zoon politikon de Aristóteles: Você é um cidadão político?

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Academic year: 2021

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OFICINA DIDÁTICA PIBID FILOSOFIA UNIOESTE – COLÉGIO ESTADUAL DARIO VELLOZO – TOLEDO/PR:

Desvendando as lições do zoon politikon de Aristóteles: Você é um cidadão político?

Cristiane R. Xavier Candido1 José Luis Mariani2 Murilo Max Geraldi3 Pamela Elger4 Sandra Patrícia Smaniotto Hübner5

Palavras-chave: Política. Cidadania. Cidade. Aristóteles. Felicidade.

Introdução:

“O que é ser cidadão?” “Conhecemos nossos direitos e deveres?” “O que é Política?” “Por que hoje em dia muitos pensam que política é um assunto chato e complexo?” “De que forma contribuímos para o bem-estar de nossa cidade?”. O intuito dessa oficina é promover, juntamente com os alunos do Ensino Médio, uma reflexão acerca da importância da cidadania, da compreensão e o interesse pela política e seu atual cenário na sociedade em que pertencem, perspectivando a essencialidade do papel que cada um pode assumir em sociedade uma vez que passarem a conhecer e a refletir com maior clareza e profundidade o sentido político, cidadão e coletivo de se viver em sociedade.

Aristóteles nos apresenta em sua obra Política, o que é ser cidadão (no mundo grego há cerca de 2.300 anos atrás), quais eram as formas de governo consideradas boas e suas degenerações, além de destacar a importância da felicidade que a política (quando em sua forma boa) pode mediar na/pela pólis. De acordo com o estagirista, o homem “é um ser social por natureza” e essa predisposição faz com que ele venha a se aliar com outros semelhantes em busca de segurança primordialmente. Tal segurança é

1

Acadêmica do 4º ano do curso de Filosofia da Unioeste Toledo/Bolsista PIBID Filosofia Unioeste.

2

Acadêmico do 2º ano do curso de Filosofia da Unioeste Toledo/Bolsista PIBID Filosofia Unioeste.

3

Acadêmico do 2º ano do curso de Filosofia da Unioeste Toledo/Bolsista PIBID Filosofia Unioeste.

4

Acadêmica do 3º ano do curso de Filosofia da Unioeste Toledo/Bolsista PIBID Filosofia Unioeste.

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edificada sob um estatuto de bem supremo que deve estar presente em todas as organizações denominadas de polis, pois trata-se da felicidade que deve imperar entre os seus componentes (tidos como cidadãos), a saber: o bem-estar de todos.

Diante desta ótica da busca pela eudaimonia empreendida por Aristóteles no tocante à cidadania, buscaremos proporcionar aos alunos uma análise que fuja da superficialidade cotidiana acerca de problemas rotineiros e atuais em nossa sociedade, tais como: violência e preconceito contra mulheres e outras culturas (imigrantes), criminalidade, desemprego, ausência de infra-estrutura no âmbito de limpeza pública, educação, saúde e entre outros, Com isso, buscaremos também, incentivar nos alunos uma análise mais aprofundada sobre o sentido de Democracia vigente em nosso país, em que será questionado: “Sabemos de fato o que é democracia?” “Temos conhecimentos adequados para poder governar uma cidade, por exemplo?” ”Por que existe corrupção?” “O que podemos fazer em relação à isso, uma vez que somos cidadãos e temos direitos e deveres?”

Cabe ressaltar que a oficina se dará de forma lúdica, ou seja, cada momento que anteceder a conceituação será interpretado como em uma peça teatral. Para tanto, cada membro do grupo estará caracterizado, protagonizando um determinado personagem presente na obra A Política do filósofo Aristóteles, quando este aborda a questão da cidadania e do ser cidadão na pólis grega. Sendo eles: O próprio Aristóteles (interpretado pelo aluno bolsista José Luis Mariani), a Mulher (interpretada pela aluna bolsista Pamela Elger), o Escravo e o Estrangeiro (interpretado pela aluna bolsista Cristiane Candido), e o Cidadão (interpretado pelo aluno bolsista Murilo Max Geraldi).

Público alvo

Ensino médio, turmas de 2º ano

Número de participantes

30 pessoas

Tempo

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Objetivos

- Apresentar os conceitos aristotélicos de Política, cidadania e Bem na formação das cidades;

- Proporcionar uma reflexão aprofundada aos alunos acerca dos conceitos apresentados em Aristóteles;

- Incentivar nos alunos um pensamento crítico-reflexivo sobre a importância da cidadania, bem como o conhecimento de seus direitos e deveres como cidadãos e seu papel como conhecedor da política que o cerca (em seu atual contexto);

- Instigar nos alunos variadas formas (primando pela autonomia do pensar) de se entender o atual conceito de Democracia;

- Proporcionar um maior conhecimento acerca da prática da cidadania, isto é, apresentar formas práticas de locais e maneiras que os estudantes podem estar exercendo plenamente sua cidadania de forma consciente e com propriedade.

Materiais e Metodologia Filosófica

PARTE 1 (SENSIBILIZAÇÃO):

1º momento: Será apresentado à turma um vídeo musical elaborado pelos bolsistas

contendo imagens acerca do tema da oficina. O vídeo tem duração de 2 (dois) minutos. Enquanto isto, os bolsistas se preparam do lado de fora da sala para iniciarem a interpretação. Terminado o vídeo, o personagem Aristóteles se apresentará à turma e irá expor de forma sintetizada sua biografia e contextualizará a obra que será trabalhada: A Política. Em seguida, aproveitando o “gancho” que se fará após a apresentação da obra (por abordar os fundamentos da pólis grega e as características de quem é cidadão de fato), o personagem Aristóteles buscará explanar os conhecimentos dos alunos presentes em relação aos saberes acerca de quais direitos e deveres eles acreditam possuir. Tais saberes serão escritos no quadro para serem consultados ao longo da oficina.

2º momento: Posteriormente, o personagem Aristóteles irá apresentar o conteúdo que

se encontra no livro de Antologia dos Textos Filosóficos com o objetivo de aproximar este material (que se encontra presente na Biblioteca do Colégio para o acesso de tod@s) aos alunos.

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Finalizando esta etapa, o personagem Aristóteles incitará nos alunos a seguinte questão: quem é o cidadão na pólis grega? E quem não poderia ser? Neste instante, o personagem

Cidadão começa a andar pela sala de aula e é interpelado por Aristóteles a dizer quem

ele é na pólis.

PARTE 2 (Problematização/Investigação):

1º momento: Nesta etapa, ganha voz o personagem do Cidadão. Este se apresentará à

turma trazendo os conceitos aristotélicos presentes na obra A Política (Livro III Cap. I) e excertos contidos no livro Antologia de Textos Filosóficos, em que Aristóteles destaca que cidadão é exclusivamente aquele que pode deliberar e exercer funções políticas e judiciais dentro da pólis – necessariamente só poderiam ser homens livres e de posses -, excluindo, portanto, uma série de outros indivíduos que vivem na mesma.

2º momento: O personagem Aristóteles retoma a fala e intermedeia o desenrolar dos

conceitos até o próximo personagem. Assim ele diz: “Como vocês puderam perceber, o cidadão a meu ver, são pessoas naturalmente determinadas. Porém, existem outras que não se enquadram de forma alguma – nem por natureza – no conceito de cidadão.” Neste instante, entra em cena o personagem Estrangeiro (Metéco) que se apresenta como vindo da Trácia e chegou em Atenas com o objetivo de melhorar de vida. Trata-se de um ferreiro que precisa pagar a metoikia (imposto que deve ser pago anualmente e que é equivalente a 1 dia de trabalho) para poder permanecer na pólis. Assim ele fala: “Bom pessoal, tal como Aristóteles afirma na obra A Política, existem outras pessoas que vivem na pólis em uma espécie de “escravidão limitada” (assim como eu), que são aqueles que vêm de outras localidades para viver em Atenas.. Eu jamais serei cidadão de fato... jamais irei atuar na política de Atenas... mas posso conseguir alguns “privilégios” se eu for um trabalhador destaque na pólis! Ainda mais se eu me destacar nas guerras! Eu já tenho que pagar um imposto anual pra poder morar aqui... se chama metoikia e que equivale a 1 dia de trabalho meu... se eu for bom.. muito bom pra pólis, a Assembleia Democrática pode me conceder a igualdade tributária (isotelia) ou ainda posso de vez obter o direito de possuir uma casa aqui na pólis (enktesis)!”6

6

Para embasar a fala do personagem, será utilizado o fragmento contido no excerto 1260 b da obra A Política de Aristóteles, trechos do livro A escravidão em Aristóteles de Nedilson L. Brugnero e referências extraídas do site Ensaios Sobre a Antiguidade Clássica podendo ser acessado em:

http://antiguidade1anomedio.blogspot.com.br/2015/06/osestrangeiros-metecos-osmetecos-eram.html

[CB1] Comentário: Como se trata de

uma encenação acho que até o final é Sensibilização

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O personagem Estrangeiro encerra sua fala e senta-se próximo ao personagem Aristóteles.

3º momento: Agora entra em cena a personagem Mulher e esta se apresenta à turma

pela ótica do estagirista (A Política, Livro I Cap. I e Cap. V) em que prevalece a máxima de que a mulher é naturalmente dominada pelo homem, haja vista que ela já nasce pra isso e apenas pra isso. O homem é o chefe da família e deve exercer sua autoridade na administração da casa e da economia doméstica.

A personagem Mulher utiliza-se da declamação da letra da música interpretada por Chico Buarque: “Mulheres de Atenas”:

“Mirem-se no exemplo Daquelas mulheres de Atenas Vivem pros seus maridos Orgulho e raça de Atenas Quando amadas, se perfumam Se banham com leite, se arrumam Suas melenas

Quando fustigadas não choram Se ajoelham, pedem imploram Mais duras penas; cadenas Mirem-se no exemplo Daquelas mulheres de Atenas Sofrem pros seus maridos Poder e força de Atenas

Quando eles embarcam soldados Elas tecem longos bordados Mil quarentenas

E quando eles voltam, sedentos Querem arrancar, violentos Carícias plenas, obscenas Mirem-se no exemplo Daquelas mulheres de Atenas Despem-se pros maridos Bravos guerreiros de Atenas Quando eles se entopem de vinho Costumam buscar um carinho De outras falenas

Mas no fim da noite, aos pedaços Quase sempre voltam pros braços De suas pequenas, Helenas Mirem-se no exemplo

Daquelas mulheres de Atenas: Geram pros seus maridos Os novos filhos de Atenas Elas não têm gosto ou vontade Nem defeito, nem qualidade Têm medo apenas

Não tem sonhos, só tem presságios O seu homem, mares, naufrágios Lindas sirenas, morenas

Mirem-se no exemplo Daquelas mulheres de Atenas Temem por seus maridos Heróis e amantes de Atenas As jovens viúvas marcadas E as gestantes abandonadas Não fazem cenas

Vestem-se de negro, se encolhem Se conformam e se recolhem Às suas novenas, serenas Mirem-se no exemplo Daquelas mulheres de Atenas Secam por seus maridos Orgulho e raça de Atenas”

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Após declamar a música, a personagem Mulher é interrompida pelo personagem Estrangeiro:

“Oh Mulher! Inocente, mentecapta e submissa Mulher! Não tens vergonha na cara de ser assim tão submissa, tão recatada? Fica aí se arrumando, se submetendo ao poder de seu marido enquanto ele fica lá na Assembleia sem ‘dar bola’ pra você?”

E ela responde: “Ora caro Metéco, essa é a minha vida, o meu destino! Nasci para ser assim e não tenho do que reclamar!”

Em seguida, o personagem Aristóteles levanta-se e diz: “Metéco! Vai já procurar um trabalho pra você, senão vai acabar virando escravo aqui na pólis!”

(O personagem Metéco se retira da sala.)

4º Momento: Neste momento, é a vez do personagem Escravo iniciar sua fala. O

personagem Metéco que, anteriormente vivia em uma escravidão limitada (servindo a pólis num todo e não apenas a um senhor específico), se torna escravo, pois teve que adquirir uma dívida com um cidadão para poder pagar seu imposto. Como não conseguiu pagar a dívida, tornou-se escravo. Assim começa a fala:

“Pois é... bem que Aristóteles me avisou que eu me tornaria Escravo... Pensei que ia me dar bem aqui na pólis, mas acabei não conseguindo pagar meu imposto e tive que adquirir uma dívida com um cidadão. Não consegui pagar essa dívida e agora sou escravo dele...”

O personagem vai trazer a questão aristotélica (A Política Livro I Cap. II excerto 1254 a, 1254 b, 1255 b) em que se estabelece a explicação para a existência dos escravos: são por natureza (e aceitam ser assim, uma vez que sabem que são inferiores e não se indignam com esta situação. Sabem que são aqueles que precisam, necessariamente, ser dominados) e se entendem como um “bem vivo” do seu senhor e ambos vivem “uma certa comunidade de interesses e amizade entre o escravo e o senhor quando eles são qualificados pela natureza para as respectivas posições (...)” (Livro I, cap. II, excerto 1255 b); e há também uma espécie de “escravidão limitada” que é o caso dos artífices (artesãos que não exercem suas atividades por natureza, mas porque assim precisam, por necessidade. São em sua maioria estrangeiros que definem residência na pólis grega,

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mas como não possuem a legitimidade da cidadania, precisam trabalhar para manter seu bem-estar e o da pólis).

Nesta etapa de 4 momentos serão utilizados os seguintes recursos: exposição oral em forma de interpretação.

PARTE 3 (Investigação/Conceituação):

1º momento: Neste momento, após o término da fala do personagem Escravo, o

personagem Aristóteles reaparece e estabelece a sequência da oficina. Avisa que a turma será dividida em grupos e, que cada grupo trabalhará uma questão - problema apresentada por cada personagem (Cidadão, Mulher, Escravo e Estrangeiro). A seleção dos membros (pensa-se a princípio estabelecer 4 grupos contendo cerca de 4 a 5 membros) de cada grupo se dará de forma aleatória em que cada aluno receberá um número de 01 a 04. Os que possuírem os mesmos números formarão seus respectivos grupos, ou seja, todos os alunos que forem números 01 serão o grupo 01, os que forem números 02 serão o grupo 02 e, assim por diante. Cada personagem será uma questão-problema a ser tratado por cada grupo. A Mulher será encarregada do grupo 01, o Cidadão pelo 02, o Escravo pelo 03 e o Estrangeiro (Aristóteles), pelo 04. O papel dos personagens nestes grupos de alunos será o de intermediar a discussão e os argumentos, trazendo a tona os conceitos aristotélicos sobre cidadania em relação aos fatos da atualidade. O tempo para debate para cada grupo será o de 20 minutos (em média). Os grupos terão em mãos a Antologia dos Textos Filosóficos especificamente no capítulo que se refere a Aristóteles (p.), para pesquisar os conceitos necessários.

As situações problemas apresentadas à cada grupo serão as seguintes:

Cidadão: Diante do que expomos na encenação acerca dos conceitos aristotélicos

contidos na obra A Política, como podemos caracterizar a figura do cidadão conforme Aristóteles? Este conceito ainda se mantém hoje em dia? Quem é o cidadão hoje em dia? Somos cidadãos de fato? Sabemos exercer nossa cidadania?

Mulher: Como Aristóteles caracteriza a Mulher? Este conceito mudou em relação a

nossa atualidade? Será que de fato a mulher ainda não sofre uma submissão imposta pelos padrões sociais?

[CB2] Comentário: Sugiro aqui fazer

uma fala de Problematização. Poderá ser feita pelo próprio Aristóteles, chamando a atenção para os conceitos que serão investigados. Antes de dividir em grupos

[CB3] Comentário: Aqui pode iniciar o

questionamento de Aristóteles sobre os conceitos que serão investigados. Despertando a atenção para a posterior investigação. Pode se inspirar nas questões que serão trabalhadas em cada grupo.

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Escravo: Como vocês perceberam que o escravo era tratado em Atenas durante a

antiguidade? Este conceito de escravidão desenvolvido por Aristóteles ainda perdura hoje em dia? Existe escravidão hoje em dia?

Estrangeiro: Como Aristóteles caracteriza o estrangeiro? Qual a diferença entre o

escravo por natureza e a escravidão limitada do estrangeiro? O estrangeiro, antigamente, era o que hoje conhecemos como o imigrante. Sendo assim, como os imigrantes são vistos hoje em dia? O que podemos falar sobre o atual caso dos imigrantes sírios, por exemplo? E dos haitianos aqui no Paraná? São bem recebidos por todos?

2º momento: Após esta discussão interna entre cada grupo, o personagem Aristóteles

abre o debate para todas as questões serem abordadas. Cada grupo irá eleger um orador para relatar a resposta do grupo. Aristóteles irá intermediar as respostas, esclarecendo conceitos e possíveis erros de interpretação. Cada resposta terá de ser debatida entre o grande grupo.

3º momento: Feito todas as considerações, Aristóteles questiona os alunos se eles

lembram do início da oficina quando foi escrito no quadro os conhecimentos dos alunos acerca dos direitos e deveres que acreditavam possuir. Em seguida, o personagem pergunta se todos ainda pensam da mesma forma ou se querem mudar de opinião (acrescentar outros direitos e deveres, ou até mesmo retirar o que foi exposto num primeiro momento). O objetivo desta atividade em específico é proporcionar uma nova reflexão aos estudantes acerca do que eles pensavam antes sobre o conceito de cidadania e o que pensam agora.

Esta atividade de INVESTIGAÇÃO/CONCEITUAÇÃO terá uma duração de em média 30 minutos.

Recursos utilizados nesta etapa: quadro negro, giz, exposição oral, debate, Antologia dos Textos Filosóficos, cartazes (cartolina e pincel atômico em variadas cores).

PARTE 4 (A aplicação prática da oficina): Para fechar a oficina, pensou-se que seria

interessante apresentar à turma os 3 (três) tipo de democracia existentes: direta, semi-direta e representativa, e explicar a diferença que há entre elas. E, também, trazer informações práticas aos alunos de como eles poderiam de fato exercer a cidadania no meio em que vivem e de forma consciente (sabendo o que é realmente ser cidadão).

[CB4] Comentário: Talvez aqui já se

inicie a Conceituação. Sendo esta parte introdução para o trabalho propriamente dito que vem na sequência

[CB5] Comentário: Acho que esta

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Para isso, cada personagem trás um dado relacionado com a cidadania em sua forma prática de execução e apresenta aos alunos. Para tanto, será confeccionado um informativo contendo informações sobre a função de um grêmio estudantil, os benefícios que os estudantes, o colégio e a comunidade em geral podem obter com o bom uso de tal agremiação; sobre o que são as associações de bairro e seu importante papel na administração pública do município, bem como, os benefícios que agrega e proporciona àqueles que fazem parte da comunidade; a importância da presença nas reuniões extraordinárias que ocorrem na Câmara Municipal de Vereadores, haja vista que é lá que se dão as grandes decisões acerca do município em que vivemos; a importância de ser ético e virtuoso em família e com as demais pessoas que fazem parte do círculo de convivência direta. Apresentar, por fim, aos estudantes que a mudança que desejamos, principalmente na política, vem de dentro pra fora e não ao contrário como a maioria pensa. É mudando as pequenas coisas no nosso dia-a-dia, é criando uma ética pessoal que vai nos fazer refletir entre o que de fato é certo e errado em nossas atitudes cotidianas. Uma vez que fiscalizamos nosso próprio pensar, nosso próprio agir, podemos estar aptos realmente para fiscalizar o que nossas autoridades fazem e deliberam. Isto é, as grandes mudanças devem começar a partir do pensamento, da forma de entender as coisas ao seu redor, procurar informação e conhecimento de tudo aquilo a que vai se referir antes de estabelecer prévias conclusões que geram, na maioria das vezes, preconceitos, discursos de ódios sem qualquer fundamento, irracionalidades, violência. Uma vez que somos (e nos consideramos) cidadãos devemos ter em mente que temos deveres, e, isso implica em conhecimento de fato de tudo aquilo que falamos e fazemos, pois aí sim, teremos ciência e propriedade para exercemos plenamente nossa cidadania desvinculada de meros “achismos” convencionalizados.

As perguntas que podem ser apresentadas pelos personagens: * Hoje em dia você se considera cidadão?

* Você conhece seus direitos e deveres?

* Vocês sabem como podem exercer a cidadania de forma prática? Ajudando de alguma maneira o meio social em que vivem (seja em casa, no colégio, no bairro, cidade..)? Quando acontecem as assembleias na Câmara de Vereadores aqui em Toledo? Sabia que a internet é uma ótima ferramenta para exercer a cidadania? A Câmara Municipal de Vereadores, por exemplo, tem um perfil no facebook e avisa quando haverão as

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reuniões, gravam e transmitem pelo canal do youtube boa parte das reuniões extraordinárias. O site do Senado disponibiliza enquetes online para saber a opinião dos cidadãos acerca das diversas PL’s que serão votadas... Abre espaço também para cada cidadão elaborar uma lei que considere ser necessária (o cidadão atuando como legislador!!!). O site: http://www12.senado.gov.br/ecidadania/. Informação concreta e capacidade de iniciativa somado com consciência coletiva de bem-estar, geram as mudanças que precisamos, no povo que precisamos e na política que queremos.

Recursos utilizados nesta etapa: Exposição oral, 30 cópias impressas do informativo confeccionado.

Finalizando toda a oficina, são distribuídas as fichas de avaliação da mesma entre os estudantes e os agradecimentos são realizados.

Referências

MARÇAL, Jairo. Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED, 2009.p.59-66.

ARISTÓTELES. Política. Tradução: Mário da Gama Kury. Brasília – DF: Ed. Universidade de Brasília, 1985.

BRUGNERO, Nedilson L. A escravidão em Aristóteles. Porto Alegre: Grifos EDIPUCRS, 1998.

BENVENHO, C.M.; COMINETTI. G.P. F. PORTELA, L.C.Y.; (Org.) 16 Aulas de Filosofia

para o Ensino Médio. Porto Alegre: EVANGRAF; Paraná: Unioeste, 2015.

MINETTO, Leonardo. Os Estrangeiros na Grécia, 02/06/2015, <

http://antiguidade1anomedio.blogspot.com.br/2015/06/osestrangeiros-metecos-osmetecos-eram.html> Acessado em: 23/09/2015.

Referências

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