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Analise as assertivas abaixo

No documento SIMULADO III TJMS BLOCO I DIREITO CIVIL (páginas 63-66)

DIREITO ADMNISTRATIVO

89. Analise as assertivas abaixo

I - É o poder de expedir normas gerais e abstratas, dentro dos limites das leis. Os atos administrativos regulamentares só podem ser expedidos segundo a lei, não podendo ser contrário à lei e nem inovar na ordem jurídica.

II - É um instrumento concedido à administração para que essa administração possa distribuir e escalonar, ordenar e rever a atuação dos seus agentes. Não depende de uma prévia existência legal, presumindo-se da própria estrutura verticalizada da administração e é exercido dentro do âmbito interno de órgãos integrantes de uma mesma entidade.

III - É o instrumento que visa apurar infrações cometidas e aplicar penalidades cabíveis aos servidores ou demais pessoas submetidas ou vinculadas à administração. Esse poder não é

exclusivamente interno, pois também pode ser aplicado em relação às pessoas jurídicas externas, como as concessionárias de serviço público.

Tratam-se respectivamente dos poderes: a) Regulamentar; Disciplinar; de Polícia. b) Hierárquico; Disciplinar; de Polícia. c) Regulamentar; Hierárquico; Disciplinar. d) Regulamentar; Hierárquico; de Polícia. e) Hierárquico; Disciplinar; Regulamentar. Gabarito: C

I - Poder regulamentar (poder normativo) - É o poder de expedir normas gerais e abstratas, dentro dos limites das leis. Os atos administrativos regulamentares só podem ser expedidos segundo a lei, não podendo ser contrário à lei e nem inovar na ordem jurídica.

O regulamento é o ato normativo por excelência. Esse regulamento é formalizado por decreto. Os regulamentos ou decretos são privativos do Chefe do Poder Executivo. Outras autoridades administrativas poderão expedir outros atos, como resoluções, instruções normativas, etc., mas decreto não! Por essa razão, parte da doutrina começa a dizer que o poder regulamentar seria do chefe do poder executivo, motivo pelo qual este poder seria espécie do gênero poder normativo. II - O poder hierárquico é um instrumento concedido à administração para que essa administração possa distribuir e escalonar, ordenar e rever a atuação dos seus agentes. Há uma relação de subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal, já que há o escalonamento. O poder hierárquico não depende de uma prévia existência legal, presumindo-se da própria estrutura verticalizada da administração. O poder hierárquico é exercido dentro do âmbito interno de órgãos integrantes de uma mesma entidade. Por essa razão, não se fala em hierarquia quando se está diante de duas entidades distintas. Há hierarquia entre o presidente da república e o ministro da defesa, mas não há entre o ministro da defesa e o presidente do INSS, pois é outra entidade, dotada de personalidade jurídica. O controle da autarquia é finalístico, por meio de supervisão, também denominado de tutela. No entanto, não há hierarquia.

III - Poder disciplinar é o instrumento que visa apurar infrações cometidas e aplicar penalidades cabíveis aos servidores (vínculo hierárquico) ou demais pessoas submetidas ou vinculadas à administração (vínculo contratual). Esse poder não é exclusivamente interno, pois também pode ser aplicado em relação às pessoas jurídicas externas, como as concessionárias de serviço público. Percebe-se que servidores e pessoas submetidas à administração que irão se submeter ao poder disciplinar da administração.

O que marca o fim do poder hierárquico e o início do poder disciplinar é a abertura do processo administrativo para apurar a responsabilidade pela prática de uma irregularidade administrativa. O poder hierárquico permite dar ordem e fiscalizar a ordem dada. Se for percebido que a ordem dada não foi cumprida, há necessidade de ser instaurado um processo administrativo para verificar essa irregularidade. Neste momento, encerra-se o poder hierárquico e inicia o poder disciplinar. (Material Completo – Cpiuris- Direito Administrativo, p. 77/80)

90. Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.

I - Em regra, o inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário.

II - Concessionária de rodovia pode cobrar de concessionária de energia elétrica pelo uso de faixa de domínio de rodovia para a instalação de postes e passagem de cabos aéreos efetivada com o

intuito de ampliar a rede de energia, na hipótese em que o contrato de concessão da rodovia preveja a possibilidade de obtenção de receita alternativa decorrente de atividades vinculadas à exploração de faixas marginais.

III - A empresa não possui garantia da manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato de permissão de serviço de transporte público se o ajuste foi celebrado sem que tenha havido prévia licitação.

a) Todas estão corretas.

b) Apenas I e II estão corretas. c) Apenas I e III estão corretas. d) Apenas II e III estão corretas. e) Todas estão incorretas

Gabarito: A

I – CORRETA - O inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93. Obs: a tese acima foi a fixada pelo STF. No entanto, penso que é importante um esclarecimento revelado durante os debates: é possível sim, excepcionalmente, que a Administração Pública responda pelas dívidas trabalhistas contraídas pela empresa contratada e que não foram pagas, desde que o ex-empregado reclamante comprove, com elementos concretos de prova, que houve efetiva falha do Poder Público na fiscalização do contrato. STF. Plenário. RE 760931/DF, rel. orig. Min. Rosa Weber, red. p/ o ac. Min. Luiz Fux, julgado em 26/4/2017 (repercussão geral) (Info 862).

II – CORRETA - Concessionária de rodovia pode cobrar de concessionária de energia elétrica pelo uso de faixa de domínio de rodovia para a instalação de postes e passagem de cabos aéreos efetivada com o intuito de ampliar a rede de energia, na hipótese em que o contrato de concessão da rodovia preveja a possibilidade de obtenção de receita alternativa decorrente de atividades vinculadas à exploração de faixas marginais. STJ. 1ª Seção. EREsp 985695-RJ, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 26/11/2014 (Info 554).

III – CORRETA - A empresa não possui garantia da manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato de permissão de serviço de transporte público se o ajuste foi celebrado sem que tenha havido prévia licitação. STJ. 2ª Turma. REsp 1352497-DF, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 4/2/2014 (Info 535).

CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>

91. Assinale a alternativa INCORRETA.

a) É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido.

b) Considera-se provimento originário aquele em que o preenchimento do cargo dá início a uma relação estatutária nova, porque o titular não pertencia ao serviço público anteriormente.

c) O provimento derivado é aquele em que o cargo é preenchido por alguém que já tenha vínculo anterior com outro cargo, sujeito ao mesmo estatuto.

d) Nomeação é o ato administrativo que materializa o provimento originário e, em se tratando de cargo vitalício ou efetivo, a nomeação deve ser precedida de aprovação prévia em concurso público, mas se se tratar de cargo em comissão, é dispensável o concurso.

e) Ascensão é a forma de progressão pela qual o servidor é elevado de cargo situado na classe mais elevada de uma carreira para cargo da classe inicial de carreira diversa ou de carreira tida como complementar da anterior.

Gabarito: B

a) Súmula vinculante 43-STF: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido.

b) e c) Há dois tipos de provimento, de acordo com a situação do indivíduo que vai ocupar o cargo. De um lado, temos o provimento originário, aquele em que o preenchimento do cargo dá início a uma relação estatutária nova, seja porque o titular não pertencia ao serviço público anteriormente, seja porque pertencia a quadro funcional regido por estatuto diverso do que rege o cargo agora provido. Exemplo: é provimento originário aquele em que o servidor, vindo de empresa da iniciativa privada, é nomeado para cargo público após aprovação em concurso. Também é provimento originário a hipótese em que um detetive, sujeito a estatuto dos policiais, é nomeado, após concurso, para o cargo de Defensor Público, sujeito a estatuto diverso.

De outro lado, há também o provimento derivado, aquele em que o cargo é preenchido por alguém que já tenha vínculo anterior com outro cargo, sujeito ao mesmo estatuto. Se, por exemplo, o servidor é titular do cargo de Assistente nível A e, por promoção, passa a ocupar o cargo de Assistente nível B, o provimento é derivado.

d) e e) Várias são as formas de provimento, todas dependentes de um ato administrativo de formalização. O art. 8o da Lei no 8.112/1990 enumera essas formas: nomeação, promoção, readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração e recondução. A ascensão e a transferência, anteriormente previstas no dispositivo, foram suprimidas pela Lei no 9.527, de 10.12.1997. Nomeação é o ato administrativo que materializa o provimento originário. Em se tratando de cargo vitalício ou efetivo, a nomeação deve ser precedida de aprovação prévia em concurso público. Se se tratar de cargo em comissão, é dispensável o concurso. Promoção é a forma de provimento pela qual o servidor sai de seu cargo e ingressa em outro situado em classe mais elevada. É a forma mais comum de progressão funcional. Ascensão (ou acesso) é a forma de progressão pela qual o servidor é elevado de cargo situado na classe mais elevada de uma carreira para cargo da classe inicial de carreira diversa ou de carreira tida como complementar da anterior.

Transferência é a passagem do servidor de seu cargo efetivo para outro de igual denominação, situado em quadro funcional diverso. Esses dois últimos institutos não foram recepcionados pela Constituição 98 e acabaram sendo excluídos do estatuto federal pela Lei nº 9.527, de 10.12.1997. Readaptação é forma de provimento pela qual o servidor passa a ocupar cargo diverso do que ocupava, tendo em vista a necessidade de compatibilizar o exercício da função pública com a limitação sofrida em sua capacidade física ou psíquica. E a recondução é o retorno do servidor que tenha estabilidade ao cargo que ocupava anteriormente, por motivo de sua inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo ou pela reintegração de outro servidor ao cargo do qual teve que se afastar. Essas duas últimas formas são previstas, respectivamente, nos arts. 24 e 29 da Lei nº 8.112/1990, o estatuto federal.

(Carvalho Filho, José dos Santos. Manual de direito administrativo – 32. ed. rev., atual. e ampl. – São Paulo: Atlas, 2018. p 736/737).

No documento SIMULADO III TJMS BLOCO I DIREITO CIVIL (páginas 63-66)