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DIREITO PENAL 41. Assinale a alternativa CORRETA

No documento SIMULADO III TJMS BLOCO I DIREITO CIVIL (páginas 29-35)

I - A lei penal, ao entrar em conflito com lei penal anterior, pode apresentar as seguintes situações: novatio legis incriminadora, abolitio criminis, novatio legis in pejus e novatio legis in mellius. II - Há progressão criminosa quando o agente, a fim de alcançar o resultado pretendido pelo seu dolo, obrigatoriamente, produz outro, antecedente e de menor gravidade, sem o qual não atingiria o seu fim.

III - Há crime progressivo quando o dolo inicial do agente era dirigido a determinado resultado e, durante os atos de execução, resolve ir além, e produzir um resultado mais grave.

a) Todas estão corretas. b) Apenas I está correta.

c) Apenas II e III estão corretas. d) Apenas I e III estão incorretas. e) Todas estão incorretas.

Gabarito: B I – CORRETA

II – INCORRETA Há crime progressivo quando o agente, a fim de alcançar o resultado pretendido pelo seu dolo, obrigatoriamente, produz outro, antecedente e de menor gravidade, sem o qual não atingiria o seu fim.

III – INCORRETA Há progressão criminosa quando o dolo inicial do agente era dirigido a determinado resultado e, durante os atos de execução, resolve ir além, e produzir um resultado mais grave.

42. O art. 13, caput, do CP estabelece que o resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. Analisando o dispositivo acima, é possível compreender que, para fins de causa, o Código Penal adotou a:

b) Teoria da equivalência dos antecedentes. c) Teoria da imputação objetiva

d) Teoria da condição qualificada. e) Teoria individualizadora. Gabarito: B

O CP adotou, como regra, a teoria da equivalência dos antecedentes. Excepcionalmente, o CP adota no artigo 13, §1º a teoria da causalidade adequada.

Destaca-se que a teoria da causalidade adequada tem como sinônimos: teoria da condição qualificada e teoria individualizadora.

43. Além das causas legais de exclusão da ilicitude (art. 23, CP), admite-se a existência de causas supralegais, dentre as causas supralegais está o consentimento do ofendido. Com relação a tal causa de exclusão da ilicitude assinale a alternativa INCORRETA.

a) Em alguns casos o consentimento do ofendido pode funcionar como causa excludente da tipicidade no aspecto formal, quando o consentimento constitui elemento integrante do tipo penal. b) Para que haja a excludente da ilicitude como causa supralegal, é necessário que o consentimento não seja elementar do crime, a vítima seja capaz, o consentimento seja válido, o bem seja disponível e próprio, seja prévio ou simultâneo à lesão ao bem jurídico e que haja conhecimento da situação de fato que autoriza a justificante.

c) A integridade física é entendida como bem disponível, pois a Lei 9.099/95 fez com que a ação penal para os crimes de lesão leve e culposa, os quais eram crimes de ação pública incondicionada, passasse a ser pública condicionada à representação.

d) Segundo a doutrina, não é possível que haja consentimento do ofendido em crimes culposos. e) Para que haja a disponibilidade da integridade física, é necessário que a lesão corporal de natureza leve e o consentimento não contrário à moral e aos bons costumes, o que demanda juízo de valor.

Gabarito: D

Segundo Rogério Sanches, é possível que haja consentimento do ofendido em crimes culposo. Ele traz um exemplo que vai elucidar a questão.

Por exemplo, o condutor de uma motocicleta propõe a um amigo uma volta de motocicleta, cheia de manobras radicais e perigosas. O amigo aceita a oferta. Um dos indivíduos vai na garupa do outro a fim de promover diversas manobras. Uma hora a motocicleta cai, fazendo com que o amigo sofra lesões corporais leves. Nesse caso, podemos dizer que o bem é disponível. O sujeito consentiu a partir de o momento em que subiu na garupa, sabendo que iria realizar manobras. Como se vê, o caso fundamenta a excludente supralegal do consentimento do ofendido para o crime de lesão corporal culposa.

44. Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.

I - A honra subjetiva é a visão que a sociedade tem acerca das qualidades físicas, morais e intelectuais de determinada pessoa. Trata-se da reputação social, do julgamento que as pessoas fazem de alguém.

II - A honra objetiva é sentimento pessoal acerca das próprias qualidades físicas, morais e intelectuais. Trata-se do Juízo individual (autoestima) e divide-se em honra-dignidade (qualidades morais) e honra-decoro (qualidades físicas e intelectuais).

III – A Honra comum refere-se à pessoa, independentemente das suas atividades, já a Honra especial, também chamada de honra profissional, relaciona-se às atividades exercidas pela vítima.

a) Todas estão corretas.

b) Apenas I e II estão incorretas. c) Apenas I e III estão incorretas. d) Apenas II e III estão incorretas. e) Todas estão incorretas.

Gabarito: B

I- INCORRETA - A honra objetiva é a visão que a sociedade tem acerca das qualidades físicas, morais e intelectuais de determinada pessoa. Trata-se da reputação social, do julgamento que as pessoas fazem de alguém.

II – INCORRETA - A honra subjetiva é sentimento pessoal acerca das próprias qualidades físicas, morais e intelectuais. Trata-se do Juízo individual (autoestima) e divide-se em honra-dignidade (qualidades morais) e honra-decoro (qualidades físicas e intelectuais).

III – CORRETA.

45. Marque a alternativa CORRETA

a) Não configura o delito de extorsão (art. 158 do CP) a conduta do agente que submete vítima à grave ameaça espiritual que se revelou idônea a atemorizá-la e compeli-la a realizar o pagamento de vantagem econômica indevida.

b) Pode configurar o crime de extorsão a exigência de pagamento em troca da devolução do veículo furtado, sob a ameaça de destruição do bem.

c) Se consuma o crime de extorsão mesmo quando a vítima, apesar de ameaçada, não se submete à vontade do criminoso, ou seja, não assume o comportamento exigido pelo agente.

d) A causa de aumento prevista no § 1º do art. 158 do CP (se a extorsão é cometida por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma) aplica-se somente para a extorsão simples (caput do art. 158) não podendo ser aplicada para o caso de extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima (§ 3º).

e) É crime de extorsão mediante sequestro a conduta denominada de “sequestro-relâmpago” (ocorre quando os agentes abordam a vítima, restringem sua liberdade e com ela se deslocam e a caixas eletrônicos, com intuito de fazer saques em dinheiro).

Gabarito: B

a) O crime de extorsão consiste em "Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa" A ameaça de causar um "mal espiritual" contra a vítima pode ser considerada como "grave ameaça" para fins de configuração do crime de extorsão? SIM. Configura o delito de extorsão (art. 158 do CP) a conduta do agente que submete vítima à grave ameaça espiritual que se revelou idônea a atemorizá-la e compeli-la a realizar o pagamento de vantagem econômica indevida. STJ. 6ª Turma. REsp 1299021-SP, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 14/2/2017 (Info 598).

b) Correta. Se o agente ameaça causar um prejuízo econômico à vítima, ainda assim haverá extorsão? A grave ameaça prevista no art. 158 pode ser econômica? SIM. O STJ decidiu que a extorsão pode ser feita mediante ameaça de causar um prejuízo econômico. Assim, não se exige que a ameaça se dirija apenas contra a integridade física ou moral da vítima. No caso concreto julgado, o agente estava com o carro da vítima e exigiu que ela fizesse o pagamento a ele de determinada quantia em dinheiro. Caso o pedido não fosse atendido, ele prometeu destruir o veículo. Dessa forma, o STJ decidiu que pode configurar o crime de extorsão a exigência de

pagamento em troca da devolução do veículo furtado, sob a ameaça de destruição do bem. STJ. 5ª Turma. REsp 1207155-RS, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 7/11/2013 (Info 531). c) Não se consuma o crime de extorsão quando, apesar de ameaçada, a vítima não se submete à vontade do criminoso, ou seja, não assume o comportamento exigido pelo agente. Nesse caso, haverá tentativa de extorsão. STJ. 6ª Turma. REsp 1094888-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 21/8/2012 (Info 502).

d) O § 1º do art. 158 do CP prevê que se a extorsão é cometida por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, a pena deverá ser aumentada de um terço até metade. Essa causa de aumento prevista no § 1º do art. 158 do CP pode ser aplicada tanto para a extorsão simples (caput do art. 158) como também para o caso de extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima (§ 3º). Assim, é possível que o agente seja condenado por extorsão pela restrição da liberdade da vítima (§ 3º) e, na terceira fase da dosimetria, o juiz aumente a pena de 1/3 até 1/2 se o crime foi cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma (§ 1º). STJ. 5ª Turma. REsp 1353693-RS, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 13/9/2016 (Info 590).

CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>

e) Extorsão mediante sequestro e o sequestro relâmpago são 2 crimes diferentes, o primeiro encontra-se no artigo 159 e esse no artigo 158 § 3°.

São sempre cobrados pelas bancas:

Extorsão mediante sequestro: Sequestrar com o fim de obter vantagem como condição ou preço do resgate.

Roubo Majorado: O agente mantém a vítima em seu poder visando subtrair o bem. Ocorre restrição da liberdade para garantir a impunidade, porém, não objetiva resgate.

Sequestro Relâmpago: Há restriçaõ da liberdade da vítima, porém, não se pede o resgate. A restrição da liberdade é para alcançar a vantagem indevida (exemplo: passar com a vítima em caixas eletrônicos para sacar dinheiro).

46. Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.

I - Se após o registro falsificado ou adulterado da escrituração do Livro de Registro de Duplicatas, o agente emitir a fraudulenta duplicata, a conduta do parágrafo único será absorvida pelo delito previsto no caput (ante factum impunível), tratando-se, portanto de um tipo de passagem, que será absorvido pelo delito fim.

II - O delito de abuso de incapazes não se confunde com o estelionato, pois, aqui, em razão da própria condição do ofendido, é dispensável o emprego de artifício ou ardil. Não se exige, também, a efetiva lesão patrimonial, imperiosa para configuração do estelionato, devendo, contudo, ser o ato praticado apto a produzir efeitos patrimoniais buscados pelo agente.

III - Com relação ao crime de abuso de incapazes há dolo de abusar da vítima, induzindo-a a prática de jogo, aposta ou especulação com títulos ou mercadorias. Há também o fim especial de obtenção de proveito, próprio ou de terceiro, de natureza patrimonial.

a) Todas estão corretas.

b) Apenas I e II estão corretas. c) Apenas I e III estão corretas. d) Apenas II e III estão corretas. e) Todas estão incorretas. Gabarito: B

I - CORRETA - Forma equiparada (parágrafo único): embora se trate de crime de falsidade documental, optou o legislador em classificá-lo como patrimonial. Aqui, o sujeito passivo é o Estado.

O empresário que emite duplicata deve manter, obrigatoriamente, no estabelecimento comercial, um livro especial chamado "Registro de duplicaras". Pune-se quem falsificar (inserção de dados inexatos) ou adulterar (modificação dos dados já existentes) este livro. Se após o registro, o agente emitir a fraudulenta duplicata, a conduta do parágrafo único será absorvida pelo delito previsto no

caput (ante factum impunível). Trata-se, portanto de um tipo de passagem, que será consumido (absorvido) pelo deliro fim.

Todavia, se, emitida a duplicara, a falsificação ou a adulteração for praticada por pessoa diversa do emitente, ocorrerão crimes autônomos.

II – CORRETA - ABUSO DE INCAPAZES - tutela-se o patrimônio pertencente a menor ou pessoa com debilidade ou alienação mental.

Não se confunde com o estelionato, pois, aqui, em razão da própria condição do ofendido, é dispensável o emprego de artifício ou ardil. Não se exige, também, a efetiva lesão patrimonial (crime formal), imperiosa para configuração do estelionato, devendo, contudo, ser o ato praticado apto a produzir efeitos patrimoniais buscados pelo agente.

III - INCORRETA – trata-se do crime de Induzimento à especulação (artigo 174, CP) e não do crime de abuso de incapazes (art. 173, CP)

Abuso de incapazes

Art. 173 - Abusar, em proveito próprio ou alheio, de necessidade, paixão ou inexperiência de menor, ou da alienação ou debilidade mental de outrem, induzindo qualquer deles à prática de ato suscetível de produzir efeito jurídico, em prejuízo próprio ou de terceiro:

Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. Induzimento à especulação

Art. 174 - Abusar, em proveito próprio ou alheio, da inexperiência ou da simplicidade ou inferioridade mental de outrem, induzindo-o à prática de jogo ou aposta, ou à especulação com títulos ou mercadorias, sabendo ou devendo saber que a operação é ruinosa:

Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

(Cunha. Rogério Sanches. Código Penal para Concursos. 9ª ed. Juspodivm. 2016. p. 562/563 e 566.)

47. Julgue as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.

I - Toda e qualquer forma de estupro é considerada crime hediondo, sendo irrelevante que a prática de qualquer deles tenha causado, ou não, lesões corporais de natureza grave ou morte.

II - A hediondez ou a gravidade abstrata do delito não obriga, por si só, o regime prisional mais gravoso, pois o juízo, em atenção aos princípios constitucionais da individualização da pena e da obrigatoriedade de fundamentação das decisões judiciais, deve motivar o regime imposto observando a singularidade do caso concreto.

III - De acordo com o entendimento jurisprudencial, a causa de aumento prevista no art. 9º da Lei de Crimes Hediondos foi revogada tacitamente pela Lei nº 12.015/2009.

a) Todas estão corretas.

b) Apenas I e II estão corretas. c) Apenas I e III estão corretas. d) Apenas II e III estão corretas.

e) Todas estão incorretas. Gabarito: A

I – CORRETA - Os crimes de estupro e atentado violento ao pudor, mesmo que cometidos antes da edição da Lei nº 12.015/2009, são considerados hediondos, ainda que praticados na forma simples. Em outras palavras, seja antes ou depois da Lei nº 12.015/2009, toda e qualquer forma de estupro (ou atentado violento ao pudor) é considerada crime hediondo, sendo irrelevante que a prática de qualquer deles tenha causado, ou não, lesões corporais de natureza grave ou morte. STJ. 3ª Seção. REsp 1110.520-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 26/9/2012 (Info 505). STF. 1ª Turma. HC 100612/SP, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em 16/8/2016 (Info 835).

II – CORRETA - A hediondez ou a gravidade abstrata do delito não obriga, por si só, o regime prisional mais gravoso, pois o juízo, em atenção aos princípios constitucionais da individualização da pena e da obrigatoriedade de fundamentação das decisões judiciais, deve motivar o regime imposto observando a singularidade do caso concreto. Assim, é inconstitucional a fixação de regime inicial fechado com base unicamente na hediondez do delito. STF. 1ª Turma. ARE 935967 AgR, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 15/03/2016. STF. 2ª Turma. HC 133617, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 10/05/2016. É inconstitucional a fixação ex lege, com base no art. 2º, § 1º, da Lei 8.072/1990, do regime inicial fechado, devendo o julgador, quando da condenação, ater-se aos parâmetros previstos no artigo 33 do Código Penal. STF. Plenário. ARE 1052700 RG, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 02/11/2017.

III – CORRETA - O entendimento do STJ e do STF é no sentido de que a causa de aumento prevista no art. 9º da Lei de Crimes Hediondos foi revogada tacitamente pela Lei nº 12.015/2009, considerando que esta Lei revogou o art. 224 do CP, que era mencionado pelo referido art. 9º. STF. Primeira Turma. HC 111246/AC, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 11/12/2012 (Info 692). CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia.

48. Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA.

I - A Lei de Organização Criminosa, ao regulamentar o acordo de colaboração premiada (arts. 4º, §§ 6º a 15, e 7º), empresta ao instituto da colaboração premiada, de forma clara, o caráter de conformidade no processo penal ou justiça negociada.

II - A fim de dar celeridade às investigações e em face da gravidade da situação investigada, é possível a infiltração de agentes de polícia em tarefas da investigação, independentemente de prévia autorização judicial.

III - Embora útil, ou até mesmo indispensável, a colaboração não deve ser banalizada, em razão dos riscos de acusações indevidas, bem como da exposição dos colaboradores e seus familiares. a) Todas estão corretas.

b) Apenas I e II estão corretas. c) Apenas I e III estão corretas. d) Apenas II e III estão corretas. e) Todas estão incorretas. Gabarito: C

I - CORRETA - A LOC, ao regulamentar o acordo de colaboração premiada (arts. 4º, §§ 6º a 15, e

7º), empresta ao instituto da colaboração premiada, de forma clara, o caráter de conformidade no processo penal ou justiça negociada, sempre que o acordo envolver a colaboração, e a superação

da visão do instituto como uma mera causa de diminuição de pena, a ser reconhecida pelo juiz, por ocasião da sentença, tenha ou não havido um acordo formal entre acusação e defesa.

Gonçalves, Victor Eduardo Rios. Legislação penal especial / Victor Eduardo Rios Gonçalves, José Paulo Baltazar Junior; coordenador Pedro Lenza. – 2. ed. – São Paulo: Saraiva, 2016, p. 859/860. II – INCORRETA - Lei 12.850/13, art. 10: A infiltração de agentes de polícia em tarefas de investigação, representada pelo delegado de polícia ou requerida pelo Ministério Público, após manifestação técnica do delegado de polícia quando solicitada no curso de inquérito policial, será precedida de circunstanciada, motivada e sigilosa autorização judicial, que estabelecerá seus limites.

RESUMO - No ambito da Lei de Organizações Criminosas, Lei nº 12.850/13, temos o seguinte: -> Infiltração de agentes em atividades investigativas -> imprescindível/necessária prévia

autorização judicial.

-> Ação Controlada -> SEM autorização judicial, porém com prévia comunicação ao juiz. -> Acesso a Registros, Dados Cadastrais, Documentos e Informações -> SEM autorização judicial, porém acesso somente as informações cadastrais que informem a qualificação pessoal. III – CORRETA - Embora útil, ou até mesmo indispensável, a colaboração não deve ser banalizada, em razão dos riscos de acusações indevidas, bem como da exposição dos colaboradores e seus familiares (STJ, HC 97.509, Arnaldo Lima, 5ª T., u., 15/06/2010). Bem por isso, os agentes públicos envolvidos no procedimento devem tomar redobrados cuidados na avaliação da veracidade das declarações do colaborador, que pode estar motivado por vingança ou pelo desejo de se livrar da própria culpa, sem esquecer o risco de que a investigação seja dirigida no sentido desejado pela organização criminosa, valendo-se de supostos colaboradores pilotados, que façam chegar informações à Polícia como meio de se livrar de rivais ou comparsas indesejáveis.

Gonçalves, Victor Eduardo Rios. Legislação penal especial / Victor Eduardo Rios Gonçalves, José Paulo Baltazar Junior; coordenador Pedro Lenza. – 2. ed. – São Paulo: Saraiva, 2016, p. 859/860.

No documento SIMULADO III TJMS BLOCO I DIREITO CIVIL (páginas 29-35)