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Investigar uma ação pedagógica de abordagem socioambiental por meio de uma ferramenta lúdica

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Academic year: 2021

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(1)0. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL. Monica Devicares de Ávila. INVESTIGAR UMA AÇÃO PEDAGÓGICA DE ABORDAGEM SOCIOAMBIENTAL POR MEIO DE UMA FERRAMENTA LÚDICA. Santa Maria, RS, Brasil 2017.

(2) 1. Monica Devicares de Ávila. INVESTIGAR UMA AÇÃO PEDAGÓGICA DE ABORDAGEM SOCIOAMBIENTAL POR MEIO DE UMA FERRAMENTA LÚDICA. Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Educação Ambiental, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS) como requisito parcial para obtenção do grau de Especialista em Educação Ambiental.. Orientadora: Prof.ª Dr.ª Ísis Samara Ruschel Pasquali. Santa Maria, RS 2017.

(3) 2.

(4) 3. Dedico este trabalho a Deus que tem sido o meu socorro bem presente e meu auxilio, pois Dele e para Ele são todas as coisas..

(5) 4. Agradecimentos. É chegado o momento de agradecer, demonstrar o quão importante foi à presença de cada um e de todos aqueles que, dentro e fora do curso de especialização, dedicaram algum momento de seu tempo, da sua vida, do seu espaço, para que esse trabalho fosse possível. Agradeço em primeiro lugar a Deus, pela perseverança, luz e ânimo. A minha família que em todo tempo me compreenderam, me ouviram e me acolheram. Agradeço a minha professora, amiga e orientadora Ísis Samara Ruschel Pasquali pela orientação, paciência, sensibilidade e gentileza. Agradeço a professora Glades Toillier Pires, a ti dedico minha maior admiração, exemplo de profissional, zelosa, cuidadosa e amorosa para com os seus alunos, agradeço a disposição e parceria no processo da realização do projeto, suas iniciativas fizeram toda a diferença para a conclusão deste lindo trabalho. Agradeço a professora Dr.ª Susana Bevilcqua Marcuzzo pelo apoio e incentivo dado para que fosse possível realizar o curso de especialização em Educação Ambiental. Agradeço a professora Dr.ª Taís Scoott Darow do Canto por esclarecer dúvidas, bem como, agradeço a sugestões que se tornaram de grande valia no processo da realização da monografia. Agradeço a amiga Camille Gaube Guex, doutoranda em Farmacologia, pelas gentilezas na formatação deste trabalho e toda sua dedicação..

(6) 5. RESUMO INVESTIGAR UMA AÇÃO PEDAGÓGICA DE ABORDAGEM SOCIOAMBIENTAL POR MEIO DE UMA FERRAMENTA LÚDICA. AUTORA: Monica Devicares de Ávila ORIENTADORA: Ísis Samara Ruschel Pasquali. O presente trabalho se refere a uma investigação que buscou analisar o desenvolvimento de determinadas ações de educação ambiental, realizadas junto aos alunos do 3º ano das séries iniciais, da Escola Estadual de Ensino Fundamental João Canabarro, na cidade de General Câmara, RS. As ações abordaram temas como: alimentação saudável, higiene e preservação do Planeta por meio do uso de um boneco denominado “Zé Capricho”. Essa ferramenta foi criada para servir como um brinquedo educativo, tendo, inclusive, sua estrutura composta por materiais recicláveis, os quais serviram para sensibilizar os alunos sobre a importância da destinação adequada dos resíduos. A dinâmica aplicada foi oportunizar atividades práticas e didáticas sobre os temas, permitindo uma interação direta de cada um dos alunos com o boneco. Dessa forma a busca foi proporcionar uma aprendizagem lúdica capaz de aproximar as crianças da importância dos bons hábitos higiênicos, alimentares e de preservação do meio ambiente, envolvendo-as por tais assuntos a fim de torná-las multiplicadoras, aptas a repassarem o conhecimento apreendido. A pesquisa a respeito das práticas, do tipo descritiva e de caráter qualitativo, foi realizada entre os meses de maio a agosto do ano de 2016. Foi envolvida no projeto uma turma de 20 educandos, com idade entre 8 a 11 anos, além da participação de seus pais. Os temas abordados foram de grande relevância para a aprendizagem das crianças o que resultou em um bom desenvolvimento das atividades. Foi possível perceber que as crianças atingiram uma criticidade perante as atividades com o boneco Zé Capricho. A higiene pessoal, os alimentos do lanche e os atos de degradação e preservação tornaram-se assuntos debatidos diariamente em suas brincadeiras. Ocorreu uma visão interiorizada e interdisciplinar no contexto educacional e ambiental, logo, o ensino ultrapassou as barreiras físicas da sala de aula, alcançando as famílias destas crianças.. Palavras-chave: Educação Ambiental. Ferramenta Lúdica. Práticas educativas. Educação na infância..

(7) 6. ABSTRACT INVESTIGATE A PEDAGOGICAL ACTION OF A SOCIO-ENVIRONMENTAL APPROACH THROUGH A PLAY TOOL. AUTHOR: Monica Devicares de Ávila ADVISOR: Ísis Samara Ruschel Pasquali This work refers to an investigation that sought to analyze the development of certain acts of environmental education, carried out together with the students of the 3rd year of the initial series, of the State School of Primary Education João Canabarro, in the city of General Câmara, RS. The initiative addressed topics such as healthy eating, hygiene, and preservation of the Planet through the use of a doll called "Zé Capricho". This tool was created to serve as an educational toy, including its structure composed of recyclable materials, which served to educate students about the importance of proper waste disposal. The application was to provide practical and didactic tasks on the subjects, allowing a direct interaction of each of the pupils with the puppet. In this way the study was to provide a playful lesson capable of showing the children of the importance of good hygienic habits, diet, and of environmental preservation, involving them to such lengths in order to make them catalysts, apt to pass on the learned knowledge. The descriptive and qualitative research about the interactions was carried out between May and August of the year 2016 by a group of 20 students, aged between 8 and 11 years, and their parents. The topics covered were greatly relevant for children's education which resulted in a good development of activities. It was possible to perceive that the children reached a criticality before the activities with the doll Zé Capricho. Personal hygiene, snack foods, and acts of degradation and preservation have become subjects debated daily in their play. There was an internalized and interdisciplinary vision in the realm of educational and environmental, so the teaching surpassed the physical barriers of the classroon reaching the families of these children.. Keywords: Environmental Education. Play tool. Educational practices. Education in childhood..

(8) 7. LISTA DE ILUSTRAÇÕES. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 Figura 7 Figura 8 Figura 9 Figura 10 Figura 11 Figura 12 Figura 13 Figura 14 Figura 15 Figura 16 Figura 17 Figura 18 Figura 19 Figura 20 Figura 21 Figura 22 Figura 23 Figura 24 Figura 25 Figura 26 Figura 27 -. Visualização dos materiais que compuseram o corpo boneco ........................ Quadro das etapas das atividades ..................................................................... Apresentação do boneco Zé Capricho: O Vigilante do Planeta Terra a turma da 3º série da Escola Estadual de Ensino Fundamental João Canabarro.......... Alunos a assistindo o teatro com o boneco Zé Capricho ................................. Plantio de mudas de flores ............................................................................... Imagem de um novo local onde houve o plantio ............................................. Prática encenada de lavagem de mãos ............................................................. Prática de lavagem de mãos ............................................................................. A leitura foi realizada com muita atenção ....................................................... Zé Capricho aguardando a leitura..................................................................... Alimentação saudável ...................................................................................... Alunos da turma do 3º ano com o boneco Zé Capricho ................................... Lucca foi o primeiro aluno a receber a visita do Zé Capricho ......................... Lucca lavando as mãos e almoçando com o Zé Capricho ............................... Lucca na hora do banho com o Zé Capricho.................................................... Lucca recolhendo resíduos sob a vigilância do Zé Capricho ........................... Lucca cuidando do ambiente com o Zé Capricho............................................. Último dia da visita do Zé Capricho na casa de Lucca..................................... Despedida do Zé Capricho................................................................................ O registro de uma alimentação saudável segundo a mãe de João Gabriel ....... Registro da atividade de higiene pessoal na casa de João Gabriel ................... Registro da atividade de preservação e cuidados com meio ambiente ............ Claúdio fazendo o plantio de mudas em sua residência .................................. Ana Clara registrou a visita do boneco Zé Capricho ....................................... Imagem do aluno João Paulo com o boneco Zé Capricho ............................... Imagem do aluno Luiz com o boneco Zé Capricho ......................................... Livro de Relatos ................................................................................................ 27 29 31 32 33 33 34 35 36 36 37 38 40 40 41 42 42 43 44 44 45 45 46 47 47 48 49.

(9) 8. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................................... 1.1 OBJETIVOS ....................................................................................................................................... 1.1.1 Objetivo geral ................................................................................................................................. 1.1.2 Objetivos específicos........................................................................................................................ 9 10 10. 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................................ 11 11 13 16 17 18 19 19 20 22 23. 2.1 O PAPEL DA ESCOLA NA FORMAÇÃO DE INDIVÍDUOS CONSCIENTES............................ 2.1.1 A educação ambiental na escola ................................................................................................... 2.2 A ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NA IDADE ESCOLAR .............................................................. 2.2.1 Hábitos alimentares e a família ..................................................................................................... 2.3 FALANDO SOBRE HIGIENE PESSOAL ........................................................................................ 2.4 INTERAÇÃO DAS CRIANÇAS COM FERRAMENTAS LÚDICAS............................................. 2.4.1 Métodos lúdicos de aprendizagem ................................................................................................ 2.4.2 A importância do uso de bonecos como forma lúdica ................................................................. 2.5 ENVOLVIMENTO FAMILIAR NA FORMAÇÃO INFANTIL ....................................................... 2.6 FACEBOOK COMO FERRAMENTA EDUCATIVA ...................................................................... 3 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................................... 3.1 PÚBLICO ALVO E PERÍODO DE PESQUISA ............................................................................... 3.2 TIPO DE METODOLOGIA ............................................................................................................... 3.2.1 Tipo de pesquisa ............................................................................................................................. 3.3 PROCESSO DE MONTAGEM DO BONECO ZÉ CAPRICHO ...................................................... 3.3.1 Descrevendo o projeto ................................................................................................................... 3.3.2 Processo de apresentação do boneco ............................................................................................ 3.3.3 Descrição das atividades ................................................................................................................ 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................................................... 10. 25 25 25 26 27 28 28 29 30. 5 CONCLUSÃO ....................................................................................................................................... 53 REFERÊNCIAS. ..................................................................................................................................... 54 APÊNDICE .............................................................................................................................................. 57 APÊNDICE A - TERMO DE AUTORIZAÇÃO ...................................................................................... 58 ANEXOS .................................................................................................................................................. 59 ANEXO A - IMAGENS DA ESTRUTURA DO BONECO .................................................................... 60 ANEXO B - PROJETO DESPERTANDO A CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA........................................ 61 ANEXO C - TEXTO MATERIAL DIDÁTICO SOBRE HIGIENE PESSOAL ..................................... 64 ANEXO D - MATERIAL DIDÁTICO DE LEITURA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL ....................... 65 ANEXO E - PRIMEIRO RELATO DE MÃES ....................................................................................... 67 ANEXO X - ÚLTIMO RELATO DE MÃES .......................................................................................... 84 ANEXO Z - MOMENTOS DE DESCONTRAÇÃO COM O BONECO ................................................. 85.

(10) 9. 1 INTRODUÇÃO. Esta monografia descreve sobre atividades práticas e pedagógicas aplicadas a uma turma do 3º ano das séries iniciais do ensino fundamental. Para as atividades se utilizou como ferramenta de estudo a figura lúdica do boneco, que foi denominado pela professora titular da turma como Zé Capricho - “O Guardião do Planeta Terra”. Por meio dessa ferramenta de importância lúdica, objetivou-se desenvolver temáticas saudáveis, sustentáveis e ecológicas dentro da escola e no âmbito familiar dos alunos que participaram da pesquisa. A brincadeira é importante para aprender tanto questões ambientais quanto a saúde do próprio corpo. É uma forma de comunicação e através do brincar as crianças reproduzem e recriam o seu dia a dia, num mundo de imaginação e fantasia. Ao participar das brincadeiras, a criança aprende e desenvolve sua autonomia e criatividade e ao mesmo tempo estabelece uma relação entre o brincar e aprender. Este trabalho baseia- se em uma investigação sobre as atividades ligadas a educação ambiental relacionadas a higiene pessoal, alimentação saudável e meio ambiente, realizada com a participação da figura lúdica do boneco Zé capricho: O Guardião do Planeta Terra, envolvendo vinte alunos do 3º ano do ensino Fundamental da Escola Estadual de Ensino Fundamental João Canabarro, Município de General Câmara, Rio Grande do Sul, bem como a participação de seus pais. A criança possui uma curiosidade natural de entender tudo ao seu redor, principalmente quando ocorrem as interações com o ambiente circundante. Neste momento, a criança formula uma série de questões relacionando-as com aquilo que está presente em sua vivência é necessário se apaixonar pelo tema levando em conta a afetividade. As crianças nos dias atuais, possuem acesso fácil à informação acarretando em diversas indagações, entre elas, aquelas relacionadas com o meio ambiente. Para sanar as dúvidas infantis, foi inserido na didática escolar a Educação Ambiental. O objetivo foi implantar os conceitos básicos e primários sobre higiene pessoal, alimentação saudável e meio ambiente. Para tal procedimento utilizou-se do processo lúdico: baseado na representação do boneco Zé Capricho como principal incentivador e multiplicador de ações educativas sustentáveis e ecológicas..

(11) 10. 1.1 OBJETIVOS 1.1.1 Objetivo geral. Investigar uma ação pedagógica de abordagem socioambiental realizada com alunos do 3º ano da Escola Estadual de Ensino Fundamental João Canabarro, de General Câmara, RS.. 1.1.2 Objetivos específicos . Identificar e descrever as ações em educação ambiental realizadas na escola pela professora regente da turma pesquisada.. . Diagnosticar a interação dos alunos com o boneco Zé Capricho a respeito das temáticas: higiene pessoal, alimentação saudável e cuidados com o meio ambiente, trabalhadas na escola e no âmbito familiar.. . Compreender o método lúdico utilizado de educação ambiental no grupo familiar destes alunos..

(12) 11. 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. 2.1 O PAPEL DA ESCOLA NA FORMAÇÃO DE INDIVÍDUOS CONSCIENTES FRENTE A TEMÁTICA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL Ao se pensar sobre o “papel da escola na formação do sujeito” é importante partir do princípio de que “ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”, defendido por Paulo Freire (1987, p. 68). A instituição escolar é o segundo grupo social onde é oferecido todos os conceitos educacionais, culturais e formativos. No ambiente escolar ensinam-se também valores que são indispensáveis na vida das crianças, jovens ou adultos, preparando assim todos os estudantes para que no futuro possam se tornar cidadãos aptos para exercer seu papel na sociedade. Na escola, toda a equipe pedagógica enfatiza e prioriza uma educação preparando todo o corpo discente para uma melhor qualificação do ensino e do aprendizado. Um ambiente escolar transformador é aquele em que o sujeito está disposto a oportunidades de aprendizagem o tempo todo e a todo o tempo. Este ambiente escolar deve ser planejado, organizado e preparado para que ocorram todas as práticas educativas. O ambiente escolar é um dos primeiros passos para a conscientização dos futuros cidadãos para com o meio ambiente, por isso a EA é introduzida em todos os conteúdos (interdisciplinar) relacionando o ser humano com a natureza. A inserção da EA na formação de jovens pode ser uma forma de sensibilizar os educandos para um convívio mais saudável com a natureza. Este tema deve ser trabalhado com grande frequência na escola, porque é um lugar por onde passam os futuros cidadãos, ou que pelo menos deveria passar e quando se é criança, tem mais facilidade para aprender. Antes de pensar que os problemas ambientais estão tão distantes dos seres humanos que é muito bom que se passe a observar com mais atenção o ambiente que o cerca. Segundo Segura (2001, p. 214): A escola foi um dos primeiros espaços a absorver esse processo de “ambientalização” da sociedade, recebendo a sua cota de responsabilidade para melhorar a qualidade de vida da população, por meio de informação e conscientização. Para sensibilizar um grupo, primeiro é preciso delimitar o que se quer e o que deseja alcançar. Para que o interesse desperte no aluno, é necessário que o professor utilize a “bagagem de conhecimentos trazidos de casa” pelos alunos, como dizia Freire (1987), assim levando-o a perceber que o problema ambiental esta mais perto de todos, do que se imagina..

(13) 12. Em seguida, explicar que os impactos ambientais existentes no mundo, atingem todos os seres vivos, por causa, das atitudes de alguns que pensam que somente eles não adiantam tentar preservar o planeta. A partir do momento em que o sujeito perceber a existência de um todo, deixar de lado a existência única e começar a notar a presença do outro, o planeta vai caminhar para o equilíbrio natural. A problemática ambiental é uma das principais preocupações da sociedade moderna, desencadeando, por isso, uma série de iniciativas no sentido de reverter a situação atual de consequências danosas à vida na terra. Uma dessas iniciativas é a Educação Ambiental que as instituições de educação básica estão procurando implementar, na busca da formação de cidadãos conscientes e comprometidos com as principais preocupações da sociedade (SERRANO, 2003). Segundo LEFF (2001) esse processo de conscientização mobiliza a participação dos cidadãos na tomada de decisões, junto com a transformação dos métodos de pesquisa e formação, a partir e uma ótica holística e enfoques interdisciplinares e não como uma coleção de partes dissociada. No Brasil a educação ambiental foi regulamentada pela Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), instituída pela Lei 9.795, de 27 de abril de 1999, que estabelece e define seus princípios básicos, incorporando oficialmente a Educação Ambiental nos sistemas de ensino. Todavia na realidade do ensino formal a educação ambiental ainda não cumpre o seu papel, tanto do ponto de vista de educacional (nível didático) como de seu tratamento interdisciplinar (nível epistemológico). Segundo GRYNSZPAN (1999), a persistência de um ensino básico tradicional, abstrato e compartimentado, não tem encorajado a análise dos problemas locais. Ademais, a educação ambiental e a educação em saúde ainda continuam a ser considerada, na realidade, apesar das recomendações oficiais, da responsabilidade dos professores de ciências. ANDRADE (2000) expõe que implementar a educação ambiental nas escolas tem se mostrado uma tarefa exaustiva, devido a existência de grandes dificuldades nas atividades de sensibilização e formação, na implantação de atividades e projetos e, principalmente, na manutenção e continuidade dos já existentes. Fatores como o tamanho da escola, número de alunos e de professores, predisposição destes professores em passar por um processo de capacitação, vontade da direção de realmente implementar um projeto ambiental que vá alterar a rotina na escola, além de fatores resultantes da integração dos acima citados e ainda outros, podem servir como obstáculos à implementação da Educação Ambiental. Outra problemática levantada por SERRANO (2003) é o fato dos projetos de educação ambiental.

(14) 13. desenvolvidos nas escolas de ensino fundamental estarem sendo mais discursivos e teóricos do que práticos. Na área educacional, a educação ambiental não pode ser tratada como uma disciplina isolada nos níveis da educação básica devido a sua compreensão. Na educação infantil o RCNEI insere a educação ambiental nos diversos eixos de trabalhos propostos. Para a educação fundamental os PCNs a inserem em diversos temas transversais, principalmente meio ambiente, saúde e consumo, nas áreas do saber (disciplinas), de modo que impregne toda a prática educativa, e ao mesmo tempo, crie uma visão global e abrangente da questão ambiental, visualizando os aspectos físicos e histórico-sociais, assim como a articulação entre a escala local e planetária desses problemas (MEC, 2005). É de suma importância destacar a preocupação demonstrada pela maioria dos professores em trabalhar educação ambiental nas escolas, esta preocupação torna-se ponto favorável para a implantação de novas ideias e propostas ligadas à área (VALDAMERI, 2004).. 2.1.1 A educação ambiental na escola Considerando toda importância da temática ambiental e a visão integrada do mundo, no tempo e no espaço, sobressaem-se as escolas, como espaços privilegiados na implementação de atividades que propiciem essa reflexão, pois isso necessita de atividades de sala de aula e atividades de campo, com ações orientadas em projetos e em processos de participação que levem à autoconfiança, a atitudes positivas e ao comprometimento pessoal com a proteção ambiental implementados de modo interdisciplinar (DIAS, 1992). Ressaltado que as gerações que forem assim formadas crescerão dentro de um novo modelo de educação criando novas visões do que é o planeta Terra. Entretanto, não raramente a escola atua como mantenedora e reprodutora de uma cultura que é predatória ao ambiente, ou se limita a ser somente uma repassadora de informações. Nesse caso, as reflexões que dão início a implementação da Educação Ambiental devem contemplar aspectos que não apenas possam gerar alternativas para a superação desse quadro, mas que o invertam, de modo a produzir consequências benéficas (ANDRADE, 2000), favorecendo a paulatina compreensão global da fundamental importância de todas as formas de vida coexistentes em nosso planeta, do meio em que estão inseridas, e o desenvolvimento do respeito mútuo entre todos os diferentes membros de nossa espécie (CURRIE, 1998)..

(15) 14. É na escola que ocorrem as discussões e o aprendizado de vários temas da atualidade de suma importância na formação do cidadão, sendo assim, surge à necessidade de temas “urgentes e Complexos” nos quais os professores têm que lidar diariamente com questões voltadas ao meio ambiente. Dentro da escola deveremos encontrar meios efetivos para que cada aluno compreenda os fenômenos naturais, as ações humanas e sua consequência para consigo, para sua própria espécie, para os outros seres vivos e o ambiente. É fundamental que cada aluno desenvolva as suas potencialidades e adote posturas pessoais e comportamentos sociais construtivos, colaborando para a construção de uma sociedade socialmente justa, em um ambiente saudável. A escola dentro da Educação Ambiental deve sensibilizar o aluno a buscar valores que conduzam a uma convivência harmoniosa com o ambiente e as demais espécies que habitam o planeta, auxiliando-o a analisar criticamente os princípios que tem levado à destruição inconsequente dos recursos naturais e de várias espécies. Tendo a clareza que a natureza não é fonte inesgotável de recursos, suas reservas são finitas e devem ser utilizadas de maneira racional, evitando o desperdício e considerando a reciclagem como processo vital. Que as demais espécies que existem no planeta merecem nosso respeito. Além disso, a manutenção da biodiversidade é fundamental para a nossa sobrevivência. E, principalmente, que é necessário planejar o uso e ocupação do solo nas áreas urbanas e rurais, considerando que é necessário ter condições dignas de moradia, trabalho, transporte e lazer, áreas destinadas à produção de alimentos e proteção dos recursos naturais. Esse processo de sensibilização da comunidade escolar pode fomentar iniciativas que transcendam o ambiente escolar, atingindo tanto o bairro no qual a escola está inserida como comunidades mais afastadas nas quais residam alunos, professores e funcionários. SOUZA (2000) afirma, inclusive, que o estreitamento das relações intra e extraescolar é bastante útil na conservação do ambiente, principalmente o ambiente da escola com a educação ambiental na Conferência de Tbilisi foi definida segundo Dias (1992), com uma dimensão dada ao conteúdo e à prática educacional, orientada para a resolução dos problemas concretos do meio ambiente, por meio de enfoques interdisciplinares, e de uma participação ativa e responsável de cada indivíduo e da coletividade. Segundo este enfoque, o verdadeiro objetivo não é incluir uma nova disciplina ao currículo o aspecto a ser levado em conta é a dimensão ambiental que poderia ser acrescidos em todos os assuntos ora ensinados (ANDRADE et al., 1996)..

(16) 15. Segundo Vasconcellos (1997), a presença, em todas as práticas educativas, das reflexões sobre a relação dos seres entre si, do ser humano com ele mesmo e do ser humano com seus semelhantes é condição imprescindível para que a educação ambiental ocorra. É interessante frisar que educação ambiental não deve está centrada unicamente nos problemas ambientais e na degradação do meio ambiente, visa também uma formação consciente voltada ao exercício da cidadania e da formação de valores. A educação ambiental no contexto escolar é amparada pela Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, diz que a educação ambiental estará presente em todas as modalidades tais como ensino básico, infantil, fundamental, superior, especial profissional e chegando até a educação de jovens e adultos. Esta lei só vem reforçar o que afirma a Constituição brasileira no artigo 205, que fala que a educação é um direito de todos os níveis de ensino para a promoção do meio ambiente. Agora pode - se notar que a educação ambiental, de fato, assume a cada dia um papel desafiador que exige novas demandas e saberes para aprender processos sociais que ajudem a modificar a mentalidade capitalista que ainda impera na atual sociedade e que o cuidado com o meio ambiente é uma questão de sobrevivência, não só dos seres humanos mas de todo o planeta Terra, e a educação tem o papel de ajudar os indivíduos a preservar a vida, pois a educação inicia no nascimento e só termina quando o indivíduo morre, ou seja, viver é uma constante aprendizagem. Com os conteúdos ambientais permeando todas as disciplinas do currículo e contextualizados com a realidade da comunidade, a escola ajudará o aluno a perceber a correlação dos fatos e a ter uma visão integral do mundo em que vive. Para isso a Educação Ambiental deve ser abordada de forma sistemática e transversal, em todos os níveis de ensino, assegurando a presença da dimensão ambiental de forma interdisciplinar nos currículos das diversas disciplinas e das atividades escolares. Assim sendo a escola é o espaço social e o local onde o aluno será sensibilizado para as ações ambientais e fora do âmbito escolar ele será capaz de dar sequência ao seu processo de socialização. Comportamentos ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática, no cotidiano da vida escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis..

(17) 16. 2.2 A ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NA IDADE ESCOLAR. A alimentação do aluno na idade escolar deve fornecer energia adequada para sustentar um ótimo crescimento e desenvolvimento sem excesso de gordura. A ingestão de carboidratos simples (refrigerantes, balas, doces, chocolates, pirulitos, etc.) deve ser controlada para uma boa saúde, e as fibras devem estar presentes para auxiliar no bom funcionamento do intestino. Além disso, a alimentação deve ser rica em vitaminas e minerais, pois a ingestão insuficiente desses nutrientes pode prejudicar o crescimento e resultar em doenças (LUCAS, 2002, In: MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2002). Os hábitos alimentares de um indivíduo refletem sua imagem, não só o corpo, mas também a mente que se desenvolve de acordo com a sua alimentação, por esse motivo é de extrema importância ter uma alimentação saudável e adequada com cada fase do desenvolvimento humano, para cada fase da vida, a alimentação tem uma importância diferente, mas é essencial em todas elas. Quando a criança sai do seu lar e começa a frequentar ambientes diferentes como escola, creches, ela sofre uma intensa influência de diversas formas, pois o contato com tantas pessoas diferentes tende a levar os pequeninos a imitarem os comportamentos dos outros, tanto na questão social como na alimentar, e isto pode trazer consequências tanto positivas como negativas. Embora a alimentação e nutrição adequadas se configurem como direitos fundamentais da pessoa humana e requisitos básicos para a promoção e proteção da saúde, infelizmente ainda são pouco garantidos em nosso país. Promover uma alimentação saudável é considerado um eixo prioritário de ação para promoção da saúde e, neste contexto, o ambiente escolar é apontado como espaço fundamental para a criação de documentos nacionais e legislações (BRASIL,1999; CONSEA, 2004). Um dos fatores para determinar uma alimentação balanceada é estabelecer diretrizes na alimentação diária, isto é, rotinas alimentares bem-definidas, pois não é só a qualidade e a quantidade da alimentação oferecida à criança que é importante. Os horários para as refeições café da manhã, almoço e jantar são importantes, mas os horários para lanches intermediários também devem ser estabelecidos, evitando-se o consumo de qualquer tipo de alimentos nos intervalos das refeições programadas. A falta de disciplina alimentar costuma ser a maior causa dos distúrbios alimentares, comprometendo a qualidade e a quantidade da alimentação consumida (GAGLIONE, 2003, In: LOPES; BRASIL, 2003)..

(18) 17. Segundo Danelon et al. (2006) o ambiente escolar influencia a formação da personalidade e, consequentemente, nas suas preferências alimentares. Desde a infância cada indivíduo já tem suas preferências alimentares, cabendo à família e à escola incentivarem que estes sejam os mais saudáveis possíveis, pois fatores genéticos e hereditários interferem e muito nesses hábitos. Além da família, a escola exerce influência decisiva na formação dos hábitos e consumo alimentar das crianças. Para isso, durante o planejamento da merenda escolar, os alimentos selecionados para integrarem o cardápio devem estar adequados para a necessidade das crianças, contendo frutas, vegetais, sucos de frutas naturais, pães e biscoitos integrais, etc. O programa de alimentação escolar deve ensinar a optar pelo melhor, instruindo sobre os efeitos que cada tipo de alimento pode causar ao organismo. A merenda hipercalórica e monótona presente na maioria das escolas, e a existência de cantinas em que as crianças têm acesso a alimentos pouco adequados, contribuem para a aquisição de hábitos alimentares deletérios. Portanto, alimentos de baixo ou nenhum valor nutritivo não devem ser oferecidos no ambiente escolar, quer seja durante a merenda, pelas cantinas ou em festas e eventos realizados na escola. Os professores e funcionários, enquanto modelos para os alunos devem evitar o consumo de alimentos de baixo ou nenhum valor nutritivo na escola, já que possuem um papel fundamental para a formação de hábitos saudáveis. O ambiente escolar é um local ideal para estimular o consumo de alimentos saudáveis por meio da implementação de programas voltados à educação para a saúde, com ênfase nos aspectos alimentares e nutricionais.. 2.2.1 Hábitos alimentares e a família. A família é responsável pela transmissão da cultura alimentar. Com ela a criança aprende sobre a sensação de fome e saciedade, e desenvolve a percepção para os sabores e as suas preferências, iniciando a formação do seu comportamento alimentar (RAMOS; STEIN, 2000). O comportamento dos pais contribui para o hábito alimentar de seus filhos, assim, os pais devem adotar hábitos que gostariam de ver em seus filhos (GAGLIONE, 2003, In: LOPES; BRASIL, 2003)..

(19) 18. O estabelecimento do hábito alimentar também está relacionado à maneira como as compras de alimentos são realizadas pela família, uma vez que a criança dificilmente aprenderá a gostar de frutas e verduras se em sua casa a oferta desses alimentos for escassa, mais ainda, se for farta em alimentos industrializados. Dessa forma, é importante ressaltar que a formação de hábitos alimentares saudáveis na criança começa pela conscientização e envolvimento das famílias, sendo importante limitar o consumo de alimentos industrializados de baixo valor nutritivo e/ou ricos em gorduras, açúcar e sódio, como refrigerantes, doces e salgadinhos (GAGLIONE, 2003, In: LOPES; BRASIL, 2003).. 2.3 FALANDO SOBRE HIGIENE PESSOAL. A educação à saúde vem sendo implantada no início da fase de aprendizagem, visando à promoção, à manutenção e à recuperação da saúde, pois é na idade escolar que há maior assimilação de informações. As ações educativas e preventivas devem ser incorporadas aos hábitos das crianças de modo que elas sejam aptas para repassar o conhecimento (SANCHEZ, 2010). Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde - OPS (1995), a promoção da saúde no âmbito escolar parte de uma visão integral e multidisciplinar do ser humano, que considera as pessoas em seu contexto familiar, comunitário, social e ambiental. Sendo assim, o âmbito escolar deve promover ações visando desenvolver o conhecimento de higiene e prevenção de doenças através de conhecimento prático e teórico. De acordo com Maranhão et al (2000) as doenças infecciosas e parasitoses encontram no ambiente coletivo, condições para serem disseminadas, sendo associadas diretamente à falta de higiene e à pobreza da família, em contraposição as mães que afirmam que os filhos adoecem mais depois que estão na creche. Marques et al (2009) ainda relata que, as crianças em idade pré-escolar e escolar precoce podem adquirir enterobíase (oxiuríase), além de escabiose e pediculose, estas últimas adquiridas também por contato íntimo interpessoal. Como os problemas relativos à higiene costumam ocorrer em crianças que convivem em ambientes públicos, estes podem ser diminuídos sensivelmente a partir de um trabalho de conscientização que, consequentemente, atingirá os pais e a comunidade em geral. Quanto melhor estas crianças forem esclarecidas, mais chances elas terão de formarem seu ego de forma própria e de contribuir para um ambiente mais asseado (PUCCI, 1999)..

(20) 19. 2.4 INTERAÇÃO DAS CRIANÇAS COM FERRAMENTAS LÚDICAS 2.4.1 Métodos lúdicos de aprendizagem A palavra “lúdico” quer dizer brincar, no brincar incluem-se os jogos, os brinquedos e. as brincadeiras. Segundo Santos (2000), as atividades lúdicas devem gerar situações estimuladoras e eficazes para que ocorram as aprendizagens significativas. Wajskop (1995), Santos (2000), Pereira (2006; 2009), Freire (2002), Negrine (1994), Kishimoto (1998; 2010), entre outros autores abordam a importância das brincadeiras como recurso pedagógico para a aprendizagem e o desenvolvimento significativo das crianças. As crianças desenvolvem diversas habilidades que vão sendo aperfeiçoadas ao longo de sua infância. Portanto, o professor ao planejar deve oportunizar situações de aprendizagens diferenciadas, a fim de que os estímulos das crianças possam ser exercitados. As aprendizagens, para Junior (2009), podem ser oportunizadas, através de brinquedos, jogos e brincadeiras. O brinquedo favorece “a imaginação, a confiança e a curiosidade, proporciona a socialização, o desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da criatividade e da concentração” (BATISTA et. al., 2000, p. 110). A Educação Infantil se baseia nas necessidades e interesses das crianças, oportunizando que as mesmas desenvolvam habilidades que permitam atitudes de expressão, de autonomia, aceitar críticas e aprender ser responsável (PEREIRA, 2009). O educador deve conhecer a criança investigando como é sua vivência na família e na sociedade, e a partir disso, oportunizar a brincadeira a fim de que esse possa manifestar as suas vivências, sendo o adulto uma referência importante. Para Negrine (1994, p.20) [...] “as atividades lúdicas estão recheadas de ações investigativas, de exercício e de jogo. Portanto, quando a criança chega a escola, traz consigo toda uma pré-história, construída a partir de suas vivências, grande parte delas através da atividade lúdica”. Wajskop (2005, p. 30) ressalta que: “Os conteúdos veiculados durante as brincadeiras infantis bem como os temas das brincadeiras, os materiais para brincar, as oportunidades para interações sociais e o tempo disponível são todos fatores que dependem basicamente do currículo proposto pela escola”. Os Artigos 9º ao 12º das Diretrizes Curriculares de Educação Infantil abordam a análise do brincar na Educação Infantil. O Artigo 9º chama a atenção para as práticas norteadoras e sugerem que ao proporcionar brincadeiras às crianças, o professor deve pensar nas interações: com a.

(21) 20. professora, com as crianças e com os brinquedos e materiais. Em relação às práticas pedagógicas as Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Infantil (BRASIL, 2010, p.2527) colocam que estas devem garantir experiências diversas que: Promovam o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de experiências sensoriais, expressivas, corporais que possibilitem movimentação ampla, expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos da criança; Favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio por elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e musical; Possibilitem às crianças experiências de narrativas, de apreciação e interação com a linguagem oral e escrita, e convívio com diferentes suportes e gêneros textuais orais e escritos; Recriem, em contextos significativos para as crianças, relações quantitativas, medidas, formas e orientações espaço temporais; Ampliem a confiança e a participação das crianças nas atividades individuais e coletivas; Possibilitem situações de aprendizagem mediadas para a elaboração da autonomia das crianças nas ações de cuidado pessoal, auto-organização, saúde e bem-estar; Possibilitem vivências éticas e estéticas com outras crianças e grupos culturais, que alarguem seus padrões de referência e de identidades no diálogo e conhecimento da diversidade; Incentivem a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a indagação e o conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, ao tempo e à natureza; Promovam o relacionamento e a interação das crianças com diversificadas manifestações de música, artes plásticas e gráficas, cinema, fotografia, dança, teatro, poesia e literatura; Promovam a interação, o cuidado, a preservação e o conhecimento da biodiversidade e da sustentabilidade da vida na Terra, assim como o não desperdício dos recursos naturais.. Ao planejar, o professor pode levar em consideração o que foi mencionado no parágrafo anterior e ter em mente que o trabalho com as crianças pequenas é uma tarefa que exige muita responsabilidade, afetividade, compromisso, amor, atitude e atenção. O professor numa abordagem lúdica proporciona a produção do conhecimento, visto que “ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar possibilidades para a sua própria produção” (FREIRE, 2002, p.52). São diversas as formas de promover a expressão e aprendizagem infantil, por meio das brincadeiras e interações.. 2.4.2 A importância do uso de bonecos como forma lúdica Segundo Kishimoto (1994, p.21), o brincar e o jogo vinculam-se ao sonho, à imaginação, ao pensamento e ao símbolo. Para uma criança esses conceitos variam de acordo com o contexto em que estão inseridos, por exemplo, a boneca é um brinquedo que para a.

(22) 21. maioria das culturas simboliza um “filho(a)’, porém esse mesmo objeto torna-se um símbolo de divindade em certas tribos indígenas. Entende-se que educar ludicamente não é jogar lições empacotadas para o educando consumir passivamente. Educar é um ato consciente e planejado, é tornar o indivíduo consciente, engajado e feliz no mundo. É seduzir os seres humanos para o prazer de conhecer. É resgatar o verdadeiro sentido da palavra “escola”, local de alegria, prazer intelectual, satisfação e desenvolvimento. Para atingir esse fim, é preciso que os educadores repensem o conteúdo e a sua prática pedagógica, substituindo a rigidez e a passividade pela vida, pela alegria, pelo entusiasmo de aprender, pela maneira de ver, pensar, compreender e reconstruir o conhecimento. Segundo Kishimoto (2000, p. 37) ao assumir a função lúdica e educativa, o brinquedo educativo merece algumas considerações: 1. Função lúdica: o brinquedo propicia diversão, prazer e até desprazer, quando escolhido voluntariamente; 2. Função educativa: o brinquedo ensina qualquer coisa que complete o indivíduo em seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão do mundo.. Ao aceitar a função lúdica e educativa, a brincadeira propicia diversão, prazer, potencializa a exploração, a criação, a imaginação e a construção do conhecimento (KISHIMOTO, 2000). Diversos tipos de realidades estão presentes no brinquedo que a criança manipula, “os brinquedos podem incorporar também um imaginário preexistente criado pelos desenhos animados, seriados televisivos, mundo da ficção científica com motores e robôs, mundo encantado dos contos de fada, estórias de piratas, índios e bandidos” (KISHIMOTO, 1999, p. 18). Sendo que através das imagens, desenhos, as crianças incrementam a sua imaginação. E desejam adquirir brinquedos, como bonecos de super-heróis, máquinas, monstros, para poderem brincar. Torna-se, assim, evidente a grande influência que exercem certos programas, as histórias que as crianças ouvem e a contribuição destes para o seu crescimento. É muito importante, também, nesta análise, acrescentar a relação entre a criança, à educação e o brinquedo, a fim de perceber a influência que este exerce sobre ela (ALMEIDA, 2000, p.36)..

(23) 22. 2.5 ENVOLVIMENTO FAMILIAR NA FORMAÇÃO INFANTIL. A família é o primeiro grupo social que possibilita o desenvolvimento de uma criança, pois é no meio familiar que o indivíduo encontra afeto, carinho, aprende sobre princípios, valores, respeito, cultura e ética. É primordial que os membros da família saibam preparar seus filhos para a educação formal, escolar. É advinda dos pais a responsabilidade pela educação dos filhos, por isso é demasiadamente importante a integração da família no ambiente escolar. É de extrema importância a participação e colaboração da família no ambiente escolar, pois quando ocorre essa integração o professor participa efetivamente da vida do educando, conhecendo e percebendo melhor todas as qualidades e as dificuldades específicas do mesmo, facilitando assim que o educador elabore aulas mais significativas, que avalie de forma ampla sua práxis pedagógica, possibilitando a promoção e o desenvolvimento no processo ensinoaprendizagem A aprendizagem do sujeito acontece todo o tempo e o tempo todo (VISCA, 1987). A criança dá um novo passo no esquema evolutivo da aprendizagem e começa a fazer aprendizagens ligadas às diferentes visões do mundo e aos valores éticos, sociais e culturais. E essa aprendizagem dá-se continuidade na instituição escola, onde o sujeito interliga toda sua bagagem cultural de aprendizagem adquirida, vivenciada e mediada do seu meio e complementa-as, transformando-as em conhecimento. Qualquer projeto educacional depende da participação familiar; em alguns momentos do incentivo, em outros uma participação efetiva no aprendizado como pesquisar, debater, orientar e valorizar a preocupação que o filho traz da escola. A família deve acompanhar de perto o que acontece na sala de aula, é imprescindível o envolvimento e o interesse da família junto à escola do seu filho. O sucesso ou insucesso no processo de ensino aprendizagem depende efetivamente da integração da família, ela desempenha um papel decisivo na condução e evolução do sujeito. O acompanhamento familiar possibilita uma verdadeira aprendizagem na vida dos educandos. E com certeza se houver de verdade essa parceria entre pais e escola, possivelmente, ocorreria o alcance de bons resultados em relação ao aluno. O envolvimento de pais na educação escolar é hoje considerado como um aspecto tão importante quanto os outros elementos do processo educativo do sujeito. Ele é visto como um procedimento que pode levar a grandes melhorias não só da escola enquanto espaço físico.

(24) 23. como também como um espaço de interações essenciais para o desenvolvimento das crianças e profissionais. A ausência da participação da família no ensino aprendizagem dos alunos pode ocasionar baixo desempenho e até mesmo a repetência escolar. Muitos pais veem a escola como local de depósito de crianças, vão matriculam seus filhos e só aparecem na escola quando seus filhos estão com problemas, baixo desempenho ou quando a coordenação manda chamá-lo. Sem a família não há como promover uma boa educação. A participação dos pais na vida escolar de seus filhos é condição indispensável para que a criança se sinta amada e motivada a obter avanços em sua aprendizagem. Sendo assim a família e a escola precisam ser parceiras para que os alunos possam realmente ter um maior aproveitamento na aprendizagem, não basta apenas a escola se preocupar na aprendizagem, e os pais não se preocuparem. Pode-se perceber diante desse contexto que a família é parte fundamental na prática pedagógica podendo interferir de maneira direta nas relações das crianças com o ambiente escolar e com o mundo que a cerca. Nesse sentido faz-se necessário o professor conhecer a realidade familiar a qual o aluno está inserido, conhecer quais são os anseios, angustias e necessidades vivenciadas pelos alunos, pois assim poderá compreender o porquê das dificuldades demonstradas no processo ensino aprendizagem. E toda a discussão do que deve ser feita, depende de todos os membros da escola já que são todos educadores e, portanto, precisam participar das decisões que serão tomadas para que, realmente, ocorra a integração escola-comunidade, visando sempre estabelecer uma relação de confiança e respeito mútuo entre a equipe escolar e as famílias. Ao agir dessa forma, ambas, estarão desempenhando um papel que têm em comum: preparar crianças e jovens para inseri-los na sociedade e desempenhar funções que deem continuidade à vida social, visando à formação do cidadão.. 2.6 FACEBOOK COMO FERRAMENTA EDUCATIVA. O Facebook, lançado em 2004, é uma rede social virtual que foi criada com a pretensão de servir como uma rede de relacionamento restrita para os universitários de Harvard. Somente no ano de 2006 que a mesma foi aberta para o público. Neste trabalho, o termo redes sociais remete à ferramentas tecnológicas que permitem com que os.

(25) 24. relacionamentos sociais ocorram virtualmente, sem desconsiderar os indivíduos que as manipulam. As redes sociais já evoluíram muito desde o início de suas atividades. Zancanaro et al. (2012), destaca que facilidades presentes no Facebook geraram grande motivação e agregação de valor para os estudantes, demonstrando que pode ser utilizada como importante ferramenta de ensino-aprendizagem. Outro autor que defende o uso dos recursos de redes sociais durante o desenvolvimento dos conteúdos teóricos é Minhoto (2012). O qual descreve que, devido a familiaridade com o contexto do Facebook, a interação dos alunos com a ferramenta proporcionou a construção ativa de conhecimento. Alguns estudos como os apresentados acima, descrevem aplicações do Facebook como instrumento educativo, comprovando, devido a proximidade e interação que a criança e adolescente da atualidade possuem com o meio virtual, um significativo aumento no interesse, interação e aprendizagem dessas. Modernizar a atuação docente promove sem dúvida o interesse do aluno, permitindo aumento na construção crítica e reflexiva de informação e conhecimento, o que proporciona ganhos no processo educativo (FERNANDES, 2011)..

(26) 25. 3 MATERIAIS E MÉTODOS Esta monografia descreve o acompanhamento e análise da aplicabilidade de uma ferramenta lúdica criada para auxiliar no ensino-aprendizagem de assuntos relacionados com a higiene pessoal, a alimentação saudável e os cuidados com o meio ambiente, para uma turma de crianças do 3º ano das séries iniciais de uma escola pública no RS. A pesquisa deste trabalho ocorreu em parceria com a professora titular da turma, Glades Toillier Pires.. 3.1 PÚBLICO ALVO E PERÍODO DE PESQUISA Fez parte do estudo a turma 32 da Escola Estadual Ensino Fundamental João Canabarro, do município de General Câmara, Rio Grande do Sul. A turma do 3ª ano das séries iniciais era composta por 20 alunos, com faixas etárias de 8 a 11 anos. Também fez parte do estudo a família de cada discente. As atividades iniciaram no mês de maio do ano de 2016, e se estenderam até o início das férias de inverno, meado de Julho do mesmo ano.. 3.2 TIPO DE METODOLOGIA. O método realizado foi o estudo de caso, uma vez que se desejou avaliar o sistema educativo utilizado. Conforme Fonseca (2002, pg. 54), “um estudo de caso pode ser caracterizado como um estudo de uma entidade bem definida como um programa, uma instituição, um sistema educativo, uma pessoa, ou uma unidade social. O pesquisador não pretende intervir sobre o objeto a ser estudado, mas revelá-lo tal como ele o percebe. O estudo de caso pode decorrer de acordo com uma perspectiva interpretativa, que procura compreender como é o mundo do ponto de vista dos participantes, ou uma perspectiva pragmática, que visa simplesmente apresentar uma perspectiva global, tanto quanto possível completa e coerente, do objeto de estudo do ponto de vista do investigador”. Em relação aos fundamentos metodológicos do estudo em evidência, e considerando−se que a proposta foi fundamentada num foco de interesse amplo, denota - se.

(27) 26. que as características da pesquisa executada voltaram−se para os procedimentos metodológicos específicos da pesquisa qualitativa. Essa modalidade, segundo Minayo (2007), atende às características da pesquisa de caráter social. Assim, diferentemente da pesquisa quantitativa que se preocupa em colher os dados, a pesquisa qualitativa busca visualizar o contexto social, político, econômico, educacional, histórico, cultural, patrimonial, psicológico, físico, biológico, antrópico, ambiental, antropológico... da situação estudada. Nessa linha de raciocínio, é importante recordar que Yin (2001) ao defender a estratégia do estudo de caso como uma modalidade de pesquisa qualitativa, enfatiza que esse tipo de pesquisa possibilita, quando descritiva, a generalização em relação às proposições teóricas, sejam elas destinadas à um reduzido grupo, à grandes populações ou a universos.. 3.2.1 Tipo de pesquisa Para a realização deste estudo de caso utilizou-se a pesquisa descritiva, pois exige do investigador uma série de informações sobre o que deseja pesquisar. Esse tipo de estudo pretende descrever os fatos e fenômenos de determinada realidade (TRIVIÑOS, 1987). São exemplos de pesquisa descritiva: estudos de caso, análise documental, pesquisa ex-post-facto. Para isso, o tipo de Pesquisa utilizada foi a qualitativa, uma vez que se desejou avaliar com a observação em campo. Este estudo de caso é uma investigação da prática lúdico - pedagógica de abordagem socioambiental utilizando como elemento de sensibilização o uso de um boneco confeccionado através do descarte de embalagens de materiais recicláveis e que ensejou a temática de praticas sustentáveis e ecológicas dentro da escola e no âmbito familiar destes alunos. O trabalho foi desenvolvido com a figura lúdica do boneco Zé Capricho afim de, motivar ações educativas e sustentáveis junto aos alunos da 3ª série do Ensino Fundamental da Escola Estadual João Canabarro, através de métodos ativos, palestras, etc. sobre os problemas ambientais relativos ao meio ambiente, o uso consciente da água, bem como, abordando práticas de higiene pessoal e sobre a importância de uma alimentação saudável rica em nutrientes, com a proposta de que este trabalho seja um plano piloto para que outras séries também possam usufruir dessa conscientização e que os alunos envolvidos possam agir como multiplicadores de informações a respeito do tema. A forma de trabalho ficou sob a responsabilidade da professora responsável pela turma..

(28) 27. 3.3 PROCESSO DE MONTAGEM DO BONECO ZÉ CAPRICHO. O boneco foi idealizado e confeccionado pela professora Glades Toiller Pires, onde se estabeleceu foco pela utilização de materiais recicláveis para a sua montagem (conforme Anexo B), a fim de se estabelecer um pensamento consciente por parte dos alunos que receberiam posteriormente as atividades solicitadas junto ao boneco. As embalagens de materiais recicláveis foram recolhidas durante o período de férias de verão pela professora da futura turma, que receberia a visita do boneco. Portanto, o Zé Capricho, assim denominado pela professora, foi constituído quase que absolutamente de material reciclável conforme figura 1, sendo: Corpo- tubos de iogurte, detergentes, amaciantes de roupas; Cabeça- pet de refrigerante e o rostinho pintado com tinta óleo. Cabelos- sacolas plásticas pretas recortadas. O fio que uniu as partes era de nylon com um arame no meio, o que fez com que o boneco tivesse uma maior flexibilidade. Para que fosse possível perfurar as extremidades das embalagens foi utilizado um objeto pontiagudo (faca) além de um alicate para fazer as amarrações.. Figura 1 - Visualização dos materiais que compuseram o corpo boneco.. Fonte: arquivo pessoal..

(29) 28. 3.3.1 Descrevendo o projeto O projeto inicial, escrito pela professora Glades Pires recebeu como título o seguinte tema: “Despertando a consciência ecológica com Zé Capricho: O Vigilante do Planeta Terra” (ANEXO C). O projeto que envolveu a criação do boneco abordou como objetivos despertar a conscientização a respeito do meio ambiente e à importância da preservação da natureza, da água e da reciclagem de lixo. Desta forma, resultando na formação de cidadãos conscientes, aptos a atuarem na preservação do planeta de um modo comprometido com a vida, com o bem estar de cada um e da sociedade, local e global. A avaliação aconteceu ao longo do desenvolvimento do projeto, através da observação do desempenho e interesse dos alunos no desenvolvimento das tarefas propostas, produções e relatórios sobre as atividades.. 3.3.2 Processo de apresentação do boneco A apresentação do boneco ocorreu no mês maio do ano de dois mil e dezesseis aos alunos nas dependências da Escola. Metodologicamente o estudo executou, passo a passo, ações e atividades que levaram a uma forma de gestão educacional e ambiental e que resultou primeiramente na confecção do boneco ao qual foi nomeado de “Zé Capricho: O Vigilante do Planeta Terra”. Na escola as atividades com o boneco Zé Capricho aconteceram durante o período vespertino, com uma duração de cerca de três a quatro horas em média. As temáticas como: meio ambiente, alimentação saudável e higiene pessoal foram aplicadas, em sala de aula, e no pátio da escola no período de duas semana. Os métodos ativos, aplicado aos alunos, foi o de estudo de textos, e aulas práticas executados no decorrer destas duas semanas, em sistema individual e em grupos, onde os alunos trabalhavam com os textos fazendo leitura, apresentações e outros tipos de exposição. E todos foram informados que receberiam a visita do Zé Capricho em suas residências por dois dias e duas noites a fim de, desenvolverem com o boneco as temáticas debatidas em aula..

(30) 29. 3.3.3 Descrição das atividades.. Figura 2 – Quadro das etapas de atividades.. ETAPAS. OBJETIVOS. 1º. Identificar e avaliar as ações em educação ambiental, alimentares e de higiene, realizadas pela professora. 2º. Diagnosticar a interação dos alunos com o boneco Zé Capricho com as temáticas sustentáveis e ecológicas na escola e no âmbito familiar destes alunos. 3º. Avaliar o método lúdico utilizado no grupo familiar dos alunos. PARTICIPANTES. COLETA DE DADOS. Alunos e professora. Atividades como leitura, teatros e a realização de práticas referentes aos temas abordados nas dependências da escola.. Alunos e pais. Através de meio fotográfico ou publicações feitas via web facebook.. Pais. Descrição das atividades no livro de relatos..

(31) 30. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO. Foi observado que a escola conta com estrutura física adequada, salas amplas e arejadas e espaços adequados para o atendimento das crianças. A apresentação do boneco Zé Capricho ocorreu no meio de maio do ano de dois mil e dezesseis aos alunos do 3º ano (Figura 2). Os temas trabalhados, segundo a professora titular, já eram abordados na escola, porém a maneira como foram trabalhados pelo grupo do projeto facilitou o entendimento da necessidade da higiene, alimentação saudável e meio ambiente. Conforme afirmam Dollabona e Mendes (2004), Lopes (2006) e Salomão et al. (2007) por meio das brincadeiras a criança pode desenvolver alguns potenciais importantes, como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação, a reflexão, a descoberta, construindo sua identidade e autonomia. Também na escola as crianças realizam a lavagem das mãos durante o recreio, antes das refeições e sempre após o uso do banheiro. Também utilizam com frequência o álcool gel e toalhas descartáveis para prevenção de gripes e outras doenças Os resultados que advieram da pesquisa foram aplicados na própria localidade estudadas. Neste sentido, possibilitou-se a criação de um vínculo entre educanda, os alunos da pesquisa e seus familiares. Desencadeou-se em cada um, um processo, ora em curso, de sensibilização e conscientização ambiental. Após a sua criação as atividades realizadas com o boneco demostrou aos alunos o enfoque de trazer as questões ambientais para o espaço urbano. Não apenas enfatizando os problemas causados pelas atividades humanas como, poluição, lixo, desperdício de água e etc., mas também com o foco na responsabilidade de cada cidadão com o seu meio ambiente., As atividades realizadas abordaram a higiene pessoal, alimentação saudável e meio ambiente e foram realizadas em três momentos diferentes, sendo que no final de cada atividade houve a preocupação de verificar, através de questionamentos as crianças, se elas tinham entendido o que viram ou ouviram sobre os temas e como deveriam realizá-los..

(32) 31. Figura 3 - Apresentação do boneco Zé Capricho O Vigilante do Planeta Terra a turma da 3º série da Escola Estadual de Ensino Fundamental João Canabarro.. Fonte: arquivo pessoal.. 4.1 REALIZAÇÃO DA 1º ATIVIDADE. A primeira atividade realizada foi um teatro que serviu de base para retratar a importância do nosso meio ambiente. Zé Capricho recebeu uma voz fictícia e ensinou aos alunos como devemos nos posicionar em relação ao meio em que vivemos e quais práticas e cuidados devemos ter para que não haja a degradação do nosso meio ambiente. Temas como, lixo urbano, desperdício de água, além de outros problemas que são prejudiciais ao nosso meio ambiente foram debatidos durante o teatro realizado aos alunos (Figura 4)..

(33) 32. Figura 4 – Alunos assistindo o teatro com o boneco.. Fonte: arquivo pessoal.. Na aula seguinte, os alunos foram até a floreira da escola, para dar continuidade à temática de preservação e cuidado com o meio ambiente, e foi solicitado pela professora que todos trouxessem de casa uma muda ou sementes de flores para ser plantada durante a atividade nos jardins da escola (Figuras 5)..

(34) 33. Figura 5 - Plantio de mudas de flores. Fonte: arquivo pessoal.. Durante a manhã do segundo dia de atividades houve o plantio de mudas de flores, todos os alunos participaram. A professora utilizou o boneco para ensinar sobre como se deve fazer um plantio de flores ou mudas, bem como, os cuidados diários que todos deverão ter após esse plantio e foi possível perceber que a maioria dos alunos já demonstrava algum tipo de experiência com mudas. Os alunos estavam muito felizes com o belo trabalho realizados por eles (Figura 6).. Figura 6 - Imagem de um novo local onde houve o plantio.. Fonte: arquivo pessoal..

(35) 34. Para as atividades em aula sobre higiene pessoal, todos colaboraram na leitura do texto “A HIGIENE DO CORPO E DOS CABELOS” (ANEXO D). E ainda, indagaram e refletiram sobre o tema. Dando continuidade a esta temática, foi realizada em sala de aula a encenação do procedimento de lavagens de mãos (Figura 7).. Figura 7 - Prática encenada de lavagem de mãos.. Fonte: arquivo pessoal.. Essa atividade foi importante para que os alunos compreendessem a maneira correta de lavagens das mãos, onde também foi explicado que durante o procedimento de ensaboar as mãos é essencial que a torneira se mantenha fechada para que não haja maior desperdício de água. Após a encenação, todos os alunos foram até o banheiro da escola fazer a assepsia correta das mãos (Figura 8)..

(36) 35. Figura 8 - Prática de lavagens de mãos.. Fonte: arquivo pessoal.. A prática foi importante para firmar o conhecimento e a professora levou o boneco para configurar que o mesmo estava de olhos atentos, analisando se a turminha estava fazendo de forma correta o que foi ensinado. Com a presença do boneco os alunos se sentiram motivados e divertiram-se montrando para ele como tinham aprendido lavar as mãos de forma correta. Já a terceira atividade realizada com os alunos em sala de aula foi a temática de Alimentação Saudável. Também foram disponibilizados textos para a leitura (Figura 9) e reflexão dos alunos. Houve a leitura do texto “OS ALIMENTOS E NÓS” conforme Anexo C..

(37) 36. Figura 9 - A leitura foi realizada com muita atenção.. Fonte: Arquivo pessoal.. O texto abordou a importância de uma alimentação balanceada, rica em vegetais frescos e nutrientes, e ainda focou na produção de hortas ou pequenos canteiros para fazer uma pequena produção em casa com alimentos saudáveis (ANEXO D). Em seguida Zé capricho trouxe aos alunos uma bandeja cheia de frutas saudáveis e ficou aguardando a leitura de todos para que provassem uma fruta fresca e saudável (Figura 10). Figura 10 - Zé Capricho aguardando a leitura.. Fonte: arquivo pessoal..

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