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SIMULADO III TJMS BLOCO I DIREITO CIVIL

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Academic year: 2021

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SIMULADO III TJMS

BLOCO I

DIREITO CIVIL 1. Marque a assertiva INCORRETA

a) A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.

b) Cessará, para os menores, a incapacidade pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento particular, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos.

c) A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.

d) A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida, mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.

e) A existência de relação de emprego ou o estabelecimento civil ou comercial que gerem economia própria faz cessar a incapacidade civil dos menores com 16 anos completos.

Gabarito: B a) Art. 5º, CC.

b) INCORRETA - Art. 5º, parágrafo único, inciso I - Cessará, para os menores, a incapacidade: I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos

c) Art. 4º, parágrafo único, CC. d) Art. 2º, CC.

e) Art. 5º, parágrafo único, inciso V.

2. Com relação às pessoas jurídicas marque a alternativa CORRETA.

a) A relação das pessoas jurídicas de direito privado constante do art. 44, do Código Civil é exaustiva.

b) A empresa individual de responsabilidade limitada não é sociedade, mas um novo ente jurídico personificado.

c) As associações civis não podem sofrer transformação, fusão, incorporação ou cisão.

d) A liberdade de funcionamento das organizações religiosas afasta o controle de legalidade e legitimidade constitucional de seu registro e a possibilidade de reexame, pelo Judiciário, da compatibilidade de seus atos com a lei e com seus estatutos.

e) A constituição de fundação para fins científicos, educacionais ou de promoção do meio ambiente não está compreendida no Código Civil, art. 62, parágrafo único.

Gabarito: B

a) ENUNCIADO 144 CJF - A relação das pessoas jurídicas de direito privado constante do art. 44, incs. I a V, do Código Civil não é exaustiva.

b) CORRETA – enunciado 469, CJF

c) ENUNCIADO 615 CJF - As associações civis podem sofrer transformação, fusão, incorporação ou cisão.

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d) ENUNCIADO 143, CJF- A liberdade de funcionamento das organizações religiosas não afasta o controle de legalidade e legitimidade constitucional de seu registro, nem a possibilidade de reexame, pelo Judiciário, da compatibilidade de seus atos com a lei e com seus estatutos.

e) ENUNCIADO 8, CJF - A constituição de fundação para fins científicos, educacionais ou de promoção do meio ambiente está compreendida no Código Civil, art. 62, parágrafo único.

3. Com relação ao erro como vício do negócio jurídico assinale a alternativa INCORRETA. a) Quando é de direito e não implica recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio jurídico.

b) O erro de indicação da pessoa ou da coisa, a que se referir a declaração de vontade, não viciará o negócio quando, por seu contexto e pelas circunstâncias, se puder identificar a coisa ou pessoa cogitada.

c) O erro não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a manifestação de vontade se dirige, se oferecer para executá-la na conformidade da vontade real do manifestante. d) O falso motivo vicia a declaração de vontade, mesmo quando não expresso como razão determinante.

e) São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio.

Gabarito: D

a) Art. 139, CC. O erro é substancial quando:

I - interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a alguma das qualidades a ele essenciais;

II - concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante;

III - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio jurídico.

b) Art. 142, CC. c) Art. 144, CC.

d) Art. 140, CC. O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão determinante.

e) Art. 138. CC.

4. A prestação para ser considerada válida, deverá ser lícita, possível e determinável. A respeito de tais características fundamentais das obrigações, assinale a alternativa INCORRETA.

a) A prestação é considerada fisicamente impossível quando é irrealizável, segundo as leis da natureza.

b) Com relação à licitude da relação, doutrinariamente entende-se que não há diferença entre a prestação juridicamente impossível e a prestação ilícita.

c) A prestação juridicamente impossível é vedada pelo ordenamento jurídico, a exemplo da hipótese em que o devedor se obriga a alienar um bem público de uso comum do povo, ou transferir a herança de pessoa viva.

d) É objeto das obrigações genéricas a prestação determinável, ou seja, aquela ainda não especificada, mas que contém elementos mínimos de individualização.

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e) A indeterminabilidade será sempre relativa, uma vez que, no momento do pagamento, deverá cessar, sob pena de se frustrar a finalidade da própria obrigação.

Gabarito: B

ORLANDO GOMES, citando TRABUCCHI, visualizou diferença entre a prestação juridicamente impossível e a prestação ilícita, nos seguintes termos: a primeira é aquela simplesmente não admitida pela lei; a segunda, por sua vez, além de não ser admitida, constitui ato punível. E exemplifica: a alienação do Fórum romano — prestação juridicamente impossível —, a venda de um pacote de notas falsas — prestação ilícita (Gagliano, Pablo Stolze Manual de direito civil; volume único/Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho. – São Paulo: Saraiva, 2017. p. 218).

5. Marque a alternativa INCORRETA quanto às obrigações alternativas.

a) Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, não competindo ao credor a escolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por último se impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso determinar.

b) Se, por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexequíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização por perdas e danos.

c) Quando a escolha couber ao devedor e uma das prestações tornar-se impossível por sua culpa, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos. d) Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada inexequível, subsistirá o débito quanto à outra.

e) Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-se-á a obrigação.

Gabarito: C a) Art. 254, CC b) Art. 255, CC

c) Art. 255, CC - Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexeqüíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização por perdas e danos. d) Art. 253, CC.

e) Art. 256, CC.

6. Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.

I - Em ação possessória entre particulares é cabível o oferecimento de oposição pelo ente público, alegando-se incidentalmente o domínio de bem imóvel como meio de demonstração da posse. II - É possível o manejo de interditos possessórios em litígio entre particulares sobre bem público dominical, pois entre ambos a disputa será relativa à posse.

III - Particulares podem ajuizar ação possessória para resguardar o livre exercício do uso de via municipal, bem público de uso comum do povo, instituída como servidão de passagem.

a) Todas estão corretas.

b) Apenas I e II estão corretas. c) Apenas I e III estão corretas. d) Apenas II e III estão corretas. e) Todas estão incorretas. Gabarito: A

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I – CORRETA - Em ação possessória entre particulares é cabível o oferecimento de oposição pelo ente público, alegando-se incidentalmente o domínio de bem imóvel como meio de demonstração da posse. STJ. Corte Especial. EREsp 1134446-MT, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 21/03/2018 (Info 623).

II – CORRETA - 1) particular invade imóvel público e deseja proteção possessória em face do PODER PÚBLICO: não é possível. Não terá direito à proteção possessória. Não poderá exercer interditos possessórios porque, perante o Poder Público, ele exerce mera detenção. 2) particular invade imóvel público e deseja proteção possessória em face de outro PARTICULAR: terá direito, em tese, à proteção possessória. É possível o manejo de interditos possessórios em litígio entre particulares sobre bem público dominical, pois entre ambos a disputa será relativa à posse. STJ. 4ª Turma. REsp 1296964-DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 18/10/2016 (Info 594). III – CORRETA - Particulares podem ajuizar ação possessória para resguardar o livre exercício do uso de via municipal (bem público de uso comum do povo) instituída como servidão de passagem. Ex: a empresa começou a construir uma indústria e a obra está invadindo a via de acesso (rua) que liga a avenida principal à uma comunidade de moradores locais. Os moradores possuem legitimidade para ajuizar ação de reintegração de posse contra a empresa alegando que a rua que está sendo invadida representa uma servidão de passagem. STJ. 3ª Turma. REsp 1582176-MG, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 20/9/2016 (Info 590).

7. Assinale a alternativa INCORRETA

a) A imputação do pagamento visa a favorecer o devedor ao lhe possibilitar a escolha do débito que pretende extinguir e sendo norma de natureza privada, é possível constar do instrumento obrigacional que a escolha caberá ao credor, o que inclusive é admitido pela lei.

b) Na sub-rogação legal existem atos unilaterais, o que a caracteriza como regra especial de pagamento. Por outro lado, na sub-rogação convencional existe um negócio jurídico celebrado com um terceiro não interessado que realiza o pagamento. Dessa forma, a sub-rogação convencional é forma de pagamento indireto.

c) A novação não produz, como ocorre no pagamento direto, a satisfação imediata do crédito. Por envolver mais de um ato volitivo, constitui um negócio jurídico e forma de pagamento indireto. d) Ocorre datio in solutum quando há um acordo privado entre os sujeitos da relação obrigacional, pactuando-se a substituição do objeto obrigacional por outro, não sendo necessário o consentimento expresso do credor.

e) A consignação em pagamento pode ser conceituada como o meio indireto de o devedor, em caso de mora do credor, exonerar-se do liame obrigacional, consistente no depósito judicial ou em estabelecimento bancário, da coisa devida, nos casos e formas da lei.

Gabarito: D

a) Como elementos da imputação, há a identidade de devedor e de credor, a existência de dois ou mais débitos da mesma natureza, bem como o fato de as dívidas serem líquidas e vencidas – certas quanto à existência, determinadas quanto ao valor. A imputação do pagamento visa a favorecer o devedor ao lhe possibilitar a escolha do débito que pretende extinguir (art. 352 do CC). Como a norma é de natureza privada, é possível constar do instrumento obrigacional que a escolha caberá ao credor, o que inclusive é admitido pelo dispositivo seguinte.

Se o devedor não fizer qualquer declaração, transfere-se o direito de escolha ao credor, não podendo o primeiro reclamar, a não ser que haja violência ou dolo do segundo (art. 353 do CC). b) A sub-rogação é conceituada pela melhor doutrina contemporânea como a “substituição de uma coisa por outra, com os mesmos ônus e atributos, caso em que se tem a sub-rogação real, ou

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a substituição de uma pessoa por outra, que terá os mesmos direitos e ações daquela, hipótese em que se configura a sub-rogação pessoal de que trata o Código Civil no capítulo referente ao pagamento com sub-rogação”. Assim sendo, no âmbito obrigacional, nosso Código Civil trata da sub-rogação pessoal ativa, que vem a ser a substituição em relação aos direitos relacionados com o crédito, em favor daquele que pagou ou adimpliu a obrigação alheia.

(...)

Na sub-rogação legal existem atos unilaterais, o que a caracteriza como regra especial de pagamento. Por outro lado, na sub-rogação convencional existe um negócio jurídico celebrado com um terceiro não interessado que realiza o pagamento. Dessa forma, a sub-rogação convencional é forma de pagamento indireto.

c) A novação, tratada entre os arts. 360 a 367 do CC, pode ser definida como uma forma de pagamento indireto em que ocorre a substituição de uma obrigação anterior por uma obrigação nova, diversa da primeira criada pelas partes. Seu principal efeito é a extinção da dívida primitiva, com todos os acessórios e garantias, sempre que não houver estipulação em contrário (art. 364 do

CC).

Destaque-se que em havendo a referida previsão em contrário, autorizada pela própria lei, haverá novação parcial. Podem as partes convencionar o que será extinto, desde que isso não contrarie a ordem pública, a função social dos contratos e a boa-fé objetiva. Todavia, a regra é novação total, de todos os elementos da obrigação anterior, pela própria natureza do instituto.

A novação não produz, como ocorre no pagamento direto, a satisfação imediata do crédito. Por envolver mais de um ato volitivo, constitui um negócio jurídico e forma de pagamento indireto. São seus elementos essenciais:

Existência de uma obrigação anterior (obrigação antiga ou dívida novada). Existência de uma nova obrigação (dívida novadora).

Intenção de novar (animus novandi)

d) Os arts. 356 a 359 do CC/2002 tratam da dação em pagamento (datio in solutum), que pode ser conceituada como uma forma de pagamento indireto em que há um acordo privado entre os sujeitos da relação obrigacional, pactuando-se a substituição do objeto obrigacional por outro. Para tanto, é necessário o consentimento expresso do credor, o que caracteriza o instituto como um negócio jurídico bilateral.

e) (...) na esteira da melhor doutrina, o pagamento em consignação pode ser definido como “o meio indireto de o devedor, em caso de mora do credor, exonerar-se do liame obrigacional, consistente no depósito judicial (consignação judicial) ou em estabelecimento bancário (consignação extrajudicial), da coisa devida, nos casos e formas da lei.

(Tartuce, Flávio Manual de direito civil: volume único. 7. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: MÉTODO, 2017.p. 230/233).

8. De acordo com a doutrina, qual a locução que designa a situação de abuso que se verifica quando um sujeito viola uma norma jurídica e, posteriormente, tenta tirar proveito da situação em benefício próprio?

a) Supressio.

b) Venire contra factum proprium. c) Surrectio.

d) Duty to mitigate the loss. e) Tu quoque.

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Gabarito: E

O termo tu quoque, (...) significa que um contratante que violou uma norma jurídica não poderá, sem a caracterização do abuso de direito, aproveitar-se dessa situação anteriormente criada pelo desrespeito. Conforme lembra Ronnie Preuss Duarte, “a locução designa a situação de abuso que se verifica quando um sujeito viola uma norma jurídica e, posteriormente, tenta tirar proveito da situação em benefício próprio”.

(Tartuce, Flávio Manual de direito civil: volume único / Flávio Tartuce. – 8. ed. rev, atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018. p. 607).

9. Analise as assertivas abaixo quanto aos vícios redibitórios e assinale a alternativa CORRETA.

I - Os vícios redibitórios, na versão atual, podem ser conceituados como sendo os defeitos que desvalorizam a coisa ou a tornam imprópria para uso, sendo tais vícios sempre ocultos.

II - No caso de vício redibitório o problema atinge o objeto do contrato, ou seja, a coisa. No erro o vício é do consentimento, atingindo à vontade, pois a pessoa se engana sozinha em relação a um elemento do negócio celebrado.

III - Há uma garantia legal contra os vícios redibitórios nos contratos bilaterais (sinalagmáticos), onerosos e comutativos, nas doações onerosas (doação remuneratória e da doação modal ou com encargo) e no que diz respeito aos contratos aleatórios, admite-se a alegação de vício redibitório quanto aos seus elementos comutativos, predeterminados.

a) Todas estão corretas.

b) Apenas I e II estão corretas. c) Apenas I e III estão corretas. d) Apenas II e III estão corretas. e) Todas estão incorretas. Gabarito: A

I – CORRETA - Os vícios redibitórios, na versão atual, podem ser conceituados como sendo os defeitos que desvalorizam a coisa ou a tornam imprópria para uso. A matéria está tratada no Código Civil, entre os arts. 441 a 446, sendo aplicável aos contratos civis. O conceito ainda adotado pela doutrina majoritária indica que tais vícios são sempre os ocultos.

II – CORRETA - Na esteira da melhor doutrina, não há que se confundir o vício redibitório com o erro. No caso de vício redibitório o problema atinge o objeto do contrato, ou seja, a coisa. No erro o vício é do consentimento, atingindo a vontade, pois a pessoa se engana sozinha em relação a um elemento do negócio celebrado (arts. 138 a 144 do CC).

III – CORRETA - Por todos os ensinamentos transcritos, há uma garantia legal contra os vícios redibitórios nos contratos bilaterais (sinalagmáticos), onerosos e comutativos, caso da compra e venda. Devem ainda ser incluídas as doações onerosas, conforme preceitua o art. 441, parágrafo único, do CC, caso da doação remuneratória e da doação modal ou com encargo.

No que diz respeito aos contratos aleatórios, admite-se a alegação de vício redibitório quanto aos seus elementos comutativos, predeterminados. Nesse sentido, proposta aprovada na VII Jornada de Direito Civil, promovida pelo Conselho da Justiça Federal em 2015, in verbis: “O art. 441 do Código Civil deve ser interpretado no sentido de abranger também os contratos aleatórios, desde que não abranja os elementos aleatórios do contrato” (Enunciado n. 583).

(Tartuce, Flávio Manual de direito civil: volume único / Flávio Tartuce. – 8. ed. rev, atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018.p. 636/637).

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10. Assinale a alternativa CORRETA de acordo com o Código Civil.

a) Se a duas ou mais pessoas couber o direito de retrato sobre o mesmo imóvel, e só uma o exercer, poderá o comprador intimar as outras para nele acordarem, prevalecendo o pacto em favor de quem haja efetuado o depósito, contanto que seja integral.

b) Não pode um condômino em coisa indivisível vender a sua parte a estranhos, se outro consorte a quiser, tanto por tanto. O condômino, a quem não se der conhecimento da venda, poderá, depositando o preço, haver para si a parte vendida a estranhos, se o requerer no prazo de trinta dias, sob pena de decadência.

c) A venda feita a contento do comprador entende-se realizada sob condição resolutiva, ainda que a coisa lhe tenha sido entregue; e não se reputará perfeita, enquanto o adquirente não manifestar seu agrado.

d) Quando o direito de preempção for estipulado a favor de dois ou mais indivíduos em comum, só pode ser exercido em relação à coisa no seu todo. Se alguma das pessoas, a quem ele toque, perder ou não exercer o seu direito, não poderão as demais utilizá-lo na forma sobredita.

e) Na venda de coisa imóvel, pode o vendedor reservar para si a propriedade, até que o preço esteja integralmente pago.

Gabarito: A

a) Art. 508. Se a duas ou mais pessoas couber o direito de retrato sobre o mesmo imóvel, e só uma o exercer, poderá o comprador intimar as outras para nele acordarem, prevalecendo o pacto em favor de quem haja efetuado o depósito, contanto que seja integral.

b) Art. 504. Não pode um condômino em coisa indivisível vender a sua parte a estranhos, se outro consorte a quiser, tanto por tanto. O condômino, a quem não se der conhecimento da venda, poderá, depositando o preço, haver para si a parte vendida a estranhos, se o requerer no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de decadência.

c) Art. 509. A venda feita a contento do comprador entende-se realizada sob condição suspensiva, ainda que a coisa lhe tenha sido entregue; e não se reputará perfeita, enquanto o adquirente não manifestar seu agrado.

d) Art. 517. Quando o direito de preempção for estipulado a favor de dois ou mais indivíduos em comum, só pode ser exercido em relação à coisa no seu todo. Se alguma das pessoas, a quem ele toque, perder ou não exercer o seu direito, poderão as demais utilizá-lo na forma sobredita. e) Art. 521. Na venda de coisa móvel, pode o vendedor reservar para si a propriedade, até que o preço esteja integralmente pago.

11. Marque a alternativa mais incompleta sobre o que são direitos reais:

a) o direito do promitente comprador do imóvel, a anticrese, a concessão de uso especial para fins de moradia o penhor e a hipoteca.

b) a propriedade, a superfície, o usufruto, o uso, as servidões, a anticrese, a concessão de uso especial para fins de moradia.

c) os direitos oriundos da imissão provisória na posse, quando concedida à União, a respectiva cessão e promessa de cessão.

d) a laje, o direito do promitente comprador do imóvel, o usufruto, a propriedade, a superfície, a anticrese, o uso e a habitação.

e) a anticrese, a propriedade, a superfície, o usufruto, a concessão de uso especial para fins de moradia e a laje.

Gabarito: C

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I - a propriedade; II - a superfície; III - as servidões; IV - o usufruto; V - o uso; VI - a habitação;

VII - o direito do promitente comprador do imóvel; VIII - o penhor;

IX - a hipoteca; X - a anticrese.

XI - a concessão de uso especial para fins de moradia; XII - a concessão de direito real de uso; e

XIII - a laje.

OBS. Art. 1.225, C, inciso XIII - os direitos oriundos da imissão provisória na posse, quando concedida à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou às suas entidades delegadas e respectiva cessão e promessa de cessão. (Incluído pela Medida Provisória nº 700, de 2015) Vigência encerrada.

12. Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.

I - O prazo, na ação de usucapião, pode ser completado no curso do processo, ressalvadas as hipóteses de má-fé processual do autor.

II - A expressão "justo título" contida do Código Civil abrange todo e qualquer ato jurídico hábil, em tese, a transferir a propriedade, independentemente de registro.

III - Entende-se que a accessio possessionis, encontra aplicabilidade relativamente aos casos de usucapião especial urbana e rural, mesmo diante do tratamento específico que consta da Constituição Federal de 1988.

a) Todas estão corretas.

b) Apenas I e II estão corretas. c) Apenas I e III estão corretas. d) Apenas II e III estão corretas. e) Todas estão incorretas. Gabarito: B

I – CORRETA - Enunciado 497, CJF - O prazo, na ação de usucapião, pode ser completado no curso do processo, ressalvadas as hipóteses de má-fé processual do autor.

II - CORRETA – Enunciado 86, CJF - A expressão "justo título" contida nos arts. 1.242 e 1.260 do Código Civil abrange todo e qualquer ato jurídico hábil, em tese, a transferir a propriedade, independentemente de registro.

III – INCORRETA – Enunciado 317, CJF - A accessio possessionis, de que trata o art. 1.243, primeira parte, do Código Civil, não encontra aplicabilidade relativamente aos arts. 1.239 e 1.240 do mesmo diploma legal, em face da normatividade do usucapião constitucional urbano e rural, arts. 183 e 191, respectivamente.

13. As servidões podem tem origem em EXCETO; a) Negócio jurídico inter vivos ou mortis causa. b) Presunção legais.

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d) Destinação do proprietário. e) Sentença judicial

Gabarito: B

De forma didática, é possível afirmar que na servidão a concessão real diz respeito a uma espécie de tapete sobre a propriedade, o que é notado, principalmente, na servidão de passagem. Não se olvide que a servidão não se presume, podendo ter as seguintes origens:

Negócio jurídico inter vivos ou mortis causa – institui-se o direito real por contrato ou testamento, conforme já exposto, devidamente registrado no CRI.

Usucapião – prevê o caput do art. 1.379 do CC que o exercício incontestado e contínuo de uma servidão aparente, por dez anos, nos termos do art. 1.242, autoriza o interessado a registrá-la em seu nome no Registro de Imóveis, valendo-lhe como título a sentença que julgar consumado a usucapião (usucapião ordinária de servidão). Porém, nos termos do seu parágrafo único, se o possuidor não tiver título, o prazo da usucapião será de 20 anos (usucapião extraordinária de servidão). Como se pode notar, o CC/2002 consagra um prazo de 20 anos para a usucapião extraordinária de servidão, maior do que o prazo para usucapião extraordinária da propriedade (15 anos). Diante desse contrassenso legal, parte da doutrina entende pela aplicação do prazo máximo de 15 anos. Nesse sentido, contando com o apoio deste autor, o Enunciado n. 251 do CJF/STJ, da III Jornada de Direito Civil (2004): “O prazo máximo para o usucapião extraordinário de servidões deve ser de 15 anos, em conformidade com o sistema geral de usucapião previsto no Código Civil”. Pensamos que não só a servidão, mas também outros direitos reais de gozo ou fruição podem ser adquiridos por meio da usucapião administrativa, incluída pelo Novo CPC.

Destinação do proprietário – “o proprietário, em caráter permanente (perpetui usus causa), reserva determinada serventia, de prédio seu, em favor de outro. Se, futuramente, os dois imóveis passam a pertencer a proprietários diversos, a serventia vem a constituir servidão”.

Sentença judicial – não havendo acordo entre os proprietários, entendendo o juiz que o direito real deve persistir em ação confessória.

Tartuce, Flávio. Manual de direito civil: volume único / Flávio Tartuce. – 8. ed. rev, atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2018, p. 1066/1067. Destacamos.

14. Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.

I - Os efeitos da sentença que reduz, majora ou exonera o alimentante do pagamento retroagem à data da citação, vedadas a compensação e a repetibilidade.

II - Cabe embargos de terceiro para rediscutir sentença de exoneração de alimentos que não garante à ex-esposa o direito de acrescer

III - Em ação de alimentos, quando se trata de credor com plena capacidade processual, cabe exclusivamente a ele provocar a integração posterior no polo passivo

a) Todas estão corretas.

b) Apenas I e II estão corretas. c) Apenas I e III estão corretas. d) Apenas II e III estão corretas. e) Todas estão incorretas

Gabarito: C

I - CORRETA - Súmula 621-STJ: Os efeitos da sentença que reduz, majora ou exonera o alimentante do pagamento retroagem à data da citação, vedadas a compensação e a repetibilidade.

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II - INCORRETA - Os embargos de terceiro não são cabíveis para o fim de declarar, em sede de ação de exoneração de alimentos, a natureza familiar da prestação alimentícia, de forma a alterar a relação jurídica posta e discutida na demanda principal. Ex: João e Maria, ao se divorciarem, firmaram um acordo por meio do qual João iria pagar 30% de seu salário, a título de alimentos, para Maria e o filho do casal (Vitor). Quando Vitor completou a maioridade, João propôs ação de exoneração de alimentos contra ele. O juiz deferiu o pedido e determinou que os descontos fossem reduzidos pela metade (15%), já que Vitor não seria mais credor de alimentos. Maria opôs embargos de terceiro contra essa decisão, tendo o STJ considerado um instrumento jurídico inadequado. STJ. 4ª Turma. REsp 1560093-SP, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 18/09/2018 (Info 634).

III – CORRETA - O Código Civil prevê o seguinte: Art. 1.698. Se o parente, que deve alimentos em primeiro lugar, não estiver em condições de suportar totalmente o encargo, serão chamados a concorrer os de grau imediato; sendo várias as pessoas obrigadas a prestar alimentos, todas devem concorrer na proporção dos respectivos recursos, e, intentada ação contra uma delas, poderão as demais ser chamadas a integrar a lide. Neste julgado, o STJ entendeu que este artigo possui natureza jurídica de “litisconsórcio facultativo ulterior simples”. Trata-se, contudo, de litisconsórcio com uma particularidade: em regra, a sua formação pode ocorrer não apenas por iniciativa do autor, mas também por provocação do réu ou do Ministério Público. Vale ressaltar, contudo, uma exceção: se o credor dos alimentos (autor da ação) for menor emancipado, possuir capacidade processual plena e optar livremente por ajuizar a demanda somente em face do genitor, não pode o réu provocar o chamamento ao processo da genitora do autor (codevedora). Em ação de alimentos, quando se trata de credor com plena capacidade processual, cabe exclusivamente a ele provocar a integração posterior no polo passivo. STJ. 3ª Turma. REsp 1.715.438-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 13/11/2018 (Info 638).

CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>

15. Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.

I - É possível a penhora de bem de família de condômino, na proporção de sua fração ideal, se inexistente patrimônio próprio do condomínio para responder por dívida oriunda de danos a terceiros.

II - A ação de cobrança de débitos condominiais não pode ser proposta contra o arrendatário do imóvel.

III - Na vigência do Código Civil de 2002, é quinquenal o prazo prescricional para que o condomínio geral ou edilício exercite a pretensão de cobrança de taxa condominial ordinária ou extraordinária.

a) Todas estão corretas.

b) Apenas I e II estão corretas. c) Apenas I e III estão corretas. d) Apenas II e III estão corretas. e) Todas estão incorretas. Gabarito: C

I – CORRETA - É possível a penhora de bem de família de condômino, na proporção de sua fração ideal, se inexistente patrimônio próprio do condomínio para responder por dívida oriunda de danos a terceiros. Ex: um pedestre foi ferido por conta de um pedaço da fachada que nele caiu. Essa vítima terá que propor a ação contra o condomínio. Se o condomínio não tiver patrimônio próprio

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para satisfazer o débito, os condôminos podem ser chamados a responder pela dívida, na proporção de sua fração ideal. Mesmo que um condômino tenha comprado um apartamento neste prédio depois do fato, ele ainda assim poderá ser obrigado a pagar porque as despesas de condomínio são obrigações propter rem. O juiz poderá determinar a penhora dos apartamentos para pagamento da dívida mesmo que se trate de bem de família, considerando que as dívidas decorrentes de despesas condominiais são consideradas como exceção à impenhorabilidade do bem de família, nos termos do art. 3º, IV, da Lei nº 8.009/90. STJ. 4ª Turma. REsp 1473484-RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 21/06/2018 (Info 631).

II – INCORRETA - A ação de cobrança de débitos condominiais pode ser proposta contra o arrendatário do imóvel. STJ. 3ª Turma. REsp 1.704.498-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 17/04/2018 (Info 624).

III – CORRETA - Na vigência do Código Civil de 2002, é quinquenal o prazo prescricional para que o condomínio geral ou edilício (vertical ou horizontal) exercite a pretensão de cobrança de taxa condominial ordinária ou extraordinária, constante em instrumento público ou particular, a contar do dia seguinte ao vencimento da prestação. STJ. 2ª Seção. REsp 1483930-DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 23/11/2016 (recurso repetitivo) (Info 596).

CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>.

DIREITO PROCESSUAL CIVIL 16. Marque a assertiva INCORRETA:

a) O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, não havendo exceções previstas em lei.

b) As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.

c) É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório.

d) O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.

e) A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial.

Gabarito: A

a) INCORRETA art. 2º, NCPC - O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.

b) Art. 4º, NCPC - As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa.

c) Art. 7o É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório.

d) Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.

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e) ART, 3º, § 3º - A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial.

17. A respeito da jurisdição e da ação, marque a assertiva INCORRETA.

a) Jurisdição civil será regida pelas normas processuais brasileiras, ressalvadas as disposições específicas previstas em tratados, convenções ou acordos internacionais de que o Brasil seja parte. b) A norma processual retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada.

c) Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições do Código de Processo Civil lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente. d) Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico. Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir como assistente litisconsorcial.

e) A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil. Gabarito: B

a) Art. 13, NCPC.

b) INCORRETA Art. 14, NCPC - A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada.

c) Art. 15, NCPC. d) Art. 18, NCPC. e) Art. 24, NCPC.

18. A respeito da intervenção do Ministério Público marque a alternativa CORRETA. a) O Ministério Público será intimado para, no prazo de 15 (quinze) dias, intervir como fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos que envolvam interesse público ou social, interesse de incapaz e - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.

b) Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público terá vista dos autos antes das partes, sendo intimado de todos os atos do processo e poderá produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer.

c) A participação da Fazenda Pública nos processos configura, por si só, hipótese de intervenção do Ministério Público.

d) Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá início a partir de sua intimação pessoal.

e) Aplica o benefício da contagem em dobro mesmo quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o Ministério Público.

Gabarito: D

a) Art. 178, NCPC O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos que envolvam:

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II - interesse de incapaz;

III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.

b) Art. 179, NCPC Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público: I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo;

II - poderá produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer.

c) Art. 178, parágrafo único, NCPC - A participação da Fazenda Pública não configura, por si só, hipótese de intervenção do Ministério Público.

d) CORRETA - art. 180

e) Art 180, § 2o Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o Ministério Público.

19. Analise as proposições a seguir e marque a assertiva CORRETA.

I - Os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a parte adversa, como litigantes distintos, exceto no litisconsórcio unitário, caso em que os atos e as omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão beneficiar.

II - O litisconsórcio será necessário quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes.

III - O litisconsórcio será unitário por disposição de lei ou quando, pela natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes. IV - O juiz não pode ordenar a inclusão de litisconsorte necessário no processo, visto que uma das características da jurisdição é a inércia.

a) Todas estão corretas.

b) Apenas I e IV estão corretas. c) Apenas II e III estão corretas. d) Apenas II e IV estão corretas. e) Apenas III e IV estão corretas. Gabarito: B

I – CORRETA - Art. 117, CPC

II – INCORRETA - Art. 116. O litisconsórcio será unitário quando, pela natureza da relação jurídica, o juiz tiver de decidir o mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes.

III – INCORRETA - Art. 114. O litisconsórcio será necessário por disposição de lei ou quando, pela natureza da relação jurídica controvertida, a eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser litisconsortes.

IV – CORRETA.

20. Ainda sobre a liquidação de sentença assinale a alternativa CORRETA

a) Na liquidação por arbitramento, o juiz intimará as partes para a apresentação de pareceres ou documentos elucidativos, no prazo de 15 (quinze) dias.

b) Na liquidação por arbitramento, caso não possa decidir de plano, nomeará perito, observando-se, no que couber, o procedimento comum.

c) Na liquidação pelo procedimento comum, o juiz determinará a intimação do requerido, para, querendo, apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias.

d) Na liquidação pelo procedimento comum, o requerido será intimado pessoalmente.

e) Em qualquer caso, a liquidação não poderá ser realizada na pendência de recurso que possua efeito suspensivo.

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a) e b) Art. 510. Na liquidação por arbitramento, o juiz intimará as partes para a apresentação de pareceres ou documentos elucidativos, no prazo que fixar, e, caso não possa decidir de plano, nomeará perito, observando-se, no que couber, o procedimento da prova pericial.

c) e d) Na liquidação pelo procedimento comum, o juiz determinará a intimação do requerido, na pessoa de seu advogado ou da sociedade de advogados a que estiver vinculado, para, querendo, apresentar contestação no prazo de 15 (quinze) dias, observando-se, a seguir, no que couber, o disposto no Livro I da Parte Especial deste Código.

e) Art. 512. A liquidação poderá ser realizada na pendência de recurso, processando-se em autos apartados no juízo de origem, cumprindo ao liquidante instruir o pedido com cópias das peças processuais pertinentes.

21. Sobre a tutela de urgência marque a assertiva CORRETA.

a) A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, devendo o juiz exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer.

b) A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia, mesmo quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

c) A responsabilidade da parte que requerer a tutela de urgência é objetiva e independe da reparação por dano processual causado a parte adversa.

d) O Novo Código de Processo Civil não prevê mais o poder geral de cautela do juiz.

e) A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito, desde que requerida pela parte.

Gabarito: C

a) Art. 300, CPC. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.

b) ART. 300 § 2º, CPC A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.

§ 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

c) CORRETA.

d) De acordo com a doutrina, o artigo 301, NCPC traz o poder geral de cautela do juiz.

e) O artigo 301, NCPC não exige requerimento da parte sendo entendido pela doutrina como a previsão do poder geral de cautela do juiz.

Art. 301, CPC A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito.

22. Analise as proposições a seguir e marque a assertiva CORRETA.

I - O autor poderá até a citação aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, mas após a citação não poderá desistir da ação sem o consentimento do réu.

II - Até o saneamento do processo, o autor pode aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, assim como desistir da ação, com consentimento do réu.

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III - Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir.

IV - A desistência da ação pode ser apresentada mesmo após a sentença. a) Todas estão corretas.

b) Apenas I e III estão corretas. c) Apenas II e III estão corretas. d) Apenas III e IV estão corretas. e) Apenas I e IV estão corretas. Gabarito: C

Art. 329. O autor poderá:

I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu;

II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar.

Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo à reconvenção e à respectiva causa de pedir. Art. 485, § 4o Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação.

§ 5o A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença.

I – INCORRETA – O autor poderá até a citação aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, mas após a CONTESTAÇÃO não poderá desistir da ação sem o consentimento do réu. – Art. 329, I e 485, §4º.

II – CORRETA - Até o saneamento do processo, o autor pode aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, assim como desistir da ação, com consentimento do réu. – Art. 329, II.

Com relação à desistência da ação, observa-se que ela é permitida após a contestação, com o consentimento do réu (artigo 485, §4º), sendo o saneamento ato posterior à contestação.

III – CORRETA - Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir. – Art. 329, I – observe que se após a citação a alteração do pedido e da causa de pedir depende do consentimento do réu, mesmo raciocínio se utiliza para a alteração do pedido e da causa de pedir após a contestação.

IV – INCORRETA – art. 485. § 5o A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença. 23. Haverá resolução de mérito EXCETO quando o juiz:

a) homologar o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção. b) acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção.

c) decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição. d) homologar a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção.

e) homologar a desistência da ação. Gabarito: E

Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz:

I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção;

II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição; III - homologar:

a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção; b) a transação;

(16)

24. Analise as assertivas a seguir e assinale a alternativa CORRETA.

I - O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais, mas o julgamento favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção pessoal que o devedor tenha direito de invocar em relação a qualquer deles.

II - O disposto no art. 506 do CPC não permite que se incluam, dentre os beneficiados pela coisa julgada, litigantes de outras demandas em que se discuta a mesma tese jurídica.

III - A análise de questão prejudicial incidental, desde que preencha os pressupostos dos parágrafos do art. 503, está sujeita à coisa julgada, mas depende de provocação específica para o seu reconhecimento.

a) Todas estão corretas. b) Apenas I está incorreta. c) Apenas II está incorreta. d) Apenas III está incorreta. e) Todas estão incorretas. Gabarito: D

I - Art. 274, CPC. II - Enunciado 36, CJF.

III – INCORRETA - Enunciado 165, FPPC - A análise de questão prejudicial incidental, desde que preencha os pressupostos dos parágrafos do art. 503, está sujeita à coisa julgada, independentemente de provocação específica para o seu reconhecimento.

25. Assinale a alternativa INCORRETA

a) O despacho que ordena a citação na execução, salvo se por juízo incompetente, interrompe a prescrição, a qual retroagirá à data da propositura da ação.

b) Realiza-se a execução no interesse do exequente que adquire, pela penhora, o direito de preferência sobre os bens penhorados.

c) É nula a execução se o título executivo extrajudicial não corresponder a obrigação certa, líquida e exigível, se o executado não for regularmente citado ou se for instaurada antes de se verificar a condição ou de ocorrer o termo.

d) Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado.

e) Nas obrigações alternativas, quando a escolha couber ao devedor, esse será citado para exercer a opção e realizar a prestação dentro de 10 (dez) dias, se outro prazo não lhe foi determinado em lei ou em contrato.

Gabarito: A

a) Art. 802, CPC. Na execução, o despacho que ordena a citação, desde que realizada em observância ao disposto no § 2o do art. 240, interrompe a prescrição, ainda que proferido por juízo incompetente.

Parágrafo único. A interrupção da prescrição retroagirá à data de propositura da ação. b) Art. 797, CPC.

c) Art. 803, CPC. d) Art. 805, CPC. e) Art. 800, CPC.

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I - A interposição descabida e desmedida de sucessivos recursos configura abuso do direito de recorrer, autorizando a certificação do trânsito em julgado e a baixa imediata dos autos.

II - A decisão que admite o recurso é atingida pela preclusão, de modo que o Relator não poderá indeferir liminarmente ou negar provimento em decisão monocrática mesmo se constatar irregularidade no recurso que impeça seu processamento.

III - É possível o requerimento de antecipação dos efeitos da tutela em sede de sustentação oral. a) Todas estão corretas

b) Apenas I e II estão corretas. c) Apenas I e III estão corretas. d) Apenas II e III estão corretas. e) Todas estão incorretas. Gabarito: C

I - CORRETA - A interposição descabida e desmedida de sucessivos recursos configura abuso do direito de recorrer, autorizando a certificação do trânsito em julgado e a baixa imediata dos autos. A interposição de sucessivos recursos com finalidade meramente protelatória autoriza o imediato cumprimento da decisão. STJ. Corte Especial. EDcl no AgRg nos EDcl no RE nos EDcl no AgRg no AREsp 828.342/PR, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 30/06/2017.

II – INCORRETA - A decisão que admite o recurso não é atingida pela preclusão, de modo que o Relator poderá indeferir liminarmente ou negar provimento em decisão monocrática se constatar irregularidade no recurso que impeça seu processamento, inexistindo preclusão pro judicato. Assim, por exemplo, a decisão que admite o processamento dos embargos de divergência não impede o Relator de, no momento da prolação da decisão definitiva, proceder a um novo exame sobre os requisitos de admissibilidade do recurso. STJ. Corte Especial. AgInt nos EREsp 1436903/DF, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 07/06/2017. STJ. Corte Especial. AgInt nos EREsp 1446201/SP, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 17/08/2016.

III – CORRETA- É possível o requerimento de antecipação dos efeitos da tutela em sede de sustentação oral. STJ. 4ª Turma.REsp 1332766-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 1/6/2017 (Info 608).

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27. Assinale a alternativa CORRETA

a) Não é admissível a interposição de agravo de instrumento contra decisão que não concede efeito suspensivo aos embargos à execução.

b) Não cabe de agravo de instrumento contra decisão relacionada à definição de competência. c) As peças que devem formar o instrumento do agravo podem ser apresentadas em mídia digital. d) Não se admite a aplicação da teoria da causa madura em julgamento de agravo de instrumento. e) Quando manifestamente inadmissível ou improcedente o agravo, o tribunal condenará o agravante a pagar ao agravado multa de 1% a 5% do valor atualizado da causa, não sendo aplicada a multa para o beneficiário da justiça.

Gabarito: C

a) É admissível a interposição de agravo de instrumento contra decisão que não concede efeito suspensivo aos embargos à execução. As hipóteses em que cabe agravo de instrumento estão previstas art. 1.015 do CPC/2015, que traz um rol taxativo. Apesar de ser um rol exaustivo, é possível que as hipóteses trazidas nos incisos desse artigo sejam lidas de forma ampla, com base em uma interpretação extensiva. Assim, é cabível agravo de instrumento contra decisão que não

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concede efeito suspensivo aos embargos à execução com base em uma interpretação extensiva do inciso X do art. 1.015: Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução; STJ. 2ª Turma.REsp 1694667-PR, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 05/12/2017 (Info 617).

b) É cabível a interposição de agravo de instrumento contra decisão relacionada à definição de competência, a despeito de não previsto expressamente no rol do art. 1.015 do CPC/2015. Apesar de não previsto expressamente no rol do art. 1.015 do CPC/2015, a decisão interlocutória que acolhe ou rejeita a alegação de incompetência desafia recurso de agravo de instrumento, por uma interpretação analógica ou extensiva da norma contida no inciso III do art. 1.015 do CPC/2015, já que ambas possuem a mesma ratio-, qual seja, afastar o juízo incompetente para a causa,

permitindo que o juízo natural e adequado julgue a demanda. STJ. 4ª Turma.REsp 1679909-RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, por unanimidade, julgado em 14/11/2017, DJe 01/02/2018 c) As peças que devem formar o instrumento do agravo podem ser apresentadas em mídia digital (DVD). STJ. 2ª Turma. REsp 1608298-SP, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 1/9/2016 (Info 591).

d) Admite-se a aplicação da teoria da causa madura (art. 515, § 3º, do CPC/1973 / art. 1.013, § 3º do CPC/2015) em julgamento de agravo de instrumento. Ex: o MP ingressou com ação de improbidade contra João, Paulo e Pedro pedindo a indisponibilidade dos bens dos requeridos. O juiz deferiu a medida em relação a todos eles, no entanto, na decisão não houve fundamentação quanto à autoria de Pedro. Diante disso, ele interpôs agravo de instrumento. O Tribunal, analisando o agravo, entendeu que a decisão realmente é nula quanto a Pedro por ausência de fundamentação. No entanto, em vez de mandar o juiz exarar nova decisão, o Tribunal decidiu desde logo o mérito do pedido e deferiu a medida cautelar de indisponibilidade dos bens de Pedro, apontando os argumentos pelos quais este requerido também praticou, em tese, ato de improbidade. STJ. Corte Especial. REsp 1215368-ES, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 1/6/2016 (Info 590). e) O § 2º do art. 557 do CPC 1973 (§ 4º do art. 1.021 do CPC 2015) prevê que, quando manifestamente inadmissível ou improcedente o agravo, o tribunal condenará o agravante a pagar ao agravado multa de • 1% a 10% do valor corrigido da causa (CPC 1973) • 1% a 5% do valor atualizado da causa (CPC 2015). Essa multa é aplicada também para o beneficiário da justiça gratuita? SIM. No entanto, há uma diferença de tratamento no caso: • CPC 1973: a parte beneficiária da justiça gratuita não está isenta do pagamento da multa do art. 557, § 2º do CPC 1973. Porém, o recolhimento da multa ficará suspenso por 5 anos para ver se a parte conseguirá melhorar sua condição econômica e auferir recursos para pagar a sanção, conforme prevê o art. 12 da Lei nº 1.060/50. Nesse sentido, decidiu o STF, 1ª Turma. RE 775685 AgR-ED/BA, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 17/11/2015 (Info 808). Na prática, ela quase nunca irá pagar. • CPC 2015: o novo CPC prevê no art. 98, § 4º que a concessão de gratuidade não afasta o dever de o beneficiário pagar, ao final, as multas processuais que lhe sejam impostas. STF. 1ª Turma. RE 775685 AgR-ED/BA, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 17/11/2015 (Info 808).

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28. Marque a alternativa INCORRETA acerca da ação rescisória. a) A ação rescisória pode ter por objeto apenas um capítulo da decisão.

b) Têm legitimidade para propor a ação rescisória quem foi parte no processo ou o seu sucessor a título universal ou singular.

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c) A petição inicial será elaborada com observância dos requisitos essenciais do art. 319, devendo o autor cumular ao pedido de rescisão, se for o caso, o de novo julgamento do processo e depositar a importância de cinco por cento sobre o valor da causa, que se converterá em multa caso a ação seja declarada inadmissível ou improcedente.

d) Quando a decisão rescindenda é o efeito de simulação ou de colusão das partes, a fim de fraudar a lei o Ministério Público terá legitimidade para propor a ação rescisória.

e) O relator ordenará a citação do réu, designando-lhe prazo nunca inferior a 15 (quinze) dias nem superior a 30 (trinta) dias para, querendo, apresentar resposta, ao fim do qual, com ou sem contestação, observar-se-á, no que couber, o procedimento comum.

Gabarito: C

a) Art. 966, § 3o A ação rescisória pode ter por objeto apenas 1 (um) capítulo da decisão. b) e d) Art. 967. Têm legitimidade para propor a ação rescisória:

I - quem foi parte no processo ou o seu sucessor a título universal ou singular; II - o terceiro juridicamente interessado;

III - o Ministério Público:

a) se não foi ouvido no processo em que lhe era obrigatória a intervenção;

b) quando a decisão rescindenda é o efeito de simulação ou de colusão das partes, a fim de fraudar a lei;

c) em outros casos em que se imponha sua atuação;

IV - aquele que não foi ouvido no processo em que lhe era obrigatória a intervenção.

c) Incorreta. Art. 968. A petição inicial será elaborada com observância dos requisitos essenciais do art. 319, devendo o autor:

I - cumular ao pedido de rescisão, se for o caso, o de novo julgamento do processo;

II - depositar a importância de cinco por cento sobre o valor da causa, que se converterá em multa caso a ação seja, por unanimidade de votos, declarada inadmissível ou improcedente.

e) Art. 970. O relator ordenará a citação do réu, designando-lhe prazo nunca inferior a 15 (quinze) dias nem superior a 30 (trinta) dias para, querendo, apresentar resposta, ao fim do qual, com ou sem contestação, observar-se-á, no que couber, o procedimento comum.

29. No que tange à Invalidade dos Atos Processuais, assinale a assertiva INCORRETA. a) Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.

b) Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.

c) A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão. Não se aplica o disposto às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão provando a parte legítimo impedimento.

d) É nulo o processo quando o membro do Ministério Público não for intimado a acompanhar o feito em que deva intervir.

e) Se o processo tiver tramitado sem conhecimento do membro do Ministério Público, o juiz invalidará todos os atos praticados.

Gabarito: E

a) Correta. NCPC, art. 277. Trata-se do princípio da instrumentalidade das formas.

b) Correta. NCPC, art. 188. Trata-se, também, da previsão do princípio da instrumentalidade das formas no campo processual civil.

(20)

c) Correta. NCPC, art. 278, caput e parágrafo único. d) Correta. NCPC, art. 278.

e) Incorreta. NCPC, art. 278, §1º: Se o processo tiver tramitado sem conhecimento do membro do Ministério Público, o juiz invalidará os atos praticados a partir do momento em que ele deveria ter sido intimado.

30. Assinale a alternativa correta quanto aos efeitos da revelia no Processo Civil.

I – A revelia não produz seu efeito material de presunção de veracidade das alegações de fato formuladas pelo autor se a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato.

II – Ao réu revel não será lícita a produção de provas no processo.

III – A revelia resultará em julgamento antecipado do mérito nos casos em que se tenha produzido o seu efeito material.

a) I, II e III estão corretas. b) Apenas a II é correta. c) Apenas I e III são corretas. d) Apenas a III é correta. e) Apenas a I é correta. Gabarito: C

I – Correta. CPC, art. Art. 345, III.

II – Incorreta. CPC, art. 349. Ao réu revel será lícita a produção de provas, contrapostas às alegações do autor, desde que se faça representar nos autos a tempo de praticar os atos processuais indispensáveis a essa produção.

III – Correta. CPC, art. 355: O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando: (...) II- o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de prova, na forma do art. 349. Obs.: A revelia pode produzir, além do efeito material, dois efeitos processuais, quais sejam, o julgamento antecipado do mérito (art. 355, II) e aquele previsto no at. 346 do CPC (Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos autos fluirão da data de publicação do ato decisório no órgão oficial), este último alcançando, apenas, aqueles casos em que o revel não tenha advogado constituído nos autos. O julgamento antecipado do mérito somente se produz nos casos em que se tenha também produzido o efeito material da revelia. É que, nos casos em que a revelia não resultar na presunção de veracidade das alegações de fato formuladas pelo autor, não será possível se julgar dede logo o mérito da causa, haja vista que sobre o autor recairá o ônus da prova.

DIREITO DO CONSUMIDOR 31. Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.

I – O art. 54, § 3º do CDC prevê que, nos contratos de adesão, o tamanho da fonte não pode ser inferior a 12. Essa regra do art. 54, § 3º se aplica para ofertas publicitárias. Assim, as letras que aparecem no comercial de TV ou em um encarte publicitário precisam ter, no mínimo, tamanho 12.

II – O Código de Defesa do Consumidor não é aplicável à relação jurídica entre participantes ou assistidos de plano de benefício e entidade de previdência complementar fechada, mesmo em situações que não sejam regulamentadas pela legislação especial.

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III – O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às entidades abertas de previdência complementar, não incidindo nos contratos previdenciários celebrados com entidades fechadas. a) Todas estão corretas.

b) Apenas I e II estão corretas. c) Apenas I e III estão corretas. d) Apenas II e III estão corretas. e) Todas estão incorretas

Gabarito: D

I – INCORRETA - O art. 54, § 3º do CDC prevê que, nos contratos de adesão, o tamanho da fonte não pode ser inferior a 12. Essa regra do art. 54, § 3º NÃO se aplica para ofertas publicitárias. Assim, as letras que aparecem no comercial de TV ou em um encarte publicitário não precisam ter, no mínimo, tamanho 12. STJ. 3ª Turma. REsp 1602678-RJ, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 23/5/2017 (Info 605).

II – CORRETA - O Código de Defesa do Consumidor não é aplicável à relação jurídica entre participantes ou assistidos de plano de benefício e entidade de previdência complementar fechada, mesmo em situações que não sejam regulamentadas pela legislação especial. STJ. 2ª Seção. REsp 1536786-MG, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 26/8/2015 (Info 571). Vide súmula 563 do STJ.

III – CORRETA - Súmula 563-STJ: O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às entidades abertas de previdência complementar, não incidindo nos contratos previdenciários celebrados com entidades fechadas.

CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>

32. Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.

I – Não se aplica o Código de Defesa do Consumidor ao contrato de transporte de mercadorias vinculado a contrato de compra e venda de insumos.

II – Aplica-se o CDC ao condomínio de adquirentes de edifício em construção, nas hipóteses em que atua na defesa dos interesses dos seus condôminos frente a construtora ou incorporadora. III – Entende-se que se aplica o CDC à relação entre o franqueador e o franqueado, mesmo sendo o contrato de franquia um contrato empresarial.

a) Todas estão corretas.

b) Apenas I e II estão corretas. c) Apenas I e III estão corretas. d) Apenas II e III estão corretas. e) Todas estão incorretas

Gabarito: B

I – CORRETA - Não se aplica o Código de Defesa do Consumidor - CDC ao contrato de transporte de mercadorias vinculado a contrato de compra e venda de insumos. STJ. 3ª Turma. REsp 1442674-PR, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 7/3/2017 (Info 600).

II – CORRETA - Aplica-se o CDC ao condomínio de adquirentes de edifício em construção, nas hipóteses em que atua na defesa dos interesses dos seus condôminos frente a construtora ou incorporadora. STJ. 3ª Turma. REsp 1560728-MG, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 18/10/2016 (Info 592).

III – INCORRETA - A franquia é um contrato empresarial e, em razão de sua natureza, não está sujeito às regras protetivas previstas no CDC. A relação entre o franqueador e o franqueado não é

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uma relação de consumo, mas sim de fomento econômico com o objetivo de estimular as atividades empresariais do franqueado. O franqueado não é consumidor de produtos ou serviços da franqueadora, mas sim a pessoa que os comercializa junto a terceiros, estes sim, os destinatários finais. STJ. 3ª Turma. REsp 1602076-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 15/9/2016 (Info 591). CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>

33. Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.

I – O roubo ou furto praticado contra instituição financeira e que atinge o cofre locado ao cliente constitui risco assumido pelo banco, sendo algo próprio da atividade empresarial, configurando, assim, hipótese de fortuito interno, que não exclui o dever de indenizar.

II – Não há como responsabilizar a instituição financeira na hipótese em que o assalto tenha ocorrido fora das dependências da agência bancária, em via pública, sem que tenha havido qualquer falha na segurança interna da agência bancária que propiciasse a atuação dos criminosos após a efetivação do saque, tendo em vista a inexistência de vício na prestação de serviços por parte da instituição financeira.

III – Constitui causa excludente da responsabilidade da empresa transportadora o fato inteiramente estranho ao transporte em si, como é o assalto ocorrido no interior do coletivo.

a) Todas estão corretas.

b) Apenas I e II estão corretas. c) Apenas I e III estão corretas. d) Apenas II e III estão corretas. e) Todas estão incorretas

Gabarito: A

I – CORRETA - O roubo ou furto praticado contra instituição financeira e que atinge o cofre locado ao cliente constitui risco assumido pelo banco, sendo algo próprio da atividade empresarial, configurando, assim, hipótese de fortuito interno, que não exclui o dever de indenizar. STJ. 4ª Turma. REsp 1250997/SP, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 05/02/2013.

II – CORRETA - Banco não responde. Se o roubo ocorre em via pública, é do Estado (e não do banco) o dever de garantir a segurança dos cidadãos e de evitar a atuação dos criminosos. STJ. 3ª Turma. REsp 1284962/MG, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 11/12/2012.

III – CORRETA - Constitui causa excludente da responsabilidade da empresa transportadora o fato inteiramente estranho ao transporte em si, como é o assalto ocorrido no interior do coletivo. STJ. 3ª Turma. AgRg no Ag 1389181/SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 26/06/2012. CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>.

34. Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.

I – Ausente a ingestão do produto considerado impróprio para o consumo em virtude da presença de corpo estranho, não se configura o dano moral indenizável.

II – A aquisição de produto de gênero alimentício contendo em seu interior corpo estranho, expondo o consumidor à risco concreto de lesão à sua saúde e segurança, ainda que não ocorra a ingestão de seu conteúdo, dá direito à compensação por dano moral, dada a ofensa ao direito fundamental à alimentação adequada, corolário do princípio da dignidade da pessoa humana. III – O saque indevido de numerário em conta-corrente, reconhecido e devolvido pela instituição financeira dias após a prática do ilícito, configura, por si só, dano moral in re ipsa.

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